Em Portugal
A cooperativa de solidariedade social Focus anunciou que irá introduzir em Portugal novas metodologias interventivas na área do...

Em declarações, o presidente da instituição, Fernando Barbosa, assegura que em causa estão "três programas que são pioneiros em Portugal", mas cujos "resultados científicos já foram comprovados por diferentes entidades internacionais", agora parceiras da cooperativa.

"Um programa destina-se a acompanhar com conteúdos próprios todo o percurso educativo da criança com autismo logo a partir do ensino pré-escolar", anuncia Fernando Barbosa. "Outro vai promover as competências sociais de pessoas que sofram dessa perturbação ou tenham problemas de hiperatividade, défice de atenção ou depressão. E o terceiro é um modelo inovador e sustentável de empregabilidade, com evidências científicas de sucesso no que se refere à colocação profissional destes cidadãos", completa.

Em suma, acrescenta, "são três programas que visam dar uma melhor resposta às necessidades da pessoa com autismo ao longo da vida, desde que se inicia o seu percurso no ensino formal até à sua colocação no meio profissional".

O primeiro dos programas em causa é o "Star & Links Curriculum", que a Focus começará por adotar junto dos seus utentes e espera depois implementar como projeto-piloto em escolas de Vale de Cambra. Sob a coordenação internacional da companhia Star Autism Support, o plano visa proporcionar a professores "as necessárias ferramentas, métodos e materiais para ensinar e avaliar os estudantes com Autismo, preparando-os para o sucesso académico".

Realçando que esses currículos "já estão implementados em 2.500 distritos escolares de 50 estados dos EUA e em mais de 25 países a nível mundial", Fernando Barbosa antecipa: "Acreditamos que o programa constituirá uma resposta efetiva e de qualidade para ajudar pessoas com perturbações do autismo, aumentando a sua qualidade de vida e minimizando os custos para as famílias e para a sociedade em geral".

A segunda inovação anunciada pela Focus é o "PEERS", que o presidente da cooperativa descreve como "o único programa com evidências científicas na promoção das competências sociais de cidadãos com autismo ou afetados por hiperatividade, défice de atenção, ansiedade, depressão e outros desafios sociais".

O método foi desenvolvido pelo UCLA Semel Institute de Los Angeles e será implementado em Portugal pela norte-americana Elizabeth Laugeson, que supervisionará a formação e certificação internacional dos profissionais de saúde mental que trabalham com jovens nessas circunstâncias.

Quanto à terceira novidade anunciada pela cooperativa, Fernando Barbosa não revela ainda o nome do programa, mas adianta que em causa está "um dos poucos a nível internacional com resultados científicos comprovados na promoção da empregabilidade de pessoas com autismo e outras deficiências".

O objetivo é envolver diversas empresas portuguesas na adoção de um" modelo internacional e bem-sucedido" de empregabilidade para pessoas com autismo e outras perturbações. "O primeiro estudo realizado para testar a eficácia deste programa mostrou que 87% dos participantes ficaram colocados em postos de trabalho que tradicionalmente não são considerados como adequados para pessoas com perturbações do desenvolvimento", revela.

Nesta fase, a Focus ainda está a contactar empresas e famílias que pretendam envolver-se no projeto, mas Fernando Barbosa indica já três setores em que a prestação de um colaborador autista pode revelar-se mais útil do que a de um cidadão dito normal: unidades hospitalares (pelo rigor exigido na limpeza e manutenção de instrumentos cirúrgicos), universidades (pela concentração necessária em tarefas administrativas monótonas) e logística (pela atenção e detalhe exigidos ao cumprimento de sequências rotineiras de produtos ou procedimentos).

Investigadores e farmacêutica fazem
Uma parceria, que é apresentada e em Lisboa, entre duas unidades de investigação e uma farmacêutica, vai testar medicamentos...

A parceria envolve o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET), que 'construiu' o modelo tridimensional de fígado humano, o Instituto de Medicina Molecular (iMM), especialista no estudo da malária, e a farmacêutica Merck Portugal.

O projeto, financiado em meio milhão de euros pela farmacêutica, será desenvolvido durante dois anos, disse a investigadora e membro da direção do iBET, Paula Alves, esperando que, no final deste ano, possam estar selecionados os fármacos.

O modelo tridimensional, que o iBET concebeu a partir da recolha de linhas celulares de fígado humano, recorrendo a técnicas de bioengenharia, reproduz e mantém as funcionalidades do órgão no corpo humano, de tal forma que o parasita da malária, o Plasmodium, o infetou.

Segundo Paula Alves, se se perceber como 'matar' o parasita na fase em que está 'adormecido' no fígado, será possível a sua erradicação.

A ideia, sintetizou, é "tentar arranjar fármacos que consigam combatê-lo [parasita] na fase hepática", ou seja, que consigam 'limpar' o fígado do 'invasor'.

A fase hepática da malária, em que os parasitas se depositam e multiplicam nas células do fígado, corresponde ao primeiro estádio da infeção, ocorrendo depois da picada do mosquito infetado e antes de o Plasmodium se espalhar pela corrente sanguínea e contaminar os glóbulos vermelhos.

