Cuba apresenta:
Um grupo empresarial de investigação em Cuba diz ter resultados pré-clínicos que fornecem evidências suficientes para comprovar...

O grupo empresarial cubano Labiofam anunciou que está a trabalhar em "novos peptídeos anti-tumorais” que podem revolucionar os tratamentos tradicionais contra o cancro, e convocou um simpósio em Setembro para "partilhar” os seus resultados e tentar "acelerar” o desenvolvimento do produto.

O director-geral do Labiofam, José Antonio Fraga, afirmou em conferência de imprensa em Havana que após 14 anos de pesquisas e estudos pré-clínicos o grupo concluiu que o efeito desses peptídeos (um tipo de molécula) obtidos por via biotecnológica "supera amplamente os produtos que existem hoje no mercado internacional”.

A empresa diz ter resultados sobre o impacto de peptídeos para tratar o cancro em crianças como o glioma e os tumores cerebrais e do sistema nervoso central, assim como os cancros de origem epitelial em adultos.

Em particular, o Labiofam destaca o desenvolvimento do peptídeo "RjLB-14”, com "resultados impactantes” nos mecanismos de morte celular, já que só age sobre as células malignas "sem efeitos colaterais”, o que permitiria substituir o uso de citostáticos nos tratamentos.

Fraga explicou que nos estudos pré-clínicos realizados com ratos o uso desse produto foi "surpreendente”, já que em nove dias de tratamento foi constatada uma redução de 90% do tumor, e em alguns casos o seu desaparecimento.

O director disse que não se trata de criar "falsas expectativas e informar algo que não está concluído” porque "os resultados pré-clínicos já fornecem evidências suficientes para comprovar e reafirmar a efectividade do tratamento em células humanas”.

Segundo o mesmo, o trabalho está na fase de pesquisa de toxicologia para se chegar ao produto final e solicitar em 2014 a realização de um teste clínico em humanos.

O que é?
Um aneurisma da aorta abdominal é uma dilatação anormal, potencialmente fatal, de um segmento da mai
Aneurisma da aorta abdominal

A aorta transporta sangue rico em oxigénio, do coração para artérias mais pequenas espalhadas pelo corpo. Um aneurisma abdominal ocorre na aorta abdominal, zona da aorta que se situa entre a parte de baixo do peito e a região pélvica.

Normalmente, a aorta mede cerca 2,5 cm de diâmetro, mas o seu tamanho aumenta muito gradualmente com o avançar da idade. Se a secção da aorta abdominal tiver mais de 3 cm de diâmetro, diz-se que a pessoa tem um aneurisma da aorta abdominal.

Os aneurismas da aorta abdominal são mais comuns em pessoas a partir dos 60 anos de idade. Apesar de cerca de 20% das pessoas com aneurismas da aorta abdominal terem um familiar próximo com o mesmo problema, não foi encontrada nenhuma ligação genética clara. Contudo, as conexões familiares parecem ser particularmente fortes entre irmãos.

A maioria dos aneurismas da aorta está relacionada com a aterosclerose, uma doença em que depósitos de gordura chamados “placas” se formam ao longo do interior das paredes dos vasos sanguíneos, que contribui também para a doença coronária (das artérias do coração) e para o Acidente Vascular Cerebral (AVC, por lesão das artérias que levam o sangue ao cérebro).

Manifestações clínicas

A maioria dos aneurismas da aorta não provoca quaisquer sintomas, sendo frequentemente descobertos durante exames físicos de rotina ou aquando da realização de radiografias para doenças não relacionadas. Quando as manifestações ocorrem, podem incluir:

  • Dor no abdómen, nas costas ou nos flancos, entre o bordo inferior das costelas e os quadris;
  • Sensação de plenitude gástrica após ingerir uma pequena refeição;
  • Náuseas e vómitos;
  • Massa pulsátil no abdómen.

Raramente, podem formar-se coágulos de sangue flutuantes (trombos) perto do aneurisma. Estes coágulos podem soltar-se e bloquear vasos sanguíneos noutras partes do corpo, causando sintomas de fluxo sanguíneo insuficiente nos locais onde ficarem alojados.

Em cerca de 20% dos casos, um aneurisma abdominal não detectado, sofre ruptura sem aviso prévio e o doente sofre um colapso e morre de uma hemorragia maciça dentro do abdómen.

Diagnóstico

O médico irá questionar o doente acerca da sua história familiar de doenças cardíacas, especialmente sobre familiares cuja morte foi súbita e, talvez, inexplicada; irá ainda perguntar-lhe se fuma e determinar se tem colesterol alto, hipertensão arterial ou diabetes.

Por vezes, o médico pode suspeitar de um aneurisma da aorta baseado na audição de um fluxo sanguíneo anormal no abdómen durante um exame físico e ao ver e/ou sentir uma massa pulsátil no abdómen quando o doente se encontra deitado. Esta massa, normalmente, localiza-se no centro do abdómen, logo abaixo do umbigo.

Em 75% das pessoas com um aneurisma da aorta abdominal, este é encontrado quando é efectuada uma radiografia ou outro tipo de teste para uma doença não relacionada. Os aneurismas da aorta podem ser descobertos em radiografias simples, em ecografias, numa Ressonância Magnética Nuclear (RMN), numa Tomografia Computorizada (TC) ou numa angiografia (uma visualização dos vasos sanguíneos obtida através da injecção de uma substância radioactiva no doente).

Para pesquisar a existência de aneurismas da aorta abdominal, a ecografia é um exame muito fidedigno e relativamente pouco dispendioso que não expõe a pessoa a radiação.

Evolução clínica

Quando um aneurisma da aorta se desenvolve, é uma doença para o resto da vida. A maioria dos aneurismas da aorta abdominal cresce com o passar do tempo, expandindo-se em média de 0,33 a 0,5 centímetros por ano.

Prevenção

É possível reduzir o risco de ter um aneurisma da aorta se controlar os seus factores de risco para a aterosclerose, especialmente o colesterol alto, a hipertensão arterial, o tabagismo e a diabetes. Se tiver o colesterol alto (hipercolesterolémia), siga as orientações do seu médico no que respeita a manter uma dieta com pouca gordura e colesterol e, caso necessário, a tomar medicamentos para baixar o colesterol. Se for hipertenso, siga as recomendações do médico em relação a alterar a sua dieta e a tomar a medicação. Se fumar, deixe de o fazer. Se é diabético, controle o açúcar no sangue frequentemente, mantenha uma dieta saudável e tome insulina ou medicação por via oral conforme prescrito pelo seu médico. Também é sensato fazer exercício físico regularmente e manter um peso ideal.

Tratamento

O tratamento depende principalmente do tamanho do aneurisma. Quanto maior for o aneurisma, mais provável é que sofra uma ruptura. Uma cirurgia de emergência a um aneurisma que tenha rebentado tem um maior risco de morte do que uma cirurgia programada para reparar o aneurisma.

É quase sempre recomendada uma intervenção cirúrgica num aneurisma que esteja com uma fuga de sangue, sendo também geralmente recomendada uma cirurgia nas pessoas com aneurismas com mais do que 5,5 centímetros de diâmetro (excepto se houver uma outra doença que torne a cirurgia particularmente arriscada). Mesmo sem sintomas, uma pessoa com um aneurisma com mais do que 6,5 centímetros é quase sempre sujeita a uma cirurgia de emergência para reparar o problema.

As pessoas com aneurismas mais pequenos podem ser monitorizadas através de ecografia (de 12 em 12 meses para quem tenha um aneurisma com menos de 3,5 centímetros e de 6 em 6 meses se mais de 3,5 centímetros) de forma a verificar se o aneurisma está a aumentar de tamanho.

Existem duas opções para reparar os aneurismas da aorta abdominal: o método tradicional e a cirurgia endovascular. O método tradicional consiste numa cirurgia abdominal que envolve uma interrupção temporária da circulação na aorta, reparando o vaso sanguíneo através do corte da secção lesada e da substituição do aneurisma por um enxerto de plástico. Através de um novo método, a cirurgia endovascular, é efectuado um pequeno corte na virilha num ramo da artéria que vai para a perna. Um tubo especial chamado “stent” é introduzido na artéria até ao local do aneurisma, protegendo a parede da aorta abdominal da pressão no seu interior e impedindo que a parede da artéria se expanda e enfraqueça.

