Dados de relatório sobre saúde baseada em valos na cirurgia da catarata
A catarata é uma doença do envelhecimento associada a uma marcada redução da qualidade de vida. O Health Cluster Portugal,...

Num universo de 36.700 cirurgias a 28.700 doentes, o relatório evidencia que, ano após ano, se tem assistido a uma melhoria consistente dos resultados da cirurgia e da incidência de complicações pós-operatórias, que são agora inferiores às reportadas pelo Registo Europeu de Resultados da Cirurgia da Catarata (EUREQUO).

Os resultados na perspetiva do doente vão ao encontro dos resultados clínicos no que respeita à acuidade visual: 91% dos doentes reportam sentir menos barreiras à realização de atividades diárias após a cirurgia. As melhorias mais significativas são observadas ao nível da leitura ao perto e ao longe.

O relatório evidencia ainda que, no nosso país, a utilização de lentes intraoculares premium está ao nível do contexto Europeu. No entanto, há uma assimetria expressiva entre os setores público e privado na frequência de utilização destas lentes que garantem melhores resultados.

Segundo Joaquim Cunha, Diretor Executivo do Health Cluster Portugal, os resultados desta iniciativa pioneira “demonstram que esta nova abordagem, a qual baseia o pagamento e financiamento da saúde nos resultados percepcionados pelo doente, terá sem dúvida um papel central na qualidade e na sustentabilidade do Sistema Nacional de Saúde”.

3 e 4 de outubro
Os Desafios da Doença Crónica é o tema central das XIV Jornadas de Pediatria do Hospital de Guimarães, que decorrem entre os...

Organizadas pelo Serviço de Pediatria da Unidade Local de Saúde do Alto Ave, arrancam no primeiro dia com os cursos pré-jornadas de Diabetologia Diabética e Patologia Respiratória em Idade Pediátrica. Este cursos destinam-se a  a médicos internos e especialistas de Pediatria, Medicina Geral e Familiar, Enfermeiros Hospitalares, de Saúde Escolar e Cuidados de Saúde Primários

No dia 4 de outubro vão realiza-se várias mesas redondas, destacando-se o Debate “Integração do doente crónico na comunidade” que vais contar com a apresentação da experiência da ULS Matosinhos nesta matéria. 

O programa pode ser consultado aqui

 
Recomendações
Para assinalar o Dia Internacional do Idoso, especialistas alertam os portugueses para a relação en

A perda auditiva é uma condição que afeta o bem-estar dos idosos, mas que não surge de um dia para o outro. Acontece de forma gradual, ao longo do tempo, acompanhando o envelhecimento.

“Segundo as evidências nesta área, o maior grupo da população que vive com uma forma de perda auditiva não tratada ou identificada encontra-se entre os 40 e os 59 anos de idade. É, por isso, fundamental as pessoas procurarem ajuda quando notam que não ouvem bem, independentemente da idade, evitando consequências mais graves em idades mais avançadas, como o isolamento, a depressão e o declínio cognitivo", reforça Daniela Carvalho, audiologista na Widex – Especialistas em Audição. 

A partir dos 50 anos, ou assim que sentir algum sinal de perda auditiva, é recomendável procurar a ajuda de um especialista em audição. Há dois passos fundamentais que deve seguir para cuidar da sua saúde auditiva:

  • Comece por reconhecer os sinais iniciais. Se identificar em si, num amigo ou num familiar, dificuldade em ouvir conversas ou a sensação de zumbidos nos ouvidos,  recomenda-se a ida ao audiologista para testar a audição.
  • Quando for à consulta, leve um amigo ou familiar consigo. Ter alguém próximo pode ser importante para ajudar a reconhecer situações específicas nas quais a sua perda auditiva é mais percetível.

A primeira consulta de avaliação auditiva visa conhecer o seu historial clínico, o estilo de vida e as possíveis dificuldades auditivas já identificadas. É também o momento de avaliação do grau de perda auditiva e de ver quais são os próximos passos. Após  a realização de exames, o audiologista explicará os resultados. Caso se venha a confirmar uma perda auditiva, se for reversível, o especialista irá encaminhá-lo para um médico otorrinolaringologista. Se a perda auditiva for irreversível, o audiologista ajudará a ver quais são as soluções adequadas para o seu problema no momento. Além disso, este especialista poderá dar-lhe conselhos para cuidar da sua audição e prolongar a sua saúde auditiva.

A escolha de aparelhos auditivos personalizados é feita com a ajuda do audiologista e de acordo com as necessidades individuais de cada pessoa, garantido um acompanhamento contínuo para otimizar a experiência auditiva.

"Se tem mais de 55 anos, deve fazer exames auditivos anualmente. Se tem menos de 55 anos e apresenta sinais de perda auditiva, como dificuldade em acompanhar as conversas em ambientes ruidosos, necessidade de pedir para repetirem o que lhe é dito e aumentar o volume da televisão ou rádio, procure a ajuda de um especialista", alertam os especialistas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo “Perceções dos portugueses sobre o cancro e deteção precoce”
Cerca de 23% dos portugueses, com mais de 50 anos, nunca se submeteram a nenhum tipo de rastreio de cancro, sobretudo devido à...

O objetivo do estudo, que abrangeu mais de mil inquéritos a pessoas com mais de 50 anos, residentes em Portugal Continental, passou por conhecer a perceção dos portugueses sobre o tema dos rastreios de cancro e, mais especificamente, do cancro do cólon e reto e do cancro do pulmão.

O estudo revela ainda que apesar dos inquiridos terem atribuído uma elevada importância à realização do rastreio do cancro do cólon e reto (média de 9,3, numa escala de 0 a 10), a realização da colonoscopia (14%) e o receio da dor (64%) são fatores que condicionam a adesão ao rastreio. Aqui, 89% afirmam que poderiam aderir mais facilmente ao rastreio se fosse implementado um  método inovador de identificação de risco através das análises clínicas ao sangue.

Quanto ao cancro do pulmão, apesar de Portugal ainda não ter implementado um rastreio organizado, quando questionados sobre a possibilidade de aderirem ao rastreio, 80% dos participantes respondem de forma positiva, nomeadamente, como forma de prevenção/deteção precoce (66%), sendo atribuída uma importância de 9,4 (numa escala de 0 a 10) quando questionados sobre a importância do rastreio do cancro do pulmão.

Os portugueses revelam ter um elevado conhecimento no que toca aos rastreios de cancro, com grande parte dos inquiridos (97%) a afirmar ter conhecimento destas iniciativas. Desta forma, os participantes conseguem identificar os rastreios disponíveis no SNS: cancro da mama (72%); cancro do cólon e reto (37%); e cancro do colo do útero (30%). No que diz respeito à facilidade de acesso aos programas de rastreio disponíveis no SNS, as opiniões são divididas, apresentando uma média de 6,6, numa escala de 0 a 10.

O estudo revela que 77% dos inquiridos já realizaram rastreios de cancro, em particular o rastreio do cancro de mama (63%), seguido do rastreio para o cancro do cólon e reto (48%) e do rastreio para o cancro do colo do útero (27%).

