Dicionário de A a Z
A abasia é uma incapacidade de locomoção de origem nervosa, devida à falta de coordenação motora.

A abasia pode apresentar-se em diferentes formas. São elas:
- Abasia coreica: forma de abasia em que a descoordenação é devida a coreia (dança);
- Abasia espástica: abasia devida a rigidez espástica das pernas;
- Abasia tática: abasia caracterizada por incerteza de movimentos;
- Abasia trémula: abasia devida a tremor das pernas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Tratamento é possível
A incontinência urinária é um problema incapacitante, com consequências a nível pessoal, social e ec
Incontinência Urinária

A Incontinência Urinária (IU) define-se pela perda involuntária de urina, independentemente da causa ou da quantidade. "Há diversos mecanismos pelos quais se pode perder urina sem querer. As queixas e as condições em que as perdas ocorrem diferem um pouco consoante esses mecanismos alterados. A grande maioria das senhoras perde durante os esforços, da tosse, espirros ou outros. No homem esta forma é mais rara e surge em doentes operados (à próstata por exemplo) ”, explica Luís Abranches Monteiro, urologista do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, acrescentando que, "outra causa mais frequente, tanto no homem como na mulher, é a incontinência por bexiga hiperactiva, ou por imperiosidade. O que acontece aqui é o aparecimento súbito, sem aviso de vontade intensa de urinar. É difícil de adiar e obriga a procurar uma casa de banho em segundos ou minutos. Dependendo de vários factores, isto pode resultar em perdas urinárias involuntárias, ou seja, em incontinência”.

É fácil perceber que a IU não mata mas tem forte implicação e limitação na vida social dos doentes. É muito frequente os doentes deixarem de ter uma vida social activa, não sair de casa e auto limitando-se por vergonha. Existe igualmente a ideia errada de que a IU tem a ver com o processo de envelhecimento. Tem antes a ver com modificações relacionadas com a idade que predispõem à sua ocorrência. Na opinião do urologista os preconceitos/mitos relacionados com este sintoma (IU) estão associados à velhice, ou à falta de higiene.

Tendo em conta que existem muitos mitos relacionados com a saúde/doenças, o novo conceito de saúde da Organização Mundial de Saúde implica uma maior compreensão dos aspectos sociais, com especial importância para a informação, como pilar fundamental para a prevenção das doenças e a promoção de estilos de vida saudáveis. Deixar de lado os preconceitos e procurar ajuda médica para este problema pode ser a solução para milhares de doentes que sofrem, em silêncio e carregam, desnecessariamente, o peso de um tabu.

E não são poucos os doentes com IC, no entanto o especialista alerta que, os números existentes que dizem respeito à prevalência "obrigam a algum cuidado de interpretação”. Ou seja, explica, "ter um ou outro episódio isolado de perdas involuntárias é frequente e não transforma a pessoa em incontinente. Por outro lado, sabemos que muitas destas pessoas não se queixam, donde haverá mais incontinentes do que aqueles que procuram ajuda”. Logo, o número tido em conta é o da existência de bexiga hiperactiva na população geral, cerca de 15 por cento, certamente maior na população idosa, sendo que metade dos 15 por cento terá IU. No que toca aos esforços (IU por esforço), Luís Abranches Monteiro, refere que o número é bem maior, mas quase só localizado na mulher pós-menopausica e multípara.

Quer isto dizer que "se trata de uma doença sub-diagnosticada e a grande razão é o desconhecimento e a vergonha. Sabemos que até há 10 anos os tratamentos eram custosos, em sofrimento e dias de internamento e os resultados nem sempre muito bons. Isto, associado ao tabu, leva a que cada doente não invista na sua melhoria, queixando-se ao médico. Alguns chegam a esconder este facto dos seus familiares”, conta o urologista.

Causas e tratamento
As causas da doença são diversas, embora na IU dita de esforço são fundamentalmente na má função dos músculos que atapetam a pélvis. "De facto, têm como função suportar a uretra aquando dos esforços, mas por razões de idade, sedentarismo, partos ou perturbações hormonais, estes músculos deixam de actuar e a uretra deixa escapar algumas gotas a cada esforço, maior ou menor”, explica Luís Abranches Monteiro, acrescentando que, "nos casos de bexiga hiperactiva as causas são mais complicadas e podem ir desde uma bexiga demasiado sensível até um mau controlo do sistema nervoso sobre a sua função”.

Seja como for, em ambos os casos - IU por esforço ou por imperiosidade -, se os mecanismos forem bem identificados é possível tratar – com cirurgia e/ou terapêutica medicamentosa - e ficar sem perder urina completamente. Contudo, nem sempre é possível, pois há formas de incontinência mais complexas e que não têm resolução tão fácil, mas podem melhorar e passar a perder apenas pequenas gotas em vez de grandes quantidades.

Mitos e verdades sobre a incontinência urinária

A perda de urina é um problema de idosos.
Mito
. Apesar da maior prevalência entre os idosos, a incontinência urinária não é exclusiva dos idosos. Pode atingir jovens, adultos, idosos, homens, mulheres e até crianças. Devido ao aumento da esperança de vida, são cada vez mais comuns os casos em pessoas em idade activa.

A incontinência urinária não é uma doença comum.
Mito
. De acordo com os dados disponíveis existe em cerca de 15 por cento dos doentes. Trata-se de uma doença sub-diagnosticados e a grande razão é o desconhecimento e a vergonha.

A incontinência urinária é mais comum entre mulheres.
Verdade
. As mulheres têm maior probabilidade de apresentar esta condição, devido à gravidez, parto e disfunções hormonais. Cerca de 40 por cento das mulheres após a menopausa perdem urina de forma involuntária. Aproximadamente 8 por cento dos homens que passam por alguma cirurgia da próstata também vivenciam por um período a incontinência.

Incontinência urinária e bexiga hiperactiva são a mesma coisa.
Mito.
A bexiga hiperactiva é uma disfunção caracterizada por contracções involuntárias da bexiga que causam uma vontade excessiva de urinar, obrigando o doente a ir muitas vezes ao WC. Já a incontinência consiste na perda de urina. No entanto, os dois problemas podem estar associados.

Hábitos saudáveis evitam o desenvolvimento de incontinência urinária.
Verdade.
A obesidade, a obstipação, a baixa ingestão de fibras e o tabagismo podem constituir factores de risco para a incontinência urinária. Por isso, uma alimentação equilibrada e hábitos saudáveis são fundamentais.

A incontinência urinária pode levar à depressão.
Verdade. A perda de urina causa restrições sociais, sexuais, ocupacionais e domésticas. Os doentes isolam-se com medo de passar por situações constrangedoras, seja em viagens, festas e até em actividades rotineiras. O isolamento pode resultar em depressão. Por isso, é muito importante ficar atento aos sintomas e procurar ajuda, uma vez que muitos doentes escondem o problema da própria família e não procuram orientação médica.

A incontinência urinária tem tratamento.
Verdade
. Os tratamentos actuais permitem quer a melhoria dos sintomas, quer, em muitos casos, curar a incontinência urinária, seja com recurso a terapêutica medicamentosa, seja através de cirurgia.

O médico que trata desta disfunção é o urologista.
Verdade.
Diferente do que muitas pessoas pensam, o urologista não é um médico de homens, assim como o ginecologista é de mulheres. Ele é um especialista no aparelho urinário e, portanto, o mais indicado para orientar sobre qualquer disfunção miccional como a incontinência urinária, tanto em homens, como em mulheres, crianças e idosos. É o urologista que opera as incontinências urinárias mas o ginecologista também. As incontinências urinárias não cirúrgicas são tratadas pelos urologistas, ginecologistas, fisiatras e/ou pelos Médicos de Família.

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Melhorar a qualidade de vida
A menopausa pode trazer um acumular de gordura, por isso, deve aumentar a actividade física para evi
Mulher feliz com toalha no pescoço

 

 

Permanecer activo é uma das melhores formas de envelhecer saudavelmente e viver a sua menopausa. A actividade física diária e o exercício frequente trazem muitos benefícios. Por exemplo, um estio de vida activo pode melhorar a saúde do coração e a força muscular.

 

 

Estar activa também ajuda

  • Fortalecer os ossos e tendões
  • Controlar o peso e tensão arterial
  • Diminuir o risco de doença cardiovascular, AVC, certos tipos de cancro, diabetes, etc.
  • Aumenta a energia
  • Promove a sensação de bem-estar e auto estima
  • Melhora o sono e a função intestinal

Qualquer mulher em qualquer idade pode iniciar um programa de prática de exercício ou tornar-se mais activa. Mesmo as mulheres "fora de forma” ou com incapacidades podem tornar-se mais activas. As mulheres com problemas de saúde crónicos, tais como doenças cardiovasculares, diabetes ou artrite também podem – e devem – tornar-se activas quando os sintomas estão controlados.