A escolha do procedimento depende da localização e da aparência do aneurisma, assim como da saúde do doente. Os doentes de idade mais avançada e mais débeis, que têm maior probabilidade de vir a ter complicações derivadas da cirurgia e da anestesia prolongada, são candidatos à cirurgia endovascular. Os doentes mais novos e, de um modo geral, mais saudáveis são provavelmente mais adequadamente tratados com uma cirurgia abdominal, apesar de esta recomendação se poder vir a alterar com o melhoramento dos dispositivos e técnicas endovasculares.

Quando contactar um médico

Contacte o seu médico se observar uma massa pulsátil no abdómen, mesmo que se sinta bem. Se tiver uma dor abdominal, nas costas ou nos flancos associada a uma massa pulsátil, essa situação deve ser considerada uma emergência médica que requer atenção imediata.

Prognóstico

O prognóstico de um aneurisma da aorta abdominal não tratado depende do seu tamanho. Um aneurisma da aorta abdominal com mais do que 7 centímetros de diâmetro tem 75% de probabilidades de entrar em ruptura nos 5 anos seguintes; com 6 centímetros, o risco de ruptura é de 35% nos 5 anos seguintes e entre os 5,0 e os 5,9 centímetros o risco de ruptura é de cerca de 25% nos 5 anos seguintes. O risco de ruptura é bastante menor em aneurismas com menos de 5 centímetros.

Com uma cirurgia reparadora eficaz, o prognóstico é bom e depende mais da gravidade dos efeitos da aterosclerose noutros órgãos, especialmente no coração, no cérebro e nos rins.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Tendão inflamado
Um tendão é a estrutura que une os músculos aos ossos e que por sua vez leva ao movimento das articu
Tendão inflamado no calcanhar

As tendinites provocam dores na zona afectada, que geralmente são sentidas com maior intensidade na fase inicial, quando se praticam os movimentos causadores da lesão. Ao manter as actividades, as dores serão cada vez maiores e poderão estar presentes mesmo que se encontre em repouso.

As zonas mais afectadas do corpo são os joelhos, os cotovelos, os ombros, os calcanhares e os pulsos. Embora seja mais frequente em pessoas de meia-idade ou mais velhas, devido à perda de elasticidade do tendão, as tendinites estão também associadas ao desempenho de tarefas que exigem uma constante repetição dos movimentos durante longos períodos, ou à prática intensiva ou incorrecta de qualquer desporto. Para evitar este tipo de lesão tente alternar os movimentos de modo a não se tornarem repetitivos e faça sempre um aquecimento prévio antes de praticar desporto.

Por vezes as dores causadas pela tendinite podem ser confundidas com as dores articulares, pois a tendinite provoca dor no tendão mas também na articulação mais próxima, assim como algum inchaço, devido à inflamação. Todos estes sintomas têm tendência a piorar com os movimentos, logo o repouso é fundamental para a recuperação.

A zona afectada poderá ser imobilizada com gesso ou com uma tala, facilitando, assim, o repouso.

Conforme o quadro clínico, poderá aplicar algo quente ou frio e a toma de anti-inflamatórios irá reduzir a dor e a inflamação.

Em determinados casos, pode recorrer-se a injecções de corticosteroides, porém, em casos extremos a cirurgia para a remoção das zonas inflamadas poderá ser a única solução.

Para uma completa e correcta recuperação a fase final do tratamento é fundamental. Há que fortalecer e alongar a zona do músculo do tendão afectado, prevenindo assim uma possível recorrência da lesão.

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Virologistas propõem:
Cientistas apresentaram uma proposta de experiências para criar mutações no vírus da gripe aviária com potencial pandémico. A...

Travar uma possível pandemia do vírus da gripe aviaria H7N9 é o objectivo de 22 virologistas ao querer criar, em laboratório, mutações no vírus da gripe aviária H7N9, tornando-o facilmente transmissível de humano para humano. Para atestar a intenção, os cientistas publicaram uma carta nas edições desta semana das revistas Science e Nature onde justificam um plano de investigação.

Este vírus da gripe transmite-se normalmente das aves para as pessoas e já infectou na China cerca de 130 pessoas, matando 43. Só se identificou, até agora, um caso em que a transmissão foi feita entre duas pessoas. Apesar de ainda não ter capacidade de passar com eficácia entre humanos, os investigadores defendem que identificar mutações que podem tornar o H7N9 facilmente transmissível entre pessoas é importante para se evitar uma possível pandemia.

"Apesar do surto deste vírus H7N9 estar agora sob controlo, o vírus (ou outro parecido) pode reaparecer com a chegada do Inverno”, explica o artigo assinado por vários autores.

"Para analisar por completo o risco potencial [de pandemia] associado a este novo vírus, há a necessidade de mais investigação, incluindo experiências de ganho de função”, lê-se no artigo.

Muitos investigadores mostraram-se preocupados com a produção humana de vírus perigosos que, por descuido ou como arma biológica, poderiam sair dos laboratórios e causar uma pandemia. Uma das maiores críticas foi a falta de transparência das experiências, por isso os investigadores resolveram publicar esta carta para mostrar, desde já, as suas intenções.

Apesar dos argumentos dos 22 cientistas e de uma descrição pormenorizada dos cuidados laboratoriais a que estas experiências teriam de se submeter, o departamento dos Estados Unidos para os serviços de saúde humanos publicou um artigo na revista da Scienceadiantando que projectos destes teriam de ter uma avaliação reforçada.

"É necessário ter um sentido de perspectiva”, lê-se por sua vez no editorial da edição desta semana da revista Nature. "Os benefícios de longo prazo deste tipo de experiências são claros – desde que sejam feitas com os maiores padrões de biossegurança. [Estes estudos] irão trazer luz aos mecanismos de transmissibilidade e de patogenicidade dos vírus. Mas os benefícios imediatos para a saúde pública e para a nossa capacidade actual de conter a ameaça do H7N9 são menos nítidos. Os cientistas não podem prever as pandemias, por isso, produzir um vírus potencialmente pandémico – e decidir quais são as estirpes que justificam a produção de vacinas experimentais – resume-se a uma avaliação do risco relativo.”

Alterações na actividade cerebral
Equipa de investigadores estudou o cérebro de 23 pessoas e concluiu que a falta de sono provoca alterações que se traduzem por...

A falta de sono provoca alterações na actividade cerebral que levam as pessoas a sentirem mais fome e um maior desejo de alimentos que engordam, revela um estudo publicado na revista Nature Communications.

Investigações anteriores tinham encontrado uma relação entre a diminuição da duração do sono e o aumento rápido da obesidade nos países industrializados, mas, até ao momento, os cientistas eram incapazes de explicar porquê.

Neste estudo, uma equipa de investigadores da Universidade da Califórnia estudou o cérebro de 23 pessoas, utilizando aparelhos de ressonância magnética. A actividade do cérebro foi analisada após um noite completa de sono e depois de uma noite "em claro”.

Nas pessoas privadas de sono foram observadas perturbações nas regiões do córtex que avaliam a saciedade e as zonas associadas aos desejos irresistíveis tinham sido fortemente estimuladas.

"Fizemos uma outra descoberta interessante, foi que os alimentos mais calóricos eram particularmente procurados pelas pessoas privadas de sono”, disse Matthew Walker, um dos autores do estudo.

O investigador considerou que dormir o suficiente "pode permitir controlar melhor o peso, através dos mecanismos cerebrais que regem as escolhas alimentares”.

Especialistas pretendem reverter:
A ambliopia deve ser corrigida no início da infância, para não provocar problemas visuais graves.

Investigadores norte-americanos fornecem novas esperanças para o tratamento do "olho preguiçoso” e de outros problemas visuais graves que são habitualmente permanentes a não ser que sejam corrigidos no início da infância, revelam os resultados de um estudo publicado na revista Neuron.

A ambliopia ou "olho preguiçoso”, que atinge cerca de 3% da população, é uma causa comum de perda de visão nas crianças. Esta doença ocorre quando os dois olhos, apesar de serem estruturalmente normais, estão desalinhados, focam de forma diferente, ou apresentam uma receptividade a estímulos visuais distinta devido a uma obstrução, como uma catarata, num dos olhos.

