2º episódio do Podcast Saúde que Conta
“Nós não devemos segmentar o acesso ao conhecimento. A literacia em saúde está muito associada ao investimento estratégico que...

Uma das principais ideias em destaque nesta conversa foi a importância de investir desde cedo na educação, como forma de conseguir melhores resultados em saúde a longo prazo. “A grande batalha de um país que se quer modernizar é a batalha da educação coletiva. Temos de apostar em mediadores, como as farmácias comunitárias, que podem desempenhar um papel essencial na orientação das pessoas”, reforça.

No mais recente episódio do podcast Saúde que Conta, o Lado B da Literacia, intitulado "Saúde é para Todos", estiveram também presentes, Andrea Lima, fundadora e diretora executiva do Fórum Saúde XXI, e Pedro Lavinha, gestor na área da saúde na ULS Lisboa Ocidental e ex-diretor da Qualidade e Vogal do Conselho Diretivo no INEM, com a moderação de Ana Rita Pedro, especialista em literacia em saúde da ENSP NOVA.

Neste episódio é abordada a ligação entre literacia em saúde e a capacidade dos indivíduos para navegar e utilizar os serviços de saúde de forma eficiente. Os principais desafios e oportunidades na capacitação da população, como será possível otimizar recursos, reduzir custos desnecessários, enquanto se garante que todas as pessoas recebem os cuidados necessários.

“Temos uma burocracia histórica, um modo de funcionamento que perdeu o seu tempo, que entendeu que a sociedade tinha de ser gerida do ponto de vista da saúde a régua e esquadro. Libertar a sociedade, significa que, mesmo que tenhamos pouca instrução, não devemos ser tratados de uma forma paternalista. As pessoas têm direito a ter liberdade e a serem encaminhadas.” “Há também que trabalhar muito na literacia dos technical advisers, dos supostos pensadores ou influenciadores de política”, adianta Adalberto Campos Fernandes.

“Vamos querer com a literacia trabalhar o lado brilhante da lua, ou vamos estar permanentemente a acompanhar aqueles que estão no lado escuro da lua?” questiona Adalberto Campos Fernandes.

Nesta conversa, Andrea Lima alertou ainda para a falta de informação clara e acessível ao cidadão comum, que muitas vezes resulta em más decisões de saúde: “Há uma grande dificuldade em saber onde se dirigir para um problema de saúde simples, e isto leva muitas pessoas a recorrerem às urgências sem necessidade”.

“O Serviço Nacional de Saúde é um sistema que é complexo, com várias entradas o que obriga a que a população tenha de ter múltiplos conhecimentos de como pode aceder a essas várias entradas. É fundamental formar as pessoas com esta pedagogia, que vai permitir uma melhor utilização e uma melhor rentabilização dos recursos que são escassos”, esclarece Pedro Lavinha. Estes são alguns dos momentos desta conversa. Convidamos a ouvir o episódio na íntegra aqui (https://open.spotify.com/show/1kl3ed8maEGoSnLZ9HBzOZ).

O podcast surge integrado no projeto “Saúde que Conta”, uma iniciativa da ENSP NOVA com o apoio da Lilly Portugal, que, desde 2011, aborda temas com impacto na comunidade, nos custos em saúde e na economia, contribuindo para uma maior informação, acompanhamento, apoio e literacia em saúde.

Projeto Talk-Show: Stem Cells Rock!
Chama-se Talk-Show: Stem Cells Rock! e pretende mostrar ao público como se faz investigação na área das células estaminais e a...

A iniciativa vai contar com entrevistas, momentos de sátira, sketches teatrais e música, juntando em palco cientistas, artistas e comunicadores de ciência.  O espetáculo sobe ao palco do Conservatório de Música de Coimbra na próxima quarta-feira, dia 9 de outubro, às 18 horas. O evento é gratuito, mas sujeito a inscrição prévia em https://forms.gle/qjLgA1zNS58fPdW87.

Vai contar com a participação especial do investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC), docente de Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e Vice-Reitor da Universidade de Coimbra para a Investigação, João Ramalho-Santos.

Antes desta sessão aberta a todo o público, a equipa do projeto Talk-Show: Stem Cells Rock! vai apresentar o espetáculo no mesmo dia (9 de outubro) na Escola Básica e Secundária Quinta das Flores (a ter lugar também no Auditório do Conservatório de Música de Coimbra) a uma plateia de estudantes do ensino secundário. Esta sessão vai contar com a participação especial do investigador do CNC-UC e investigador coordenador da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Lino Ferreira. As duas sessões têm como objetivo entender o impacto do formato talk-show para comunicar ciência e envolver adolescentes na área.

Sobre a escolha da temática das células estaminais para este espetáculo, o investigador do CNC-UC e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CiBB), Ricardo Neves, sublinha que “a perceção do público em geral é que as células estaminais são aquelas que se recolhem e preservam quando um bebé nasce, algo que fica muito aquém da realidade”. “As células estaminais são muito mais do que isso: todos os nossos órgãos possuem células estaminais que permitem que o nosso corpo se renove e funcione diariamente da melhor forma. Quando há falhas neste processo, de renovação a partir de células estaminais, o corpo humano entra num processo de doença”, acrescenta o coordenador da iniciativa.

De forma a tornar este momento de partilha com o público mais acessível e divertido, o investigador revela que a escolha do talk-show – um estilo de programa que, em linhas gerais, é conduzido por um apresentador, que vai interagindo com diversos convidados – “permite criar diferentes momentos – como espaços de entrevista, sátiras aos momentos de marketing de produtos, sketches, momentos jocosos e dramáticos e música – que podem ajudar a explicar assuntos complexos de forma simples, combatendo alguma pseudociência”.

“Acreditamos que as várias personagens e momentos de interação – entrevistas, momentos teatrais e música ao vivo, com a participação de uma banda – que criámos para este espetáculo vão ajudar a perceber o vasto universo de investigação em células estaminais, e a sua importância, abordando diferentes sistemas e órgãos do corpo humano”, afirma Ricardo Neves. “Além disso, procuramos também abordar assuntos como o nascimento, o desenvolvimento, a saúde e a morte, de uma forma leve e dinâmica, que prenda a atenção do espectador e que, ao mesmo tempo, o consciencialize para a importância de ter uma vida saudável”, acrescenta.

O projeto Talk-Show: Stem Cells Rock! foi um dos vencedores da 4.ª edição da iniciativa “Promoção da Cultura Científica”, promovida pela Universidade de Coimbra, através do seu Instituto de Investigação Interdisciplinar, para apoiar atividades de comunicação de ciência de cariz científico interdisciplinar e cultural que divulguem o conhecimento gerado na UC junto de públicos diversos.

É um projeto fruto de uma parceria do CNC-UC / CiBB com a Casa da Música, a Fábrica – Centro Ciência Viva de Aveiro e a Universidade de Aveiro. Conta ainda com o apoio da Sociedade Portuguesa de Células Estaminais e Terapia Celular.

De 7 a 11 de outubro
A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa (NOVA FCSH), em colaboração com a NOVA Medical School ...

O arranque das atividades será marcado por uma mesa-redonda dedicada à Saúde Mental no Ensino Superior, onde especialistas como Olga Cunha, Psicóloga na NOVA FCSH e Presidente da Rede de Serviços de Apoio Psicológico no Ensino Superior (RESAPES), e Joaquim Gago, docente na NMS, psiquiatra e membro da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental, irão debater desafios e soluções para este tema emergente.

