Estudo
As emissões de gases com efeito de estufa ocorrem atualmente a um "ritmo inédito", dez vezes superior ao que foi...

Esse ritmo conduz a um "terreno perigoso", afirmam os cientistas citados pela agência de notícias France Presse.

Esses registos superam inclusivamente a perturbação climática que marcou a passagem do período Paleoceno para o Eoceno, há 56 milhões de anos, segundo o estudo.

Naquele tempo, segundo o Sapo, as temperaturas globais subiram mais de 5°C por causa do impacto dos gases com efeito de estufa. Como consequência, muitas espécies desapareceram, particularmente nos oceanos.

As emissões atuais, de origem humana (uso de combustíveis fósseis, em particular), têm causado um aumento na temperatura da Terra de 1°C em relação à Era pré-industrial. É esperado um aumento de 3 a 4°C até 2100 caso nenhuma medida drástica seja tomada.

"A taxa de emissões é absolutamente crítica", explica Andy Ridgwell, paleoclimatologista da Universidade de Bristol, coautor do estudo com dois cientistas da Universidade do Havai e da Universidade da Califórnia.

Para estimar o ritmo das emissões de 56 milhões de anos, os investigadores estudaram sedimentos recolhidos no estado americano de Nova Jérsia.

Os isótopos de oxigénio (marcadores de temperatura) e de carbono (marcadores dos gases com efeito de estufa) demonstram que as emissões de há 56 milhões de anos foram feitas lentamente. Durante cerca de 4.000 anos concretamente, a uma taxa de mil milhões de toneladas de carbono por ano.

Atualmente, as atividades humanas causam emissões de cerca de 10 mil milhões de toneladas de carbono, dez vezes mais.

Especialista alerta
Uma em cada cinco pessoas sofre de algum tipo de alergia ocular com impacto na sua qualidade de vida e no grau de absentismo...

“Seja qual for a sintomatologia sentida, não basta ir à farmácia mais próxima. Na problemática da alergia ocular, um correto acompanhamento médico é fundamental para o diagnóstico e tratamento do problema, de forma a conseguirmos assegurar a qualidade de vida da pessoa”, alerta Jorge Palmares, oftalmologista do Hospital Lusíadas Porto.

As doenças alérgicas oculares são provocadas pelo meio ambiente, medicamentos, produtos cosméticos, produtos das lentes de contacto ou fatores genéticos e os principais sintomas são olho vermelho, comichão, ardor, lacrimejo, sensibilidade à luz, edema da conjuntiva e inflamação, escreve o Sapo.

“O olho vermelho” é uma apresentação clínica muito frequente e justifica mais de 60 por cento das prescrições tópicas oftalmológicas. Pode observar-se em situações alérgicas (geralmente com prurido e lacrimejo) e noutras doenças como olho seco (ardência com sensação de “areia” e poucas lágrimas) ou querato-uveíte (visão turva e dor). O tratamento é diferente em cada um dos casos pelo que o diagnóstico diferencial é fundamental”, revela.

A forma mais comum de alergia ocular é a conjuntivite alérgica. “Manifesta-se em 70 por cento dos doentes com rinite alérgica muitas vezes acompanhada por sintomas nasais de rinite”, conclui o oftalmologista. Mas existem várias formas de alergia ocular, como as queratoconjuntivites vernal e atópica, conjuntivite gigantopapilar e blefaroconjuntivite de contacto/tóxica.

Óculos escuros
“A alergia ocular previne-se com medidas de evicção, diminuindo a exposição aos alergénios, quando identificados pelo alergologista. Na época polínica, de março a julho, deve usar-se óculos escuros (100% filtração ultravioleta) e evitar andar ao ar livre nas primeiras horas da manhã, em dias ventosos ou quentes e secos, em espaços relvados ou cortar relva”, explica o médico, acrescentando ainda que em casa “é fundamental evitar a acumulação de pó e de ácaros domésticos que se alimentam das escamas que se libertam da pele humana e de certos bolores, cujo crescimento é facilitado pelo calor e pela humidade”.

Relativamente ao tratamento, Jorge Palmares explica como atuar: “O tratamento antialérgico com anti-histamínicos aplicados diretamente no órgão alvo diminui os potenciais efeitos sistémicos destes fármacos via oral. Os anti-histamínicos tópicos de ação rápida e dupla, com estabilização prolongada dos mastócitos conjuntivais humanos, como azelastina, cetotifeno, epinastina e olopatadina, são eficazes no alívio imediato dos sintomas e previnem a libertação de mediadores inflamatórios”.

“Os corticosteróides tópicos são também muito eficazes na alergia ocular ao suprimirem a inflamação. Todavia, a sua utilização deve ser cuidadosa, por períodos curtos e monitorizada por oftalmologistas, porque provocam atraso na cicatrização da córnea, aumento da tensão intra-ocular (glaucoma), formação de catarata e imunossupressão local, aumentando o risco de herpes da córnea e da conjuntiva”, conclui.

Estudo
Um estudo publicado na edição online do jornal especializado Lancet Neurology elogia os poderes do botox, muito usado em...

Fazer injeções de botox de forma contínua e repetida ajuda a combater a dor neuropática, reduzindo-a, escreve o Sapo. A garantia é dada pelo autores de uma nova investigação publicada na edição online do jornal especializado Lancet Neurology. “O estudo mostrou que duas séries de injeções eram seguras e eficientes no tratamento da dor neuropática periférica, especialmente num subgrupo de pacientes com alodínia [uma dor que aparece após um estimulo que geralmente não deveria causar dores]”, refere o site Medscape.

A descoberta está a entusiasmar especialistas. “Este estudo é importante porque esta dor é incapacitante e existem poucos tratamentos efetivos que não tenham grandes efeitos secundários”, refere Nadine Attal, professora de neurologia da Universidade de Versailles Saint-Quentin, em Paris, em França, que é também membro do Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale. “É preciso aumentar as opções terapêuticas para estes pacientes”, defende a especialista.

Centro de Conferência de Faturas
Ministério da Saúde diz que o Centro de Conferência de Faturas, operado por uma empresa privada, tem funcionado bem e promete...

O Centro de Conferência de Faturas do Serviço Nacional de Saúde pode custar ao Estado quase 20 milhões de euros nos próximos três anos. A exploração deste centro continuará a cargo de uma empresa privada e a verba máxima a pagar entre 2017 e 2019 foi agora publicada em Diário da República, escreve a TSF.

O centro existe desde 2009 e tem como objetivos reduzir a fraude e controlar vários tipos de despesas do SNS, fiscalizando prescrições de medicamentos, meios complementares de diagnóstico e terapêutica, cuidados continuados, hemodiálise e cuidados respiratórios domiciliários.