O estudo refere que durante o período crítico, quando o cérebro da criança está a adaptar-se rapidamente a novas experiências, este constrói uma rede neural que liga o olho dominante ao córtex visual. Contudo, o olho "mais fraco” recebe menor estimulação e desenvolve menos sinapses, o que ao longo do tempo faz com que o cérebro ignore este olho.

A forma moderada da doença resulta em problemas na percepção da profundidade. Na forma mais grave, uma catarata bloqueia a luz e impede o contacto com experiências visuais, alterando de forma significativa o desenvolvimento sináptico e prejudicando seriamente a visão.

De acordo com uma das autoras do estudo, Elizabeth Quinlan, "como a plasticidade do cérebro sofre um declínio rápido com a idade, o diagnóstico e tratamento precoce da ambliopia é muito importante. Caso o tratamento seja apenas iniciado no fim da fase crítica, o cérebro não é capaz de reaprender a ver com o olho "mais fraco””.

Assim, neste estudo, os investigadores da University of Maryland, nos EUA, decidiram identificar o processo que controla este período crítico da plasticidade sináptica. A investigação sugere que este período é controlado por uma classe específica de neurónios inibidores que entram em função após um estímulo visual activar os neurónios excitadores que ligam o olho ao córtex visual. Os neurónios inibidores actuam como controladores de sinais, afectando as interacções entre os neurónios excitadores e as sinapses.

Associada ao sono
A Síndrome das Pernas Inquietas é uma doença neurológica causada por uma sensação de inquietação e v
Pernas atadas com uma corda

Como o nome indica, esta é uma doença que afecta os membros inferiores, mas pode também, em casos raros, afectar outras partes do corpo como os braços ou a face.

Manifesta-se por sensações desagradáveis como inquietação, formigueiros, dores ou queimaduras nos membros inferiores. Tipicamente aliviam com o movimento, obrigando o paciente a caminhar na tentativa de aliviar os sintomas.

As sensações podem prolongar-se durante horas, podendo surgir também durante a noite obrigando a pessoa a interromper o sono e levantar-se para caminhar.

Os doentes procuram o médico geralmente com queixas de insónias ou pelas consequências da privação de sono que a síndrome das pernas inquietas acarreta: sonolência diurna, queixas cognitivas e alterações de humor.

síndrome das pernas inquietas associa-se em muitos doentes a movimentos involuntários das pernas durante o sono, chamados movimentos periódicos do sono.

Não se sabe ao certo qual a causa desta doença. Sabe-se que é provocada por alterações do sistema nervoso central e que poderá estar relacionada com uma disfunção do sistema dopaminérgico cerebral e com deficiências de ferro em algumas partes cerebrais.

Existem outras doenças que predispõem para o aparecimento desta síndrome, como a Doença de Parkinson, doenças de medula ou doenças dos nervos periféricos. A insuficiência renal crónica terminal, em hemodiálise, também se associa a um risco aumentado desta doença. Antidepressivos, anti psicóticos e antieméticos são alguns exemplos de fármacos que também podem contribuir para a síndrome das pernas inquietas. Outro dos factores de risco que contribui para o agravamento desta doença é a gravidez.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito através de uma criteriosa história clínica assente em quatro critérios de diagnóstico:

  • Vontade incontrolável em mexer as pernas acompanhada por uma sensação de incómodo ou de inquietação;
  • A sensação de inquietação agrava-se durante períodos de descanso ou inactividade;
  • Alívio total ou parcial dos sintomas quando em movimento;
  • A necessidade de movimento deverá ocorrer ou piorar no final do dia ou durante a noite.

Alguns exames complementares poderão ser feitos apenas com o objectivo de excluir causas secundárias de síndrome das pernas inquietas.

Se existirem sintomas de outras patologias do sono, nomeadamente sintomas sugestivos de movimentos periódicos do sono ou apneia do sono, será fundamental a realização de uma polissonografia. A polissonografia poderá, por um lado, corroborar o diagnóstico ao detectar os movimentos periódicos do sono e, por outro, permitir o diagnóstico de apneia do sono, cujo correcto tratamento contribuirá para o sucesso do tratamento da síndrome das pernas inquietas.

Algumas doenças apresentam sintomas semelhantes à síndrome das pernas inquietas, são elas as radiculopatias (dor ciática), a insuficiência venosa (varizes) ou arterial dos membros inferiores e os edemas dos membros inferiores.

Tratamento

O tratamento da síndrome das pernas inquietas assenta em medidas farmacológicas e não farmacológicas. Geralmente é uma situação crónica, pelo que o tratamento terá de ser mantido toda a vida.

Medidas farmacológicas

Existem diversas classes de fármacos utilizados no tratamento da síndrome das pernas inquietas. A primeira linha de tratamento são os agonistas dopaminérgicos, que se demonstram eficazes no alívio dos sintomas dos doentes.

Medidas não farmacológicas

  • Boa higiene de sono, evitando, principalmente, a privação de sono;
  • Evitar bebidas alcoólicas;
  • Evitar substâncias estimulantes como o chocolate, a nicotina e o café.

Estas medidas são úteis para todos os doentes com síndrome das pernas inquietas, independentemente da gravidade. No entanto, nos doentes com síndrome das pernas inquietas moderada a grave, poderão ser ineficazes sem o apoio farmacológico.

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O Sono e suas consequências para a saúde física e psíquica

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Conheça as principais medidas adicionais ao tratamento da bronquite crónica para melhorar a sua qual
Tratamento bronquite

 

A bronquite crónica é uma doença que afecta de forma progressiva a capacidade funcional dos pulmões o que se vai repercutir sobre a mobilidade, a capacidade de esforço e a qualidade de vida dos doentes. Para melhorar a qualidade de vida os doentes devem adoptar estilos de vida saudáveis, adaptados à sua capacidade funcional.

1. Prática de exercício físico
Para melhorar a função dos músculos respiratórios o doente deve manter uma actividade física adequada à sua capacidade, aconselhando-se a prática de exercício aeróbico como a marcha ou andar de bicicleta, por períodos progressivamente crescentes, pelo menos três vezes por semana.

2. Exercícios respiratórios
A cinesioterapia respiratória (exercícios respiratórios orientados por um terapeuta) ensina a controlar a respiração e a respirar de forma mais eficaz, inspirando profundamente e expirando lentamente através dos lábios, o que melhora a capacidade física dos doentes.

3. Ingestão de líquidos
A ingestão frequente de líquidos para manter a hidratação é fundamental para que o muco permaneça fluído, facilitando a sua eliminação.

4. Ambiente despoluído
A exposição a substâncias irritantes inaladas deve ser evitada. O contacto com o ar livre é benéfico se a poluição atmosférica não for considerável. Deve evitar-se o contacto com todo o tipo de aerossóis e sprays como desodorizantes do corpo ou do ambiente, lacas, produtos de limpeza, etc. Os únicos aerossóis permitidos são os prescritos pelo médico.

Também deve ser evitado o contacto com produtos que produzam vapores irritantes como a lixívia, a amónia, o querosene, a naftalina e as colas. O ambiente de casa deve ser arejado, bem ventilado, possibilitando a renovação frequente do ar.

5. Vestuário confortável
O vestuário deve ser confortável sem acessórios apertados que dificultem a normal expansão do peito e do abdómen durante os movimentos respiratórios.

6. Alimentação equilibrada
A alimentação deve ser equilibrada, variada, com pouca quantidade de sal, açúcar e gorduras evitando o aumento do peso. As refeições devem ser fraccionadas (mais frequentes mas em pequena quantidade) pois uma refeição abundante dilata o estômago, comprimindo o diafragma e os pulmões e agravando a dificuldade respiratória. Além disso a digestão de refeições muito abundantes leva maior quantidade de sangue e oxigénio ao estômago, “roubando” oxigénio a outras partes do corpo.

