Conheça os principais sinais de alerta
O cancro oral, o sexto mais comum em todo mundo, engloba um vasto conjunto de cancros comumente desi

Anualmente, 350.000 pessoas são diagnosticadas com cancro da cabeça e pescoço na  Europa, sendo que mais de metade não sobreviverá após 5 anos. A incidência global desta patologia é de aproximadamente 3 % no sexo masculino e 2 % no sexo feminino, na totalidade dos tumores malignos, apesar de existirem variações consoante a área geográfica. Relativamente à idade, afeta maioritariamente indivíduos a partir dos 45 anos.

É uma preocupação crescente para a saúde pública, principalmente pelo aumento da incidência associada à exposição aos fatores de risco, tais como:

  • Tabaco;
  • Álcool;
  • Infeção por HPV;
  • Má Alimentação;
  • Má Higiene Oral.

Quais são os principais sinais de alerta?

As lesões provocadas por este tipo de cancro podem aparecer em qualquer zona da cavidade oral: lábios, céu da boca, língua e o seu pavimento, gengiva, bochechas, garganta. Em estádios iniciais podem não provocar qualquer tipo de dor, por isso, é importante realizar um autoexame e estar atento, a pequenos sinais de alerta, tais como:

  • Aftas ou úlceras (pequenas feridas) que duram mais que 2-3 semanas;
  • Lesões brancas e/ou vermelhas sob a forma de manchas nas mucosas;
  • Nódulos (caroços) com ou sem dor associada;
  • Dificuldade para engolir;
  • Rouquidão persistente;
  • Limitação dos movimentos da língua;
  • Perda de sensibilidade;
  • Aumento dos gânglios linfáticos.

Se existir um destes sinais deve procurar um profissional de saúde, pois a deteção precoce é essencial para melhorar as possibilidades de tratamento e cura da doença.

Nesse sentido, em Portugal, foi desenvolvido um Projeto de Intervenção Precoce do Cancro Oral (PIPCO) que visa melhorar a eficácia na prevenção primária e secundária desta patologia. Esse projeto foca-se em identificar precocemente lesões orais potencialmente malignas e orientar os pacientes para os cuidados necessários, aumentando assim as hipóteses de um diagnóstico precoce e de um tratamento eficaz.

A população-alvo deste projeto são:

  • Homens fumadores;
  • Pessoas com idade igual ou superior a 40 anos;
  • Hábitos alcoólicos;
  • Utentes com queixas de dor, lesões ou alterações da cor ou da superfície da mucosa oral ou aumentos de volume;
  • Utentes sinalizados pelo médico de família com lesões suspeitas.

O processo inicia-se através do médico de família na sequência de dois possíveis cenários:

  1. Rastreio oportunista de utentes de elevado risco (deve ser realizado de 2 em 2 anos nos grupos de risco); 
  2. Diagnóstico clínico de lesões malignas ou potencialmente malignas, detetadas por observação, por queixa dos utentes ou referenciadas pelo médico dentista ou estomatologista.

Na eventualidade da suspeita de lesão maligna ser detetada pelo médico dentista ou estomatologista, o paciente deve ser referenciado diretamente para o médico de família com a maior brevidade possível. Caso se confirme a existência de uma lesão suspeita, que justifique a sua análise através de procedimentos de diagnóstico diferencial, tais como, a biópsia, é emitido automaticamente um cheque diagnóstico de referenciação para um médico credenciado para este efeito.

Fundamentalmente, a prevenção do cancro oral passa, em grande medida, pela educação e sensibilização para a mudança de comportamentos. Fatores de risco como o consumo de tabaco, álcool e exposição excessiva ao sol são evitáveis. A promoção de hábitos saudáveis também pode ter um impacto substancial na redução da incidência desta patologia.

Criar campanhas que informem as pessoas sobre como seus hábitos podem ser ajustados e as consequências positivas dessa mudança é essencial para a prevenção.

Além disso, a realização de rastreios periódicos pode ser um ponto-chave para a deteção precoce, aumentando as hipóteses de sucesso no tratamento.

Para mais informações, consulte o site da DGS (Direção geral de saúde) ou da OMD (Ordem dos Médicos Dentistas).

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dirigida à população sénior
A Miligrama, agência de comunicação especializada em saúde, é a responsável pela criação da edição de 2024 da campanha “Não...

Tendo como base uma estratégia de comunicação integrada, a campanha inclui a criação de uma nova identidade visual, materiais informativos que serão distribuídos nas lojas do Grupo Jerónimo Martins (Pingo Doce, Recheio e Amanhecer), o lançamento do podcast “Não Caia Nisso” e uma série de webinares com especialistas em geriatria, disponíveis no YouTube.

Para Armando Salvado, diretor de equipa na Miligrama, "Esta campanha é um exemplo do quão gratificante é trabalhar em comunicação na área da saúde. Ter a oportunidade de desenvolver ações que aumentam a literacia em saúde e contribuem para o bem-estar das pessoas é uma motivação constante.”

A nova edição foi apresentada no 43.º Congresso Nacional de Ortopedia e Traumatologia, o maior evento nacional das especialidades, e conta com a alto patrocínio da Presidência da República, bem como com o apoio de diversas entidades, incluindo a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), AdvanceCare, Ageas Seguros, APORMED, ANF, ANMP, APHP, Câmara Municipal de Loulé, Grunenthal, Johnson & Johnson e o Grupo Jerónimo Martins.

Em Portugal, as quedas entre os idosos são responsáveis por cerca de 40 mil fraturas ósseas anuais, comprometendo a autonomia, a qualidade de vida e até a sobrevivência de muitos.

CESPU assina protocolo inédito com DGAV e indústria
A Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) e a Direção Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV)...

Este protocolo representa a primeira vez que a DGAV, uma instituição universitária e representantes da indústria agroalimentar colaboram para a introdução de experiências em ambiente real de trabalho no currículo dos estudantes. Procura-se, deste modo, responder à necessidade identificada de mais técnicos qualificados na área das inspeções sanitárias em estabelecimentos de abate. E também contribuir para que os futuros veterinários compreendam na prática o papel que desempenham na medicina preventiva, no controlo de zoonoses e na proteção da saúde pública.

Assim, e no âmbito das unidades curriculares de Inspeção Sanitária I e II do curso de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária, do Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS) da CESPU, os estudantes terão a oportunidade de visitar os estabelecimentos de abate durante as ações de inspeção realizadas pelos médicos veterinários oficiais da DGAV. Esta possibilidade “constitui uma valiosa ferramenta para a aprendizagem prática dos mestrandos, na medida em que lhes permite visualizar como os conceitos teóricos são aplicados na prática, proporcionando assim um ambiente real e enriquecedor para o seu desenvolvimento académico e profissional”, refere o mesmo documento.

Este projeto de cooperação conjunta cria também “uma oportunidade para a DGAV e os estabelecimentos de abate, na medida em que lhes permite mostrar aos mestrandos os processos, técnicas e metodologias adotadas no exercício da ação de inspeção sanitária, permitindo-lhes vivenciar a rotina de trabalho dos profissionais do setor, na esperança de captar o interesse e a vontade de especialização profissional dos mestrandos nesta área.”

A assinatura do protocolo decorreu em Paredes, com a presença da Diretora-geral da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Susana Pombo, do vogal do conselho de administração da CESPU, Luís Silva, assim como dos responsáveis de sete empresas do setor: Avicasal, Avisabor, Bracar, Carnes Landeiro, PEC Nordeste, Savinor. 

Segundo Susana Pombo, Diretora Geral de Alimentação e Veterinária, este protocolo “permite estimular os estudantes de Medicina Veterinária para novas áreas que têm hoje menos procura de profissionais e são determinantes em Saúde Publica, como a Inspeção Sanitária. A DGAV vê como fundamental esta abordagem aos operadores, que felicita pela disponibilidade, trabalhando em conjunto para a valorização de uma cadeia alimentar exportadora e com um significativo peso económico”.

Nuno Vieira e Brito, Coordenador do Curso de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária do IUCS-CESPU, considera este protocolo “uma oportunidade de ligar o conhecimento à sociedade e à economia, dando novas perspetivas para que a formação seja sólida, útil e diversa. Os alunos aprendem também em contexto de trabalho, desenvolvem trabalhos que não são meramente pedagógicos, mas também com utilidade nas empresas e entusiasmam-se por novas saídas profissionais que não conhecem.”