Cancro do colón e reto: 50% não conseguem identificar os fatores de risco da doença

No caso dos rastreios ao cancro do cólon e reto, 94% dos participantes dizem conhecer ou já ter ouvido falar deste tipo de cancro. Apesar disso, 50% não consegue identificar os fatores de risco da doença e 39% demonstra ter também dificuldades em identificar os sintomas associados. De qualquer forma, os portugueses atribuem uma elevada importância à realização do rastreio do cancro do cólon e reto, uma vez que, numa escala de 0 a 10, a média é de 9,3.

Mais de metade dos inquiridos já realizou o rastreio do cancro do cólon e reto, nomeadamente, por recomendação do médico (72%). Contudo, 21% realizaram o exame por iniciativa própria, sendo que 45% fizeram como forma de prevenção/deteção precoce. Dos que não realizaram nenhum rastreio, mais de metade revela que nunca o fizeram porque nunca lhes foi recomendado pelo médico.

Questionados sobre quais os motivos que levam à baixa adesão ao rastreio, os inquiridos identificam a falta de conhecimento sobre a sua importância (21%), o medo de realizar o exame (17%) e o tempo de espera para a realização do exame no SNS (17%).

Além disso, em termos de exames, 14% dos participantes referem que a colonoscopia condiciona a adesão a este rastreio, devido ao medo e à dor que possam sentir (64%). No entanto, 89% afirmam que poderiam aderir mais facilmente ao rastreio se fosse implementado um  método inovador de identificação de risco através das análises clínicas ao sangue.

Cancro do pulmão: 32% dos inquiridos não sabem identificar os sintomas

O cancro do pulmão, em Portugal, ainda não dispõe de um rastreio organizado. Não obstante, 60% dos inquiridos afirmam que conhecem ou já ouviram falar do rastreio. Contudo, 57% não sabem quais os exames a realizar. Além disso, relativamente aos sintomas de alerta, 32% não sabem identificar quais são.

Ainda que tenham alguma falta de informação no que respeita aos exames e sintomas de alerta, os inquiridos atribuem uma elevada importância ao rastreio do cancro do pulmão, tendo em conta que, numa escala de 0 a 10, atribuem uma média de 9,4.

Além do mais, quando questionados sobre a possibilidade de aderirem ao rastreio, 80% respondem de forma positiva, nomeadamente, como forma de prevenção/deteção precoce (66%). Dos que não aderiram, 72% consideram que o principal motivo é por não considerarem necessário ou não terem sintomas.

De 3 a 5 de outubro, em Lisboa
A FUJIFILM Healthcare Europe, em parceria com a FUJIFILM Portugal, vai marcar presença no Congresso da Sociedade Europeia de...

O AMULET SOPHINITY™ é o mais recente avanço da Fujifilm em mamografia digital, oferecendo imagens de alta resolução com baixas doses de radiação, aliado a uma tecnologia de inteligência artificial que melhora o conforto do utente e a precisão no diagnóstico. Esta solução inovadora está equipada com um detetor de painel plano (FPD) de conversão direta e uma função de tomossíntese de duplo ângulo, permitindo a deteção mais clara de lesões difíceis de visualizar. Um dos principais fatores que diferenciam esta tecnologia é a sua função “Positioning MAP”, que facilita o alinhamento preciso de exames mamográficos anteriores, otimizando o fluxo de trabalho clínico.

Além do AMULET SOPHINITY™, a Fujifilm também irá destacar o seu ecógrafo premium Arietta 850 Deep Insight, um sistema de ecografia de ponta com capacidades avançadas de imagem e diagnóstico. Este equipamento oferece alta resolução, precisão e confiança, sendo ideal para a avaliação de diferentes patologias mamárias, proporcionando aos profissionais de saúde ferramentas essenciais para decisões clínicas mais informadas.

Durante o EUSOBI 2024, a Fujifilm organizará, também, diversos workshops interativos, onde serão abordados temas relacionados com as tecnologias de imagem e o seu impacto na saúde da mama, ministrados por especialistas internacionais.

Um desses eventos será uma mesa-redonda, da responsabilidade da Fujifilm Portugal, sobre o futuro da imagem mamográfica digital, intitulada "Mammography Imaging: the start of a new era", no dia 3 de outubro, às 18h30, no Hyatt Regency Lisbon. Esta iniciativa contará com especialistas nacionais e internacionais para discutir o estado da arte em tecnologia de mamografia digital, a adoção clínica destas soluções e o impacto direto no diagnóstico e tratamento do cancro da mama.

Como parte do compromisso da Fujifilm em estar próxima das pessoas, uma unidade móvel da Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional Norte, equipada com o AMULET SOPHINITY™, estará presente à entrada do Centro de Congressos de Lisboa. Esta unidade representa uma das primeiras instalações europeias deste novo sistema de mamografia, sendo pioneira numa unidade móvel, o que reforça a importância da acessibilidade no rastreio do cancro da mama.

Uma em cada quatro camas está no Porto e em Lisboa
Portugal é um dos países mais envelhecidos do mundo. Entre os cerca de 10 milhões de residentes, há 2,5 milhões que têm já mais...

Dos 2,5 milhões de habitantes com mais de 65 anos, mais de um terço reside nos dois Distritos mais populosos do País, Lisboa (20%) e Porto (16%), segundo dados compilados pela Via Senior (www.via-senior.com) através do Instituto Nacional de Estatística. Setúbal completa o top dos Distritos com mais residentes seniores, seguida de Braga e Aveiro, com os cinco a representarem, em conjunto, 58% do total da população que se enquadra na terceira idade.

Sendo os Distritos com mais população, mas também com maior número de habitantes seniores, estes concentram também o maior número de ERPI. De Norte a Sul existem pouco mais de 2.500 ERPI, de acordo com os mais recentes dados disponibilizados pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho e Solidariedade Social e da Carta Social, com Lisboa (24%) e Porto (15%) a contarem com o maior número destas instituições. Mas o Porto apresenta, ainda assim, um défice de oferta.

No total, as ERPI existentes em Portugal apresentam um total 104 mil camas para seniores, distribuídas por quartos individuais, duplos ou triplos. No Distrito do Porto, contabilizam-se 8.946 camas, uma oferta que se revela manifestamente reduzida face à população residente mais envelhecida, que ascende a 409 mil pessoas. Na prática, existem neste Distrito praticamente 46 seniores para cada cama nas ERPI.

“A situação vivida no Distrito do Porto é a mais problemática a nível nacional, demonstrando um claro desencontro entre aquela que é a população mais idosa e a oferta de camas em instituições, públicas ou privadas, que têm a importante função de acolher estes seniores”, salienta Nuno Saraiva de Ponte. “É preciso mais investimento na oferta de residências senior neste Distrito, mas também noutros onde já existe um elevado número de ERPI, mas em que a proporção de população idosa é elevada e está a aumentar rapidamente”, acrescenta o CEO da Via Senior.

No Distrito de Lisboa, onde residem 516 mil seniores, há 32 habitantes para cada cama disponibilizada (16.231). A situação em Lisboa só é superada, além do Porto, pelo Distrito de Setúbal onde há apenas 6.090 camas para acomodar, potencialmente, mais de 210 mil residentes com mais de 65 anos. Aveiro e Faro são os outros dois Distritos no top 5 daqueles em que existe maior desequilíbrio entre residentes e camas disponibilizadas nas ERPI, enquanto Portalegre, Guarda e Beja estão no extremo oposto, com um défice de camas, mas com apenas oito a 11 seniores por cama.