7. Manter-se activo
Qualquer doença é afectada pelo estado psicológico do doente. Assim, o doente com bronquite crónica deve procurar manter-se activo, com hobbies adequados à sua capacidade física e o apoio de família e amigos. Se se sentir isolado ou deprimido devido à incapacidade causada pelo agravamento da doença deve procurar apoio médico e psicológico.

8. Adesão à terapêutica
A evolução da bronquite crónica depende essencialmente da adopção de estilos de vida saudáveis e da adesão ao tratamento médico. Doentes com sintomas parecidos podem necessitar de tratamentos diferentes e o uso de medicamentos sem indicação médica pode agravar a doença.

A medicação prescrita pelo médico deve ser cumprida com rigor para atrasar a progressão da doença. Se surgirem problemas com a medicação, como efeitos secundários ou dificuldade em adquirir os medicamentos, o doente deve informar o médico e não abandonar o tratamento."

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Os condilomas acuminados caracterizam-se pela presença de saliências carnudas e aparecem na mucosa o
Aparelho genital feminino

O condiloma acuminado é uma doença sexualmente transmissível causada pelo vírus do papiloma humano (HPV). Trata-se de um tipo de verruga que ocorre nas mucosas da região genital ou anal. São auto-inoculáveis, podendo-se disseminar através do contacto das lesões com áreas não atingidas, e transmitidas pelo contacto directo com pessoas contaminadas.

O condiloma típico apresenta-se como uma massa firme e bem demarcada, com projecções superficiais rombudas e curtas. O tamanho médio das lesões do condiloma acuminado é de 1 a 1,5 cm, mas lesões bucais de até 3 cm têm sido relatadas.

Afecta principalmente as pessoas adultas, no entanto a susceptibilidade de contrair a doença existe em todas as idades, uma vez que o acto sexual é a forma mais comum de contágio. Quando acomete crianças, deve-se levar em consideração a hipótese de abuso sexual.

As lesões surgem após um período de incubação que varia de duas a oito semanas. Não é incomum a presença concomitante de condilomas genitais e condilomas bucais. As lesões bucais ocorrem, com mais frequência, na mucosa labial, palato mole e freio lingual.

Sintomas

O condiloma acuminado é caracterizado por lesões com aspecto de "couve-flor", rosadas ou esbranquiçadas, húmidas e mais macias que as verrugas comuns.

O tamanho pode variar desde pequenos pontos, algumas vezes imperceptíveis, isolados ou agrupados, até a lesões de grandes dimensões, podendo chegar ao condiloma gigante de Buschke-Lowenstein, decorrente do crescimento exagerado das lesões, que forma massa tumoral de grande tamanho e pode evoluir para um carcinoma verrucoso.

Nas mulheres, as lesões provocadas por alguns tipos de HPV podem favorecer o surgimento do cancro do colo do útero.

Quando os condilomas ocorrem fora das mucosas, na pele dos genitais ou regiões perigenitais e perianais, formam lesões elevadas, da cor da pele ou mais escuras, semelhantes às verrugas virais que acometem a pele de outras áreas do corpo.

Tratamento

Os condilomas orais normalmente são tratados com excisão cirúrgica conservadora. A ablação a laser também tem sido usada, mas este tratamento tem sido questionado pela sua capacidade de espalhar o HPV transportado pelo ar através de microgotas aerossolizadas, criadas pela vaporização do tecido lesionado.

Independente do método usado, os condilomas devem ser removidos, porque são contagiosos e podem espalhar-se para outras superfícies da boca e para outras pessoas através do contacto directo (normalmente, sexual).

O tratamento das verrugas genitais consiste na sua destruição, que pode ser feita através de procedimentos cirúrgicos, pela cauterização química das lesões (uso de substâncias cáusticas) ou pela criocirurgia (destruição das lesões pelo nitrogénio líquido).

Substâncias de uso tópico também demonstraram eficácia no tratamento. Quando as lesões ocorrem em grande número, pode ser necessária a estimulação imunológica do paciente para que o seu próprio organismo ajude a combater as lesões.

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Verruga Viral

Prevenção das doenças sexualmente transmissíveis

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Recolocação da mama
O peito da mulher, com o passar dos anos, a amamentação, a menopausa e outros factores, sofre de alg
Mastopexia

Esta intervenção destina-se à recolocação da mama e à elevação do complexo areolo-mamilar, removendo o excesso cutâneo da mama, que resulta da gravidez ou das variações de peso corporal. Por vezes o recurso a próteses mamárias em conjunto com as readaptações cutâneas são uma solução para atingir os resultados desejados.

O tempo operatório é geralmente de duas a três horas, sob anestesia geral ou local mais sedação. Quer o internamento de curta duração, quer o regime de ambulatório, dependem da preferência do Cirurgião.

Efeitos colaterais esperados, incluem a equimose e o inchaço temporários, desconforto moderado, alterações da sensibilidade e tensão mamária.

Os riscos cirúrgicos são a ocorrência de cicatrizes inestéticas, necrose cutânea, infecção, assimetria dos mamilos e alterações da sensibilidade permanentes.

A recuperação ocorre durante uma semana, permitindo o regresso à actividade normal com restrição de esforços mais intensos, por mais um mês. O desvanecimento das cicatrizes pode demorar um ano a ocorrer.

Os resultados, variando de caso para caso, estão dependentes da gravidade, idade, ocorrência de gravidez e alterações ponderais, que podem condicionar nova ptose (mama descaída). A utilização de implantes pode ajudar a conservar o resultado.

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Dicionário de A a Z
Excelentes antioxidantes, as uvas não só retardam o envelhecimento como previnem contra o cancro e d
Uvas

A riqueza em hidratos de carbono e a presença de vitaminas B e C tornam a uva num excelente energético, que juntamente com todas as suas propriedades antioxidantes previne o envelhecimento e o cancro e melhora a saúde arterial.

Vários estudos comprovam que os antioxidantes encontrados na pele e nos caroços das uvas escuras ajudam a reduzir o risco de coágulos de sangue, a prevenir os danos nos vasos sanguíneos do coração e a manter uma pressão sanguínea arterial.

Esta é uma fruta rica em açúcares naturais e que contém poderosos desintoxicantes bastante benéficos para o fígado, rins e aparelho digestivo. Contudo há que ter em atenção o elevado índice glicémico que possuem.

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Segundo semestre deste ano
Uma equipa de investigadores brasileiros vai testar em macacos uma vacina contra o VIH, causador da Sida.

O objectivo é o de encontrar o método de imunização mais eficaz para ser usado em humanos. É isso que a equipa de investigadores brasileiros pretende com a experiência de testar uma vacina contra o VIH em macacos, já no segundo semestre do ano.

A vacina, denominada HIVBr18, foi desenvolvida e patenteada pelos investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) Edecio Cunha Neto, Jorge Kalil e Simone Fonseca e concluída esta fase, e se houver financiamento suficiente, poderão começar os primeiros ensaios clínicos.

Actualmente, o projecto é conduzido no âmbito do Instituto de Investigação em Imunologia, um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), um programa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), apoiado pela FAPESP no Estado de São Paulo. O trabalho teve início em 2001, sob a coordenação de Cunha Neto. Com Jorge Kalil, Cunha Neto analisou o sistema imunológico de um grupo especial de portadores do vírus que mantinham o VIH sob controlo por mais tempo e adoeciam mais tarde.

No sangue dessas pessoas, a quantidade de linfócitos T do tipo CD4 -- o principal alvo do VIH -- permanecia mais elevada do que o normal. "Os portadores de VIH que tinham os TCD4 citotóxicas conseguiam manter a quantidade de vírus sob controlo na fase crónica da doença", referiu Cunha Neto. A partir destes dados, seguiram-se vários anos de estudos com os TCD4 e a organização de textos científicos, alguns publicados em revistas internacionais, e testes em ratos.

Os cientistas acreditam que, no estágio actual de desenvolvimento, a vacina não eliminaria totalmente o vírus do organismo, mas poderia manter a carga viral reduzida ao ponto de a pessoa infectada não desenvolver a imunodeficiência e não transmitir o vírus.

Segundo Cunha Neto, a HIVBr18 também poderia ser usada para fortalecer o efeito de outras vacinas contra a Sida, como a desenvolvida pelo grupo do imunologista Michel Nussenzweig, da Rockefeller University, de Nova Iorque, feita com uma proteína do VIH chamada gp140.