Dia Mundial de Sensibilização para os Tumores Neuroendócrinos | 10 de novembro
Os tumores neuroendócrinos (TNE) são um grupo de neoplasias raras que se originam nas células do sis

O que são os Tumores Neuroendócrinos?

Os tumores neuroendócrinos são neoplasias que se desenvolvem a partir das células neuroendócrinas, que possuem características de células nervosas e endócrinas (produtoras de hormonas). O sistema neuroendócrino é responsável pela regulação de várias funções corporais através da secreção de hormonas diretamente na corrente sanguínea.

Os TNE podem ser classificados como:

  • Funcionais: quando produzem hormonas que causam sintomas específicos (como o síndrome carcinoide);
  • Não funcionais: quando não produzem hormonas em quantidades suficientes para causar sintomas evidentes.

A maioria dos TNE cresce lentamente e pode permanecer indetectável por anos, o que dificulta o diagnóstico precoce. No entanto, alguns TNE são mais agressivos e crescem rapidamente.

Causas e Fatores de Risco

As causas exatas dos TNE ainda não são completamente compreendidas, mas vários fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento destes tumores:

  • História Familiar: Algumas condições hereditárias, como a neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (MEN1), podem predispor ao desenvolvimento de TNE.
  • Alterações Genéticas: Algumas mutações genéticas estão associadas ao aparecimento de TNE.
  • Exposição a Radiações: A exposição prolongada a radiações pode também aumentar o risco.

Contudo, na maioria dos casos, os TNE surgem de forma esporádica, sem um fator de risco identificável.

Sinais e Sintomas

Os sintomas dos TNE variam muito dependendo do local de origem do tumor e da sua capacidade de produzir hormonas. Os sintomas mais comuns incluem:

  • Sintomas gastrointestinais: diarreia, dor abdominal, náuseas e vómitos;
  • Sintomas respiratórios: tosse persistente e falta de ar, principalmente nos TNE pulmonares;
  • Síndrome Carcinoide: causada pela produção excessiva de serotonina e outras substâncias pelo tumor, que leva a sintomas como rubor facial, diarreia, palpitações e sensação de calor;
  • Hipoglicemia: baixa de açúcar no sangue, comum em TNE do pâncreas;
  • Cansaço e perda de peso inexplicáveis: sinais comuns de tumores não funcionais e avançados.

Estes sintomas, frequentemente inespecíficos, dificultam o diagnóstico precoce, o que realça a importância de um acompanhamento médico regular, especialmente em pacientes com fatores de risco.

Diagnóstico

O diagnóstico de TNE pode ser desafiador devido à sua raridade e à inespecificidade dos sintomas.

Para o seu diagnóstico podem ser solicitados exames de sangue e urina, para avaliar a presença de marcadores hormonais ou outros compostos específicos, como a serotonina e a cromogranina A. 

Os exames de imagem, como tomografia computorizada (TC), ressonância magnética (RM) e PET scan, são usados para identificar a localização e o tamanho do tumor.

Já a biópsia do tecido tumoral é essencial para confirmar o diagnóstico e avaliar as características do tumor, como a sua agressividade.

Em alguns casos, são realizados testes genéticos para identificar mutações específicas e auxiliar na escolha do tratamento.

A conjugação destes exames permite um diagnóstico mais preciso, essencial para o planeamento do tratamento.

Tratamento

O tratamento dos TNE depende de vários fatores, incluindo o tipo, a localização, o estágio do tumor e o estado de saúde geral do paciente. 

Quando possível, a remoção cirúrgica do tumor é a primeira opção de tratamento, especialmente em tumores localizados.

A Terapia com Análogos da Somatostatina ajuda a controlar sintomas e a retardar o crescimento tumoral.

Em TNE avançados ou de crescimento rápido, a quimioterapia ou terapias-alvo podem ser utilizadas para combater as células cancerígenas.

Em alguns casos, a radioterapia pode ser indicada, especialmente em tumores metastáticos.

Uma opção mais recente, a terapia com radionuclídeos (PRRT) pode ser eficaz em TNE metastáticos, utilizando moléculas que transportam radioisótopos diretamente para as células tumorais.

A escolha do tratamento deve ser discutida com uma equipa médica multidisciplinar, que inclui oncologistas, cirurgiões e especialistas em endocrinologia.

Prognóstico e qualidade de vida

O prognóstico dos TNE varia amplamente. Tumores localizados e menos agressivos apresentam uma taxa de sobrevivência a 5 anos bastante alta, enquanto tumores avançados e de crescimento rápido podem ter um prognóstico mais reservado. 

Por outro lado, a qualidade de vida dos pacientes com TNE também pode ser bastante afetada, devido aos sintomas dos próprios tumores e aos efeitos secundários dos tratamentos, pelo que a gestão dos sintomas e o apoio psicológico são fundamentais para estes doentes. 

 

Fontes: 

IPO Lisboa. Saber mais sobre os tumores neuroendócrinos. https://www.ipolisboa.min-saude.pt/noticias/saber-mais-sobre-os-tumores-neuroendocrinos/

Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM). Tumores Neuroendócrinos. https://www.spedm.pt/pt/grupos-de-estudo/tumores-neuroendocrinos

CUF. Cancro Neuroendócrino. https://www.cuf.pt/saude-a-z/cancro-neuroendocrino

International Neuroendocrine Cancer Alliance. O que são TNEs? https://tne.vivendocom.com.br/sobre-os-tnes/aprenda-sobre-os-tneso-que-sao-tnes/

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Bolsa de Investigação Prof. Castro Lopes no valor de 5 mil euros
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) reafirma o seu compromisso com a investigação científica ao abrir...

Anualmente, a SPAVC seleciona e apoia financeiramente o projeto de investigação que mais se destaca entre as candidaturas recebidas, ajudando a concretizar a sua realização, total ou parcialmente. Para a edição de 2024, a bolsa será novamente no valor de 5.000€. "Concorrer à Bolsa de Investigação Prof. Castro Lopes é uma oportunidade única para os profissionais que desejam fazer a diferença na área do AVC. Esta bolsa permite não só o financiamento do projeto, mas também o reconhecimento do trabalho e o acesso a uma vasta rede de investigadores”, explica o Prof. Vítor Tedim Cruz, presidente da Direção da SPAVC.

Os candidatos interessados têm até ao dia 25 de janeiro de 2025 para submeter as suas candidaturas, por via eletrónica, dirigidas à Direção da SPAVC, através do email [email protected]. O regulamento, que pode ser consultado online, através do website da SPAVC, detalha vários aspetos relacionados com o processo de candidatura, incluindo critérios de avaliação, a composição do júri e as etapas de acompanhamento. Conforme o documento, apenas serão aceites os projetos que incluam atividades científicas realizadas, pelo menos em parte, em instituições portuguesas. Os projetos selecionados terão um prazo máximo de dois anos para execução, contado a partir da data de atribuição da bolsa.

A Bolsa de Investigação Prof. Castro Lopes oferece uma oportunidade única para gerar dados que podem revolucionar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento do AVC, em Portugal.

A homenagem ao Prof. Castro Lopes, incluída na designação da bolsa desde 2023, continuará a ser uma forma de reconhecimento da contribuição histórica do fundador da SPAVC. “É uma forma de eternizar o seu legado e a sua visão inspiradora, que moldaram a SPAVC e o panorama da investigação sobre AVC no nosso país. O Prof. Castro Lopes foi um líder incansável, dedicando-se não só ao avanço científico, mas também à formação das novas gerações de profissionais. Esta homenagem reflete o nosso reconhecimento pelo seu papel marcante nos cuidados de que hoje dispomos, em Portugal, para os doentes com AVC", sublinha o médico neurologista.

O anúncio do vencedor da Bolsa de Investigação Prof. Castro Lopes terá lugar na cerimónia de encerramento do 19.º Congresso Português do AVC, marcada para o dia 31 de janeiro de 2025, no Sheraton Porto Hotel.

Projeto Europeu conta com participação da start-up Virtuleap e da ULS Coimbra
Um novo projeto de €7,8 milhões, designado VR Health Champions, tem por missão acelerar a adoção de tecnologias de Realidade...

