Novembro | Mês de Sensibilização para o Cancro Pancreático
O cancro do pâncreas é uma das doenças oncológicas mais desafiantes e agressivas, apresentando uma

O que é o Cancro do Pâncreas?

O pâncreas é uma glândula localizada atrás do estômago, responsável por funções fundamentais no corpo, como a produção de enzimas digestivas e a regulação dos níveis de açúcar no sangue através da produção de insulina. O cancro do pâncreas ocorre quando as células deste órgão sofrem mutações e começam a multiplicar-se descontroladamente, formando tumores que podem interferir com estas funções vitais.

Fatores de Risco

Ainda que qualquer pessoa possa desenvolver cancro do pâncreas, alguns fatores aumentam a probabilidade de desenvolvimento da doença:

  • Idade: A maior incidência ocorre em pessoas com mais de 60 anos.
  • Histórico familiar: Indivíduos com casos de cancro do pâncreas na família, especialmente em parentes próximos, têm maior risco.
  • Tabagismo: Fumar é um dos principais fatores de risco e está associado a cerca de 20 a 30% dos casos de cancro pancreático.
  • Obesidade e dieta pouco saudável: Uma dieta rica em gorduras e açúcar pode aumentar o risco.
  • Diabetes: Estudos sugerem que pessoas com diabetes de longa duração têm um risco ligeiramente maior de desenvolver este tipo de cancro.
  • Pancreatite Crónica: Inflamações crónicas do pâncreas, em particular as associadas ao consumo excessivo de álcool, também representam um fator de risco.

Sintomas e Sinais de Alerta

O cancro do pâncreas é conhecido por não manifestar sintomas claros nos estágios iniciais. Por isso, é essencial estar atento aos sinais que, ainda que comuns a outras condições, merecem atenção especial se forem persistentes:

  • Dores abdominais e lombares: Um dos sintomas mais comuns, com dores no abdómen que irradiam para as costas.
  • Icterícia (amarelecimento da pele e dos olhos): A obstrução dos canais biliares causada pelo tumor pode provocar icterícia, geralmente acompanhada por comichão intensa.
  • Perda de peso e falta de apetite: Uma perda de peso inexplicável e falta de apetite podem ser sinais preocupantes.
  • Fadiga e cansaço excessivo: A fraqueza sem causa aparente é comum em casos de cancro avançado.
  • Alterações no trânsito intestinal: Diarreia frequente, fezes gordurosas e de coloração mais clara podem indicar disfunções no pâncreas.
  • Diabetes de diagnóstico recente: O aparecimento súbito de diabetes em pessoas sem histórico familiar pode ser um sintoma inicial de cancro pancreático.

Importância do diagnóstico precoce

Detetar o cancro do pâncreas numa fase inicial pode fazer toda a diferença, aumentando as opções de tratamento e melhorando as probabilidades de sobrevivência. Infelizmente, como a maioria dos sintomas surge em fases mais avançadas, o diagnóstico precoce é um grande desafio. Exames de imagem, como a tomografia computadorizada (TC), a ressonância magnética (RM) e a ecografia endoscópica, são métodos utilizados para detetar a doença. Em pessoas com histórico familiar, recomenda-se conversar com o médico sobre a possibilidade de uma monitorização regular, especialmente a partir dos 50 anos.

Prevenção e Estilo de Vida

Não é possível prevenir completamente o cancro do pâncreas, mas é possível reduzir o risco através de um estilo de vida saudável:

  • Não Fumar: Deixar de fumar é uma das principais formas de reduzir o risco de cancro pancreático.
  • Manter um peso saudável: A obesidade está associada a um risco acrescido, pelo que manter o peso dentro dos valores adequados é fundamental.
  • Praticar uma alimentação saudável: Uma dieta equilibrada, rica em frutas, legumes, cereais integrais e pobre em alimentos processados e ricos em açúcar, ajuda a proteger o organismo.
  • Reduzir o consumo de álcool: O consumo excessivo de álcool pode contribuir para a pancreatite, que, por sua vez, aumenta o risco de cancro do pâncreas.

 

Fontes:
CUF. Cancro do Pâncreas: O que é, sintomas e tratamento. https://www.cuf.pt/saude-a-z/cancro-do-pancreas
European Society for Medical Oncology (ESMO). Cancro do Pâncreas: um guia para o doente. https://www.esmo.org/content/download/101559/1796949/file/ESMO-ACF-Cancro-do-Pa%CC%82ncreas-Um-Guia-para-o-Doente.pdf
 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Decisão do Ministério da Saúde saudada pela APDP
De acordo com o anúncio feito pela Secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, as bombas automáticas de insulina vão ser...

O presidente da APDP, José Manuel Boavida, lembra que “o acesso às bombas automáticas de insulina é uma luta antiga da associação que há um ano entregou uma petição assinada por 25 mil cidadãos para que as mais de 5.000 crianças e jovens com diabetes tipo 1 tivessem acesso aos novos dispositivos”, acrescentando que “a dispensa das bombas automáticas nas farmácias foi, também, um apelo da APDP, pois esta é a forma mais eficaz de agilizar o acesso.”

“Na véspera do Dia Mundial da Diabetes de 2024, esta é sem dúvida uma ótima notícia para quem vive com diabetes tipo 1. A utilização destas bombas automáticas de insulina torna a gestão e controlo da diabetes bastante mais fácil, sendo o controlo fundamental para quem irá viver muitos anos com esta doença”, conclui José Manuel Boavida.

A utilização destas bombas pode proporcionar uma melhor compensação, assim como uma redução em 80% do número de picadas nos dedos e 95% do número de injeções que uma pessoa com diabetes tipo 1 tem de dar por ano, contribuindo para uma melhoria significativa da qualidade de vida.

Em Portugal, calcula-se que serão mais de 30.000 as pessoas que vivem com diabetes tipo 1, 5.000 das quais serão crianças e jovens. O diagnóstico e a intervenção precoce são, por isso, imperativos para a mudança na gestão da diabetes tipo 1. As estatísticas revelam que 90% dos novos casos surgem sem ligações familiares, o que reforça a importância de um rastreio mais alargado.

A DT1 é uma doença autoimune, em que o sistema imunológico da própria pessoa compromete o funcionamento das células do pâncreas que produzem insulina. Pessoas com diabetes tipo 1 necessitam de terapêutica com insulina para toda a vida porque o pâncreas deixa de a poder fabricar. A causa deste tipo de diabetes não é, ainda, plenamente conhecida, mas sabe-se que existe um componente genético e não está diretamente relacionada com hábitos de vida ou de alimentação menos corretos. 

 
Em parceria com a Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM)
A Chrono Health, uma HealthTech portuguesa, lança uma plataforma digital inovadora que capacita doentes com esclerose múltipla...

A Chrono Health está presente no Web Summit 2024, integrando a Unicorn Factory, onde apresenta a sua plataforma e demonstra como estão a transformar o acompanhamento de doenças crónicas.

