Investigação Mayo Clinic
Uma doença hereditária rara de declínio cognitivo conhecida como Perturbação Relacionada com o CSF1R (CSF1R-RD) tem o seu nome...

Este facto realça a prevalência da doença e abre caminho a futuros tratamentos individualizados. A descoberta também sugere que fatores genéticos e ambientais podem influenciar a doença. Por exemplo, os esteróides utilizados para tratar a inflamação e as respostas imunitárias podem reduzir a neuroinflamação e prevenir a ocorrência de sintomas em portadores assintomáticos de mutações no gene CSF1R, segundo a equipa de investigação.

Os investigadores analisaram uma série de dados - demografia, genótipo, história familiar, estado clínico - recolhidos em 14 famílias das Américas, Ásia, Austrália e Europa. Encontraram 15 mutações CSF1R, incluindo oito mutações não registadas anteriormente. Existem cerca de 200 mutações conhecidas associadas a esta doença.

Este estudo contribui para a compreensão global da hereditariedade e da prevalência global de doenças neurodegenerativas raras em pessoas com e sem história familiar da doença”, afirma o autor sénior do estudo, Zbigniew Wszolek, um neurologista e neurofisiologista clínico da Mayo Clinic. A descoberta permitirá aos cientistas direcionar tratamentos modificadores da doença específicos para estas mutações do gene CSF1R”.

As variações genéticas podem complicar o diagnóstico da CSF1R-RD porque os sintomas podem imitar outras doenças, explica Wszolek. O diagnóstico preciso e a gestão médica da doença requerem critérios de diagnóstico e opções de tratamento actualizados, acrescenta.

A equipa de investigação afirma que são necessários mais estudos para analisar os portadores assintomáticos e sintomáticos das mutações do gene CSF1R, a fim de compreender melhor a doença. Salientam que os conhecimentos adquiridos com esta investigação irão melhorar o aconselhamento genético, orientar o desenvolvimento de intervenções terapêuticas e melhorar a previsão do risco de aparecimento da doença.

Wszolek e a sua equipa de investigação descobriram o gene CSF1R em 2011. Um dos estudos anteriores da equipa sobre a doença relacionada com o CSF1R, também conhecida como leucoencefalopatia relacionada com o CSF1R, examinou um tratamento que modifica a doença.

O estudo, agora publicado, pode ser conslutado aqui: https://www.neurology.org/doi/10.1212/NXG.0000000000200187

3º edição regressa ao Oeiras Padel Academia, a 19 de outubro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Sul (LPCC-NRS) volta a ser parceira do torneio ‘Pink Padel Open’, cuja...

As inscrições já abriram para cerca de 288 jogadores, repartidos por 14 categorias. Por ser já o terceiro ano deste projeto singular, a agência The Stage, promotora do evento, introduziu algumas novidades: abriu-se pela primeira vez a categoria de ‘Padel Inclusivo’ e reforçou-se a aposta nos jovens atletas, alargando os Sub14 a duas categorias de Femininos e Masculinos.

Outra das grandes surpresas é o apoio da prestigiada pintora Graça Morais, que prontamente se solidarizou com o trabalho desenvolvido pela LPCC e ofereceu a ilustração das t-shirts oficiais do torneio deste ano, inspirada nas flores do seu jardim e que apresentam a seguinte mensagem: “Quero partilhar estas pinturas feitas em estado de graça, inspiradas nas flores do meu jardim, com todas as Mulheres que enfrentam e já enfrentaram o cancro de mama. A todas, desejo muita coragem e esperança por uma vida com mais saúde e muitos momentos de alegria”.

Para Marta Pojo, Diretora dos Projetos de Saúde da LPCC – NRS, é com muita gratidão que a Liga Portuguesa Contra o Cancro se alia a esta iniciativa pelo terceiro ano consecutivo. “Só podemos agradecer o empenho de todos que dão vida a este projeto que, além de promover um estilo de vida ativo, permite-nos dar continuidade ao nosso trabalho no apoio ao doente oncológico e cuidadores, na prevenção e diagnóstico precoce do cancro e também no apoio à formação e investigação em Oncologia. Todas as receitas que possamos angariar são muito importantes para podermos apoiar quem mais necessita”, apelou.

Estima-se que 1 em cada 11 mulheres na União Europeia desenvolva cancro da mama antes dos 74 anos. Os números mais recentes, referentes a 2022, divulgados pela Organização Mundial de Saúde sobre Portugal, mostram que o Cancro da Mama é o segundo tipo de cancro com mais prevalência no país e o quarto que mais mata, registando-se já 8 954 novos casos por ano.

As inscrição para a terceira edição do ‘Pink Padel Open’ estão abertas aqui.

27 de setembro
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares [APAH], em parceria com a Unidade Local de Saúde do Nordeste, promove...

Dedicada ao tema “Cuidar em proximidade: desafios e inovação no Nordeste" esta edição vai incidir sobre áreas e projetos implementados ou em curso, bem como desafios e oportunidades na ULS do Nordeste no contexto da inovação nos cuidados de saúde: da integração de cuidados, aos modelos de proximidade, a sessão contará com a participação de diversos profissionais de saúde da ULS do Nordeste que irão abordar e debater como “Cuidar em proximidade”. 

O “Caminho dos Hospitais” é uma iniciativa da APAH que teve o seu início em julho de 2016, traduzindo-se numa aposta na proximidade à comunidade hospitalar que visa atenuar situações de periferia através de visitas e reuniões programáticas às instituições do SNS, de forma descentralizada, dando especial enfoque a questões da atualidade. A par da articulação com os Administradores Hospitalares locais, na sua génese está a comunicação, a cooperação e a excelência no contacto com os Conselhos de Administração, inteirando-se da realidade e dos desafios de cada hospital e promovendo a qualidade da gestão hospitalar. Em paralelo são organizadas conferências/debate temáticas para as quais a APAH convida todos os associados e a comunidade hospitalar e da saúde a participar.

No Campo Pequeno
A Sonae Sierra e a Associação Alzheimer Portugal celebraram uma parceria com a Câmara Municipal de Lisboa com vista a criar, a...

As sessões deste novo Café Memória vão realizar-se aos quartos sábados de cada mês, das 10h00 às 12h00.

“Vamos falar sobre Demências” marca o primeiro encontro na cidade de Lisboa, sendo  iniciativa é gratuita e sem necessidade de inscrição prévia.