Dezoito parceiros de oito Estados Membros da UE, inseridos em nove ecossistemas regionais, vão unir forças para fornecer apoio direcionado a cinco PMEs de destaque, promovendo a inovação e ferramentas de apoio ao diagnóstico, terapia e cirurgias. O projeto também visa expandir o ecossistema europeu de RA para a saúde através da promoção de ações de transferência de conhecimento e oportunidades de financiamento.

A desbloquear o potencial do mercado europeu de Realidade Virtual e Aumentada em saúde

Prevê-se que o mercado europeu de RA/RV atinja um valor entre 35 e 65 mil milhões de euros até 2025, podendo contribuir em até 40 mil milhões de euros em valor acrescentado bruto. O ecossistema de RA/RV da Europa, impulsionado por startups e PME’s, está em crescimento, especialmente em países como França, Alemanha, países nórdicos, Bélgica, Luxemburgo, Espanha e Itália. Os cuidados de saúde, são o quarto maior sector de aplicação de tecnologias de RA/RV (que representa 11%), têm um grande potencial enquanto promoção de ferramentas de apoio em saúde, em particular no apoio ao diagnóstico, cirurgias e terapias.

Embora as tecnologias RA/RV nos cuidados de saúde estejam ainda numa fase inicial em toda a Europa - especialmente nas regiões menos desenvolvidas - as oportunidades são vastas. O projeto VR Health Champions visa capitalizar este facto, reduzindo as barreiras ao mercado, clínicas e regulamentares, centrando o seu apoio em cinco PMEs e contribuindo para a criação de futuras inovações RV/RA no setor. O projeto está estimado em 7,88 milhões de euros, sendo 5,82 milhões de euros co-financiados pelo Interregional Innovation Investments (I3), que faz parte do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

“O nosso objetivo não é apenas apoiar as 5 PMEs da parceria, mas também escalar a inovação em RA na área da saúde em toda a Europa", disse Cristiana Costa, Coordenadora do Projeto no Instituto Pedro Nunes, em Portugal. "Ao envolver PMEs adicionais através de cascade funding, fomentar a colaboração entre setores e alinhar inovações com as necessidades dos utentes e dos prestadores de cuidados, pretendemos permitir uma entrada mais rápida no mercado e um maior impacto nos cuidados aos utentes." Peter Nagy, do EIT Health InnoStars, enfatizou o papel crucial da parceria no impulso desses esforços, especialmente ao superar a lacuna tecnológica entre as regiões menos inovadoras e as mais avançadas da Europa. "Embora os ecossistemas de RV e RA estejam a expandir, as empresas da Europa Central, Oriental e do Sul enfrentam desafios como a limitada conscientização entre os profissionais de saúde e a escassez de talentos qualificados. Através deste projeto, e em colaboração com os parceiros da rede EIT Health, pretendemos as condições de acesso ao mercado, oferecendo apoio direcionado e expertise.”

“A Virtuleap pretende elevar o setor da avaliação cognitiva e da formação com a ajuda de tecnologias emergentes, como a Realidade Virtual (RV) e a Inteligência Artificial (IA). No projeto VR Health Champions, a Virtuleap está empenhada em aproximar a sua ferramenta de avaliação cognitiva, Cogniclear VR, do mercado. A aplicação Cogniclear VR é um breve teste de rastreio cognitivo em RV para identificar as primeiras manifestações de declínio cognitivo. Ao colocar os utilizadores em cenários controlados, permite-lhes interagir com a situação apresentada de uma forma que simula as interações do mundo real” - afirmou Amir Bozorgzadeh, CEO da Virtuleap.

Um esforço pan-europeu para acelerar a adoção de RA em saúde

Apoiado por uma rede diversificada de unidade hospitalar, centros de investigação, universidades e líderes da indústria de Itália, Letónia, Hungria, Polónia, Portugal, Espanha, Bélgica e Alemanha, o projeto procura desbloquear todo o potencial da RV/RA nos cuidados de saúde. O projeto é coordenado pelo Instituto Pedro Nunes e co-coordenado pelo EIT Health InnoStars. Entre os principais parceiros contam-se o Klaster Life Science Krakow, a Fondazione Bruno Kessler, a Universidade Médica de Lodz, a Universidade de Tecnologia de Lodz, a Universidade da Letónia e o hospital ULS Coimbra. Líderes da indústria como a Medtronic Portugal e a Medtronic Ibérica SA, o Syreon Research Institute e o RTE Lab, a par da iniciativa europeia XR4Europe, também integram o projeto.

 
De 14 a 16 de novembro
Entre os dias 14 e 16 de novembro, o Centro de Congressos da Madeira será o palco do Encontro Renal 2024 - o maior encontro...

Passaram 30 anos desde que o Funchal recebeu pela última vez o Congresso Português de Nefrologia. Durante este período, de acordo com Presidente do Congresso e atual diretor do Serviço de Nefrologia do Hospital Dr. Nélio Mendonça (Funchal), “a Nefrologia apresentou um grande desenvolvimento e expansão, multiplicando-se os serviços e assumindo a especialidade um papel cada vez mais preponderante na prestação dos cuidados de saúde às nossas populações”.

Gil Gomes da Silva destaca a fase atual da Nefrologia que considera ser “muito desafiante e de grande estímulo pelo aparecimento de novas estratégias de diagnóstico e tratamento em diferentes patologias - nos últimos cinco anos surgiram novas classes de fármacos que, comprovadamente, demonstraram melhorar a sobrevida renal e cardiovascular dos doentes com doença renal crónica (DRC)”.  Estas novidades foram também espelhadas na elaboração do programa do Encontro Renal que inclui a informação científica mais relevante em diferentes áreas como na imunonefrologia, o papel da nefrogenética, o tratamento das complicações cardiovasculares nos doentes em diálise e com transplante renal, e estratégias para atrasar a progressão da DRC.

Ainda relativamente ao programa, este ano voltam a estar programados cursos pré-congresso: um curso de Avaliação Clínica e Ecográfica da Congestão Venosa e um curso de Sedimento Urinário, a decorrerem na tarde de dia 13 de novembro. “Estes cursos tiveram uma boa adesão e foram um desafio colocado pela comissão organizadora com objetivo de criar outras oportunidades de formação”, refere Gil Gomes da Silva. O nefrologista destaca ainda “o facto do iniciarmos o Congresso de uma forma inovadora, convidando a conhecida designer madeirense, com trabalho a nível internacional, Nini Andrade, que nos dará a sua visão do papel da criatividade na saúde”.

É com “grande satisfação e expectativa” que o Presidente do Congresso dá conta de que são esperados cerca de 600 participantes reforçando que esta será “uma excelente oportunidade de atualização científica e de partilha da atividade desenvolvida nas diferentes áreas da Nefrologia”.

Seguro de Saúde social
Foi ontem lançada a Mútua Portuguesa de Saúde (MPS), uma nova seguradora que disponibiliza um seguro de saúde social,...

Constituída com o propósito de garantir a assistência na saúde e na doença e a melhoria da qualidade de vida dos seus beneficiários, a MPS assume-se como uma alternativa aos seguros tradicionais, oferecendo maior flexibilidade nas condições. Em concreto, o seguro de saúde da MPS não tem limite de idade e período de carência, não tem exclusões de doenças pré-existentes e não tem limites de capital nas coberturas de hospitalização e ambulatório.

Inclui ainda o acesso à Rede Médica Future Healthcare, composta por mais de 42.600 prestadores de cuidados de saúde em todo o território nacional, incluindo hospitalização, assistência em ambulatório, serviços de atendimento permanente, estomatologia, medicamentos e vacinas, e diversos descontos.

Todos os cidadãos podem beneficiar deste seguro da MPS, sendo a adesão realizada através das suas entidades empregadoras, nos setores privado e social.