Atualmente, os pacientes acumulam dados de saúde provenientes de vários hospitais, clínicas e laboratórios, tornando difícil uma visão clara e integrada do seu estado de saúde. A Chrono Health resolve este desafio ao permitir que os utilizadores reúnam todos os seus registos médicos num só local, onde podem também monitorizar a evolução dos seus sintomas e fazer verificações diárias. Esta plataforma torna-se assim um verdadeiro aliado de saúde, ajudando a melhorar o acompanhamento médico e a personalização dos tratamentos.

Catarina Kemper, Fundadora e CEO da Chrono Health, afirma que “a missão da Chrono Health é colocar o paciente no centro da sua própria saúde, permitindo-lhes ter controlo total sobre os seus dados e monitorizar a sua condição de forma contínua. Esta não é apenas uma plataforma – é um verdadeiro aliado de saúde que apoia decisões mais informadas e personalizadas, promovendo uma vida mais saudável, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida.”

Um Aliado de Saúde na Monitorização de Doenças Crónicas

A Chrono Health não se limita a armazenar dados – ajuda os utilizadores a entenderem as suas condições e a acompanharem a evolução dos seus sintomas. Com questionários diários desenvolvidos em parceria com médicos especialistas em esclerose múltipla, os doentes podem registar sintomas e as respetivas intensidades, como fadiga, dificuldades de mobilidade, entre outros, dando uma visão contínua das tendências. Esses dados podem ser partilhados diretamente com os médicos, ajudando a melhorar o diagnóstico e a adaptar os tratamentos se necessário.

Paulo Gonçalves, vice-presidente da SPEM, afirma que “há 3 aspetos que, para a pessoa que vive com doença crónica, são essenciais: ter a doença estabilizada; ter um auxiliar de memória para quando necessita de responder a questões sobre a sua saúde, sem ser “acho que…” ou ser obrigada a andar com uma “pasta” cheia de exames ou relatórios; ter uma forma de comunicar evidência que facilite o seu dia a dia. Da análise e experiência com a solução da Chrono Health podemos registar e consultar os nossos sintomas, partilhá-los em segurança com quem queremos e ter o histórico sempre à mão.”

Benefícios para Pacientes e Profissionais de Saúde

A Chrono Health simplifica o acompanhamento médico, oferecendo aos profissionais de saúde uma visão integrada e acessível dos dados dos seus pacientes. Fácil de organizar todos os dados de saúde num só local, a plataforma transforma dados complexos em informação fácil de entender. Com o acesso instantâneo ao historial completo do paciente, os médicos podem analisar os dados de forma mais rigorosa e adaptar os tratamentos com base numa monitorização contínua. Esta abordagem centralizada poupa tempo e melhora a eficácia das consultas.

70% dos doentes não estão diagnosticados
No mês em que se assinala o Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica – 20 de novembro – a Sociedade Portuguesa de...

Com uma prevalência crescente a nível global, a DPOC está, atualmente, entre as principais seis causas de morte em todo o mundo. Ainda assim, de acordo com um estudo de perceção realizado pela SPP em 2021, para 67% dos portugueses continua a ser uma entidade clínica desconhecida, nomeadamente, entre os consumidores de produtos de tabaco, principal grupo de risco para o desenvolvimento de DPOC.

Tosse, cansaço e falta de ar são os principais sintomas da DPOC que devem levar os doentes a procurar ajuda. O subdiagnóstico é a grande preocupação da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, assim como das classes de profissionais de saúde que se dedicam à abordagem das doenças respiratórias. Calcula-se que cerca de 70% dos doentes não estejam diagnosticados e, por isso, não façam qualquer tipo de tratamento para o atraso da progressão das lesões pulmonares.

“É urgente apurar a prevalência da DPOC em Portugal e traçar o perfil de risco dos doentes, para que possamos tomar medidas de saúde pública preventivas e articuladas com as autoridades de saúde do nosso país”, afirma António Morais, presidente da SPP.

Desde há muito planeado, o estudo epidemiológico conduzido pela SPP irá para o terreno ainda este ano.

“Por força da pandemia fomos obrigados a adiar este trabalho, mas estão agora reunidas as condições para avançarmos, com o apoio de vários parceiros, naquele que será o maior estudo epidemiológico alguma vez realizado no nosso país, no âmbito da DPOC”, acrescenta António Morais. Este estudo tem ainda como principal inovação, a nível mundial, o facto de incluir indivíduos com mais de 20 anos, pois sabemos, atualmente, que as primeiras manifestações da DPOC podem surgir em idades mais precoces e associadas a outros fatores de risco que não o tabagismo, como é o caso do nascimento prematuro, da exposição a gases, poeiras e a partículas tóxicas, nomeadamente no meio laboral, à história de infeções respiratórias de repetição, entre outros”.

Durante o mês de novembro, grávidas podem doar sangue do cordão umbilical dos seus bebés
No mês em que se celebra o Dia Mundial do Sangue do Cordão Umbilical, a Crioestaminal promove uma campanha nacional de doação ...

Em mais de 90% dos partos, em Portugal, o sangue do cordão umbilical é descartado como lixo biológico, e com ele a possibilidade de desenvolvimento de novos tratamentos. A Crioestaminal pretende assim alertar para o potencial terapêutico deste bem único, comprometendo-se com a Investigação e Desenvolvimento de medicamentos à base de células estaminais. 

O sangue do cordão umbilical é uma fonte rica em células estaminais hematopoiéticas, que podem ser utilizadas no tratamento de mais de 90 doenças, como leucemias, linfomas, talassemia, anemia de Fanconi, imunodeficiências, entre outras. Atualmente, o potencial terapêutico das células estaminais está também a ser investigado em 226 ensaios clínicos de outro tipo de doenças, como a paralisia cerebral, o autismo, a perda auditiva, AVC, entre outras.

Serão distribuídos materiais informativos em várias Unidades de Saúde do país, sobre as possibilidades terapêuticas das células estaminais e com informação sobre a adesão das grávidas  à campanha de doação. As amostras doadas desta forma altruística passarão a fazer parte do banco de I&D da Crioestaminal, podendo ser alocadas aos projetos de investigação e desenvolvimento de novas terapias celulares, ou disponibilizadas para utilização alogénica, caso aplicável.

As famílias que decidam aderir, devem informar a Crioestaminal de que pretendem doar as células estaminais do cordão umbilical do seu bebé através do QR Code disponível nos materiais informativos e ser-lhes-á enviado o kit de colheita das células estaminais com o consentimento informado para a doação. No dia do parto, apenas precisam de informar a equipa de profissionais de saúde que pretendem fazer a colheita imediatamente após o parto.  Depois de o bebé nascer, a família deverá contactar a Crioestaminal para que a amostra doada seja recolhida e transportada até ao laboratório da Crioestaminal, em Cantanhede, onde será feita a criopreservação das células.