Como parte da programação, a NOVA FCSH acolhe também o 1.º Encontro Nacional da Federação Portuguesa de Psicoterapia (FEPSI), que terá lugar no último dia da semana e abordará o tema “Identidade e Idoneidade da Psicoterapia na Saúde Mental”. Este encontro insere-se no Programa para a Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior, refletindo o compromisso da Faculdade com o bem-estar da comunidade académica.

Além das conferências e mesas-redondas, a Semana da Saúde Mental inclui uma diversidade de workshops práticos que exploram tópicos como a higiene do sono, alimentação equilibrada, musicoterapia e escrita criativa. Serão ainda promovidas sessões de empregabilidade e atividades desportivas nos espaços da NOVA Medical School, incentivando uma abordagem completa à saúde mental.

A Semana da Saúde Mental decorre no âmbito do Dia Internacional da Saúde Mental, que se assinala a 10 de outubro, e reforça o papel fundamental das instituições de ensino na promoção de uma cultura de bem-estar e saúde mental.

A Saúde Mental ocupa um lugar central na agenda da NOVA FCSH, com iniciativas contínuas ao longo do ano. A faculdade conta com o Serviço de Psicologia, Inclusão e Igualdade – PsII+, que, além de prestar diferentes modalidades de apoio de forma gratuita, organiza semestralmente programas específicos de atividades orientados para os diversos ciclos de estudos, promovendo o desenvolvimento integral da sua comunidade académica.

 
10 e 11 de outubro
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) lança a primeira edição da Integrar +, uma reunião que resulta da...

O encontro “AVC 360º - Integrar e Aplicar\2, dedicado à abordagem do AVC segundo o prisma dos Cuidados de Saúde Primários, junta-se à já habitual Reunião Nacional das Unidades de AVC, tradicionalmente focada na fase aguda do AVC, para criar um espaço de partilha de conhecimento e experiências que visam otimizar os cuidados prestados aos doentes. O objetivo principal da reunião Integrar + é espelhar o contínuo de cuidados para com os doentes, envolvendo especialistas de diversas áreas que contactem com a doença vascular cerebral. 

A iniciativa  pretende reforçar a partilha de experiências e aproximar os profissionais que, em diferentes fases de abordagem da doença, têm estes doentes a seu cargo.

O nome Integrar + reflete a intenção de unir profissionais e criar uma rede de cuidados sólida, garantindo uma continuidade de cuidados desde o hospital até ao ambulatório. "Queremos contribuir para uma maior diferenciação dos profissionais ligados ao tratamento do AVC, mas sobretudo para uma atividade mais integrada entre os diferentes elos desta cadeia de cuidados", reforça o neurologista.

O programa do evento foi cuidadosamente estruturado para abordar todos os aspetos da doença vascular cerebral, desde os cuidados de saúde primários à abordagem hospitalar, sem esquecer a reabilitação e a reintegração social do doente, bem como a discussão de políticas de saúde a implementar para reforçar o desenvolvimento de um modelo integrado de cuidados. 

Entre as sessões essenciais para reforçar a necessidade de definição estratégica, de abordagem e de estruturação de cuidados, o Dr. Alexandre Amaral e Silva destaca a “Sessão Interativa 1: Prevenção Primária do AVC” e a “Sessão Interativa 3: Abordagem Integradora de Cuidados”. Na primeira, serão discutidos os pilares essenciais para uma política nacional de prevenção do AVC, explorando estratégias de stroke awareness e o valor acrescentado que as novas tecnologias podem representar enquanto ferramentas deste plano. Na segunda, serão abordados alguns temas concretos da articulação entre os cuidados de saúde primários e hospitalares, procurando dar resposta às necessidades de garantir uma transição segura e eficaz do hospital para os cuidados em ambulatório, concretizando a ambição de um modelo verdadeiramente integrado de cuidados.

Um dos pilares fundamentais do Integrar + será o modelo de aprendizagem interativo, assente na multidisciplinaridade e discussão prática dos temas. As mesas redondas e discussões serão baseadas em exemplos práticos e casos clínicos demonstrativos, promovendo uma participação ativa da audiência através de televoto e debates alargados no final de cada sessão. O evento contará ainda com a reedição da tradicional sessão “Perguntas Fáceis, Respostas Difíceis”, onde especialistas de várias áreas responderão a questões da audiência, proporcionando um espaço para a partilha de experiências da vida clínica diária. "O nosso objetivo é garantir que todos aprendam com todos e que as experiências práticas e as dúvidas de cada profissional sejam partilhadas de forma aberta e colaborativa", acrescentou o Dr. Alexandre Amaral e Silva. Por fim, estão programadas duas sessões de discussão prática de casos clínicos voltados especificamente para a fase aguda do AVC.

O evento é aberto a todos os profissionais interessados no cuidado ao doente com doença vascular cerebral, de todas as especialidades e áreas de intervenção. Todas as mesas de discussão irão contar com especialistas das áreas da Neurologia, Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna, Neurorradiologia de Intervenção, Medicina Física e de Reabilitação e Cardiologia. Enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de diagnóstico e terapêutica, entre outros, terão também lugar de destaque nas discussões, assegurando uma abordagem verdadeiramente multidisciplinar e integrada.

Todas as informações sobre a reunião, bem como o formulário de inscrições online encontram-se disponíveis em:https://spavc.org/congressos-reunioes/reuniao-integrar/

 
Evento no âmbito dos 30 anos da Fundação BIAL
“Sobre a Fisiologia da Mente 2024” é o título da conferência preparada pelos neurocientistas António Damásio e Hanna Damásio e...

Estarão presentes no evento o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, que encerra a sessão, o Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, e o presidente da Fundação BIAL, Luís Portela.

António Damásio é Professor da cátedra David Dornsife de Neurociência, Psicologia e Filosofia, e Diretor do Brain and Creativity Institute, na University of Southern California, em Los Angeles (EUA). Neurologista e neurocientista, tem dado contributos fundamentais para a compreensão dos processos cerebrais subjacentes ao afeto, à tomada de decisões e à consciência. O seu trabalho teve grande impacto nas neurociências, psicologia e filosofia. Autor de várias centenas de artigos científicos, é considerado um dos mais eminentes neurocientistas da era moderna.

Hanna Damásio é Professora da cátedra Dana Dornsife de Neurociência e Diretora do Dana and David Dornsife Cognitive Neuroscience Imaging Center, na University of Southern California.  Utilizando a tomografia computorizada e a ressonância magnética, desenvolveu métodos de investigação da estrutura do cérebro humano e estudou funções como a linguagem, a memória e a emoção, utilizando tanto o método de estudo de lesões cerebrais como a neuroimagem funcional. Os seus contributos para a compreensão das bases neurais dos processos linguísticos são especialmente notáveis.

 
No âmbito do "Outubro Rosa"
A Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Sul (LPCC-NRS) vai dinamizar um conjunto de caminhadas em 30 localidades...

A acontecer em Abrantes, Alcácer do Sal, Almeirim, Almodôvar, Alpiarça, Beja, Borba, Caldas da Rainha, Cartaxo, Cascais, Castro Verde, Elvas, Évora, Golegã, Lisboa, Lourinhã, Marinhais, Mértola, Moura, Oeiras, Peniche, Portalegre, Portimão, Quinta do Conde, Reguengos de Monsaraz, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santarém, Seixal, Setúbal, Torres Novas e Torres Vedras, a iniciativa da LPCC – NRS espera angariar 1500 participantes, cujos donativos vão contribuir para realizar ações de sensibilização e apoio aos doentes oncológicos e família.