Para os investigadores, a vantagem de fazer testes em primatas é a semelhança com o sistema imunológico humano e o facto de serem susceptíveis ao VIS, vírus que deu origem ao VIH.

O ensaio clínico de fase 1 deverá abranger uma população saudável e com baixo risco de contrair o VIH, que será acompanhada de perto por vários anos.

Nesse primeiro momento, além de avaliar a segurança da vacina, o objectivo é verificar a magnitude da resposta imune que é capaz de desencadear e por quanto tempo os anticorpos permanecem no organismo.

Dor

Perguntas e respostas
A dor é a segunda causa de internamento e o seu controlo é um direito dos doentes.
Dor

O que é a dor?
A dor é um fenómeno complexo e com variantes multidimensionais (biofisiológicas, bioquímicas, psicossociais, comportamentais e morais). São inúmeras as causas que podem influenciar a existência e a intensidade da dor no decurso do tempo, a primeira das quais é a que se identifica como presumível resultado duma agressão ou lesão.

A dor é um sintoma que acompanha, de forma transversal, a generalidade das situações patológicas que requerem cuidados de saúde. Independentemente da síndroma clínica que incorpora, a dor pode e deve ser tratada, com perspectivas de êxito proporcionais ao entendimento que dela temos e fazemos, à adequação e preparação científica dos serviços e profissionais de saúde envolvidos e ao manejo judicioso de todos os recursos, técnicos e humanos, disponíveis.

Quais os tipos de dor?

Dor aguda
É a dor de início recente e de duração provavelmente limitada. Normalmente há uma definição temporal e/ou causal para a dor aguda.

A dor peri-operatória
Dor presente num doente cirúrgico, de qualquer idade, em regime de internamento ou ambulatório, causada por doença preexistente, devida à intervenção cirúrgica ou à conjugação de ambas – insere-se no conceito de dor aguda.

Dor crónica
É uma dor prolongada no tempo, normalmente com difícil identificação temporal e/ou causal, que causa sofrimento, podendo manifestar-se com várias características e gerar diversos estádios patológicos. A actuação precoce na dor crónica pode evitar múltiplas intervenções e iatrogenias, promovendo mais facilmente o bem-estar do doente e o seu regresso a uma actividade produtiva normal. A dor crónica exige uma abordagem multidisciplinar e a falência do tratamento tem, entre outras, consequências fisiológicas adversas.

Como se classifica a dor?
A dor pode ser classificada de diversas formas.

Classificação topográfica da dor

  • Focal
  • Radicular
  • Referida
  • Central

Classificação fisiopatológica da dor

  • Dor nociceptiva – devida a uma lesão tecidular contínua, estando o sistema nervoso central íntegro
  • Dor sem lesão tecidular activa – devida a compromisso neurológico (dor neuropática) ou de origem psicossocial (dor psicogénica)

Classificação temporal da dor

  • Aguda
  • Crónica
  • Recidivante

Como diagnosticar a dor?
O diagnóstico da dor é feito pelo médico, mas requer a ajuda do doente. Além das metodologias de avaliação da intensidade da dor, existem meios complementares de diagnóstico que permitem identificar possíveis causas da dor, como, por exemplo, exames radiológicos, electrofisiológicos e laboratoriais.

O médico avaliará a dor em função de diversos factores, como por exemplo:

  • Queixa dolorosa ou reacção a eventuais intervenções;
  • Estado de ansiedade, depressão, alterações comportamentais e manifestações causadas ou modificadas pela medicação analgésica;
  • Estado de incapacidade;
  • Idade: as crianças e pessoas idosas têm maior dificuldade em verbalizar o que sentem, como sentem e onde sentem;
  • Doenças/patologias que o doente tem (nomeadamente reumáticas, oncológicas, respiratórias, etc.).

É possível medir a intensidade da dor?
Sim. Para a mensuração da intensidade da dor existem escalas validadas a nível internacional, designadamente a Escala Visual Analógica (convertida em escala numérica para efeitos de registo), a Escala Numérica, a Escala Qualitativa ou a Escala de Faces. A avaliação da intensidade da dor pode efectuar-se com recurso a qualquer destas escalas.

A intensidade da dor é sempre referida pelo doente, que tem de estar consciente e colaborar com o médico que está a fazer a avaliação. Se o doente não preencher aquelas condições, há outros métodos de avaliação específicos. A escala que for utilizada na primeira vez que é feita a avaliação deverá ser utilizada nas vezes seguintes.

A dor provoca incapacidade?
Sim, a dor crónica pode provocar incapacidade, embora seja difícil avaliá-la, uma vez que, frequentemente, não é objectivável através de exames complementares.

Como é que se caracteriza um doente com dor crónica? O que causa a dor crónica?
O doente com dor crónica é multifacetado, com frequente morbilidade física e psíquica, podendo sofrer das mais variadas patologias, desde doenças reumáticas, neurológicas ou psiquiátricas, a doenças oncológicas.

Apesar de frequentemente pouco valorizada, excepto tratando-se de doença oncológica, a dor crónica também afecta as crianças.

Estima-se também que uma percentagem não negligenciável de pessoas idosas sofra de dor crónica. Isto porque a maioria dos idosos tende a encarar a dor como sendo normal na sua idade.

A maioria dos doentes com doença oncológica avançada sofre de dor crónica, a qual pode ser aliviada na quase totalidade dos casos (cuidados paliativos). A dor é também a segunda maior causa de internamento e o segundo sintoma mais frequente em doentes com SIDA.

Como se trata a dor?
A dor aguda e a dor crónica, pelas suas características, são tratadas de forma diferente. Contudo, é possível aliviar o sofrimento dos doentes com dor crónica, a quem é reconhecido o direito de serem tratados em Unidades de Dor. A terapêutica da dor divide-se em dois grandes grupos: a farmacologia (medicamentos) e a não farmacológica.

É possível a auto-ajuda no controlo da dor?
Sim, é possível. A actuação e a intervenção dos profissionais de saúde que integram as equipas multidisciplinares são fundamentais nesta matéria, pois podem ensinar o doente a colaborar de forma esclarecida e adequada no controlo da dor.

O ensino dos doentes abrange áreas como a auto-avaliação, formas de autocontrolo dos estímulos desencadeantes da dor e dos sintomas, quer através de medicação mas também do uso de técnicas e comportamentais.

Como se trata a dor aguda, nomeadamente peri-operatória ou pós-traumática?
Os avanços da fisiopatologia, da farmacologia dos analgésicos e das ciências da saúde em geral permitem que seja possível aliviar, na grande maioria dos casos, a dor no período peri-operatório ou resultante de traumatismos.

Normalmente, é definido, pelo médico anestesista, um plano integrado que abrange o tipo de cirurgia, a gravidade esperada de dor pós-operatória, as condições médicas subjacentes (como, por exemplo, a existência de doença respiratória ou cardíaca e alergias), a relação riscos/benefícios das técnicas disponíveis e as preferências e/ou experiências anteriores do doente relativamente à dor. No caso da dor peri-operatória, a técnica de controlo mais eficaz é a analgesia.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Dicionário de A a Z
A Natação é o acto de propulsão e auto-sustentação na água com movimentos combinados de braços e per
É considerada um dos exercícios mais completos da actualidade, a ponto de exceder o simples divertimento ou a prática desportiva, para ser utilizado com finalidades terapêuticas na recuperação de atrofias musculares e tratamento de problemas respiratórios. Além disso, é importante como actividade física para manutenção da saúde e como meio de defesa contra afogamentos ou em operações de salvamento.

Tem a vantagem de envolver a maioria dos músculos sem implicar um esforço excessivo das articulações, daí que, nomeadamente, esteja aconselhado a algumas pessoas com problemas musculares e articulares.