"Ao fazerem esta doação as famílias portuguesas estão a contribuir diretamente para avanços científicos que podem mudar vidas. Com esta campanha de doação, queremos dar uma nova vida a um bem com um grande potencial terapêutico, que é desperdiçado em mais de 90% dos partos em Portugal, contribuindo para o desenvolvimento da ciência e da medicina na área das terapias celulares, quer através dos projetos que desenvolvemos na nossa unidade de terapias celulares, quer através de parcerias com universidades e grupos de investigação a nível nacional", afirma Mónica Brito, CEO da Crioestaminal.

O Dia Mundial do Cordão Umbilical, assinalado anualmente a 15 de novembro, surgiu da necessidade de fomentar a educação sobre a importância do Sangue do Cordão Umbilical. Mais informação sobre esta efeméride em https://www.worldcordbloodday.org/.

No âmbito do Dia Mundial da Diabetes
A Unisana Hospitais vai realizar um rastreio gratuito de retinopatia diabética no Dia Mundial da Diabetes, 14 de novembro, no...

A retinopatia diabética é uma condição ocular causada pela diabetes, afetando a retina (o fundo do olho) e podendo levar a perda de visão ou mesmo cegueira. Esta doença surge devido a alterações nos vasos sanguíneos da retina, sendo o risco de progressão diretamente ligado ao controlo da diabetes. O diagnóstico é feito através de exames como oftalmoscopia, retinografia (fotografia do fundo ocular), e exames complementares, como angiografia e tomografia.

Na fase inicial, a retinopatia diabética é assintomática e pode progredir sem sinais visíveis. O rastreio permite identificar precocemente lesões ou anomalias, mesmo antes de surgirem sintomas, permitindo intervenções eficazes para proteger a visão e evitar complicações graves. Combinado com outros métodos de prevenção, o diagnóstico precoce é a melhor abordagem para controlar a retinopatia diabética.

Para beneficiar do rastreio gratuito basta inscrever-se na página dedicada à iniciativa no site da Unisana hospitais (https://unisanahospitais.pt/rastreio-de-retinopatia-diabetica-torres-vedras/) ou comparecer no átrio principal do Hospital do Oeste Soerad no dia 14 de Novembro entre as 9h00 e as 17h00. O rastreio será realizado por profissionais de saúde especializados, com equipamento adequado para detetar alterações iniciais. Os utentes receberão orientações sobre os resultados do rastreio e, se necessário, aconselhamento sobre os próximos passos a seguir.

Evento comemorativo decorre dia 15 de novembro
A BebéVida celebra 20 anos de atividade, tendo ao longo de duas décadas acompanhado mais de 60 mil famílias portuguesas,...

O administrador da BebéVida, Luís Melo, destaca a importância deste marco: " O nosso 20.º aniversário é um momento de celebração do impacto positivo que temos vindo a criar ao longo dos anos e uma oportunidade de reafirmar o nosso compromisso com a excelência e rigor técnico. Na BebéVida, já ajudamos diretamente duas crianças portuguesas, uma com paralisia cerebral e outra com autismo, e continuamos empenhados em expandir o nosso impacto.”

E acrescenta: “O tratamento com células estaminais do cordão umbilical não é uma aposta de futuro incerto, nem um milagre, mas sim uma realidade com bases científicas sólidas, com aplicações comprovadas no tratamento de 80 doenças devidamente identificadas e com milhares de casos de sucesso em todo o mundo.”

A BebéVida é atualmente o único banco privado de criopreservação na comunidade europeia com acreditações FACT e AABB, reconhecimentos que garantem que todas as amostras são processadas e criopreservadas de acordo com as melhores práticas internacionais, sendo aceites em centros de transplante em qualquer parte do mundo.

No plano económico, a empresa, que conta com uma equipa de cerca de 50 colaboradores, destaca-se pela solidez financeira, tendo sido distinguida como PME Líder pelo 14.º ano consecutivo e como PME Excelência em seis edições, integrando ainda o TOP 5% das Melhores PME de Portugal.

Para assinalar este aniversário, a BebéVida irá realizar um evento comemorativo no próximo dia 15 de novembro, no Palácio da Bolsa, no Porto.

Opinião
As doenças neuromusculares representam um universo alargado de condições que envolvem, entre outros,

Todas estas doenças partilham a falta de força muscular, levando a que os doentes necessitem de apoios como por exemplo: cadeiras de rodas elétricas ou andarilhos para a sua locomoção, computadores para a escrita, apoios de cabeça, ajudas várias para a manipulação, veículos de transporte adaptados.

As doenças neuromusculares são doenças genéticas, hereditárias e progressivas e ainda não têm cura. No entanto, toda a terapêutica multidisciplinar como especialistas das funções respiratórias, neurologistas, fisiatras, ortopedistas, psicólogos, vão trabalhando em conjunto de forma a conseguirem diminuir os sintomas, a atrasar a progressão da doença e tentando dar a maior qualidade de vida possível a estes doentes.

Segundo a Associação Portuguesa de Neuromusculares, estima-se que em Portugal, existam mais de 5 mil doentes afetados, estando distribuídos pelas diferentes patologias. Estas doenças afetam a capacidade motora dos doentes o que faz com que percam a sua autonomia e fiquem totalmente dependentes de terceiros para o seu dia a dia.

A Distrofia de Duchenne, uma das doenças degenerativas musculares, apresenta já tratamentos que conseguem aumentar a qualidade de vida e o tempo de sobrevida, no entanto, esta doença ainda não tem cura. É uma patologia caracterizada por uma alteração degenerativa progressiva e irreversível no tecido muscular. Segundo a Sociedade Portuguesa de Neuropediatria, a Distrofia de Duchenne afeta cerca de 1 em cada 3.800 a 6.300 recém-nascidos do sexo masculino.

À semelhança de outras doenças que ainda não têm cura, a procura por tratamentos eficazes é continua. E este foi o objetivo de um ensaio clínico desenvolvido na India que avaliou o efeito da infusão de células estaminais de cordão umbilical em rapazes dos 5 aos 18 anos diagnosticados com Distrofia de Duchenne. Após 1 ano da infusão das células estaminais de tecido do cordão umbilical, a estabilidade na função muscular foi atingida nos músculos flexores e extensores da anca, abdutores do anca e músculos paraespinhais (músculos que conferem a estabilização da coluna), ao contrário do que grupo controlo (sem infusão de células estaminais). Os autores concluíram que a administração de células estaminais mesenquimais do cordão umbilical não apenas resultarem na estabilização muscular, mas também foi totalmente segura uma vez que não houve reações adversas nos doentes e, portanto, esta pode ser considerada uma opção segura para o tratamento da Distrofia de Duchenne.

