Resultados do Estudo PORTRAIT-DYS
A Daiichi-Sankyo Portugal divulgou na passada sexta-feira, 25 de outubro, os resultados de uma nova subanálise do Estudo...

Esta subanálise incluiu 11.771 mil doentes, com elevado risco ou história documentada de doença cardiovascular, acompanhados nos Cuidados de Saúde Primários e a nível hospitalar. Verificou-se que 10,5% dessa população é intolerante às estatinas, sendo a maioria dos indivíduos identificada nos Cuidados de Saúde Primários.

A população intolerante às estatinas apresentava uma idade média de 73 anos, um nível de c-LDL de 103mg/dL e 43,6% eram mulheres. Dos fatores de risco cardiovascular identificados destacam-se a hipertensão (92,3%), a diabetes mellitus (62,1%), e ainda os fumadores (11,6%).

O tratamento com ácido bempedóico, nesta população, tem vindo a demonstrar diversos benefícios e foi associado à diminuição de 13% do risco de eventos cardiovasculares adversos major – morte por causas cardiovasculares, enfarte do miocárdio não fatal, acidente vascular cerebral não fatal ou revascularização coronária.

O ácido bempedóico demonstrou, igualmente, ser bem tolerado e eficaz na redução no c-LDL em combinação com outras terapêuticas hipolipemiantes, como estatinas e ezetimiba, em doentes de alto e muito alto risco cardiovascular que não conseguem atingir os seus valores-alvo.

O estudo PORTRAYT-DYS é um estudo observacional transversal que tem como objetivo caracterizar o controlo do c-LDL nas categorias de maior risco cardiovascular, incluindo pessoas com alto e muito alto risco. O estudo incluiu os registos clínicos eletrónicos de cerca de 137.000 doentes, seguidos na Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM), de 2000 a 2020.

Foi possível concluir que existe uma lacuna alarmante entre as orientações atuais para o controlo do c-LDL e a implementação clínica. Uma proporção significativa de doentes de alto e muito alto risco cardiovascular nunca recebeu qualquer prescrição de terapêutica hipolipemiante. Apesar da disponibilidade de várias opções eficazes, a sua utilização mais alargada em populações de maior risco é um fator crítico para a prevenção de futuros eventos cardiovasculares.

Apesar do elevado risco cardiovascular dos doentes incluídos na análise, verificou-se existir um muito baixo nível de controlo do c-LDL. De acordo com as recomendações da ESC 2019, apenas 7% dos doentes de alto risco, 3% dos doentes com risco equivalente de doença aterosclerótica estabelecida e 7% dos doentes com doença aterosclerótica estabelecida, estavam dentro dos valores-alvo. De forma ainda mais preocupante, 15% daqueles com doença aterosclerótica estabelecida não faziam qualquer terapêutica hipolipemiante.

A diferença entre sexos na obtenção dos valores-alvo é outro aspeto que merece destaque. O estudo PORTRAIT-DYS demonstrou que as mulheres têm 22% menor probabilidade de atingir os valores-alvos. Este resultado reforça a necessidade de uma reflexão profunda sobre a razão desta diferença: as mulheres recebem menos vezes terapêuticas hipolipemiantes de elevada intensidade, aderem menos à terapêutica com estatinas e descontinuam mais frequentemente por efeitos laterais, pelo que é necessário ponderar terapêuticas hipolipemiantes adicionais e/ou alternativas e melhorar a adesão terapêutica.

Este estudo aporta informação adicional sobre o controlo da dislipidemia em Portugal nos grupos de maior risco e nas mulheres, e deve levar a uma mudança de atitude na agressividade do tratamento deste fator de risco, nomeadamente através da intensificação das terapêuticas de combinação.

O Estudo PORTRAIT-DYS conta já com quatro subanálises que permitiram analisar fatores relevantes no que diz respeito ao controlo e gestão do c-LDL, tais como as “Diferenças entre sexos no controlo do c-LDL” ou ainda a “Gestão lipídica na pré-diabetes e diabetes.”

Os dados da subanálise agora divulgada, são inéditos e marcam a ordem do dia, uma vez que a diminuição do c-LDL em doentes intolerantes às estatinas representa um desafio na prática clínica.

Projeto de investigação “ChainPrevent"
Um estudo internacional sustenta que a identificação e intervenção precoce em fatores de risco estratégicos, como a...

Pela primeira vez, um estudo internacional mapeia, de forma sistemática, as sequências de vulnerabilidades multissistémicas - sociais, psicológicas, familiares e escolares — que influenciam o desenvolvimento e persistência de comportamentos antissociais desde a infância até à idade adulta e identifica “fatores de risco magnéticos” que geram uma verdadeira “avalanche de risco”, promovendo trajetórias criminais difíceis de interromper. 

O projeto de investigação “ChainPrevent – Sequência de eventos subjacentes ao desenvolvimento e persistência do comportamento antissocial: Avançar na prevenção do crime através de respostas individualizadas”, coordenado por Miguel Basto Pereira, investigador no William James Center for Research e professor no Ispa – Instituto Universitário, introduz o conceito inovador de "fatores de risco magnéticos", fatores que não só aumentam o risco de envolvimento em comportamentos problemáticos durante a infância, como também atraem novas vulnerabilidades ao longo do desenvolvimento. Um exemplo claro é a fraca supervisão parental na infância, que para além de aumentar diretamente o risco de comportamento antissocial, aumenta o risco do desenvolvimento de outros problemas como o insucesso escolar e o envolvimento em ambientes prejudiciais durante a adolescência, multiplicando assim os riscos em fases posteriores da vida. O estudo sugere ainda que a parentalidade disfuncional, o baixo aproveitamento escolar e dimensões relacionadas com o baixo autocontrolo na infância formam cadeias de risco, não só aumentando substancialmente o risco de delinquência juvenil, mas também gerando novas vulnerabilidades em diferentes fases de desenvolvimento (insucesso escolar, afiliação a colegas com comportamentos delinquentes, dificuldades em manter um trabalho) que promovem trajetórias antissociais ao longo da vida. 

Um dos estudos conduzidos no âmbito deste projeto sugere outro resultado de grande relevância. Para crianças e jovens sem estas vulnerabilidades, nem comportamentos desviantes durante o desenvolvimento, mas que viveram em condições de pobreza extrema, ao ponto de limitar, em fases subsequentes do desenvolvimento, o acesso pleno ao ensino e até mesmo o desenvolvimento cognitivo e emocional, as oportunidades de sucesso tornam-se tão restritas ao longo do ciclo de vida, que existe um risco substancialmente mais elevado de condenações criminais na idade adulta, quando comparados com jovens que não vivenciaram estas formas de pobreza extrema.

Este trabalho desenvolve e testa uma metodologia que permite mapear, ao longo de dezenas de vulnerabilidades, essas cadeias (ou sequências) de risco e identificar fatores-chave em cada fase de desenvolvimento para uma intervenção eficaz. “Este objetivo é particularmente relevante porque é utópico esperar que as políticas públicas de justiça consigam intervir ou prevenir todas os fatores que são conhecidos por aumentarem o risco de comportamento criminal. Este projeto pioneiro abre portas para uma nova linha de investigação científica na área da criminologia desenvolvimental que permite identificar e priorizar a prevenção e intervenção em alguns fatores de risco que são estratégicos para impedir trajetórias criminais e de marginalização social”, sublinha Miguel Basto Pereira, investigador e docente do Ispa.

Os resultados finais deste projeto de investigação serão apresentados no próximo dia 4 de novembro, no Ispa, em Lisboa, na conferência “Interna'onal Conference on Developmental and Life-course Criminology - Bringing Developmental Criminology to the Core of Crime Prevention Policies”, que contará com a presença de figuras notáveis como o Prof. Manuel Eisner, Diretor do Instituto de Criminologia da Universidade de Cambridge, Prof. Friedrich Lösel, Prof. Emérito do Instituto de Criminologia da Universidade de Cambridge e um dos criminólogos mais premiados a nível mundial e o Prof. Darrick Jolliffe, Professor de Criminologia na Royal Holloway University of London e Diretor da Divisão de Criminologia Desenvolvimental e de Ciclo de Vida da Associação Americana de Criminologia, entre muitos outros investigadores de renome.