Pode aconselhar-se com o seu médico, para que este lhe indique o tipo de prática mais adequado à sua condição. Por exemplo, a hidroginástica é uma boa opção para exercitar, sem esforçar as suas articulações. Ou pode, com um grupo de amigas, optar por fazer alguns exercícios no seu lar e não ir para um ginásio.

Ora veja:

Sentada numa cadeira

Fortalece os músculos do abdómen e coxas

  • Coloque uma almofada contra as costas da cadeira.
  • Sente-se no meio ou na frente da cadeira, com os joelhos pendidos e os pés no chão.
  • Incline-se sobre a almofada, numa posição meio reclinada, com as costas e ombros esticados.
  • Levante a parte da frente do corpo para a frente até à posição sentada, depois volte a sentar-se lentamente.
  • Utilize as mãos o menos possível.
  • Sente-se lentamente, mantenha as costas e os ombros esticados.
  • Repita 8 a 15 vezes. Descanse, depois repita mais 8 a 15 vezes.

Flexão de joelhos

Fortalece os músculos das coxas e melhora o equilíbrio

  • Mantenha-se levantada, segure-se na mesa ou na cadeira para se equilibrar.
  • Dobre o joelho durante três segundos até ao máximo que conseguir, sem mover a parte de cima da perna.
  • Demore outros três segundos a baixar o pé até ao chão.
  • Repita 8 a 15 vezes com cada perna, alternando as pernas. Descanse e volte a repetir mais 8 a 15 vezes.
  • Utilize pesos nos tornozelos se conseguir.

Flexão do pé

Fortalece os músculos do tornozelo e da barriga da perna e melhora o equilíbrio

  • Permaneça em pé, segurando-se na mesa ou na cadeira para se equilibrar.
  • Eleve-se para ficar em bicos dos pés, demorando três segundos. Mantenha-se assim durante um segundo.
  • Demore três segundos a baixar os calcanhares.
  • Repita 8 a 15 vezes. Descanse e volte a repetir mais 8 a 15 vezes.

Flexão da anca

Fortalece os músculos das coxas e da anca e melhora o equilíbrio

  • Mantenha-se direita, segure-se numa cadeira alta ou na bancada da cozinha.
  • Demore três segundos a dobrar um joelho em direcção ao seu peito, sem dobrar a cintura ou a anca.
  • Mantenha-se nesta posição durante 1 segundo, depois demore 3 segundos para baixar a perna.
  • Repita 8 a 15 vezes com cada perna, alternando as pernas. Descanse e volte a repetir 8 a 15 vezes.
  • Utilize pesos nos tornozelos se puder.

Extensão da anca

Fortalece os músculos das nádegas e da parte inferior das costas e melhora o equilíbrio

  • Mantenha-se à distância de 30 a 40cm de uma mesa ou das costas de uma cadeira. Dobre a anca, segurando-se na cadeira.
  • Demore 3 segundos a levantar uma perna esticada para trás e mantenha-se assim durante 1 segundo. Certifique-se de que mantém as costas direitas e a cabeça levantada.
  • Demore 3 segundos a baixar a perna.
  • Repita 8 a 15 vezes com cada perna, alternando as pernas. Descanse, depois repita mais 8 a 15 vezes.
  • Utilize pesos nos tornozelos se puder

Alongamento do tornozelo

Estica os músculos do tornozelo

  • Retire os sapatos e sente-se na parte da frente de uma cadeira.
  • Incline-se para trás, utilizando uma almofada para apoiar as costas.
  • Deslize os seus pés para a frente, com os calcanhares no chão.
  • Aponte os dedos grandes dos pés o mais distante de si, até sentir o pé a esticar. Se não sentir o pé esticar, levante os calcanhares do chão.
  • Repita 3 a 5 vezes.

Alongamento do tendão do jarrete (Músculos Isquiotibiais)

Estica os músculos da parte detrás das coxas

  • Segure-se na parte das costas de uma cadeira com ambas as mãos, mantendo as suas pernas esticadas.
  • Incline-se para a frente a partir da anca, mantendo as costas e os ombros esticados.
  • Quando a parte superior do corpo estiver paralela ao chão, mantenha esta posição entre 10 a 30 segundos.
  • Repita 3 a 5 vezes.

Alongamento da barriga da perna

Estica os músculos da parte inferior da perna

  • Permaneça com as suas mãos contra a parede, com os braços esticados.
  • Dê 1-2 passos atrás com uma das pernas. Mantenha o tornozelo e a planta do pé no chão e o joelho ligeiramente inclinado.
  • Dobre o joelho da perna que está mais atrás, mantendo o tornozelo e a planta do pé no chão.
  • Mantenha esta posição entre 10 a 30 segundos.
  • Repita 3 a 5 vezes com cada perna.

Alongamento dos trícepes

Estica os músculos da parte interior do braço

  • Segure uma toalha com a mão esquerda.
  • Levante e dobre o braço esquerdo para que a toalha lhe caia para as costas.
  • Segure a ponta da toalha com a mão direita.
  • Ligeiramente vá escalando a toalha com a sua mão direita, mexendo o braço esquerdo para baixo. Faça isto até que as mãos se toquem.
  • Troque a posição das mãos e repita.

Alongamento do pulso

Estica os músculos do pulso

  • Coloque as suas mais juntas, na posição de rezar.
  • Lentamente eleve os cotovelos para que os braços fiquem paralelos ao chão, mantendo as mãos juntas.
  • Mantenha esta posição entre 10 a 30 segundos.
  • Repita 3 a 5 vezes.

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Alimentação na menopausa

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Lei entrou em vigor 1 Janeiro de 2008
Confira quais as principais perguntas e respostas sobre a nova lei de prevenção do tabagismo.
Lei do tabaco 2008

A nova lei de prevenção do tabagismo entrou em vigor no dia 1 de Janeiro de 2008.

Estabelece, como regra geral, a proibição de fumar em espaços públicos fechados e locais de trabalho. Tem em vista garantir a protecção da saúde dos frequentadores e trabalhadores nesses espaços.

 

Quais os princípios?

  • Direito à protecção contra os riscos provocados pelo fumo do tabaco.
  • Dever de não poluir o ar em ambientes fechados.

Quais as consequências para a saúde?
As pessoas reagem de modo diferente ao fumo do tabaco. Muitas não se sentem incomodadas pelo fumo, mas isso não significa que não possam vir a ter problemas de saúde no futuro. Outras manifestam, quase de imediato, sintomas de irritação dos olhos e das vias respiratórias.

Mesmo sem fumarem, quando expostas de forma repetida à poluição ambiental provocada pelo fumo do tabaco, as pessoas têm um maior risco de vir a contrair cancro do pulmão, doenças respiratórias e cardíacas. As crianças sofrem, com maior frequência, de problemas respiratórios e dos ouvidos e, se forem asmáticas, têm agravamento das crises. Além disso, estudos recentes sugerem que a exposição ao fumo ambiental do tabaco pode aumentar o risco de alterações da visão.

Quem pode ser afectado?
Todos, fumadores e não fumadores. São particularmente vulneráveis as crianças, as grávidas, as pessoas que sofram de doenças cardíacas ou respiratórias, bem como os trabalhadores em locais com ar poluído pelo fumo.

Há limites seguros de exposição?
Não. Mesmo a exposição a pequenas quantidades de fumo pode ser nociva à saúde, pelo que toda a exposição deve ser evitada.

Como reduzir a exposição ao fumo do tabaco?
Não fumar em locais fechados é a melhor forma de eliminar totalmente a exposição ao fumo ambiental do tabaco.

Quem deve promover o cumprimento da lei sempre que se verifiquem infracções?
Sempre que se verifiquem infracções à proibição de fumar, os responsáveis pelos locais devem determinar aos fumadores que se abstenham de fumar e, caso estes não cumpram, chamar as autoridades policiais.

O que podem fazer os utentes sempre que se verifiquem infracções?
Todos os utentes têm o direito de exigir o cumprimento da lei. Podem apresentar queixa por escrito, usando o livro de reclamações do estabelecimento em causa remetendo-a para a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE). Podem, também, telefonar para o número 808 24 24 24, a fim de serem aconselhados no próprio momento.

Quem fiscaliza o incumprimento destas medidas?
A fiscalização compete à ASAE e às forças policiais.

Onde é proibida a venda de produtos do tabaco?