O cordão umbilical é uma fonte rica de células estaminais de origem hematopoiética e não hematopoiético (células mesenquimais). A utilização terapêutica dessas células é amplamente realizada tanto em crianças como em adultos para o tratamento de várias doenças hematológicas e não hematológicas. Atualmente já foram realizados mais de 40.000 transplantes de cordão umbilical com resultados positivos. Assim, ao guardarmos o cordão umbilical em detrimento de o descartar, estamos a guardar uma potencial hipótese de tratamento ou de ajuda no combate a doenças.

No entanto, ainda são necessários mais estudos e ensaios que nos permitam aumentar o nível de compreensão dos mecanismos moleculares característicos destas células estaminais no combate às diferentes patologias, para que nos ajudar a desenvolver novos métodos mais direcionados e eficazes no combate a estas doenças. 

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Especialistas debatem soluções para melhorar a prática clínica
Médicos e enfermeiros reuniram-se numa “Jornada de Terapia de Infusão e Acessos Vasculares”, para debater a importância de uma...

A evidência mostra que a uniformização de procedimentos entre os profissionais de saúde que trabalham com cateteres ajuda a garantir uma boa atividade especializada e a promover a segurança dos doentes. Assim, existe atualmente uma tendência crescente para a criação de equipas de infusão e de acesso vascular - grupos multidisciplinares com competências na inserção e manutenção de cateteres intravasculares periféricos e centrais - como parte de uma estratégia conjunta para alcançar a excelência hospitalar. 

 O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) estima que, em Portugal, mais de 94 000 doentes contraem anualmente uma infeção associada a cuidados de saúde. Além disso, entre as complicações mais graves estão as associadas à contaminação no local de inserção ou ao uso incorreto dos dispositivos, com uma elevada taxa de mortalidade, obrigando à utilização de antibióticos mais fortes e, em alguns casos, à remoção do cateter. Outras complicações importantes são a trombose associada ao cateter central, a vasodilatação e infiltração e lesão do endotélio vascular. 

 De acordo com dados do ECDC, a taxa de infeções hospitalares, incluindo infeções associadas a cateteres, situa-se entre os 4 e os 10% das admissões hospitalares e nas unidades de cuidados intensivos este valor pode ser ainda mais elevado. Por outro lado, o tratamento das complicações associadas aos cateteres gera custos significativos para o Sistema Nacional de Saúde (SNS) em Portugal, quer em termos de tratamento direto, quer em termos de hospitalização prolongada. Além disso, as taxas de readmissão hospitalar e o uso prolongado de antibióticos aumentam os encargos financeiros, com impacto direto na eficiência do sistema de saúde. 

Estes dados sublinham a necessidade de equipamentos de infusão e de acesso vascular de qualidade e de profissionais de saúde com formação, uma vez que existe uma multiplicidade de equipamentos inovadores que garantem cuidados de saúde ótimos, com impacto no bem-estar e no conforto dos doentes, na qualidade da prática clínica dos profissionais de saúde e na eficiência da gestão hospitalar. 

A formação em acesso vascular como compromisso para com a eficiência dos cuidados de saúde 

De acordo com o Relatório Nacional de Prevalência de Infeções Hospitalares de 2020, a taxa de infeções associadas a cateteres venosos foi de aproximadamente 1,2 infeções por 1 000 dias de utilização de cateteres venosos centrais. Se por um lado, é importante que exista equipamento especializado disponível e de elevada qualidade nos hospitais, por outro, é necessário garantir que os profissionais de saúde recebem formação, a fim de assegurar a qualidade das intervenções e tornar o seu trabalho clínico o mais prático possível. 

Neste encontro, Paulo Figueiredo, do Serviço de Doenças Infeciosas do CHU São João do Porto e orador, defendeu a importância de investir na formação e na criação de equipas especializadas em infusão e acesso vascular: “Os dados do ECDC e a experiência de outros países europeus demonstram claramente os seus benefícios”. Nas palavras do médico: “não se trata apenas de ter a tecnologia mais recente, mas de a integrar num sistema de trabalho que privilegie a segurança do doente, a eficiência na gestão de recursos e a excelência clínica através da colaboração entre profissionais médicos e de enfermagem”. 

A implementação destas soluções inovadoras levou a uma mudança de paradigma na prática destas intervenções noutros países, como Espanha, onde já existe equipamento especializado de infusão e acesso vascular, que provou trazer múltiplos benefícios, tanto em termos de resultados de saúde dos doentes, como de gestão nos centros. 

Desta forma, a garantia de cuidados e atenção ao doente foi observada, evitando riscos como infeções, flebites ou readmissões de doentes com intervenções mais invasivas. Por outro lado, a otimização destas práticas evita custos adicionais inerentes à prevenção de riscos, tanto para o doente como para a gestão hospitalar, bem como o número de intervenções do profissional de saúde. 

Outro dos pontos em discussão na conferência foi o papel dos especialistas na gestão desta prática clínica, na qual as sinergias entre profissionais médicos e de enfermagem são cada vez mais comuns, sendo que o próprio SNS já promove cursos de especialização em práticas de inserção e manutenção de cateteres venosos, de forma a melhorar a técnica e reduzir o risco de complicações para os profissionais de enfermagem. 

Neste sentido, Mónica Rebelo, Enfermeira Gestora UHD e EVA no Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães, e oradora na conferência, salientou que a disponibilização de equipamentos especializados de infusão e acesso vascular transformou a prática diária e acrescentou: “A normalização dos procedimentos e a abordagem multidisciplinar permitem melhorar o conforto e o bem-estar dos doentes”. Para Mónica Rebelo: “Trabalhando em equipa, partilhando conhecimentos e boas práticas, podemos garantir cuidados mais seguros e eficazes, dedicando-nos assim a cuidados completos aos doentes”. 

Por fim, Bruno Taveira, Country Lead da BD em Portugal, salientou a importância da realização deste tipo de conferências: “Na BD, e através do nosso compromisso com os doentes e com a formação dos profissionais de saúde, consideramos fundamental sensibilizar para a necessidade de aproximar o trabalho de médicos e enfermeiros na prática das terapias de acesso vascular e infusão, de forma a conseguir uma maior especialização dos profissionais nesta técnica, o que resulta num maior e melhor impacto nos doentes”. Neste sentido, sublinhou o desejo da companhia de ajudar os profissionais a compreender como a gestão de equipamentos de infusão e acesso vascular modernos e de alta qualidade permite que o trabalho seja mais eficiente e que o conforto e a qualidade dos cuidados e tratamentos dos doentes sejam da máxima excelência. 

Vários fatores comprometem o uso mais generalizado destas alternativas terapêuticas biológicas
Na Semana Mundial dos Medicamentos Biossimilares (Global Biosimilars Week), que se realiza nesta semana entre 11 e 15 de...

O mercado nacional de medicamentos biossimilares em contexto hospitalar continua a apresentar quotas de mercado heterogéneas com valores que variam entre os 5,1% e 100%, de utilização, de acordo com dados do benchmark do INFARMED. A APOGEN, representada pela sua Presidente, Maria do Carmo Neves, destaca “o trabalho contínuo realizado por todos os stakeholders da saúde, ainda que as diferenças de adoção impeçam que mais pessoas possam beneficiar de melhores cuidados de saúde que necessitam, incluindo o tratamento com medicamentos biológicos.”