Médico explica e deixa dicas para não perder o sono
Chegou a época do Halloween, e com ela surge o fascínio por filmes de terror!

Por que é que há pessoas que gostam tanto de filmes de terror?

Essa é uma pergunta que intriga tanto cientistas como fãs. G. Neil Martin, um investigador britânico publicou um estudo muito interessante em 2019 que fala sobre isso. Um dos fatores que parece explicar isso é a personalidade: pessoas com traços de personalidade como a busca de sensações (ou sensation-seeking) tendem a gostar mais de filmes de terror. Essas pessoas sentem-se atraídas por experiências intensas e novas, sendo que além desses filmes também pode apreciar desportos radicais ou experiências que despertam adrenalina.

A forma como o cérebro de cada pessoa processa emoções e estímulos de medo também tem importância. Algumas pessoas sentem prazer com o medo em situações seguras, pois o cérebro interpreta a resposta de “luta ou fuga” como uma emoção positiva quando não há um perigo real. Por isso, ao assistir um filme de terror, o nosso cérebro ativa os circuitos de recompensa, os mesmos que se ativam em atividades prazerosas, como comer uma boa refeição, ter uma conquista ou até desenvolver uma adição, numa lógica de “isso é bom, por isso repete”.  Outras, no entanto, têm uma resposta mais intensa ao stress e ao medo e, por isso, experienciam o terror uma experiência desagradável.

Os filmes de terror também podem ter uma espécie de efeito catártico: assistir a situações assustadoras num ecrã permite-nos enfrentar medos abstratos ou internos, como a morte, a perda ou o perigo, sem riscos reais, como se fosse um “ensaio emocional” que nos ajuda a lidar melhor com os medos reais que a vida apresenta.

Por outro lado, estudos indicam que pessoas com níveis mais elevados de empatia geralmente gostam menos de filmes de terror. Como elas tendem a sentir as emoções das personagens de forma mais intensa, podem sentir como perturbador ver cenas violentas ou assustadoras. Já as pessoas com menos níveis de empatia parecem conseguir manter uma maior distância emocional, o que facilita o prazer nesses filmes.

A cultura em que crescemos e experiências passadas também desempenham um papel importante. Quem cresceu a assistir filmes de terror pode associar essas experiências a momentos de diversão e nostalgia, mas experiências traumáticas também afetam essa preferência, já que algumas pessoas evitam terror por ativar memórias e emoções difíceis.

O que acontece no nosso corpo ao assistir terror?

Quando vemos um filme assustador, o corpo entra numa resposta fisiológica de “luta ou fuga”. Mesmo sabendo que o perigo é fictício, o cérebro interpreta as imagens assustadoras e os sons intensos como uma ameaça. Isso desencadeia uma série de respostas físicas relacionadas com o medo: há um aumento do batimento cardíaco, aumentam os níveis de cortisol (a hormona do stress), a respiração acelera e o cérebro fica em alerta.

Como é que os filmes de terror afetam o sono?

Essas respostas fisiológicas podem durar algum tempo após o filme terminar, deixando-nos “ligados” e até inquietos e isso prejudicar o sono na noite seguinte. O corpo precisa de tempo para baixar os níveis de stress e voltar ao estado de repouso, o que nem sempre é fácil para todos!

Essa “sobrecarga” no sistema nervoso pode levar a um medo de ir para a cama, insónia, imagens mentais intrusivas do filme, além de poder provocar pesadelos. As imagens vívidas e intensas de filmes de terror ficam “presas” na memória, e o cérebro, durante o sono REM, pode revisitá-las em sonhos. Esse efeito é particularmente comum em pessoas mais jovens e em pessoas que tendem a processar essas experiências de forma mais intensa.

O tipo de terror também faz diferença. Filmes com muitos sustos repentinos (os famosos “jump scares”) mantêm o corpo em tensão constante, prolongando o estado de alerta mesmo após o término. Para muitos, isso pode significar sono fragmentado, dificuldade em alcançar o sono profundo e, consequentemente, uma menor recuperação física e mental.

Dicas para assistir a terror sem perder o sono

Para quem quer aproveitar o Halloween com um bom filme de terror, mas sem comprometer o descanso, seguem algumas dicas:

  1. Escolha filmes menos intensos: opte por filmes de suspense em vez de terror psicológico ou sobrenaturais;
  2. Evite assistir antes de dormir: assista ao filme durante o dia ou finalize pelo menos duas a três horas antes de dormir, permitindo que o corpo tenha tempo de relaxar;
  3. Pratique técnicas de relaxamento após o filme: faça uma atividade calma, como ler ou ouvir música, para ajudar o cérebro a “descomprimir” das emoções intensas. Se sentir que o filme aumentou a ansiedade, técnicas como respiração diafragmática ou relaxamento muscular progressivo ajudam a restaurar alguma tranquilidade.

Afinal, filmes de terror fazem mal à saúde mental?

Os filmes de terror são uma faca (palavra propositada!) de dois gumes: embora possam aumentar temporariamente o stress e afetar o sono, eles também podem proporcionar uma sensação de catarse, alívio e até resiliência emocional. A chave está no equilíbrio. Saber os nossos limites e escolher o tipo de filme que se adapta ao nosso nível de sensibilidade ajuda a evitar os impactos negativos. Pessoalmente, não gosto nada de filmes de terror, mas aprecio um bom thriller! Portanto, aproveite o Halloween sabendo que está em segurança e que, com algumas precauções, pode divertir-se sem prejudicar a saúde mental e o sono. Afinal, o que é o Halloween sem um bom susto?

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
No âmbito do Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama
A Clínica da Mama do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto promove, amanhã, data que assinala o Dia Nacional de...

A moderação das conversas está a cargo da profissional de comunicação, Joana Branco, que vai conduzir os temas junto de uma equipa multidisciplinar que inclui o diretor da Clínica da Mama, Joaquim Abreu. Do painel, fazem parte Ana Ferreira (Oncologia Médica), Raquel Machado (Anatomia Patológica), Sónia Castro (Psicooncologia), Ana Araújo (Assistente Social), Claúdia Carneiro (Imagiologia), João Conde (Radiooncologia), Ana João Reis (Medicina Geral e Familiar), Matilde Ribeiro (Cirurgia Plástica) e a Emília Ribeiro (Enfermagem).

O diagnóstico precoce de cancro da mama pode salvar vidas e, nesta data, torna-se especialmente importante reforçar esta mensagem. Dados do IPO Porto revelam que a mamografia ajudou a reduzir a taxa de mortalidade em cerca de 40% e que um em cada seis cancros da mama ocorrem entre os 40 e os 49 anos.

De acordo com Joaquim Abreu, “o verdadeiro progresso na luta contra o cancro da mama implica o diagnóstico da doença em fase inicial do seu desenvolvimento e o tratamento de acordo com a melhor evidência científica, mas exige também que a prevenção se torne uma prioridade”.

A realização deste evento no NorteShopping é, assim, uma forma do IPO do Porto comunicar diretamente com a comunidade que serve através de alargado número de pessoas que visitam o Centro diariamente e, consequentemente, aumentar o conhecimento da população, promovendo a literacia em saúde, pela voz de especialistas.

A iniciativa é dirigida à população em geral e necessita de inscrição prévia
Para assinalar o Mês de Sensibilização do Cancro da Próstata, que decorrerá em novembro, e no âmbito do projeto ‘OncoMove’, a...

A Caminhada do Cancro da Próstata consiste num percurso de 5 km, ida e volta. A   iniciativa, realizada anualmente, conta este ano com o apoio da Bayer e visa consciencializar a população para a prevenção e diagnóstico precoce da doença, assim como promover a importância do exercício físico e de outros hábitos saudáveis em doentes oncológicos.

“Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a atividade física é um fator coadjuvante na prevenção e tratamento de doenças. Nas doenças oncológicas tem igualmente um papel importante ao longo de todo o curso da doença”, afirma Andreia Capela, médica oncologista e presidente da AICSO.

Em Portugal, todos os anos há 6 mil novos casos de cancro da próstata diagnosticados por ano, dos quais morrem aproximadamente entre 1800 a 2000 homens. Segundo a International Agency for Research on Cancer (IARC) da OMS, em Portugal, só em 2022, o cancro da próstata teve uma incidência de 7529 casos, o equivalente a 20% de todos os tumores diagnosticados no sexo masculino.

Ana Joaquim, médica oncologista e coordenadora do programa ‘OncoMove’ da AICSO, salienta que: “É fundamental criarmos estratégias complementares aos tratamentos convencionais do cancro da próstata, para que possamos proporcionar uma abordagem holística e integrada a quem vive com este diagnóstico. É o que temos vindo a fazer desde a criação do projeto ‘OncoMove’, que incentiva os doentes a terem uma vida mais ativa.”

Apesar de ainda não existir evidência científica robusta que demonstra a percentagem absoluta de quanto é que o exercício físico contribui para a redução do risco de mortalidade no cancro da próstata, de efeitos colaterais ou até mesmo do desenvolvimento de outras patologias, a investigação tem vindo a indicar que a prática regular de atividade física apresenta vários benefícios para os doentes, desde a prevenção à recuperação pós-tratamento.

“A atividade física frequente é benéfica para a saúde em geral, melhora a tolerância ao tratamento e a qualidade de vida dos doentes com cancro da próstata. Recomendamos, por isso, a prática de atividade física com regularidade, adaptada às condições individuais de cada doente. É importante consultar um médico, ou profissional de saúde qualificado, para ter  orientações personalizadas sobre o tipo e intensidade de exercício mais adequados para cada caso”, acrescenta a especialista Ana Joaquim.

Inscrições em: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd4wgFxoaiVMyYXZ15Lsw8pB0_TZWd5ek8e03o0PMfSFItpoA/viewform?pli=1.

 
Roche reuniu especialistas nacionais e internacionais em evento
Abordar a importância do diagnóstico e o seu impacto na área da oncologia foi um dos objetivos do evento “Back to The Future”,...

Na sessão de abertura, intitulada “O doente no centro”, Filipe Paixão, diagnosticado em 2022 e aos 36 anos com cancro do pulmão em estádio IV, deixou o seu testemunho sobre a influência que as várias opiniões médicas e opções terapêuticas têm tido na doença: “O que quero demonstrar com a minha jornada é que acredito que um doente bem informado, sendo proativo na sua própria doença, pode alterar o resultado”.

Roel Meeusen, Diretor-Geral da Roche Diagnósticos Portugal, reforçou que a Roche, juntamente com o apoio dos seus parceiros, tem procurado redefinir o futuro dos cuidados em oncologia, deixando um apelo aos presentes: “Hoje, ao embarcarmos nesta jornada de aprendizagem e colaboração, encorajo cada um de vocês a pensar de forma ousada e criativa e a partilhar de que forma podemos trabalhar em conjunto para construir um futuro em que o cancro seja detetado precocemente e tratado prontamente.”

O primeiro painel, “Panorama Internacional: Destaques dos Congressos de Patologia e Oncologia”, contou com a intervenção de Miguel Rito e de Diogo Alpuim Costa, que abordaram as novidades recentemente apresentadas a nível internacional, nos Congressos Europeu de Patologia e da Sociedade Europeia de Oncologia Médica, sobre o que podemos esperar para o futuro nesta área.

Por sua vez, os especialistas Fátima Vaz, Fernanda Santos, e Duarte Oliveira, no painel “Rastreio Oncológico em Foco: Otimização e Inovação”, moderado por Carla Bartosch, abordaram o panorama atual da deteção de cancro hereditário no país e a otimização dos programas de rastreio suportados por dados de mundo real e algoritmos de Inteligência Artificial (IA).

Seguiu-se a sessão “Expandir Fronteiras: do Valor da Caracterização Molecular às Aplicações de Inteligência Artificial”, moderado por Diogo Alpuim Costa e com intervenção de Fernando Schmitt, António Polónia e Manuel Teixeira, sobre as inovações na caracterização do cancro da mama e pulmão e a transformação digital da patologia.

No final, teve lugar uma mesa-redonda, liderada por Liliana de Almeida, Public Affairs Manager na Roche Diagnósticos Portugal, onde se procurou explorar de que forma podemos acelerar a implementação da Estratégia Nacional de Luta contra o Cancro. Tamara Milagre, Presidente da EVITA, abordou as questões relacionadas com o cancro hereditário, que passou a estar incluído nesta estratégia nacional, tendo reforçado que “precisamos de um registo nacional de cancro hereditário”. Marta Pojo, Diretora para os projetos de saúde da Liga Portuguesa Contra o Cancro, assinalou que a parte humana não pode ser esquecida, ao nível do acompanhamento e expectativa do doente, e que a literacia é fundamental. Já Isabel Fernandes, membro do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas, afirmou que, para o diagnóstico e tratamento, há duas coisas muito importantes para o Programa, sendo que a primeira está relacionada com a referenciação em oncologia e a segunda com a alteração da definição dos TMRG (tempos média de resposta garantidos), considerando que é necessário “priorizar as patologias”. Para debater este tema, a mesa contou ainda com a participação dos Presidentes da Sociedade Portuguesa de Patologia, Carla Bartosch, e da Sociedade Portuguesa de Oncologia, José Luís Passos Coelho.

Na sessão de encerramento, Carlos Catalão, Diretor de Medical & Health Policy na Roche Diagnósticos Portugal, destacou a importância da integração das diferentes tecnologias ao serviço do diagnóstico. Abordando também a questão da IA no setor da saúde, reforçou que “a patologia digital não é a máquina versus o patologista, mas sim a máquina mais o patologista”.

 
Iniciativa aproveita o entusiasmo das crianças para ensinar famílias a identificarem sintomas do AVC
Quase quatro anos depois de terem aprendido a identificar os principais sintomas do Acidente Vascular Cerebral e a agir em caso...

“As crianças pequenas muitas vezes desconhecem condições de saúde de emergência, como o acidente vascular cerebral, mas podem servir como veículos importantes para salvar a vida dos seus familiares. Iniciativas como esta, quando aliadas a um sistema de resposta forte, como a Via Verde AVC, podem contribuir para a redução drástica das taxas de mortalidade e morbilidade associadas ao AVC”, defende Vítor Tedim Cruz, Presidente da Direção da Sociedade Portuguesa do AVC (SPAVC).

“Em todo o mundo, já recebemos vários relatos de pessoas que foram salvas através da correta identificação dos sintomas do AVC, após a criança envolvida ter participado na iniciativa. E este estudo apenas confirma que estamos no bom caminho para salvar mais vidas”, congratula-se Jan Van der Merwe, responsável pela campanha FAST Heroes.

O artigo publicado na Front Public Health baseou-se num questionário realizado a 45 pessoas que tinham já participado num inquérito semelhante logo após a implementação da iniciativa na escola dos netos. Em comparação com a avaliação feita imediatamente após a implementação do programa, os entrevistados ainda conseguiam recordar a fraqueza nos braços e a fala arrastada como principais sintomas de AVC. Observou-se diminuição na recordação da face descaída como sintoma, mas a descrição do curso de ação apropriado em caso de emergência melhorou e o número de emergência estava também presente na memória dos participantes.

Os resultados mostram que o conhecimento sobre os sintomas mais comuns de um AVC e a importância de contactar rapidamente os serviços de emergência após um AVC, no grupo populacional mais afetado por este, é mantido. O estudo conclui, no entanto, que é necessário explorar a preservação do conhecimento numa amostra mais alargada para garantir que as conclusões se mantêm.