Por sua vez, o primeiro torneio de ténis organizado pelo Grupo de Apoio de Lisboa e o Pink Padel Open’, cuja terceira edição vai ter lugar, no dia 19 de outubro, no Oeiras Padel Academia, vão também permitir à LPCC-NRS dar continuidade à sua campanha de prevenção do cancro da mama, no âmbito das ações ‘Outubro Rosa’ previstas.

Os dados mais recentes sobre o cancro da mama, publicados pelo Global Cancer Observatory da Organização Mundial de Saúde e referentes a 2022, em Portugal, estimam  que cerca de 9.000 mulheres tenham sido diagnosticadas com cancro da mama e mais de 2.000 tenham morrido com esta doença. 

O movimento conhecido por ‘Outubro Rosa’- Pink October - nasceu nos Estados Unidos da América com o objetivo de mobilizar a sociedade para a luta contra o cancro da mama. Desde então, por todo o mundo, a cor rosa é utilizada para homenagear as mulheres com cancro da mama, sensibilizar para a prevenção e diagnóstico precoce e apoiar a investigação nesta área.

Iniciativa permite alertar para a importância do diagnóstico precoce
A Auchan Retail Portugal junta-se à luta contra o cancro da mama pelo terceiro ano consecutivo. A campanha solidária ‘Pink...

Durante todo o mês de outubro, por cada peça de roupa interior e de senhora, identificadas com a etiqueta alusiva à campanha, e por cada sutiã da marca DIM vendidos, 1€ reverte para a Associação Mama Help.

“Na Auchan, acreditamos que é fundamental apoiar causas tão importantes como esta. A luta contra o cancro da mama é de todos, por isso, queremos contribuir ativamente para sensibilizar a sociedade para a importância do diagnóstico precoce, assim como apoiar quem está a travar esta luta”, afirma Ana Rita Cruz, Diretora de Responsabilidade Social e Ambiental da Auchan Retail Portugal.

“É primordial estar-se bem informado. Mas esta informação, mesmo estando disponível de forma livre, nem sempre é fácil de interpretar. É importante que exista uma orientação, sem a qual o problema pode ser agravado, ao invés de mitigado. A Associação Mama Help surge, precisamente, como um centro de recursos diversos, aberto a toda a gente”, afirma Manuela Gonçalves, Diretora Administrativa da Associação Mama Help.

Esta é a 3ª edição da ‘Pink October’, que já permitiu angariar 4.500€ para a Associação Mama Help.

Através da iniciativa de responsabilidade social "Bosque dos Corações".
A Servier Portugal, grupo farmacêutico de origem francesa, acaba de lançar o projeto "Bosque dos Corações". Esta...

"O Bosque dos Corações é mais do que um projeto ambiental – é um investimento no futuro da saúde pública. Sabemos que a qualidade do ar que respiramos está diretamente ligada à saúde cardiovascular. Ao reflorestar áreas devastadas pelos incêndios, estamos não só a restaurar o equilíbrio ecológico, como também a promover um ambiente mais saudável para as gerações atuais e futuras", afirma Carlos Courelas, Diretor de Recursos Humanos da Servier Portugal.  

Os incêndios que têm assolado o território português nos últimos anos e mais recentemente, não só impactam gravemente o ambiente, como também têm consequências diretas na saúde pública. A degradação do meio ambiente, a perda de florestas e o aumento da poluição atmosférica estão ligados ao agravamento de doenças respiratórias e cardiovasculares. As florestas desempenham um papel fundamental na purificação do ar, regulando os níveis de dióxido de carbono (CO2) e oxigénio (O2), ajudando assim a mitigar os efeitos das alterações climáticas. 

Um pinheiro-bravo maduro pode absorver entre 50 e 200 kg de CO2 por ano, dependendo do seu tamanho e saúde. Com este projeto, a Servier prevê que a plantação poderá absorver cerca de nove toneladas de CO2 por ano, contribuindo diretamente para a redução da pegada carbónica. Além disso, as árvores desempenham um papel essencial na libertação de oxigénio, com cada pinheiro a produzir aproximadamente 40 a 70 kg de O2 por ano, resultando numa libertação anual de 3,2 toneladas de O2 nesta área reflorestada. 

A empresa “Normas Verdes”, especializada em reflorestação sustentável, será responsável pela preparação do terreno e pela plantação dos pinheiros-bravos, contando com a supervisão do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF). As atividades de plantação estão programadas para começar ainda este ano, com o objetivo de restaurar gradualmente a biodiversidade da região e melhorar a qualidade do ar local. 

Este projeto reflete a visão da Servier de integrar iniciativas de sustentabilidade nas suas ações, consciente de que, ao cuidar do ambiente, está a cuidar das futuras gerações. A empresa reafirma, assim, o seu compromisso com a redução da pegada carbónica e a proteção do meio ambiente, ao mesmo tempo que trabalha para melhorar a saúde cardiovascular dos portugueses. 

Entrevista | Dra. Margarida Martinho, Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia
Frequentemente assintomáticos, os miomas são um tipo de tumor benigno que atinge, sobretudo, mulhere

Estima-se que entre 20% a 40% das mulheres em idade reprodutiva possam vir a desenvolver miomas uterinos, e essa prevalência pode chegar a 70%-80% aos 50 anos. Para abordar este tema começo por lhe perguntar em que consistem os miomas?

Os leiomiomas uterinos (também chamados miomas e fibromiomas) são os tumores pélvicos mais comuns e consistem num tumor mesenquimatoso benigno e monoclonal, que resulta de um crescimento e proliferação localizada das células musculares lisas do musculo uterino, o miométrio, rodeadas por uma pseudocápsula de fibras musculares normais comprimidas

Quais os principais sintomas ou sinais de alerta, e a partir de que idade podem surgir? Quais as faixas etárias mais atingidas?

Os miomas uterinos habitualmente não se associam a sintomas, mas em 30-40% dos casos podem manifestar-se por sintomas que dependem da sua localização e dimensões e são as mulheres em idade reprodutiva as mais afetadas. Os sintomas mais graves são as hemorragias uterinas anormais que se traduzem por uma menstruação mais intensa em quantidade e duração dor pélvica que pode ser intensa, um aumento do volume abdominal e sintomas de compressão dos outros órgãos vizinhos do útero como a bexiga e as mulheres referem que tem de ir frequentemente urinar e sentem um peso pélvico incomodativo. As hemorragias uterinas quando persistentes e prolongadas no tempo condicionam o aparecimento de anemia por deficit de ferro.

Quais as suas causas ou quais os fatores que lhe parecem estar associados? Existem mulheres mais predispostas que outras para ter miomas uterinos?

Na sua origem estão envolvidos fatores genéticos, hormonais e de crescimento. Estudos mostram que em cerca de 40% dos miomas apresentam anomalias nos cromossomas das suas células (translocações, deleções e trissomias) e sugerem que cada mioma surge de uma única célula de músculo liso. Também foi demostrado que as hormonas femininas como os estrogénios e a progesterona assim como outras substâncias produzidas pelas células musculares lisas e outras células do miométrio e designadas como fatores de crescimento promovem o crescimento dos miomas.