Contudo, para quem deseja, primordialmente, perder peso e queimar calorias, este tipo de exercício parece não ser a melhor opção, já que a água tem a propriedade de controlar a temperatura corporal, não permitindo (à semelhança do que acontece com os exercícios feitos fora dela) que o metabolismo aumente mesmo depois da sua realização, o que ajuda a queimar o excesso de calorias.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde de A-Z não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Doença de infância
A varicela é uma doença de infância muito vulgar que todos os anos afecta dezenas de milhar de crian
Criança com borbulhas na cara características da varicela

A varicela é uma doença de infância muito vulgar que todos os anos afecta dezenas de milhar de crianças em Portugal, especialmente durante o Inverno e Primavera. É causada pelo vírus varicela-zoster, um membro da família do vírus herpes. Afecta principalmente crianças e adolescentes, mas também pode atingir adultos, especialmente quando há algum tipo de imunodeficiência.

Trata-se de uma doença altamente contagiosa, transmitida de pessoa para pessoa por via aérea, através das pequenas gotas de saliva contaminadas, expelidas pelos doentes ao falarem, ou através do líquido presente nas lesões cutâneas que tanto provocam esta doença como o herpes zóster.

Uma vez debelada, a varicela normalmente não reaparece, no entanto, é possível que uma determinada quantidade de vírus sobrevivam adormecidos em alguns tecidos do organismo, sem provocar qualquer sinal ou sintoma. Todavia, após um período de tempo mais ou menos prolongado, normalmente na idade adulta ou até na velhice, este vírus pode ser reactivado, por exemplo, devido a uma redução temporária das defesas, e causar o desenvolvimento da zona (herpes zóster).

Manifestações clínicas

A varicela tem um período de incubação de uma a três semanas partir do momento do contágio. A doença começa por se manifestar através de sinais e sintomas gerais inespecíficos como febre, mal-estar e perda de apetite.

Ao fim de um a três dias, estas manifestações intensificam-se, proporcionando a erupção cutânea característica da varicela: manchas vermelhas, muito pruriginosas, que revestem em grande número toda a superfície do corpo, embora se concentrem em particular na face, tronco e base dos membros. As lesões adquirem um ligeiro volume e transformam-se em vesículas, repletas de um líquido amarelado, provocando comichão intensa. Alguns dias depois, as vesículas rebentam e o líquido seca, propiciando a formação de crostas que acabam por cair. A varicela resolve-se espontaneamente para a cura, com a eliminação das crostas.

As complicações são raras mas podem ocorrer infecções bacterianas, encefalite e pneumonia, principalmente nos adultos e imunocomprometidos.

Tratamento

O tratamento é aquele recomendado para as viroses comuns da infância: repouso, ingestão de líquidos e boa alimentação. Para a febre, podem utilizar o paracetamol e para o alívio da comichão pode optar por um anti-histamínico. Não coçar é importante para evitar sobreinfecção das lesões.

Deve ser feita a limpeza das lesões e, em caso de infecção secundária, medicação antibiótica de uso local ou via oral deve ser instituída.

Não deve-se utilizar medicamentos com ácido acetilsalicílico para evitar uma possível complicação grave: a síndrome de Reye, que provoca dano hepático e cerebral.

Varicela e gravidez

Quando se contrai a varicela ao longo dos três primeiros meses de gestação os vírus causadores podem atravessar a placenta e infectar o embrião, provocando uma varicela intra-uterina. Esta infecção costuma ter graves consequências, já que algumas vezes provoca a morte do embrião e um aborto espontâneo, enquanto noutras, em cerca de 10 por cento dos casos, origina lesões que provocam como sequelas malformações cranianas, surdez, atraso mental ou extensas cicatrizes cutâneas.

Por outro lado, caso se contraia a infecção nos dias anteriores ao parto, o feto pode ser contagiado no momento do nascimento e desenvolver uma forma grave da doença que, por vezes, tens consequências fatais.

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Varicela: contágio que passa despercebido

Manchas na pele

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Doença sexualmente transmissível
O cancro mole é uma doença de transmissão sexual que produz úlceras genitais dolorosas e persistente
Cancro mole

O cancro mole é uma doença sexualmente transmissível (DST), também chamada de cancro venéreo e popularmente conhecida como "cavalo", causada pela bactéria Haemophilus ducreyi. Pode ser transmitido pela relação sexual vaginal, anal ou oral e manifesta-se através de feridas dolorosas com base mole nos órgãos genitais. Apesar de ter o nome de cancro, não se trata de uma neoplasia/cancro, mas sim de uma doença infecciosa.

Apesar de ter sido uma doença rara, o número de casos tem aumentado nos últimos tempos, muito devido à prática de sexo desprotegido e pode afectar tanto os homens como as mulheres. Os portadores do cancro mole têm mais probabilidade de se infectar com o vírus da imunodeficiência humana (VIH) se for exposta a ele.

Sintomas
Os primeiros sintomas aparecem dois a cinco dias após relação sexual desprotegida com portador da doença, período que se pode estender até duas semanas.

Surge normalmente uma úlcera dolorosa na glande do pénis, escroto ou lados do pénis no homem, ou nos lábios maiores ou menores da vulva na mulher. A úlcera sangra facilmente, e os seus limites são irregulares mas bem definidos em relação à pele normal. A base apresenta um material amarelado-esverdeado purulento. Após algum tempo, forma-se uma ferida húmida e bastante dolorosa, que se espalha e aumenta de tamanho e profundidade. A seguir, surgem outras feridas à volta das primeiras.

Num terço dos casos, os gânglios linfáticos regionais (inguinais) ficam inchados e facilmente palpáveis e que podem dificultar os movimentos da perna, chegando a impedir a pessoa de andar. Nos estágios avançados não tratados podem irromper na pele drenando pus espesso, esverdeado, misturado com sangue.

O quadro clínico pode ser acompanhado de dor de cabeça, febre e fraqueza.

Tratamento
O cancro mole é tratado com medicamentos à base de antibióticos, sabonetes e medicações de uso local. Além do tratamento, deve-se realizar intensa higiene dos locais afectados. Se não tratado, existe maior probabilidade de uma pessoa ser infectada ou infectar outros com o vírus da SIDA.

As relações sexuais devem ser evitadas até a conclusão do tratamento. É recomendado o tratamento dos parceiros sexuais, em qualquer circunstância, pela possibilidade de existirem portadores que não manifestem sintomas.

Após terminar o tratamento deverá consultar o médico para se certificar que todas as feridas sararam e que a infecção está completamente curada.

Como o contágio é feito pela prática sexual, a melhor forma de se prevenir contra o cancro mole é utilizar o preservativo em todas as relações sexuais.

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Perguntas de respostas rápidas
Uma boa noite do sono é essencial para que se sinta bem-disposto e activo no dia seguinte.
Mulher a bocejar com relógio na mão

Estudos mostram como o sono à noite está directamente relacionado com o nível produtivo do dia seguinte. O sono é essencial para que o seu corpo e mente se sintam frescos e, portanto, a funcionar bem no dia seguinte.

Porque é que o sono é importante?

O sono é fundamental na vida de todos nós. Dormir não é um luxo, mas sim uma necessidade fisiológica que devemos respeitar. A privação de sono, sobretudo quando continuada, pode ser responsável por muitos acontecimentos negativos na nossa vida. Neste incluem-se o aumento da probabilidade de contrair vários tipos de doenças crónicas, dificuldades no desempenho, na concentração e no estado de ânimo. Além disso associa-se a um aumento do risco de acidentes de trabalho ou viação com as suas consequências, por vezes trágicas.

Como se processa o sono?

Os seres humanos têm um relógio biológico interno de 24 horas, chamado ritmo circadiário, que nos indica quando devemos ir dormir ou acordar. Dá-se o nome de circadiário ao período sobre o qual se baseia todo o ciclo biológico do corpo humano, influenciado pela luz solar. Este relógio está sincronizado como ciclo dia-noite em que vivemos.

O que acontece quando estamos a dormir?

O sono normal é constituído por cinco fases diferentes que formam o seu ciclo. Durante uma noite de sono passamos por diversos ciclos de sono. Também ocorrem diversos períodos de um ou dois minutos de vigília, dos quais não nos damos conta. Os ruídos ou as preocupações sentidos durante estes períodos de vigília podem ser lembrados e a sua duração pode aumentar. As fases 1 a 4 fazem parte do sono non-rapid eye movement (NREM) e a Fase 5 constitui o sono rapid eyemovement (REM).