Em seis anos, o centro já verificou mais de 500 milhões de documentos detetando irregularidades no valor de 160 milhões de euros, com investigações no montante de 600 milhões de euros.

O governo defende que o modelo de exploração deste centro, gerido pela Administração Central do Sistema da Saúde (ACSS) e operado pela empresa MEO, tem-se revelado uma "opção correta".

A resolução que autoriza a despesa para os próximos anos admite que "o desgaste e a desatualização" dos equipamentos informáticos obriga a um investimento extra de 1,7 milhões de euros em equipamentos.
Em 2017 o investimento máximo do Estado no Centro de Conferência de Faturas será de 7,6 milhões de euros, descendo em 2018 e 2019 para 5,9 milhões de euros.

A resolução publicada em Diário da República prevê a realização de um concurso público para escolher o privado que vai continuar a gerir o Centro de Conferência de Faturas que vai também mudar de nome passando chamar-se Centro de Controlo e Monitorização do Serviço Nacional de Saúde (CCM-SNS).

Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge
Um estudo que analisou ao longo de 20 anos os registos nacionais de anomalias congénitas em 19 países, entre os quais Portugal,...

O estudo, coordenado pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge, analisou os dados relativos a 12,5 milhões de nascimentos entre 1991 e 2011, tendo concluído que, durante este período, não se verificou uma diminuição na prevalência de defeitos do tubo neural, como a espinha bífida e a anencefalia.

“Apesar das recomendações que são feitas nos países europeus para que as mulheres tomem ácido fólico antes ou imediatamente após a conceção, este estudo não identificou um efeito preventivo dessas medidas”, refere o Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge (INSA), num artigo publicado no seu ‘site’.

Os autores do estudo defendem a fortificação dos alimentos com ácido fólico como uma medida a adotar, à semelhança de outros países como os Estados Unidos da América.

Os defeitos do tubo neural - grupo de anomalias congénitas constituído por anencefalia, espinha bífida e encefalocelo - têm uma frequência inferior a um caso por cada 2.000 nascimentos em Portugal.

Segundo o INSA, esta frequência pode ser reduzida através de medidas de prevenção primária, como seja a toma suplementar de ácido fólico antes da gravidez.

“A evidência científica tem demonstrado que o consumo de pelo menos 0,4 mg de ácido fólico, se iniciado antes da gravidez e durante o 1º trimestre, previne cerca de 70% dos defeitos do tubo neural”, salienta.

As anomalias congénitas tornaram-se nas últimas décadas uma das principais causas de mortalidade e morbilidade no período infantil constituindo por isso um importante problema de saúde pública.

As conclusões do estudo ‘Long term trends in prevalence of neural tube defects in Europe: population based study’ foram publicadas no British Medical Journal, uma das revistas biomédicas com maior fator de impacto a nível mundial.

UNICEF
Mais de 86,7 milhões de crianças menores de sete anos passaram toda a sua vida em zonas de conflito, o que constitui um risco...

Os números do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) mostram que, no mundo, uma em cada 11 crianças com idade até aos sete anos passou “o período mais importante de desenvolvimento do seu cérebro numa situação de conflito”.

Neste período, o cérebro de uma criança tem a possibilidade de ativar 1.000 células cerebrais por segundo e cada uma dessas células, os neurónios, tem a faculdade de se ligar mil vezes por segundo a outros 10.000 neurónios.

“As conexões do cérebro são elementos básicos para o futuro da criança, definindo como serão a sua saúde, o seu bem-estar e a sua capacidade de aprendizagem”, salienta a UNICEF em comunicado.

Ao viverem em zonas de conflito, as crianças são “frequentemente expostas a situações traumáticas extremas que as fazem correr o risco de viver numa situação de stress tóxico, um estado que inibe a conexão das células do cérebro e que tem consequências sobre o seu desenvolvimento cognitivo, social e físico para toda a vida”, adverte.

“Além das ameaças físicas imediatas com as quais as crianças são confrontadas em situações de crise, elas correm o risco de sequelas emocionais muito profundas”, explica a responsável do Departamento de Desenvolvimento Infantil, Pia Britto.

Pia Britto adianta que “os conflitos privam as crianças da sua segurança, da sua família e dos seus amigos, de brincar e de uma rotina”, elementos que dão aos menores as “melhores oportunidades para se desenvolverem plenamente e aprenderem de forma eficaz”.

“Esta é a razão pela qual devemos investir mais para proporcionar às crianças e aos seus cuidadores bens e serviços essenciais, como materiais de aprendizagem, apoio psicossocial, e espaços protegidos e amigos das crianças, que, em pleno conflito, podem contribuir para restabelecer o sentimento de ser criança”, defende a responsável.

Segundo a UNICEF, uma criança nasce com 253 milhões de neurónios ativos, mas para que o cérebro atinja a sua plena capacidade de funcionamento na idade adulta, com cerca de mil milhões de neurónios capazes de se conectarem, depende em grande medida do desenvolvimento na primeira infância.

Nesta fase – salienta - são muito importantes a amamentação, a estimulação precoce por parte dos cuidadores, a possibilidade de aprender desde muito cedo e a oportunidade de crescer e brincar num ambiente seguro e saudável.

No quadro da sua intervenção em situações de emergência e crises prolongadas, a UNICEF luta para criar um ambiente amigo das crianças, distribuindo ‘kits’ de emergência com materiais pedagógicos e recreativos.

Em 2015, estes ‘kits’ de emergência ajudaram mais de 800.000 crianças que se encontravam em situações de emergência.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse, em Coimbra, que os centros académicos clínicos têm condições para se...

Há “condições para que os centros académicos clínicos se afirmem e se consolidem” como “um eixo estratégico que desenvolverá o ensino e a investigação em Portugal”, afirmou o ministro, que falava na Universidade de Coimbra (UC), durante a tomada de posse dos órgãos do Centro Académico Clínico de Coimbra do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)/Universidade de Coimbra (UC).

Na sessão de tomada de posse da direção e do conselho estratégico do Centro Académico Clínico, que decorre na Sala do Senado da UC, também participou o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.

Adalberto Campos Fernandes salientou “a importância da aposta no modelo colaborativo entre hospitais de ensino e universidades, agregando, juntando, densificando, acabando com a separação errada entre serviço social de saúde, delimitação de cuidados e universidade”.

Importa “retomar o espírito positivo dos ancestrais hospitais universitários, numa dimensão em que a medicina clínica se afirme também como medicina de base científica”, sustentou o governante.

Sobre o centro de Coimbra, o ministro da Saúde afirmou ter a “profunda convicção” que ele se “afirmará como um exemplo de agregação de vontades, capaz de mobilizar os melhores recursos, as capacidades e inteligência, para garantir a afirmação da qualidade e do pioneirismo de Coimbra na liderança dos processos de transformação e inovação da saúde” em Portugal.