Rosário Zincke, Presidente da Direção Nacional da Associação Alzheimer Portugal, destaca: “com mais de 10 anos de existência o Café Memória é uma iniciativa de sucesso que tem vindo a contribuir de forma significativa para o envolvimento social de todos os que participam nas nossas sessões, muito em especial cuidadores familiares, conforme resulta das avaliações que temos recebido”.

Elsa Monteiro, Diretora de Sustentabilidade da Sonae Sierra, acrescenta: “O apoio de parceiros locais é fundamental e tem permitido levar o Café Memória a um maior número de pessoas.

Por isso, é gratificante contar com a participação da Câmara Municipal de Lisboa na abertura de mais um ponto de encontro.”

Sofia Athayde, Vereadora da Câmara Municipal de Lisboa com o Pelouro dos Direitos Humanos e Sociais refere que: “é com grande satisfação que nos juntamos à Associação Alzheimer Portugal e à Sonae Sierra para a concretização do Café Memória do Campo Pequeno, na Biblioteca Municipal do Palácio Galveias, espaço acessível e, simultaneamente, emblemático na cidade de Lisboa. Este projeto insere-se num conjunto de outras dinâmicas e apostas que o Município está a desenvolver na área do envelhecimento. É nosso propósito contribuir para a saúde e bem-estar das pessoas com problemas de memória e demência da nossa cidade, bem como dos seus cuidadores informais. Por outro lado, sabemos que estamos a contribuir para a sensibilização da comunidade para esta problemática de importância crescente na nossa sociedade. Temos de ter especial enfoque em quem nos deu e devemos tanto. Também é para eles que construímos cidade.”

O Café Memória é uma resposta específica para Pessoas com Demência e respetivos Cuidadores, amigos e familiares, que visa reduzir o isolamento social e contribuir para a melhoria da sua qualidade de vida, bem como consciencializar a comunidade para a relevância crescente do tema das demências, diminuindo, assim, o estigma que lhe está associado. 

A rede conta atualmente com 20 espaços físicos em vários pontos do país (Almada, Cascais, Évora, Esposende, Guimarães, Loures, Lisboa – com duas localizações, Madeira, Marinha Grande, Mirandela, Oeiras, Pombal, Portimão, Porto, Sesimbra, Sintra, Viana do Castelo, Viseu, e, agora, Lisboa – Campo Pequeno).

Desde o início do projeto em 2013 até dezembro de 2023, realizaram-se 1579 sessões que contaram com a presença de mais de 5.557 participantes e perto de 22.350 participações.

APIFARMA apresenta
“Análise ao investimento SNS com medicamentos 2018-2026” é o estudo que a APIFARMA vai apresentar amanhã, dia 25 de Setembro,...

 

A conferência integra as celebrações do 85.º aniversário da APIFARMA e é realizada com o objectivo de debater modelos de financiamento de medicamentos e analisar investimentos em saúde.

 

 

 

Alimentação e Diabetes
A diabetes mellitus tipo 2 é uma doença altamente prevalente e com incidência crescente nos países d

A diabetes mellitus tipo 2, muitas vezes, está relacionada à genética: se há casos de pessoas diabéticas na família, provavelmente, haverá predisposição ao surgimento da doença. Porém, são fatores como a má alimentação e sedentarismo que explicam este crescente número de diabéticos. O diagnóstico precoce é uma prioridade de saúde pública, de modo a identificar e iniciar rapidamente o tratamento da doença, e assim prevenir o aparecimento de complicações, que mais elevam os custos de saúde associados.

A prevenção da doença é conseguida através da melhoria da qualidade da alimentação e do nível de atividade física, fatores estes que também são 2 dos 3 pilares de tratamento da doença, a par da medicação e/ou insulina: alimentação e prática de exercício físico são importantes na melhoria do controlo metabólico, controlo do perfil lipídico (colesterol e triglicéridos) e da tensão arterial, bem como para manter um peso saudável, com o intuito de prevenir o aparecimento das complicações da diabetes.

No que diz respeito à alimentação, estão bem documentados os nutrientes e alimentos que, consumidos em maior quantidade, aumentam o risco de desenvolver a doença e suas complicações. São eles, o consumo excessivo de gorduras, particularmente de gorduras saturadas e de gorduras trans, presentes em grande quantidade na charcutaria, carnes vermelhas, laticínios gordos, manteiga, creme de culinária, peles e gorduras de animais (banha, toucinho), óleo de coco e coco, sendo que as margarinas de culinária, salgadinhos, bolachas, confeitaria industrial, refeições pré-preparadas, e tudo o que contenha “gordura hidrogenada”, são também ricas em gorduras trans.

São também prejudiciais o consumo excessivo de sal (em particular, de sódio), presente em maior quantidade na charcutaria, manteiga e margarina, batatas-fritas de pacote e outros aperitivos, conservas de peixes e hortícolas, azeitonas e tremoços, queijos curados, molhos preparados, refeições prontas a consumir e de fast-food (pizzas, massas, hambúrgueres) ou desidratadas (sopas, molhos), assim como o consumo excessivo de açúcar e de hidratos de carbono de alto índice glicémico, presentes em qualquer tipo de açúcar em natureza, “natural” ou não, pastelaria e confeitaria caseira ou industrial, bolachas e biscoitos, gelados, refrigerantes e sumos de fruta, conservas de fruta, compotas, geleia e marmelada, gomas, rebuçados, bombons e chocolate em geral, e até cereais de pequeno-almoço e pão preparado com farinhas mais refinadas.

Mostraram ser benéficos na prevenção e tratamento da diabetes tipo 2 o consumo de alimentos ricos em ácidos gordos monoinsaturados, presentes no azeite, azeitonas, óleo de amendoim, amendoim e abacate, assim como o consumo de fibras alimentares presentes nos cereais integrais e farinhas integrais ou menos refinadas, leguminosas, legumes e hortaliças, e frutas. Enquanto os alimentos integrais e os legumes e hortaliças têm, em geral, baixo índice glicémico, as frutas têm diferentes índices glicémicos, o que nem sempre as torna alimentos adequados para serem consumidas de forma isolada por diabéticos, devendo ser integradas numa refeição (como sobremesa, entrada ou mesmo fazendo parte do “prato”) ou consumidas com outros alimentos às merendas (com um punhado de frutos secos oleaginosos, iogurte ou queijo magro ou tosta ou pão integrais).