Os fatores de risco mais associados ao desenvolvimento de miomas uterinos são a idade a menarca precoce, a menopausa tardia, história de miomas em familiares de 1º grau, etnia afro-americana, obesidade, hipertensão arterial, dieta (carnes vermelhas, álcool, cafeína) e a nuliparidade.

Como é feito o seu diagnóstico?

O diagnóstico do mioma assenta inicialmente na valorização dos sintomas apresentados e pode suspeitar-se logo no exame ginecológico ao detetar-se um útero volumoso e nodular, mas é pela ecografia ginecológica que a maioria dos miomas são diagnosticados. Muito mais raramente, e nas situações de dúvida, pode ser necessário recorrer a uma ressonância magnética pélvica.

Que opções terapêuticas estão disponíveis para seu tratamento? O que pode condicionar a escolha do tratamento?

O tratamento deve ser definido em função da situação clínica da paciente e considerando a sua idade, mas sobretudo o seu desejo reprodutivo e em manter o seu útero. Recentemente os tratamentos médicos como os estroprogestativos ou progestativos isolados, mas sobretudo os Análogos da GnRH, os Moduladores Seletivos dos Recetores da Progesterona (Selective Progesterone Receptors Modulators ou SPERMs) e mais recentemente os antagonistas da GnRH pela eficácia no controle das hemorragias uterinas, mas também pelo potencial efeito na diminuição dos miomas têm assumido um papel importante podendo mesmo evitar o recurso á cirurgia ou melhorando as condições pré-operatórias da paciente. Os antagonistas da GnRH apresentam a vantagem de serem administrados por via oral, em tratamentos prolongados e por obviar a alguns dos efeitos secundários associados a outros similares como os análogos GnRH. O recurso ao tratamento cirúrgico excisionais (ou seja com remoção cirúrgica de tecido uterino, miomectomia ou histerectomia) ou não excisionais (com a destruição dos miomas por embolização ou energias) são ainda assim uma opção nas situações em que o tratamento médico não resulta ou a situação clínica o indica numa decisão que deve ser sempre individualizada e partilhada com a mulher após um aconselhamento adequado. Os tratamentos cirúrgicos podem ser preservadores da fertilidade como a miomectomia ou mais radicais quando se opta pela histerectomia total. Seja qual for a opção cirúrgica devem ser privilegiadas as técnicas minimamente invasivas como a abordagem laparoscópica ou histeroscópica.

Quais os riscos ou complicações para a saúde, caso não os sejam devidamente tratados?

As principais complicações de miomas volumosos não tratados são no caso de se associarem a menstruações muito abundantes, uma anemia grave com necessidade de tratamentos com ferro endovenoso ou transfusões ou, se pelo seu volume condicionarem compressão de órgãos pélvicos nomeadamente a bexiga e ureteres, situações de retenção urinária ou dor pélvica grave.

E, neste sentido, qual o seu impacto sobre saúde sexual e a fertilidade da mulher?

Os miomas sintomáticos podem interferir de forma significativa na forma como a mulher vive a sua sexualidade.

A sua vida sexual passa a ser frequentemente desconfortável, dolorosa e limitada pelo número de dias em que a hemorragia vaginal é intensa. Esta situação pode levar muitas mulheres a evitar ter relações sexuais, com o consequente impacto negativo na sua autoestima, líbido e satisfação sexual e eventualmente nos seus relacionamentos.

Além dos efeitos diretos na sexualidade feminina na vida sexual, os miomas uterinos podem também perturbar o ciclo reprodutivo e ter implicações na fertilidade, podendo associar-se a dificuldades em conseguir uma gravidez e aumentando o risco de aborto espontâneo e de parto prematuro.

Quais os principais mitos que existem quanto a este tema?

As principais crenças e receios ligados aos miomas são:

  • “Que os miomas uterinos sempre causam sintomas” e como vimos anteriormente apenas 30-40% causam sintomas
  • “Que todas as mulheres com miomas uterinos precisam de retirar o útero” e, no entanto, cada vez mais há tratamentos médicos ou conservadores que permitem tratar os miomas e seus sintomas conservando o útero não só porque a mulher ainda pretende ter filhos, mas também porque pretende uma solução menos radical
  • "Que os miomas em crescimento podem tornar-se tumores malignos” mas em mulheres em idade reprodutiva e com função hormonal os miomas podem crescer sem que isso signifique maior risco de malignidade mas apenas que respondem ao estimulo hormonal. Por outro lado, cada vez mais os estudos demostram que em mulheres pré-menopáusicas o risco de malignidade é muito baixo. A idade é o principal fator de risco de malignidade associada aos miomas.
  • “Que miomas só afetam mulheres mais velhas” e apesar de a sua frequência aumentar com a idade miomas sintomáticos podem surgir em mulheres mais jovens. Daí a importância de valorizar o aparecimento de sintomas associados aos miomas.
  • “Que quem tem miomas não poderá engravidar”, no entanto a relação entre miomas e infertilidade não é consistente e depende sobretudo da localização dos miomas e das suas dimensões. São sobretudo os miomas submucosos, que afetam a cavidade do útero e os miomas intra-murais de dimensões superiores a 4-5 cm que se associam de forma mais consistente com infertilidade.

Uma vez que pouco se fala sobre este tema e o seu impacto na qualidade de vida, que mensagens gostaria de deixar?

Em relação aos miomas é fundamental tranquilizar as mulheres que que sofrem de miomas pois para além de a maioria ser assintomática por outro lado há cada vez mais opções terapêuticas conservadoras e que permitem não só controlar os sintomas, mas muitas vezes optar por soluções cirúrgicas menos radicais ou invasivas. Por outro lado, importa enfatizar que as mulheres devem valorizar os sintomas precocemente sobretudo o aparecimento de hemorragias vaginais anormais, dores pélvicas intensas ou de um aumento do volume abdominal gradual e persistente ou mesmo uma associação destes sintomas. Neste contexto devem procurar uma avaliação médica cedo e não esperar pelo agravamento das queixas para procurar essa ajuda.

Acontece com alguma frequência que as mulheres demorem a relacionar alguns sintomas como o cansaço fácil devido à anemia atribuível às perdas menstruais, assim como o aumento de volume abdominal, com uma patologia ginecológica nomeadamente com miomas.

Estima-se que os miomas possam afetar cerca de 80 000 mulheres em Portugal. A maior prevalência ocorre durante a quinta década de vida de uma mulher (pode chegar a 80%), quando podem estar presentes em uma em cada quatro mulheres brancas e uma em cada duas mulheres afro-americanas. Apesar de menos frequentes nas mulheres em idade reprodutiva podem mesmo assim ter prevalência clinicamente significativa em 20% a 40% em mulheres entre 35 e 55 anos.

 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Heliporto garante o acesso rápido em situações de emergência médica de toda a região Norte
Com a autorização emitida pela ANAC, que obrigou ao cumprimento de requisitos de segurança exigentes, o Heliporto São João...

O acesso rápido e eficiente a cuidados altamente diferenciados é crucial na resposta a casos de trauma grave, sépsis, neurocríticos, entre outras situações. Nestes casos, seja em idade adulta ou pediátrica, os serviços de Urgência e Medicina Intensiva do São João são referência para a zona Norte do país, pelo que é necessário reduzir os tempos de transporte e diminuir os riscos associados à transferência de doentes. Além disso, o São João está integrado no plano de Proteção Civil regional e nacional, como componente central de resposta médica em casos de catástrofes naturais, acidentes de elevada dimensão, entre outros.