“Acreditamos que a experiência que poderá ser construída [com este consórcio] em Coimbra uma referência nacional e também europeia”, afirmou, por seu lado, durante a mesma sessão, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

O consórcio integra as faculdades de Medicina, de Farmácia e de Ciências e Tecnologia da UC e “poderá vir a integrar outras instituições públicas que, pela sua relevância, permitam desenvolver competências diferenciadas na dinamização da atividade assistencial, académica e de investigação”, recordou o presidente do CHUC, José Martins Nunes.

O CHUC não é “apenas economia e finanças: é essencialmente um templo de cuidados de saúde, de ensino de investigação”, sustentou o presidente deste centro hospitalar, que assegura “mais de 900 mil consultas”, cerca de “300 mil urgências” e “mais de 65 mil cirurgias” por ano.

Destacando também o papel da Universidade de Coimbra na “vida e na história de Portugal”, Martins Nunes defendeu que tanto ela como o CHUC “foram sempre – e querem continuar a ser – determinantes na vida do país, dando importantes contributos para o seu desenvolvimento e para a sua história, como agentes de mudança e garantia de progresso”.

Ministro da Saúde
Um conselho nacional dos centros académicos clínicos em Portugal vai ser criado em breve, disse, em Coimbra, o ministro da...

Sem querer “antecipar anúncios”, o governante adiantou que, com o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, terá “o gosto, amanhã [quinta-feira], de anunciar publicamente a criação, em breve, do Conselho Nacional dos Centros Académicos Clínicos”.

O responsável pela pasta da saúde falava, na Universidade de Coimbra (UC), na sessão de tomada de posse dos órgãos (direção e conselho estratégico) do Centro Académico e Clínico de Coimbra do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)-UC.

Na sessão, que decorreu na Sala do Senado, também participou o ministro Manuel Heitor, que destacou igualmente a importância da criação daquele conselho para coordenador os centros académicos clínicos.

Há sete centros académicos clínicos em Portugal e é admissível que venham a ser criados outros, um dos quais já em desenvolvimento na Beira Interior, disse Manuel Heitor, em declarações aos jornalistas, à margem da sessão.

“Pode parecer estranho [a presença] de dois ministros numa tomada de posse”, mas ela representa “o reconhecimento pelo trabalho passado” e também um estímulo ao “desafio que é para o futuro” este modelo de interação entre diferentes áreas, explicou, durante a sessão, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

A direção do centro Académico Clínico de Coimbra é integrada por José Martins Nunes, presidente do CHUC, e pelos professores universitários Duarte Nuno Vieira e Catarina Rezende de Oliveira.

O Conselho Estratégico é formado por José Mendes Ribeiro, economista da saúde, Amílcar Falcão Ferreira, vice-reitor da UC, José Pedro Figueiredo e António Reis Marques, médicos do CHUC, Caetano Almeida Sampaio, embaixador, Joaquim Neto Murta, da Faculdade de Medicina de Coimbra, Luís Figueiredo Neves e Francisco Baptista Veiga, diretores das faculdades de Medicina e de Farmácia de Coimbra, respetivamente, e Paulo Barradas, presidente da Bluepharma, indicados por diferentes entidades.

Sistema digestivo
Todas as pessoas são sensíveis ao enjoo do movimento, com graus diferentes de intensidade e sob a in
Mulher sentada na proa de barco

A estimulação do labirinto no canal auditivo produz o enjoo de movimento pelos ajustes posturais à receção pelo cérebro de impulsos do movimento, quando a cabeça se move sobre os 2 eixos simultaneamente, havendo uma interpretação errónea de um estímulo visual. A discrepância entre os estímulos externos gerados pelos sentidos, que observam o movimento e as expectativas internas geradas pelo corpo que não está em movimento.

A maioria das pessoas adapta-se aos conflitos gerados pelo movimento, sendo que a repetição da utilização de um meio de transporte pode reduzir e mesmo deixar de induzir o enjoo. A suscetibilidade ao enjoo do movimento é variável com a idade, sendo superior entre os 2-12 anos, porque a falta de adaptação é mais comum em crianças. Também há influência do género, sendo que as mulheres são mais suscetíveis ao enjoo do movimento do que os homens.

O enjoo do movimento é de prevenção mais fácil do que trata-lo, sendo que a sintomatologia própria do enjoo do movimento, envolve:

  • Palidez;
  • Falta de descanso;
  • Náuseas e vómitos.

Admite-se a existência de 2 tipos de enjoo do movimento, com características próprias:

Tipo 1: náuseas e os vómitos acompanhados de palidez, transpiração fria e hipersalivação.

Tipo 2 (mais comum em pessoas introvertidas, ansiosas e temerosas): sintomas mentais e psíquicos que incluem sonolência, cefaleias, desconforto geral, apatia, depressão e uma sensação global de miséria.

Suspeita de enjoo do movimento

Pode suspeitar-se da ocorrência de enjoo do movimento pela presença dos sintomas associados ao movimento.

Quando os sintomas se iniciam com o movimento e desaparecem pouco tempo após a saída do veículo ou o movimento cessar, embora alguns sintomas possam permanecer durante algumas horas, tais como desequilíbrio, dificuldade em manter-se de pé, etc.

Há fatores que predispõem para o enjoo do movimento, sendo de destacar:

  • Realizar atividades durante a viagem, particularmente com exigência de focar a visão;
  • Passividade (o fato de não ser o condutor);
  • Existência de cheiros desagradáveis e certos alimentos;
  • Ver outra pessoa a vomitar.
  • Nas viagens de barco, o fato de se encontrar abaixo é mais nauseante do que estar no deck (convés, em cima).

Medidas Preventivas Gerais

Há alguns cuidados gerais que podem reduzir a predisposição e a ocorrência do enjoo do movimento e dos vómitos. Pode recomendar-se conforme as circunstâncias, as seguintes medidas:

  • No caso de uma criança, sentá-la num banco elevado, para ver para for a pela janela da frente;
  • Sentar-se perto do centro do veículo com os olhos fechados;
  • Olhar para o exterior pela janela da frente, na direção para a qual o veículo se dirige;
  • Fixar a visão em pontos de referência estáveis tal como o horizonte;
  • Não ler, jogar ou realizar qualquer outra atividade que obrigue o olhar a movimentar-se;
  • Evitar movimentos de cabeça desnecessários;
  • Viajar de noite ou usar óculos escuros pode reduzir os estímulos visuais e o enjoo;
  • Dormir durante a viagem;
  • Imitar o condutor (dar um volante, no caso de uma criança);
  • Fazer refeições ligeiras e pobres em gorduras antes de iniciar a viagem;
  • Evitar odores desagradáveis ou fortes (perfumes, combustível, alimentos);
  • Promover ventilação adequada do veículo;
  • Parar de vez em quando, sair do veículo e andar a pé;
  • Pulseiras de acupressão são úteis para muitas pessoas.