O consumo de peixe, magros e gordos, e o consumo de produtos lácteos magros (leite magro, iogurte natural ou de baixo teor de açúcar, queijos de menor teor de gordura, incluindo queijo fresco e requeijão) são também benéficos na prevenção e tratamento da diabetes. Não foi encontrada relação prejudicial ou preventiva no consumo de frutos secos oleaginosos em geral (noz, avelã, amêndoa, …), assim como no consumo de leguminosas (feijão, grão de bico, feijão frade, ervilhas, lentilhas, …), embora estes alimentos devam ser incluídos no âmbito de uma alimentação saudável, pelo papel benéfico que têm na saúde em geral.

Se tivermos conhecimento do que preconiza a dieta mediterrânica, os seus princípios “encaixam” muito bem nestas recomendações. Sendo uma dieta considerada uma das melhores no que respeita à promoção da saúde, e que se identifica com a cultura e filosofia mediterrânica, onde se inclui Portugal, a adoção da dieta mediterrânica trará benefícios para a saúde e prevenção/tratamento da diabetes mellitus, mas também para a proteção do ambiente e outras preocupações ecológicas atuais, pois preconiza a preferência por alimentos de produção local - menos propensos à presença de grandes quantidades de agroquímicos e com muito menores distâncias percorridas desde a produção até ao consumo, por vezes sem intermediários, conferindo menor pegada ecológica e defendendo o ambiente para as gerações futuras.

Autora: Ana Isabel Neves Ferreira - Nutricionista 1218N sócia da www.girohc.pt
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia 12 de outubro
No dia 12 de outubro (sábado), o Parque Urbano do Jamor, na Cruz Quebrada (Oeiras) acolhe pelas 10h00, a II edição da P-Race:...

“A partir dos 50 anos, os homens devem consultar um urologista (ou depois dos 45, se existir historial de cancro da próstata na família), mesmo quando não existem sintomas. Por outro lado, se o doente tiver queixas antes desta idade, deverá na mesma ser avaliado por um especialista, embora nestes casos, regra geral, esses sintomas não representam cancro”, sustenta José Santos Dias, médico urologista e Diretor Clínico do Instituto da Próstata. E acrescenta: “Se os cancros da próstata forem diagnosticados precocemente, as taxas de cura podem atingir os 98% aos 10 anos. No entanto, se o diagnóstico for mais tardio ou em casos de tumores muito agressivos, esta percentagem diminui”.

Os dados indicam que em Portugal surgem cerca de 6000 novos casos de cancro da próstata por ano e que o rácio de óbitos é de 2000/ano, razão pela qual a aposta no diagnóstico precoce é fundamental. A P-Race – Corrida da Próstata é uma organização conjunta do Instituto da Próstata, da Associação Portuguesa de Doentes da Próstata e da Associação de Atletismo de Lisboa, com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras e de Recordati, entre outros parceiros. O objetivo principal é sensibilizar a população portuguesa para esta doença.

No dia 12 de outubro (sábado), pelas 10h00, o Parque Urbano do Jamor acolhe homens e mulheres, de todas as idades, para correrem (10 quilómetros), marcharem ou caminharem (apenas 5 quilómetros). Este evento desportivo e lúdico é igualmente solitário, na medida e que o valor da inscrição (que varia entre os €7 e os €15) reverte integralmente para a Associação Portuguesa de Doentes da Próstata além de poder ser descontado na primeira consulta no Instituto da Próstata e Incontinência Urinária, em Lisboa. Além dos tradicionais sacos, t-shirts e ofertas variadas para todos os participantes, os vencedores da corrida recebem ainda uma estadia de duas noites nos PortoBay Hotel & Resorts.

“Infelizmente, o número de casos tem vindo a aumentar, em virtude do envelhecimento da população mundial (e também portuguesa), pelo que é inexorável. No entanto, existem outros fatores que promovem o diagnóstico precoce e cada vez mais frequente da doença, que surge em doentes cada vez mais jovens. Torna-se cada vez mais importante consciencializar a população portuguesa para a importância do diagnóstico precoce e da necessidade de campanhas de alerta como esta”, afirma José Santos Dias. 

Estima-se que no Hospital da Lapa tenham nascido mais de cem mil Bebés
Setembro é o mês de celebração do 120.º aniversário do Hospital da Lapa, que, desde 1904, abraça a cidade do Porto, o Norte de...

Com uma imagem renovada, de braço dado com a tradição e o futuro, o Hospital prepara-se para anunciar o lançamento de novos serviços clínicos e de medicina interna que irão complementar a aposta realizada no último ano, nomeadamente nas áreas de obstetrícia, gastroenterologia, cardiologia, imagiologia, entre outros. 

Para comemorar os 120 anos o Hospital da Lapa vai lançar ainda o Cartão Lapa, que permitirá o acesso aos serviços do Hospital com condições preferenciais, podendo os seus titulares beneficiar de campanhas exclusivas.  

Além do anúncio de novos serviços clínicos e do Cartão Lapa a celebração dos 120 anos do Hospital da Lapa será, também, marcada pelo debate do estado da Saúde em Portugal. “Será que o Estado confia no privado e no social?” é uma das questões que estará em cima da mesa e que contará com os testemunhos de Miguel Guimarães, médico e ex-bastonário da Ordem dos Médicos, e António Tavares, provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, com moderação do ex-Ministro da Saúde, Manuel Pizarro. Por sua vez, Dom Manuel Clemente, Patriarca de Lisboa Emérito, juntar-se-á a Dom Manuel Linda, Bispo do Porto, para refletir sobre os hospitais e se “Ainda são locais onde se sentem gestos de humanidade”. A conversa será moderada por Carlos Soares Alves, Advogado e Doutor em Direito.

Recorda-se que os novos serviços implementados no Hospital da Lapa surgem no seguimento da entrada da Lapacare - uma joint-venture entre o grupo UNISANA Hospitais (detido pela Atena Equity Partners e pela 3T Portugal) e a HLine - na gestão e exploração da unidade de saúde, no âmbito do Acordo de Parceria celebrado com a Irmandade da Lapa, que conserva a propriedade do Hospital da Lapa, exatamente como quando foi fundado, em 28 de setembro de 1904. 

Único Data Centre na Península Ibérica com certificação ECRIN
A Associação para Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem (AIBILI) celebra 35 anos dedicados à transformação de...

