Inscrições já estão abertas
Estão abertas as inscrições para a 5ª edição das Jornadas Nacionais da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL). Com o...

De acordo com a organização, a sessão da manhã vai focar-se na importância da comunicação no ecossistema da saúde, abordando os desafios e cuidados no tratamento dos doentes hemato-oncológicos. Vai ser ainda apresentado o programa Incluir, que visa envolver o doente nas várias áreas da sua saúde, seguido de um painel de debate sobre os apoios disponíveis para estes doentes. A manhã termina com uma conversa sobre sexualidade e fertilidade na doença hemato-oncológica.

Durante a tarde, o evento arranca com uma sessão  sobre cuidados paliativos e a importância da qualidade de vida do doente. Um segundo painel de debate explorará os diferentes tipos de cancros de sangue: leucemias, linfomas, síndromes mielodisplásicos (SMD), neoplasias mieloproliferativas e mieloma múltiplo. A temática do pós-cancro será igualmente discutida numa palestra dedicada aos cuidados de saúde de um sobrevivente. As jornadas encerrarão com um último painel de debate sobre o acesso e a referenciação à terapia celular.

A participação nestas Jornada requer inscrição, que terá um custo de 7,50€ a reverter a favor da APCL. 

As inscrições estão abertas até dia 11 de novembro.

A quinta edição das Jornadas Nacionais da APCL conta com o apoio da SPH, Fundação Champalimaud, Astellas, Lilly, Gilead Sciences, Bristol Myers Squibb (BMS), Kyowa Kirin, Sanofi, Beigene, Astrazeneca, Amgen, Jonhson& Jonhson, Takeda, Glaxo Smithkline (GSK), Abbvie, Novartis, Pfizer, Roche e Sebia.

Talk “Bronquiolites? Longe do meu bebé!” decorre dia 29 de outubro
Com a chegada da estação mais fria, chega também a maior propensão ao desenvolvimento de infeções respiratórias nomeadamente...

No que respeita às crianças, o RSV é responsável pela maioria dos internamentos por bronquiolite aguda e é a causa mais comum de hospitalização.

Para falar sobre este tema, Inês Andrade, locutora da RFM, estará à conversa com o pediatra Manuel Magalhães, com Miguel Arriaga, Chefe de Divisão de Literacia, Saúde e Bem-Estar, da Direção Geral da Saúde e com a atriz e mãe Sofia Arruda, que já passou por uma situação de bronquiolite com um dos seus filhos.

Esta iniciativa de sensibilização para a infeção por RSV tem como objetivos disponibilizar informação credível e de qualidade sobre o vírus; proporcionar uma compreensão mais profunda do impacto do RSV na sociedade e nas famílias; construir uma comunidade de pais, educadores e prestadores de cuidados mais informada, com maior conhecimento sobre este vírus, capacitando-os a partilhar as suas experiências e a tomar medidas para ajudar na prevenção e educação sobre o RSV junto da sociedade.

Apesar do elevado número de casos de RSV registados a cada ano, este vírus ainda é muito desconhecido para a maioria dos pais, que estão mais familiarizados com o termo bronquiolite do que com o nome do próprio vírus.

Parecer sobre “Doação de órgãos em neonatologia para fins de transplantação”
O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) chama a atenção para os benefícios que a revisão da legislação...

A transplantação é um procedimento clínico de elevado sucesso que permite evitar a morte prematura, recuperar a saúde e devolver qualidade de vida ao recetor, sendo Portugal um dos países com mais elevadas taxas de transplantação por mil habitantes, a nível mundial. Não obstante, a escassez de órgãos para transplante persiste como o maior entrave para salvar vidas em falência de órgãos.

No que se refere à colheita de órgãos em cadáver, o CNECV explica,  "a Lei n.º 12/93, de 22 de abril adotou o sistema de opt out, isto é, em que todos os cidadãos são potenciais dadores após a morte, salvo oposição expressa, devidamente registada. Tal permitiu um aumento muito significativo do número de órgãos disponíveis em relação ao anterior sistema de opt in, em que os cidadãos tinham de manifestar formalmente a disponibilidade como dadores, uma vez falecidos". 

"Os progressos científicos e técnicos, bem como a evolução da sociedade exigem hoje uma atualização legislativa, nomeadamente de acordo com o previsto na Declaração de Maastricht (de 1995, revista em 2013, sobre dadores em paragem cardiocirculatória), e em específico no que se refere à inclusão das designadas categorias III (paragem cardiocirculatória controlada) e IV (paragem cardiocirculatória após ou durante o diagnóstico de morte cerebral) que permitam a colheita em situações em que o diagnóstico de morte cerebral não é possível. Esta é a situação em que alguns doentes se podem encontrar e também, por exemplo, os recém-nascidos anencéfalos, em que se verifica a ausência de parte ou na forma mais grave da totalidade do cérebro, parte superior do crânio e couro cabeludo", salienta o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida.

De acordo com esta entidade, Portugal é dos poucos países da União Europeia que não admite como dadores quem se encontre na categoria III e IV da Declaração de Maastricht. "A alteração da legislação no sentido de permitir, como dadores, pessoas com morte declarada por paragem cardiocirculatória irreversível, correspondendo à adoção destas duas categorias, potencializaria uma maior disponibilidade de órgãos para transplante, uma possibilidade acrescida de salvar vidas". Neste âmbito, o Conselho sublinha ser essencial respeitar a dignidade e os direitos de todos os dadores.

A presente reflexão do CNECV e o parecer agora aprovado tiveram por base o contacto efetuado por profissionais de saúde no ativo nos hospitais portugueses, em novembro de 2023, relativo à possibilidade de colheita de órgãos em recém-nascidos anencéfalos para fins de transplantação. A anencefalia é uma ocorrência rara, mas de singular sensibilidade, que o CNECV entendeu tomar como oportunidade para, através de um parecer de iniciativa própria, rever de uma forma mais ampla o tema da transplantação, nas condições para a colheita de órgãos de origem humana, especificamente nos casos de recém-nascidos com prognóstico muito grave e/ou fatal no período neonatal.

Assim, no início deste ano, o Conselho começou a trabalhar esta problemática, terminando a discussão antes do verão. Desde então e até hoje, procurou juntar mais informações às audições efetuadas, em maio de 2024, a diversos peritos nas áreas da pediatria e da transplantação.

No seu parecer, o CNECV afirma que a dignidade de todos os recém-nascidos é independente de quaisquer características físicas, devendo ser respeitados nos seus direitos e decorrendo da sua particular vulnerabilidade um especial dever de cuidado e proteção.

"Nos recém-nascidos com doença grave no período neonatal, submetidos a medidas terapêuticas que passam a afigurar-se desproporcionadas perante a evolução para prognóstico fatal, os profissionais de saúde devem informar os pais sobre a possibilidade de doação, para que possam decidir sobre a manutenção de medidas que, já não sendo terapêuticas, preservam os órgãos para colheita", escreve em comunicado. 