Surgem então os sintomas da doença, como febre alta, calafrios, dores de cabeça e musculares.

Paula Alves lembrou que o Plasmodium, transmitido aos humanos pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, "invade e permanece, durante toda vida, no fígado".

A malária, que pode ser mortal, é uma doença infecciosa frequente nos países tropicais, em particular na África Subsariana.

Doença Oncológica
Resultando de uma iniciativa da Comissão Europeia, o Código Europeu contra o Cancro resulta num conj

Todos os anos são diagnosticados, em Portugal, entre 40 a 45 mil novos casos de cancro.

Os dados revelam que cerca de metade não sobrevive àquela que é considerada a segunda causa de morte, depois das doenças cardiovasculares.

Só em 2012 morreram, em média, 70 pessoas por dia por tumores malignos e sabe-se que a taxa bruta de mortalidade aumentou 14,1 por cento em apenas dez anos.

De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde, é esperado um aumento de 70 por cento de novos casos de cancro, nas próximas duas décadas. Um dado alarmante que torna urgente uma mudança no nosso estilo de vida.

Tabaco, obesidade, álcool e sedentarismo são os principais fatores de risco.

Segundo a Agência Internacional de Investigação do Cancro, as pessoas que seguem um estilo de vida saudável, cumprindo as recomendações para a prevenção do cancro, têm um risco 18 por cento menor de vir a sofrer da doença, quando comparadas com pessoas cujo estilo de vida e peso corporal não cumprem determinados parâmetros.

Esta redução de risco foi estimada para um estilo de vida saudável que inclui peso saudável (com índice de massa corporal entre 18, 5 e 24, 9), ser moderadamente ativo (pelo menos 30 minutos por dia), ter uma dieta saudável, dando preferência a alimentos de origem vegetal, limitando a ingestão de carne vermelha, carne processada e o consumo de álcool.

Foi, aliás, a pensar na prevenção que o Código Europeu contra o Cancro foi criado. Tendo tido a sua primeira edição em 1987, atualmente dele constam 12 medidas para prevenir a doença:

1.      Não fume. O tabaco mata, todos os anos, cerca de seis milhões de pessoas e é a principal causa de cancro no mundo

2.      Faça da sua casa uma casa sem fumo. Apoie as regras antitabágicas no seu local de trabalho

3.      Tome medidas para ter um peso saudável

4.      Mantenha-se fisicamente ativo no dia-a-dia. Limite o tempo que passa sentado

5.      Tenha uma dieta saudável: coma bastantes cereais integrais, leguminosas, vegetais e frutas. Limite os alimentos muito calóricos e as bebidas açucaradas. Evite carnes processadas, carnes vermelhas e alimentos com elevado teor de sal

6.      Limite o consumo de álcool. Não consumir bebidas alcoólicas é benéfico para a prevenção do cancro

7.      Evite a exposição excessiva ao sol. Use protetor sole e não use solários

8.      Proteja-se de substâncias cancerígenas no seu local de trabalho, seguindo as instruções de segurança e saúde. Há muitos milhares de substâncias artificiais e naturais no meio ambiente, incluindo no local de trabalho, algumas das quais podem causar cancro. Muitas destas substâncias são produtos químicos

9.      Evite a exposição a radiações

10.  A amamentação reduz o risco de cancro de mama. Limite o recurso à terapêutica hormonal de substituição. Esta aumenta o risco de certos tipos de cancro

11.  Assegure-se eu os seus filhos estão vacinados: Hepatite B e Vírus do Papiloma Humano (HPV)

12.  Participe em programas de rastreio (cancro do colo-retal, cancro da mama, cancro do colo do útero)

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Serviço Nacional de Saúde
As receitas médicas em papel devem acabar a partir desta sexta-feira no Serviço Nacional de Saúde e no fim do primeiro semestre...

Um despacho de fevereiro determina que a partir de dia 1 de abril passa a ser obrigatória a prescrição exclusiva através de receita electrónica desmaterializada (sem papel) em todo o Serviço Nacional de Saúde.

Contudo, uma informação oficial fornecida à agência Lusa indica que o objetivo é atingir os 80% de receitas sem papel até ao final de junho.

Este processo de receita sem papel está já em curso em várias unidades de saúde e, por exemplo, no Centro Hospitalar de Leiria 90% das receitas são já sem suporte físico.

Segundo o Ministério da Saúde, o número de prescrições de receitas sem papel está a crescer a um ritmo de 35% por semana.

Na receita sem papel é distribuído um código de dispensa de medicamentos a que o utente pode aceder através de um e-mail, de sms ou pela área do cidadão na Plataforma de Dados da Saúde. O Ministério acrescenta que o utente pode ainda usar uma guia de tratamento para poder comprar aos medicamentos.

É através do código de dispensa de medicamentos, obtido através daqueles meios, que o utente compra os fármacos, juntamente com o cartão do cidadão.

Os médicos têm de estar autenticados e ter assinatura digital qualificada.

Para o Ministério da Saúde, uma das vantagens é permitir a dispensa parcial da receita em momentos diferentes e em farmácias diferentes. Outro benefício será o de permitir ao médico aceder a informação sobre alergias do utente e reações adversas anteriores.