  • Nos locais onde estejam instalados órgãos de soberania, serviços e organismos da administração pública e pessoas colectivas públicas;
  • Nos estabelecimentos onde sejam prestados cuidados de saúde e nos locais onde se dispensem medicamentos não sujeitos a receita médica;
  • Nos lares e outras instituições que acolham pessoas idosas ou com deficiência ou incapacidade;
  • Nos locais destinados a menores de 18 anos;
  • Nos estabelecimentos de ensino, independentemente da idade dos alunos e do grau de ensino;
  • Nos centros de formação profissional;
  • Nas cantinas, nos refeitórios e nos bares das entidades públicas e privadas destinados exclusivamente ao respectivo pessoal;
  • Nas instalações desportivas.

É ainda proibida a venda:

  • A menores com idade inferior a 18 anos, a comprovar, quando necessário, por qualquer documento identificativo com fotografia;
  • Através de máquinas de venda automática, sempre que estas não reúnam cumulativamente os seguintes requisitos:

1- Estejam munidas de um dispositivo electrónico ou outro sistema bloqueador que impeça o seu acesso a menores de 18 anos;
2- Estejam localizadas no interior do estabelecimento comercial, de forma a serem visualizadas pelo responsável do estabelecimento, não podendo ser colocadas nas respectivas zonas de acesso, em escadas ou zonas similares e nos corredores de centros comerciais e grandes superfícies comerciais.

  • Através de meios de televenda.

Quais as coimas em caso de incumprimento?

  • De 50 a 750 euros para o fumador que fume em locais proibidos;
  • De 50 a 1 000 euros para os responsáveis que não determinem aos fumadores que se abstenham de fumar e que não chamem as autoridades, se necessário;
  • De 2 500 a 10 000 euros para os responsáveis que não cumpram as condições previstas para as excepções e que não afixem os dísticos de permissão ou proibição de fumar;
  • De 2 000 a 3 750 euros no caso de pessoas singulares e de 30 000 a 250 000 euros nas restantes situações para as infracções relacionadas com a venda a menores, através de meios de venda automática ou em locais onde a venda seja proibida.

É possível fumar em alguns locais? Em que condições?
Excepcionalmente, é permitido fumar em áreas expressamente previstas para o efeito nos seguintes locais:

  • Hospitais psiquiátricos e serviços psiquiátricos, centros de tratamento e reabilitação e unidades de internamento de toxicodependentes e de alcoólicos, em áreas exclusivamente destinadas a pacientes fumadores;
  • Estabelecimentos prisionais em áreas exclusivamente destinadas a reclusos fumadores;
  • Locais onde estejam instalados órgãos de soberania, serviços e organismos da administração pública e pessoas colectivas públicas;
  • Locais de trabalho;
  • Lares e outras instituições que acolham pessoas idosas ou com deficiência ou incapacidade;
  • Salas e recintos de espectáculos e noutros locais destinados à difusão das artes e do espectáculo, incluindo as antecâmaras, acessos e áreas contíguas;
  • Recintos de diversão e recintos destinados a espectáculos de natureza não artística;
  • Recintos das feiras e exposições;
  • Conjuntos e grandes superfícies comerciais e estabelecimentos comerciais de venda ao público;
  • Estabelecimentos hoteleiros e outros empreendimentos turísticos, onde sejam prestados serviços de alojamento;
  • Aeroportos, estações ferroviárias, estações rodoviárias de passageiros e gares marítimas e fluviais;
  • Estabelecimentos de ensino que integrem o sistema de ensino superior;
  • Centros de formação profissional que não sejam frequentados por menores de 18 anos.
  • Estabelecimentos de restauração ou de bebidas, incluindo os que possuam salas ou espaços destinados a dança, com área destinada ao público inferior a 100 m2. Aqui o proprietário pode optar por estabelecer a permissão de fumar, devendo, sempre que possível, proporcionar a existência de espaços separados para fumadores e não fumadores;
  • Estabelecimentos de restauração ou de bebidas, incluindo os que possuam salas ou espaços destinados a dança, com área destinada ao público igual ou superior a 100 m2. Neste caso, podem ser criadas áreas para fumadores, até um máximo de 30 por cento do total respectivo, ou espaço fisicamente separado não superior a 40 por cento do total respectivo, e que não abranjam as áreas destinadas ao pessoal nem as áreas onde os trabalhadores tenham de trabalhar em permanência (mais de 30 por cento do tempo de trabalho diário);
  • Estabelecimentos hoteleiros e outros empreendimentos turísticos, onde sejam prestados serviços de alojamento, podem ser reservados andares, unidades de alojamento ou quartos para fumadores, até um máximo de 40 por cento do total respectivo.

Desde que:
1- Estejam devidamente sinalizados, com afixação de dísticos em locais visíveis;
2- Sejam separados fisicamente das restantes instalações, ou disponham de dispositivo de ventilação, ou qualquer outro, desde que autónomo, que evite que o fumo se espalhe às áreas contíguas;
3- Seja garantida a ventilação directa para o exterior, através de sistema de extracção de ar que proteja dos efeitos do fumo os trabalhadores e os clientes não fumadores.

É ainda admitido fumar em:

  • Áreas ao ar livre;
  • Áreas de serviço e postos de abastecimento de combustíveis, designadamente nas zonas ao ar livre, com excepção dos locais onde se realize o abastecimento de veículos;
  • Áreas descobertas dos barcos afectos a carreiras marítimas ou fluviais.

Quem define as áreas para fumadores?
As entidades responsáveis pelos estabelecimentos em causa, que devem consultar os respectivos serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho e as comissões de segurança, higiene e saúde no trabalho ou, na sua falta, os representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene e saúde no trabalho.

Quem deve assinalar a interdição ou o condicionamento de fumar?
As entidades competentes, mediante a afixação de dísticos, visíveis a partir do exterior dos estabelecimentos.

Quais são os locais onde é proibido fumar?

  • Nos locais onde estejam instalados órgãos de soberania, serviços e organismos da administração pública e pessoas colectivas públicas;
  • Nos locais de trabalho;
  • Nos locais de atendimento directo ao público;
  • Nos estabelecimentos onde sejam prestados cuidados de saúde e locais onde se dispensem medicamentos não sujeitos a receita médica;
  • Nos lares e outras instituições que acolham pessoas idosas ou com deficiência ou incapacidade;
  • Nos locais destinados a menores de 18 anos;
  • Nos estabelecimentos de ensino, independentemente da idade dos alunos e do grau de escolaridade;
  • Nos centros de formação profissional;
  • Nos museus, colecções visitáveis e locais onde se guardem bens culturais classificados, nos centros culturais, nos arquivos e nas bibliotecas, nas salas de conferência, de leitura e de exposição;
  • Nas salas e recintos de espectáculos e noutros locais destinados à difusão das artes e do espectáculo, incluindo as antecâmaras, acessos e áreas contíguas;
  • Nos recintos de diversão e recintos destinados a espectáculos de natureza não artística;
  • Nas zonas fechadas das instalações desportivas;
  • Nos recintos das feiras e exposições;
  • Nos conjuntos e grandes superfícies comerciais e nos estabelecimentos comerciais de venda ao público;
  • Nos estabelecimentos hoteleiros;
  • Nos estabelecimentos de restauração ou de bebidas, incluindo os que possuam salas ou espaços destinados a dança;
  • Nas cantinas, nos refeitórios e nos bares destinados exclusivamente ao respectivo pessoal;
  • Nas áreas de serviço e postos de abastecimento de combustíveis;
  • Nos aeroportos, nas estações ferroviárias, nas estações rodoviárias de passageiros e nas gares marítimas e fluviais;
  • Nas instalações do metropolitano afectas ao público e em todos os seus acessos, estabelecimentos ou instalações contíguas;
  • Nos parques de estacionamento cobertos;
  • Nos elevadores, ascensores e similares;
  • Nas cabines telefónicas fechadas;
  • Nos recintos fechados das redes de levantamento automático de dinheiro;
  • Em qualquer outro lugar, onde, por determinação da gerência, ou de outra legislação aplicável, designadamente em matéria de prevenção de riscos ocupacionais, se proíba fumar;
  • Nos veículos afectos aos transportes públicos urbanos, suburbanos e interurbanos de passageiros, bem como nos transportes rodoviários, ferroviários, aéreos, marítimos e fluviais, nos serviços expressos, turísticos e de aluguer, nos táxis, ambulâncias, veículos de transporte de doentes e teleféricos.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Cientistas utilizam:
Um grupo de cientistas utilizou células estaminais para criar tecido cardíaco humano. O avanço constitui um marco na tentativa...

Uma equipa da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, utilizou células estaminais pluripotenciais induzidas (iPS) geradas a partir de células da pele humana para criar células cardíacas precursoras do coração, chamadas MCPs, noticia o JN Online.

As células iPS são células humanas maduras "reprogramadas" para um estado primitivo e versátil, a partir do qual poderão ser levadas a desenvolverem-se em qualquer tipo de células do corpo.