Fases do sono

Fase 1: Sono leve quando se está meio a dormir meio acordado. É a transição entre a vigília e o sono;
Fase 2: Fase inicial do sono, quando começa a desligar-se daquilo que o rodeia;
Fase 3: Sono profundo, que é a primeira fase de sono reparador;
Fase 4: Sono mais profundo em que é difícil acordar. Durante esta fase o corpo procede à sua auto-reparação para repor as energias;
Fase 5: Sono REM que acontece, em média, após 90 minutos de sono. À medida que os ciclos se sucedem, o período de sono REM vai ficando cada vez mais longo. A maior parte dos sonhos acontecem durante o sono REM. O sono REM é essencial para carregar as baterias para o dia seguinte.

Hipnograma do ciclo do sono de um adulto sem insónia

Durante quanto tempo devemos dormir?

Para alguns adultos, 4 a 5 horas de sono por noite podem bastar, embora a maior parte das pessoas necessitem de 7 a 8 horas de sono por noite para se sentirem revigoradas no dia seguinte. Com o avançar da idade as pessoas tendem a dormir menos, por vezes, menos de 6 horas por noite. Estas diferenças no padrão do sono devem-se a mudanças no ciclo de sono típicas da idade.

À medida que envelhecemos temos sono mais cedo, à noite, do que quando tínhamos 20 ou 30 anos, e também acordamos mais cedo de manhã. As interrupções do sono durante a noite também aumentam com a idade.

É importante não esquecer que a qualidade do sono, e não apenas a sua duração, é crucial para uma boa noite do sono. É necessário passar pelo ciclo completo do sono diversas vezes por noite e passar tempo suficiente nas fases de sono profundo para conseguir um sono reparador que nos faz sentir bem na manhã seguinte.

O que é a insónia?

É perfeitamente normal dormir mal durante algumas noites, se tiver preocupações ou sentir ansiedade. No entanto, quando esta situação se prolonga durante mais de um mês denomina-se insónia. Os sintomas mais frequentes da insónia são os seguintes:

  • Não conseguir adormecer
  • Acordar durante a noite durante longos períodos
  • Acordar demasiado cedo
  • Não se sentir revigorado após uma noite do sono.

A insónia leva a que, após uma noite de sono, a pessoa ainda se sinta cansada. A insónia pode afectar de sobremaneira o seu bem-estar e desempenho durante o dia da seguinte forma:

  • Sentir-se sempre cansado
  • Andar sonolento durante o dia
  • Sentir dificuldade em concentrar-se ou pouca capacidade produtiva
  • Sentir-se demasiado cansado para as actividades sociais ou lúdicas
  • Ter dificuldade em tomar decisões
  • Ter esquecimentos frequentes
  • Começar a sentir-se irritado e mal-humorado.
 

Tipos de insónias

A insónia pode ser dividida em dois tipos – primária e secundária. A insónia primária é a que não é causada por uma doença física ou mental, ou em consequência da toma de medicação ou de substâncias (como álcool ou drogas). Se a incapacidade para dormir se dever a uma doença ou à toma de medicação ou substâncias denomina-se insónia secundária. A insónia secundária pode, por exemplo, resultar da dor causada por uma doença reumática. A ansiedade e a depressão podem também estar na base da insónia secundária. Para combater a insónia secundária deve consultar o seu médico que poderá diagnosticar e tratar o seu problema subjacente.
 

Que aspectos da vida diária são afectados pela insónia?

Se sofrer de insónia, ou conhecer alguém nesta situação, saberá provavelmente que esta perturbação tem repercussões graves no dia-a-dia. A insónia pode causar dificuldades a nível da concentração no trabalho, das actividades sociais e do tempo de qualidade passado com amigos e parceiros. Poderá até considerar que a sua insónia, e a fadiga a ela associada, passaram a fazer parte da sua rotina.
 

O que pode fazer para dormir melhor

  • Não se levante tarde mesmo se tiver dormido mal na noite anterior ou costume usar os fins-de-semana para pôr o sono em dia, dado que pode interferir com o seu ritmo biológico;
  • Levante-se à mesma hora todos os dias para reforçar o seu relógio biológico, independentemente de como se sinta. Estará assim a reforçar o seu padrão do sono;
  • Evite fazer sestas durante o dia caso o seu objectivo seja dormir mais à noite. As sestas podem ajudar na vigília a curto prazo se não se prolongar em por mais de 20 ou 30 minutos;
  • Vá para a cama apenas quando tiver sono e não antes;
  • Se estiver acordado na cama durante mais de 20 minutos levante-se, saia do quarto e procure fazer alguma coisa relaxante até se sentir suficientemente cansado para voltar para a cama.

Mantenha um ambiente no quarto adequado para dormir…

1. O quarto não deve estar muito quente, frio ou barulhento. Use tampões para os ouvidos para eliminar fontes de ruído exterior, ou o ressonar do seu parceiro, e uma venda nos olhos para tapar a luz;
2. Na medida do possível, use o quarto apenas para dormir;
3. Evite ver TV ou trabalhar no quarto;
4. A cama deverá ser confortável e suficiente grande para si e para o seu parceiro. O seu colchão deve sustentá-lo bem. Geralmente, os colchões devem ser substituídos de 10 em10 anos;
5. Esconda o despertador. Não olhe para o relógio porque não o vai ajudar a adormecer.

Prepare a sua disposição para dormir…

1. Procure relaxar antes de ir para a cama. Faça actividades calmantes como um banho quente ou ouça música suave durante alguns minutos antes de se ir deitar;
2. Não faça esforços mentais ou físicos, como estudar ou ler textos complexos, 90 minutos antes de se ir deitar;
3. Deixe o dia acabar. Não se preocupe com os acontecimentos do próprio dia ou do dia seguinte e com o facto de não conseguir dormir – lembre-se que poderá ter um dia normal mesmo que não tenha dormido bem durante a noite.

A evitar…

1. Cafeína seis horas antes de ir para a cama, o que inclui: chá, café, bebidas ou alimentos contendo cafeína;
2. Fumar antes de ir para a cama. A nicotina dos cigarros é um estimulante, tal como a cafeína, que o pode manter acordado, pelo que deve evitar fumar perto da hora de deitar;
3. Álcool em quantidades elevadas ou como indutor do sono. O álcool pode fazê-lo adormecer mas interfere com o sono durante noite e faz com que acorde mais cedo de manhã. Uma refeição pesada antes de ir para a cama. Procure comer mais cedo ou faça uma refeição ligeira;
4. Exercício físico à noite. O exercício regular praticado durante o dia ou ao entardecer, como uma breve caminhada ou corrida, pode contribuir para uma boa noite de sono, mas se realizado próximo da hora de deitar pode, em vez disso, dificultar o sono.

Não se esqueça…

É perfeitamente normal dormir mal durante algumas noites, se tiver preocupações ou sentir ansiedade. No entanto, se a situação se prolongar durante mais de um mês poderá tratar se de insónia.
1. A quantidade necessária de sono varia de pessoa para pessoa;
2. À medida que envelhecemos o padrão do sono sofre alterações;
3. Ter um sono reparador e profundo é fundamental para se sentir revigorado e enérgico na manhã seguinte;
4. Passos simples como alterações à rotina, aos hábitos e ao ambiente do quarto podem melhorar a qualidade do seu sono;
5. No entanto, se continuar a achar que não tem um sono reparador deve consultar o seu médico.
 

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Dormir é uma necessidade fisiológica que deve ser respeitada

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Defesa imunitária
Os anticorpos são moléculas produzidas pelo desencadear do mecanismo de defesa imunitária específica
Anticorpos

Nos órgãos linfóides (baço e gânglios linfáticos) existem vários tipos diferentes de linfócitos B, cada qual reconhecendo um antigénio específico. Quando um tipo de linfócitos B é activado pelo antigénio, para o qual possui receptores, entra em processo de diferenciação, transformando-se em plasmócitos, células que irão originar células de memória (activas em futuras reinfecções pelo mesmo agente) e em anticorpos, que se libertam nos fluidos circulantes (sangue e linfa), onde viajam até ao local da infecção.