Disponibilidade é quase uma miragem

Há um desencontro de relevo entre a localização da população mais envelhecida e o número de camas disponibilizadas nas áreas de residência dessas pessoas, faltando investimento por parte tanto do sistema público como do privado, embora se registe uma crescente oferta por parte de grandes grupos privados. A parca oferta que existe está praticamente sempre esgotada, com taxas de ocupação médias bastante acima da fasquia dos 90%.

De acordo com os resultados do 2.º Retrato das Residências Sénior em Portugal, realizado pela Via Senior em parceria com a BA&N Research Unit, praticamente dois terços (62,3%) revelam uma taxa de ocupação de 100%. Ou seja, são residências completamente lotadas, sem capacidade para receber novos idosos, enquanto 32,1% aponta para taxas de ocupação que se situam entre 91% e 99%. São pouco representativas as residências que referem apresentar taxas de ocupação baixas.

A escassez na oferta, num contexto de pressão do lado da procura, repercute-se invariavelmente nos valores cobrados mensalmente pela permanência dos seniores nestas instituições. Entre o 1.º Retrato das Residências Sénior em Portugal, divulgado em 2023, e a segunda edição deste Retrato, registou-se um aumento médio em torno dos 5%.

A mensalidade de um quarto duplo, a tipologia que mais residências sénior têm na sua oferta, tem um custo médio entre os 1.250 e os 1.500 euros, acima da média de 1.000 a 1.500 euros no inquérito realizado há um ano. Aliás, 20,8% das camas em quarto duplo têm até um custo superior, entre 1.500 e 1.750 euros, enquanto 18,9% indica valores entre os 1.750 e os 2.000 euros. Só 3,8% das residências inquiridas admite disponibilizar camas abaixo de 750 euros mensais.

Estudo internacional que contou com a Universidade de Coimbra (UC)
Um estudo conduzido por uma equipa de investigação internacional, em colaboração com a Universidade de Coimbra (UC), revela...

Os resultados desta descoberta estão disponíveis no artigo científico Cardiac Molecular Analysis Reveals Aging-Associated Metabolic Alterations Promoting Glycosaminoglycans Accumulation via Hexosamine Biosynthetic Pathway, publicado na revista Advanced Science, que conta com a participação de três investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC (CNC-UC) e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CiBB): Luís Grilo (primeiro autor do estudo), Paulo Oliveira e Susana Pereira (autores seniores).

Até ao momento, sabe-se que as doenças relacionadas com o coração são mais prevalentes em idades avançadas. No entanto, não se sabe como é que o envelhecimento exclusivamente fisiológico – ou seja, o envelhecimento ‘natural’, que resulta, nomeadamente, no declínio de determinadas capacidades físicas e cognitivas e na perda de funções orgânicas, que podem dar origem a doenças – pode ter impacto no funcionamento do coração. Neste sentido, os investigadores da UC sublinham que “conhecer os primeiros sintomas de envelhecimento cardíaco pode ser pertinente para a deteção atempada da disfunção cardíaca e respetiva prevenção".

Perante este cenário, a equipa de investigação procurou identificar a cascata de mecanismos moleculares responsáveis pela relação entre o envelhecimento natural do coração e a disfunção cardíaca, através de modelos de primatas não humanos saudáveis, com fisiologia muito próxima ao coração do ser humano.

Os cientistas conseguiram “identificar que as adaptações cardíacas derivadas do envelhecimento se iniciam com alterações metabólicas nas células cardíacas”, destacam. De forma mais detalhada, foi possível perceber que “com a idade, o coração utiliza mais glicose para a síntese de moléculas, que se acumulam nas paredes do coração durante o envelhecimento; numa fase inicial, esta acumulação promove o enrijecimento das paredes do coração e, numa segunda fase, hipertrofia cardíaca”, elucidam Luís Grilo, Paulo Oliveira e Susana Pereira. “Estas duas consequências estão diretamente relacionadas com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares”, sublinha a equipa da Universidade de Coimbra.

Atualmente, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Além deste grande impacto na mortalidade, “um número significativo de pessoas com este tipo de patologias necessita de cuidados específicos e continuados – como exames e medicação –, o que resulta em elevados custos para a pessoa e para os sistemas de saúde”, informam os investigadores.

Neste contexto, a descoberta apresentada neste estudo pode contribuir para melhorar o diagnóstico e, consequentemente, reduzir a mortalidade. “Ao identificar eventos moleculares que ocorrem naturalmente no coração antes do aparecimento de doenças cardíacas, como fizemos neste estudo, abrimos portas ao desenvolvimento de novas formas de diagnóstico precoce, prevenindo mortes e reduzindo custos associados ao diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares”, destacam Luís Grilo, Paulo Oliveira e Susana Pereira.

A equipa de investigação da Universidade de Coimbra avança que este estudo pode abrir caminho para o “desenvolvimento de métodos não invasivos para detetar a acumulação das moléculas no coração humano, melhorando, assim, as técnicas de diagnóstico atuais”. “Será também crucial investigar e testar futuramente novas abordagens farmacológicas que possam impedir a acumulação de moléculas nas paredes do coração e, consequentemente, evitar o seu enrijecimento”, rematam Luís Grilo, Paulo Oliveira e Susana Pereira.

Participaram também neste estudo investigadores de várias universidades sediadas nos Estados Unidos da América – Escola de Medicina da Universidade Wake Forest, Universidade de Wyoming e Universidade do Texas – e também do Instituto de Investigação Biomédica do Texas. Colaborou ainda a Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.

O artigo científico está disponível em https://doi.org/10.1002/advs.202309211.

Projeto UNI_R
Construir um ambiente académico focado na promoção do bem-estar e da saúde mental, promover uma reflexão informada e estruturar...

Com início em 2024, depois de aprovada a candidatura submetida no âmbito do Programa de Promoção da Saúde Mental e Bem-Estar no Ensino Superior (promovido pela Direção Geral do Ensino Superior), o projeto UNI_R foi delineado por uma equipa de professores e coordenadores de serviços do Ispa, a partir da sua experiência de docência, investigação e acompanhamento de estudantes no seu percurso no ensino superior.

“O projeto prevê a participação alargada de todo os intervenientes no contexto educativo, incluindo estudantes de todos os ciclos de estudos, e foca-se no desígnio protetor da educação, que pode ser potenciado através da identificação e implementação de estratégias que abranjam o combate a diversas formas de estigma e/ou discriminação de estudantes, por razões associadas ao género, à etnia, ao país de origem, ao estatuto socioecónomico, à orientação sexual ou ainda associadas a questões relacionadas com problemáticas ou incapacidades de saúde física ou mental”, sublinha Maria João Moniz, coordenadora do UNI_R.

O projeto parte de uma recolha de dados, junto da população estudantil, acerca da forma como perspetivam o seu próprio bem-estar, a sua presença, participação e pertença à comunidade educativa. Esse procedimento de recolha estará estruturado em três momentos temporais (2024/2025/2026) e os participantes serão convidados a avaliar as várias atividades que decorrem ao longo dos dois semestres de cada ano letivo.