Particularmente quanto aos casos clínicos de anencefalia, afiguram-se três momentos, explica: 

- "no momento de diagnóstico, os profissionais de saúde proporcionem informação clara e adequada acerca do prognóstico fetal e neonatal, cabendo à mulher, no exercício da sua autonomia, decidir sobre a terminação da gravidez ou a sua prossecução, nos termos e prazos legais; nesta fase é prematuro discutir a doação de órgãos que, além de ser uma possibilidade remota, poderia constituir uma forma de influencia indevida sobre a decisão da mulher;

- caso a gravidez prossiga até ao nascimento, a possibilidade de doação e a informação das respetivas condições e procedimentos, incluindo a incerteza do seu sucesso, deve ser formulada pelos profissionais de saúde, permitindo aos progenitores manifestar o seu assentimento ou dissentimento e, neste último caso, preparar a inscrição no registo de não dador;

-  caso haja condições para a colheita e posterior transplantação e não haja dissentimento dos progenitores para a doação, deverá ser prestada a informação necessária à decisão dos progenitores sobre a possibilidade de iniciar, em vida do RN, medidas destinadas a preservar a qualidade dos órgãos, respeitando o princípio da não maleficência e sempre sob analgesia adequada". 

De acordo com o CNECV, qualquer que seja a decisão dos pais, "deve-lhes ser disponibilizado apoio psicológico ao longo de todo o processo, incluindo na vivência do luto".

O CNECV defende ainda uma clara separação e independência entre a equipa médica de verificação de morte e a da transplantação, por forma a evitar quaisquer conflitos de interesse. Enfatiza também a necessidade de formação adequada para os profissionais de saúde na comunicação de más notícias e na gestão do processo de doação com os progenitores. O papel das comissões de ética em ambiente hospitalar é destacado na mediação das decisões difíceis.

Terapia adjuvante e alivio da dor
O ozono é um elemento natural composto por 3 átomos de oxigénio (O₃). A Ozonoterapia é um tratament

Na Ozonoterapia é utilizado um ozono medicinal que é obtido através de uma máquina que produz ozono e o mistura com oxigénio, em dosagens predefinidas, sem atingir níveis tóxicos.

A utilização do ozono de forma terapêutica tem principalmente a ver com as suas principais propriedades.

Este é: antioxidante (ajudando no processo de eliminação de radicais livres que se encontram em excesso), anti-inflamatório, analgésico, germicida (elimina e inativa bactérias, vírus e fungos), imuno-modelador (estimulando o sistema imunitário), oxidante (aumenta o metabolismo, melhorando a capacidade de absorver e transportar o oxigénio) e regenerador (promovendo a regeneração das células e tecidos).

A Ozonoterapia pode ser feita recorrendo a diversas técnicas e vias de administração, sendo estas definidas pelo propósito do tratamento. O ozono pode ser administrado pelas vias: endovenosa, intramuscular, subcutânea, rectal, vaginal, tópica, intra-articular, vertebral e oral.

Os estudos científicos demonstram que a utilização do ozono medicinal espelha inúmeros benefícios e como tal a Ozonoterapia ao longo dos últimos anos tem aumentado e é usada como terapia adjuvante e complementar no tratamento de imensas patologias e no alívio da dor crónica.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Opinião
A diabetes é uma condição crónica que afecta milhões de pessoas em todo o mundo.

A Importância da Monitorização Contínua da Glicémia

A monitorização contínua da glicémia (MCG) é um método que permite aos diabéticos medir os seus níveis de glicose no sangue em tempo real, ao longo do dia e da noite. Este método utiliza sensores que são inseridos sob a pele e que medem os níveis de glicose no fluido intersticial. Os dados são então transmitidos para um dispositivo de monitorização, como um smartphone ou um relógio inteligente.

A MCG oferece várias vantagens em relação aos métodos tradicionais de monitorização da glicémia, como os testes de picada no dedo. Em primeiro lugar, a MCG fornece uma imagem mais completa dos níveis de glicose ao longo do tempo, permitindo aos diabéticos identificar padrões e tendências que podem não ser evidentes com medições esporádicas. Em segundo lugar, a MCG pode alertar os utilizadores sobre níveis de glicose perigosamente altos ou baixos, permitindo uma intervenção rápida e evitando complicações graves.

O Papel da Inteligência Artificial na Monitorização da Glicémia

A inteligência artificial tem o potencial de transformar a monitorização contínua da glicémia, tornando-a mais precisa, personalizada e proactiva. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a IA está a ser utilizada para melhorar a gestão da diabetes:

1. Previsão de Níveis de Glicose

Os algoritmos de IA podem analisar os dados de glicose em tempo real e prever os níveis futuros de glicose com base em padrões históricos. Isto permite aos diabéticos antecipar e prevenir episódios de hipoglicemia (níveis baixos de glicose) ou hiperglicemia (níveis altos de glicose) antes que ocorram. Por exemplo, se o algoritmo prever que os níveis de glicose vão cair durante a noite, o utilizador pode ajustar a sua dose de insulina ou consumir uma ceia antes de dormir.

2. Personalização do Tratamento

Cada diabético é único, e os seus níveis de glicose podem ser influenciados por uma variedade de fatores, como dieta, exercício, stress e medicação. A IA pode analisar estes factores e fornecer recomendações personalizadas para a gestão da glicémia. Por exemplo, um algoritmo de IA pode sugerir ajustes na dieta ou no regime de exercício com base nos padrões de glicose do utilizador.

3. Integração com Dispositivos de Insulina

Os sistemas de MCG podem ser integrados com bombas de insulina e outros dispositivos de administração de insulina para criar sistemas de "pâncreas artificial". Estes sistemas utilizam algoritmos de IA para ajustar automaticamente a administração de insulina com base nos níveis de glicose em tempo real. Isto pode reduzir a carga de gestão da diabetes e melhorar o controlo glicémico.

Possibilidades Futuristas

Embora muitas das aplicações da IA na monitorização da glicémia já estejam em uso, há várias possibilidades futuristas que podem revolucionar ainda mais a gestão da diabetes:

1. Sensores Não Invasivos

Atualmente, a maioria dos sistemas de MCG requer a inserção de um sensor sob a pele, o que pode ser desconfortável para alguns utilizadores. No futuro, poderemos ver o desenvolvimento de sensores não invasivos que podem medir os níveis de glicose através da pele ou do suor. Estes sensores poderiam ser integrados em dispositivos de uso diário, como relógios inteligentes ou pulseiras.

2. Monitorização Contínua de Outros Biomarcadores

Além da glicose, a IA pode ser utilizada para monitorizar outros biomarcadores que são importantes para a gestão da diabetes, como os níveis de insulina, cetonas e hormonas do stress. Isto poderia fornecer uma imagem mais completa da saúde do diabético e permitir uma gestão mais holística da condição.

3. Assistentes Virtuais de Saúde

Os assistentes virtuais de saúde, alimentados por IA, poderiam fornecer suporte contínuo aos diabéticos, respondendo a perguntas, fornecendo lembretes de medicação e oferecendo conselhos personalizados. Estes assistentes poderiam ser integrados em dispositivos de uso diário e estariam disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana.

4. Análise de Dados em Larga Escala

Com a crescente quantidade de dados de saúde disponíveis, a IA pode ser utilizada para analisar dados em larga escala e identificar novas tendências e padrões na gestão da diabetes. Isto poderia levar ao desenvolvimento de novas terapias e intervenções que são mais eficazes e personalizadas.