Quimicamente, os anticorpos são glicoproteínas, formadas por quatro cadeias polipeptídicas interligadas entre si - duas cadeias pesadas (mais longas) e duas cadeias leves (mais curtas) -, dispondo-se espacialmente em "Y". A sequência de aminoácidos que formam a molécula, apresenta uma larga zona comum, constante entre os vários tipos de anticorpos (são locais de interacção com outros elementos do sistema imunitário), sendo que apenas a zona dos dois braços superiores do "Y" apresenta uma sequência química variável, única para cada anticorpo, já que é complementar de outra de um dado antigénio, conferindo assim especificidade ao anticorpo.

Os anticorpos raramente conduzem directamente à destruição do agente invasor, cujo antigénio reconhecem, actuando antes como marcadores, intensificadores de outras respostas de defesa do organismo. A formação do complexo antigénio-anticorpo origina um acentuar da resposta inflamatória, intensificando a vasodilatação e a permeabilidade capilar, o que permite uma migração mais fácil das células fagocitárias, que aumentam a sua actividade quando detectam o complexo antigénio-anticorpo. Estas glicoproteínas imunitárias actuam ainda provocando a aglutinação e a precipitação dos antigénios, neutralizam vírus e toxinas bacterianas e provocam a activação do sistema complemento, cujas proteínas podem provocar o surgimento de poros na membrana de revestimento dos agentes invasores, levando à sua lise e consequente destruição.

Os anticorpos podem ser agrupados em cinco classes principais de imunoglobulinas - IgM, IgG, IgA, IgD e IgE -, tendo em conta especificidades da sua estrutura e modo de acção.

A administração de vacinas visa, através da inoculação de organismos mortos ou inactivados, colocar os linfócitos B a produzir células de memória e anticorpos, os quais passam a estar imediatamente disponíveis, anulando riscos de infecção pelos micro-organismos presentes na vacina.

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Resultados de estudo revelam:
O número de pessoas com doença arterial periférica aumentou quase um quarto em 10 anos em todo o mundo, indica um estudo.

Em 2010, cerca de 202 milhões de pessoas sofriam da doença arterial periférica – circulação perigosamente reduzida ou bloqueio do fluxo de sangue nas pernas - em comparação com as 164 milhões registadas uma década antes. Segundo a análise publicada na revista médica britânica Lancet o aumento do número de casos é mais significativo entre as pessoas de meia-idade nos países em desenvolvimento, escreve o Sapo Saúde.

O aumento é atribuído ao crescimento da esperança de vida, dado a doença ocorrer principalmente entre os idosos, mas também a um estilo de vida sedentário.

Ser fumador, diabético, hipertenso ou ter excesso de colesterol constituem factores de risco.

A doença arterial periférica está relacionada com uma série de problemas, incluindo um aumento de quase três vezes do risco de ataques cardíacos e de acidentes vasculares cerebrais. A forma mais avançada da doença representa um grave risco de amputação.

"Esta doença vascular periférica tornou-se um problema mundial do século XXI e já não pode ser vista como uma doença dos países ricos”, sublinha o professor Gerry Fowkes, da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, responsável pelo estudo.

Segundo Fowkes, "este crescimento espectacular representa um desafio importante para a saúde pública, devido à perda de mobilidade, de uma qualidade de vida reduzida e do aumento do risco de ataque cardíaco e cerebral (AVC) ” nas pessoas atingidas.

Anafilaxia
A anafilaxia é a reação alérgica mais grave, que pode resultar em dificuldade respiratória, ou até m
Anafilaxia

A anafilaxia pode ser causada por um alergénio. Os mais frequentes são os medicamentos, as picadas de insectos, certos alimentos e as injecções de imunoterapia alergénica. A anafilaxia nunca ocorre na primeira exposição a um alergénio. Por exemplo, a primeira exposição à penicilina ou a primeira picada de abelha não desencadeiam a anafilaxia, mas a seguinte já o pode fazer. Na realidade, muitas pessoas não se recordam de ter sofrido uma primeira exposição.

Uma reacção anafiláctica começa quando o alergénio entra na corrente sanguínea e reage com um anticorpo da classe imunoglobulina E (IgE). Essa reacção incita as células a libertar histamina e outras substâncias que participam nas reacções imunes inflamatórias. Como resposta, as vias respiratórias dos pulmões podem fechar-se e provocar asfixia, os vasos sanguíneos podem dilatar-se e fazer com que a tensão arterial desça e as paredes dos vasos sanguíneos podem deixar sair líquido, provocando edema e urticária. O coração pode funcionar mal, bater de forma irregular e bombear sangue de forma inadequada.

As reacções anafilactóides assemelham-se às anafilácticas, mas podem ter lugar depois da primeira injecção de certos fármacos (por exemplo, polimixina, pentamidina, opiáceos ou meios de contraste utilizados em exames radiológicos). No mecanismo não participam os anticorpos IgE e, em consequência, não se trata de uma reacção alérgica. A aspirina e outros anti-inflamatórios não esteróides podem causar reacções anafilácticas em algumas pessoas, em particular naquelas com rinite alérgica perenial e pólipos nasais.

Sintomas
Os sintomas começam imediatamente, ou quase sempre, nas duas horas posteriores à exposição à substância prejudicial. A pessoa pode sentir-se inquieta, estar agitada e ter palpitações, formigueiro, pele avermelhada e ardor, latejar nos ouvidos, tosse, espirros, urticária, edemas ou uma maior dificuldade em respirar devido à asma ou à obstrução da laringe. O colapso cardiovascular pode verificar-se sem sintomas respiratórios. Em geral, um episódio inclui sintomas respiratórios ou cardiovasculares, mas não ambos e, a pessoa, repete o mesmo quadro de sintomas em episódios subsequentes. No entanto, a anafilaxia pode evoluir tão rapidamente que pode causar um colapso, convulsões, incontinência de urina, perda de consciência ou um ataque cerebral súbito ao fim de um ou dois minutos. A anafilaxia pode ser fatal, a menos que se institua um tratamento de emergência de imediato.

Prevenção
Um indivíduo que tenha sofrido de anafilaxia a partir de uma picada de abelha repete, provavelmente, essa experiência se voltar a ser picado. Sucede o mesmo face a uma exposição reiterada a outros alergénios, como um medicamento. Efectuar testes cutâneos cada vez que se tiver de administrar o referido medicamento não é prático. No entanto, as pessoas que têm antecedentes de alergia ao soro animal (por exemplo, à antitoxina do tétano proveniente do cavalo) ou à penicilina são submetidas a testes antes de receber esses produtos.

A imunoterapia alergénica prolongada evitará a anafilaxia em pessoas alérgicas a substâncias impossíveis de evitar, como as procedentes de picadas de insectos. Não se recorre à imunoterapia quando a substância nociva pode ser evitada, como é o caso da penicilina e de outros fármacos.

Contudo, se um indivíduo necessita de um medicamento em particular (como a penicilina ou uma anatoxina oriunda de soro de cavalo), é possível realizar rapidamente a dessensibilização com um controlo rígido no consultório do médico ou então num hospital.

Algumas pessoas têm antecedentes de reacções anafilácticas aos corantes (meios de contraste) injectados em certos exames radiológicos. Apesar de os médicos tentarem evitar o seu uso em doentes com essas características, algumas afecções não podem ser diagnosticadas sem o recurso a eles. Nestes casos, podem ser utilizados meios de contraste especiais que reduzem a incidência das reacções. Além disso, os medicamentos que bloqueiam as reacções anafilácticas, como a prednisona, a difenhidramina ou a efedrina, podem ser benéficos se forem administrados antes de se injectar o contraste.

Tratamento
O primeiro tratamento para a anafilaxia é uma injecção de adrenalina. As pessoas alérgicas às picadas de insectos ou a certos alimentos, em especial as que tenham já tido um ataque de anafilaxia, deveriam andar sempre com uma seringa auto-injectável de adrenalina, para um tratamento de emergência.

Em geral, este tratamento suspende as reacções anafilácticas. No entanto, todo o indivíduo que tenha uma reacção anafiláctica deve imediatamente recorrer ao serviço de urgência de um hospital, porque pode ser necessário efectuar um cuidadoso controlo dos sistemas cardiovascular e respiratório, além de poder dispor de um tratamento rápido e complexo.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.

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