“A AIBILI tem três tempos. Um passado, do qual muito nos orgulhamos, em que contribuiu para o posicionamento de Coimbra e Portugal como referências internacionais em investigação clínica em oftalmologia. Um presente, no qual temos uma extensa e especializada equipa que apoia investigadores, empresas farmacêuticas e outras instituições ligadas à saúde na realização de investigação clínica. Um futuro, que esperamos ser ainda mais brilhante, com cada vez mais parcerias nacionais e internacionais, que permitam a identificação de biomarcadores de imagem para monitorização da progressão de doenças associadas ao envelhecimento, análise automática de imagens e inteligência artificial com aplicação no diagnóstico preventivo e em medicina personalizada.”, afirma Conceição Lobo, Presidente da AIBILI.

“A falta de uma cultura de investigação clínica no Serviço Nacional de Saúde, associada à ausência de tempo dedicado a esta atividade, torna extremamente desafiadora a conciliação entre a investigação e a prática clínica. Pensar ciência, escrever protocolos, realizar candidaturas e obter financiamento são processos muito morosos, que exigem uma equipa dedicada, sendo muitas vezes infrutíferos, pela elevada competitividade em conseguir financiamento. A AIBILI tem uma estrutura reconhecida internacionalmente que dá resposta a muitos destes desafios nomeadamente o desenho, planeamento, implementação e coordenação de estudos clínicos assim como um Data Centre certificado pelo ECRIN para a recolha, gestão e armazenamento de dados clínico de acordo com todos os requisitos regulamentares.”, afirma Cecília Martinho, CEO da AIBILI.

Centro reconhecido pelo Ministério da Economia

A AIBILI é um Centro de Tecnologia e Inovação (CTI) na área da saúde dedicada ao desenvolvimento e investigação clínica de novos produtos para terapia médica e diagnóstico por imagem. É uma entidade privada, sem fins lucrativos, fundada em 1989, estabelecida para apoiar a investigação translacional e a transferência de tecnologia na área da saúde. O reconhecimento pelo Ministério da Economia como CTI na área da saúde, identifica a AIBILI como parceiro facilitador entre as instituições científicas, as empresas e a indústria, com o objetivo de trazer novas soluções para o mercado da saúde.

Fundador venceu o mais prestigiado prémio mundial

O fundador da AIBILI, José Cunha-Vaz, professor catedrático emérito de Oftalmologia da Universidade de Coimbra e atual Presidente Honorário, tem uma vida marcada por descobertas científicas, desde 1960, em Inglaterra, EUA e Portugal, que influenciaram gerações de investigadores e tiveram um grande impacto na prática clínica. A sua contribuição para o avanço da ciência tem sido amplamente reconhecida tanto a nível nacional quanto internacional, através da atribuição de diversos prémios, com destaque para o Helen Keller Prize for Vision Research, um dos prémios mundiais mais prestigiados na área da investigação em oftalmologia.

Liderança em rede europeia

A AIBILI coordena, a partir de Coimbra, a Rede Europeia de Centros de Investigação Clínica em Oftalmologia (EVICR.net), composta por 95 centros de 16 países e tem como objetivo reforçar a capacidade da União Europeia para estudar doenças oftalmológicas e desenvolver e otimizar a utilização de estratégias de diagnóstico, prevenção e tratamento em oftalmologia. No âmbito do EVICR.net foi desenvolvida a Eye Platform, com o objetivo de reutilizar dados clínicos para realizar mais investigação, permitindo evitar a duplicação de estudos e otimização de recursos, cumprindo os requisitos regulamentares associados à partilha de dados.

Referência nos ensaios clínicos

A realização de investigação clínica em ambientes assistenciais, com recursos humanos limitados e sem a disponibilização de áreas e competências especializadas têm limitado a concretização de mais e melhor investigação clínica na área da saúde em Portugal. A AIBILI dispõe, desde 1991, de um Centro de Ensaios Clínicos (CEC) dedicado exclusivamente à realização de investigação clínica, com infraestruturas e recursos humanos dedicados e equipamentos com tecnologia de ponta na área de oftalmologia. Desde a sua constituição, o CEC realizou mais de 220 estudos clínicos, quer da iniciativa dos investigadores, quer da indústria farmacêutica. Em 2023, estavam em curso 22 ensaios clínicos no CEC. Para além dos estudos em oftalmologia, a AIBILI esteve também envolvida em ensaios clínicos em outras áreas terapêuticas, nomeadamente neurologia e diabetes. 

Dia Mundial do Coração assinala-se a 29 de setembro
Em Portugal, as doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morte e invalidez, sendo responsáveis por mais de um...

As doenças cardiovasculares, que incluem problemas como ataques cardíacos, hipertensão e acidentes vasculares cerebrais, são muitas vezes associadas a fatores de risco como a má alimentação, o tabagismo, o sedentarismo e o stress. Contudo, a prática de exercício físico, combinada com uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis, pode ser determinante na prevenção e controlo destes fatores. 

Daniel Galindo, Diretor do Departamento de Experience & Innovation do VivaGym, grupo da cadeia de ginásios Fitness Hut, afirma que “numa sociedade sedentária, no meio de uma pandemia de inatividade física, a estimulação do exercício e da atividade física é mais relevante que nunca". 

Segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia, a atividade física regular reduz o risco de ataques cardíacos em mais de 30%. Por outro lado, a inatividade física é uma das mais importantes causas de doença e de morte no mundo moderno.  

Benefícios da atividade física regular para o coração: 

  • Redução do colesterol: O exercício físico contribui para o aumento do colesterol HDL (o colesterol "bom") e diminui o LDL (o "mau" colesterol), ajudando a manter as artérias limpas. 
  • Melhoria da circulação sanguínea: A prática regular de atividade física melhora a circulação, aumenta a capacidade respiratória e promove um melhor funcionamento do sistema cardiovascular. 
  • Controlo da pressão arterial: Exercícios aeróbicos ajudam a manter a pressão arterial sob controlo, reduzindo o risco de hipertensão. 
  • Gestão do peso corporal: Em muitos indivíduos, o excesso de peso e a obesidade devem-se mais à inatividade física do que aos excessos alimentares. O exercício físico contribui para a perda de peso e manutenção de um peso saudável, um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas. 

Além dos efeitos positivos na saúde cardiovascular, a atividade física regular contribui ainda para reduzir os riscos de mortalidade relacionada com o cancro da mama, colorretal e da próstata, mantém a saúde mental, adia o aparecimento de demência e previne a depressão e a ansiedade. Tem ainda efeitos favoráveis no sistema músculo-esquelético, incluindo o aumento da densidade óssea e a diminuição de fraturas.  