Vantagens dos Sistemas de MCG e Inteligência Artificial para os Povos Mais Pobres

A diabetes é uma condição que não discrimina, afetando pessoas de todas as idades, géneros e classes sociais. No entanto, as populações mais pobres enfrentam desafios únicos na gestão da diabetes, devido ao acesso limitado a cuidados de saúde, recursos financeiros restritos e falta de educação sobre a condição. A implementação de sistemas de monitorização contínua da glicémia (MCG) e a utilização da inteligência artificial (IA) podem trazer benefícios significativos para estas populações, ajudando a reduzir as disparidades na saúde e a garantir que todos, ricos e pobres, tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade.

1. Acessibilidade e Custo-efetividade

Uma das principais barreiras para os povos mais pobres no acesso a cuidados de saúde é o custo. Os sistemas tradicionais de monitorização da glicémia, como os testes de picada no dedo, podem ser caros e requerem a compra contínua de tiras de teste e lancetas. Em contraste, os sistemas de MCG, embora inicialmente mais caros, podem ser mais custo-efetivos a longo prazo, pois reduzem a necessidade de compras frequentes de consumíveis. Além disso, à medida que a tecnologia avança e a produção em massa se torna mais comum, espera-se que os custos dos sistemas de MCG diminuam, tornando-os mais acessíveis para as populações de baixa renda.

2. Educação e Conscientização

A falta de educação sobre a diabetes e a gestão da glicémia é um problema significativo nas comunidades mais pobres. A IA pode desempenhar um papel crucial na educação e conscientização, fornecendo informações personalizadas e acessíveis sobre a condição. Aplicações móveis e assistentes virtuais de saúde, alimentados por IA, podem fornecer recursos educativos, responder a perguntas e oferecer conselhos sobre a gestão da diabetes. Estes recursos podem ser disponibilizados em várias línguas e adaptados às necessidades culturais das diferentes comunidades, garantindo que a informação seja compreensível e relevante.

3. Monitorização Remota e Telemedicina

Nas áreas rurais e nas comunidades mais pobres, o acesso a cuidados de saúde pode ser limitado devido à falta de infraestruturas e profissionais de saúde. Os sistemas de MCG, combinados com a IA, podem facilitar a monitorização remota dos níveis de glicose, permitindo que os profissionais de saúde acompanhem os pacientes à distância. A telemedicina pode ser utilizada para consultas virtuais, onde os médicos podem analisar os dados de glicose em tempo real e fornecer recomendações de tratamento sem que os pacientes precisem de se deslocar. Isto é particularmente benéfico para os pacientes que vivem em áreas remotas ou que têm dificuldades de mobilidade.

4. Prevenção de Complicações

A gestão inadequada da diabetes pode levar a complicações graves, como doenças cardíacas, problemas renais, neuropatia e retinopatia. Estas complicações são frequentemente mais prevalentes nas populações mais pobres, devido ao acesso limitado a cuidados de saúde e à falta de monitorização contínua. Os sistemas de MCG, com o apoio da IA, podem ajudar a prevenir estas complicações, fornecendo alertas em tempo real sobre níveis de glicose perigosamente altos ou baixos e permitindo intervenções rápidas. A IA pode também analisar os dados de glicose ao longo do tempo e identificar padrões que podem indicar um risco aumentado de complicações, permitindo que os pacientes e os profissionais de saúde tomem medidas preventivas.

5. Personalização do Tratamento

Cada paciente com diabetes é único, e os seus níveis de glicose podem ser influenciados por uma variedade de fatores, como dieta, exercício, stress e medicação. A IA pode analisar estes fatores e fornecer recomendações personalizadas para a gestão da glicémia, adaptadas às necessidades individuais de cada paciente. Isto é particularmente importante para as populações mais pobres, que podem não ter acesso a cuidados de saúde personalizados. A personalização do tratamento pode melhorar significativamente o controlo glicémico e a qualidade de vida dos pacientes.

6. Redução da Carga dos Sistemas de Saúde

Os sistemas de saúde nas comunidades mais pobres estão frequentemente sobrecarregados e com recursos limitados. A implementação de sistemas de MCG e a utilização da IA podem ajudar a reduzir a carga sobre estes sistemas, permitindo uma gestão mais eficiente da diabetes. A monitorização remota e a telemedicina podem reduzir a necessidade de visitas frequentes ao hospital, enquanto a prevenção de complicações pode diminuir a necessidade de tratamentos caros e prolongados. Isto pode liberar recursos para serem utilizados em outras áreas críticas da saúde.

7. Empoderamento dos Pacientes

A gestão da diabetes pode ser uma tarefa desafiadora e, por vezes, esmagadora, especialmente para os pacientes que vivem em condições socioeconómicas desfavoráveis. Os sistemas de MCG e a IA podem empoderar os pacientes, fornecendo-lhes as ferramentas e informações necessárias para gerir a sua condição de forma eficaz. A capacidade de monitorizar os níveis de glicose em tempo real, receber alertas e recomendações personalizadas, e aceder a recursos educativos pode aumentar a confiança dos pacientes na gestão da sua diabetes e melhorar a sua adesão ao tratamento.

CONCLUSÃO

A monitorização contínua da glicémia e a inteligência artificial têm o potencial de transformar a gestão da diabetes, tornando-a mais precisa, personalizada e proativa. Com os avanços contínuos na tecnologia, podemos esperar ver ainda mais inovações que irão melhorar a qualidade de vida dos diabéticos e reduzir a carga de gestão da condição. A combinação de MCG e IA oferece uma visão promissora para o futuro da gestão da diabetes, proporcionando esperança e novas possibilidades para milhões de pessoas em todo o mundo.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Avaliação de impacto do Programa abem: apresentada na Conferência abem: Saúde & Sustentabilidade
Entre maio de 2016 e dezembro de 2023, o Programa abem:, que apoia famílias em situação de carência económica a comprar os seus...

“Segundo o Índice de Saúde Sustentável, uma em cada dez pessoas não comprou os medicamentos prescritos porque não tem dinheiro para os pagar, o que significa que se o Programa abem: tivesse chegado em 2023 às cerca de 920 mil pessoas que todos os anos em Portugal deixam de comprar os medicamentos de que precisam por não os conseguirem pagar, com um investimento de 142 milhões de euros teria sido possível uma poupança superior a 772 milhões de euros em internamentos e episódios de urgência evitados”, sublinha Maria João Toscano, Diretora Executiva da Associação Dignitude.

Segundo a Avaliação de Impacto, o Programa abem: está presente em todos os distritos, e Regiões Autónomas dos Açores e Madeira, cobrindo uma área geográfica onde reside 65% da população portuguesa.

O Programa abem: Rede Solidária do Medicamento é um projeto desenvolvido pela Associação Dignitude, que tem como objetivo permitir o acesso, de forma digna, aos medicamentos prescritos, a quem não tem capacidade financeira para os adquirir. Até outubro deste ano, o Programa abem: já apoiou mais de 38 000 beneficiários, tendo já contribuído para a dispensa de quase três milhões de embalagens de medicamentos.