As células precursoras do coração geradas foram ligadas à "armação" (rede composta por proteínas e hidratos de carbono) de um coração de um rato, ao qual os investigadores tinham retirado todas as células cardíacas, refere o artigo científico publicado na revista Nature Communications.

Colocadas na caixa cardíaca, as células precursoras cresceram, transformaram-se em músculo cardíaco e, ao fim de 20 dias a ser-lhe fornecido sangue, o órgão reconstruído do rato "começou a contrair-se, outra vez, à velocidade de 40 a 50 batidas por minuto", indicou a Universidade de Pittsburgh em comunicado.

"Está ainda longe a criação de um coração humano completo", declarou o investigador Lei Yang, acrescentando que falta encontrar formas de o coração se contrair com força suficiente para bombear eficazmente o sangue e de reconstruir o sistema de condução eléctrica do coração. "Fornecemos um novo recurso de células para futura engenharia do tecido cardíaco", disse Lei Yang. "Esperamos que o nosso estudo seja usado no futuro para substituir um bocado de tecido danificado por um ataque cardíaco, ou talvez um órgão inteiro, em doentes com doença cardíaca".

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 17 milhões de pessoas por ano morrem de problemas cardiovasculares, a maioria delas de cardiopatia. A falta de dadores de órgãos é outro dos factores apontados pela organização.

Mais de metade dos doentes com doenças cardíacas não melhora se for tratada com medicamentos. Sendo assim, "a engenharia do tecido cardíaco representa uma grande promessa... assente na reconstrução do músculo cardíaco específico do doente", escreveram os investigadores.

No mês passado, cientistas no Japão anunciaram ter criado um fígado humano funcional a partir de células estaminais num processo semelhante. A capacidade de reparar órgãos danificados por acidente ou doença constitui uma das principais metas da investigação de células estaminais.

Até há alguns anos, quando as células iPS foram criadas, a única forma de obter células estaminais era através da sua colheita de embriões humanos.

Experiência com animais:
Um estudo analisou o desenvolvimento da doença de Alzheimer antes do aparecimento dos primeiros sintomas. A experiência foi...

Um estudo realizado por investigadores do Institute for Clinical Brain Research in Tübingen, na Alemanha, e do Hospital de Santo António, no Porto abriu caminho ao desenvolvimento de tratamentos capazes de parar a doença de Alzheimer antes do seu aparecimento, ou seja, antes da ocorrência de qualquer dano importante no cérebro do doente, revela a edição online do JN.

O cientista Luís Maia participou no estudo e explicou que "as alterações ocorridas no fluido cefalorraquidiano (líquido em torno da coluna vertebral e do cérebro) de dois modelos animais (ratinhos) da doença de Alzheimer eram paralelas à progressão da doença, podendo ser utilizadas para monitorizar a doença sem recurso aos sintomas".

A doença de Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa, actualmente incurável, com uma evolução lenta cujo aparecimento dos primeiros sintomas "leva mais de 10 anos (...) sendo este período pré-clínico [antes do aparecimento dos primeiros sintomas], o momento ideal para intervir", refere o artigo científico. O estudo foi publicado na revista Science Translational Medicine.

A observação de algumas alterações biológicas que sinalizam a doença permitiu a obtenção de informações sobre o avanço da doença. A conclusão retirada da experiência"foi particularmente interessante" já que "abre a possibilidade de finalmente ser possível intervir durante o período pré-clínico da doença".

Os cientistas dizem ser necessário continuar a investigar, mas consideram possível que os ratos transgénicos possam ser "usados para testar novos medicamentos para a doença de Alzheimer".

De acordo com dados relativos a 2010, o número de doentes com Alzheimer ascendia a 36 milhões, a nível mundial. Especialistas esperam que, até 2020, este número duplique, estimando-se que o número duplicasse em 2020.

A doença aparece normalmente com o aumento da idade e destrói o cérebro, causando perda de memória, da linguagem e da percepção do tempo e do espaço.

Em 2010, a Organização Mundial de Saúde calculava que ao todo tenham sido gastos 640 mil milhões de dólares (cerca de 490 mil milhões de euros) de com doentes de Alzheimer.

Saiba quais são
As vacinas são o meio mais eficaz e seguro de protecção contra certas doenças.
Vacinas

A vacinação é o meio mais seguro e, por vezes, o único que permite fortalecer o organismo e resistir contra determinadas infecções. Por outro lado, permite que haja um bloqueio na disseminação da doença ou a sua erradicação, quando grandes massas populacionais estão vacinadas, evitando-se contaminação entre as pessoas.

Os seus princípios empíricos já são conhecidos há muito tempo, embora só recentemente tenham sido utilizados de forma moderna e massiva. Constitui uma das maiores vitórias da medicina, e muitos de nós não estaríamos vivos se não fosse a vacinação.

A criação das vacinas e dos Programas Nacionais de Vacinação permitiu que houvesse uma grande redução do número de pessoas com infecções graves e da mortalidade que elas causavam. Portanto, o objectivo é proteger o indivíduo e a comunidade, no entanto, as vacinas só podem ser eficazes se a sua cobertura permanecer de forma contínua a um nível suficientemente elevado.

Todos os anos, a vacinação salva cerca de três milhões de vidas e previne a invalidez de mais de 750 mil crianças em consequência de doenças infecciosas.

Vacinas pediátricas
É durante a infância que recebemos a maior parte das vacinas. O sistema imunitário dos recém-nascidos é ainda imaturo e inexperiente. Apesar de nos três primeiros meses de vida, os anticorpos da mãe, passados para o filho através da placenta, fornecerem alguma protecção, não o defendem de todas as doenças.

Por isso é fundamental vacinar as crianças precocemente, para evitar doenças graves como a tosse convulsa ou certas meningites, mais frequentes nos primeiros meses de vida, que podem causar lesões permanentes ou até fatais.

O Programa Nacional de Vacinação (PNV) permite que, aos seis meses de idade, a criança já tenha a protecção básica para oito doenças (formas graves de tuberculose, difteria, tétano, tosse convulsa, hepatite B, poliomielite e meningites e septicémias por meningococos C e por hemófilos).

Há ainda, fora do PNV, vacinas contra rotavírus (agente de diarreia) e contra pneumococos (agente de meningites, septicemias e pneumonias), que também são administradas antes dos seis meses. Espera-se que a vacina contra o pneumococo venha brevemente a fazer parte do PNV. Aos 15 meses a criança fará a vacina contra sarampo, papeira e rubéola.

Algumas destas doenças estão eliminadas em Portugal, devido às vacinas, mas é bom não esquecer que hoje em dia estamos à distância de poucas horas de avião de países onde essas doenças existem e se não mantivermos uma taxa de vacinação elevada corremos o risco de as ver reaparecer.

Mais recentemente entrou no PNV a vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV), agente responsável por cancro do colo do útero, que é administrada aos 13 anos, ainda dentro da idade pediátrica, embora vá proteger contra uma doença que só se manifesta já na idade adulta.

Vacinas de adultos
Considerar que as vacinas são assunto exclusivo das crianças e jovens é uma perspectiva desajustada da realidade.

O envelhecimento inexorável do ser humano, com a consequente diminuição de defesas do organismo, o acometimento por doenças elas mesmo imunosupressoras ou então tratamentos com medicamentos imunodepressores ou a própria radioterapia, causam diminuição das defesas do organismo e condicionam mais risco de doenças infecciosas. A vacinação pode ser uma ajuda importante.

A vacina contra o pneumococo, agente frequente de pneumonias, é claramente recomendada aos adultos com mais de 65 anos ou outros grupos de risco - diabéticos ou doentes crónicos – por estarem mais predispostos a contrair a infecção por esta bactéria.

Por outro lado, a vacinação dos adultos não está reduzida à vacina antitetânica (com reforços cada 10 anos) e à vacina anual da gripe. Existem adultos com doenças crónicas que deverão ser vacinados contra a Neisseria meningitidis e o H. influenzae, causadoras de infecções generalizadas e meningites.

É também já possível vacinar contra a zona, uma doença causada pela reactivação do vírus da varicela e que causa frequentemente no adulto, em particular nos mais idosos, uma doença caracterizada pelo aparecimento de vesículas cutâneas e depois crostas e que se pode prolongar por muito tempo com dor local intensa e incapacitante.

Vacinas do viajante
O prazer de viajar não deve ser ensombrado por percalços de saúde. Daí que valha a pena prevenir riscos e nada como consultar o seu médico, para se informar das medidas preventivas necessárias antes de partir para países tropicais ou subtropicais.

Sempre que necessário, será orientado para consultas específicas do viajante que funcionam um pouco por todo o país: informações úteis, algumas medicações e vacinas permitir-lhe-ão viajar com muito mais tranquilidade.