"Acreditamos que o Projeto UNI_R é uma oportunidade relevante para a reflexão e aprofundamento das estratégias de promoção e intervenção em saúde mental e bem-estar no ensino superior", afirma. 

Dia Internacional do Idoso | 1 de outubro
O envelhecimento acarreta consigo diversos desafios, e a prevenção do declínio cognitivo nos idosos

Numa fase mais precoce da vida (até aos 45 anos) o grau de educação (anos de escolaridade) está associado ao risco de demência, ou seja, quanto menor o grau de escolaridade, maior o risco de desenvolver demência.

Entre os 45 e os 65 anos de vida, são outros fatores que estão associados ao risco aumentado de demência: diabetes, hipertensão e altos níveis de colesterol no sangue. Desta forma, a promoção de um estilo de vida saudável, com uma alimentação saudável e controlo destes fatores de risco, associada à evicção do consumo de tabaco e à redução de consumo de álcool, reduzem o risco de desenvolver demência mais tarde. A prática regular de exercício físico, particularmente a partir dos 45 anos, é fundamental para manter a saúde física, prevenir doenças cardiovasculares e também reduzir de forma muito importante o risco de desenvolver demência.

Já no idoso, além dos fatores referidos previamente, acrescenta-se outro aspeto crucial: o papel das interações sociais no combate ao declínio cognitivo. A convivência regular com familiares, amigos ou membros de uma comunidade, promove a saúde cerebral e é protetor contra o desenvolvimento de demência.

Portanto, a prevenção do declínio cognitivo depende de um conjunto de fatores que vão desde a estimulação intelectual e social, passando pela atividade física regular, até hábitos saudáveis como uma boa alimentação e o uso consciente de medicamentos. Envelhecer de forma ativa, com o cérebro e o corpo em movimento, é uma das melhores maneiras de garantir que os idosos mantenham a sua autonomia e qualidade de vida.

 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Associação MulherEndo insiste na aprovação do projecto de Lei entregue pelo BE
A Associação MulherEndo não desiste da sua missão e volta a lutar para que Portugal tenha uma Estratégia Nacional de...

Mais de um ano depois de ter sido discutida a Petição Pública que pedia a implementação de uma Estratégia Nacional de Combate à Endometriose, e sem que nada tenha mudado no panorama nacional para as doentes com endometriose, o tema volta ao Parlamento com o Projecto de Lei entregue pelo Bloco de Esquerda (BE). 

Com este projecto, que será discutido no próximo dia 2 de Outubro, o partido pretende que sejam asseguradas medidas de diagnóstico, comparticipação de terapêuticas, preservação de fertilidade e direitos laborais destas mulheres, medidas estas que faziam parte dos pedidos solicitados na petição entregue em 2022 e que foram rejeitados na sua generalidade pela então maioria parlamentar do grupo socialista. 

A MulherEndo, Associação Portuguesa de Apoio a Mulheres com Endometriose, fez saber que enviou já uma tomada de posição, a todos os partidos com assento parlamentar, em concordância com o decreto lei que vai agora a discussão e que solicitou ainda aos restantes partidos que se aliem a esta iniciativa apresentado eles as medidas que ficam em falta, nomeadamente a instituição de estatuto de doença crónica para pacientes com diagnóstico de Endometriose e/ou Adenomiose e a criação de uma comissão de trabalho para a coordenação de uma estratégia de resposta eficaz para todas as doentes. 

MulherEndo quer acompanhamento digno das doentes no SNS 

“Em 2023, quando as nossas ideias foram debatidas, todos os partidos se mostraram ao nosso lado compreendo a necessidade e urgência das medidas solicitadas. Os vários projectos de resolução e de lei que foram então apresentados foram votados favoravelmente pela grande maioria dos partidos, com exceção da então maioria parlamentar do grupo socialista. Estamos num novo ano, com um novo governo e desta vez não há qualquer desculpa para que este projecto lei não seja aprovado e as restantes medidas fiquem na gaveta.”, refere Susana Fonseca, Fundadora e Presidente da Associação MulherEndo, que promete não baixar os braços até que em Portugal haja um acompanhamento digno no SNS para estas doentes. 

De 1 e 4 de outubro
A Escola Superior de Enfermagem do Porto acolhe a 15ª Conferência Lusófona de Ciência Aberta, entre os próximos dias 1 e 4 de...

A Conferência Lusófona de Ciência Aberta tem como objetivo reunir as comunidades dos países lusófonos que desenvolvem atividades de investigação, desenvolvimento, gestão de serviços e definição de políticas relacionadas com a Ciência Aberta em todas as vertentes, nomeadamente o Acesso Aberto à Informação Científica e os Dados de Pesquisa.

O evento pretende ser um espaço de troca, debate e divulgação de conhecimentos, práticas e estudos sobre esses temas, nas várias dimensões e pontos de vista.

Mais informações em: https://confoa.rcaap.pt/2024/

Responsável do projeto COOP Cortaderia na ESAC diz que falta mais intervenção das autoridades para a conter
Uma espécie de planta exótica em particular, originária da região das Pampas, na América do Sul, que até há duas décadas surgia...

“Esta espécie ocupa facilmente as bermas e imediações das nossas estradas, caminhos-de-ferro e outras áreas perturbadas, encontrando aí uma oportunidade fácil para se expandir rapidamente. Mas também invade outros locais, como sapais, dunas ou mesmo o subcoberto de áreas florestais. Isto deve-se à sua excelente capacidade reprodutiva, que se traduz em milhões de sementes minúsculas por planta; às suas baixas exigências por recursos; à sua grande flexibilidade em termos de condições ecológicas onde consegue crescer; e, por vezes, à ausência de competição por outras espécies que (não) ocupam o território, devido à degradação das comunidades vegetais”, explica.

Nesta altura do ano, prossegue, “é muito fácil identificar onde estão as ervas-das-pampas, já que estas se revelam esplendorosamente na paisagem, exibindo as suas inflorescências, plumas, ou penachos vistosos, de coloração variada que pode ir desde o prateado ao ligeiramente rosado. É com a sua beleza enganadora que disfarça os impactes negativos que causa e se torna atrativa para quem (ilegalmente!) a usa para decorar jardins, montras e até casamentos. Quem já esteve em contacto direto com esta planta sabe, em primeira mão, o quão perigosa ela pode ser para a pele (daí o seu nome Cortaderia) e para as vias respiratórias. Os impactes negativos no estado de saúde da população, através das alergias que causa, é particularmente agravado por florir depois do verão, numa época em que menos espécies alergénicas costumam florir, sendo responsável por um novo pico de alergias, mais tardio.” Mas, avisa, “os impactes negativos não se ficam por aí. Tem também impactes económicos associados ao seu controlo, particularmente nas faixas marginais às estradas, obrigando a despender recursos financeiros avultados. Adicionalmente, ao crescer sem controlo, a erva-das-pampas forma áreas homogéneas, nas quais é a única protagonista, impedindo as outras espécies e degradando os ecossistemas, e os benefícios que os mesmos nos dão.” “Nem as nossas culturas agrícolas e florestais estão imunes a esta ameaça invasora”, assevera. “Nesta altura do ano, muitos indivíduos de Cortaderia já efetuaram as trocas de pólen e as plantas femininas estão agora a dispersar as suas sementes, expandindo mais uma vez a sua área de ocupação.”