O objetivo é também reduzir a possibilidade de trocas não intencionais no momento da dispensa e deixa ainda de haver necessidade de deslocação ao centro de saúde apenas para ir buscar uma receita.

A receita sem papel pretende combater a fraude, uma vez que representa o fim das receitas fotocopiadas e falsificadas.

As receitas em papel, tal como nas exceções para as manuais, poderão continuar a existir em casos como falência do sistema informático ou consultas ao domicílio.

O despacho publicado em fevereiro determina ainda que outras exceções carecem de autorização do membro do Governo responsável pela área da saúde.

Sem previsão para recomeçar
A Linha Saúde 24 para idosos, suspensa a 1 de janeiro para responder ao aumento de procura por causa da gripe, continua...

O serviço de atendimento da Linha Saúde 24 Sénior foi criado a 25 de abril de 2014, tendo acompanhado mais de 20 mil idosos com mais de 70 anos em menos de dois anos, até ser suspensa.

Na altura a Direção-Geral da Saúde alegou necessidade de mobilizar recursos para fazer face ao aumento da procura da linha devido à gripe, mas também questões orçamentais, prometendo a criação de um novo serviço de atendimento para 200 mil idosos, no próximo contrato com a empresa privada que explora a Linha, conforme foi noticiado em fevereiro.

No entanto, três meses depois da suspensão da Linha saúde 24 Sénior, ainda não há novidades sobre a reativação do serviço ou a sua substituição por outro, pois ainda não terminou o concurso para exploração deste serviço.

No final do ano passado foi aberto um concurso para adjudicar a exploração da linha a uma nova empresa, concurso esse que ainda está a decorrer.

O novo contrato só entrará em vigor em maio, após cessar o contrato de dois anos com a empresa que atualmente explora a Linha, em vigor até ao final de abril.

Investigadores alertam
Um inseto originário da América do Norte que chegou acidentalmente à Europa está a consumir e destruir o pinhão e pode ser uma...

Com o nome científico Leptoglossus occidentalis, a praga é também conhecida por “sugador de pinhas” e é um percevejo que consome o pinhão, mesmo quando ainda não está desenvolvido.

A praga provoca a deformação das pinhas e o ressequimento do pinhão, segundo os primeiros resultados de um estudo apresentados hoje no Instituto Superior de Agronomia (ISA), no âmbito de um seminário sobre o tema “O pinheiro manso e o pinhão”.

O estudo começou em 2014 e continua até ao próximo ano, na zona de Coruche, e é coordenado pelo Centro de Estudos Florestais, do ISA.

Ana Farinha, investigadora do Centro, lembrou à Agência Lusa que nos últimos 10 anos houve um grande investimento em Portugal no pinheiro manso e lamentou que a praga surgisse a meio desta florestação, não sendo possível por enquanto quantificar de que forma está a afetar o pinheiro.

Ainda assim admite que possa estar na origem na quebra da produção de pinhão que se verificou nos últimos anos, e, diz, não se pode excluir que ponha em risco o investimento no pinheiro manso.

A falta de certezas de Ana Farinha prende-se com o facto de, explicou, serem muito recentes os estudos sobre o pinheiro manso, havendo nessa área “uma lacuna muito grande”.

Mas um dado é garantido: “o inseto suga o que nós comemos, consegue sugar o miolo do pinhão e mesmo que apenas o danifique já não é comercializável”. E depois, acrescenta, o mais preocupante é que pode estragar uma pinha em início de desenvolvimento (uma pinha demora três anos a desenvolver-se).

O inseto está espalhado por todo o país e foi detetado em Portugal desde 2010, tendo entrado acidentalmente na Europa em 1999.

O pinhão é, lembra o ISA em comunicado, “um dos produtos florestais não lenhosos mais valorizados e caros” no país.

Depois da Espanha, Portugal é atualmente o país com maior área de pinheiro manso (Pinus pinea). Lembra-se ainda no comunicado que a Península Ibérica possui cerca de 75% da área de distribuição mundial do pinheiro manso e que nos últimos 10 anos o povoamento em Portugal aumentou 54%.

Distrito de Faro
Os utentes do distrito de Faro que necessitem de assistência médica na especialidade de Ortopedia podem, agora, ser tratados...

“O Centro Hospitalar do Algarve, em estreita articulação com estas unidades hospitalares [algarvias], providenciará, sempre que necessário, os meios e o apoio indispensável para que os seus utentes sejam devidamente transferidos para as instalações destas unidades de acordo com a escala semanal rotativa”, de acordo com a mesma nota de imprensa.

O compromisso para “colmatar as insuficiências de capacidade assistencial no Centro Hospitalar do Algarve” foi assinado na terça-feira entre os presidentes dos Conselhos de Administração do Centro Hospitalar do Algarve, e dos três Centros Hospitalares da Região de Lisboa e Vale do Tejo.

O ministro da Saúde comprometeu-se em 11 de março, numa deslocação a Faro, a acabar até 31 de maio com as “dificuldades inaceitáveis” que a falta de médicos no Algarve tem provocado na região, assegurando a transferência para outras zonas do país dos doentes em lista de espera “inapropriadas”.