No que se refere a vacinas para o viajante há algumas, de que é exemplo a vacina da febre-amarela, que são mesmo obrigatórias na deslocação para alguns países onde existe risco da doença. Nessa situação a vacina terá que ser administrada a não ser que haja contra-indicação médica, devendo nesse caso ser emitida uma escusa médica.

Outras, consideradas vacinas específicas para o viajante, são recomendadas em determinadas circunstâncias, que dependerão das condições de saúde de quem viaja, do local de destino e tempo de permanência entre outros aspectos: vacina da hepatite A, da febre tifóide, da encefalite japonesa, da encefalite da carraça, entre outras. Mas também as vacinas, ditas de rotina, tem nesta consultas a oportunidade de serem actualizadas.

Assim, vale a pena pedir ajuda médica antes de viajar para locais em desenvolvimento e/ou com risco de doenças tropicais. A prevenção de muitas doenças, em particular infecciosas, é possível. As vacinas são uma das formas de o fazer com eficácia e segurança.

Reforços de vacinas
A quantidade de anticorpos produzidos pela vacina ou pela doença natural vai diminuindo ao longo do tempo. Apesar disso, podemos geralmente contar com a memória imunológica para que este nível de anticorpos suba rapidamente ao entrar em contacto com o microrganismo.

Nalgumas doenças é necessário ter um nível alto de anticorpos para haver protecção. Este problema tem particular importância no caso de doenças em que o tempo entre o contacto com o agente infeccioso e o aparecimento da doença é curto, havendo toda a vantagem em ter de antemão um nível elevado de anticorpos, para evitar que surjam manifestações da doença antes de o sistema de memória imunológica ter tempo de promover a produção de anticorpos em quantidade suficiente.

Nestes casos, pode haver necessidade de dar periodicamente doses de reforço, de modo a manter este nível alto. Há doenças em que, apesar de ser necessário um nível alto de anticorpos, o tempo de incubação é longo, permitindo que se faça uma dose de reforço mesmo depois do contacto com o agente infeccioso, se já passou demasiado tempo após a última dose de vacina, como é o caso do tétano.

Certas doenças têm um tempo de incubação muito longo, permitindo esperar que a memória imunológica entre em acção e, nesses casos, não é necessária dose de reforço.

Esta memória imunológica vai também sendo activada por contactos fugazes com o dito agente infeccioso, quando a doença persiste na comunidade. Estes contactos funcionam como “lembretes” que vão reactivar esta memória. No entanto, quando a doença deixa de circular, por influência da vacina, a memória deixa de ter estes estímulos permanentes que a mantêm alerta, por assim dizer. A máquina de produzir anticorpos pode ficar um pouco “enferrujada” pela falta de uso, levando mais tempo a reagir.

Por isso as autoridades de saúde mantêm uma grande vigilância sobre as doenças preveníveis por vacinas, para perceber se, a determinado momento, será necessário voltar a fazer doses de reforço.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Infecção localizada
Trata-se de uma lesão, que ocupa um espaço, originada pela aglomeração de material infectado (pús) n
Homem com as mãos na cabeça em sinal de dor

Causas

Quando ocorre uma infecção localizada no cérebro, este reage, ocorrendo inflamação e morte (necrose) de algum tecido cerebral. Há, então, acumulação de fluido, restos celulares, leucócitos e microorganismos. Esta acumulação forma uma massa, que geralmente se torna encapsulada, por uma membrana que se forma nos limites da mesma.

Em resposta à inflamação vai haver edema cerebral, o que juntamente com a lesão vai levar a um aumento da pressão intracraniana, o que, por sua vez, vai agravar os danos e a disfunção cerebral. A somar a tudo isto, existe ainda o material infectado que pode levar ao bloqueio de vasos cerebrais, agravando ainda mais a situação.

O abcesso cerebral pode surgir como complicação de um abcesso epidural, ou de uma afecção do foro otorrinolaringológico, nomeadamente otites crónicas, sinusites crónicas e mastoidites. Nestes casos a infecção resulta de propagação directa através dos ossos do crânio e meninges.

Noutros casos a infecção propaga-se através da corrente sanguínea a partir de localizações à distância: infecções pulmonares, infecções dentárias, infecções cutâneas, infecções ósseas, ou infecções cardíacas.

Os microorganismos podem ainda atingir o tecido cerebral por inoculação directa, no decorrer de uma cirurgia cerebral ou então em consequência de um traumatismo craniano.

Factores de risco

São factores de risco as doenças cardíacas congénitas e anormalidades congénitas dos vasos pulmonares. Situações que acarretam um alto risco de infecção cardíaca ou pulmonar, que pode propagar-se para o cérebro.

Outros factores de risco são a utilização de drogas intravenosas, afecções dos ouvidos ou seios nasais, infecções que cursam com bacteriemia e qualquer condição que cause imunossupressão.

Sintomas e Sinais

Os sintomas podem surgir gradualmente ao longo de duas semanas, ou subitamente, e assim que surgem vão-se agravando progressivamente.

Os sintomas iniciais são, geralmente, cefaleias, perdas neurológicas, ou convulsões.

Assim, podemos ter:

  • Cefaleias;
  • Rigidez da nuca, ombros ou costas;
  • Vómitos;
  • Alterações do estado mental:
  • Confusão;
  • Falta de atenção;
  • Irritabilidade;
  • Lentidão do pensamento;
  • Diminuição da resposta aos estímulos;
  • Eventualmente, coma;
  • Convulsões;
  • Febre;
  • Défices neurológicos focais – perdas localizadas da função nervosa:
  • Alterações visuais;
  • Diminuição da sensibilidade (braço e perna do mesmo lado do corpo);
  • Diminuição da mobilidade (braço e perna do mesmo lado do corpo);
  • Fraqueza muscular (braço e perna do mesmo lado do corpo);
  • Diminuição da fala;
  • Perda da coordenação;
  • Sinais de hipertensão intra-craniana.

Tratamento

O abcesso cerebral é uma urgência médica: o aumento da pressão intra-craniana pode levar rapidamente à morte.

É necessária hospitalização, até a situação estar estabilizada, sendo que, em alguns casos, é mesmo necessário o recurso a suporte de vida.

O tratamento com antibióticos é o mais indicado, podendo associar-se medicamentos anti-inflamatórios e diuréticos com a finalidade de combater o edema cerebral e, deste modo, a hipertensão intra-craniana.

O tratamento cirúrgico está reservado para situações especiais, como por exemplo, quando a massa não diminui com a terapia antibiótica ou quando há um aumento persistente e progressivo da pressão intra-craniana.

Evolução e prognóstico

Sem tratamento a evolução é inexoravelmente fatal e, mesmo nos casos com tratamento poderá ser mortal.

É uma situação que pode deixar sequelas permanentes, nomeadamente a nível neurológico.

Complicações:

  • Meningite, muito grave e potencialmente fatal;
  • Epilepsia;
  • Perdas neurológicas permanentes (visuais, motoras, da fala).

Prevenção

O tratamento adequado das doenças causadoras pode diminuir o risco de abcesso cerebral, incluindo-se naquele a reparação cirúrgica das anormalidades congénitas.

Deve-se ainda administrar profilacticamente antibióticos a pessoas com patologia valvular cardíaca, antes de procedimentos dentários ou urológicos.

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Doença hereditária
O albinismo é um problema hereditário provocado pela falta de melanina, o pigmento responsável pela
Albinismo

O albinismo é uma doença hereditária cuja causa é uma mutação genética que resulta em pouca ou nenhuma produção de melanina. Ou seja, existe um defeito nos melanócitos, as células encarregues da produção da melanina, o que, consequentemente, provoca uma insuficiência desse pigmento.

A melanina é o pigmento encontrado na pele e nos olhos. O tipo e a quantidade de melanina produzida pelos melanócitos determina a cor da pele, dos cabelos e dos olhos. Na maioria dos tipos de albinismo, para desenvolver a doença, a pessoa deve herdar dois genes com mutação, um do pai e outro da mãe (herança recessiva).

Embora estes problemas costumem estar presentes desde o nascimento, devido ao facto de serem provocados por uma alteração genética, o tipo de transmissão hereditária varia consoante a forma de albinismo.

No albinismo total, caracterizado pela ausência total de melanina, ele apenas se manifesta se a pessoa receber o gene defeituoso de ambos os progenitores. Por outro lado, quando uma pessoa herda o gene defeituoso de apenas um progenitor, passa a ser portadora e, embora não seja afectada pela doença, pode transmiti-la aos filhos.

Tendo em conta que os outros tipos de albinismo, como o albinoidismo e o albinismo circunscrito, são formas atenuadas ou incompletas do problema, costumam ser transmitidos de forma autossómica dominante, em que apenas basta receber o gene alterado de um único progenitor para que o problema se evidencie.