Menos 62 toneladas de emissões para a atmosfera

O estudo avaliou o impacto ambiental do Programa abem:. O Programa abem: reduz o número de deslocações dos beneficiários aos hospitais associados a episódios de urgência e internamentos. Anualmente, por cada beneficiário abem: evita-se a emissão de cerca de 4,14 kg CO2e. Num total anual, extrapolando para todo o universo de beneficiários abem: teríamos 62,39t CO2e de emissões evitadas em 2023 (1.188 viagens Lisboa – Porto de carro).

Estas e outras conclusões foram apresentadas na Conferência abem:, este ano dedicada ao tema “Saúde & Sustentabilidade”, que contou com o Alto Patrocínio do Senhor Presidente da República.

A Conferência teve como orador principal Luís Campos, Presidente do Conselho Português para a Saúde e Ambiente. Na sessão de abertura esteve um representante do Ministério do ambiente e com Paula Dinis, Presidente da Associação Dignitude. No comentário final esteve Maria de Belém Roseira, ex-ministra da Saúde, sendo a sessão de encerramento presidida por sua Excelência a Secretária de Estado da Saúde, Professora Ana Povo, em representação da senhora Ministra da Saúde, assim como Ema Paulino, Presidente da Direção da Associação Nacional das Farmácias (ANF), e  João Almeida Lopes, Presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA).

O evento contou, ainda, com uma Mesa Redonda com a participação de Diana Amaral, Diretora da ANF; Maria Manuel Silva, Vice-presidente da Câmara Municipal de Alfândega da Fé; Mariana Ribeiro Ferreira, Diretora de Sustentabilidade da CUF; Luís Figueiredo, Diretor Geral da VALORMED; Nuno Flora, Presidente Executivo da Associação de Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA), Miguel Rovisco de Andrade, Diretor da APIFARMA, e com a moderação de Fernanda Freitas.

MEDgical foi um dos projetos vencedores do BI Award for Innovation in Healthcare
Quando vamos a uma consulta, é ao computador que, na maior parte das vezes, encontramos o médico, que ali se mantém, a digitar...

“Apesar de a tecnologia ter trazido muita coisa boa, foi completamente demolidora para aquilo que é a relação médico-doente”, refere Bruno Castilho, co-fundador e CEO da MEDGICAL e cardiologista. “Com a MEDGICAL, o médico pode sair detrás do computador e sentar-se à frente do doente, falar livremente com ele, sem se preocupar com as notas que tem de tirar.” Isto porque esta ferramenta faz os registos de forma completamente automática, em modelos adaptados a cada especialidade. “E, no final, o médico tem todos os registos clínicos, à distância de um clique. Permite aos médicos focarem-se naquilo que realmente importa, que é o cuidado ao doente.”

A questão da humanização é então uma das grandes vantagens desta aplicação. Mas há outras a destacar, como a otimização dos recursos. “Se tivéssemos 20% dos médicos no País a usar a aplicação, seria possível fazer mais 2,5 milhões de consultas. Isto é, de facto, algo que pode beneficiar muito não só o sistema de saúde, como o doente em si”, afirma Bruno Castilho. 

Depois, há ainda a questão da saúde mental dos profissionais de saúde. “Sabemos que mais burocracia aumenta o risco de burnout e de erro médico. E o que é que acontece com esta tecnologia? Os médicos, ao libertarem-se do trabalho burocrático, sentem-se muito melhor. Porque aquilo que querem é tratar doentes, não é lidar com papéis”, acrescenta.  

Finalmente, resolve “um problema muito importante, que tem a ver com a transmissão de informação entre médicos, sobretudo de diferentes especialidades. Eu sou cardiologista e escrevo com muitas abreviaturas aquilo que são informações da cardiologia, que eu entendo, mas que os meus colegas de outras especialidades podem não entender. Se um dos meus doentes for a uma urgência ou a outro clínico, é importante que este saiba exatamente o que é que ele tem. O facto de a MEDGICAL fazer notas clínicas faz com que a informação seja transmitida com qualidade e se diminua bastante o risco de erro clínico, porque não há interpretações deficientes da informação que está escrita.” 

Da parte dos médicos que já usam a aplicação, a reação não podia ser melhor. “A partir do momento que os médicos experimentam já não querem voltar atrás.” 

Daniel Ferreira, coordenador do Serviço de Cardiologia e coordenador médico do Serviço de Informação Clínica da JCS, concorda. "O que a MEDgical traz é o melhor dos dois mundos: podermos continuar a olhar nos olhos do doente, a consulta toda, sem mexer no teclado. Conversamos, fazemos o exame objetivo, escutamos, traçamos o plano e, no final, em menos de meio minuto, a plataforma faz a anotação de toda a consulta.”

De acordo com o especialista, o reforço da relação médico-doente é o principal ganho. “O segundo é ter registos de boa qualidade e, depois, ainda há a economia de tempo.”

Projeto-piloto confirma história de sucesso

Na Joaquim Chaves Saúde, a MEDGICAL AI está em fase de teste. Daniel Ferreira foi o pioneiro, não sem antes ter assegurado a inexistência de constrangimentos legais e sabendo ainda que não há qualquer necessidade de instalação de software. “Desde então, utilizei a plataforma com todos os meus doentes, em mais de uma centena de consultas, com um grau de satisfação meu e dos doentes muito elevado.”

Hoje, são já cinco os médicos de cardiologia a usar a MEDGICAL, aos quais se juntou a especialidade de Medicina Geral e Familiar. “A nossa ideia é alargar ao máximo de especialidades e ao máximo de médicos possível.”

Para a MEDGICAL entrar em ação, basta apenas “um microfone de mesa, embora se possam utilizar outras soluções, ligado ao computador e uma página de internet, onde se faz um login. A partir daí, a ferramenta começa a ouvir e, no final, pedimos para gerar as notas, o que acontece em 20 segundos. Depois, é apenas preciso copiar a informação para o processo clínico e apagar toda aquela informação da plataforma, que não fica com nada gravado. Não há softwares, não há hardware, a não ser o microfone e não há necessidade de integração com nada que já exista”.

A MEDGICAL conquistou o 3.º lugar na edição de 2023 do BI Award for Innovation in Healthcare, uma iniciativa da Boehringer Ingelheim, com o apoio institucional da Ordem dos Médicos, subordinado ao tema “Sustentabilidade para um futuro comum”. A Boehringer é um mero promotor da MEDGICAL AI, que é operada exclusivamente pela MEDGICAL, Lda.

1ª edição da iniciativa promove a prevenção e a sensibilização para o AVC
No próximo dia 27 de outubro, a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) organiza a primeira edição da...

Pela primeira vez na sua história, a SPAVC organiza uma caminhada síncrona à escala nacional, envolvendo Câmaras Municipais e Unidades Locais de Saúde de várias regiões de Portugal Continental e Ilhas, com o objetivo de alertar para a importância da adoção de medidas preventivas contra o AVC. A Dr.ª Cristina Duque, Embaixadora Nacional da SPAVC para o Dia Mundial do AVC, apela à participação massiva nesta ação, reforçando a importância de uma adesão ativa. “Convidamos todos a vestir a cor vermelha ou branca, simbolizando a nossa luta comum contra o AVC. Esta caminhada é uma oportunidade para todos, independentemente da idade ou condição física, se unirem a esta causa”, sublinha a neurologista.

Esta ação simultânea em várias regiões do país irá envolver profissionais de saúde e a população em geral, com o objetivo de sensibilizar para o combate ao AVC.