Liderado pelo ex-bastonário da Ordem dos Economistas, Rui Leão Martinho, o projeto tem ainda como membros fundadores diversas personalidades de referência nacional, com conhecimento e experiência relevantes nos setores da saúde e social em Portugal. Entre os fundadores estão José Pina (CEO Future Healthcare), Eurico Castro Alves (Presidente da Convenção Nacional de Saúde), João Almeida Lopes (presidente da APIFARMA), José Germano de Sousa (Ex-Bastonário da Ordem dos Médicos), Óscar Gaspar (presidente APHP), Ema Paulino (presidente ANF), João Silveira (Ex-Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos), Manuel de Lemos (Presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas), Miguel Ginestal (Diretor Geral APIFARMA), Ricardo de Sousa Valles (Partner da Glowside Management), José Manuel Mesquita (Advogado e Administrador de empresas), Victor Caldeira (ex-Presidente do Tribunal de Contas), João de Lara Everard (CEO da Korangi), João Proença (Presidente do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE até 2021), António Saraiva (Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa), Armindo Monteiro (Presidente da CIP), Duarte Costa (CEO na 3xP Global), Miguel Lemos (Business Development Executive na 3xP Global, Fernando Morales (Fundador da Azuaga Seguros – Companhia de Seguros) e Miguel Silvestre (Presidente da MONAF e Presidente da PLURAL Cooperativa Farmacêutica).

Iniciativa decorre no Auditório do Metro Alto dos Moinhos, em Lisboa
A Lusíadas Knowledge Center, associação responsável pelo ensino e investigação do Grupo Lusíadas Saúde, anuncia a realização...

Esta edição será marcada por temas inovadores e multidisciplinares: oncologia, saúde masculina, contaminantes alimentares e Inteligência Artificial aplicada à nutrição. Estes tópicos serão aprofundados ao longo do dia, através da intervenção de diferentes áreas da Nutrição. Entre as sessões estão previstas discussões sobre o impacto da nutrição na fertilidade masculina e no cancro, os avanços na nutrição e o papel da Inteligência Artificial, assim como uma análise dos desafios e benefícios da alimentação de base vegetal e orgânica.

"Integrado num conjunto de iniciativas anuais da Lusíadas Knowledge Center, este evento representa o compromisso contínuo da Lusíadas Saúde em promover o conhecimento científico como um pilar fundamental da prática clínica e no desenvolvimento de respostas cada vez mais eficazes para o bem-estar da sociedade. O nosso propósito com as 4.as Jornadas de Nutrição é proporcionar aos profissionais e futuros profissionais de saúde uma oportunidade única para se atualizarem e aprofundarem os seus conhecimentos na procura da excelência e inovação", explica Eduarda Reis, Chief Medical Officer do Grupo Lusíadas Saúde.

A realização das 4.as Jornadas de Nutrição demonstra o compromisso da Lusíadas Saúde em promover o desenvolvimento de competências, contribuindo para que os profissionais possam responder aos novos desafios do setor da saúde.

Este evento está aberto a todos os profissionais de saúde e estudantes, oferecendo um espaço de partilha de conhecimento e excelência científica. A inscrição pode ser feita através do website oficial da iniciativa.

 
Entenda o conceito
Estar sempre tudo bem, estar sempre feliz, não é normal.

Pode até parecer estranho e mesmo contraditório, mas o excesso de positividade pode ser tóxico: 

  • Quando impomos a nós mesmos, ou aos outros, uma atitude falsamente positiva;
  • Quando generalizamos um estado feliz e otimista seja qual for a situação;
  • Quando silenciamos as nossas emoções “negativas/desagradáveis” ou as dos outros.

Podemos considerar que a positividade tóxica é uma corrente de pensamento que influencia as pessoas a valorizarem mais os pensamentos positivos ou as emoções positivas, transmitindo a ideia de que é “mau” sentir emoções negativas e por isso devemos evitar senti-las. O que leva a que as pessoas reprimam essas mesmas emoções negativas, com receio de serem desadequadas por as sentirem, ou seja, sentem-se culpadas por terem tais emoções desvalorizadas e invalidadas pelos outros e pela sociedade em geral.

Ao reprimirmos emoções estamos a contrariar a nossa natureza, estamos de facto a guardar dentro de nós verdadeiras “bombas relógio” que podem explodir em contextos que nada têm a ver com as situações em que as sentimos em primeiro lugar. Quando reprimimos emoções demasiado tempo elas podem manifestar-se de outras formas, podem tornar-se doenças físicas pois acabamos por somatizar (passamos para o corpo) aquilo que não libertamos da mente.

Quando uma emoção negativa é ignorada, não é processada, isso não significa que ela deixa de existir ou que parou de nos afetar. Pelo contrário, se não aceitarmos que as nossas emoções existem e que fazem parte do dia a dia, nunca vamos aprender a lidar com elas.

Todas as emoções têm uma função. Somos humanos e temos um espectro alargado de emoções que vão desde as mais positivas como amor, paz, alegria às mais negativas como raiva, vergonha e medo.

Saber acolher essas emoções, permitirmo-nos senti-las, processá-las, entender porque surgem, qual o seu papel, e por fim libertá-las, expressando-as da melhor maneira, é a forma mais salutar de gerirmos as nossas emoções, seja qual for o seu “calibre”.

A verdade é que há determinadas experiências que são demasiado negativas para vermos um lado positivo nelas e está tudo bem. Não precisamos de estar bem com elas, não precisamos de gostar de as sentir ou gostar que a situação nos tenha acontecido – precisamos apenas de reconhecer que ela aconteceu (e aqui entra a aceitação) e continuar a construção da nossa vida à volta dessa situação, sem a ignorar, mas sem a carregar com o peso que ela poderia ter.

Mas a verdade é que também ninguém nos ensina a lidar com as emoções nem a expressá-las convenientemente, especialmente relativamente às negativas ou mais desagradáveis.

Desde muito pequenos que nos habituamos a ouvir: “Deixa lá!”; “Já passou!”; “Não precisas ficar triste!”; e a minha favorita “Engole já esse choro!”. Para os pais é muito difícil gerir as emoções “grandes” de seres mais pequeninos, quando não sabem nem aprenderam a gerir as suas próprias emoções. Para o adulto é mais fácil travar (muitas vezes porque não aprendeu de outra forma) a emoção da criança na hora, do que a acolher e ajudar a conter, tornando-se co-reguladordas emoções do filho até que este aprenda a se auto-regular. Assim, perpetua-se o ciclo de má gestão emocional, pois transmitimos às crianças que ter e sentir emoções negativas e desagradáveis é “mau” e essas emoções devem ser eliminadas. Essas crianças crescem, tornam-se adultos que estão desconectados das suas próprias emoções e que vão ter filhos e o ciclo repete-se novamente. O maior risco para a nossa saúde mental é mesmo esta desconexão com as nossas emoções, é esta desconexão connosco próprios.

Aprender a gerir as emoções de todo o espectro de emoções humanas, acolhendo-as, contendo-as, processando-as e depois libertando-as/expressando-as é fundamental para vivermos bem connosco e com os outros, em família e em sociedade.

Ser optimista e pensar positivo, focando-nos no positivo e nas coisas boas da vida é diferente de tentar “abafar” ou reprimir ou não querer sentir emoções negativas/desagradáveis.

Desta forma, a positividade torna-se tóxica quando em excesso e quando escolhemos ignorar emoções negativas porque não sabemos lidar com elas ou porque achamos que não é suposto senti-las. Para tudo na vida tem de haver um equilíbrio. Por isso vamos ser positivos sim, procurar o lado bom das coisas, mas também vamos permitir-nos viver e experienciar todo o leque de emoções humanas, para que tenhamos a liberdade e a consciência de um dia dizer ” Eu hoje estou triste, mas está tudo bem com isso (reconhecer, aceitar, acolher, expressar). Amanhã é outro dia e terei oportunidade de sentir outras coisas!”

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
CareMinder é o vencedor da edição de 2024 do concurso de ideias organizado pela Universidade de Coimbra
Chama-se CareMinder e pretende ajudar a prevenir as infeções hospitalares com a criação de um sensor que, através da vibração,...

Composta pelos estudantes Adebare Adeleke, Arthur Bastos, Beatriz Oliveira e Patrick Carneiro, a equipa vencedora vai representar a UC na final do Innovation Days (i-Days), que vai decorrer nos dias 28 e 29 de novembro em Budapeste, na Hungria. Vai também receber um prémio no valor de 1 000 euros, apoiado pela Basinnov Life Sciences, empresa do grupo do ramo farmacêutico FHC.

A iniciativa i-Days é promovida anualmente no âmbito da rede EIT Health, em instituições de 16 países: Bulgária, Chéquia, Chipre, Croácia, Eslováquia, Espanha, Estónia, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Polónia, Portugal e Roménia. Pretende desafiar estudantes de diversas áreas disciplinares para que, em conjunto, respondam a desafios reais da área da saúde de forma inovadora.