Construído de raiz em plataforma elevada, a infraestrutura possui ligação direta ao Serviço de Urgência e destina-se à operação de helicópteros de emergência médica, disponível 24 horas por dia, 365 dias/ano. 

“Enquanto referência para a prestação de cuidados altamente diferenciados, com responsabilidades nas Vias Verde AVC, Doença Coronária, Trauma e Sépsis, devemos garantir a rapidez e eficiência da resposta em situações de doença ou trauma grave. Assim, o acesso em emergência médica, que é melhorado pela construção do Heliporto, assume-se fundamental para a resposta do São João em circunstâncias nas quais o transporte por via aérea é absolutamente crítico.”, explica Maria João Baptista, Presidente do Conselho de Administração.

“Em Portugal, existem várias condições a ser respeitadas para garantir a segurança de doentes, das equipas e de todas as pessoas que possam circular próximo ao heliporto. Só quando estão asseguradas essas condições os heliportos de emergência médica podem ser licenciados pela ANAC. Este contexto conduziu à necessidade de intervencionarmos a área circundante do heliporto, bem como à necessidade de formação das equipas de suporte envolvidas, no caso, do Regimento de Sapadores Bombeiros do Porto. Ou seja, foi um processo complexo, que exigiu a articulação de vários parceiros, mas estamos muito agradecidos pelo empenho de todos, o que nos permitiu hoje ter esta resposta em emergência médica para todo o Norte do país.”, conclui a responsável.

O projeto de construção do Heliporto São João representa um investimento superior a 1 milhão e meio de euros e é cofinanciado pela União Europeia, através do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional, com o apoio da CCDR-Norte. 

 
Evento decorre no Unisana Hospitais - Hospital do Oeste Soerad
A propósito do Dia Mundial da Saúde Mental, comemorado a 10 de outubro, a Unisana Hospitais realiza uma conferência dedicada ao...

O evento, destinado a profissionais de saúde, vem realçar a importância de assegurar a saúde mental no ambiente laboral, abordando questões como a gestão de riscos psicossociais, o impacto do burnout e o papel das intervenções psicológicas e de enfermagem na promoção do bem-estar no local de trabalho.

Para Liliana Ferreira, médica psiquiatra e coordenadora da Unidade de ambulatório e internamento em Saúde Mental do Unisana Hospital do Oeste Soerad, “esta conferência pretende ajudar os profissionais de saúde a identificar um problema de saúde mental cada vez mais prevalente na sociedade e contribuir para a promoção do bem-estar no local de trabalho. Além do impacto psicológico e emocional, o burnout tem enorme impacto na saúde física, pelo que é fundamental a cooperação entre os médicos que acompanham os doentes no seu dia a dia e uma equipa multidisciplinar especializada em saúde mental e psiquiatria (psiquiatria, psicologia, neurologia, enfermagem dedicada), como aquela que encontramos no Unisana Hospital do Oeste. Deste modo, implementamos uma abordagem específica e individualizada que protege e melhora a saúde mental, ao mesmo tempo que apoia pessoas que passam pelo sofrimento destas patologias”.

O evento abrirá às17h30 com uma sessão sobre “Promoção do bem-estar no local de trabalho com foco na saúde mental”, com as intervenções de Liliana Ferreira, com o tema Saúde Mental no Local de Trabalho: Uma Prioridade!, da psicóloga Viviana Bailão Silva, que falará sobre Intervenções Psicológicas no Burnout, e ainda das enfermeiras Sara Correia e Rita Neto, que vão abordar o tema Priorizar a Saúde Mental no Trabalho: Abordagem de Enfermagem.

A segunda sessão acontecerá às 19h00, com o tema “Porque devem as organizações hospitalares promover a saúde mental no local de trabalho?” e conta com as participações de Afonso Gouveia, médico interno de psiquiatra, professor na NOVA Medical School e co-coordenador do livro "Saúde e Doença Mental no Local de Trabalho", que falará sobre Saúde Mental e Ocupacional: Psiquiatria do Trabalho e a Necessidade de Multidisciplinaridade, e de Sónia Pinote Bernardes, psicóloga especialista em psicologia clínica e da saúde ocupacional nas ULS São José, que fará uma intervenção intitulada Por debaixo do Iceberg – Avaliar e Intervir nos Riscos Psicossociais.

Unidade de saúde mental em Torres Vedras

O grupo Unisana Hospitais criou em maio de 2024 uma unidade diferenciada e dedicada à Saúde Mental e Psiquiatria, localizada no Unisana Hospitais - Hospital do Oeste Soerad, em Torres Vedras, a nova unidade beneficia de uma equipa clínica multidisciplinar de cerca de 20 médicos e profissionais de saúde, sendo uma das primeiras unidades funcionais privadas de internamento em saúde mental em Portugal.

Esta unidade funcional de Saúde Mental e Psiquiatria da Unisana Hospitais – Hospital do Oeste Soerad responde a casos de depressão, ansiedade, adições, alcoolismo e burnout, entre outras situações de saúde mental e psiquiatria. Para tal, conta com infraestruturas específicas, como consultórios, salas de terapia ocupacional e espaços de educação, de relaxamento, sala de convívio, bem como com 16 camas para situações que necessitem internamento.

Grupo nacional com identidade local

A marca Unisana Hospitais reúne os investimentos realizados pela Atena Equity Partners e pela 3T Portugal, os quais incluem três hospitais localizados em Almada, Torres Vedras e Porto (neste último caso, em sociedade com HLine e em parceria com a Venerável Irmandade da Nossa Senhora da Lapa) e duas clínicas em Santarém.

O grupo pretende, a prazo, consolidar uma rede nacional, de identidade local, em colaboração e complementaridade com os setores público, segurador e social, para levar cuidados de saúde de qualidade a um número crescente de portugueses.

A equipa da Unisana Hospitais conta com a colaboração de mais de 360 médicos, além de enfermeiros e outros profissionais de saúde dedicados. O grupo oferece uma vasta gama de cuidados de saúde de ambulatório, disponibilizando consultas, exames de diagnóstico e terapêutica das mais diversas especialidades médicas e cirúrgicas. Nas unidades hospitalares, disponibiliza ainda cuidados de saúde como atendimento urgente e atendimento permanente, para além de cirurgia e internamento (incluindo em saúde mental) e, ainda, cuidados continuados.

 
“O meu é diferente do teu”
No âmbito do Outubro Rosa, Mês Internacional de Prevenção do Cancro da Mama, é lançada a 2ª Edição da Campanha “O meu é...

Com o pressuposto de que ‘’se somos todos diferentes, porque é que o nosso cancro há-de ser igual?’, é lançada nas redes sociais uma campanha de imagem com informação útil sobre os subtipos de cancro da mama, os diferentes estadios e os sinais/sintomas que devem merecer a nossa atenção. 

O cancro da mama é o segundo cancro mais diagnosticado no mundo e em Portugal, sendo o mais diagnosticado em mulheres.  De acordo com os dados da “Globocan 2022 Portugal - Global Cancer Observatory”, por ano e em Portugal, são diagnosticados cerca de 8.954 novos casos de cancro da mama e morrem cerca de 2.211 mulheres com este tipo de tumor. Regista-se uma maior prevalência em mulheres entre os 45 e os 49 anos, mas com o aumento da esperança média de vida, também é muito prevalente em mulheres em idade mais avançada.