Adalberto Campos Fernandes precisou na altura que “qualquer doente [no Algarve] que esteja em lista de espera inapropriada tem a possibilidade, se assim o desejar, de ser tratado em Lisboa”.

Os hospitais públicos no Algarve sofrem, há vários anos, com a escassez de profissionais da saúde em diversas especialidades.

Essa falta de médicos, entre outros profissionais, fez com que os responsáveis pela Saúde no Algarve tenham mesmo sugerido que se deviam cancelar provas desportivas na região durante o fim de semana, com receio da ocorrência de acidentes que viessem a necessitar de cuidados de médicos ortopedistas inexistentes.

Ana Rita Cavaco
A bastonária dos Enfermeiros garantiu hoje que nunca assistiu a práticas de eutanásia nos hospitais e esclareceu que as suas...

Ana Rita Cavaco sublinhou ainda que “é a falta de enfermeiros que está a pôr em risco a vida dos doentes”.

Falando hoje na Comissão Parlamentar de Saúde a pedido do PS, para prestar esclarecimentos sobre alegada prática de eutanásia no Serviço Nacional de Saúde (SNS), Ana Rita Cavaco lamentou que tenham sido retiradas do contexto algumas frases que disse durante um debate na Rádio Renascença.

Confrontada pelos deputados com as alegadas declarações de que teria assistido a práticas de eutanásia e instada a esclarecer tais afirmações, a bastonária da Ordem dos Enfermeiros (OE) explicou que todas as declarações feitas sobre o assunto se inseriam no tema das discussões que são feitas entre profissionais de saúde nos corredores dos hospitais.

“Creio que a maioria das pessoas não ouviu o debate na íntegra. Estive o tempo todo a fazer referência à discussão que é feita nos corredores dos hospitais. Os profissionais de saúde falam sobre isso”, disse, lamentando que apenas um grupo parlamentar tenha estado presente na cerimónia de tomada de posse [onde abordou o assunto], apesar do convite endereçado a todos.

A bastonária sublinhou que o sentido do seu discurso foi sempre de que é preciso falar sobre o tema e que “este é um assunto que está nos corredores dos hospitais, tem de ser discutido sem preconceitos, com transparência”.

“Eu não estou dizer que as pessoas o fazem, estou a dizer que temos de falar sobre essas situações", disse, referindo ter feito esta exata declaração no seu discurso, que “não foi reproduzida” na peça jornalística que divulgou as suas alegadas e polémicas afirmações sobre eutanásia.

A Ordem dos Enfermeiros já abriu um debate sobre o assunto, conforme tinha anunciado, acrescentou.

Ana Rita Cavaco sublinhou ainda que é a falta de enfermeiros nos serviços de saúde que está a pôr os doentes em perigo e lamentou “não ouvir ninguém sobre esse assunto”.

“São estas a práticas ilegais que se passam nos hospitais, não a eutanásia”, afirmou.

Leiria
O número de pessoas que deram entrada no Centro Hospitalar de Leiria (CHL) vítimas de acidentes rodoviários têm vindo a...

Durante uma palestra no âmbito do Brisa Student Drive Camp foi revelado que no ano passado deram entrada nos vários serviços de urgência 1.996 pessoas, das quais 55% eram do sexo masculino. Em 2014, o hospital registou 1.916 doentes acidentados.

As faixas etárias 15-29 e 30-44 anos correspondem a 53% do total das vítimas que sofreram acidentes rodoviários, acrescentou ainda Ana Filipa Fernandes.

O Brisa Student Drive Camp, que integra o projeto Leiria Capital Jovem da Segurança Rodoviária, levou hoje 50 jovens de todo o país, com idades entre os 14 e os 17 anos, numa visita aos serviços envolvidos no caso de acidente rodoviário, tais como Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), Urgência Pediátrica, Internamento de Pediatria e Serviço de Medicina Física e Reabilitação.

Esta ação visa sensibilizar os jovens para a segurança rodoviária e para a prevenção dos comportamentos de risco na estrada. Neste sentido, foram ainda revelados dados sobre o número de entradas de jovens na Urgência Pediátrica com intoxicação alcoólica aguda.

Em 2014 e 2015, houve registo de 53 jovens, com idades entre os 13 e os 17 anos, dos quais 56,6% são do sexo masculino.

Segundo a pediatra Daniela Silva, sete destes jovens entraram na urgência em coma alcoólico e 19 com uma classificação grave de intoxicação alcoólica aguda.

"As bebidas destiladas são as mais consumidas. Na Urgência Pediátrica do CHL, a prevalência de casos aumentou no ano de 2015 comparativamente ao ano anterior, com aumento significativo da população adolescente do sexo masculino", acrescentou Daniela Silva, salientando que a média de idade dos pacientes foi de 16 anos.

A maioria dos jovens confessou beber, sobretudo, ao fim de semana, com os amigos e em festas, e a bebida de eleição é a vodka.

Daniela Silva frisou que em Portugal "mais de metade dos jovens (57,6%) já experimentou álcool, 26,4% aos 11 anos e 40% aos 12-13 anos".

A pediatra alertou ainda os jovens que o consumo de álcool "está associado a comportamentos de risco e de acidentes", salientando que após a ingestão de bebidas alcoólicas há uma perturbação cognitiva, da consciência e da perceção do risco".