Na edição de 2024 da iniciativa Cantanhede Innovation Days, a comunidade de estudantes da UC foi desafiada a responder a desafios lançados por unidades hospitalares da Região Centro, relacionados com sete temáticas: sistemas de monitorização remota de dados de saúde de pacientes, diagnóstico de doenças raras, acesso a cuidados de saúde mental, otimização de recursos hospitalares, monitorização e prevenção de doenças hospitalares, sistemas de suporte à decisão para profissionais de saúde ou melhoria do acesso a cuidados de saúde.

Ao longo de uma semana, os participantes trabalharam em conjunto para pensar soluções inovadoras para responder a um dos desafios elencados. Foram acompanhados por investigadores, docentes e profissionais da área da saúde na preparação das propostas. Participaram também em ações de formação em áreas como inovação, empreendedorismo, pitching e design thinking.

As propostas de cada grupo foram apresentadas na final deste concurso, que decorreu no Museu da Pedra, em Cantanhede. As propostas foram avaliadas por um júri composto por representantes de várias entidades de Coimbra e de Cantanhede com ligações ao ensino, inovação, investigação e saúde.

A iniciativa Cantanhede i-Days é organizada pela Unidade R&D International Networks da Universidade de Coimbra, em colaboração com o Biocant, o Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC, o Hospital Arcebispo João Crisóstomo, o Hospital Rovisco Pais e a Unidade Local de Saúde de Coimbra.

 
Caminhada da Ortopedia marca o arranque da Campanha este ano
A Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT) relança a campanha “Não Caia Nisso”, uma iniciativa de grande...

Segundo João Gamelas, presidente da SPOT, “a prevenção de quedas na população sénior é uma necessidade nacional. A queda e a fratura representam, para muitos idosos, o início de um processo de perda de independência e qualidade de vida. As consequências são não só físicas, como também emocionais e económicas.”

A campanha “Não Caia Nisso” foi inicialmente lançada há oito anos pela SPOT com forte presença na imprensa escrita e apoio de diversas instituições, como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), contando ainda com o alto patrocínio da Presidência da República. Nesta edição de 2024, a campanha traz uma nova abordagem, com conteúdos reforçados e mais meios de comunicação para alcançar um público ainda mais vasto, reforçando a urgência da prevenção de quedas entre os mais velhos.

A Câmara Municipal de Loulé apoia a caminhada da Ortopedia que marca o arranque da Campanha “Não Caia Nisso 2024”, iniciativa que pretende sensibilizar para a prevenção de quedas entre a população sénior. O evento decorrerá no sábado, dia 9 de novembro, às 08h00, nas escadas de acesso ao Centro de Congressos do Algarve, em Vilamoura, frente à Marina de Vilamoura. Os primeiros 100 participantes serão brindados com uma t-shirt alusiva à campanha.

A edição de 2024 conta com o apoio de várias entidades, incluindo AdvanceCare, Ageas Seguros, APORMED, ANF, ANMP, APHP, a Câmara Municipal de Loulé, a Grunenthal, a Johnson & Johnson, o Grupo Jerónimo Martins e o SAPO.

A campanha inclui ainda recomendações práticas para prevenir quedas no dia a dia. Nos corredores, é fundamental garantir que estão desimpedidos, sem tapetes e com luzes de presença instaladas. No quarto e na sala, deve manter-se uma boa luminosidade, retirando tapetes ou substituindo-os por modelos antiderrapantes e evitando objetos espalhados. Na cozinha, é importante garantir acesso livre e ter cuidado com líquidos no chão. Na casa de banho, recomenda-se a instalação de barras de apoio e a prática de tomar banho sentado.

A SPOT também incentiva a adoção de uma rotina saudável, promovendo mobilidade diária, uma alimentação equilibrada rica em vitamina D, hidratação e vigilância da medicação e da tensão arterial. Além de chamar a atenção para a prevenção de quedas, a caminhada também pretende incentivar o envelhecimento ativo e promover o exercício físico regular como uma forma eficaz de aumentar a estabilidade e a confiança dos mais velhos.

 
Apoio no diagnóstico e tratamento
A Kyowa Kirin apresenta a primeira calculadora para ajudar os profissionais de saúde a avaliar o estadio clínico dos doentes...

Os LCCT representam cerca de 4% de todos os casos de linfomas não Hodgkin e até 80% de todos os linfomas cutâneos primários. Na doença avançada, as células T malignas podem disseminar-se para o sistema linfático, o sangue, a medula óssea e os órgãos internos. Por conseguinte, podem ter um impacto profundo na qualidade de vida relacionada com a saúde e bem-estar psicológico dos doentes.

Esta nova ferramenta avalia o estadio dos dois subtipos mais comuns de LCCT: a micose fungóide (MF), que representa quase 60% dos LCCT, e a síndrome de Sézary (SS), que representa menos de 5%. A gestão da MF e da SS depende do estadio, pelo que o estadiamento é crucial para uma boa gestão da doença.

Julia Blanco, diretora médica da Kyowa Kirin Portugal, afirmou: "A missão da nossa empresa é responder às necessidades das pessoas com doenças raras. Por isso, estamos convencidos de que esta calculadora irá facilitar muito a gestão dos doentes com LCCT".

Como funciona a calculadora

O estadiamento da calculadora divide os doentes em nove estadios e é efetuado utilizando a classificação TNMB9: T (PELE), dependendo do tipo e da extensão do envolvimento da pele e da presença de eritrodermia; N (Gânglios), dependendo da presença/ausência de linfadenopatia, dos resultados da biopsia dos gânglios, da manifestação clonal e da classificação histopatológica dos gânglios afetados; M (VÍSCERAS): dependendo do envolvimento de órgãos com confirmação patológica e B (SANGUE), dependendo do nível de carga tumoral e da presença de clones.

Esta calculadora consiste em responder a quatro perguntas, uma para cada um dos compartimentos da doença. Depois de completar as quatro secções, a calculadora apresenta o resultado do estadio TNMB e orienta o utilizador para as diretrizes de tratamento do LCCT, estabelecidas pela EORTC para a gestão da micose fungóide e da síndrome de Sézary, para favorecer uma abordagem mais adequada e adaptada às necessidades de cada doente. 

Importância da gestão multidisciplinar dos LCCT

Julia Blanco destacou que “os linfomas cutâneos são um grupo de doenças que devem ser abordados de forma multicompartimental, pois envolvem a pele, o sangue, os órgãos e os gânglios linfáticos. Assim, é fundamental a existência de uma equipa multidisciplinar, com especial colaboração entre dermatologistas, que avaliem as lesões na pele, e entre hematologistas, que gerem os restantes compartimentos. Em conjunto a abordagem global do doente é mais eficiente e integrada.”

Dados do projeto SEPIA apresentados amanhã em evento do ISPUP
Em 2021, uma equipa de investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), em parceria com a...

O projeto SEPIA (acrónimo para a designação em inglês “Studying Experiences of Pain In Adolescents”) – financiado pela fundação europeia FOREUM – Foundation for Research in Rheumatology – surgiu com o objetivo de identificar características-chave da dor física durante a adolescência que permitissem prever o risco de desenvolver dor musculosquelética crónica na transição para a vida adulta.

“Pensa-se que a forma como vivemos a dor desde as primeiras décadas de vida é fundamental para desenhar as experiências de dor que sentimos ao longo de toda a vida. Saber quem são as pessoas com maior risco ajuda-nos a perceber como prevenir o aparecimento ou o agravamento da dor crónica (com duração superior a 3 meses). Em termos de saúde pública, isto é importante porque a dor musculoesquelética crónica é a principal causa de incapacidade no mundo”, adianta Raquel Lucas, investigadora do ISPUP e coordenadora do Projeto SEPIA.

Para responderem à principal questão científica deste projeto – que contou com pacientes parceiros de investigação em todas as suas fases, desde a conceção do estudo até à publicação dos resultados – os investigadores envolveram cerca de 5000 participantes, mais de 2000 jovens com idades entre os 14 e os 18 anos e os seus cuidadores. Estes jovens foram recrutados através da coorte de base populacional Geração XXI e do Registo Nacional de Doentes Reumáticos, o Reuma.pt, que acompanha jovens com Artrite Idiopática Juvenil (AIJ).