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Náuseas e vómitos

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Terapias não convencionais
O Shiatsu, ou “pressão com os dedos”, é uma terapia de massagem japonesa com benefícios em várias pa
Massagem de shiatsu

As terapias que envolvem aplicação de toque com fins terapêuticos são referenciadas como tendo o seu berço nas civilizações antigas. Apesar da indiscutibilidade do toque ser uma ferramenta transversal a todas as culturas conhecidas. No oriente houve maior investimento na sua aplicação à saúde, mas mais recentemente, têm vindo a conquistar curiosidade e interesse pela comunidade científica ocidental (Field, 2010; Zannella, 2010; Beresford-Cooke, 2011; Morales, 2012; Heller & Schiff, 2013).

Shiatsu é uma dessas terapias que tem vindo a ser procurada e incorporada nas práticas ocidentais de produção de bem-estar com fins terapêuticos.

A palavra Shiatsu significa literalmente “pressão com os dedos” e tem como objetivos tratar, manter e melhorar a saúde através da pressão com os polegares; mãos; cotovelos ou pés. O seu mecanismo de ação baseia-se num estímulo sobre locais específicos de acumulação de energia (Tsubo) que se encontram ao longo de canais energéticos denominados de meridianos. O Shiatsu fundamenta a sua teoria nos princípios da Medicina Tradicional Chinesa e é definido como sendo similar à acupuntura, mas sem recorrer a agulhas (Zanella, 2010; Hatcher, 2012; Bola, 2012; Masanori, 2012; Lamboley, 2013; Yang, 2014 & Lundberg, 2014).  

A visão do sistema energético humano é uma das características chave que diferencia a nossa tradição médica ocidental da oriental. Estes defendem que o corpo humano à semelhança do sistema circulatório e linfático possui um sistema energético percorrido pelo “KI” que é traduzido como energia vital. Quando esta energia se encontra estagnada, diminuída ou aumentada estamos perante um problema potencial ou efetivo de doença/perturbação. Para isso recorre-se a um conjunto de ferramentas para elaborar o diagnóstico, como sejam a teoria dos cinco elementos, palpação de regiões específicas do corpo, diagnóstico pela face e abdómen (Masunaga, 2010; Recours-Nguyen & Nghi, 2011 & Rojas, 2013).

A doença é compreendida como um sintoma de uma perturbação que abrange o indivíduo de uma forma holística, e por conseguinte, a sua forma de vida, os seus costumes e as suas atitudes. Esta teoria centra-se na busca de equilíbrio permanente do ser humano, e quando não é conseguido surge a doença. Esta deve-se a alterações do estilo de vida e distúrbios do foro emocional, energético que mais tarde se manifestarão no corpo (Zhufan, 2010; Recours-Nguyen & Nghi, 2011 & Pierre, 2013).

A teoria atribui ao Shiatsu um leque de atuação alargado, atuando num conjunto de patologias em que os resultados são satisfatórios, tal como em doenças osteoarticulares, respiratórias, emocionais, intestinais entre outras. Sendo de salientar que o Shiatsu não possui a capacidade de curar e não deve ser utilizado como substituto da medicina convencional, mas sim como ferramenta complementar e integrativa.

As vantagens do Shiatsu, ainda não reconhecidas legalmente em Portugal

Esta terapia de massagem japonesa tem uma vantagem quando comparada com outros tipos de massagem, pois permite desenvolver um conjunto de técnicas de forma autónoma, denominando-se de auto Shiatsu ou Do-In (Rojas, 2013).

O governo Japonês reconheceu o shiatsu como terapia em 1964. Em Portugal existe um reconhecimento legal de algumas terapias convencionais como sejam: Acupuntura; Fitoterapia; Homeopatia; Medicina Tradicional Chinesa; Naturopatia; Osteopatia; Quiropráxia (Diário da República, 2013), mas o Shiatsu não está incluído, e portanto não legislado.

Esta Terapia Oriental como ferramenta na prestação de cuidados à pessoa com desequilíbrios tem-se verificado promissora, pois ensina e reeduca hábitos e estilos de vida que conduzem a estados de saúde e bem-estar bio-psico-socio-cultural, para quem recebe e para quem aplica, com o recurso a ferramentas disponíveis e acessíveis: as mãos.

Bibliografia

  • Masunaga, S. (2010). Shiatsu Et Médecine Orientale. Courrier du Livre. Atelier Mandalas collection.
  • Recours-Nguyen , C., & Nghi, N. (2011). Medicina Tradicional Chinesa: Acupuntura, Moxabustão e Massagens. Editora Roca.
  • Beresford-Cooke, C. (2011). Shiatsu: Theory and Practice (3ª ed.). Churchill Livingstone Elseviere.
  • Bola, R. (2012). Shiatsu. Edições Vieira da Silva.
  • Diário da Républica. (2013). Exercicio profissional das atividades de aplicação de terapêuticas não convencionais.
  • Field, T. (26 de Fevereiro de 2010). Touch for socioemotional and phisical Well-Being: a Review. 30, pp. 367-383.
  • Hatcher, J. (2012). Le Shiatsu; L´équilibre du corps et de l´esprit. De Boree. La memoire du temps collection.
  • Heller, M., & Schiff, W. (2013). The psychology of Touch. Psychology Press.
  • Jiazhen, L., & Zhufan, X. (2010). Medicina Interna Tradicional Chinesa. Editora Roca.
  • Lamboley, D. (2013). Shiatsu. Marasout.
  • Lundberg, P. (2014). The New Book of Shiatsu: Vitality and health through the art of touch. Octopus Publishing Group.
  • Masanori, O. (2012). Precis De Shiatsu - Kuretake - Techniques Fondamentales Et Superieures. DANGLES. Rough Guides Collection.
  • Morales, J. (2012). Shiatsu: Terapia manual japonesa para cuidar tu salud. Hispano Europea.
  • Pierre, T. (2013). Dictionnaire De L'Acupuncture Et Du Shiatsu. Sully. Le Lien Social Collection.
  • Rojas, F. (2013). Le Do-IN: une méthode dáuto-massage venue d´Orient. Éditions Lanore.
  • Yang, L. (2014). Shiatsu ; L'Équilibre Du Corps Et De L'Esprit. De Boree. Saint en Poche Collection.
  • Zannella, G. (2010). Shiatsu Psicosomático: Tra Corpo ed emozioni (2ª ed.). Tecniche nuove. Natura e Salute raccolta.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Cruz Vermelha
“A contribuição através da declaração de rendimentos é um ato de responsabilidade social que visa apoiar as pessoas mais...