“Torna-se então urgente agir, enquanto sociedade, para parar esta catástrofe ambiental e as suas consequências sociais negativas”, apela.

Dando continuidade ao projeto LIFE STOP Cortaderia, que terminou no ano de 2022, o COOP Cortaderia, em desenvolvimento até setembro de 2028, tem precisamente como objetivo sensibilizar, educar / formar e promover a intervenção dos vários setores da sociedade de forma a gerir melhor a invasão biológica por erva-das-pampas, contando com a participação de parceiros espanhóis, franceses e portugueses.

Além de intervenções de controlo, nas áreas de influência de alguns dos parceiros, e uma forte aposta na sensibilização ambiental, este projeto convida entidades públicas e privadas a aderir à Estratégia Transnacional de luta contra a Cortaderia no Arco do Atlântico, oferecendo formação e consultoria profissional para melhorar a gestão da espécie com a finalidade de travar a sua expansão e, onde for possível, erradicar a sua presença.

Todos os Municípios, Comunidades Intermunicipais, Concessionárias de (Auto)Estradas, assim como outras entidades, incluindo Associações, ONGs, empresas, etc. foram já contactadas e convidadas a aderir. Existem, até à data, 63 entidades portuguesas aderentes (lista disponível em lifecoopcortaderia.org/pt), de entre um total de 185 entidades nos três países. Entre estas, em Portugal podem destacar-se, por exemplo, pelo papel ativo nesta luta, os Municípios de Ílhavo, Leiria, Lousada, Soure e Vila Nova de Poiares, uns de forma mais «musculada», com ações de controlo, outros apostando na prevenção com ações de sensibilização dos cidadãos ou voluntariado para mapear a espécie ou remover as plumas: são exemplos inspiradores que, segundo Hélia Marchante, “mostram que ainda que o desafio seja grande, é possível ganhar algumas batalhas!”. No entanto, lamenta, “muitas entidades não chegaram sequer a responder ao convite de adesão e entre as aderentes há algumas que tardam em intervir de forma mais proativa permitindo o avançar da invasão da espécie com consequentes impactes negativos que se avolumam rapidamente”.

Hélia Marchante lança o repto: “se pertence a uma entidade pública ou privada que possui ou lida com esta espécie no seu território (ainda que pontualmente), pode juntar-se à Estratégia Transnacional, trabalhar em conjunto com parceiros que enfrentam o mesmo desafio, e passar a fazer a diferença usufruindo dos benefícios que o projeto lhe pode oferecer. Se, por outro lado, é um cidadão preocupado, pode controlar a espécie nos seus terrenos (se os tiver), deixar de usar a espécie, ou fazer pressão junto das entidades para que controlem esta (e outras) espécie invasora. Pode também divulgar o projeto COOP Cortaderia e a possibilidade de adesão à Estratégia junto de empresas, escolas, associações e, principalmente, dos agentes políticos locais (juntas de freguesia e municípios). Se for professor, temos ainda um programa de ciência cidadã no qual pode participar com grupos de alunos e contribuir ativamente para aumentar o conhecimento, o mapeamento e o controlo desta espécie: os 5 Desafios COOP CORTAderia, disponíveis em https://lifecoopcortaderia.org/desafios-corta-deria/”.

Para saber mais sobre este projeto, consulte a página da internet www.lifecoopcortaderia.org. Em alternativa, envie as suas dúvidas para [email protected].

 
Tratamento não invasivo com resultados efetivos
Uma tecnologia inovadora baseada ultrassons de alta frequência, desenvolvida por investigadores da Universidade de Coimbra,...

A nova tecnologia representa "um avanço tecnológico nos tratamentos dermocosméticos, já que permite finalmente entregar através da barreira cutânea diversas formulações, entre as quais o ácido hialurónico de nível cosmético, o que até agora só era possível com as clássicas injeções com seringas e agulhas". 

Ideal para os adeptos de tratamentos não-invasivos, com resultados efetivos (naturais) e que pretendem adiar os efeitos do envelhecimento, esta tecnologia está disponível nos corners de beleza Be.U, no Oeiras Parque. 

“A grande vantagem da tecnologia da Be.U passa por ser um tratamento não-invasivo, indolor, sem tempo de recuperação e com resultados visíveis desde o primeiro tratamento com ácido hialurónico, para a diminuição de rugas finas e pelo forte aumento da hidratação cutânea, o que melhora a qualidade e elasticidade da pele, prevenindo e atenuando os efeitos do envelhecimento” afirma o Dr. Cesar Arroyo Romo (MiitCLINIC, Madrid). 

Segundo a marca, "este lançamento é uma novidade mundial, já que alia a uma tecnologia exclusiva e distintiva, preços altamente competitivos, e os tratamentos estéticos mais avançados do mundo. O objetivo final da Be.U passa pela democratização dos cuidados estéticos, através da incorporação cutânea eficaz e não-invasiva do ácido hialurónico na epiderme, o que permite hidratar, reduzir rugas finas e rídulas, aumentar substancialmente a qualidade da sua pele e combater contra os efeitos visíveis do envelhecimento cutâneo". 

As zonas preferenciais para este tratamento são a face, pescoço, decote e mãos. Não existe período de recuperação, podendo retomar a sua vida quotidiana após alguns minutos.

"Os corners de beleza Be.U também inovam no aconselhamento e acompanhamento, recolha da história da sua pele e identificação do seu plano e rotina de beleza pela oferta de um plano de tratamento personalizado e adaptado à necessidade de cada pessoa! Dispomos de uma tecnologia de diagnóstico da pele, que também é uma novidade em Portugal, visto que permite captar imagens faciais com tecnologia de reconhecimento facial automático e apresentação dos seus parâmetros de pele, como o tipo, rugas, manchas, poros, textura, pigmentação, acne e envelhecimento", avança ainda a Be.U Skincare Clinic. 

 
Entenda esta relação
A relação entre saúde mental e alimentação é complexa e multidimensional, pois reflete a influência

Esta relação bidirecional entre saúde mental e alimentação faz com que uma pessoa com uma alimentação desadequada esteja mais propensa a desenvolver uma patologia do fórum mental. Ao mesmo tempo, indivíduos com transtornos mentais estão mais propensos a ter padrões alimentares desajustados e desequilibrados.

A nível orgânico, os nutrientes desempenham um papel crucial na função cerebral e, consequentemente, na saúde mental. Por exemplo, os ácidos graxos ómega-3, encontrados em peixes gordurosos e frutos secos, são fundamentais para o bom funcionamento cerebral, ao preservarem as membranas celulares e promoverem uma comunicação eficaz entre os neurónios, com resultados na melhoria da capacidade de memória e redução dos sintomas de depressão e ansiedade.

Por outro lado, patologias, como anorexias nervosas, associadas a dietas muito restritivas, resultam num défice de vitaminas do complexo B, como a B12 (cobalamina) e a B9 (ácido fólico), que são essenciais para a produção e regulação dos neurotransmissores que influenciam o humor. O défice destas vitaminais aumenta a probabilidade de desenvolver distúrbios do humor e metabólicos.