O AVC é a principal causa de morte e incapacidade em Portugal, sendo que, ao longo da vida, uma em cada quatro pessoas acima dos dos 25 anos virá a sofrer um AVC ao longo da sua vida. A cada hora três portugueses sofrem um AVC e um deles não sobrevive, sendo o tempo crucial para evitar desfechos mais graves.

A iniciativa FAST Heroes 112 surge assim com o objetivo de educar crianças entre os 5 e os 10 anos e os seus familiares, disponibiliza recursos educativos interativos gratuitos. Desta forma, as crianças desenvolvem competências práticas para salvar vidas de uma forma envolvente e divertida, descobrindo paralelamente um pouco mais sobre a importância da empatia e do amor.

Enquanto aprendem a identificar corretamente os sintomas de um AVC para rapidamente ligarem para o 112, as crianças têm ainda a missão de passar estes conhecimentos aos seus familiares, principalmente os avós, que fazem parte do grupo de risco.

Este projeto conta com várias atividades protagonizadas por quatro super-heróis, que podem ser implementadas nas escolas e em casa. Francisco (a Face), Fernando (a Força) e Fátima (a Fala) são três super-heróis reformados que lhes vão ensinar os três principais sintomas de AVC. Já Tomás (a Tempo), reforça a importância de agir de forma atempada. Tânia (A Professora) é uma personagem que apenas é apresentada aos alunos no segundo ano consecutivo de implementação e incentiva-os a ensinarem quem os rodeia, principalmente os avós.

Desenvolvida em parceria com o Departamento de Políticas Educativas e Sociais da Universidade da Macedónia, a iniciativa conta com o apoio da Organização Mundial de AVC, da Sociedade Portuguesa do AVC, da Direção-Geral da Educação e da Iniciativa Angels. Além do português, os materiais estão já adaptados para várias línguas. Para participar na campanha, basta ir ao website oficial, em www.fastheroes.com, e registar-se como professor para implementar a iniciativa nas aulas ou inscrever a sua criança. 

Nutrição, psicologia, osteopatia e fisioterapia
Com o arranque do ano letivo, o regresso às aulas é também sinónimo de regresso às consultas na Clínica Universitária da...

Proporcionando um espaço que promove a saúde e a autonomia e pretende prevenir complicações e problemas de saúde, contribuindo para a recuperação de indivíduos com alterações físicas ou mentais, a Clínica Universitária conta com intervenções asseguradas por especialistas de cada área, muitos dos quais professores da Atlântica. A clínica valoriza a complementaridade entre a evidência científica e a experiência prática.

A Clínica Universitária disponibiliza ainda consultas de Nutrição – segmentadas em nutrição infantil, nutrição no emagrecimento e controlo de peso, nutrição desportiva e nutrição do idoso. O serviço é prestado de forma individual, desde a avaliação do indivíduo e dos seus hábitos alimentares, até à prescrição de um plano alimentar que promova uma melhor qualidade de vida. O acompanhamento em nutrição apresenta dias e horários distintos, mediante a especialidade pretendida, que podem ser consultados no site da Atlântica (https://uatlantica.pt/).

Estão também disponíveis consultas de Psicologia. O acompanhamento abrange várias áreas, como aconselhamento e terapias psicológicas, apoio ao sucesso educativo, redução do stress e ansiedade, gestão de emoções e competências relacionais e desenvolvimento pessoal. Com consultas disponíveis à quinta e sexta-feira, entre as 13h00 e as 16h00 e as 13h00 e as 18h00 respetivamente, as consultas em Psicologia pretendem munir os pacientes de ferramentas para que consigam superar sintomas que possam estar a afetar o seu equilíbrio emocional.

As áreas da Osteopatia e Fisioterapia também são abrangidas pela Clínica Universitária. Deste modo, é possível ter acesso a um sistema de diagnóstico e tratamento na área do sistema neuro-músculo-esquelético, bem como a uma equipa de fisioterapeutas que avalia e ajuda os seus pacientes a atingir uma melhor qualidade de vida. As consultas de osteopatia estão disponíveis à segunda-feira (das 14h00 às 18h00) e à terça-feira (das 09h00 às 13h00). Já as de fisioterapia podem ser agendadas à segunda e quinta-feira (a partir das 17h00) e à quarta-feira (das 09h00 às 12h30).

À exceção do acompanhamento em osteopatia, que é gratuito no âmbito do programa de estágio dos alunos da Licenciatura em Osteopatia da Atlântica, os restantes serviços têm um custo entre os 20 e os 25 euros (mediante a especialidade). As consultas podem ser marcadas através de contacto telefónico (214 398 212) ou email ([email protected]).

 
Dia 6 de novembro, com inscrição obrigatória
No dia 6 de novembro, entre as 21h00 e as 22h30, a “Mamãs Sem Dúvidas” vai promover o “EGO – Especial Grávida Online”, com o...

O evento inicia-se com uma sessão sobre “Sexualidade e Relações Durante a Gravidez e no Pós-Parto”, em que Sandra Evangelista, enfermeira especialista em Saúde Materna e Infantil, vai abordar as mudanças que ocorrem na sexualidade da mulher durante a gravidez e no período pós-parto, desmistificando mitos comuns relacionados ao tema.

Segue-se a intervenção de Maria Costa, formadora do Laboratório BebéVida, que vai abordar o tema “Células Estaminais: Um Potencial de Cura”. Esta sessão destaca os benefícios da criopreservação das células estaminais do cordão umbilical, uma prática crucial para o tratamento de diversas doenças graves, como certos tipos de cancro e doenças genéticas, assim como as inovações e os potenciais benefícios para a saúde futura do bebé e da sua família.

O último momento deste evento vai ser dinamizado por Ana Maria Pereira, terapeuta do sono, que vai abordar o tema “Padrões de sono: Quanto tempo o bebé deve dormir durante o dia e a noite?”. A apresentação pretende esclarecer as necessidades de sono dos bebés durante o dia e a noite, e divulgar dicas práticas para ajudar os pais a estabelecer uma rotina saudável e um ambiente propício ao descanso.

A inscrição para o evento é gratuita, mas obrigatória. 

 
Dia Mundial da Psoríase | 29 de outubro
A psoríase é uma doença crónica inflamatória da pele que leva ao aparecimento de lesões avermelhadas

A psoríase é bastante comum, não é contagiosa e é mais suscetível em pessoas com a pele mais clara.

Uma das formas mais graves e particularmente incapacitante é a que afeta as articulações e que ocorre em cerca de 10% dos doentes. Nestes doentes é caraterística a deformação das articulações das mãos, pés, membros ou coluna e dor e este tipo de psoríase chama-se artrite psoriática. A psoríase pode manifestar-se em qualquer idade, sendo mais frequente entre os 15 e 30 anos e entre os 50 e 60 anos. Esta doença atinge entre 2% a 4% da população e, estima-se que em Portugal existam cerca de 300 mil pessoas diagnosticadas com psoríase.

Causas

A psoríase pode aparecer em qualquer parte do corpo, e não existe uma causa única para o seu aparecimento. Esta é uma doença multifatorial para qual contribuem fatores imunológicos, genéticos e ambientais.

Normalmente é desencadeada por um acontecimento stressante, uma infeção, a utilização de alguns medicamentos, uma queimadura solar ou pelo tempo frio e seco, entre outras causas. Ou seja, de uma forma geral, o aparecimento da psoríase depende da existência de uma predisposição genética associada a um estímulo externo.

Diagnóstico e Tratamento

A forma mais comum e caraterística da manifestação desta doença é o aparecimento, na pele, de placas salientes, bem delimitadas, grossas, secas e avermelhadas. Estas placas podem ser extensas, normalmente distribuem-se de forma simétrica e, aparecem, maioritariamente nos cotovelos, joelhos e no couro cabeludo. O diagnóstico é realizado pela observação clínica das áreas afetadas por um dermatologista e, em alguns casos, pode haver a necessidade de confirmação através de uma biopsia.