A nível nacional, a responsável da mesma associação salienta “apesar de se ter mapeado os determinantes, barreiras e facilitadores da utilização de medicamentos biossimilares nos hospitais públicos com a Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa”, os níveis de adoção regrediram cerca de 13 p.p., entre 2021 e 2023, refletindo “um potencial inexplorado na eficiência, sustentabilidade do SNS e no acesso aos cuidados de saúde”.

Neste âmbito, a APOGEN considera que é fulcral “reforçar o papel e a relação da Comissão de Farmácia e Terapêutica com os conselhos de administração dos hospitais do SNS, assim como promover esclarecimentos e orientações dadas pelo Ministério da Saúde, à medida que vão surgindo novos medicamentos biossimilares”, reforça a mesma responsável associativa.

A responsável da APOGEN garante que “a literacia é essencial para assegurar a tomada de decisões informadas na prevenção, na melhoria da qualidade de vida e na melhor gestão dos recursos da saúde pública, pelo que a maior compreensão de aspetos científicos, económicos e clínicos dos medicamentos biossimilares vai melhorar a confiança e a aceitação destas terapêuticas”.

A APOGEN recomenda a necessidade de gerir de forma antecipada a comunicação e a formação dos profissionais nos hospitais do SNS sobre os medicamentos biossimilares, especialmente em novas áreas terapêuticas logo que estes fármacos estejam disponíveis.

A atratividade do setor e o pipeline de lançamento dos novos medicamentos biossimilares no futuro são baixos no mercado europeu. Segundo dados do setor, dos 26 medicamentos biológicos de referência cuja patente expira até 2032, apenas 33% irão ter alternativa nos fármacos biossimilares. A mesma representante da indústria farmacêutica considera que “esta é uma oportunidade perdida.” É assim prioritária a aplicação de políticas para acelerar a entrada e o desenvolvimento de biossimilares, a racionalização dos estudos clínicos e a dinamização das condições de mercado a fim de permitir a maior disponibilidade, acessibilidade e pluralidade de oferta.

Os medicamentos biossimilares são fármacos altamente similares ao seu medicamento biológico de referência e só podem ser comercializados após a expiração da patente do produto originador. Introduzidos em 2008 em Portugal, os biossimilares são usados na diabetes, no cancro, nas doenças auto-imunes e na oftalmologia, assegurando uma elevada qualidade, eficácia e segurança com a vantagem de serem mais custo-efetivos.

 
O alerta surge no âmbito do Dia Internacional da Anatomia Patológica
A Sociedade Portuguesa de Anatomia Patológica (SPAP) chama a atenção para a importância do papel destes profissionais e alerta...

Muitos serão os que já fizeram um exame, sobretudo quando se trata do cancro, que implicou a colheita de células ou tecidos e cujo resultado foi essencial para o diagnóstico. Mas poucos saberão que a avaliação desse material é feita pelo médico especialista, um profissional que tem um papel essencial no percurso do doente. “Os patologistas são quem faz o diagnóstico, ou seja, são eles que definem as doenças”, esclarece Carla Bartosch, da Sociedade Portuguesa de Anatomia Patológica. Um papel que tende a ser ainda maior, já que intervêm ainda na definição do tratamento. “Para se escolher entre um e outro tratamento, por exemplo, no caso do cancro, é preciso saber quais são os marcadores que esse tumor expressa e quem dá esses resultados é também o patologista.” No entanto, não só existem poucos profissionais, como são cada vez menos os patologistas em Portugal. “Nós somos 347 a nível nacional e metade está acima de 60 anos. É fácil imaginar o que vai acontecer nos próximos anos se nada for feito.”

A propósito do Dia Internacional da Anatomia Patológica, que este ano se assinala a 13 de novembro, a SPAP não só quer chamar a atenção para a importância do papel do patologista, como ainda aumentar a literacia em saúde nesta área. Para isso, prepara-se para lançar, no site da SPAP, um espaço intitulado "O Patologista Explica", um formulário onde qualquer pessoa pode tirar dúvidas.

“Por exemplo, se uma pessoa que vai fazer uma biopsia aspirativa tiver dúvidas, não sabe o que é, ou se tiver uma dúvida num diagnóstico, pode perguntar, tem ali uma ferramenta disponível. Não temos como objetivo que isto seja uma substituição do seu médico assistente. O caráter aqui é meramente informativo”, esclarece a especialista, que confirma que o objetivo é uma “aproximação da comunidade, promovendo o conhecimento e a compreensão sobre o papel fundamental dos patologistas nos cuidados de saúde”.

Os avanços recentes e as novas tecnologias estão a mudar, também aqui, o paradigma. “A patologia tornou-se digital. Em Portugal, em muitos dos sistemas privados, todas as lâminas são já digitalizadas. Ou seja, o patologista, ao invés de ver a lâmina num microscópio tradicional, vê no computador. E porque é que isso revolucionou tudo? Porque, neste momento, posso ver um exame do Porto estando eu em qualquer sítio do País. Além disso, uma vez estando a lâmina digitalizada, nós podemos aplicar algoritmos sobre essa imagem que nos permitem, de forma muito mais rápida e precisa, chegar ao diagnóstico.”

De acordo com a especialista, a generalização da patologia digital e a aplicação dos algoritmos, ao qual se junta ainda a Inteligência Artificial, vai permitir “uma caracterização molecular bastante mais precisa, o que, por sua vez, vai permitir definir melhor o tratamento. Estamos a falar da medicina personalizada: cada doente tem uma avaliação individual e um tratamento adaptado às suas características”.

Dia Mundial da Pneumonia | 12 de novembro
A pneumonia é uma doença com potencial para evoluir gravemente, especialmente entre pessoas com doen

A pneumonia é uma infeção pulmonar grave, frequentemente causada por bactérias, vírus ou fungos, que afeta diretamente os alvéolos pulmonares – pequenas bolsas de ar responsáveis pela troca de oxigénio e dióxido de carbono no organismo. 

Como surge a Pneumonia?

A pneumonia ocorre geralmente quando o sistema imunológico não consegue combater eficazmente os microrganismos que invadem os pulmões. Estes microrganismos podem ser:

  • Bactérias: A principal responsável pela pneumonia bacteriana é a Streptococcus pneumoniae, também conhecida como pneumococo. Outros agentes bacterianos, como o Haemophilus influenzae, também estão associados à doença.
  • Vírus: Alguns vírus, como o da gripe (influenza), o vírus sincicial respiratório (VSR) e até mesmo o coronavírus SARS-CoV-2, podem causar pneumonia viral, que se apresenta muitas vezes com sintomas mais leves, mas ainda assim pode evoluir para quadros graves.
  • Fungos: Embora menos comum, a pneumonia fúngica pode afetar pessoas com sistema imunológico comprometido, como doentes oncológicos ou pessoas infetadas com o VIH.