A caminhada tem como foco principal a sensibilização para os fatores de risco modificáveis, destacando a importância da atividade física como uma das estratégias mais eficazes na prevenção do AVC. A atividade física regular de intensidade moderada-intensa, com uma média de 25 minutos por dia ou 3 horas por semana, reduz o risco de AVC em cerca de 40%. Por outro lado, o sedentarismo, definido como passar mais de 13 horas por dia sentado e sem atividade física, aumenta o risco de AVC em aproximadamente 44%.

De acordo com o Prof. Vítor Tedim Cruz, Presidente da Direção da SPAVC, “cerca de 90% do impacto provocado pelo AVC depende de fatores de risco modificáveis, para os quais já foram desenvolvidos estudos, tecnologia e fármacos que permitem o seu controlo. São disso exemplo, a hipertensão arterial, a obesidade, a dislipidemia, a diabetes, a fibrilhação auricular, a doença renal crónica, o tabagismo, o sedentarismo e até a poluição”. 

O especialista em Neurologia destaca a abrangência da ação, salientando que “são cerca de 30 localidades envolvidas nesta iniciativa inédita de promoção do exercício físico como meio de prevenção do AVC, demonstrando a crescente preocupação da população com este problema de saúde pública”.

A Caminhada Nacional "Pare o AVC, Junte-se a Nós" coloca Portugal na vanguarda das campanhas de prevenção, demonstrando que é possível unir esforços à escala nacional e lembrar que uma parte substancial do combate ao AVC depende de cada um de nós. A caminhada conta ainda com o Alto Patrocínio do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, reforçando o compromisso do País com a promoção da saúde e o bem-estar da população.

Todas as informações sobre a caminhada, bem como o formulário de inscrições online encontram-se disponíveis em:https://spavc.org/dia-mundial-do-avc-2024/

Estudo
Cientistas identificaram compostos ativos eficazes contra parasitas que causam aquelas doenças infeciosas e vão começar estudos...

Descobrir um medicamento eficaz para a malária e a leishmaniose, que são das principais doenças infeciosas transmitidas por insetos. É este o objetivo de uma equipa liderada pelo Centro de Química (CQ) da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM), num projeto iniciado há três anos e que pode demorar pelo menos dez anos.

Os cientistas encontraram já em laboratório 28 compostos ativos eficazes contra a malária e 15 contra a leishmaniose e depois otimizaram-nos. Em breve vão começar os estudos in vivo em animais, imprescindíveis para provas de eficácia e avaliação da segurança em humanos. O projeto chama-se PuryMal e é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

“Encontramos compostos muito ativos no microrganismo e que não são tóxicos para as células do hospedeiro, ou seja, o ser humano”, explica a investigadora Maria Alice Carvalho. No caso da malária, esses compostos foram identificados em estirpes resistentes e não resistentes e com baixa toxicidade para serem testados em animais. “Ficamos surpreendidos com os compostos ativos que encontramos em 90 compostos analisados, pois em projetos deste tipo a probabilidade é de um em dez mil”, acrescenta a docente.

Estes avanços “são importantíssimos, pois uma das maiores ameaças de saúde pública é o desenvolvimento de resistência dos parasitas aos fármacos”, adianta Maria Alice Carvalho. O trabalho está a ser desenvolvido em parceria com o Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da UMinho e o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto.

Há vários fármacos no mercado neste âmbito, mas têm baixa eficácia, sendo fundamental obter novos medicamentos. A leishmaniose e a malária colocam em risco cerca de 250 milhões de pessoas no mundo, sobretudo nas zonas tropicais, e provocam milhares de mortes por ano. Crianças com menos de 5 anos são o grupo mais vulnerável, representando cerca de 80% das vítimas por malária.

Os parasitas destas doenças são resistentes e estão em desenvolvimento, tornando os medicamentos existentes menos eficazes. “A zona de África é problemática, devido ao acesso limitado a cuidados de saúde, aos cenários de guerra e às populações a moverem-se, levando a que as doenças se espalhem de forma incontrolável”, salienta Maria Alice Carvalho.

O processo de certificação iniciou-se em 2022
Iniciativa prevê a formação de profissionais competentes, mais conscientes e empáticos, promovendo uma cultura de compaixão.

A Atlântica – Instituto Universitário e a ESSATLA – Escola Superior de Saúde Atlântica estão no caminho de se tornarem as primeiras instituições de ensino superior compassivas do país. A distinção “Atlântica Compassiva” resulta de um compromisso contínuo com a educação humanizada e a promoção do bem-estar no ensino superior, tendo o processo de certificação sido formalmente iniciado em 2022. Como resultado deste percurso, e até à obtenção da certificação internacional – atribuída pela Fundação New Health – as duas instituições vão receber a visita de uma especialista internacional em “compaixão”, Begoña Garcia Navarro, da Universidade de Huelva.

“A Atlântica e a ESSATLA embarcaram na missão de se tornarem instituições de ensino superior compassivas há dois anos, no seguimento de um paradigma recente que pretende promover um ambiente de maior compaixão junto das mais variadas entidades e instituições, através da formação de profissionais mais competentes, conscientes e empáticos, preparando-os para enfrentar os desafios da sociedade contemporânea”, explica Helena José, presidente da ESSATLA. A também docente da instituição sublinha ainda que “esta certificação para a qual temos estado a trabalhar é o resultado de um esforço coletivo e sublinha o compromisso da Atlântica em priorizar o desenvolvimento de competências emocionais e sociais que são essenciais no contexto do mundo atual”.

Mais compaixão como resposta aos desafios atuais

Dados das Nações Unidas demonstram que o número de idosos com 60 anos ou mais vai duplicar até 2050, sendo que os números devem triplicar até esta data nas pessoas com mais de 80 anos. Com o envelhecimento da população a aumentar, surgem novos desafios – como é o caso da prevalência das doenças crónicas, graves ou incapacitantes –, que exigem novas respostas e abordagens, assim como cuidados que garantam o bem-estar dos indivíduos em fim de vida.

A sensibilização junto da comunidade para estas questões é cada vez mais premente, bem como a promoção de uma cultura baseada na compaixão. É precisamente essa a aposta atual da Atlântica e da ESSATLA – em particular, tendo em conta as formações na área de enfermagem – ao embarcarem nesta jornada para se tornarem uma “Universidade Compassiva”: dotar a sociedade de profissionais capacitados na prestação dos mais diferentes serviços, alinhando-se a esta cultura da compaixão.

Ainda de acordo com Helena José, “a compaixão envolve uma consciência do sofrimento (componente cognitiva), uma preocupação simpática relacionada com o facto de se sentir emocionalmente tocado pelo sofrimento (componente afetiva), inclui o desejo de ver o alívio desse sofrimento (componente intencional) e inclui uma reatividade ou prontidão para ajudar a aliviar esse sofrimento (componente motivacional)”. Por isso mesmo, “numa Instituição de Ensino Superior Compassiva, o estudante aprende a ter consciência do seu sofrimento e do sofrimento do outro, tornando-se, desta forma, numa pessoa empática e solidária. Uma experiência universitária baseada na compaixão e na colaboração dará aos estudantes de hoje a possibilidade de resolverem os desafios de amanhã, e ajudar-nos-á a todos a avançar para um futuro mais inclusivo, diversificado e equitativo”, conclui a docente. 