A ingestão excessiva de alimentos processados e açúcares refinados pode ter um impacto negativo na saúde mental. Esses alimentos potenciam picos e quedas rápidas dos níveis de glicose no sangue, o que pode resultar em alterações de humor, fadiga e prostração.

Além disso, dietas ricas em alimentos ultraprocessados, que são pouco nutritivos e de saciedade de curta duração, pode contribuir para um desequilíbrio na produção de serotonina e potenciar sintomas depressivos.

Por fim, uma dieta equilibrada e diversificada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis, contribui positivamente para a saúde mental em todas as faixas etárias. Além da qualidade dos alimentos, a forma como nos relacionamos com a comida também é importante. Práticas alimentares conscientes, que envolvem a gestão dos sinais de fome e saciedade, além de executar um plano alimentar, com a preservação dos horários e frequências das refeições, podem promover um melhor equilíbrio emocional e reduzir comportamentos alimentares prejudiciais.

Em suma, a relação entre alimentação e saúde mental é vigente e significativa. Investir numa dieta equilibrada e nutritiva pode ser uma estratégia eficaz para promover o bem-estar psicológico e emocional. No entanto, é importante lembrar que a alimentação é apenas um dos muitos fatores que influenciam a saúde mental. Uma abordagem holística que inclua exercícios físicos, sono adequado e suporte emocional também é fundamental para um equilíbrio saudável.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Soluções sustentáveis de iluminação, sinalização e acessibilidade
Com o propósito de criar uma maior capacidade e eficiência na resposta a doentes graves do Centro Hospitalar Universitário de...

A Sotécnica, uma das marcas dedicadas à Transição Energética da VINCI Energies Portugal, desenvolveu a solução completa de iluminação da plataforma do heliporto. Além disso, garantiu a montagem dos dois elevadores na plataforma, proporcionando maior acessibilidade através de um corredor especialmente desenhado, que garantirá acesso direto entre a pista do heliporto e o serviço de urgências do Hospital.

A base da pista do heliporto do CHUSP, com 1.600m², foi construída numa plataforma elevada, com seis metros de altura, que permitirá acesso direto à zona dos elevadores via uma manga, levando os doentes diretamente ao serviço de urgência.

Paulo Amorim, deputy director na Sotécnica, afirma que “o heliporto do CHUSP é um projeto extremamente relevante não apenas para a zona norte do país, mas também para nós enquanto empresa. A Sotécnica conta com uma longa história de reputação e know-how, reconhecidos no desenvolvimento de projetos de grande relevo e impacto, que nos permite ser um parceiro de referência também para esta iniciativa crítica. Com este novo heliporto em funcionamento, o CHUSP terá certamente uma melhor resposta perante urgências e doentes graves na zona norte do país. É com muito orgulho que a Sotécnica participa no desenvolvimento deste projeto.”

Com a obra a aguardar o licenciamento das entidades competentes, Jorge Sousa, diretor de Instalações e Equipamentos do CHUSP, afirma que: “é uma infraestrutura com requisitos muito específicos e internacionais, e pretende-se que este se distinga por ser um heliporto certificado. Com um funcionamento contínuo de 24 horas, este heliporto terá dois cones de aproximação, sendo o que está definido para este tipo de plataformas de utilização médica. Está sujeito a uma inclinação máxima de voo de 4%, um desafio significativo, dado que se situa no centro da cidade do Porto, rodeado por diversos edifícios. Este heliporto distingue-se de outros devido à ligação célere e eficaz dos doentes desde a plataforma de aterragem até às salas de emergência/urgência do hospital por via de um túnel de acesso em vidro e elevadores (a partir desse momento é como se estivesse no interior do edifício). Desta forma, é garantida uma fluidez contínua desde a aterragem até à urgência clínica, que se distingue de outros e servirá toda a região Norte do país. Não tenho dúvidas que será uma mais-valia para toda a população.”

Em termos de iluminação, a pista incorporará luminárias LED específicas, de sinalização para segurança e orientação, complementada por um controlador de rádio. Este último aspeto distingue o heliporto como um dos primeiros no país a adotar um sistema de controlo desta natureza. Essa implementação visa alcançar a máxima eficiência do sistema, garantindo operações seguras das aeronaves, especialmente durante o período noturno ou em condições de baixa visibilidade. Também a manga de vento tem um sinalizador iluminado que fornece orientações sobre a sua direção. Será ainda instalado um sinalizador de obstáculos em três edifícios vizinhos, suportado por uma solução solar 100% autónoma.

Repto lançado a propósito do Dia Mundial do Coração
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) junta-se à Federação Internacional da Diabetes na Europa (IDF Europa)...

A partida já foi dada quando a Presidência Húngara do Conselho da União Europeia assumiu o compromisso para com a saúde cardiovascular. Embora a APDP reconheça a importância de uma ação contra as doenças cardiovasculares, alerta que sem uma abordagem conjunta para as combater não vai ser possível reduzir significativamente a mortalidade e melhorar a vida dos cidadãos europeus.

“Estamos satisfeitos por ver que uma das doenças não transmissíveis (DNT) mais mortais da Europa está a ser seriamente considerada na formulação de futuras políticas europeias. No entanto, consideramos que esta abordagem não tem em conta as mais recentes provas científicas que sustentam o apelo a uma abordagem integrada das doenças cardiovasculares (DCV) e da diabetes.”, explica Elisabeth Dupont, Regional Manager da IDF Europa, acrescentando: “Compreender, reconhecer e tratar a intrincada ligação entre a diabetes e as doenças cardiovasculares através de uma abordagem conjunta não é apenas benéfico para todas as pessoas que vivem com estas doenças. É efetivamente essencial”.

"Ignorar a ligação entre diabetes e doenças cardiovasculares seria um erro estratégico com graves consequências", afirma João Filipe Raposo, Diretor Clínico da APDP e membro do Board da IDF Europa. “As doenças cardiovasculares têm um peso enorme na qualidade de vida e na esperança de vida da pessoa com diabetes. A abordagem clínica da pessoa deverá ter como objetivo o controlo de todos os fatores de risco de DCV.”

A APDP e a IDF Europa acreditam que um Plano Europeu para as doenças cardiovasculares e a Diabetes representará uma oportunidade única para uma mudança verdadeiramente transformadora para a saúde pública europeia e para os seus sistemas de saúde. A prevenção e gestão eficaz da diabetes, incluindo o acesso atempado a tratamentos e cuidados adequados, são essenciais para reduzir o risco de complicações cardiovasculares.

A diabetes aumenta significativamente o risco de desenvolver complicações potencialmente fatais, sendo que um terço das pessoas com diabetes desenvolve alguma doença cardiovascular, principal causa de morte e incapacidade para pessoas que vivem com a doença. As doenças cardiovasculares constituem ainda a principal causa de internamento hospitalar nas pessoas com diabetes. Como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, não há uma importante redução destas sem uma abordagem integrada.

Urologista esclarece
Os dados indicam que em Portugal surgem cerca de 6000 novos casos de cancro da próstata por ano, sen

A partir de que idade um homem deve consultar um urologista, tendo como pressuposto o diagnóstico precoce?