“No Fitness Hut, estamos empenhados em promover um ambiente onde todos possam melhorar a sua saúde física e mental. Acreditamos que o exercício não deve ser visto apenas como uma forma de alcançar objetivos estéticos, mas sim como uma ferramenta essencial para o bem-estar geral e a longevidade", acrescenta. 

Para a saúde e bem-estar, a OMS recomenda pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana (ou 75 a 150 minutos de atividade vigorosa) para todos os adultos e uma média de 60 minutos de atividade física aeróbia moderada por dia para crianças e adolescentes. 

Fascite Plantar
A maioria de nós, ao longo da vida, já sentimos pelo menos 1 vez uma dor mais persistente na planta

A fascite plantar é uma inflamação na planta do pé que se caracteriza por uma dor aguda. Esta inflamação desenvolve-se devido a uma tensão ou força que é exercida numa estrutura fibrosa e pouco elástica que se chama fáscia. A sua principal manifestação clínica é a dor que ocorre no início do dia quando começamos a dar os primeiros passos, sendo mais comum ser unilateral. Melhora ao longo do dia, mas quando chega o final do dia, quando estamos em repouso ou mais tempo parados voltamos a sentir a dor. As pessoas que manifestam esta patologia têm um tipo de pé, pé cavo (excesso de curvatura) ou pé plano, o chamado pé chato (sem curvatura).

Em qualquer uma das situações, a fáscia assim que sofre alguma tensão mais brusca acaba por inflamar. Obviamente existe um tipo de população que acaba por padecer mais desta patologia, os desportistas, mas principalmente os "corredores" devido ao movimento repetitivo e tensão que é exercida durante esta prática desportiva. Obviamente, sendo provocada por excesso de tensão sobre a fáscia, a população que apresenta excesso de peso (obesidade) está também mais predisposta a esta patologia. Em ambiente laboral, as pessoas que têm atividade profissional com necessidade de estarem muitas horas de pé, com pouca mobilidade também têm risco elevado de desenvolverem a fascite. E por último, temos de mencionar que nas mulheres grávidas devido ao aumento rápido do peso pela gravidez, a estrutura do pé não está preparada e podem sofrer também com a fascite.

Na maioria das vezes não existe concretamente uma causa única e específica para o desenvolvimento desta inflamação. é comum existirem um conjunto de fatores que predispõe para o desenvolvimento desta doença. Por exemplo, sabemos que as pessoas que praticam exercício e que também têm excesso de peso são os que têm mais predisposição para desenvolver esta patologia. O uso inadequado de calçado seja na prática desportiva (ténis) ou calçado dito mais confortável (chinelos rasos ou havaianas), contribuem também para o desenvolvimento da inflamação da fáscia. A existência de outras doenças associadas pode também contribuir para este desfecho ou muitas vezes dificultar o diagnóstico.

Por este motivo, a fascite plantar exige uma avaliação clínica e deve ter uma abordagem multidisciplinar. Para que se tenha um diagnóstico correto, o profissional de saúde baseia-se em três exames complementares de diagnóstico: Raio-X em carga, Ecografia ou Ressonância Magnética.

O principal tratamento é conservador e passa pelo uso de palmilhas personalizadas, alongamentos e técnicas de fisioterapia. Em alguns casos, mais severos, poderá haver a necessidade de recorrer também a procedimentos como infiltrações ou mesmo cirurgia.

A resolução total da fascite pode ser demorada e por isso a prevenção é essencial, também com o uso de palmilhas personalizadas.

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SAÚDE + PERTO de 2 a 4 de outubro das 18h às 21h Almada Forum
A Comissão de Internos da Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal (ULSAS) promove a iniciativa “Saúde + Perto”, entre os dias 2...

Durante esse período, os médicos internos da ULSAS estarão disponíveis no local para esclarecer dúvidas da população e criar uma maior aproximação entre os profissionais de saúde e a comunidade.

A iniciativa contará, ainda, com a presença de profissionais de diferentes áreas - como nutrição, psicologia, enfermagem, entre outras, mas também de diversas especialidades médicas e cirúrgicas - com o objetivo de aumentar a Literacia em Saúde - uma das principais carências da população nacional no acesso e utilização racional dos serviços de saúde.

A iniciativa “Saúde + Perto” da Comissão de Internos da ULS Almada-Seixal conta com o apoio da Câmara Municipal de Almada, do Almada Forum e da Farmácia do Almada Forum.

Evento de entrada livre decorre dia 28 de setembro
Passear, correr, praticar exercício físico, dançar, relaxar, fazer rastreios ou experimentar alimentação saudável, são algumas...

A iniciativa é dedicada a todas as pessoas com doença crónica, dos mais novos aos mais velhos, e decorre este sábado, dia 28 de setembro, entre as 10h30 e as 15h30, no Estádio 1.º de Maio do INATEL, em Lisboa.

O objetivo passa por sensibilizar a população para a importância da atividade física e alimentação no controlo e gestão de doenças crónicas, através de ações concretas de saúde pública que contribuem para o bem-estar e qualidade de vida dos participantes.

O evento, com entrada livre, é dinamizado pela Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS), presidida pela Dra. Cristina Vaz de Almeida, e pelo Coordenador do Plano Nacional de Envelhecimento Ativo e Saudável, Nuno Marques, em colaboração com cerca de 50 parceiros, como sociedades, associações de doentes e instituições, como é o caso do CIDEFES – Universidade Lusófona, INATEL, da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) e da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Grupo salienta que a vacinação contribui para a sustentabilidade e resiliência do SNS
Nove sociedades médicas e associações de doentes dirigem uma carta aberta ao Ministério da Saúde, Parlamento e DGS onde apelam...

Esta carta é assinada pelas sociedades portuguesas de Medicina Interna, de Saúde Pública, de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, de Pneumologia, Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas, o Grupo de Ativistas em Tratamento (GAT) e as associações portuguesas da Psoríase e de Insuficientes Renais que, numa altura em que o Governo prepara o Orçamento do Estado para 2025, querem apelar à importância de assegurar o investimento na prevenção da doença como o melhor garante da sustentabilidade do SNS e de maior qualidade de vida para os Portugueses.