A Cruz Vermelha Portuguesa é uma das entidades beneficiárias de consignação de imposto. Assim, pode decidir doar à Cruz Vermelha Portuguesa 0,5% do seu IRS, bastando preencher o quadro 11 da sua declaração de rendimentos, com o número de contribuinte 500 745 749 da Cruz Vermelha Portuguesa. Este é um simples gesto que não acarreta qualquer tipo de custos para o contribuinte uma vez que 0,5% são retirados do imposto total que o Estado liquida, e não do que será devolvido, caso o contribuinte tenha direito à restituição do imposto cobrado.

Segundo Luis Barbosa, presidente da Cruz Vermelha Portuguesa “a contribuição através da declaração de rendimentos é um ato de responsabilidade social que visa apoiar as pessoas mais vulneráveis da sociedade. O empenho de todos nesta ação será muito significativo para ajudar a Instituição a cumprir a sua missão humanitária.”

Através de um simples gesto é dada aos contribuintes a possibilidade de decidir o destino de parte dos seus impostos, de ter uma cidadania ativa e de contribuir para a continuidade dos projetos da Cruz Vermelha Portuguesa.

Exemplo 1
Imposto apurado = imposto liquidado = 6.000Eur
Retenções e pagamentos por conta = 6.500Eur
Valor apurado = reembolso = 500Eur
Consignação de 0,5% sobre o imposto liquidado = 30Eur (6.000Eur x 0,5% = 30Eur)
Neste caso, o contribuinte receberá o devido reembolso de 500Eur e a Cruz Vermelha Portuguesa receberá 30Eur do imposto total que o Estado liquida.

Exemplo 2
Imposto apurado = imposto liquidado = 6.000Eur
Retenções e pagamentos por conta = 5.000Eur
Valor apurado = a pagar = 1.000Eur
Consignação de 0,5% sobre o imposto liquidado = 30Eur (6.000Eur x 0,5% = 30Eur)
Neste caso, o contribuinte deverá pagar 1.000Eur ao Estado e a Cruz Vermelha Portuguesa receberá 30Eur do imposto total que o Estado liquida.

Terapias não convencionais
A utilização simbiótica de terapias não convencionais e convencionais é um campo promissor de invest

O Cancro, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) é a principal causa de morte nos países desenvolvidos e a segunda principal causa de morte nos países em vias de desenvolvimento (WHO, 2008).

Na União Europeia, a previsão realizada pela International Agency for Research on Cancer (IARC), e tendo como base apenas o envelhecimento populacional, determina um aumento dos novos casos de cancro em 13,7%. As previsões para Portugal são semelhantes e apontam para um acréscimo de 12,6% (DGS, 2013).

Em 2030 a estimativa da carga global do cancro é de aproximadamente 21.4 milhões de novos casos diagnosticados e 13.2 milhões de mortes, o que traduz um aumento de 69% e 72%, respetivamente, em 22 anos (WHO-IARC, 2010).

A DGS (Direção-Geral da Saúde, 2013) alerta para o crescimento muito significativo, em todas as Administrações Regionais de Saúde (ARS), do consumo de medicamentos usados no tratamento e sintomatologia do cancro. Segundo Araújo et al (2009) os dados relativos a gastos diretos com o tratamento do cancro em Portugal referente a 2006 rondavam os 1.320 milhões de € e que demonstram que os custos indiretos podem representar cerca de 70%-85% dos custos totais do cancro, sendo que 32% da despesa total do tratamento do cancro esteja relacionada com prescrição de medicamentos. Como custos indiretos se refletem as implicações dos tratamentos diretos como sejam efeitos secundários dos tratamentos; náuseas, vómitos, incapacidades, dor oncológica; implicações emocionais, sociais e psicológicas decorrentes da situação clinica, assim como outros dilemas que os doentes são confrontados a enfrentar perante o facto de padecerem de um cancro.

Esta informação é importante para definir prioridades na prevenção, gestão e tratamento do cancro (Roreno, 2013). Uma vez que se reconhecesse as implicações que estas patologias provocam no individuo, família e comunidade (Costa, 2010), é imprescindível que se desenvolvam estratégias ao nível do processo de cuidar.

Este facto tem contribuído para que a preocupação com a qualidade de vida do doente seja uma premissa a ser respeitada e garantida. Neste sentido a melhoria contínua da qualidade dos cuidados prestados ao doente oncológico, saber científico e da profissão tem sido uma das preocupações da prática de enfermagem nos últimos anos (Silva & Moreira, 2010).

Atualmente tem surgido na área da saúde a vertente integrativa ou complementar que visa a utilização simbiótica de terapias não convencionais com as convencionais no tratamento de cancro, visando como objetivo final melhorar a qualidade de vida do doente, através da redução de sintomatologia secundária aos tratamentos convencionais disponíveis. Nos estados Unidos da América existe já desde 2000 um ramo da Medicina Integrativa que usa terapias alternativas e complementares baseadas em evidências de forma integrada com a medicina convencional (Siegel & Barros, 2013).

Acupuntura como ferramenta coadjuvante de amenização de sintomas
Acupuntura é definida no artigo 2 da portaria n.º 207-F/2014 de 8 de Outubro do Diário da Republica como sendo uma a terapêutica que utiliza métodos de diagnóstico, prescrição e tratamentos próprios assentes em axiomas e teorias da acupuntura, utilizando a rede dos meridianos, pontos de acupuntura e zonas reflexológicas do organismo humano, com o fim de prevenir e tratar as desarmonias energéticas, físicas e psíquicas.

A associação simbiótica entre as terapias não convencionais, como a acupuntura e as terapias convencionais para tratamento oncológico tem sido objeto de vários estudos. A utilização desta terapia não convencional, tem sido utilizada para aliviar sintomatologia adversa como sejam as náuseas, vómitos, dor oncológica, anorexia, desidratação, alterações metabólicas, eletrolíticas, aumento dos quadros de ansiedade e depressão, xerostomia, fotofobia, insónia (Tonezzer, Tagliaferro, Cocco & Marx, 2012; Chien, Liu & Hsu, 2013).

Chien, Liu & Hsu (2013) defendem que a área da acupuntura oncológica tem-se tornado uma área de investigação promissora, porque os doentes oncológicos, tem procurado a acupuntura para controlo de sintomatologia.