A transmissão da pneumonia dá-se, em grande parte, por inalação de partículas contaminadas que estão suspensas no ar, como ocorre com o vírus da gripe. Por outro lado, o contacto com superfícies ou objetos contaminados também pode facilitar o contágio, sobretudo em ambientes hospitalares.

Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas da pneumonia variam em função da gravidade, mas incluem frequentemente:

  • Tosse, com ou sem expetoração;
  • Febre e calafrios;
  • Dificuldade em respirar e sensação de falta de ar;
  • Dor no peito, que tende a agravar-se durante a tosse ou respiração profunda;
  • Cansaço e fraqueza generalizada.

O diagnóstico é feito através de uma avaliação clínica detalhada, exame físico e exames de imagem, como a radiografia ao tórax, que permite identificar áreas dos pulmões comprometidas. Em casos mais complexos, podem ser necessários exames de sangue, expetoração e, em alguns casos, broncoscopia para identificar o agente causador.

Tratamento da Pneumonia

O tratamento depende do tipo de pneumonia e da sua gravidade. As abordagens mais comuns incluem:

  • Antibióticos: São o principal tratamento para a pneumonia bacteriana. É essencial seguir corretamente a prescrição para assegurar a eficácia e evitar resistência bacteriana.
  • Antivirais: No caso de pneumonia viral, em especial em casos causados pelo vírus da gripe, pode ser administrado um antiviral. No entanto, este tipo de pneumonia geralmente é tratado com medidas de suporte enquanto o organismo combate a infeção.
  • Antifúngicos: Para a pneumonia fúngica são prescritos antifúngicos, geralmente, em pacientes com sistema imunológico enfraquecido.

Em casos graves, pode ser necessário internamento hospitalar para garantir uma oxigenação adequada e suporte ventilatório.

Durante o tratamento, é importante o repouso, hidratação e uma alimentação equilibrada. Em casos de pacientes idosos ou com doenças crónicas, o acompanhamento médico é indispensável para evitar complicações, como a insuficiência respiratória.

Importância da Vacinação para Grupos de Risco

A vacinação é uma medida preventiva fundamental para reduzir os riscos e a gravidade da pneumonia, especialmente entre idosos e portadores de doenças crónicas, como doenças cardíacas, diabetes e doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC). Estes grupos apresentam um sistema imunológico frequentemente menos eficaz, o que facilita a infeção e a progressão da doença.

Existem duas vacinas principais indicadas para prevenção de pneumonia:

  • Vacina contra o pneumococo (Streptococcus pneumoniae): Esta vacina é altamente recomendada para adultos acima dos 65 anos e para pessoas com condições de saúde que aumentem o risco de infeção.
  • Vacina contra a gripe: Embora esta vacina não proteja diretamente contra a pneumonia, reduz a possibilidade de desenvolver pneumonia viral e diminui o risco de complicações em pessoas infetadas.

Estudos mostram que a vacinação em idosos e grupos de risco pode reduzir significativamente a mortalidade associada à pneumonia e diminuir a necessidade de hospitalizações, aliviando, assim, o sistema de saúde.

 

Fontes: 

CUF. Pneumonia: o que é, sintomas e tratamento. https://www.cuf.pt/saude-a-z/pneumonia

Sociedade Portuguesa de Pneumologia. Pneumonia. https://www.sppneumologia.pt/saude-publica/pneumonia

Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI). A vacinação é uma arma contra a pneumonia. https://www.spmi.pt/a-vacinacao-e-uma-arma-contra-a-pneumonia/

CUF. Pneumonia: como podemos preveni-la?. https://www.cuf.pt/mais-saude/pneumonia-como-podemos-preveni-la

 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
XXS, SPN e APEPEN deixam o alerta
No próximo Dia Mundial da Prematuridade, a 17 de novembro, a XXS – Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé Prematuro, em...

O nascimento prematuro é, a nível mundial, a principal causa de morte de crianças com menos de cinco anos. Em Portugal, a taxa de prematuridade é de cerca de 8% e, apesar dos avanços, as unidades neonatais ainda enfrentam desafios graves – falta de recursos humanos, insuficiência de infraestruturas adequadas e equipamento, e desigualdade no acesso a apoio contínuo para as famílias.

“O Dia Mundial da Prematuridade 2024, pelo que representa, é a oportunidade para a comunidade se unir e exigir, no nosso país, compromissos que assegurem condições adequadas e cuidados de qualidade centrados na criança e na família, garantindo que cada vida seja valorizada e que todos os bebés que nascem cedo demais e as suas famílias encontrem todo o apoio neste momento tão desafiador.”, afirma Paula Guerra, Presidente da XXS.

Em Portugal, a proximidade deste dia reforça a urgência de mudanças e de se abordar as condições inadequadas que comprometem os cuidados neonatais no nosso país. O tema deste ano impulsiona-nos a agir localmente para assegurar que os stakeholders nacionais, incluindo os líderes de saúde e os decisores políticos, promovem o bem-estar dos bebés prematuros e das suas famílias, e que os nossos hospitais e unidades locais de saúde estão preparados para responder aos desafios da prematuridade.

Em parceria com a SPN e a APEPEN, são destacadas algumas medidas, para o contexto nacional que a XXS considera essencial, como: a separação Zero entre Pais e Bebés. "Solicitamos que os hospitais ofereçam condições para que todos os pais possam permanecer, se for essa a sua vontade, 24 horas / 7 dias por semana junto dos seus bebés, favorecendo uma prática de cuidados centrada na família"

Por outro lado considera-se "imperativo que as novas unidades hospitalares previstas em Portugal sigam padrões rigorosos de design para unidades neonatais, incluindo áreas dedicadas aos Cuidados Centrados na Criança e na Família, e quartos de preparação da alta hospitalar e de luto"

A Formação e Recrutamento de Profissionais de Saúde Especializados é outra das medidas que devem ser prioritárias neste contexto. "A escassez de neonatologistas e enfermeiros com formação específica compromete a qualidade dos cuidados", escreve a XXS em comunicado. 

Por outro lado, conidera que "a presença de suporte emocional e a formação prática para os pais devem ser asseguradas em todas as unidades". 

Segundo a XXS, "cada unidade neonatal deve estar equipada com tecnologias de ponta que ofereçam as melhores oportunidades de sobrevivência e qualidade de vida aos bebés que nascem cedo demais ou doentes", sendo essencial ainda o investimento em investigação e prevenção de prematuridas.  "É essencial que Portugal invista tanto na prevenção de nascimentos prematuros, quanto na pesquisa de novas soluções para melhorar os cuidados neonatais", revela. 

Igualmente, "as associações devem ser incluídas em grupos de discussão sobre políticas de saúde materna e neonatal". 