Assim, "o risco de sofrer um acidente de viação aumenta em mais de cinco vezes, aumenta a tendência para a violência e para ideias suicidas". Há também um maior risco de abuso sexual e gravidez não desejada.

O Brisa Student Drive Camp é uma atividade desenvolvida no âmbito da Leiria Capital Jovem da Segurança Rodoviária, que pretende dar a conhecer tudo o que diz respeito ao mundo da condução e dos automóveis, desde a tecnologia à segurança. É uma iniciativa dinamizada em parceria pela Brisa, a Câmara Municipal de Leiria e o Instituto Politécnico de Leiria, e que decorre até 01 de abril.

Estudo científico
Portugal tem estado “silencioso” e não resolve o problema da carência de iodo na alimentação das crianças, denunciou hoje uma...

“As entidades com responsabilidades na matéria têm de fazer alguma”, apelou Conceição Calhau, numa entrevista à agência Lusa no âmbito do primeiro estudo científico sobre os níveis iodo nas crianças portuguesas que é hoje apresentado na Reitoria da Universidade do Porto.

Segundo Conceição Calhau, principal investigadora do estudo, Portugal é “um país que tem estado muito silencioso” sobre o problema do iodo na alimentação dos portugueses. Acrescentou que houve uma política e uma estratégia em 2013 da Direção-Geral da Saúde (DGS), mas que “não resolveu nada”.

"A Direção-Geral da Saúde em 2013 redigiu uma orientação para os médicos obstetras prescreverem um suplemento de iodo durante a gravidez, mas esta solução não resolve o problema, porque seria necessária uma gravidez planeada para começar a tomar o iodo logo no início da gravidez, explicou a especialista.

Quando as grávidas vão ao médico “já estão na oitava ou nova semana de gravidez, já havendo um comprometimento da parte da neurodesenvolvimento" e, por outro lado, só as grávidas que tenham "condições financeiras para comprarem o suplemento que não é comparticipado”, acrescentou.

“Esta orientação em 2013 vem dar o seu cheirinho, o seu arzinho de graça, mas não resolve nada. Além do mais, a DGS comprometeu-se a fazer uma monotorização do impacto desta orientação e pelo que sei não temos nada no terreno a funcionar para avaliar o impacto da orientação”.

Um estudo da Universidade do Porto que analisou 825 crianças portuguesas este ano letivo, e cujos resultados preliminares vão ser hoje apresentados, indica que mais de metade apresenta níveis desadequados de iodo, das quais 31% têm deficiência daquele micronutriente.

“Este trabalho (…) vem reforçar que nada se tem feito no nosso país de forma assertiva de forma a resolver um problema que a Organização Mundial de Saúde já vem a alertar desde o século passado”, conclui Conceição Calhau.

Epidemia
A epidemia de febre-amarela que assola Angola matou praticamente 200 pessoas em quatro meses e só nos últimos dois dias os...

De acordo com o mais recente boletim sobre a evolução da epidemia, do Ministério da Saúde angolano e da Organização Mundial de Saúde (OMS), até 29 de março estavam confirmados laboratorialmente 490 casos de febre-amarela, havendo registo de mais 13 óbitos desde o balanço anterior, há dois dias.

Entre 05 de dezembro e 29 de março, a epidemia da doença - segundo a OMS a pior em 30 anos - provocou a morte de 198 pessoas, entre 1.409 casos suspeitos, contra os 1.311 identificados dois dias antes.

O mesmo boletim, a que a Lusa teve acesso, indica que entre o total de mortes por febre-amarela confirmadas em Angola, 151 foram na província de Luanda, tendo as autoridades de saúde identificado a presença do mosquito transmissor da doença no mercado do "Quilómetro 30", no município de Viana, na capital angolana.

Para travar a epidemia de febre-amarela, o Ministério da Saúde e a OMS lançaram uma campanha de vacinação que até 29 de março já imunizou 5.804.475 pessoas, o equivalente a 88% da população-alvo da capital angolana. A campanha, segundo a OMS, será agora alargada a outras cinco províncias com risco de transmissão local da doença.

O lixo acumulado nas ruas, falta de saneamento, dificuldades dos hospitais com falta de medicamentos devido à crise financeira generalizada no país e as fortes chuvas que se têm feito sentir, nomeadamente em Luanda, ajudam a explicar a rápida propagação da doença desde dezembro.

O ministro da Saúde de Angola, Luís Gomes Sambo, afirmou na última quinta-feira que Luanda vive epidemias de malária grave e febre-amarela que estão a deixar os hospitais sem capacidade de resposta, mas afastou declarar a situação de emergência na capital.

O governante anunciou a disponibilização de uma dotação adicional de mais de 30 milhões de dólares (26,8 milhões de euros) para a compra de vacinas, medicamentos e outro material médico para combater as duas epidemias que afetam a capital, verba que ainda será reforçada.

"Registámos desde o início deste ano, aqui na província de Luanda, uma epidemia de paludismo [malária] grave que tem, juntamente com a febre-amarela, aumentado a procura por parte dos utentes das unidades de saúde", apontou Luís Gomes Sambo.