O tratamento da psoríase depende do local do corpo uma vez que a pele apresenta diferentes características consoante o local do corpo. Existem várias opções terapêuticas que ajudam a diminuir os incómodos da psoríase e ajudam, de certa forma, a um ganho de qualidade de vida, uma vez que esta doença pode impactar bastante a qualidade de vida de uma pessoa. Dentro destas opções pode-se destacar a fototerapia e cremes que são usados nas áreas afetadas e medicamentos orais ou injetáveis que são usados quando a doença progride e impacta a qualidade de vida do doente.

A escolha da terapêutica é realizada especificamente para cada doente tendo em conta o estado da doença, a presença de comorbilidades e o impacto na qualidade de vida do doente. Esta é uma doença inflamatória para a qual existem cremes que ajudam a diminuir a inflamação e o incómodo, no entanto, esta doença não tem cura. É uma doença crónica e recorrente. Depois de se manifestar a primeira vez, o doente terá períodos de melhoria e períodos de agravamento e intensificação da doença. 

Qual é o papel das células estaminais de tecido de cordão umbilical na Psoríase?

Sendo a psoríase uma doença da pele autoimune e inflamatória, as Células Estaminais Mesenquimais provenientes do Tecido do Cordão Umbilical são uma alternativa terapêutica promissora, uma vez que, estas células estaminais apresentam uma forte capacidade de modular o sistema imune e, portanto, exercerem um efeito anti-inflamatório. 

Para além desta caraterística, as células estaminais mesenquimais derivadas do cordão umbilical possuem uma superioridade ética (quando comparada com outras fontes de células estaminais), alta capacidade de proliferação e imunossupressão. Uma vez que a colheita do tecido do cordão umbilical é realizada num momento único (no parto), a criopreservação tem proporcionado múltiplos benefícios à terapia celular na medida em que permite guardar estas células sem comprometer as suas funções e benefícios.

A prova e o estudo da eficácia das células estaminais de tecido do cordão umbilical têm sido realizados e resultados animadores estão a surgir. Em 2022, foi publicado um artigo científico referente a um ensaio clínico que avaliou o efeito da infusão de células estaminais mesenquimais de tecido do cordão umbilical em 17 pacientes com psoríase. Os autores relatam que não foram observados efeitos adversos durante o tratamento e todo o período de seguimento após a infusão (6 meses). Dos 17 pacientes, em 8 pacientes foi observado uma melhoria da doença que ronda os 40%, em 3 doentes parece que a melhoria foi completa (de 100%) uma vez que não foi observado nenhum sinal da doença. E os autores também observaram que a eficácia do tratamento das células estaminais de cordão umbilical foi maior em mulheres do que em homens.

Este resultado deve-se à capacidade que as células estaminais do tecido do cordão umbilical de modular o sistema imunológico “tornando-o não tão reativo”, o que ajuda a diminuir a inflamação caraterística desta doença.

Existem mais estudos que comprovam os benefícios destas células no tratamento da psoríase e as comunidades médicas e científicas estão a trabalhar no sentido de expandir os estudos de forma a perceber, pormenorizadamente, como atuam as células estaminais do tecido do cordão umbilical nesta doença. 

Estudos como este representam passos importantes na direção de um potencial de cura ou tratamentos e refletem a importância de guardar as células estaminais do cordão umbilical. Ao criopreservar estas células pode-se estar a guardar um futuro potencial tratamento.

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Financiamento para acelerar a investigação, o diagnóstico e o tratamento de doenças raras
A Aliança Europeia para a Investigação de Doenças Raras (European Rare Diseases Research Alliance, em inglês, com a sigla...

Liderada pelo Instituto Nacional de Saúde e Investigação Médica de França (INSERM), o projeto ERDERA junta 170 entidades dos setores públicos e privados oriundas de 37 países, nomeadamente universidades, centros de investigação, hospitais, autoridades de saúde, entidades reguladoras, agências públicas de financiamento, associações de doentes, associações médicas, e empresas farmacêuticas e tecnológicas. Em Portugal, conta com a participação da Universidade de Coimbra (UC), através do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC-UC) e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CiBB), da Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB), do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

Atualmente, mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo são afetadas por uma das cerca de 7 000 doenças raras identificadas até à data. Em Portugal, estima-se que estas doenças afetem entre 600 mil e 800 mil pessoas. O diagnóstico de doenças raras é muitas vezes difícil e pode demorar anos e cerca de 95% destas doenças não têm, atualmente, qualquer tratamento aprovado. Perante este cenário, e em busca de novas respostas para o diagnóstico e tratamento de doenças raras, esta aliança de investigação e desenvolvimento pretende promover e financiar parcerias e colaborações globais entre diversas entidades, de forma a acelerar a implementação de soluções viáveis para o diagnóstico e tratamento destas patologias.

A estratégia de ação do projeto ERDERA assenta em quatro pilares centrais: 1) financiamento, para apoiar projetos de investigação colaborativa, ensaios clínicos e atividades de disseminação de conhecimento; 2) rede de investigação clínica, para melhorar o diagnóstico e o desenvolvimento de ensaios clínicos, avaliar o impacto das doenças raras e apoiar o desenvolvimento de terapias avançadas; 3) serviços de apoio, para facilitar a recolha, integração, análise e partilha de informação à escala global, para promover mais educação e formação, para oferecer orientação sobre aspetos específicos da investigação translacional e clínica, e para acelerar tecnologias promissoras, em parceria com a indústria; 4) alinhamento internacional, para garantir a sincronização de estratégias nacionais e internacionais de investigação em doenças raras, em particular nos países em que o desenvolvimento e implementação de planos nacionais para doenças raras não estejam tão avançados.

Sobre o orçamento estimado de 380 milhões de euros, a União Europeia, no âmbito do Horizonte Europa, vai financiar o projeto ERDERA com 150 milhões de euros, sendo o restante orçamento assegurado pelos Estados-Membros dos países associados ao Horizonte Europa e também por parceiros públicos e privados. Este financiamento vai suportar as atividades promovidas no âmbito dos quatro pilares de ação da ERDERA, em prol de uma abordagem a partir de múltiplas perspetivas às doenças raras.

“As doenças raras, ou órfãs, causam um enorme sofrimento aos doentes e às suas famílias, e têm custos significativos, existindo uma necessidade premente de desenvolver tratamentos eficazes. Uma ação concertada à escala europeia é fundamental para potenciar o avanço da investigação, do diagnóstico e do tratamento destas patologias. Neste sentido, dentro do projeto ERDERA, a UC vai coliderar a área de Aceleração com a associação de doentes e suas famílias French Muscular Dystrophy Association (AFM-Téléthon) e a European Infrastructure for Translational Medicine (EATRIS)”, destaca o presidente do CNC-UC e docente da Faculdade de Farmácia da UC, Luís Pereira de Almeida, que coordena a equipa da UC envolvida no ERDERA. “Esta área de trabalho tem como objetivo promover o avanço da terapia génica e de medicamentos de terapia avançada, abordando os desafios críticos de traduzir descobertas científicas nesta área em aplicações clínicas. No âmbito da área de Aceleração, a UC irá ainda coliderar um grupo de trabalho dedicado especificamente a Aceleração Tecnológica, em conjunto com a empresa farmacêutica Pfizer. Este grupo irá dedicar-se à otimização de tecnologias promissoras no âmbito da terapia génica. Esta iniciativa está alinhada com a visão do primeiro Centro de Excelência em Terapia Génica em Portugal (Gene T), que está a ser criado em Coimbra”, acrescenta.

“A Aliança Europeia para a Investigação de Doenças Raras (ERDERA), uma iniciativa inovadora que reúne 37 países e diferentes setores, procura revolucionar o panorama das doenças raras, impactando a investigação, o diagnóstico e o seu tratamento. A Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB), enquanto líder na área de 'Alinhamento de capacidades inter(nacionais)' e no pacote de trabalho 'Promoção do envolvimento de países sub-representados', desempenha um papel central na coordenação de esforços internacionais”, refere Anabela Isidro, membro da direção da AICIB, acrescentado que “com esta participação, a AICIB reforça o compromisso de Portugal em impulsionar a colaboração internacional e assegurar que todos os países, incluindo os menos representados, tenham um papel ativo no avanço da investigação e no desenvolvimento de soluções mais eficazes para as doenças raras."