Sintomas
No albinismo total, a falta de melanina é total e provoca uma ausência de pigmentação tanto na pele, de cor muito branca ou rosa, como nos cabelos, brancos e na íris do olho, de cor rosa.

Existem também casos de falta de melanina parcial (albinoidismo) em que a pele adquire uma tonalidade mais clara do que a correspondente à sua raça, enquanto o cabelo é branco ou cinzento e a íris pode ser rosa ou de cor normal. Por outro lado, há outro tipo de albinismo que se caracteriza pela falta de melanina apenas em várias zonas do corpo (albinismo circunscrito), que provoca o aparecimento de uma zona despigmentada na fronte, acompanhada por um tufo de cabelos brancos, enquanto a íris conserva a sua cor normal.

O albinismo tem influência no desenvolvimento e funcionamento dos olhos e provoca sintomas oculares como o nistagmo, estrabismo, miopia ou hipermetropia intensas, fotofobia e astigmatismo. Existe maior sensibilidade à luz e dores nos olhos, quando se permanece em ambientes muito quentes ou iluminados.

Como a melanina protege a pele contra os efeitos do sol, se não houver protecção adequado, a maioria das pessoas com albinismo apresenta maior risco de queimaduras solares, formação de rugas cutâneas, envelhecimento cutâneo prematuro, desenvolvimento de determinados tumores malignos na pele.

Tratamento
Dado que ainda não existe qualquer tipo de tratamento que cure a doença, a terapêutica consiste em diminuir ao máximo a exposição aos raios solares, através da utilização da roupa adequada, da aplicação de filtros solares e, caso seja necessário, da utilização de óculos especiais para filtrar os raios ultravioleta.

Assim, pessoas com albinismo devem usar protecção solar sempre que estiverem em ambientes expostos ao sol e ser acompanhadas por um dermatologista para avaliação da pele e detecção de lesões que possam predispor ao surgimento de tumores. Também é importante o acompanhamento por um oftalmologista para o tratamento dos sintomas oculares.

O albinismo pode, em alguns casos, levar ao isolamento social, baixa auto-estima e stress emocional. Nestes casos, o acompanhamento psicológico é fundamental para uma melhor qualidade de vida dos doentes.

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Estudo publicado na revista Nature Neuroscience
Um grupo de investigadores de várias instituições britânicas acaba de concluir que uma série de mutações genéticas associadas à...

Uma descoberta que poderá contribuir para o desenvolvimento de fármacos mais eficazes contra a doença de Parkinson foi o que um grupo de investigadores descobriu ao identificar uma série de mutações genéticas associadas à doença e que podem ser as responsáveis pela morte de células cerebrais nos doentes com aquele problema.

De acordo com o estudo, coordenado por Helene Plun-Favreau e publicado recentemente na revista científica Nature Neuroscience, defeitos no gene Fbxo7 registados na doença de Alzheimer causam obstáculos ao nível da mitofagia. Trata-se de um processo essencial através do qual o nosso organismo é capaz de eliminar mitocôndrias (organelas celulares responsáveis pela produção de energia vitais para as células nervosas) danificadas e, consequentemente, muito perigosas para a saúde.

Os cientistas têm acreditado que dois genes associados com a doença de Parkinson, o PINK1 e o Parkin, desempenham um papel neste processo de mitofagia, mas este novo estudo mostra exactamente a importância crucial do processo e a forma como as mutações num outro gene, o Fbxo7, interferem na doença e na acção dos primeiros dois genes, dizia o comunicado divulgado pelo UCL - University College London, que também participou no estudo.

Nos doentes com Parkinson, as mutações genéticas causam defeitos na mitofagia, levando a uma acumulação de mitocôndrias disfuncionais, o que justifica, pelo menos parcialmente, a morte das células cerebrais nos doentes que sofrem desta doença e apresentam sinais destas mutações.

Segundo Helene Plun-Favreu, líder do estudo, o que torna este estudo particularmente importante é "a confirmação de processos deficientes de mitofagia em diferentes modelos da doença de Parkinson, incluindo nas células de pacientes com uma mutação do gene Fbxo7.

"Estas descobertas sugerem que é possível desenvolver estratégias de tratamento que tenham como alvo o processo de mitofagia para beneficiar os doentes com Parkinson no futuro", conclui a especialista.

Pesquisa aponta:
Segundo uma investigação recente parece haver ligação genética entre o autismo e o cancro.

Investigadores que se debruçaram sobre duas condições aparentemente não relacionadas - autismo e cancro - descobriram que algumas pessoas com o transtorno de comportamento têm mutações em genes ligados ao cancro. Essas alterações podem causar o autismo.

Cerca de 10% das crianças com mutações num gene chamado PTEN - que causa cancro da mama, cólon e tiróide e noutros órgãos - têm autismo. Metade das crianças com alterações genéticas que causam alguns tipos de cancro do cérebro e rins também têm o transtorno.

O achado, porém, poderá ser aplicado a uma pequena parcela de pessoas com autismo; na maioria dos casos, a causa permanece desconhecida. Além disso, nem todos com a mutação desenvolverão autismo ou cancro.

Dicionário de A a Z
Um aborto consiste na interrupção de uma gravidez com menos de 20 semanas de gestação.
Aborto

Aborto espontâneo
Consiste na interrupção de uma gravidez com menos de vinte semanas de gestação, devido a uma ocorrência acidental ou natural. A maioria dos abortos espontâneos tem origem numa incorrecta replicação dos cromossomas e/ou em factores ambientais. O aborto espontâneo pode ser precoce (até às 12 semanas de gestação) ou tardio (após 12 semanas de gestação).

Aborto induzido
Aborto provocado por uma acção humana deliberada. Também denominado Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG).

Sinais de alarme pós-aborto (espontâneo ou induzido)

A mulher deve recorrer a um serviço de urgência caso se verifique:

  • Hemorragia súbita e intensa;
  • Febre alta e persistente;
  • Cólicas abdominais acompanhadas de dores violentas;
  • Episódios de diarreia persistentes após as primeiras 24 horas;
  • Desconforto emocional muito intenso e prolongado, a ponto de interferir com o quotidiano da mulher.
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Dicionário de A a Z
A faringe é um órgão tubular com a forma de um funil que se localiza na parte posterior da coluna ve
Faringe

O ar entra nas vias aéreas pelos orifícios do nariz ou pela boca e em qualquer um dos casos tem que passar pela faringe. Se ele entrar pelo nariz vai passar na faringe superior, em seguida pela faringe média e por fim pela faringe inferior até à laringe.

Se o ar entrar pela boca, entra de imediato na faringe média e só depois é que passa para a inferior e posteriormente para a laringe. Em ambos os casos o ar segue pela traqueia e pelos brônquios até chegar aos pulmões.

No que diz respeito aos alimentos, estes também passam pela faringe média depois de se encontrarem na boca.

Estas duas funções da faringe só são possíveis graças ao papel desempenhado pela epiglote que se encontra na parte superior da laringe. A epiglote fecha-se durante a deglutição para que não haja o perigo de os alimentos irem de forma errada para os pulmões e abre-se quando o ar passa para os mesmos. Durante a deglutição as paredes da faringe provocam contrações de cima para baixo e empurram o bolo alimentar na direção do estômago.

Quando este processo decorre não é possível inspirar uma vez que a laringe se encontra fechada.

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Dicionário de A a Z
Uma prótese é uma peça artificial que é fabricada e utilizada para substituir um órgão, ou parte do

A sua utilização, apesar do seu principal objectivo ser o de restaurar a função do órgão que substitui, pode também estar relacionada com questões estéticas. São exemplo disso as próteses mamárias que podem ser aplicadas após uma mastectomia (remoção da mama), ou simplesmente por motivos estéticos quando se pretende aumentar o tamanho do peito.

As mais comuns, com efeitos funcionais, são as próteses dentárias ou dos membros superiores ou inferiores.

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OMS desvaloriza
Cientistas encontraram sinais do novo coronavírus, que registou até ao momento 46 mortos, hospedado em camelos.

Uma equipa internacional de cientistas, liderada por Chantal Reusken, do Instituto Nacional de Saúde Pública e Ambiente de Bilthoven, Holanda, analisou e identificou, em camelos dromedários de Oman, alguns anticorpos que estão ligados ao coronavírus que provoca a síndrome respiratória do Médio Oriente (MERS) ou a um outro vírus muito semelhante. O estudo já foi publicado na revista The Lancet Infectious Diseases, mas a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que não existem provas suficientes para determinar se são os animais os responsáveis pela transmissão da doença aos humanos.