A recolha de dados iniciou em junho de 2022, através de uma app para dispositivos móveis, desenvolvida especificamente para o SEPIA, por uma equipa do INESC TEC. Os jovens e os seus cuidadores foram convidados a instalar a app e a responder a questionários que incluíam perguntas sobre vários aspetos relacionados com a dor. Além disso, a equipa de investigação utilizou dados dos participantes da coorte Geração XXI, recolhidos nas avaliações dos 7, dos 10 e dos 13 anos e, posteriormente, dados recolhidos também na avaliação dos 18 anos, que arrancou em 2023 e que ainda está a decorrer.

Crianças vítimas de bullying têm 70% mais probabilidade de vir a desenvolver condições dolorosas na transição para a vida adulta

Ao olhar para os dados recolhidos nas diferentes fases da vida dos participantes, verificou-se que as experiências adversas na infância (como o divórcio dos pais, as dificuldades financeiras, as mudanças de casa/escola, entre outras) podem aumentar significativamente o risco de desenvolver condições dolorosas ao longo da vida.

Um outro exemplo é o das crianças que foram vítimas de bullying até aos 10 anos de idade, que manifestaram perfis de dor adversos aos 13 anos, tanto nos relatos que fizeram como na sua resposta física aos testes de tolerância à dor. O estudo mostrou que uma criança vítima de bullying tem 70% mais probabilidade de vir a sentir dor grave (aquela que impede o desempenho de atividades quotidianas, como ir à escola ou participar em atividades de lazer) na adolescência.

Mas mesmo na ausência de experiências de adversidade, o estudo mostra que a dor é uma experiência muito comum já na infância, com uma em cada seis crianças a revelar ter dor com duração superior a 3 meses, tanto aos 7 como aos 10 anos. Quando olhamos para as consequências a curto prazo, o estudo mostrou que uma em cada oito destas crianças tinham sentido uma dor suficientemente grave para as levar a faltarem à escola ou a alguma atividade de lazer.

Pais subestimam a dor dos filhos

Nos cuidados de saúde é, por vezes, necessário avaliar a dor pediátrica através dos cuidadores. Este estudo permitiu verificar que os pais têm tendência para subestimar a dor dos filhos, especialmente em casos de dor múltipla (em diferentes partes do corpo) e de alta intensidade. Apesar disso, os relatos dos pais sobre a dor que os filhos sentem na infância são indicadores importantes: 66% das raparigas cujos pais/cuidadores reportaram ter dor repetitiva ou frequente aos 7 e aos 10 anos, reportaram dor aos 13 anos e o mesmo aconteceu para 53% dos rapazes.

No caso dos pais/cuidadores de crianças com Artrite Idiopática Juvenil, constatou-se que os pais lembram e reportam mais a dor dos filhos que está tipicamente relacionada com a doença articular (por exemplo nos joelhos e mãos) e que, por outro lado, não mencionam tanto outras dores que são muito comuns, mas de causas geralmente desconhecidas (como dor de costas, de cabeça ou de barriga), às quais os filhos, nos seus relatos, dão mais importância.

Dor persistente na infância pode diminuir tolerância à dor na adolescência

Os questionários revelaram várias limitações na avaliação quantitativa da dor. Por isso, a equipa de investigação recorreu a um Teste Sensorial Quantitativo (QST), que mede a resposta à pressão física com base num equipamento computorizado. Este produz uma pressão padronizada, igual para todos os participantes, que permite caracterizar de modo seguro a sensibilidade à dor numa fase crucial para o desenvolvimento de trajetórias de dor crónica. Observou-se que adolescentes com histórico de dor musculoesquelética desde a infância apresentam menor tolerância à estimulação por pressão, o que sugere que a exposição prolongada à dor na infância pode aumentar a sensibilidade à dor na adolescência.

Ao olhar para as diferenças entre rapazes e raparigas, verificou-se que, nas raparigas, a tolerância à dor se mantém praticamente igual com a puberdade. Por outro lado, no caso dos rapazes, a tolerância à dor aumenta 20% nesta etapa. Estes resultados podem ajudar a explicar uma observação bem conhecida na investigação sobre a dor, em variados contextos geográficos e de saúde: as mulheres adultas reportam mais dor que os homens.

Foi ainda possível constatar que, nas raparigas, há uma relação estatística entre o Índice de Massa Corporal (IMC) aos 10 anos e a dor reportada na adolescência, aos 13 e aos 17 anos: quanto maior o IMC, maior o risco futuro de dor musculoesquelética. Esta relação pode ser explicada por motivos mecânicos ou bioquímicos, mas também pode ser causada por fatores psicossociais: foi possível observar que quanto menor a satisfação do adolescente com a sua imagem corporal, menor a sua tolerância à dor no teste QST.

Dor na adolescência é preditora de menor qualidade de vida no futuro

Quanto à localização da dor reportada, constatou-se que crianças que se queixavam de dor abdominal/pélvica entre os 7 e os 10 anos tiveram maior probabilidade de ter dor recorrente nessa e noutras partes do corpo, aos 13 anos, nomeadamente dor musculoesquelética. Aos 17 anos verificou-se um aumento da prevalência de relatos de dor, nomeadamente de dor musculoesquelética crónica e múltipla, tanto nos rapazes como nas raparigas. Percebeu-se também que ter um histórico de dor musculoesquelética crónica ou múltipla aos 13 anos está diretamente associado a uma menor qualidade de vida quatro anos mais tarde.

Forma como os jovens percecionam a dor é determinante para a formação do seu bem-estar ao longo de toda a vida

Os resultados do estudo destacaram as implicações da dor na infância a longo prazo e a importância da perceção da dor na formação do bem-estar futuro.

“Todos conhecemos pessoas que raramente se queixam de dores mesmo que nos pareça que têm doença ou lesão grave. Por outro lado, há pessoas que se queixam de muita dor quando têm uma doença que nos parece ligeira. Ou seja, independentemente da gravidade, o mesmo problema físico pode causar níveis de sofrimento muito diferentes em diferentes pessoas. Por isso, hoje a dor é entendida como uma experiência individual e subjetiva, que resulta das nossas doenças físicas, mas também da interação destas com o nosso contexto psíquico e social. Este projeto ajuda-nos a mostrar que o mundo que nos rodeia enquanto crianças influencia de modo relevante a dor futura.”, acrescenta a investigadora Raquel Lucas.

O SEPIA permitiu, assim, caracterizar a frequência e o impacto da dor pediátrica, que ocorre – e muitas vezes permanece - fora dos cuidados de saúde. Possibilitou também a identificação de fatores que, desde cedo, podem ser usados por decisores e profissionais de saúde – incluindo em âmbito escolar e no contexto familiar – para sinalizar crianças que terão maior risco de viver experiências adversas de dor musculoesquelética. Esta estratificação poderá contribuir para uma gestão precoce da dor pediátrica de modo a prevenir a sua transformação em dor crónica.

Em termos de saúde pública, o projeto informa possíveis áreas de atuação de políticas que se destinem a mitigar o impacto dos contextos adversos para o surgimento e a persistência da dor, como é o caso da adversidade social, que parece interagir com os fatores biológicos para piorar as experiências de dor física.

O evento de encerramento do SEPIA, onde serão apresentados estes e outros resultados do projeto, será no dia 8 de novembro, no auditório do ISPUP e contará com a presença da equipa de investigadores do ISPUP, das instituições parceiras, de alguns participantes do estudo e de um conjunto de convidados externos que comentarão os resultados e suas implicações. 

 
Em Espanha, liderava a área Cardiovascular e Metabólica
Mourad Aboubakr é o novo Presidente da Novartis, Portugal. Há 15 anos na Novartis, Mourad tem uma vasta experiência no mercado...

No seu percurso académico, Mourad Aboubakr conta com um MBA pela INSEAD e é formado pelo Global Healthcare Leaders Program da Harvard Medical School. Assume como sua prioridade impulsionar o potencial das pessoas, com um entusiasmo especial pelo poder da colaboração genuína e pelo trabalho em equipa.

“Portugal é um país de possibilidades. O talento, a paixão e a inovação que caracterizam a nossa equipa são os principais pilares que nos permitem gerar oportunidades para potenciar a inovação em saúde. Assumimos o nosso papel de agentes de mudança positiva, entregando inovação e cocriando soluções de saúde em parceria com o ecossistema, que possam contribuir verdadeiramente, não só para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com doença crónica, como também para os desafios do sistema de saúde e da sociedade”, afirma Mourad Aboubakr.