Estes especialistas e doentes lembram que esta vacina já faz parte do Programa Nacional de Vacinação da maioria dos países europeus, entre eles, Espanha, Itália, Grécia, Suiça, Luxemburgo, Reino Unido, Bélgica, Países Baixos, Polónia, Alemanha, Eslovénia e Chipre, existindo recomendações da sua utilização em 19 países europeus. "Também em países como os EUA, Canadá e Austrália existem atualmente recomendações que asseguram a prevenção desta doença nas populações vulneráveis".

Os signatários salientam que a vacinação contribui para a sustentabilidade e resiliência do Serviço Nacional de Saúde (SNS). "A pressão que se faz sentir nos cuidados agudos e relativos à doença crónica, reforça a necessidade de implementação de estratégias que garantam a retirada de utentes dos cuidados hospitalares, promovendo uma cultura de prevenção que reduza a ida às urgências e internamentos".

No caso da Zona, esclararecem que, "em 2023 foram codificados nos cuidados de saúde primários 22.000 casos de Herpes Zoster e nesse ano houve 28.000 consultas relacionadas com esta doença. Estes são os números oficiais dos cuidados de saúde primários que, não contemplam sequer as urgências hospitalares e dos prestadores privados". 

Por outro lado, referem que "a cada 2 dias uma pessoa é internada com zona, sendo que em média passam duas semanas em ambiente hospitalar, custando ao estado português cerca de 3.000 euros por cada internamento. Sabe-se, ainda, que 7 em cada 10 pessoas desenvolvem complicações, tais como encefalites, meningites, nevralgia pós-herpética, herpes zoster oftálmico, entre outras. Adicionalmente, estima-se que 8 em cada 10 dos portugueses que são internados por Zona eram considerados “saudáveis”, não apresentando nenhuma doença crónica conhecida".

 
Apenas 52% das empresas do setor da saúde utilizam ferramentas de IA
A inteligência artificial (IA) está a ganhar terreno entre as empresas portuguesas, indica um novo estudo independente da...

O estudo, que ouviu 1.500 líderes empresariais portugueses, traça um quadro otimista do futuro da IA no país. Uma das suas principais conclusões revela que 70% – um número muito elevado de empresas – indica estar familiarizada com esta tecnologia, e utiliza, pelo menos, uma ferramenta de IA. Em Portugal, os benefícios da adoção de IA parecem claros. Entre as empresas que implementaram esta tecnologia, 51% relatam um aumento de eficiência; 38% sentem-se mais apoiadas na tomada de decisões e 34% identificam melhorias significativas na experiência do cliente. Estes números demonstram um impacto positivo e multifacetado da IA, bem como a identificação de vantagens, significativas, na produtividade, eficiência e competitividade das empresas portuguesas.

"Portugal tem o potencial para se tornar uma das referências europeias em IA, resultado do excelente trabalho que está a ser feito por empresas e organizações públicas. As empresas priorizam cada vez mais a inovação e eficiência, e em apenas um ano, a taxa de adoção de IA em Portugal aumentou consideravelmente", afirma Suzana Curic, Country Lead da AWS em Portugal e Espanha. "É muito gratificante para a AWS trabalhar com clientes portugueses que demonstram uma abertura tão positiva em compreender os múltiplos benefícios que esta tecnologia pode trazer aos seus negócios".

Um exemplo de uma empresa local que já está a implementar esta tecnologia de IA é a Ascendi. Esta empresa portuguesa de gestão de ativos, que presta serviços de cobrança de portagens e gere a operação e manutenção de infraestruturas rodoviárias, está a adotar tecnologia de IA e GenAI da AWS para melhorar a inteligência dos chatbots e automatizar as interações com os clientes. A Ascendi está a agilizar os procedimentos de resposta aos clientes com o apoio de uma ferramenta de inteligência artificial que analisa e resume as comunicações escritas com os mesmos.

A percentagem de empresas que acredita que a IA vai transformar os seus setores nos próximos cinco anos subiu 23 pontos percentuais, entre 2022 e 2023, situando-se agora nos 87%. E 35% preveem, mesmo, que a IA mude fundamentalmente a forma como o seu setor opera. Mas, neste momento, o impacto da IA no desempenho das empresas já é visível. O serviço e apoio ao cliente (30%), a deteção e prevenção de fraudes (29%) e a análise financeira e negociação (27%) são as principais áreas onde as empresas portuguesas recorrem à utilização de ferramentas de IA. Estes resultados mostram que a IA não é apenas uma palavra da moda, mas uma ferramenta que está a ser utilizada e a produzir resultados concretos.

Adoção de IA por setores

O estudo destaca diferenças significativas na adoção de IA entre as indústrias locais. Os serviços financeiros (78%), a indústria (66%) e as TI e Telecomunicações (65%), aparecem como setores líderes neste processo. Já o setor da saúde é o que apresenta uma taxa mais baixa de adoção de IA (52%).

A forma como a IA é aplicada entre as indústrias líderes também difere, refletindo as necessidades específicas de cada setor. Os serviços financeiros, por exemplo, destacam-se na utilização de IA para deteção de fraudes, enquanto o setor da indústria se concentra mais na criação de conteúdos. Em geral, todos os setores relatam melhorias de eficiência, e as empresas portuguesas indicam que utilizam ferramentas de IA em áreas como o serviço ao cliente, a gestão de recursos humanos, a análise preditiva e a automação de processos.

Escassez de talento qualificado

Num cenário em que as competências digitais se tornam cada vez mais cruciais para o sucesso empresarial, a cibersegurança lidera a lista de qualificações mais valorizadas pelas empresas – 30% a consideram-na prioritária, seguida de perto pela computação na cloud (27%) e pela IA generativa (26%).

Os resultados da segunda fase deste estudo destacam que 84% das empresas inquiridas consideraram as competências digitais importantes para as suas operações, e 27% afirmaram mesmo que não poderiam funcionar sem elas. No entanto, 32% revelam dificuldade em recrutar pessoas para trabalhar com IA e relatam que, em média, o processo de recrutamento de profissionais com competências digitais é muito demorado, e que se estende por quase cinco meses.

Como resultado, 76% das organizações em Portugal afirmam que estão disponíveis para pagar salários mais altos a candidatos com formação em IA.

Cerca de 69% das empresas indica que, como consequência da dificuldade em recrutar, sentiu um aumento direto nos custos operacionais; mais de um terço das organizações (36%) viram-se obrigadas a adiar a adoção de novas tecnologias, e outro terço (33%) enfrentou obstáculos na implementação eficaz das tecnologias já existentes.