Só a epidemia de malária já terá afetado cerca de 500.000 pessoas em Luanda nas últimas semanas, sendo a doença a principal causa de morte em Angola.

Angola vive uma profunda crise económica e financeira devido à quebra das receitas fiscais com a exportação de petróleo, o que levou o Estado a cortar nos gastos. Nos últimos dias multiplicaram-se donativos de empresários e população aos hospitais de Luanda, sem consumíveis e alimentos.

"A situação é controlável, os meios de controlo estão a chegar, já foram mobilizados. O engajamento do Governo é suficiente para controlar a situação, até este momento, e portanto não vemos a necessidade de declarar o estado de emergência, esta é uma questão de momento", disse ainda.

Já esta terça-feira, o ministro anunciou uma dotação excecional para contratar, nos próximos dias, cerca de 2.000 médicos e paramédicos angolanos recentemente formados no país e no estrangeiro para reforçar a capacidade de combate dos hospitais às epidemias que assolam sobretudo Luanda, província com quase sete milhões de habitantes.

Organização Mundial de Saúde
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje que a epidemia do vírus Ébola na África ocidental deixou de ser uma situação...

"A epidemia de Ébola na África ocidental já não representa uma emergência de saúde pública de alcance internacional", declarou a diretora da OMS, Margaret Chan, numa conferência de imprensa em Genebra.

A epidemia de Ébola que surgiu em 2013, o mais mortal dos surtos da doença tropical, foi declarada emergência internacional em agosto de 2014 e fez, até finais de 2015, mais de 11.300 mortos, a maioria na Guiné-Conacri, na Libéria e na Costa do Marfim, em cerca de 28.000 casos registados.

Chan sublinhou que esses três países da África ocidental continuam vulneráveis a um ressurgimento do vírus, como é o caso do que se está a registar na Guiné-Conacri, onde há vários casos em observação e cinco pessoas já morreram.

O risco de alastramento internacional é agora baixo, e os países têm atualmente capacidade para responder rapidamente a novas emergências do vírus”, disse a dirigente da agência especializada das Nações Unidas para a Saúde Pública.

A responsável alertou ainda para os perigos de complacência em relação ao vírus, que continua “no ecossistema” na África ocidental, e insistiu em que a vigilância é fundamental, incluindo resposta rápida a novos casos.

“Particularmente importante será garantir que as comunidades podem rápida e totalmente participar em qualquer resposta futura e que futuros casos são rapidamente isolados e tratados”, acrescentou Margaret Chan.

7 de abril – Dia Mundial da Saúde
Por ocasião do Dia Mundial da Saúde, que se assinala a 7 de abril, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia deixa um alerta: há...

1) Perda súbita da acuidade visual – Começar a ver de forma “enevoada” ou perder capacidade de visão subitamente poderá comprometer irreversivelmente a visão, constituindo uma das causas mais importantes de urgência em oftalmologia. “Nestas situações, alguns dos passos mais relevantes do exame oftalmológico são o despiste de oclusão vascular retiniana, descolamento de retina, neuropatia ótica e perda da transparência dos meios, como é o caso do hemovítreo. Para este grupo de patologias, a coexistência de doenças sistémicas poderá ser particularmente relevante”, explica Rita Flores, secretária geral da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO). “Nos casos em que existe perda gradual da acuidade visual, a observação atempada em consulta está indicada, sendo que doenças como a catarata, o glaucoma ou doença retiniana crónica devem ser excluídos”, acrescenta a especialista

2) Olho vermelho – Caso a situação seja aguda deverá merecer especial atenção, “uma vez que pode ser a forma de apresentação de inúmeras patologias oculares, desde afeções das pálpebras e anexos, conjuntiva, córnea, inflamações intraoculares ou glaucoma agudo, este último associado a dor ocular e a baixa da acuidade visual”, refere Rita Flores. A associação frequente de olho vermelho crónico, prurido e ardor são frequentemente atribuídas ao olho seco e à alergia ocular.

3) Dor ocular - É um sintoma que frequentemente motiva a observação oftalmológica, sendo a sua caraterização, quanto à localização, intensidade e sintomatologia acompanhante, essencial para o diagnóstico. “A dor mais intensa poderá corresponder a maior gravidade do quadro, como por exemplo uveíte, glaucoma agudo ou lesão da córnea”, alerta a oftalmologista.

4) Traumatismo ocular – Os ferimentos nos olhos carecem de observação por um especialista “sempre que existir perda da acuidade visual, dor moderada a intensa, suspeita de perfuração do globo ocular ou corpo estranho intraocular”, afirma a secretária geral da SPO. “Após existir um contacto com produto químico, a irrigação ocular abundante e imediata influencia significativamente o prognóstico, e posteriormente a observação da superfície ocular permite a exclusão de lesões que possam comprometer a função visual”, conclui.

A SPO lembra ainda que em benefício da saúde ocular, qualquer sintoma agudo ou persistente inexplicado deve motivar a procura de um oftalmologista para esclarecimento e encaminhamento adequado da situação.

Apoiado pela Gulbenkian
Até 50 cientistas em início de carreira vão receber bolsas de 650 mil euros ao abrigo de um programa internacional apoiado pela...