Mourad Aboubakr sucede assim a Simon Gineste que nos últimos 4 anos transformou a estrutura organizacional da empresa para potenciar um maior foco no cliente e posicionou Portugal como um país incubador de projetos, que se caracterizam pela ambição de transformar positivamente os cuidados de saúde e pela parceria com o sistema de saúde.

 
Dias 16 e 17 de novembro
A Atlântica – Instituto Universitário vai receber, nos dias 16 e 17 de novembro, o Congresso Internacional de Nutrição...

Nutricionistas especializados em várias áreas, enfermeiros, médicos de diferentes especialidades – como medicina geral e familiar ou cardiologia, entre outros –, farmacêuticos e ainda terapeutas, especialistas em medicina tradicional chinesa ou personal trainers, entre outros. Estes são alguns dos perfis de profissionais que integram o painel do Congresso, que apresenta um programa robusto, distribuído por três espaços da Atlântica, e que abordará diferentes temáticas, como “A Complexidade do Hipotiroidismo” – com Sandra Camacho, médica fisiatra funcional – ou “Suplementação Personalizada na Modulação Intestinal” – com a presença da farmacêutica Carla Rebelo.

O segundo dia do Congresso terá, além das atividades do programa, um curso complementar – das 09:30 às 12h00 – com o mote “Curso Introdutório em Nutrição e Relacionamentos, segundo uma abordagem sistémica”. O momento vai contar com as intervenções de Renata Pinotti – nutricionista integrativa – e Eduardo Torgal – business master coach. A formação requer uma inscrição independente do bilhete do Congresso, tendo o custo de 45 euros, devendo ser feita através do email [email protected]

Susana Arranhado, coordenadora da Licenciatura em Ciências da Nutrição da Atlântica, avança que “esta será a primeira vez que a Atlântica recebe o Congresso Internacional de Nutrição Integrativa Funcional, acolhendo, no campus do instituto, profissionais desta área, com perfis tão distintos e interessantes”. A docente, que participará na sessão de abertura do evento em representação da Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, no dia 16, refere ainda que “é particularmente interessante promover momentos de troca de saber como este, que incentivam à investigação nestas áreas de conhecimento. A partilha entre a academia e os profissionais de setor que estes momentos proporcionam são fundamentais não só para oradores e participantes envolvidos no Congresso, como também para os nossos alunos e docentes da área de nutrição”. 

 
68% foram cidadãos com incapacidades adquiridas
Desde que entrou em funcionamento, em 1992, o CRPG - Centro de Reabilitação Profissional já acompanhou cerca de 30 mil pessoas,...

No âmbito da sessão dedicada ao tema “Reabilitação profissional de pessoas com incapacidades adquiridas em idade ativa”, realizada ontem no Centro Cultural de Belém, Mónica Salazar, Diretora do CRPG, lembrou que é necessário considerar a pessoa em todas as suas dimensões, garantindo que a recuperação abranja todas as fases da sua vida, nomeadamente o período da vida ativa e profissional.

Foi com esse objetivo que foram inauguradas duas novas delegações do CRPG em Coimbra e Lisboa, continuando a apoiar pessoas com incapacidades adquiridas, garantindo-lhes um acompanhamento mais próximo e especializado, em colaboração estreita com entidades locais e regionais.

“Através de uma abordagem integral e integrada, que alia os cuidados de saúde aos serviços de reabilitação profissional, pretendemos facilitar o retorno ao trabalho e promover a inclusão social e profissional”, realça.

Mónica Salazar defende que a reabilitação profissional no acesso ao trabalho faz todo o sentido. “Reabilitação na perspetiva dos direitos, que têm que ser acautelados. A igualdade e a inclusão. Todos têm direito ao regresso à vida e a um projeto”, considerando que os centros de emprego “têm um papel fundamental” para que a pessoas recebam o apoio necessário para a reabilitação profissional.

“A inclusão laboral é um dever social, mas também é um investimento na diversidade e no talento humano”, destaca.

Para Alberto Costa, Presidente do Conselho de Administração do CRPG, é importante dar visibilidade a um tema tantas vezes esquecido na nossa sociedade. Depois de uma doença ou acidente, a alta clínica é importante, mas a reabilitação não se esgota aí, sublinhando que “as pessoas necessitam de reaprender, readquirir competência e propósitos para a vida”.

Segundo Castro Caldas, Neurologista e Professor Catedrático Jubilado, as lesões no cérebro são difíceis de gerir, pois o mundo é o mesmo, mas é compreendido como diferente das memórias prévias. Quando aparecem as lesões, estas vão dar origem a alterações de várias áreas, nomeadamente ao nível dos sentidos.

Para que a reabilitação possa ter resultados efetivos, é necessária uma reabilitação contínua. Nesse sentido, considera que são necessárias estruturas de apoio multidisciplinares.

Uma das causas dessas lesões são os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), dos quais cerca de 20 mil pessoas sobrevivem anualmente.

Renato Nunes, Diretor do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital da Prelada e Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e Reabilitação, refere que uma grande parte dessas pessoas fica com sequelas, o que leva a que necessitem de tratamento e reabilitação.

“Tudo isto tem custos, mas podiam ser diminuídos se as pessoas tivessem acesso a uma cadeia de cuidados integrados, para uma reabilitação integral, abrangente e continuada. O regresso ao trabalho é fundamental. Este é um fator importante para o sucesso de reabilitação”, afirma.

Renato Nunes defende ainda que se poderia referenciar muitos mais doentes para os centros de reabilitação profissional, sendo que estes têm que ser acessíveis a todas as pessoas que deles precisem.

Domingos Lopes, Presidente do Conselho Diretivo do IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional, realçou a importância da reativação e reintegração profissional de pessoas que enfrentam desafios decorrentes de incapacidades adquiridas, reforçando a necessidade de um suporte para um retorno ao trabalho bem-sucedido e sustentável. Tal importância foi igualmente sublinhada por Paulo Margalho, Diretor do Serviço de Lesionados Medulares do Centro de Medicina de Reabilitação Rovisco Pais, e Luiz Godinho Lopes, Vogal da Direção da Associação Novamente.

A encerrar a sessão, Adriano Moreira, Secretário de Estado do Trabalho, realçou que o governo está a tomar medidas para assegurar que todos os trabalhadores, inclusive os que têm alguma incapacidade tenham as mesmas oportunidades profissionais.

 
No âmbito da iniciativa 'Med on Tour'
A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) promove, entre os dias 8 e 10 de novembro, e em parceria com a Câmara...

Esta iniciativa - Med on Tour -, que tem como objetivo promover estilos de vida saudáveis e alertar a população para a importância da tomada de decisões informadas em Saúde, arranca no dia 8 de novembro, pelas 9h00, nas escolas básicas e secundárias de Reguengos de Monsaraz.

Neste primeiro ponto de encontro, os estudantes vão promover ações de formação sobre Saúde (mental, sexual, reprodutiva e alimentar). Posteriormente, vão ser dinamizadas sessões sobre suporte básico de vida em escolas primárias, rastreios comunitários e sessões de sensibilização em locais de maior afluência populacional, incluindo os lares e centros de dia da região.

A ANEM prevê também dinamizar momentos dedicados aos mais pequenos, como o Hospital dos Bonequinhos, onde se procura desmistificar o medo da bata branca, convidando as crianças a levar os seus bonecos ao "médico", neste caso, os estudantes universitários, para poderem em trabalho de equipa entre os "médicos" e a criança curar os seus brinquedos.

Beatriz Morgado, diretora de Saúde Pública da ANEM, explica que os rastreios cardiovasculares e a avaliação de parâmetros como o peso, altura, IMC, perímetro abdominal, pressão arterial, glicemia capilar e hábitos como o do consumo de álcool e tabaco são cada vez mais importantes para a prevenção de doenças crónicas silenciosas, com elevada prevalência no país, como a Hipertensão, a Diabetes e a Obesidade. “Queremos contribuir para a tomada de decisões de saúde informadas por parte da população e para a promoção de um estilo de vida saudável. Antecipamos rastrear centenas de pessoas, de todas as idades, em Reguengos de Monsaraz e em Estremoz”, adiantou.