Formar ou requalificar os recursos humanos já existentes é uma alternativa, no entanto, 27% das empresas indicam que esse é, também, um desafio. "Portugal caminha para um futuro digital, e as empresas locais estão a apostar na IA, que consideram uma ferramenta essencial para impulsionar a inovação e a competitividade, mas é crucial abordar o facto de que para maximizar este potencial, há que manter o foco no desenvolvimento de competências digitais. A AWS está a investir na formação de profissionais de tecnologia um pouco por todo o mundo, e também em Portugal. Apostamos no desenvolvimento de competências e conhecimentos em cloud através de diversas iniciativas – programas de formação universitária e profissional, cursos virtuais e webinars, certificações profissionais em cloud e desenvolvimento de grupos e comunidades locais", conclui Suzana Curic.

 
Distinguidos melhores trabalhos clínicos na doença de Parkinson e Parkinsonismos Atípicos
O prazo para a submissão de casos clínicos na doença de Parkinson e Parkinsonismos Atípicos, no âmbito da 6ª edição do Moving...

A iniciativa CASES ON MOVEMENT repete-se nesta edição e prevê a atribuição de um prémio aos três trabalhos mais diferenciados para uma apresentação oral e resumos publicados numa edição da revista da SPN, a SINAPSE.

Os prémios consistem num valor monetário de 1000€; numa inscrição no XI Congresso da European Academy of Neurology, a decorrer em Sevilha, de 21 a 24 de junho de 2025; e numa subscrição de um ano na plataforma CONTINUUM – Lifelong Learning in Neurology.

O Júri, que fará a seleção dos três melhores trabalhos para apresentação oral, é composto por Cristina Costa, presidente da SPDMov, Isabel Luzeiro, presidente da SPN, e Ana Margarida Rodrigues,coordenadora do CNS Braga.

“Pretendemos promover o debate na mais recente evidência científica desta área, assim como a prática clínica, trazendo valor para todos os profissionais de saúde que diariamente trabalham para, e com, o doente com Parkinson”, refere Bruno Fidalgo Dias, responsável do Departamento Médico da BIAL em Portugal e Espanha.

O calendário da Neurologia em Portugal é marcado por este programa na doença de Parkinson que tem como principal objetivo contribuir para a formação contínua de jovens neurologistas e internos da especialidade que pretendam consolidar e alargar o seu conhecimento na gestão da doença de Parkinson.

 
Dia Mundial do Colesterol Hereditário ou Hipercolesterolemia Familiar
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a Fundação Portuguesa de Cardiologia, a Sociedade Portuguesa de Aterosclerose e a...

No âmbito do Dia Mundial da Hipercolesterolemia Familiar e enquadrada na campanha de disease awareness “Na Rota do Colesterol”, esta iniciativa pretende alertar para a importância da monitorização dos valores de colesterol, de forma a prevenir ocorrência de doenças cardiovasculares, como o enfarte agudo do miocárdio, e decorre no próximo dia 24 de setembro, no AQUA Portimão, entre as 10h00 e as 20h00. Além da realização do rastreio, haverá também a oportunidade de, através de uma experiência imersiva de realidade virtual, observar os efeitos do colesterol no sistema circulatório, numa viagem pelo corpo humano.

De acordo com dados da Direção-Geral da Saúde, "1 em cada 3 portugueses morre de doença cardiovascular, cerca de 35 mil por ano". Estes números tão elevados impõem a união entre diferentes instituições, como a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a Fundação Portuguesa de Cardiologia e a Sociedade Portuguesa de Aterosclerose, são fundamentais para alertar e mudar atitudes.

Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, destaca que “só o enfarte do miocárdio causa, em média, a morte a mais de duas pessoas por dia, e esta é uma doença muito associada aos fatores de risco, particularmente ao colesterol elevado.” Ao que Hélder Pereira, presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, acrescenta que “é, por isso, urgente que todos conheçam o seu corpo e os seus níveis de colesterol, além de compreenderem a importância da prevenção das doenças cardiovasculares”.

A campanha “Na Rota do Colesterol” encoraja o conhecimento dos diferentes constituintes do colesterol e a prevenção da sua acumulação em prol da saúde cardiovascular, pelo bem-estar e melhoria da saúde dos portugueses.

Francisco Araújo, presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose, refere que “as doenças cardiovasculares são ainda a principal causa de mortalidade na Europa antes dos 65 anos”, o que para Lisbel Afonso, diretora técnica do Laboratório Dr. Joaquim Chaves Algarve, justifica a importância da realização gratuita e acessível a todos do rastreio ao colesterol em efemérides como esta, relembrando que “a promoção da saúde e a prevenção de doenças, como as cardiovasculares, deve ser assumida como um compromisso individual e coletivo”.

A iniciativa dirige-se a toda a população, com destaque para os sobreviventes de enfarte do miocárdio, sendo que o colesterol tem um impacto que a grande maioria das pessoas ainda desconhece ou não controla, já que a sua acumulação é progressiva e assintomática.

Localizada no piso 0, promete levá-lo a “viajar” e a conhecer os efeitos do colesterol nas suas artérias a partir da sensibilização para as doenças cardiovasculares.

 
Assembleia de Representantes da Ordem dos Médicos dá luz verde a especialidade
A Assembleia de Representantes da Ordem dos Médicos (OM) aprovou hoje a criação da Especialidade de Medicina de Urgência e...

A criação da Especialidade de Medicina de Urgência e Emergência resulta de uma proposta apresentada pelo grupo de trabalho nomeado pelo bastonário Carlos Cortes, em março de 2024. “Felicito todos os que participaram neste processo, nomeadamente os membros dos colégios das várias especialidades e da Assembleia de Representantes. Foram vários meses de um trabalho e diálogo intenso para criar esta especialidade com o maior consenso possível”, refere Carlos Cortes.

“A criação desta especialidade não resolve, só por si, as dificuldades dos serviços de urgência, mas vai contribuir para resolver alguns dos problemas. Vai aliviar o trabalho de outras especialidades de forma complementar e colaborativa, em áreas que estão sujeitas a uma pressão incomportável sobre as urgências. Permitirá uma maior diferenciação e especialização de todos os médicos que trabalham nos cuidados de saúde,” conclui o Bastonário.