Os efeitos da acupuntura têm sido explicados através de teorias associadas a processos de modulação neuronal, endócrinos e imunológicos (O'Regan & Filshie, 2010; Chien, Liu & Hsu, 2013) sugere-se que a acupuntura faz modelação neurológica controlando assim os efeitos adversos das terapêuticas oncológicas.

Kuwajima (2009) observou que 51,2 % dos doentes oncológicos, estudados, utilizavam alguma terapia não convencional e que aproximadamente 9% dos pacientes com cancro utilizam a Acupuntura. Dos que utilizam a Acupuntura, aproximadamente 71% procuraram esta terapia após o diagnóstico e que a utilizavam em concomitância com os tratamentos convencionais.

Em 1996 a OMS elaborou um relatório sobre as aplicações da acupuntura na saúde, segundo este relatório a acupuntura não possui estudos que comprovem eficácia no tratamento do cancro, mas possui ação ao nível da amenização de sintomas de reações adversas da quimioterapia, radioterapia; dor oncológica e leucocitose (WHO, 2002).

BIBLIOGRAFIA:

  • Araújo, A., & et al. (2009). Custo do Tratamento do Cancro em Portugal. Acta Med Port, pp. 525-536.
  • Chien, T., Liu, C., & Hsu, C. (2013). Integrating acupunture into cancer care. 234.
  • Costa, R. (2010). Luta Contra o cancro e oncologia em Portugal. Estruturação e normalização de uma área científica (1839-1974). Tese de Doutoramento, Universidade do Porto. Faculdade de Letras. Departamento História e de Estudos politicos e Internacionais.
  • DGS, D. (2013). PORTUGAL: doenças oncológicas em números-2013. Lisboa: DGS.
  • Kuwajima, S. (2009). A Acupuntura na Oncologia. UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES.
  • Ministério da Saúde e da Educação. (8 de Outubro de 8 de Outubro de 2014). 1.ª série — N.º 194. Portaria n.º 207-F/2014. Diário da Républica.
  • O´Regan, D., & Filshie, J. (2010). Acupunture and cancer. Autonomic neurosciènce.
  • RORENO, R. (Dezembro de 2013). Projecções de incidência de cancro região Norte 2013, 2015, 2020. (I. P. E.P.E., Ed.)
  • Siegel, P., & Barros, N. (2013). Por que as Pesquisas em Oncologia Integrativa são Importantes? Revista Brasileira de Cancerologia, 249-253.
  • Silva, M., & Moreira, M. (2010). Desafios à sistematização da assistência de enfermagem em cuidados paliativos oncológicos: uma perspectiva da complexidade. Rev. Electr. Enf. [Internet], 483-490.
  • Tonezzer, T., Tagliaferro, J., Cocco, M., & Marx, A. (2012). Uso da Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea Aplicado ao Ponto de Acupuntura PC6 para a Redução dos Sintomas de Náusea e Vômitos Associados à Quimioterapia Antineoplásica. Revista Brasileira de Cancerologia, 7-14.
  • WHO, W. (2008). The Global Burden of Disease:2004. WHO.
  • WHO, W. I. (2010). Globocan 2008: Cancer Incidence, Mortality and Prevalence Worldwide. (WHO-IARC, Ed.) Obtido em 14 de Dezembro de 2014, de http://globocan.iarc.fr
  • World Health Organization. (2002). Acupuncture : review and analysis of reports on controlled clinical trials - See more at: http://apps.who.int/iris/handle/10665/42414#sthash.S2Tx18v0.dpuf. Obtido em 16 de dezembro de 2014, de http://www.who.int/iris/handle/10665/42414#sthash.S2Tx18v0.dpuf


Cristina Raquel Batista Costeira- Enfermeira no IPOCFG, E.P.E. - Cirurgia Internamento


Nelson Jacinto Pais- Enfermeiro Graduado no IPOCFG, E.P.E. - Unidade de Dor

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Editado pela ESEnfC
Publicação lançada na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra reúne trabalhos produzidos durante os últimos cinco anos e...

Acaba de ser lançado, pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), um livro que reúne os resumos alargados de 100 dissertações de mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica defendidas, em cinco anos, na instituição.

“5 anos, 100 dissertações - Curso de Mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica” é o título desta publicação, onde estão coligidas investigações sobre o trabalho de Enfermagem em contexto de urgência e emergência pré-hospitalar e hospitalar (“pessoa em situação crítica”), sobre os processos de cuidar associados à doença oncológica avançada e à situação de morte, bem como sobre a intervenção do enfermeiro no âmbito do ato cirúrgico (“pessoa com doença aguda e crónica”).

Durante os últimos cinco anos, os alunos de mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica na ESEnfC também realizaram estudos relacionados com segurança e cultura de segurança em contextos específicos, como o bloco operatório e as unidades de cuidados intensivos, mas também associadas à execução de procedimentos.

O estudo do erro e dos eventos adversos e, ainda, a prevenção da infeção associada aos ambientes e às práticas na prestação de cuidados são outros temas das dissertações incluídas nesta publicação, que ultrapassa as 500 páginas e que beneficia da coordenação editorial da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem, da ESEnfC.

Pretende-se que os conteúdos desta obra, que vem dar um impulso à investigação de natureza aplicada no âmbito específico de Enfermagem Médico-Cirúrgica, sejam um contributo para diferentes atores: os já mestres em Enfermagem Médico-Cirúrgica e os respetivos orientadores, os atuais estudantes e os enfermeiros em geral, que dela podem retirar ilações, implicações e sugestões para a prática clínica e para projetos de investigação.

Na apresentação do livro, na última sexta-feira, estiveram, além de algumas dezenas dos enfermeiros coautores e dos respetivos professores, a Presidente da ESEnfC, Maria da Conceição Bento, o coordenador da Unidade Científico-Pedagógica de Enfermagem Médico-Cirúrgica, José Carlos Martins, e a coordenadora do mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica, Maria Isabel Fernandes, assim como outros responsáveis da Escola de Coimbra.

No aeroporto de Lisboa
Uma campanha contra a mutilação genital feminina está a decorrer no aeroporto de Lisboa junto dos viajantes para países onde...

“Escolhemos o dia de hoje porque há um voo para a Guiné-Bissau e nós achamos importante estar no momento de uma saída para a Guiné, uma vez que é um dos países em que a comunidade que vive em Portugal está referenciada como uma em que existe esta prática [excisão genital feminina], apesar de não ser realizada dentro de Portugal”, disse a secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino.

De acordo com a secretária de Estado, um grupo de organizações não-governamentais e entidades do Estado estão no aeroporto desde às 06:30 horas de hoje, a acompanhar os embarques desta manhã.

“A campanha vai estar aqui no aeroporto de Lisboa todo o período das férias da Páscoa, sendo que numa primeira fase haverá a distribuição de folhetos durante 10 dias (de 18 a 28 de março)”, referiu.