Estas populações têm necessidades diferentes e específicas das suas faixas etárias, mas em comum, representam desafios constantes ao nível das estruturas dedicadas à gestão do cancro da mama.

“O cancro da mama é o cancro mais comum nas mulheres e apresenta uma incidência crescente. Consequentemente, é alvo de constante investigação e evolução dos métodos de diagnóstico e das estratégias terapêuticas. Este facto tem permitido diminuir a mortalidade por cancro da mama nos países ocidentais, mas tem tornado mais complexo o seu algoritmo de tratamento, sendo essencial a educação e a compreensão dos diferentes subtipos de cancro da mama para uma correta e informada tomada de decisão”, explica Renato Cunha, oncologista, em representação da Sociedade Portuguesa de Oncologia.

Atualmente, são conhecidos diferentes subtipos moleculares de cancro da mama. O cancro da mama pode ser classificado de acordo com a presença de recetores moleculares específicos (proteínas) na superfície das células tumorais, tais como, recetores hormonais (RH) e o recetor do fator de crescimento epidérmico tipo 2 (HER2). De acordo com a presença ou não destes recetores nas células tumorais, determinado por técnicas laboratoriais pela anatomia patológica, existem quatro subtipos diferentes de cancro da mama, com prognósticos diferentes e abordagens individualizadas:

  • Luminal A ‘’like’’: elevada expressão (presença) de recetores hormonais (estrogénio e progesterona); baixo índice proliferativo (de agressividade) (Ki67) e ausência de expressão de HER2; 
  • Luminal B “like”/HER2 negativo: menor presença de recetores hormonais, elevado índice de agressividade Ki67; 
  • HER2 “puro”: ausência de expressão de recetores hormonais e elevada presença de HER2 positivo; 
  • Triplos negativos: ausência de expressão de ambos os recetores Hormonais e do HER2. 

Sinal da evolução científica nesta área e da mudança do paradigma de que se deve tratar a pessoa e não a doença, novos diagnósticos começam a ser considerados, como a pessoa com cancro da mama HER2-low (cancro da mama com baixa presença do biomarcador HER2).

Depois, há ainda outros casos relacionados com alterações genéticas, que poderão ser herdadas (alterações germinativas) ou que podem ser adquiridas e apenas se manifestam no próprio tumor (alterações somáticas). 

Apesar de ser cada vez maior o conhecimento nacional sobre cancro da mama, há ainda um longo caminho a fazer ao nível da literacia. 

“A categorização em diferentes subtipos e o conhecimento cada vez maior do comportamento de cada um deles tem permitido não só compreender melhor a evolução natural e o prognóstico da doença de cada indivíduo, mas tem também alavancado o desenvolvimento de opções terapêuticas individualizadas, mais específicas para cada tumor e, por conseguinte, com melhores resultados e menos efeitos secundários”, reforça o especialista.

Em termos de sintomatologia, o facto de estarmos perante diferentes tipos de doença não altera os sinais e sintomas a que devemos estar atentos, sublinham o especialistas. Assim deve-se considerar qualquer modificação da mama (incluindo pele e mamilo), deformidades da mama ou nodulações, escorrências mamilares ou feridas que não cicatrizam. Também a persistência de sinais inflamatórios da mama devem ser considerados.

Por outro lado, salienta-se a importâncias  das mulheres aderirem ao Programa Nacional de Rastreio, já que o cancro da mama pode ser detetado precocemente, antes do aparecimento de sintomas, e por isso com maior probabilidade de tratamento, e de cura.

“Independentemente do subtipo molecular, o estadiamento (ou extensão da doença) continua a ser determinante no sucesso do tratamento oncológico. Portanto, é crucial o conhecimento dos sintomas habituais e a participação nos programas de rastreio disponíveis, de forma a aumentar a probabilidade de obter diagnósticos em fases precoces da doença, nas quais os tratamentos disponíveis proporcionam taxas muito elevadas de cura.”, conclui o oncologista.

A 2ª edição da Campanha “O meu é diferente do teu” relembra que todos conhecemos ou já ouvimos falar sobre o cancro da mama, mas que na maioria dos casos não sabemos que se trata de uma doença altamente heterogénea e que por isso é prioritário estar informada e esclarecida.

 
Dia 9 de outubro
A AADIC - Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca realiza no próximo dia 09 de outubro, a partir das 21h,...

Com o programa de vacinação a iniciar, é fundamental esclarecer que as vacinas admininstradas nesta época do ano são fundamentais para minimizar o risco de infeções respiratórias como a gripe ou a pneumonia, uma vez que os problemas respiratórios podem agravar a Insuficiência Cardíaca.

É exatamente para esclarecer sobre os riscos acrescidos que representam os vírus sazonais, o seu impacto nas doenças cardiovasculares e que medidas preventivas devem adotar os doentes com Insuficiência Cardíaca no inverno, que a AADIC realiza a sessão de esclarecimento “Insuficiência Cardíaca: a importância da vacinação”.

Para isso, a AADIC convidou para este webinar a Profª. Dra. Ana Teresa Timóteo, que irá abordar a necessidade e a importância da vacinação para os doentes com Insuficiência Cardíaca, e o Prof. Dr. Filipe Froes, que vai esclarecer sobre que vacinas fazer e quando.

Esta iniciativa conta com o apoio da GSK e tem transmissão exclusiva na página de Facebook e canal de Youtube da Associação.

 
A visão é fundamental para o bem-estar e a qualidade de vida de cães e gatos
Embora os animais de companhia utilizem outros sentidos, como o olfato e a audição, de forma predomi
A visão desempenha um papel crucial no comportamento, interação e segurança, sendo essencial estar atento à saúde ocular dos animais e procurar cuidados veterinários ao primeiro sinal de problemas. Nos cães, por exemplo, a visão é essencial para movimentos rápidos e para o reconhecimento de sinais visuais importantes, como gestos e expressões faciais. Nos gatos, a visão noturna é extremamente apurada, sendo indispensável para a caça e a exploração de ambientes com pouca luz.
Muitas doenças oftalmológicas podem afetar a visão dos animais de companhia, algumas das quais podem causar desconforto, dor ou até mesmo perda de visão, se não tratadas atempadamente. Entre as mais comuns, destacam-se:
  • Cataratas: Caracterizadas pela opacificação do cristalino, as cataratas afetam principalmente cães idosos, embora também possam ser causadas por fatores genéticos. Esta condição compromete a visão progressivamente e pode necessitar de intervenção cirúrgica.
  • Glaucoma: Esta doença provoca um aumento da pressão intraocular e pode ser extremamente dolorosa. O glaucoma é uma condição grave, que pode levar à perda de visão irreversível se não for tratada de forma precoce.
  • Úlceras da córnea: Tanto em cães como em gatos, as úlceras de córnea são lesões que ocorrem na superfície ocular e podem ser provocadas por traumas, corpos estranhos ou infeções. Sem tratamento adequado, estas lesões podem evoluir para quadros clínicos graves.
  • Conjuntivite: Muito comum em gatos, especialmente os que sofrem de herpesvírus felino, a conjuntivite pode provocar irritação e inflamação, causando desconforto e alterações na visão.
  • Atrofia Progressiva da Retina (PRA): Esta doença genética afeta sobretudo cães e é caracterizada pela degeneração gradual da retina, levando à perda de visão noturna e, posteriormente, à cegueira total.
Diogo Magno, médico oftalmologista veterinário no AniCura Restelo Hospital Veterinário, alerta que “é importante que os cuidadores incluam as consultas oftalmológicas como parte integrante dos cuidados veterinários regulares. A deteção precoce de doenças oculares pode fazer uma diferença significativa na preservação da visão dos seus animais e na prevenção de complicações futuras”. Alterações como vermelhidão nos olhos, lacrimejar excessivo, mudanças na coloração dos olhos ou comportamento estranho (esfregar os olhos com as patas, por exemplo) devem ser motivo de atenção imediata.
Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Grupo vai investir na expansão da unidade
O Hospital Particular de Almada, unidade integrante da rede de hospitais e clínicas do grupo Unisana Hospitais, detido pela...