O programa internacional, que se destina a investigadores de topo em início de carreira em vários campos da investigação biomédica, é uma iniciativa do Howard Hughes Medical Institute (HHMI) e tem o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, da Fundação Bill & Melinda Gates e do Wellcome Trust.

"Estamos muito satisfeitos que se juntem a nós nesta iniciativa a Bill & Melinda Gates Foundation, o Wellcome Trust e a Fundação Calouste Gulbenkian", disse o presidente do HHMI, Robert Tjian, citado num comunicado da Gulbenkian.

"Cada uma destas organizações partilha o compromisso de construir capacidade científica internacional, identificando e apoiando cientistas de excelência em início de carreira que têm o potencial de se tornarem líderes científicos", acrescentou.

A cada um dos 50 cientistas selecionados será atribuída uma bolsa de 650 mil dólares, ao longo de cinco anos.

As candidaturas são abertas a cientistas que tenham feito formação nos Estados Unidos ou no Reino Unido durante pelo menos um ano.

Os cientistas só serão elegíveis se tiverem os seus laboratórios há menos de sete anos em países que não façam parte do G7 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos) e que não sejam alvo de sanções por parte dos EUA.

Os cientistas a trabalhar em Portugal são elegíveis neste concurso, cujas candidaturas devem ser apresentadas até 30 de junho, sendo os finalistas anunciados em abril de 2017.

"Uma das nossas áreas estatutárias diz respeito à Ciência e à disseminação do conhecimento científico. Em parte, alcançamos este objetivo contribuindo para o desenvolvimento de jovens cientistas promissores, com um potencial extraordinário para melhorar a condição da humanidade, através de descobertas nas ciências básicas, favorecendo a saúde e melhorando a qualidade de vida", disse José Neves Adelino, administrador da Fundação Calouste Gulbenkian que também preside à Comissão de Gestão do Instituto Gulbenkian de Ciência.

Com sede em Chevy Chase, Maryland, EUA, o Howard Hughes Medical Institute é o maior financiador privado de investigação biomédica nos Estados Unidos.

Em 2012, a instituição selecionou um primeiro grupo de 28 cientistas em início de carreira que representavam 12 países e que foram escolhidos entre 760 candidatos.

Neste grupo contam-se cinco investigadores a trabalhar em Portugal: Karina B. Xavier e Miguel Godinho Ferreira do Instituto Gulbenkian de Ciência, Luísa M. Figueiredo do Instituto de Medicina Molecular, Megan R. Carey e Rui M. Costa do Centro de Investigação para o Desconhecido da Fundação Champalimaud.

O português Pedro Carvalho, a trabalhar no Centro para a Regulação Genómica, em Barcelona, também foi selecionado.

Distúrbio gastrointestinal
Cólicas, dor abdominal, obstipação ou diarreia são os principais sintomas da Síndrome do Cólon Irrit

É uma das afecções mais comuns do tubo digestivo e uma das principais causas de consulta, quer junto dos médicos de família, quer junto dos especialistas. A Síndrome do Cólon Irritável, também conhecida por intestino irritável ou espástico, é uma doença crónica que afeta o intestino, apresentando sintomas ao nível do cólon.

Embora seja mais frequente nas mulheres, não se sabe ao certo o que a pode provocar. Admite-se, no entanto, que ela possa resultar de uma combinação de problemas físicos e mentais.

Especialistas referem haver uma maior sensibilidade da inervação do intestino à distensão da sua parede por gases, fezes, alimentos ou medicamentos que condiciona o aparecimento dos sintomas.

Quer isto dizer que há uma excessiva irritabilidade dos mecanismos nervosos locais, ao nível do cólon, que leva a alterações do trânsito intestinal, ao desconforto e à dor, mediantes a presença de determinados estímulos.

Ansiedade ou depressão (um estudo demonstrou que 85 por cento dos doentes haviam passado por alguma tensão emocional antes de surgirem os sintomas), fatores genéticos, sensibilidade a alguns alimentos, alterações da mobilidade intestinal ou hipersensibilidade intestinal são algumas das causas possíveis.

Os sintomas mais comuns são a dor ou desconforto abdominal, diarreia e obstipação.

De acordo com os especialistas, estes sintomas ocorrem, com frequência, após as refeições graças ao refluxo gastrocólico (aumento do movimento do conteúdo intestinal em resposta à entrada dos alimentos no estômago).

Também a dor abdominal pode-se agravar depois da ingestão de alimentos e alivia com a defecação ou emissão de gases. Esta dor atinge a parte inferior do abdómen e surge associada a alterações da consistência ou da frequência das fezes – diarreia (três ou mais vezes por dia) ou obstipação (com três ou menos evacuações por semana de fezes duras).

A esta Síndrome podem ainda estar associados sintomas como a sensação de evacuação incompleta, presença de muco nas fezes e flatulência.

Falta de apetite, náuseas, vómitos ocasionais, dores de cabeça e debilidade geral são consequências diretas.

Sendo uma doença sem cura, o tratamento visa apenas o alívio ou eliminação dos sintomas, e difere de pessoa para pessoa.