“Na última semana de férias, será mantida a distribuição de folhetos, mas o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) também irá aplicar inquéritos à chegada das pessoas da Guiné-Bissau, porque o nosso objetivo é de dissuasão da prática”, acrescentou Catarina Marcelino.

A secretária de Estado explicou que a campanha foi lançada na sexta-feira, junto dos embarques para os países que tem a prática ou que são de trânsito para outros onde existe esta prática da excisão genital feminina.

“Estamos a fazê-lo porque sabemos que na época da Páscoa é habitual as pessoas deslocarem-se aos países de origem e por razões culturais é uma época que há muitos rituais de prática de mutilação genital feminina”, afirmou.

“Por isso, achamos importante lançar a campanha nesse momento, uma campanha informativa que explica, quer do ponto de vista legal a questão do crime, porque é crime em Portugal - praticado dentro ou fora do país, e também as questões ligadas aos direitos humanos e à saúde das meninas e das mulheres”, sublinhou.

Estão a participar da ação também o alto-comissário para as Migrações, Pedro Calado, representantes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, organizações não-governamentais da área e a atriz Cláudia Semedo.

Portugal registava, até ao final do ano passado, 99 casos de mulheres com mutilação genital feminina (MGF), cerca de metade das quais realizadas na Guiné-Bissau, segundo a Direção-Geral da Saúde.

"Nenhum dos casos registados foi realizado em Portugal ou durante a estada em Portugal. Cerca de metade foi realizado na Guiné-Bissau, seguindo-se a Guiné Conacri e outros países, todos eles africanos", disse Lisa Vicente, da DGS, numa entrevista realizada em fevereiro.

As idades das mulheres submetidas a MGF "variam bastante (...) há registos entre um ano e mais de 20", de acordo com a responsável da DGS.

O último relatório do Fundo da ONU para a Infância (UNICEF), apresentado na quinta-feira, indica que pelo menos 200 milhões de raparigas e mulheres foram vítimas de MGF em 30 países.

Por ano
Os hospitais de São José, Santa Marta e Capuchos, em Lisboa, pagam anualmente 5,8 ME por ocuparem os edifícios que o Ministério...

O Hospital de São José foi alienado por 39,9 milhões de euros, o de Santa Marta por 17,8 milhões de euros e o dos Capuchos por 28,6 milhões de euros, todos em 2009.

Conforme disse « uma fonte do Ministério da Saúde, em 2014, os contratos-promessa de compra e venda previam a ocupação dos edifícios, sem o pagamento de qualquer compensação, até 31 de dezembro de 2010.

“Se o edifício continuasse ocupado sem ter sido celebrado contrato de arrendamento, o Estado obrigava-se a pagar à Estamo uma indemnização mensal correspondente a 6,5 por cento, sobre 12 meses, calculada sobre o preço do imóvel, atualizado anualmente, de acordo com o índice de preços no consumidor estabelecidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), até à sua entrega, livre e devoluto”.

As indemnizações compensatórias devidas pela não desocupação dos imóveis já foram apuradas e são de 100.450 euros por mês, no caso do Hospital de Santa Marta, de 224.865 euros mensais pelo Hospital de São José e de 161.415 euros por mês da parte do Hospital de Santo António dos Capuchos, segundo fonte do gabinete do ministro da Saúde.

Está igualmente prevista uma compensação de 128 mil euros mensais da parte do Hospital Curry Cabral, que também já foi vendido à Estamo, mas este não está para já a efetuar qualquer pagamento, pois isso mesmo foi acordado com a Estamo.

Nos EUA
A Administração de Alimentos e Medicamentos norte-americana anunciou que vai passar a ser obrigatório incluir nas etiquetas de...

A dependência crescente dos norte-americanos de analgésicos opiáceos como o OxyContin ou o Vicodin é a razão pela qual muitos cidadãos são viciados em heroína, que pode ser comprada muito mais barata nas ruas.

A partir de agora, as embalagens de mais de 200 tipos de analgésicos (de ação rápida) devem conter "um aviso sobre os riscos graves de mau uso, abuso, dependência, overdose e morte", entre outras mudanças de rotulagem para “informar as pessoas sobre os riscos destes medicamentos”, disse a Administração de Alimentos e Medicamentos norte-americana em comunicado.

Os analgésicos opiáceos e a heroína “estiveram envolvidos” em mais de 28.000 mortes nos Estados Unidos em 2014, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), em inglês.

Atualmente, morrem mais norte-americanos devido ao uso (abuso) de drogas do que em acidentes de viação, segundo dados avançados pela Casa Branca.

Até ao início do Verão
A Santa Casa da Misericórdia do Porto vai lançar um projeto de hipoterapia para os utentes do Centro Hospitalar Conde Ferreira,...

O anúncio do projeto, previsto para quarta-feira, é feito no âmbito das comemorações do 133º aniversário daquela instituição do Porto e desenvolve-se em parceria com o Pony Club do Porto, ficando o centro instalado no Centro Hospitalar Conde Ferreira (CHCF) e "prevendo-se que fique pronto até ao final do ano", disse uma fonte da Santa Casa.

"O projeto irá servir os utentes do Centro Hospitalar Conde Ferreira que já frequentam este tipo de terapias e muitos outros, aos quais a Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP) e o Pony Club pretendem chegar, oferecendo assim uma resposta inovadora às pessoas que enfrentam dificuldades relacionadas com a saúde mental", acrescentou.

Ainda segundo a mesma fonte, a iniciativa visa "a integração social através da prática desportiva e da terapia, nomeadamente da reabilitação física e sensorial dos seus praticantes", e decorre da "estratégia que tem vindo a ser seguida pela Misericórdia do Porto, na área da saúde mental e não só, e que já começou a ser implementada há algum tempo".

A Santa Casa recorda "a inauguração há um ano, no CHCF, do Parque Avides Moreira com as hortas terapêuticas e biológicas". "Estamos a dar novas respostas aos doentes de Alzheimer e este ano esperamos construir o Centro de Hipoterapia e ainda a sede da ELA, destinada aos doentes com Esclerose Lateral Amiotrófica", explicou a fonte.

A cerimónia comemorativa, no Salão Nobre do edifício, inclui ainda a apresentação e lançamento do livro "Ninja Hero Dogma Boy - A Batalha Final", do autor e utente Hugo Campos e a inauguração das novas instalações das consultas externas, concluindo-se no dia 31 deste mês com a conferência "Desafio da Psiquiatria para o futuro", a cargo do professor José Miguel Caldas de Almeida, da Universidade de Ciências Médicas de Lisboa.

Hospitais de Coimbra dizem
O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra considerou que a criação dos centros...