Na rota da nomeação “Atlântica Compassiva”

No âmbito deste percurso que a Atlântica e a ESSATLA têm traçado e que se aproxima da certificação final, as instituições recebem, esta semana, a presença da especialista em “compaixão” Begoña Garcia Navarro, da Universidade de Huelva – a primeira universidade em Espanha a ter recebido o título de “Universidade Compassiva”. A docente da instituição de ensino espanhola estará presente com o intuito de discutir diretrizes e práticas necessárias para a implementação deste novo paradigma no ensino superior.

Até este momento, e tendo em conta o trabalho que tem sido desenvolvido para a obtenção da certificação, a Atlântica e ESSATLA já participaram na publicação conjunta – com a Universidade de Huelva – de artigos científicos que refletem os valores e práticas compassivas, assim como na organização de diferentes eventos científicos internacionais. As duas instituições de ensino contam ainda com um grupo de alunos e professores que, em mobilidade Erasmus, tiveram a oportunidade de participar numa formação internacional em cuidados compassivos, que se realizou, primeiro, em setembro de 2023, em Huelva, e no mês passado, em Florença. 

Congresso APIFARMA 2024
Destacadas personalidades como Luís Marques Mendes, conselheiro de Estado, Ana Povo, secretária de Estado da Saúde, Ana...

O Congresso, que marca os 85 anos da APIFARMA – Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, destaca quatro temas cruciais: o impacto das mudanças demográficas, o acesso à inovação, a sustentabilidade e o financiamento do sistema de saúde, bem como o reforço da produção farmacêutica em Portugal e na Europa.

Entre os participantes destacam-se dirigentes de instituições públicas e do sector da saúde, líderes de empresas da Indústria Farmacêutica, médicos, académicos e representantes de associações de doentes, num total de mais de duas dezenas de especialistas de renome.

As discussões visam delinear estratégias para enfrentar o envelhecimento demográfico, que afecta não só a prestação de cuidados de saúde, mas também a sociedade e a economia, e para superar os obstáculos que colocam Portugal entre os últimos países europeus no tempo de acesso a terapias inovadoras.

Com um Serviço Nacional de Saúde cronicamente subfinanciado e que se debate para dar resposta à procura e ao acesso atempado a medicamentos inovadores, como preparar o sistema de saúde para os desafios iminentes?  O Congresso discutirá ainda as oportunidades e os desafios da indústria farmacêutica de base produtiva nacional, que tem batido recordes de produtividade e exportações, enquanto sector de importância estratégica para a economia do país.

O Congresso APIFARMA 2024 decorre amanhã, 23 de Outubro, com início às 9h00, no Capitólio – Parque Mayer, em Lisboa.

25 de outubro no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian
Dos antibióticos às alterações climáticas, são vitais para a nossa existência. A relação entre humanos e micróbios é...

O evento científico, que decorrerá no próximo dia 25 de outubro, às 17h, no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, é organizado por Moritz Treeck, Isabel Gordo e Giulia Ghedini, investigadores principais da Fundação GIMM – Gulbenkian Institute for Molecular Medicine, com a colaboração de Luís Teixeira e Maria João Amorim, do Católica Biomedical Research Center, e Sarela Garcia- Santamarina, do ITQB NOVA – Instituto de Tecnologia Química e Biológica. O evento contará com a participação de três cientistas de renome, incluindo a própria Maria João Amorim (Católica Biomedical Research Center), ao lado de Katia Koelle (Emory University) e Sébastien Gagneux (Swiss Tropical and Public Health Institute/Universidade de Basileia). Os três cientistas irão partilhar os seus conhecimentos e perspetivas inovadoras sobre a importância dos micróbios na nossa existência e como estes impactam a saúde humana.

O evento vai contar com intervenções sobre o mundo das bactérias e vírus, com foco naqueles que causam doenças em humanos, abordando prevenção e tratamento de infeções virais, os desafios e o papel das vacinas e dos antivirais.

"Quando os vírus respiratórios, como a gripe e o SARS-CoV-2, se replicam, muitas vezes cometem erros que não são corrigidos. Embora uma pequena fração desses erros ou mutações acabe por ser vantajosa para os vírus, a maioria é prejudicial para eles ou não afeta substancialmente a capacidade desses vírus de se transmitirem e propagarem. Nesta palestra, irei resumir como a obtenção de amostras virais de indivíduos infetados e o sequenciamento dessas amostras podem ajudar-nos a compreender como esses vírus mudam ao longo do tempo, como se adaptam enquanto circulam na população humana e como se espalham globalmente ao longo dos anos", adianta Katia Koelle, uma das investigadoras participantes.

Este evento, aberto ao público, pretende dar a conhecer o papel vital que estes organismos invisíveis desempenham não só na saúde, mas também no ecossistema global, proporcionando uma visão mais clara e fundamentada sobre quem são estes amigos e inimigos invisíveis que nos rodeiam.

concurso de Projetos Exploratórios em Todos os Domínios Científicos 2023 da FCT
O projeto “FotoCATálise SOLar usando fotossensibilizadores magnéticos: uma abordagem sustentável para a eliminação de...

O plano de investigação submetido, e aprovado, foca-se no desenvolvimento de uma estratégia de tratamento de água considerada sustentável, onde o principal resultado esperado é o desenvolvimento de fotocatalisadores magnéticos à base de carbono, como os carbon quantum dots (CQDs), sozinhos ou acoplados a materiais semicondutores, para a remoção eficiente de antibióticos de efluentes por fotodegradação usando a radiação solar. Isso contribuirá, não só para o avanço das tecnologias de tratamento de água, mas também para mitigar a propagação da resistência antimicrobiana e preservar a qualidade do ambiente aquático.

De acordo com a investigadora principal, Diana Lima (ESTESC-IPC/H&TRC), “este projeto está devidamente alinhado com os objetivos da Agenda 2030, nomeadamente o objetivo 3: Boa Saúde e Bem-estar e o objetivo 6: Água Potável e Saneamento. Além disso, o plano de investigação está integrado numa instituição que tem por missão desenvolver investigação internacional de referência nas ciências ambientais e da saúde”.

A equipa do projeto é multidisciplinar, fazendo parte da equipa de investigação as investigadoras Diana Lima – investigadora principal (ESTESC-IPC/H&TRC), Ana Paula Fonseca (ESTESC-IPC/H&TRC), Carla Patrícia Silva (ESTESC-IPC/H&TRC), Nádia Osório (ESTESC-IPC/H&TRC), Marta Otero (Universidade de León) e Vânia Calisto (UA/CESAM).

 

Estudo
O Ispa - Instituto Universitário integra o projeto MathMot, um estudo internacional que analisa o desenvolvimento da...

287 escolas, mais de 11.000 alunos, 9.000 pais e 700 professores, em seis países europeus: é esta a valiosa amostra do projeto MathMot, um estudo internacional que aborda o desenvolvimento da motivação para a matemática numa perspetiva longitudinal, integrando dados de alunos, pais e professores. O estudo, realizado ao longo de quatro anos, foi coordenado por uma equipa da Universidade de Oslo, na Noruega, e integra, para além do Ispa – Instituto Universitário, em Portugal, mais quatro equipas da Finlândia, Suécia, Estónia e Sérvia. As conclusões fornecem um quadro relevante sobre como fatores emocionais, culturais e sociais influenciam a motivação e o desempenho dos estudantes e sobre o impacto das emoções, crenças parentais e género na aprendizagem da matemática.