Para os investigadores esta descoberta pode indicar que aqueles animais sejam reservatórios do vírus, que infectou pelo menos 94 pessoas, sobretudo no Médio Oriente, revela o JN Online.

A equipa de cientistas recolheu 349 amostras de soro de diversos animais de pecuária, incluindo camelos dromedários, vacas, ovelhas e cabras, de países como Oman, Holanda, Espanha e Chile.

"Numa altura em que continuam a aparecer novos casos humanos de MERS, sem quaisquer pistas sobre as origens da infecção, excepto nas pessoas que o apanharam de outros doentes, estes novos resultados sugerem que os camelos dromedários podem ser um reservatório do vírus que está a provocar o MERS nos humanos", escrevem os autores do estudo, lembrando que aqueles animais são populares no Médio Oriente, onde são usados para a produção de carne e de leite, pelo que há grande contacto entre eles e os humanos.

Perante estes resultados, a OMS veio alertar, em conferência de imprensa, que não há provas suficientes para afirmar que os camelos são os responsáveis da transmissão.

"Damos as boas-vindas a qualquer estudo que pretenda lançar luz sobre a síndroma do coronavirus, mas o que este estudo sugere é que o coronavírus ou um vírus semelhante infectou uma população de camelos e eles estão a produzir anticorpos", explicou o porta-voz da OMS Tarik Jasarevic.

O representante disse que primeiro é necessário assegurar que este coronavírus é o mesmo dos humanos para o que será necessário encontrar o próprio vírus e não só os anticorpos. Considerou ainda que o estudo fornece uma pista sobre a direcção a seguir nas investigações, mas não demonstra qual a origem do vírus nem o tipo de exposição que favorece o contágio.

O MERS fez a sua primeira vítima na Arábia Saudita em Junho de 2012 e desde então foram registadas 46 mortes, de entre 94 casos confirmados, a maioria na Arábia Saudita.

Dicionário de A a Z
O abcesso resulta de uma infecção local, por uma bactéria, que conduz à produção de pus.
Abcesso

O abcesso pode localizar-se em diversos órgãos ou tecidos: pele, boca, cérebro, pulmão, coração, fígado, intra-abdominal, pilonidal, entre outros. Resulta de uma infecção local, por uma bactéria, que conduz à produção de pus. O pus organiza-se num espaço fechado, o que dificulta a actuação dos mecanismos de defesa do próprio organismo.

Os abcessos são frequentemente provocados por infecções bacterianas, originando abcessos piogénicos. As bactérias implicadas variam com o local do abcesso.

Os abcessos intra-abdominais costumam ter origem em infecções de outro órgão abdominal, perfuração de víscera ou feridas.

As infecções da cavidade bocal podem originar abcessos faríngeos ou nos gânglios do pescoço.

Os abcessos cerebrais podem ter origem em infecções da órbita, mastóide, dentes, ouvido médio, seios perinasais e meninges.

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Processo inflamatório
A Bursite é a inflamação de uma bolsa sinovial.
Bursite

As bolsas estão localizadas nos pontos de fricção, especialmente onde há tendões ou músculos que passam por cima do osso. Embora uma bolsa, geralmente, contenha muito pouco líquido, no caso de lesão pode ficar inflamada e encher-se de líquido.

A bursite pode resultar do uso excessivo de uma articulação de maneira crónica, de feridas, gota, pseudogota, artrite reumatoide ou infecções mas, com frequência, desconhece-se a causa. Embora os ombros sejam os mais propensos à bursite, também se inflamam frequentemente as bolsas dos cotovelos, das ancas, da pélvis, dos joelhos, dos dedos do pé e dos calcanhares.

Sintomas
A bursite causa dor e tende a limitar o movimento, mas, os sintomas específicos dependem da localização da bolsa inflamada. Por exemplo, quando acontece a inflamação de uma bolsa do ombro, aparece dor e dificuldade ao erguer o braço e afastá-lo do lado do corpo.

A bursite aparece de forma repentina e a zona inflamada dói quando há movimento ou quando se toca. A pele por cima das bolsas, localizadas muito perto da superfície, pode tornar-se avermelhada e inflamar-se. A bursite aguda, causada por uma infecção ou pela gota, é particularmente dolorosa e a zona afectada torna-se avermelhada e ao tacto sente-se calor.

A bursite crónica pode ser resultado de ataques anteriores de bursite aguda ou de lesões repetidas. Finalmente, as paredes da bolsa espessam-se e pode depositar-se nelas uma substância anormal, com aglomerados de cálcio sólido com aspecto de gesso. As bolsas com lesões são mais propensas a inflamações, quando são submetidas a exercícios ou esforços pouco usuais. A dor e o inchaço prolongados limitam o movimento, causando debilidade motora e atrofia muscular. Os acessos de bursite crónica podem durar de alguns dias, a várias semanas e com frequência são recidivos.

Diagnóstico e tratamento
O médico pode considerar que se trata de uma bursite se a zona à volta da bolsa dói à palpação e se alguns movimentos específicos da articulação são dolorosos. Se a bolsa estiver muito inchada, o médico pode extrair com uma agulha e uma seringa uma amostra do líquido da bolsa para fazer análises que determinem as causas da inflamação. As radiografias não costumam ser úteis, a menos que detectem os típicos depósitos de cálcio.

As bolsas infectadas devem ser drenadas, administrando-se os antibióticos apropriados. A bursite aguda não infecciosa é, habitualmente, tratada com repouso, imobilização temporária da articulação afectada e um anti-inflamatório não esteróide, como a indometacina, o ibuprofeno ou o naproxeno. Por vezes, podem ser precisos analgésicos mais fortes. Como alternativa, pode injectar-se directamente na bolsa, uma mistura de um anestésico local e um corticosteróide.

As pessoas que sofrem de bursite aguda podem tomar um corticosteróide por via oral, como a prednisona, durante alguns dias. Quando diminui a dor, a prática de exercícios específicos é útil para aumentar o grau do movimento articular.

O tratamento da bursite crónica é semelhante, embora seja menos provável que tanto o repouso como a imobilização sejam eficazes. Por vezes, as grandes acumulações de cálcio nos ombros podem ser irrigadas com uma agulha de calibre grosso ou extraídas cirurgicamente. As bursites, que limitam a função dos ombros, podem ser aliviadas por meio de várias injecções de corticosteróides juntamente com uma fisioterapia intensiva, para restabelecer o funcionamento da articulação. Os exercícios ajudam a reforçar os músculos enfraquecidos e restabelecem o grau completo do movimento articular.

A bursite é, com frequência, recidiva se não for corrigida a causa subjacente, como a gota, a artrite reumatóide ou o uso excessivo crónico da articulação.

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Inflamação vaginal
A vaginite é uma inflamação da mucosa da vagina, a vulvite é uma inflamação da vulva e a vulvovagini
Mulher em consulta de ginecologia com médico e assistente

Nessas situações, os tecidos inflamam-se e produz-se uma secreção vaginal. As causas compreendem infecções, substâncias ou objectos irritantes, tumores ou outro tecido anormal, radioterapia, fármacos e alterações hormonais. A higiene pessoal insuficiente pode favorecer o crescimento de bactérias e de fungos, bem como causar irritação. Além disso, as fezes podem passar do intestino para a vagina por um trajecto anormal (fístula) e provocar uma vaginite. Durante o tempo em que a mulher é fértil, as alterações hormonais provocam uma secreção anormal aquosa, mucosa ou branca-leitosa, que varia em quantidade e características conforme as diferentes fases do ciclo menstrual. Depois da menopausa, o revestimento interno da vagina e dos tecidos da vulva perdem espessura e o fluxo normal diminui devido à falta de estrogénios. Em consequência, a vagina e a vulva ficam infectadas e as lesões acontecem com maior facilidade.

Sintomas

O sintoma mais frequente da vaginite é a secreção vaginal anormal. Uma secreção anormal é a que se produz em grandes quantidades, exala um odor forte ou é acompanhada de comichões ou dor vaginal. Muitas vezes a secreção anormal é mais espessa que a normal e a cor é variável, podendo estar manchada de sangue.

Uma infecção bacteriana da vagina tem tendência para produzir uma secreção turva branca, cinzenta ou amarelada com mau odor ou semelhante ao do peixe. O cheiro torna-se mais intenso depois do acto sexual ou da lavagem com sabão, pois ambos diminuem a acidez vaginal e, como consequência, favorece-se o desenvolvimento bacteriano.

Uma infecção provocada por Candida (um fungo) provoca uma comichão entre moderada a intensa e ardor na vulva e na vagina. A pele torna-se avermelhada e é áspera ao tacto. Da vagina sai uma secreção espessa, semelhante ao queijo, que tem tendência para aderir às suas paredes. Os sintomas pioram durante a semana anterior ao ciclo menstrual. Esta infecção tem tendência a reaparecer nas mulheres que sofrem de diabetes mal controlada e nas que estão a tomar antibióticos.