A OM aguarda, agora, que o Ministério da Saúde possa, o mais rapidamente possível, homologar a decisão de criação desta nova especialidade e aprovar o programa de formação, para que possa prosseguir os trabalhos com vista à formação de qualidade dos novos especialistas em Medicina de Urgência e Emergência.

A nova especialidade compreende os conhecimentos e competências necessárias à prevenção, diagnóstico, tratamento imediato e gestão de aspetos urgentes e emergentes das condições resultantes de doença ou trauma, afetando indivíduos de todas as faixas etárias. Abrange a área pré-hospitalar e intra-hospitalar, incluindo a reanimação, a avaliação inicial, o diagnóstico e a gestão de doentes urgentes e emergentes até a alta clínica ou transferência, nos casos de doentes com patologias mais complexas e diferenciadas para outras especialidades do Serviço de Urgência. 

O processo de criação da especialidade teve início na Ordem dos Médicos há mais de 20 anos. Recentemente, em dezembro de 2022, a Assembleia de Representantes chumbou a criação da especialidade, proposta por um grupo de trabalho criado em 2019.

Em março de 2024, foi nomeado pelo Bastonário Carlos Cortes um novo grupo de trabalho com representantes de diversos colégios que ficou responsável pela apresentação da nova proposta, agora aprovada. 

 
Dirigido à classe médica
O Auditório do Hospital CUF Descobertas recebe, no próximo dia 27 de setembro, o evento "Desafios em Patologia da Tiroide...

Dirigido à classe médica, o encontro promete abordar os temas mais atuais e também mais desafiantes relacionados com a patologia da tiroide.

O programa, que se estende das 09h00 às 17h30, está estruturado em duas sessões principais. Da parte da manhã, o foco será nos “Desafios em patologia tiroideia benigna” e nas várias temáticas relacionadas, nomeadamente fármacos, genética, doença aguda, emergências tiroideias e terapêuticas minimamente invasivas na patologia nodular benigna da tiroide. Já durante a tarde, o evento incidirá sobre os “Desafios em patologia tiroideia maligna” que trará a debate vários temas de interesse como “Carcinomas da tiroide de baixo risco: Vigiar? Operar? I131?”; “Carcinomas medulares da tiroide: Genética, diagnóstico e tratamento dos casos avançados”; “Carcinomas pouco diferenciados ou anaplásicos: Da biologia molecular ao tratamento dirigido”; e “Linfadenectomias quando e como”.

De acordo com Inês Sapinho, Coordenadora da Unidade da Tiroide do Hospital CUF Descobertas, “o objetivo é abordar algumas patologias benignas e malignas que nos colocam desafios diagnósticos e/ou terapêuticos”.

Na patologia benigna “vamos discutir a interação de alguns fármacos com a função tiroideia, dando realce aos medicamentos utilizados atualmente no tratamento de vários cancros, e abordaremos também as alterações da função tiroide na doença aguda que motivam tantos pedidos de consultadoria e, ainda, as emergências tiroideias que merecem ser revisitadas."

A patologia maligna terá igualmente “um grande relevo” neste evento, considerando a responsável que essa é mesmo “o nosso principal desafio”. Como sublinha Inês Sapinho, “nas últimas décadas, apesar de diagnosticarmos cada vez mais carcinomas diferenciados da tiroide, sobretudo os de baixo risco, a mortalidade não tem aumentado e as recomendações internacionais são cada vez menos interventivas. Vamos discutir as várias opções terapêuticas."

Por fim, “será dado um destaque especial aos avanços recentes no tratamento de carcinomas menos diferenciados, um tema atual muito pertinente, pois existe um grande desenvolvimento, com fármacos dirigidos às alterações moleculares detetadas”.

O evento conta com o apoio científico da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Endócrina (SPCENDO) e da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM).

Programa e inscrições em https://www.admedic.pt/eventos/desafios-em-patologia-da-tiroide.html .

Maior evento científico mundial dedicado às doenças alérgicas
Nos próximos dias 27, 28 e 29 de setembro, o Centro de Congressos do Estoril será palco do maior evento científico mundial...

“Anualmente, a WAO mobiliza e colabora com as suas sociedades-membro para acolher Congressos e reunir membros de todo o mundo. O primeiro Congresso Mundial de Alergia (WAC) foi realizado em 1951, em Zurique, e é com todo entusiasmo que em 2024 o recebemos em Lisboa”, explica Ana Morête, presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica. “Cada Congresso atrai especialistas e cientistas globais que trabalham e estão interessados ​​nas áreas da alergia e imunologia clínica. Estamos verdadeiramente gratos à WAO pela possibilidade de colaboração nesta parceria conjunta, que potencia a notoriedade da SPAIC, quer a nível nacional, quer internacional”.

O WAC 24 decorre em simultâneo com a 45ª Reunião Anual da SPAIC e com o 20º Congresso Luso-Brasileiro de Alergologia e Imunologia Clínica, tendo o comité científico elaborado “um programa intenso, cuidadosamente elaborado, com palestrantes internacionais e nacionais de renomado valor, focando em diferentes áreas relevantes da Imunoalergologia”.

Para os especialistas portugueses, este encontro representa uma oportunidade de partilha dos conhecimentos mais recentes das áreas da Alergologia e Imunologia Clínica e de troca de experiências com colegas de todo o mundo, “o que poderá refletir-se numa otimização da capacidade de prestar os melhores cuidados possíveis aos nossos doentes”, refere Ana Morête.

Programa científico

Entre as 9 sessões plenárias, os mais de 20 simpósios, incluindo os simpósios com as sociedades congéneres, os seminários, os Pro & Con, os Tips & Tricks, os meet-the-professors, as apresentações de trabalhos sobre a forma de comunicações orais e sessões de posters vão ser abordadas todas as patologias da doença imunoalérgica. Alergia alimentar, alergia a medicamentos, alergia a himenópteros, asma, rinite, conjuntivite, rinossinusite, urticária, dermatite atópica, angioedema hereditário, imunodeficiências, esofagite eosinofílica, mastocitose entre outras.

“Vamos ter a oportunidade de apresentar e debater normas clínicas internacionais, abordagens terapêuticas atuais e futuras, a importância da prevenção, o impacto na saúde da população e do ambiente, a importância da multidisciplinaridade e sessões para os jovens imunoalergologistas”, descreve a presidente da SPAIC reforçando que “o programa é realmente rico e aborda, de uma forma abrangente a enorme área de atuação do imunoalergologista”.

Saiba mais em https://wac.worldallergy.net/

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