 
Saúde Capilar
A biotina é uma vitamina B essencial, vitamina B7, também conhecida como vitamina H.

Vários estudos demonstraram que a suplementação de biotina pode ajudar a estimular o crescimento do cabelo em pessoas com deficiência clínica de biotina ou que sofrem de alopecia.

Sabemos que a biotina promove o crescimento e a regeneração dos músculos, que também tem a ver com a síntese e oxidação das gorduras e que participa na formação da pele, das unhas e dos cabelos. Portanto, sua ação promove o fortalecimento dos cabelos e evita que fiquem fracos e quebradiços, ao mesmo tempo que melhora o estado dos folículos, que recebem o oxigênio e os nutrientes necessários. Além disso, a biotina incluída nos produtos capilares ajuda a regular a oleosidade e a caspa. Portanto, tudo parece indicar que é benéfico para a alopécia ou queda de cabelo.

Acelera o crescimento

Em pessoas com queda de cabelo temporária, estudos demonstraram que suplementos contendo biotina, melhoram significativamente o crescimento do cabelo após 90 dias. A biotina melhora a infraestrutura da queratina, proteína básica que compõe o cabelo, a pele e as unhas, podendo melhorar a saúde do cabelo, incluindo volume e cobertura do couro cabeludo.

A biotina, como vimos, também é conhecida como vitamina H ou B7. É uma vitamina solúvel em água que ajuda o corpo a metabolizar gorduras, carboidratos e proteínas. As vitaminas hidrossolúveis não são armazenadas no corpo, portanto sua ingestão diária é necessária. As células humanas não conseguem sintetizar vitamina B7. No entanto, as bactérias do corpo podem produzir biotina, e a vitamina está presente em muitos alimentos.

Os benefícios da Vitamina H (Biotina), além dos indicados, são:

  • Regula o metabolismo, usando gorduras, proteínas e carboidratos disponíveis para convertê-los na forma desejada de energia.
  • Protege o coração de possíveis problemas, estimulando o fluxo sanguíneo para este órgão.
  • Promove a função cerebral. O cérebro necessita de biotina para a formação da bainha de mielina, uma das substâncias gordurosas que o protege.
  • Reduz os níveis de açúcar no sangue, aumentando a produção de insulina.

Além disso, é benéfico para o sistema imunológico, auxilia na gravidez e na amamentação, alivia distúrbios alérgicos, repara tecidos e músculos e é até um aliado na perda de peso.

Contraindicações de biotina

Não existem contraindicações associadas ao uso da biotina, mas está comprovado que a ingestão de suplementos pode causar erros nos resultados de alguns exames laboratoriais.

A biotina é segura para a maioria das pessoas, desde que sejam seguidas as diretrizes de dosagem corretas. Se for aplicado na pele através de produtos cosméticos que o contenham, deve-se respeitar o percentual adequado: entre 0,0001% a 0,6%.

Se administrado por injeção, a dose recomendada também deve ser respeitada. Em qualquer caso, não devemos esquecer que tomar suplementos de biotina em excesso pode causar efeitos secundários nocivos. Alguns deles são: náuseas, dores de estômago e diarreia, acne, aborto espontâneo (gestantes devem evitar a ingestão de grandes quantidades de biotina) e alergias.

Alimentos com biotina

Entre os alimentos que fornecem biotina naturalmente em nossa dieta, destacam-se os peixes oleosos, que fornecem vitamina B7. Sardinha, atum ou salmão são ricos em biotina e também em ômega 3, outro nutriente essencial para os cabelos. Da mesma forma, as nozes são uma excelente fonte, assim como os ovos, laticínios e fígado bovino.

Existem suplementos de biotina em comprimidos, portanto, além de usar produtos para os cabelos, como champôs com biotina, podemos incluí-los na nossa alimentação diária.

O cabelo é muito sensível a qualquer deficiência nutricional. Se não nos alimentarmos adequadamente ou não sintetizarmos bem os nutrientes, é muito possível que vejamos isso refletido na saúde do nosso cabelo.

Embora a deficiência seja complicada por seguir uma dieta balanceada, a deficiência de biotina pode causar enfraquecimento ou perda de cabelo, sobrancelhas ou cílios como sintoma. Também é possível que soframos conjuntivites, episódios de dermatite seborreica ou percebamos sintomas neurológicos.

Colágeno ou biotina

O colágeno é uma proteína e um componente do tecido conjuntivo, enquanto a biotina é uma vitamina. Ambos desempenham um papel importante na saúde da pele e do cabelo, mas não está claro qual dos dois é objetivamente mais útil para melhorar a sua aparência.

Os champôs com biotina são uma boa forma de aplicar esse nutriente diretamente nos cabelos, embora exijam uso regular para ver os seus efeitos.

Além disso, podemos encontrar esta vitamina em tratamentos capilares de bioestimulação como mesoterapia capilar (MesoHair), entre outras vitaminas, proteínas e ingredientes como ácido hialuónico, diversos fatores de crescimento, antioxidantes, gotu kola, aminoácidos de queratina, extrato de ginkgo biloba e 5 inibidor da alfa-redutase, associado à alopecia androgénica.

A suplementação de biotina é muito importante para manter um cabelo saudável e resistente à queda. A forma mais eficaz de complementar o couro cabeludo e o cabelo é a aplicação direta de biotina no couro cabeludo na sua fórmula mais eficaz, a mesoterapia MesoHAir+, bem como com a utilização do nosso champô NutriPlus.

Lembre-se que as melhores vitaminas e minerais para o cabelo são a vitamina A, todas as vitaminas do grupo B, E e D e o ferro. O ideal é manter uma alimentação saudável e equilibrada.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Parceria entre o Zoomarine e a Unidade Local de Saúde do Algarve dirigida a crianças com doença
Nos dias 5 e 12 de outubro, o Zoomarine voltou a acolher dois grupos de crianças com idades compreendidas entre os 4 e os 13...

Este projeto, idealizado em 2019 em parceria com a Unidade Local de Saúde do Algarve (ULS – Algarve) e com a Associação dos Amigos de Pediatria, iria iniciar quando se instalou a pandemia. O projeto materializou-se então no ano passado, e face ao seu sucesso, irá certamente continuar a repetir-se anualmente.

Este projeto valoriza as crianças que sofrem de doença e como tal, são sujeitas a tratamentos muitas vezes invasivos e dolorosos, reconhecendo e premiando-as pela sua enorme coragem.

Acompanhadas por profissionais de saúde dos Hospitais da ULS e pelos seus pais, as crianças que frequentam os tratamentos em hospital de dia, têm a oportunidade de assistir a alguns procedimentos médico-veterinários dos golfinhos, como por exemplo, a uma colheita de sangue para análises, tal como as crianças o fazem no hospital.

Com o apoio das equipas veterinária, de educadores e de técnicos de bem-estar animal do Zoomarine, as crianças testemunham o trabalho de treino comportamental positivo, que permite que os golfinhos participem de forma voluntária e tranquila nos procedimentos clínicos e de bem-estar, criando uma ligação positiva aos procedimentos, servindo como exemplo de identificação para estas crianças.

O medo, a reação à dor e a dificuldade em confiar nos profissionais de saúde durante os procedimentos, dissipam-se quando as crianças se remetem a este momento em que observaram a tranquilidade com que estes animais realizam esses procedimentos.

A escolha dos participantes teve ainda em atenção a seleção de crianças de famílias com carência económica, que dificilmente teriam a oportunidade de visitar o Zoomarine.

Independentemente dos problemas de saúde que enfrentam, é um dia de lazer em que podem verdadeiramente ser crianças, onde além de observarem os cuidados de saúde dos animais, têm a oportunidade de assistir a apresentações zoológicas e participar em atividades sensoriais e pedagógicas.

O programa incluiu ainda atividades e uma sessão para pais, dinamizada pela Psicóloga da Pediatria do Hospital de Faro, promovendo a partilha de experiências, fomentando a solidariedade e potenciando as interações entre as crianças e seus cuidadores (pais e profissionais de saúde), gerando um maior sentimento de pertença e confiança destas famílias.

De forma complementar, a iniciativa culmina com o “Dia da Celebração”, que vai acontecer a 26 de outubro, com a disponibilização de uma visita livre ao Zoomarine, desta vez para toda a família dos participantes e para o pessoal técnico da ULS do Algarve envolvido no projeto.

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