A partir dos 50 anos (depois dos 45 anos, se houver história familiar de cancro da próstata), de forma regular, uma vez por ano, mesmo se não existirem sintomas. Se o doente tiver queixas/sintomas urinários antes desta idade, deverá ser avaliado em consulta de Urologia, mas essas queixas não necessariamente (pelo contrário, provavelmente não são) causadas por um cancro.

Qual é a taxa de sucesso do cancro da próstata?

Se os cancros da próstata forem diagnosticados cedo, precocemente, as taxas de cura podem atingir os 98% aos 10 anos. No entanto, se o diagnóstico for mais tardio ou em casos de tumores muito agressivos, essa percentagem diminui significativamente. Daí a necessidade e importância das campanhas de alerta contra estas doenças, para permitir o diagnóstico precoce, em fases iniciais da doença, mesmo se o tumor for agressivo.

Quais são os tratamentos mais comuns neste tipo de patologia?

Os tratamentos mais comuns das formas localizadas deste tumor são a cirurgia, a braquiterapia (uma espécie de radioterapia interna, com colocação de implantes, que os urologistas designam frequentemente por "sementes", que emitem radiação no interior da próstata) ou radioterapia externa.

Nos casos em que o tumor já não está localizado, pode ser necessário tratamento com medicamentos que inibem a ação de uma hormona, a testosterona e eventualmente cirurgia ou radioterapia, do mesmo modo. Em alguns casos, geralmente mais avançados ou agressivos, pode ser necessário um tratamento hormonal designado de "segunda linha", eventualmente associar mais do que um medicamento ou realizar quimioterapia, entre outros tratamentos. Infelizmente, em casos mais avançados, mais agressivos, por vezes é mesmo necessário este tipo de tratamento.

Nos últimos anos, o número de novos casos tem vindo a aumentar, a diminuir? E a média de idades, mantém-se?

O número de casos tem vindo a aumentar, infelizmente. Este dado prende-se com o envelhecimento progressivo da população mundial (e também portuguesa), pelo que é inexorável. No entanto, há outros fatores que promovem o diagnóstico cada vez mais frequente da doença, que surge em doentes cada vez mais jovens. Foi dado um alerta pelas autoridades de saúde para o "tsunami" de novos casos de cancro da próstata que se antecipam para os próximos anos.

Existe uma ideia generalizada de que o cancro da próstata atinge homens com mais de 60 anos. Mas pode afetar homens mais jovens?

Sim pode, de facto e como foi dito. Este tumor é cada vez mais frequente em homens mais novos.

Como se previne este tipo de doença?

Existem muito poucos fatores que possamos modificar e que permitam prevenir o cancro da próstata. Sabemos que a presença de testosterona, ao longo de muitos anos, pode potenciar o uma alteração celular e o desenvolvimento deste tumor. No entanto, não podemos impedir esses dois fatores: o passar dos anos e a presença desta hormona.

A dieta - errada - dos países desenvolvidos, com muita proteína e gordura, aumenta o risco do cancro da próstata (por exemplo em comparação com regiões do globo em que se consomem menos alimentos com estas substâncias. Uma dieta com boas regras, uma "higiene alimentar" adequada por exemplo conferida pela dieta mediterrânica - é protetora contra este tumor.

Foi postulado que alguns suplementos seriam eficazes para evitar, para prevenir o cancro da próstata, mas apenas o licopeno, uma substância que existe no tomate (sendo superior a absorção deste produto se o tomate for cozinhado) demonstrou reduzir ligeiramente o risco de tumor da próstata. Por isso, não é recomendado, neste momento e com o conhecimento atual, a suplementação de toda a população com licopeno.

O exercício físico regular reduz o risco de cancro da próstata e, se/quando é diagnosticado, reduz a agressividade do tumor e a progressão do mesmo para fases/estádios mais adiantados, sendo também melhor a resposta à terapêutica.

Assim, é recomendada a realização de uma boa higiene alimentar, seguindo as regras conhecidas de uma dieta saudável, bem como a realização de exercício físico regular. 

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Jogo educativo sobre a doença renal chega às salas de aula neste ano letivo
A Associação Portuguesa de Insuficientes Renais (APIR), com o apoio da Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL),...

Cerca de 3.000 alunos de escolas básicas de diferentes localidades do país, incluindo Amadora, Caldas da Rainha, Carregado, Celeirós, Gafanha da Encarnação, Guimarães, Lisboa, Loulé, Moita, Paredes, Pombal, Portalegre, Portimão, Porto, Póvoa da Galega, Ramada, Setúbal, Silves, Torre de Moncorvo, Venda do Pinheiro e Vieira de Leiria, vão receber esta primeira edição do jogo.

“Concebemos o jogo “À descoberta dos nossos rins” com o objetivo de proporcionar uma experiência educativa envolvente, em que os alunos, organizados em equipas, participam numa competição saudável e aprofundam os seus conhecimentos sobre o sistema urinário, enquanto são relembrados da importância de manter os rins saudáveis. Com esta iniciativa, pretendemos contribuir para a prevenção da doença renal crónica desde a infância.”, explica José Miguel Correia, Presidente da APIR.

“É um orgulho apoiarmos o lançamento deste jogo educativo que será uma ferramenta valiosa na educação das gerações mais jovens. Estamos certos de que ao investir na literacia em saúde renal estaremos a contribuir para uma sociedade mais empoderada e mais capaz de se prevenir da doença renal crónica”, explica Sofia Correia de Barros, Presidente da Direção da ANADIAL.

O conjunto inclui um dossier completo com instruções, cartas de jogo, um póster educativo e fichas de atividades. Além disso, esta iniciativa inclui a possibilidade de organizar palestras educativas nas escolas, focadas na prevenção da doença renal crónica. Os materiais relacionados com este jogo encontram-se também disponíveis online: https://www.apir.org.pt/publicacoes/jogo-a-descoberta-dos-nossos-rins/ 

A doença renal crónica é uma doença provocada pela deterioração lenta e irreversível da função renal. Como consequência da perda de função, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia).

Investigadores da FMUP identificam marcadores de risco na gestação e após o parto
A presença de um conjunto específico de proteínas na urina de mulheres grávidas pode ajudar a identificar as que correm maior...

Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), publicado na Scientific Reports (grupo Nature), analisou as proteínas presentes na urina (proteoma) de uma coorte de 59 grávidas, das quais 32 eram saudáveis e 27 tinham pelo menos um fator de risco cardiovascular. Foram realizadas duas medições, a primeira durante o terceiro trimestre de gravidez e a segunda seis meses após o parto.

Como explica Inês Falcão-Pires, investigadora da FMUP, coordenadora do estudo e da coorte PERIMYR, “a gravidez obriga o corpo da mulher a adaptar-se ao crescimento e desenvolvimento do feto. O coração é um dos órgãos que sofrem ajustes, como um aumento da massa do ventrículo esquerdo. Em condições normais, estas alterações habitualmente regridem e a anatomia e a função cardíaca voltam ao normal após o parto, tornando a mulher grávida um bom modelo de estudo desta recuperação”.

Ana Filipa Ferreira, autora principal do estudo, explica que o principal objetivo era a identificação do perfil de proteínas na urina de mulheres sem fatores de risco e com fatores de risco, nomeadamente obesidade e/ou hipertensão e/ou diabetes tipo 2 ou gestacional.