A unidade é uma unidade de referência no concelho de Almada e na Península de Setúbal, servindo mais de 1.500 utentes por dia. A sua oferta inclui consultas de diversas especialidades, uma ampla gama de meios complementares de diagnóstico, contando com unidades clínicas de Imagiologia e de exames de Gastrenterologia, (em parceria), Cirurgia de Ambulatório, bem como Atendimento Médico Não Programado, Medicina Física e Reabilitação, entre outros cuidados médicos.

Eduardo Moniz, CEO da Unisana Hospitais, afirma: “O Unisana Hospitais - Hospital de Almada é uma unidade estratégica no desenvolvimento da rede Unisana Hospitais, permitindo-nos servir um distrito com mais de 900 mil de habitantes. O nosso projeto estratégico para a unidade, no qual temos vindo a trabalhar desde 2021, prevê a expansão da sua capacidade num futuro próximo, alargando a oferta de valências clínicas, de cirurgia, internamento e atendimento permanente, e outros serviços diferenciadores, afirmando Hospital de Almada como o hospital privado de referência para a comunidade de Almada e concelhos limítrofes, proporcionando aos seus clientes o acesso a cuidados médicos de excelência”.

Unisana Hospitais com rede nacional de identidade local

No último ano, as unidades sob gestão do grupo Unisana Hospitais realizaram cerca de 130 mil consultas, 362 mil exames e mais de cinco mil cirurgias. O grupo apresenta, atualmente, uma capacidade instalada de 10 salas de bloco operatório, 79 gabinetes de consulta e 173 camas de internamento.

A equipa da Unisana Hospitais conta com a colaboração de mais de 360 médicos, além de enfermeiros e outros profissionais de saúde dedicados. O grupo oferece uma vasta gama de cuidados de saúde de ambulatório, disponibilizando consultas, exames de diagnóstico e terapêutica das mais diversas especialidades médicas e cirúrgicas. Nas unidades hospitalares, disponibiliza ainda cuidados de saúde como atendimento não programado e atendimento permanente, para além de cirurgia e internamento (incluindo de saúde mental), bem como cuidados continuados integrados.

Estudo liderado por investigadores da FCTUC
O projeto “NABIA - New Approach to Bioremediation using Algae”, liderado por Telma Encarnação e Abílio Sobral, investigadores...

«Este projeto aborda a necessidade de encontrar uma potencial solução para o problema da poluição da água por poluentes emergentes e propõe a descontaminação de águas residuais com recurso a microalgas, com uma abordagem baseada na geração de biomassa e na sua respetiva valorização económica», começa por explicar Telma Encarnação.

A investigação, continua a química, «focou-se na biorremediação de águas residuais geradas pela transformação de lentes oftálmicas na indústria ótica, usando como casos de estudo empresas parceiras. Uma vez que estes materiais estão na sua maioria protegidos por patentes e segredo industrial, analisámos a sua composição», revela.

A equipa de investigadores começou por identificar os químicos ambientais persistentes em fontes de águas residuais e avaliar a eficácia e eficiência da utilização de microalgas na biorremediação de produtos químicos sintéticos. Neste momento, os especialistas estão a testar a viabilidade da transformação da biomassa em produtos inovadores, tais como lentes oftálmicas “verdes” e ainda um fotobioreator, otimizando o processo para maximizar o conteúdo de biomateriais das microalgas.

«Com o NABIA, pretende-se não só solucionar problemas emergentes relacionados com poluentes em águas residuais, mas também incentivar o desenvolvimento económico sustentável, promovendo uma economia circular através da valorização de recursos biológicos», conclui a investigadora da FCTUC.

O projeto NABIA conta com o apoio das empresas parceiras Farmi, Mlab, Moldetipo, Opticentro e PTScience, podendo ser acompanhado através deste site.

Evento conta com mais de 800 especialistas em medicina Aeroespacial
Lisboa acolhe de 3 a 5 de Outubro o Congresso Internacional de Medicina Aeroespacial, o primeiro congresso do género realizado...

Tendo como lugar central a Aula Magna da Universidade de Lisboa, o congresso divide-se em 11 simpósios e painéis temáticos com 200 comunicações sobre vários temas de medicina, engenharia, psicologia, espaço, entre outros, que têm em comum a segurança de voo e proteção da vida humana. Entre os oradores destacam-se representantes da NASA, SpaceX, Virgin Galactics, Agência Espacial Europeia, EASA, FAA, IATA, Força Aérea Portuguesa, Brasileira, Espanhola, Americana, Canadiana, Francesa, Inglesa, entre outros.

Organizado por quatro sociedades científicas – Sociedade Médica Científica de Medicina Aeroespacial – Associação Portuguesa (SMAPor), European Society of Aerospace Medicine (ESAM), International Academy of Aviation and Space Medicine (IAASM) e Aerospace Medical Association (AsMA) –, este congresso vai ter  ainda uma parte dedicada em Espaço, nomeadamente fisiologia espacial, novas investigações, requisitos médicos, entre outros; além de um simpósio ibérico – militar e lusófono – que reúne especialistas de vários países colocando a língua portuguesa como agregadora do ponto de vista científico.

O ICAM 24 é um evento que conta com o alto patrocínio da Força Aérea, no qual participam militares de vários países, que vão abordar temas relacionados com a medicina aeronáutica, nomeadamente Evacuações Aeromédicas, os efeitos mentais dos destacamentos, o impacto da fadiga na aviação militar, novas tecnologias, entre outros.

Para além de um curso de refrescamento para examinadores aeronáuticos acreditado pela EASA, faz parte do programa do ICAM 24 um workshop sobre espaço e outro sobre segurança de voo e investigação de acidentes aeronáuticos desenvolvido pela Força Aérea Portuguesa; sessões sobre saúde mental dos pilotos, controladores aéreos e pessoal tripulante; requisitos associados a operadores de drones; discussão sobre single pilot operations; bem como multidisciplinary innovations apresentados por engenheiros, matemáticos, pilotos, entre outros. O programa do ICAM 24 inclui ainda visitas técnicas ao Centro de Estudos de Medicina Aeroespacial (CEMA) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, à NAV- controle aéreo e à Unidade de Cuidados de Saúde da TAP. Inclui também uma visita ao Museu do Ar da FAP e uma exposição digital do DarkSky – Aldeias do Xisto, com maravilhosas fotos do Espaço.

Mais informações sobre o evento podem ser consultadas em www.icam2024.com

 
Iniciativa decorre no âmbito da semana em que assinala o Dia Nacional do Cancro Digestivo
A MovSaúde, fundada a 21 de março de 2024, inicia a sua atividade com o lançamento da Campanha Nacional de Rastreio do cancro...