“O INSA, através do seu Departamento e Genética Humana, integra o WP23 National Mirror Groups Promotion and National Alignment e assumirá a coordenação do National Mirror Group português (NMG-P). A participação do INSA neste grupo é crucial para garantir o alinhamento nacional com as políticas europeias em doenças raras. Pioneiro na Europa, o NMG-P em Portugal distingue-se por não precisar de ser criado de raiz, ao contrário de outros países, pois o INSA já reúne os principais stakeholders nacionais, como a FCT, a DGS, a AICIB, a RD-Portugal e a Orphanet Portugal. Esta posição permite ao INSA coordenar eficazmente as atividades nacionais com as da ERDERA, reforçando a sua visibilidade e influência estratégica no cenário europeu e internacional em doenças raras”, destaca a investigadora do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, Sandra Alves.

Evento decorre nos dias 15 e 16 novembro
As X Jornadas de Cardiologia e Hipertensão do Algarve vão realizar-se nos dias 15 e 16 de novembro, no Real Bellavista Hotel,...

‘Interligação de Cuidados’ é o mote das X Jornadas de Cardiologia e Hipertensão do Algarve, que  conta com um programa variado de workshops, mesas redondas e simpósios dedicados a temas como a apneia do sono na doença cardíaca, as arritmias cardíacas, os fatores de risco vascular,  os avanços tecnológicos nos dispositivos cardíacos implantáveis e a reabilitação cardíaca.

Os participantes têm ainda oportunidade de assistir a algumas  sessões de enfermagem, onde serão discutidas as intervenções em situações de emergência cardiovascular e as estratégias para melhorar a comunicação entre profissionais de saúde e doentes.

O evento vai contar com o contributo científico de vários especialistas, nomeadamente cardiologistas, enfermeiros, médicos internos e médicos de Medicina Geral e Familiar. A iniciativa conta com a organização da Liga dos Amigos do Serviço de Cardiologia (LASC) do Hospital de Faro, uma organização sem fins lucrativos dedicada à prevenção e sensibilização para as doenças cardiovasculares.

Investimento é uma aposta na inovação
O Hospital Garcia de Orta (HGO), da Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal (ULSAS), instalou, neste mês de outubro, o seu...

Este sistema robótico é o único desenvolvido sob o conceito de “immersive intuituive interface”, que permite ter uma visão tridimensional do campo cirúrgico, sem ser necessário recorrer à utilização de óculos ou qualquer outro apoio, facilitando a avaliação e a intervenção bastante mais aproximada da realidade, numa perspetiva 3D do interior do corpo do paciente.

O sistema da Vinci Xi é a mais recente evolução da cirurgia robótica minimamente invasiva, permitindo a sua execução através do controlo manual, por parte do cirurgião, de comandos existentes numa consola no bloco operatório. Neste sentido, os movimentos do cirurgião são transmitidos aos instrumentos cirúrgicos de forma intuitiva, rigorosa e precisa.

Do ponto de vista do utente e, comparativamente com as técnicas tradicionais, o sistema da cirurgia robótica permite maior precisão no ato cirúrgico, menor sangramento, menor risco de infeção e redução da dor pós-operatória, redução do tempo de internamento hospitalar, menor necessidade de transfusões e melhor resultado estético.

A utilização deste novo sistema de cirurgia robótica permite a estandardização de procedimentos, a realização de uma cirurgia de excelência e a redução de uma curva de aprendizagem em relação à laparoscopia tradicional.

Nas próximas semanas decorrerão planos de formação intensivos e adaptados a cada profissional e grupo de trabalho nas especialidades de cirurgia geral, urologia, otorrinolaringologia e ginecologia.  

“O investimento neste robot traduz a aposta que temos vindo a fazer na inovação, com vista a prestarmos cuidados de saúde de última geração, em prol dos nossos utentes e em consideração também pelos nossos profissionais. Aliado à qualidade das nossas equipas diferenciadas, este equipamento permitirá dar uma melhor resposta aos nossos utentes”, afirma Teresa Machado Luciano, presidente do Conselho de Administração da ULSAS. 

 
Estudo sustenta que grávidas devem tomar vitamina D
Vários estudos demonstram que as crianças cujas mães tomaram vitamina D durante a gravidez desenvolv

Há muitos fatores envolvidos no processo de formação dos ossos mas a vitamina D é o que tem maior importância. De acordo com uma nova investigação as mães que tomam suplementos de vitamina D durante a gravidez aumentam as hipóteses de os seus filhos terem ossos fortes à nascença e ao longo da vida.

O estudo MAVIDOS (Maternal Vitamin D Osteoporosis Study), um ensaio controlado aleatório realizado no Reino Unido, que avaliou o efeito da suplementação com vitamina D durante a gravidez, revela que as crianças cujas mães tomaram vitamina D apresentaram uma densidade mineral óssea (DMO) significativamente mais elevada aos quatro anos de idade, em comparação com as crianças cujas mães que tomaram um placebo. A DMO é uma medida da quantidade de cálcio e de outros minerais no tecido ósseo, sendo que os ossos com maior conteúdo mineral são mais densos, mais fortes e menos susceptíveis de fraturar.

Filhos com ossos mais fortes

O estudo MAVIDOS analisou 477 crianças nascidas às 40 semanas, que foram submetidas a um exame DEXA (absorciometria de raios X de dupla energia) a partir do qual foi possível avaliar a DMO aos quatro anos de idade. A dose de vitamina D utilizada neste ensaio foi de 25 microgramas (1.000 UI) por dia.

Num estudo de follow-up recentemente publicado no The American Journal of Clinical Nutrition1, os investigadores realizaram um segundo DEXA às 447 das crianças do MAVIDOS, com idades entre os seis e os sete anos, e encontraram uma maior DMO no grupo da vitamina D em comparação com o grupo do placebo. Mesmo após o ajuste para possíveis viéses como o sexo, a altura, o peso e a duração da amamentação, as crianças cujas mães tomaram vitamina D durante a gravidez apresentaram uma DMO mais elevada.

Reforça outros estudos sobre a vitamina D

Este ensaio clínico reforça as conclusões de estudos anteriores, como o COPSAC2010 (Copenhagen Prospective Studies on Asthma in Childhood) e um estudo observacional australiano, que encontrou resultados positivos na DMO em jovens de 20 anos de idade cujas mães tomaram vitamina D durante a gravidez.

De que forma é que a ingestão e a suplementação materna com vitamina D afetam a saúde óssea das crianças? Através de diferentes mecanismos:

  • Melhora a absorção de cálcio: A vitamina D melhora a absorção de cálcio, garantindo que o feto em crescimento recebe cálcio suficiente para desenvolver ossos fortes;
  • Melhora a mineralização óssea: A vitamina D ajuda a garantir níveis adequados de minerais (cálcio, fósforo e magnésio) necessários para ossos fortes e saudáveis e uma estrutura esquelética sólida;
  • Contribui para o crescimento correto dos ossos: A vitamina D ajuda a regular tanto o crescimento como a remodelação do tecido ósseo, que é um processo contínuo. A vitamina D controla as células que formam o osso (osteoblastos) e as células que o reabsorvem (osteoclastos), assegurando assim o equilíbrio correto entre a decomposição e a reestruturação da massa óssea;
  • Previne as carências: A ingestão de vitamina D suficiente contribui para prevenir deficiências que, de outra forma, poderiam levar ao raquitismo ou a outras doenças relacionadas com os ossos nas crianças.

Os investigadores também concluíram que a vitamina D pode estimular a resposta do tecido ósseo à carga mecânica, depois de a criança começar a movimentar-se sozinha. A carga mecânica, que se obtém com a prática de exercícios de suporte de peso como a corrida, é essencial para estimular e manter a massa óssea.