Dados quantitativos mais aprofundados só estarão apurados no final do projeto, mas os primeiros dados qualitativos já permitem tirar conclusões importantes:

• Diferentes perfis emocionais em relação à Matemática

Ansiedade, aborrecimento ou felicidade são alguns exemplos de emoções apontadas em relação à matemática, que variam consoante os países, e que permitem identificar diferentes perfis entre os estudantes. Em Portugal, foram visíveis alterações entre o 4o e o 5o ano:, com os alunos mais novos a mostrarem maior prevalência nos perfis de “ansioso” e “aborrecido + ansioso”. No 5o ano, surgem perfis com a presença da emoção “feliz”, em paralelo com o perfil “ansioso”.

• Efeito Dunning-Kruger em Portugal

O estudo analisou o fenómeno Dunning-Kruger, no qual estudantes com menor competência tendem a sobrestimar as suas capacidades, enquanto os mais competentes as subestimam. Em Portugal, os alunos também manifestam este efeito, embora não exista um padrão específico que diferencie significativamente os países analisados.

• Disparidade de género da identidade Matemática

Em Portugal, os rapazes tendem a desenvolver uma identidade matemática mais positiva do que as raparigas. Este fenómeno, também observado na Finlândia, Estónia e Noruega sugere uma disparidade de género relevante que pode influenciar as escolhas de carreiras nas áreas STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática).

• Impacto das crenças de pais e professores na motivação dos filhos

As atitudes e crenças dos pais e professores sobre a matemática foram identificadas como um fator determinante na motivação dos alunos, mostrando a necessidade de ações concertadas e promotoras de competência, para que a matemática seja sentida como algo importante e com sentido. Em relação às famílias, em todos os países participantes, os pais que acreditam que as capacidades matemáticas são inatas tendem a adotar práticas parentais menos apoiantes, o que pode prejudicar o desempenho dos filhos. Este dado sugere a importância de trabalhar com os pais para ajustar crenças e práticas que promovam a motivação e o desempenho dos estudantes.

 

Opinião
O envelhecimento normal existe. Repitam comigo. O envelhecimento normal existe.

Admite-se que o nosso Quociente de inteligência (QI), a medida que usamos para tentar avaliar a capacidade intelectual de uma pessoa, atinge o seu pico aos 25 anos, estabiliza até por volta por 60 ou 70 anos e depois diminui.

Não diminui por igual. O QI não é todo igual. Falamos essencialmente em dois tipos de QI: o QI verbal, que avalia a nossa habilidade com palavras, e o QI de desempenho, que se foca na nossa capacidade de pensar e raciocinar visualmente e nas nossas capacidades motoras.

Ora aquilo a que chamamos de QI de desempenho diminui mais acentuadamente. A velocidade de processamento diminui e é mais difícil de aprender coisas novas. As habilidades motoras finas e coordenação motora também podem ser um desafio. O QI verbal é mais estável e, em alguns casos, até melhor. Ao longo de nossa vida, acumulamos conhecimento e vocabulário. Estas informações são "cristalizadas", não se perdendo facilmente.

Então o que é normal?

- Esquecer-se do local onde deixou as chaves ou de nomes de pessoas conhecidas

- Esquecer-se de pagar as contas do mês (a água, luz, gás)

- Ter maior dificuldade em concentrar-se

- Haver uma maior lentidão a processar informação e menos capacidade na resolução de problemas

- Ter menos capacidade de reter informação nova

- Haver uma desaceleração psicomotora

E este envelhecimento da cabeça não vem só. Contam também as comorbilidades medicas, os défices sensoriais e a perda de independência que muitas vezes complicam isto. Contam também, em alguns casos, o isolamento, a perda do conjugue ou do círculo próximo de amigos e a perda de poder económico ou de status socioprofissional. Estes são aspetos muitas vezes esquecidos mas que ajudam, a maioria das vezes, a explicar as dificuldades que surgem.

Mas a pergunta que nos traz hoje é outra. Então, quando é que podemos falar em demência?

A demência é uma diminuição grave, lenta e progressiva, da função mental, que afeta várias áreas da cognição (memória, o pensamento, o juízo e a capacidade para aprender) e que surge habitualmente com uma incapacidade de ser autónomo para as atividades da vida do dia-a-dia.

O que nos deve chamar a atenção?

- Perder os óculos e nem sequer lembrar-se de que precisa de óculos ou que os perdeu

- Esquecer-se de como pagar as contas do mês ou que existem contas para pagar

- Desorientar-se em locais conhecidos ou esquecer eventos recentes

- Não perceber o significado de uma palavra ou para que serve um objeto que anteriormente era familiar

- Alterações do modo habitual de se comportar ou de ser

Quando estes sintomas existem, é mandatória a procura de ajuda. Ajuda especializada que permita uma avaliação capaz do que é que existe e do que é que podemos fazer para ajudar.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
VII Jornadas de Ortopedia do Hospital CUF Torres Vedras realizam-se dia 26 de outubro
O Hospital CUF Torres Vedras e a CUF Academic Center vão juntar profissionais de saúde num debate sobre as doenças ortopédicas...

As doenças ortopédicas são uma das causas mais frequentes de idas à urgência, em Portugal, e estão entre as patologias com maior impacto na qualidade de vida dos doentes. António Rodriguez de Sousa, Coordenador de Ortopedia do Hospital CUF Torres Vedras e membro da Comissão Organizadora das Jornadas, alerta que “o diagnóstico correto e atempado destas doenças é fundamental, para obtermos bons resultados no tratamento dos doentes. Ao refletirmos sobre os meios auxiliares mais adequados para diagnosticar as principais doenças ortopédicas, consoante a sua fiabilidade, especificidades e o caso particular de cada doente, estamos a contribuir para a melhoria da vida destas pessoas, e essa é a nossa principal preocupação.”

O programa da sétima edição das Jornadas de Ortopedia do Hospital CUF Torres Vedras é composto por palestras e mesas redondas, nas quais irão participar profissionais diferenciados nas áreas da coluna, anca, joelho, ombro e cotovelo, punho e mão, tornozelo e pé e, ainda, em Ortopedia Pediátrica. O evento destina-se a especialistas e internos de Ortopedia, Medicina Física e Reabilitação e Medicina Geral e Familiar, assim como reumatologistas e fisioterapeutas.

O objetivo é a atualização de conhecimentos e a partilha de experiências entre pares, promovendo a formação contínua dos profissionais de saúde. 

Domingo, dia 20 de outubro
É com um rastreio de avaliação do risco de fraturas osteoporóticas, dirigido a pessoas com mais de 40 anos, que a Escola...

O rasteiro gratuito, a decorrer entre as 10h00 e as 18h00, no Alma Shopping, em Coimbra, visa calcular a possibilidade de ocorrência de fratura a 10 anos, com entrega de resultados e recomendações personalizadas.