De facto, de entre 342 proteínas presentes na urina consideradas, a investigação conseguiu identificar 17 proteínas relacionadas com alterações cardíacas persistentes após o parto, nomeadamente com o aumento da massa do ventrículo esquerdo. Incluem-se aqui fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGF-1), produzidas pelo fígado e associadas ao crescimento fetal. Para a identificação destas proteínas, António Barros, também investigador da FMUP, recorreu a ferramentas estatísticas avançadas.

Segundo os autores, as proteínas identificadas na urina podem indicar como o coração se readapta após a gravidez. Algumas dessas proteínas sinalizam “uma recuperação mais lenta do ventrículo esquerdo, enquanto outras indicam um retorno mais rápido à condição normal”. Estas proteínas poderão funcionar como biomarcadores, refletindo as mudanças estruturais e funcionais que ocorrem no coração durante e após a gravidez.

“O perfil do proteoma da urina reflete o processo de remodelagem cardíaca reversa, o que significa que a análise das proteínas na urina poderá ser um meio complementar de avaliar o risco cardiovascular em mulheres durante e após a gravidez", sublinha Inês Falcão-Pires.

Também de acordo com Ana Filipa Ferreira, “este proteoma permitirá sinalizar grávidas com maior probabilidade de desenvolver alterações cardiovasculares, nomeadamente uma remodelagem cardíaca incompleta, que parece ser precursora do desenvolvimento das doenças cardiovasculares a longo prazo. Esta abordagem salienta a pertinência de um acompanhamento mais próximo dessas mulheres principalmente após a gravidez”.

Este estudo foi distinguido com o Prémio Saúde Cardiovascular da Mulher pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia conjuntamente com a Organon no Congresso Português de Cardiologia 2024 e é parte integrante do projeto PERIMYR, uma iniciativa abrangente que visa aprofundar o conhecimento sobre os riscos cardiovasculares durante a gravidez e no período pós-parto. Os resultados obtidos contribuem significativamente para o objetivo global do projeto, fornecendo importantes indicações sobre os marcadores biológicos associados a estas condições.

Além de Inês Falcão Pires, participaram neste estudo António Barros, Ana Ferreira, Fábio Trindade, Juliana Morais, Sílvia Diaz, Francisca Saraiva, Carla Sousa, Carla Ramalho, Rui Vitorino e Adelino Leite-Moreira, da FMUP e UnIC@RISE/RISE-Health, Ana Paula Machado, da ULS de São João, Maria João Azevedo, da University of Amsterdam e Vrije Universiteit Amsterdam, Thibaut Douché e Mariette Matondo, da Proteomic Platform, Mass Spectrometry for Biology Unit, Institut Pasteur, Université Paris Cité.

 
Exposição e leilão artístico para angariação de fundos
Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Infantil – vai organizar, em Lisboa, no próximo dia 10 de outubro – data em que se...

A iniciativa, que coloca a arte ao serviço da Saúde Mental, conta este ano com a colaboração de 40 artistas contemporâneos, consagrados e emergentes, que generosamente doaram as suas obras para integrar a 8ª Edição da exposição e do leilão solidário de arte contemporânea “CAPITI Art Mind”.

São vários os artistas que aderiram à causa solidária e, entre eles, contam-se nomes bem conhecidos no mundo artístico – Adriana Molder, Alexandre Camarao, Ana Cardoso, Ana Guedes, Bernardo Simões Correia, Catarina Dias, Constança Arouca, Diogo Navarro, Francisca Carvalho, Gil Heitor Cortesão, Inês D'Orey, Joana Villaverde, João Fonte Santa, João Jacinto, João Paulo Serafim, Jorge Molder, José Maçãs de Carvalho, Luís Alegre, Luís Coquenão, Manuel Caldeira, Maria Ana Vasco Costa, Maria Condado, Nuno Nunes-Ferreira, Patrícia Garrido, Paulo Lisboa, Pedro Batista, Pedro Calapez, Pedro Quintas, Pedro Vaz e Sara Peres.

No âmbito da iniciativa, e à semelhança do ano passado, a CAPITI desafiou artistas a doarem uma obra, via Instagram, que foi avaliada posteriormente por um júri – João Pinharanda, Diretor Artístico do MAAT, Sebastião Pinto Ribeiro, CFO do Palácio do Correio Velho, e Mariana Saraiva, Presidente da CAPITI – que selecionou 10 obras que irão integrar a 8ª Edição da exposição e do leilão solidário de arte contemporânea “CAPITI Art Mind”. No seguimento deste desafio, foram selecionadas 10 obras dos seguintes artistas emergentes – AleXa (Alexandra da Silva), Fátima Lopo de Carvalho, Filipe Condado, João Maria Noronha Neves, Luz Espírito Santo, Madalena Cassiano Neves, Madalena Santos, Sofia Adão da Fonseca, Sofia Leitão e Teresa Almeida Rocha.

O evento solidário, que já faz parte da agenda cultural da cidade de Lisboa, vai ter lugar no MAAT Central (Sala dos Condensadores), entre as 12h00 e as 19h00, no dia 10 de outubro, no qual será possível ver todas as obras expostas e participar no leilão live online. A partir de amanhã, 1 de outubro, será possível licitar as obras no site do Palácio do Correio Velho em www.pcv.pt. O encerramento do leilão será feito dia 10 de outubro, pelas 21h30, e a licitação deve ser feita, também, em www.pcv.pt. Em 2023, a iniciativa permitiu a angariação de 51.860 euros com a venda de 27 peças de arte, o que permitiu à CAPITI ajudar a garantir o tratamento anual de 51 crianças e jovens de famílias carenciadas, com perturbações do desenvolvimento e do comportamento.

478 crianças e jovens apoiados e mais de 16 mil atos clínicos realizados

Fundada em 2017, a CAPITI vive de doações e já apoiou, até ao momento, um total de 449 crianças e jovens, através das 10 clínicas parceiras a nível nacional, tornando possível a realização de mais de 16.500 atos clínicos que englobam consultas com médicos, psicólogos e outros técnicos, e avaliações para diagnóstico.

Graças às parcerias estabelecidas com 10 clínicas em 13 cidades do país, a CAPITI conseguiu, em 2023, que 170 crianças e jovens fossem acompanhados de forma regular, sendo que mais de metade destas crianças e jovens residem fora do distrito de Lisboa. Outro dado importante é que quase 70% dos casos em acompanhamento de crianças e jovens pertencem aos escalões 0 e 1, ou seja, são provenientes de famílias com maiores dificuldades financeiras, onde a CAPITI apoia 90% ou 70% das suas consultas.

Face ao contexto da pandemia e da guerra na Europa, a CAPITI teve de se adaptar e reinventar para assegurar, por um lado, a continuidade do acompanhamento das crianças e jovens, e por outro a possibilidade de acolher as novas famílias que precisam do seu apoio. Mariana Saraiva, presidente da CAPITI, refere que “perante o difícil contexto que vivemos em Portugal, fazemos os possíveis para apoiar o maior número de famílias, graças aos donativos de entidades privadas que tudo fazem para nos ajudar a cumprir com a nossa missão, que passa por promover o crescimento saudável e a autonomia de crianças e de jovens carenciados, com perturbações do desenvolvimento e do comportamento, através de acompanhamento médico e terapêutico de excelência”.

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