Certifique-se que escolhe uma formulação documentada

Algumas pessoas podem questionar a necessidade de tomar um suplemento de vitamina D, uma vez que esta se encontra em vários alimentos. Contudo, a vitamina D está presente em alimentos como o peixe gordo e a gema de ovo, que cada vez mais pessoas não inclui nas refeições diárias, sobretudo se forem vegetarianas ou vegans. Além disso, o teor de vitamina D nos alimentos é bastante baixo. A nossa principal fonte de vitamina D é o sol durante o verão. No inverno, o sol está demasiado baixo e não permite a síntese deste nutriente na pele.

A toma de um suplemento é uma forma fácil de garantir uma ingestão adequada deste nutriente essencial. É aconselhável escolher um suplemento de elevada qualidade, que tenha sido utilizado em estudos e cuja absorção e biodisponibilidade estejam documentadas. A vitamina D em forma de comprimidos não é uma boa escolha, uma vez que o nutriente é lipossolúvel e deve, portanto, ser dissolvido em óleo vegetal em cápsulas para uma boa absorção no sistema digestivo.

Fonte:

1. Pregnancy vitamin D supplementation and offspring bone mineral density in childhood follow-up of a randomized controlled trial. American Journal of Clinical Nutrition, 18 de setembro de 2024

Nota: 
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Galardão promovido pela associação Portugal AVC, com o apoio da AbbVie
Amanhã, Dia Mundial do AVC, abrem as inscrições para o prémio de jornalismo relativo a trabalhos sobre o Acidente Vascular...

Aberto a jornalistas de todo o território nacional, incluindo as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, este prémio valoriza os trabalhos jornalísticos sobre a reabilitação dos sobreviventes, a reintegração social e profissional, o recomeço de vida após um AVC e os desafios enfrentados no dia a dia.

Podem ser submetidas a concurso peças jornalísticas publicadas ou transmitidas entre 1 de dezembro de 2023 e 30 de novembro de 2025, em imprensa (papel ou digital), rádio, televisão ou podcast / videocast.

As candidaturas podem ser submetidas até 15 de dezembro de 2025, por email, para [email protected].

“É importante chamar a atenção para a principal causa de morte e incapacidade em Portugal”

Esta iniciativa pretende reconhecer e incentivar a produção de trabalhos jornalísticos relativos a uma doença que é a principal causa de morte e incapacidade no nosso país. É importante a definição e implementação de um plano eficiente de cuidados no AVC em Portugal, que inclua a prevenção e os cuidados na fase aguda, com especial ênfase na reabilitação e na vida pós-AVC, relembrando a Resolução da Assembleia da República nº 339/2021 que "Recomenda ao Governo que defina e implemente uma estratégia de acesso à reabilitação para sobreviventes de acidente vascular cerebral", mas que ainda está por começar a ser cumprida. Até 2035, haverá um aumento de um milhão de pessoas que sobreviveram a um AVC na Europa, mas a desigualdade no acesso ao tratamento e, sobretudo, à reabilitação é, ainda, uma realidade no nosso país.

António Conceição, sobrevivente de AVC e presidente da Portugal AVC, sublinha a urgência da consciencialização acerca da doença, que afeta cerca de 25 mil portugueses anualmente e é responsável por mais de 10 mil mortes por ano: “A cada hora, três pessoas têm um AVC em Portugal e aproximadamente metade dos sobreviventes enfrentam incapacidades significativas. É importante chamar a atenção para a principal causa de morte e incapacidade em Portugal. Através do Prémio de Jornalismo, a Portugal AVC espera incentivar a produção de conteúdos que promovam a sensibilização para o impacto do AVC e a importância da reabilitação e reintegração dos sobreviventes, contribuindo para uma sociedade mais informada e inclusiva.” E acrescenta, “há evidências para afirmar que, em muitos casos, a reabilitação, atempada, multidisciplinar e com qualidade, não é um custo, mas um investimento com retorno”.

Conferência Anual da Plataforma Saúde em Diálogo decorre a 31 de outubro
A humanização dos cuidados de saúde é o tema central da Conferência Anual da Plataforma Saúde em Diálogo, que junta associações...

São inúmeros os obstáculos a uma verdadeira humanização em saúde. A transição demográfica, com o aumento dos casos de demência e sobrecarga das doença crónicas; a transição tecnológica; a falta de disponibilidade dos profissionais de saúde para o estabelecimento de relações de confiança com os utentes; a atitude paternalista por parte das instituições de saúde e seus profissionais; os atuais critérios de financiamento das unidades de saúde, priorizando o volume de cuidados prestados em detrimento do acesso e qualidade dos cuidados; a falta de incentivo à participação cívica e de uma cultura participativa no sistema de saúde, tudo isto são desafios que têm impacto na condição clínica dos do doentes, nos resultados em saúde, na qualidade do serviço prestado, na motivação dos profissionais e na sustentabilidade do sistema de saúde.

“Humanização da Saúde: Um Caminho Para um Sistema mais Sustentável” será, por isso, o tema desta Conferência que pretende promover uma reflexão entre associações de pessoas que vivem com doença, profissionais de saúde, gestores hospitalares, órgãos de decisão e outros parceiros da saúde sobre como podemos, em conjunto, contribuir para a promoção de uma cultura de humanização na saúde.

“De que serve ter instalações de saúde modernas e tecnologia de suporte à prestação de cuidados, se depois o profissional de saúde não tem tempo para olhar para o doente, se não conhece adequadamente quem veio à consulta? Estaremos nós a tirar verdadeiramente partido da tecnologia e da informação disponível para humanizar os cuidados que prestamos ao outro? Como ter mais tempo para ouvir o outro e melhorar a prestação de cuidados?”, defende Jaime Melancia, presidente da Plataforma Saúde em Diálogo.

O evento contará com Victor Ramos, presidente do Conselho Nacional de Saúde, como orador principal, cuja intervenção versará sobre a melhor forma de promover uma cultura de humanização em saúde, enquanto Fernando Regateiro, presidente da Comissão Nacional para a Humanização dos Cuidados de Saúde do SNS, fará um balanço sobre os trabalhos desenvolvidos pela comissão de humanização, desde que iniciou funções.

“A humanização não é um decreto. Deriva de atitudes e comportamentos que fomentem estas boas práticas. É importante perceber o impacto económico e terapêutico que este processo pode ter no sistema nacional de saúde, criando condições para que profissionais e doentes possam ver reconhecidas as suas necessidades. Desde a criação de comodidades para doentes e famílias, sinalização e melhoria de infraestruturas, horários de atendimento, a criação de melhores condições de acolhimento nos espaços de tratamento, tudo isto são sinais de humanização sobre os quais é preciso refletir”, considera Fernando Regateiro.

Jaime Melancia acrescenta que ”desde o primeiro momento que a Plataforma Saúde em Diálogo está empenhada em contribuir positivamente para a promoção e valorização da humanização nos cuidados de saúde prestados aos utentes, uma vez que daqui resultam ganhos de qualidade e eficiência que advêm de uma prestação de cuidados de saúde centrados na pessoa”. “Por isso mesmo, é para nós uma honra poder integrar a Comissão Nacional para a Humanização dos Cuidados de Saúde do SNS, e contribuir, não só para promover uma maior cultura de humanização no sistema nacional de saúde, mas também para dar a conhecer os exemplos de boas práticas”, acrescenta o presidente da Plataforma Saúde em Diálogo.

A sessão contará com uma mesa-redonda com a participação de João Pedroso de Lima, Médico e fundador do Movimento Humanizar a Saúde em Coimbra, Catarina Alvarez, Psicóloga da Associação Alzheimer Portugal, Susana Magalhães, Coordenadora da Unidade de Conduta Responsável na Investigação no i3S - Universidade do Porto, Victor Ramos, Médico e Presidente do Conselho Nacional de Saúde, e Xavier Barreto, Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares.