Para Martins Nunes, que falava na cerimónia de apresentação dos 14 centros de referência do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), os portugueses, agora, "ficam detentores da identificação dos hospitais que se apresentam como aqueles nos quais cada patologia específica é tratada com melhores resultados".

"Os 14 centros de referência que nos foram atribuídos significam que somos o hospital do país com maior número de centros de referência e isso dá-nos uma vontade enorme de continuar e de fazermos tudo pelo melhor", referiu o administrador, numa sessão que contou também com a presença do presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).

Salientando que os centros aprovados foram praticamente todos aqueles que concorreram, Martins Nunes sublinhou os centros de referência em transplantes de coração, onco-oftalmologia e transplantação hepática pediátrica, únicos em Portugal.

A estes, juntam-se os centros de referência em cardiologia de intervenção estrutural, cardiopatias congénitas, doenças hereditárias do metabolismo, epilepsia refratária, cancro do esófago, cancro do testículo, cancro do reto, sarcomas das partes moles e ósseos, cancro hepatobilio/pancreático, oncologia pediátrica e transplante rim adultos.

"A constituição dos centros de referência é a assunção em Portugal da decisão de fazer convergir o SNS para a adoção das melhores práticas organizacionais europeias", frisou o responsável, adiantando que dentro de 15 dias o CHUC estará presente em Bruxelas numa reunião para preparar a integração dos centros de referência nos congéneres europeus.

Os hospitais com centros de referência vão ter um financiamento superior ao das instituições que não obtiveram esta classificação, uma forma de o governo apoiar, "no plano material", este reconhecimento, anunciou no dia 11 o ministro da Saúde.

"Haverá uma discriminação positiva, ou seja, os hospitais que têm centros de referência terão um pagamento diferenciado em relação aos que não têm. É um incentivo de ordem financeira, que complementa o incentivo técnico e científico do reconhecimento", disse Adalberto Campos Fernandes.

Das 184 candidaturas que chegaram à Comissão para o Reconhecimento de Centros de Referência, presidida por João Lobo Antunes, foram reconhecidos 82 centros de referência, em 19 áreas clínicas.

Associação de Jovens Diabéticos de Portugal
“AJDP nas Escolas” levou sessões de esclarecimento sobre diabetes a mais de 2300 jovens, desde 2011. Criado pela Associação de...

Em 2015, as 7 sessões de esclarecimento sobre diabetes realizadas pela Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP), na região centro e na região de Lisboa e Vale do Tejo, contaram com a participação de cerca de 270 pessoas, sendo na sua maioria Jovens do Ensino Básico e Secundário. Este ano o projeto já voltou a arrancar: desde Janeiro de 2016 foram realizadas sessões de esclarecimento em 5 Escolas e foi organizada uma Formação de Voluntariados “AJDP nas Escolas” em Lisboa.

Carlos Neves, Vice-Presidente da AJDP, acredita que “este projeto tem muito potencial e pode chegar a muito mais pessoas, até porque os pedidos por parte das escolas estão a aumentar. Assim, torna-se essencial conseguirmos mais voluntários com disponibilidade para receber formação e mais apoios financeiros, para conseguirmos que o projeto continue a crescer e educar cada vez mais jovens.” Além das sessões de esclarecimento, é também objetivo do projeto, para o presente ano, a realização de uma Formação de Voluntários na região Norte do país, assim como o estabelecimento de parcerias com Câmaras Municipais, Centros de Saúde e outras Associações.

O projeto “AJDP nas escolas” começou em 2009 com o desenvolvimento de sessões de esclarecimento a partir de uma rede de voluntários que se deslocam a instituições e a escolas para desmistificar a diabetes e debater temáticas como os hábitos das pessoas com diabetes, o diagnóstico da doença tipo I e tipo II, a importância de uma alimentação saudável e do exercício físico. Jenifer Duarte, voluntária no projeto “AJDP nas escolas” e nutricionista da AJDP, refere que “estas sessões permitem que os jovens com diabetes não se sintam incapacitados pela doença e ajudam a comunidade das escolas a aprender a lidar com esta condição”.

Dia Mundial da Água
Falta de energia, de concentração ou menor resistência muscular podem ser consequências da acidifica

O valor de acidez ou alcalinidade de um alimento ou líquido é definido pelo seu pH, que pode variar entre 1 (para o máximo de acidez) e 14 (o valor máximo de alcalinidade).

Para se manter vivo, o organismo humano tem de ser capaz de manter constante o valor do pH sanguíneo que se situa em 7.365 – um valor ligeiramente alcalino, tendo em conta que o valor ácido-base é 7 (o pH neutro).

Na realidade, o pH do nosso corpo funciona como regulador de todas as funções do organismo.

Nos processos metabólicos celulares normais são produzidos ácidos que são eliminados para o espaço entre as células, nos tecidos (o chamado espaço intercelular). Daqui passam para a corrente sanguínea que, rapidamente, os expulsa do organismo, essencialmente, através da urina.

Sabe-se que uma alimentação rica em alimentos alcalinos ajuda o organismo, em todo este processo, uma vez que contribui para a regulação do pH sanguíneo.

Por oposição, os alimentos processados, o meio ambiente, bem como o processo normal de envelhecimento contribuem para que o organismo acumule bastantes compostos ácidos.

Para os eliminar, o nosso organismo está constantemente a trabalhar, podendo dar origem a uma sobrecarga.

Quando tal acontece, pode dizer-se que o organismo está em sofrimento. As células têm dificuldade em desempenhas as suas funções. Mas não só!

Vários especialistas referem que um organismo demasiado ácido tem, como consequência, um desempenho físico e mental deficiente.

Para além de falta energia ou menor resistência muscular, também o aumento de peso, dores musculares e articulares ou doenças degenerativas e oncológicas lhe parece estar associadas.

A verdade é que, quando a quantidade de ácidos produzidos no nosso organismo se torna demasiado elevada, são ativados vários mecanismos de compensação. Uma vez que o cálcio é um mineral com capacidade de alcalinizar o sangue, a forma mais eficiente de proceder a esta compensação é ir buscá-lo aos ossos. A osteoporose é uma das consequências.

De acordo com vários nutricionistas e naturopatas, a ingestão de água alcalina é uma forma de compensar a acidificação do organismo, ajudando a recuperar a vitalidade orgânica e a sensação de bem-estar.

É que um ambiente alcalino é menos propício à inflamação, o que pode reduzir as probabilidades de se vir a sofrer de doenças inflamatórias ou degenerativas, por exemplo.

Sendo uma excelente fonte de antioxidantes ajuda ainda a retardar os sinais do envelhecimento e a hidratar e rejuvenescer a pele.

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