 
16.ª edição do Fórum do Medicamento decorre a 15 de novembro
A 16.ª edição do Fórum do Medicamento decorre esta sexta-feira, dia 15 de novembro, no Teatro Thalia, e vai contar com a...

Este estudo, que conta com o suporte científico da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e apoio da Ordem dos Farmacêuticos e da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares, tem como principais objetivos estudar o processo de gestão de recursos humanos, o seu impacto no circuito do medicamento e identificar os principais desafios na área; caracterizar o processo de consulta farmacêutica; analisar o aumento da despesa em medicamentos em cada instituição e as medidas de controlo potencialmente adotadas; identificar as principais medidas de reorganização decorrentes do novo modelo de gestão; revisitar a real dimensão das ruturas de medicamentos nos hospitais do SNS; e identificar as barreiras no acesso ao medicamento junto dos profissionais do SNS.

O painel de debate dos resultados irá reunir Alexandre Lourenço, Presidente do Conselho de Administração da ULS de Coimbra; Helena Farinha, da Direção Executiva do SNS; João Costa, da Ordem dos Médicos; e Hélder Mota Filipe, Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos.

A primeira parte do evento será dedicada à “Implementação do novo regulamento europeu de avaliação das tecnologias de saúde”, que será apresentado por Antun Sablek, da Charles River Associates. Segue-se um debate sobre o tema, que contará com as intervenções de Ana Sampaio, da Associação Portuguesa Doença Inflamatória do Intestino; Joana Alves, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP); Rosário Trindade, Corporate Affairs & Market Access Director da AstraZeneca Portugal; e Cláudia Furtado, do INFARMED.

O Fórum do Medicamento é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, com o apoio da AstraZeneca. A sessão será presidida por Francisco Ramos e conta com a moderação da jornalista da RTP, Paula Rebelo.

Lisboa quer ser uma “Cidade Amiga do Envelhecimento”
O Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável e a Câmara Municipal de Lisboa estão a trabalhar em conjunto na elaboração e...

A primeira reunião de trabalho aconteceu já em novembro, e promoveu momentos de partilha e reflexão, onde se exploraram novas perspetivas, conceitos e desenhos de intervenção, em diferentes áreas, com vista a identificar as necessidades e oportunidades que evidenciam a relevância do desenvolvimento de políticas autárquicas com vista à promoção do envelhecimento ativo e saudável.

Para a Vereadora Sofia Athayde, responsável pelo pelouro dos Direitos Humanos e Sociais, a reunião realizada “é um passo natural que surge após a constituição do Conselho Municipal Para a Pessoa Idosa, que adveio de um importante processo participativo, onde foram, também, recolhidas necessidades de intervenção na área do Envelhecimento na cidade de Lisboa. Com o apoio, deste importante órgão consultivo recém-formado, é tempo de desenhar o futuro Plano Municipal para o Envelhecimento Ativo e Saudável na cidade de Lisboa em sintonia com o Plano Nacional”.

Segundo Nuno Marques, coordenador do Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável, “estamos atentos à situação económica e social da população idosa em Portugal. Diariamente, formamos cuidadores, promovemos encontros intergeracionais, atividades físicas e de desenvolvimento intelectual, e muitas outras iniciativas. Nesse sentido, estamos disponíveis para apoiar os municípios na elaboração dos seus próprios planos”.

O plano municipal afirmar-se-á como uma ferramenta fundamental para atender às necessidades específicas da população mais velha, promovendo o bem-estar, autonomia e qualidade de vida. Para o Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável é fundamental este trabalho conjunto com os municípios, uma vez que são entidades essenciais para que as atividades cheguem às pessoas e tenham um verdadeiro impacto na sua vida.

O Município de Lisboa está empenhado em implementar as políticas que tornem Lisboa uma “Cidade Amiga do Envelhecimento”, com reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde e não deixará de atuar para que em Lisboa “Viver Mais seja Sinónimo de Viver Melhor”.

Dia 12 de novembro
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) realiza, amanhã, nas instalações do Polo B (São Martinho do Bispo), um...

O evento, a decorrer ao longo do dia, tem por objetivo divulgar e debater temáticas  relacionadas com "intervenções especializadas em contextos clínicos desafiadores", que vão desde a  reabilitação em cuidados intensivos com o uso do equipamento Cough Assist (para limpeza das vias aéreas nos  doentes que não conseguem tossir e eliminar secreções de forma eficaz), até à Enfermagem de Reabilitação  em contexto pediátrico.

Dirigido à comunidade académica e profissional, o seminário, em jeito de aula aberta, vai tratar também dos  temas da tomada de decisão e da intervenção do enfermeiro especialista em Enfermagem de Reabilitação ao  nível da prevenção e do tratamento de feridas.

Este evento vai contar com a intervenção dos enfermeiros Fátima Ferreira (Serviço de Medicina Intensiva da Unidade Local  de Saúde de Coimbra) Fábio Jesus (Unidade de Cuidados na Comunidade de Cantanhede - ULS de Coimbra) e Paulo Castelhano (Hospital Pediátrico - ULS de Coimbra), bem como o professor da ESEnfC, Hugo Leiria Neves.

21 de novembro de 2024
“Descomplicar a PHDA: da criança ao adulto” é o tema do encontro que se realizará no dia 21 de novembro, a partir das 18h,...

Num formato de conversa informal, este encontro visa desmistificar a PHDA em todas as faixas etárias e contará com a presença dos médicos Dr. José Boavida, Pediatra do Neurodesenvolvimento e Vice-Presidente da SPDA, e do Dr. Gustavo Jesus, Psiquiatra e Presidente da Secção de Neurodesenvolvimento da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM). Fernando Alvim, locutor de Rádio, apresentador de TV e autor de diversas obras, será o moderador da conversa, e abordará também a sua experiência pessoal enquanto adulto com PHDA.

Promovido pela Autarquia de Matosinhos desde 2022, o Programa Ativa’mente, visa promover a saúde mental e no mês de novembro é dedicado à Parentalidade. O evento “Descomplicar a PHDA: da criança ao adulto” é realizado em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Défice de Atenção (SPDA), com o apoio da farmacêutica BIAL.

O evento será gratuito, mas tem inscrição obrigatória aqui.

Para estar a par de todos os eventos e iniciativas realizados, no âmbito desta edição do Programa Ativa’mente, acompanhe-nos através das redes sociais Facebook e Instagram.

O Programa Ativa’mente é cofinanciado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito do Plano das Operações Integradas dos Territórios de Intervenção (PAOITI).

 

Opinião
A 14 de Novembro assinala-se o Dia Mundial da Diabetes sendo o lema deste ano, lançado pela Federaçã

Considerar uma doença crónica como a diabetes e bem-estar, em conjunto, pode parecer algo contraditório, mas na realidade o que se pretende na gestão da doença é alcançar o equilíbrio e controle necessário da mesma por forma a permitir o bem-estar ou qualidade de vida da pessoa com diabetes.