Adicionalmente, serão realizadas intervenções educativas no âmbito da prática de exercício físico e da nutrição, que ajudam a prevenir a osteoporose e a manter os ossos saudáveis.

Caraterizada pela diminuição da densidade mineral óssea responsável pela resistência e solidez da generalidade do esqueleto, a osteoporose é uma doença crónica progressiva, que pode ser muito incapacitante, devido ao aumento da fragilidade dos ossos e, como consequência, do risco de fratura.

Em Portugal, a osteoporose atinge 17% das mulheres e 2,6 % dos homens em idade adulta, sendo mais frequente nas mulheres pós-menopáusicas e em indivíduos idosos, embora possa afetar qualquer pessoa.

Prevê-se que uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens, após os 50 anos de idade, virão a sofrer uma fratura osteoporótica, o que representa um grave problema de saúde pública (dada a sua elevada prevalência), estando a ele ligados numerosos custos económicos e sociais.

Não tendo cura, entre as formas de tratamento para a osteoporose incluem-se a melhoria dos hábitos alimentares, a prática de exercício físico regular, a cessação tabágica (no caso dos fumadores), suplementos de cálcio e vitamina D e, ainda, medicação para o fortalecimento dos ossos.

 
A importância da adoção de hábitos saudáveis
A osteoporose é uma doença metabólica óssea caracterizada pela perda de densidade mineral óssea e pe

Diagnóstico

O diagnóstico de osteoporose é feito através de exames de densitometria óssea, que medem a densidade mineral óssea e comparam os valores obtidos com os de uma pessoa saudável jovem. Estes valores são expressos em termos de "T-score", sendo que um T-score de -2,5 ou inferior indica osteoporose. Em alguns casos, pode ser necessário realizar exames complementares para avaliar a presença de fraturas ou outros fatores de risco​

Complicações

A principal complicação associada à osteoporose são as fraturas de fragilidade, que ocorrem com pouco ou nenhum trauma. Estas fraturas, principalmente da anca, coluna vertebral e punho, podem levar a dor crónica, perda de mobilidade e, em casos graves, mortalidade prematura. Fraturas da anca são particularmente graves e estão associadas a uma elevada taxa de incapacidade e mortalidade entre os idosos​

Tratamento

O tratamento da osteoporose visa reduzir o risco de fraturas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Inclui medidas farmacológicas, como o uso de bifosfonatos, suplementos de cálcio e vitamina D, e terapias hormonais em mulheres pós-menopáusicas. Além disso, o tratamento deve incluir mudanças no estilo de vida, como o aumento da atividade física (especialmente exercícios de resistência e equilíbrio) e a cessação de hábitos prejudiciais, como o tabagismo e o consumo excessivo de álcool​

Prevenção

A prevenção da osteoporose deve começar cedo, com a adoção de hábitos saudáveis, como uma dieta rica em cálcio e vitamina D, exposição adequada ao sol e prática regular de exercício físico. A atividade física é fundamental, pois fortalece os ossos e melhora o equilíbrio, diminuindo o risco de quedas. Para pessoas com risco elevado, a deteção precoce através de exames de densitometria óssea pode ser crucial para prevenir complicações graves​.

Fontes: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Para ajudar a prevenir e evitar que as quedas quebrem a rotina
A plataforma Ossos Fortes assinala o Dia Mundial da Osteoporose com o lançamento da 2ª temporada da minissérie “Anti-Quebras: a...

Ao longo de 4 episódios, cada especialista aborda, de forma simples, prática e clara, conceitos fundamentais a ter em conta na abordagem à Osteoporose. O episódio sobre risco de fratura, conduzido pela enfermeira Andréa Marques, da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e Unidade Local de Saúde de Coimbra, e com a participação de Cátia Duarte, reumatologista da Unidade Local de Saúde de Coimbra, dá a conhecer a Ferramenta de Avaliação de Risco de Fratura – FRAX Portugal, que permite avaliar o risco de fratura de qualquer pessoa com idade compreendida entre os 40 e os 90 anos. De acordo com os resultados obtidos são abordadas sugestões de acompanhamento e seguimento.

Tendo em atenção a importância do exercício físico no fortalecimento ósseo e muscular – um valioso contributo para a prevenção de fraturas – Ricardo Morais, personal trainer, dedica um episódio à exemplificação de exercícios práticos que podem facilmente ser realizados em casa.

As fraturas são um dos principais perigos associados à osteoporose, sendo fundamental o acompanhamento das cirurgias pós-fratura. É este tema que a Enf.ª Paula Rocha, especialista em enfermagem de reabilitação, da Escola Superior de Saúde de Viseu, aborda, refletindo sobre o processo de internamento hospitalar após uma fratura e a importância dos cuidados após a cirurgia, necessários para garantir uma rápida e eficaz recuperação da mobilidade e o desejado regresso a uma rotina diária normal. É deixado também o alerta para o papel essencial que a família ocupa em todo este processo. 

No último episódio desta temporada, o destaque vai para a avaliação geriátrica global, uma avaliação que deve ser multidimensional para permitir um envelhecimento saudável e a prevenção de eventos adversos, em particular as quedas. Este episódio conta com a participação do Enf. João Tavares, Professor na Escola de Enfermagem de Aveiro, que explica a importância da interdisciplinaridade entre diferentes profissionais de saúde como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, entre outros. Esta interdisciplinaridade tem como objetivo a avaliação dos diferentes domínios da pessoa idosa, tais como, funcional, cognitivo, nutricional, marcha e social.

Portugal é um país cada vez mais envelhecido, onde se estima que meio milhão de portugueses são afetados pela osteoporose e se contabilizam 50 mil fraturas osteoporóticas por ano. É, por isso, urgente alertar e sensibilizar para a prevenção e os cuidados a ter, nomeadamente junto da população do sexo feminino com mais de 50 anos e após a menopausa, mais vulnerável a sofrer uma fratura osteoporótica!

A minissérie “Anti-Quebras: a Osteoporose pode ser prevenida” é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde em Reumatologia (APPSREUMA) e conta com o apoio da Amgen Biofarmacêutica. Estes são um dos conteúdos em destaque na plataforma Ossos Fortes, um espaço de cariz informativo, que se destina a alerta e educar para a temática da osteoporose e a sua prevenção ou cuidados.

 
Entre 23 e 25 de outubro
Este ano, decorre, entre os dias 23 e 25 de outubro, no Centro de Congressos de Vilamoura a 24ª edição do Congresso Nacional de...

Com um programa elaborado pela direção da Sociedade Portuguesa de Pediatria em conjunto com as suas Secções, Sociedades, Comissões e Grupos de Trabalho, este evento abrange várias área da pediatria. 

No primeiro dia do evento, a manhã será marcada pela realização de três cursos: Atualizações em Pediatria, Cardiologia Pediátrica e Urgências em Neuropediatria.  As sessões científicas terão lugar partir das 14h30. 

Durante três dias, para além destas sessões vão decorrer ainda vários simpósios, apresentações de pósteres e comunicações orais. 

Destaca-se ainda a atribuição dos Prémios e Bolsas da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) com o apoio da Pfizer e Sanofi. 

Tal como nas edições anteriores, será também atribuído o Prémio Carreira 2024, a uma figura de destaque da Pediatria portuguesa. 

 

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