A campanha nacional de rastreio ao cancro colorretal dirige-se à população entre os 45 e os 74 anos, convidada a realizar o teste de pesquisa de sangue oculto nas fezes. Quem é elegível pode inscrever-se através de um formulário e consultar toda a informação sobre a campanha no website da MovSaúde (https://www.movsaude.pt). A realização do teste de pesquisa de sangue oculto nas fezes, financiado pela MovSaúde, é efetuado na rede de laboratórios parceiros, sem necessidade de agendamento prévio.

Neste rastreio a MovSaúde conta com a colaboração da Europacolon – Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo, que tem um papel fundamental no apoio aos participantes com resultado positivo na análise, prestando o esclarecimento necessário relativamente ao enquadramento clínico de um resultado, a orientação para a realização dos meios complementares de diagnóstico previstos para estes casos, até ao seu resultado.

Patrícia Ramalho, presidente da Direção da MovSaúde, refere que “o objetivo da nossa associação, além da sensibilização para o risco deste tipo de cancro que tem uma evolução assintomática, é contribuir para a sua deteção precoce pois, quando diagnosticado numa fase inicial, aumenta significativamente a taxa de sobrevida. Por isso apelamos à adesão da população a partir dos 45 anos.”.

Em Portugal, há mais de 10 500 novos casos por ano de cancro colorretal, ocupando o primeiro lugar em novos diagnósticos de cancro, e mais de 4 800 mortes por ano, sendo o segundo cancro mais mortal no país.1 Este tipo de cancro tem uma progressão lenta e silenciosa, assintomática, que muitas vezes pode ser superior a 10 anos.  Apesar de ser um dos cancros mais fatais, o cancro colorretal é também um dos mais curáveis se for detetado precocemente.

A MovSaúde agrega entidades de vários setores de atividade, com papel ativo desde a prevenção primária até ao tratamento, bem como outras organizações que se identifiquem com a responsabilidade de acrescentar valor ao sistema de saúde. Este modelo assente em sinergias permite dar prioridade à componente operacional e de alargamento não só da população alcançada, como da inclusão de novas patologias que estão no radar da associação.

Dia Internacional de Consciencialização para a Hepatite C | 1 de outubro
A hepatite C é uma doença infeciosa causada por um vírus (VHC), que afeta sobretudo o fígado, e que

Atualmente, estima-se que cerca de 58 milhões de indivíduos no mundo estejam infetados com o VHC e que ocorram cerca de 1,5 milhões de novas infeções todos os anos. Em Portugal, dados da Direção Geral da Saúde (DGS), reportam que aproximadamente 1% da população adulta possa estar infetada, mas muitos desconhecem o seu estado serológico. Isso reflete uma das maiores barreiras no combate a esta doença: a falta de consciencialização e de rastreio.

Esta é uma doença para a qual já existe cura. Com os antivirais de ação direta, introduzidos na última década, a taxa de cura da hepatite C ultrapassa os 95%, uma verdadeira revolução no tratamento de uma doença que antes era considerada crónica e incurável. Contudo, a cura só é possível se a infeção for diagnosticada. Neste contexto, a celebração desta data é fundamental para alertar para uma situação de saúde pública que, apesar dos avanços, ainda precisa da nossa ação.

Por que razão ainda existem milhões de pessoas a viver com hepatite C sem o saber? A resposta passa, em grande parte, pela falta de informação e pelo estigma. A hepatite C está frequentemente associada a comportamentos de risco, como o uso de drogas injetáveis, a partilha de materiais contaminados ou por via sexual, o que alimenta preconceitos e retira o foco do que realmente importa: tratar quem precisa e eliminar o vírus. Além disso, é preciso lembrar que a transmissão do VHC não ocorre apenas nestes contextos. Pessoas que receberam transfusões de sangue e seus derivados antes de 1992 ou que tiveram contacto com procedimentos médicos, podem ter sido infetadas. Este espectro de potenciais modos de transmissão reforça a necessidade de campanhas de rastreio mais inclusivas e abrangentes.

O compromisso de erradicação da hepatite C até 2030, estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), deve ser encarado como um objetivo coletivo. No entanto, para que seja alcançado, todos têm um papel a desempenhar: governos, profissionais de saúde, organizações não governamentais e a sociedade em geral. As políticas de saúde pública devem priorizar o rastreio, disponibilizando testes rápidos de forma gratuita e acessível, especialmente para as populações mais vulneráveis. Ao mesmo tempo, é crucial eliminar as barreiras no acesso aos tratamentos, garantindo que os medicamentos antivirais estejam disponíveis para todos os que deles necessitam.

Do ponto de vista social, a luta contra a hepatite C também passa por uma mudança de mentalidades. Precisamos combater o estigma associado à doença e promover uma cultura de empatia e apoio. Informar a população sobre as várias formas de transmissão e os tratamentos disponíveis é uma forma de quebrar preconceitos e incentivar o rastreio.

O Dia Internacional de Consciencialização para a Hepatite C é, por isso, um momento de reflexão, mas também de ação. É um dia para nos lembrarmos de que o silêncio em torno desta doença pode ser fatal e que, juntos, podemos contribuir para erradicá-la. Para isso, é essencial que cada um de nós tome a responsabilidade de se informar, de sensibilizar os outros e, se for o caso, de fazer o teste. Com os avanços científicos, temos à nossa disposição os meios para a sua eliminação, e cabe a cada um de nós garantir que esta oportunidade não seja desperdiçada. A consciencialização é o primeiro passo, mas a ação é a chave para transformar o futuro. Que este dia seja, portanto, um marco na luta contra a hepatite C e uma lembrança de que a erradicação é possível, se todos fizermos a nossa parte. Só assim poderemos alcançar o ambicioso objetivo de um mundo livre de hepatite C.

 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Candidaturas até 13 de novembro
A AstraZeneca acaba de anunciar a 2.ª edição do Programa de Trainees Life Changers, cujas candidaturas estão abertas até ao dia...

Após o sucesso da primeira edição, o programa volta a abrir as portas para atrair, desenvolver e inspirar novos talentos, proporcionando uma experiência de aprendizagem única na indústria biofarmacêutica. Na edição anterior, a companhia recebeu mais de 1.000 candidaturas e acolheu 14 novos trainees.

Ao longo de 11 meses, os trainees terão a oportunidade de mergulhar em áreas-chave do negócio, adquirindo uma visão prática e integrada do setor. Este programa oferece uma base sólida para o desenvolvimento pessoal e profissional, com momentos exclusivos como o Reverse Mentoring com a equipa de liderança, Power Sessions com líderes inspiradores, formação especializada e o desenvolvimento de projetos de inovação de elevado impacto.

“É com muito entusiasmo que lançamos a 2.ª edição do programa Life Changers. A primeira superou as nossas expectativas e permitiu que encontrássemos um conjunto diversificado de pessoas, com quem desenvolvemos um processo de aprendizagem mútua”, refere Maria João Maia, Legal & HR Director na AstraZeneca Portugal. “Procuramos sempre o melhor talento para a AstraZeneca Portugal e, para esta nova edição, pretendemos encontrar pessoas que acreditam, tal como nós, no poder da ciência para mudar vidas”. 

O programa está aberto a talentos das mais diversas áreas académicas, desde Ciência, Gestão, Recursos Humanos, Engenharia, Marketing, Finanças, Tecnologia, entre outras, sendo que se aceitam candidatos com vários graus académicos (licenciatura, mestrado, pós-graduação ou MBA).

As candidaturas estão disponíveis em https://www.astrazeneca.pt/programa-de-trainees-life-changers.html.

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