Uma infecção por Trichomonas vaginalis, um protozoário, provoca uma secreção branca, verde-acinzentada ou amarela que pode ser espumosa. A secreção aparece pouco depois da menstruação e pode ter um odor desagradável. É acompanhada de uma comichão muito intensa.

Uma secreção aquosa, sobretudo se contiver sangue, pode ser causada por um cancro da vagina, do colo uterino ou do revestimento interno do útero (endométrio). Os pólipos cervicais (colo uterino) podem provocar hemorragia vaginal depois do coito. Se a comichão ou os incómodos vulvares persistirem durante algum tempo, as possibilidades podem ser uma infecção por papiloma vírus humano ou um carcinoma in situ (um cancro muito localizado que não invadiu outras áreas e que, em geral, o cirurgião pode extrair facilmente).

Uma ferida dolorosa na vulva pode ser causada por uma infecção herpética ou por um abcesso, enquanto uma úlcera que não provoca dor pode dever-se a um cancro ou à sífilis. Os piolhos da púbis provocam comichão na zona da vulva (pediculose da púbis).

Diagnóstico

As características da secreção podem sugerir a causa, mas é necessária informação adicional da paciente para fazer o diagnóstico (como, por exemplo, em que momento do ciclo menstrual tem lugar a secreção, se é esporádica ou contínua, como respondeu a tratamentos anteriores e se sofre de comichão, ardor, dor na vulva ou se tem uma ferida vaginal). O médico também pergunta acerca das medidas anticoncepcionais, se há dor depois do acto sexual, se manifestou infecções vaginais anteriormente ou doenças de transmissão sexual e se usa detergentes para a roupa que possam provocar irritação. Certas perguntas podem inquirir se o parceiro sexual apresenta sintomas ou algum membro da família sofre de comichões.

Ao examinar a vagina, o médico utiliza uma vareta com ponta de algodão para recolher uma amostra da secreção, que será examinada ao microscópio ou cultivada no laboratório com o fim de identificar os organismos infecciosos. Inspecciona-se o colo uterino (cérvix) e recolhe-se uma amostra de tecido para um teste de Papanicolau, que pode detectar o cancro cervical. O médico faz também uma exploração bimanual: introduz na vagina os dedos indicador e médio de uma mão e, com a outra, pressiona suavemente por fora da zona inferior do abdómen para palpar os órgãos reprodutores. Quando uma mulher tem uma inflamação da vulva durante muito tempo (vulvite crónica), que não responde ao tratamento, habitualmente o médico recolhe uma amostra de tecido para a examinar ao microscópio (biopsia), com o fim de detectar possíveis células cancerosas.

Tratamento

No caso de uma secreção normal, as lavagens frequentes com água podem reduzir a quantidade da mesma. No entanto, uma secreção provocada por uma vaginite requer um tratamento específico, de acordo com a sua causa. Ao tratar-se de uma infecção, o tratamento consiste na administração de um antibiótico, de um antifúngico ou de um antivírico, conforme o tipo de agente patogénico. Até que o tratamento faça efeito, pode proceder-se também à lavagem da zona com uma mistura de vinagre e água durante pouco tempo para controlar os sintomas. No entanto, a lavagem frequente com ou sem medicamentos não é muito conveniente, pois aumenta o risco de contrair inflamação pélvica. Se os lábios (partes carnosas que rodeiam os orifícios da vagina e da uretra) estiverem colados devido a infecções anteriores, a aplicação de estrogénios em forma de creme vaginal, durante 7 a 10 dias, costuma facilitar a sua abertura.

Além de um antibiótico, o tratamento de uma infecção bacteriana pode incluir também geleia de ácido propiónico para que aumente a acidez das secreções vaginais (o que inibe o crescimento das bactérias). Para as infecções de transmissão sexual, ambos os membros do casal são tratados ao mesmo tempo para evitar uma nova infecção.

O adelgaçamento do revestimento interno vaginal depois da menopausa (vaginite atrófica) trata-se com uma terapia substitutiva de estrogénios. Estes podem ser administrados por via oral, mediante um emplastro cutâneo ou mediante a aplicação tópica, directamente na vulva e na vagina.

Os fármacos utilizados para tratar a vulvite dependem da sua causa e são os mesmos que se usam para tratar a vaginite. Outras medidas complementares incluem o uso de roupas largas e absorventes que permitam a circulação do ar, como a roupa interior de algodão, bem como manter a vulva limpa.

Deverá ser utilizado sabão de glicerina, porque muitos dos outros sabões são irritantes. Por vezes, colocar gelo sobre a vulva, um banho de imersão frio ou aplicar compressas frias, reduz a dor e a comichão. Os cremes e os unguentos com corticosteróides, como os que contêm hidrocortisona e os anti-histamínicos por via oral, também reduzem a comichão quando esta não é originada por uma infecção. O aciclovir aplicado como creme ou por via oral atenua os sintomas e diminui a duração de uma infecção herpética. Os fármacos analgésicos tomados por via oral podem aliviar a dor.

Se a vulvite crónica se dever a uma higiene pessoal deficiente, o primeiro passo consiste em dar à mulher as instruções apropriadas. Uma infecção bacteriana trata-se com antibióticos. Em certas doenças cutâneas, pelo contrário, como a psoríase, são utilizados cremes que contenham corticosteróides. Deverão deixar de se utilizar todas aquelas substâncias que provoquem uma irritação persistente, como os cremes, os pós de talco e algumas marcas de preservativos.

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Além dos três anos de rejuvenescimento, o artigo revela ainda que as pessoas que recorrem à cirurgia estética não são consideradas mais atractivas do que as que resistem a submeterem-se a este tipo de cirurgias.

As conclusões baseiam-se num estudo em que foram mostradas a 50 pessoas fotografias de 49 pacientes que tinham sido submetidos, recentemente, a intervenções ligeiras de cirurgia estética.

O painel de observadores atribuiu, em média, idades três anos abaixo da idade real dos fotografados. As avaliações variaram de um máximo de “menos nove anos”, até outros com uns redundantes “mais quatro anos!”.

Quanto a serem atraentes, as opiniões dos observadores permitiram concluir que as pessoas submetidas ao bisturi eram tão atraentes antes, como depois das cirurgias.

Estudo indica
Mães que amamentam os seus filhos têm um risco menor de desenvolver Alzheimer, segundo um estudo recém-publicado pela...

A pesquisa também indicou a possibilidade de haver uma ligação mais ampla entre os dois factores, já que amamentar pode atrasar o declínio da condição cognitiva da mulher.

Estudos anteriores já mostravam que a amamentação reduzia o risco de a mãe desenvolver outras doenças, mas esse é o mais indicativo no que diz respeito a transtornos cognitivos.

O estudo mostra que alguns efeitos biológicos da amamentação podem ser os responsáveis pela redução do risco de se desenvolver a doença.

Os cientistas estabeleceram três comparações hipotéticas, entre mulheres que amamentaram e outras que não amamentaram ou amamentaram menos, e verificaram reduções potenciais de até 64% no risco de as primeiras desenvolverem a doença de Alzheimer em relação às segundas.

Os investigadores advertem, porém, que não é possível quantificar com exactidão a redução potencial do risco de Alzheimer, por conta do grande número de variáveis envolvidas - como tempo de amamentação, histórico de saúde da mulher, número de gravidezes e casos de Alzheimer na família, entre outras.

Segundo uma das teorias levantadas, pelos cientistas de Cambridge, amamentar priva o corpo da hormona progesterona, para compensar os altos níveis de protesgerona produzida durante a gravidez.

A progesterona é conhecida por dessensibilizar os receptores de estrogénios no cérebro - e o estrogénio tem um papel importante na protecção do cérebro contra a doença de Alzheimer.

Outra teoria baseia-se no facto de que amamentar amplia a tolerância da mulher à glicose, restaurando a sua tolerância à insulina após a gravidez, um período em que há uma redução natural da resistência à insulina.

E a doença de Alzheimer é caracterizada justamente pela resistência à insulina no cérebro (e consequentemente à intolerância à glicose), tanto que a doença de Alzheimer algumas vezes é chamada de diabetes tipo 3.

Publicada no Journal of Alzheimer's Disease, a pesquisa analisou 81 mulheres britânicas entre 70 e 100 anos, incluindo mulheres que sofriam ou não desse tipo de demência.

Apesar de os cientistas terem estudado o caso de um grupo pequeno de mulheres, eles garantiram que isso não interfere no resultado da pesquisa, dados os fortes indícios da relação entre amamentar e os riscos de desenvolver Alzheimer.

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