Quando abordamos a Diabetes enquanto doença o objetivo principal é tratá-la.  Alcançar um bom controle metabólico por forma a melhorar o estado de saúde da pessoa.  Reduzindo todas as implicações nefastas que a diabetes possa incutir no estado de saúde da mesma. Permitir que tenham um dia a dia semelhante a qualquer outra pessoa que não padeça de doença é a meta final desta abordagem.

Quando falamos em bem-estar o que queremos expressar? O bem-estar tratar-se de uma sensação de tranquilidade, de felicidade, de algo de bom para a pessoa, algo que a beneficie.

O bem-estar engloba várias vertentes do que define a pessoa enquanto individuo e no equilíbrio pleno entre essas várias vertentes.

Ao falarmos de doença, neste caso de Diabetes e bem-estar o que se pretende é encontrar um equilíbrio entre a vertente física, mental e social da pessoa com diabetes por forma a melhorar a sua qualidade de vida.

Os cuidados prestados atualmente à pessoa com Diabetes, evoluiu de forma exponencial nas últimas duas décadas. O surgir de novas classes farmacológicas, bem como a inovação no fabrico de insulinas mais estáveis e eficazes permite um melhor controle metabólico com um reduzido risco de efeito secundários negativos.

O desenvolvimento tecnológico de várias ferramentas e dispositivos para o controle da doença, nomeadamente o controle da glicemia, sendo exemplo disso os sistemas de monotorização contínua de glicemia, vieram proporcionar uma melhoria da qualidade de vida destas pessoas absolutamente extraordinária.

Com estas inovações e a sua divulgação, nomeadamente na comunicação social, veio também o desmistificar da doença e do peso que a mesma representa para a pessoa, para o seu agregado familiar, e toda envolvente laboral e social da mesma.

Nos dias de hoje poucos de nós questionam a possibilidade de alguém fazer a sua insulina em público, algo impensável há alguns anos com conotações totalmente erradas.  Quem já não viu alguns dispositivos aplicados na pele e reconheceu imediatamente que se trata de uma pessoa com Diabetes sem qualquer pudor de ambas as partes no reconhecimento da existência de uma patologia e no mostrar que se padece da mesma. O reconhecimento público da doença pelo público em geral e pelas pessoas com diabetes veio de certo modo libertar a doença e torná-la mais próxima e portanto melhor entendida e compreendida dando uma sensação de bem estar, nomeadamente social para pessoa com diabetes. 

Alcançar o bem-estar social e o equilíbrio e controle da doença do ponto de vista metabólico, alcançando assim o bem-estar físico, permite alcançar outra vertente extremamente importante para a pessoa que é o bem-estar mental.

Atualmente muito de fala de saúde mental e da sua importância para o equilíbrio global da pessoa, tomando particular relevância nas pessoas que padeçam de uma doença crónica como a Diabetes.

Assim para que se obtenha o bem-estar da pessoa com diabetes é necessário encontrar e manter o equilíbrio entre o ser físico, social e mental em todas as suas vertentes individuais e coletivas sendo que cada um de nós pode e deve contribuir para tal.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
RESPIRA alerta para custos associados a mortes evitáveis
A pneumonia continua a ser uma das doenças respiratórias que mais matam em Portugal, tendo causado a morte de mais de 4488...

“A Doença Pneumocócica é uma sentença para quem vive com doenças crónicas, como é o caso da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), afetando gravemente a qualidade de vida destas, devido ao agravamento das exacerbações, ou levando até à morte. É, por isso, crucial adotar comportamentos preventivos para garantir mais anos de vida com mais qualidade”, defende José Albino, presidente da RESPIRA.

A doença pneumocócica, causada pela bactéria “Streptococcus pneumoniae” (mais conhecida por pneumococo), é uma das principais causas de pneumonia. Em cerca de 63.4% dos casos são doença não invasiva, mas, em Portugal, os casos de doença pneumocócica invasiva (DIP), onde se inclui a Pneumonia Bacteriémica, a Meningite e a Sepsis, têm aumentado ao longo dos anos.

A DIP é particularmente penalizadora para os cuidados de saúde, uma vez que mais de 24% dos doentes hospitalizados são internados em cuidados intensivos, com uma demora média de internamento de 17 dias. Segundo dados mais recentes, estes valores representam um custo total médio por adulto internado por DIP de mais de seis mil euros. A taxa de mortalidade intra-hospitalar por DIP é elevada – cerca de 16,5%.

“Falamos de uma taxa de morbimortalidade e de custos de saúde extremamente elevados, principalmente quando nos focamos na população de risco, que vai muito além dos doentes respiratórios. Há uma associação documentada entre PAC e aumento de risco de doença cardiovascular. É crucial apostar na prevenção desta doença, principalmente no que diz respeito à vacinação generalizada dos grupos de risco”, frisa Paula Duarte, pneumologista e vice-presidente da RESPIRA.

A RESPIRA relembra assim que a vacinação contra o pneumococo é a forma mais eficaz de prevenir infeções graves e reduzir a mortalidade e morbilidade associadas à doença pneumocócica, principalmente em pessoas com mais de 65 anos, imunocomprometidas ou com determinadas doenças crónicas. Nestes casos, o sistema imunitário está já mais enfraquecido, o que aumenta o risco de infeções pneumocócicas, que por sua vez podem agravar as doenças crónicas de base.

Segundo dados recentes, a imunização generalizada de adultos pode levar a uma diminuição das infeções registadas, diminuindo, consequentemente, os internamentos, a mortalidade e os custos associados à doença pneumocócica.

Dia 18 de novembro
A Universidade Portucalense (UPT) vai ser palco de uma reflexão inédita sobre os avanços da neurociência e as complexidades da...

O evento integra o ciclo de palestras UPT Talk, promovido pelo Departamento de Psicologia e Educação da UPT, e contará com a participação de Óscar Gonçalves, professor catedrático e especialista internacional em neurociência e psicologia clínica.

Nesta palestra, serão analisadas questões fundamentais da neurociência e da psicologia, numa análise aos avanços de cientistas e clínicos na compreensão dos processos neurais ligados à consciência. 

No cerne desta análise está uma das questões centrais da ciência psicológica: "O que é, para qualquer ser, ter uma experiência específica?". Para encontrar resposta a esta interrogação é necessário entender os mecanismos que permitem a um sistema tornar-se "globalmente consciente" — ou seja, como se passa de um estado de inconsciência, como no caso do coma, do sono profundo ou da anestesia geral, para um estado de plena consciência.

Professor Catedrático na UPT e Diretor do CINTESIS.UPT, Óscar Gonçalves é uma referência na área de Psicologia Clínica e Neurociências. Com um vasto percurso académico e profissional, já lecionou na Universidade do Porto, na University of California Santa Barbara, na Northeastern University e na Universidade de Coimbra. É também autor de mais de 200 artigos científicos e 11 livros, além de editor da International Journal of Clinical and Health Psychology, uma das principais publicações na área da psicologia clínica. 

 

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