Cristina Vaz Tomé, Secretária de Estado da Gestão da Saúde, fará o encerramento do evento, que conta ainda com a presença de Maria de Belém Roseira, ex-ministra da Saúde, entre outros oradores.

 
Dia Mundial do AVC | 29 de outubro
Comemora-se no dia 29 de outubro o Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Globalmente, o número total de AVC aumentou, sendo este aumento mais marcado na população acima dos 70 anos e nos países menos desenvolvidos. Apesar de melhorias quer no acesso aos cuidados de saúde quer no tratamento prestado aos doentes em Portugal, ainda existe muito caminho a percorrer. Sabemos que, dos doentes internados por AVC, menos de metade são internados numa Unidade de AVC, menos de 10% dos doentes com AVC isquémico realizam terapêutica trombolitica e pouco mais de 10% são submetidos a tratamento endovascular.  Sendo estes os pilares do tratamento nos doentes com AVC isquémico agudo, urge melhorar estes números.

O primeiro passo passa pela prevenção. Cerca de um terço dos AVCs é causado por sete fatores de risco potencialmente modificáveis como o tabaco, o sedentarismo, os maus hábitos alimentares, a obesidade, a hipertensão, a diabetes e fibrilação auricular (esta última consiste numa arritmia mais prevalente com a idade). É fundamental na prevenção o envolvimento da população em colaboração com os cuidados primários e políticas de saúde adequadas que promovam estilos de vida saudáveis. 

O segundo passo envolve a literacia médica e a educação da população para os sinais de alarme. Sintomas como boca de lado, falta de força ou alteração da fala devem levar imediatamente o cidadão comum a ligar para o 112 de forma a ser transportado o mais rápido possível para um hospital com capacidade de tratamento. O terceiro passo envolve a capacitação dos hospitais para a prestação de cuidados adequados ao doente com AVC. Infelizmente, as assimetrias no nosso país envolvem também diferenças no acesso à trombólise, trombectomia e unidades de AVC.

Não será de todo possível eliminar o AVC como causa de morte ou morbilidade, dado o envelhecimento da população, mas todos juntos podemos melhorar o panorama desta doença que nos afeta de uma forma tão marcada. Nesta tarefa difícil, mas importante, todos contamos.

Por nós, pelas nossas famílias, pelos que nos são chegados: envolva-se!

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Desde o armazenamento até à entrega final
O laboratório espanhol de nutricosmética avança no seu processo de internacionalização, apoiado pela Logista Pharma no mercado...

A Logista Pharma fica encarregada da distribuição completa dos produtos deste laboratório em Portugal. Desde o armazenamento até à entrega final, incluindo a receção das encomendas e a faturação.

Nesta decisão, a Luxmetique valorizou a capacidade logística da Logista Pharma, a rastreabilidade física e térmica em tempo real, e o sistema de transporte eficiente, que garante a entrega pontual dos produtos em perfeitas condições. Para além disso, o sistema de transporte inclui as redes da Nacex, Logista Parcel e Logista Freight.

Este acordo estratégico surge num momento crucial para a Luxmetique, que registou um crescimento de 30% no ano passado e está agora a iniciar o seu processo de internacionalização, após oito anos de expansão constante.

“A solidez da Logista Pharma e o seu vasto conhecimento do setor farmacêutico são as garantias necessárias para os nossos planos de expansão em Portugal”, afirma Julia Chacón, fundadora da Luxmetique.

“O nosso maior investimento é na ciência. Cada vez mais, os nossos produtos são suportados por estudos clínicos que demonstram a sua eficácia e explicam o sucesso e a fidelização dos consumidores”, afirmou Chacón.

Ignacio Sanchez Caballero, Diretor-Geral da Logista Pharma Iberia, afirmou: “Esta colaboração faz parte do nosso compromisso de oferecer soluções de distribuição farmacêutica abrangentes que incluem uma vasta gama de serviços de valor acrescentado. Estamos muito satisfeitos por contribuir para o sucesso da Luxmetique no mercado português.”

 
Campanha decorre de 31 de outubro a 3 de novembro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) vai promover, entre 31 de outubro e 3 de novembro, em todo o país, o Peditório...

Este ano, com música cedida por Jorge Palma, a campanha de comunicação do Peditório Nacional é protagonizada por pessoas reais que sofrem de cancro e desafiam Portugal a partilhar o seu “Peso”, contribuindo - tal como a LPCC tem feito, ao longo dos anos, através do apoio prestado aos doentes e famílias -, para aliviar o “peso” do cancro na vida das pessoas.

Com o mote “alguém pode ficar com um bocadinho do meu cancro?”, o filme da produtora THE END, com a execução criativa da Lola Normajean, pretende sublinhar a importância da partilha para reduzir o impacto da doença, porque “um cancro é uma coisa muito pesada para uma pessoa só”.

O Presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Vitor Veloso, agradece a forma generosa como a população tem participado nos peditórios anteriores e renova o apelo à participação seja através das doações, do voluntariado ou promovendo o Peditório Nacional nas redes sociais. “Acreditamos que, juntos, podemos construir um futuro onde todos os doentes oncológicos tenham acesso ao apoio e aos recursos de que necessitam para enfrentar esta batalha com dignidade e esperança”, afirmou.

Vitor Veloso acrescentou ainda “A Liga Portuguesa Contra o Cancro precisa do contributo do país para poder continuar a ajudar, com apoio social, domiciliário, psicológico e jurídico, quem mais precisa. Este é um esforço coletivo que nos une em torno de uma causa que toca a todos. Cada contribuição, por menor que seja, pode fazer uma diferença significativa na vida de quem enfrenta esta doença”.

Sob a orientação dos Núcleos Regionais da LPCC – Norte, Centro, Sul, Açores e Madeira, o Peditório Nacional vai decorrer em locais públicos, nomeadamente áreas comerciais, igrejas, cemitérios, e também nas principais ruas e avenidas das cidades do país.

Expansão nos principais mercados globais da Memmert
A Aralab, a única empresa portuguesa de produção e distribuição de câmaras climáticas, acaba de assinar uma parceria...

Esta parceria faz com que a Aralab se junte à estratégia contínua de expansão nos principais mercados globais da Memmert. Através da rede de distribuidores da Memmert, os clientes destas regiões terão agora acesso a uma gama ainda mais vasta de produtos, adaptados às necessidades específicas das indústrias das Ciências da Vida e Farmacêutica.

Esta parceria permite à Memmert combinar a sua experiência com o conhecimento especializado da Aralab em investigação de plantas e estabilidade farmacêutica. Em conjunto, as duas empresas irão fornecer soluções inovadoras e de alto desempenho que garantem os mais altos níveis de precisão e fiabilidade, solidificando ainda mais a reputação da Memmert como líder em tecnologia de controlo climático.

Através de esforços conjuntos, o objetivo é contribuir para os avanços globais na produção sustentável de alimentos e nos padrões de saúde farmacêutica. Ao introduzir tecnologias inovadoras e melhores práticas, as duas empresas estão a ajudar a moldar um futuro mais saudável para as pessoas e para o planeta.

João Araújo, CEO da Aralab afirma: "Estamos entusiasmados com esta parceria comercial, que nos permitirá combinar a nossa experiência em Ciências da Vida e Farma com o amplo alcance comercial da Memmert. Juntos, estamos empenhados em fornecer soluções que irão contribuir para culturas mais saudáveis e melhores medicamentos na China e nos EUA."

Christiane Riefler-Karpa, proprietária e diretora-geral da Memmert, também manifestou entusiasmo pela parceria: "Estamos orgulhosos de iniciar esta colaboração exclusiva com a Aralab nos mercados chinês e norte-americano. Esta parceria não só melhora a nossa oferta de produtos, como também reforça a nossa capacidade de servir estes mercados em rápido crescimento com uma precisão e qualidade incomparáveis. Valorizamos profundamente a nossa cooperação de longa data com a Aralab e, como empresas familiares, acreditamos que esta colaboração abrirá caminho para sucessos futuros."

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