De um modo geral, é necessário algum cuidado com a alimentação privilegiando alimentos pobres em gorduras e ricos em hidratos de carbono e fibras, como a massa, arroz, cereais, frutas e vegetais.

Alimentos ricos em gorduras, leite e seus derivados, café, álcool, doces e comida bastante condimentada devem-se evitar.

Reduzir o stress no dia-a-dia, quer nível pessoal ou profissional, e praticar exercício físico é altamente aconselhado.

Quanto à terapêutica medicamentosa, cabe ao médico assistente aconselhar a que melhor se adequa a cada caso.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Conheça as causas e sintomas
A doença hemorroidária é uma patologia anorretal muito frequente atingindo até 50% da população, pel
Ilustração de hemorróidas

Causas da Doença Hemorroidária

A doença hemorroidária resulta da dilatação das veias da linha do canal anal, havendo quem a designe como “almofada retal”. A sua causa mais frequente é a obstipação, mas, qualquer obstrução das veias do plexus hemorroidário, que se enche de sangue quando o esfíncter interno relaxa e se esvazia quando ele contrai causa a sua hipertrofia. A contratura persistente, geralmente por obstipação, causa prolapso e as veias tornam-se dilatadas, é a estes prolapsos que se designam hemorroidas.

Consideram-se 2 tipos de hemorroidas: internas e externas. As internas não são sentidas fora do corpo embora apresentem sintomas típicos e as externas formam protuberância fora do reto podendo retroceder espontaneamente, podendo contudo manter-se prolapsadas.

Sinais e Sintomas da Doença Hemorroidária

Os sintomas incluem dor e desconforto ao defecar como resultado do inchaço da área retal e do ânus, agravando após a defecação. Os sintomas dos 2 tipos de doença hemorroidária incluem:

  • Sangramento quando da defecação em que o sangue pode apenas sujar o papel e o toilete, espalhar-se nas fezes ou, se for abundante, espalhar-se pelo toilete. O sangue é vermelho e brilhante;
  • Roupas sujas de fezes;
  • Eliminação de muco;
  • Prurido e sensação de queimadura anal;
  • Sensação de que os intestinos estão cheios após defecação;
  • Prolapso;
  • Dor, geralmente muito intensa ao defecar. A dor pode fazer com que o doente evite defecar conduzindo a um ciclo vicioso de obstipação e aumento da dor. As hemorroidas externas podem trombosar e a dor pode ser sinal desta situação;
  • Pode ser doloroso sentar-se normalmente.

Podem ainda surgir outras queixas, tais como prurido, ardor, inflamação, incontinência fecal.

Aconselhamento ao doente

O aconselhamento passa por medidas de prevenção e medidas que acompanham o tratamento da doença hemorroidária instituída.

Medidas preventivas da Doença Hemorroidária

Na prevenção inclui-se os bons hábitos intestinais prevenindo a obstipação através da alimentação, ingestão de líquidos e a atividade física. Também é fundamental a criação de hábitos defecatórios que são detalhados no capítulo da Obstipação.

Medidas adjuvantes do tratamento

Uma boa higiene com lavagem retal após cada defecação; na existência de prolapso, este pode ser introduzido no reto usando toalhetes ou compressas. Há pessoas que sentem algum conforto com “banhos de assento” quentes 2 vezes ao dia.

Considera-se também adjuvante do tratamento as medidas apresentadas como preventivas de bons hábitos alimentares e de defecação.

Aconselhamento sobre o tratamento da Doença Hemorroidária

A terapêutica é essencialmente tópica e efetuada através da aplicação de creme/pomada na região anorretal devendo obedecer aos cuidados seguintes:

  • O doente deve ser informado sobre a forma correta de aplicar o creme quer externa quer internamente com a cânula;
  • Antes de aplicar o creme, a região deve ser lavada com água e sabão neutro, de preferência;
  • Aplicar o creme na região anorretal após defecação, para obter melhores resultados;
  • O creme deve ser aplicado várias vezes ao dia, com uma ligeira massagem na região anorretal;
  • Os medicamentos de uso externo não devem ser introduzidos no reto;
  • Preferir cremes a supositórios por serem mais seguros;
  • Se sentir desconforto intenso após aplicação do creme pode estar a fazer alergia e não deve voltar a aplica-lo. Pode substituir por outro com a mesma finalidade e com composição diferente, nesse caso informe o farmacêutico sobre o medicamento que lhe deu desconforto;
  • Os cremes com vasoconstritores não devem ser recomendados a doentes com: diabetes, hipertensão, doença cardíaca, hipertiroidismo, dificuldades em urinar;
  • Se houver agravamento ou surgirem novos sintomas, o doente deve consultar o médico. 

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Saiba quais são
A diarreia é um sintoma cuja definição varia.
Silhueta de homem com dor abdominal

A diferença na sintomatologia permite diagnóstico diferencial. Para poder ser tratada com Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) deve ser aguda na maioria das vezes, provocada por alterações dietéticas ou infeções bacterianas ou víricas e, de um modo geral, são situações autolimitadas com duração de 2-3 dias. Na diarreia, o adulto pode perder mais de 300 g/24 h.

Frequentemente, a diarreia cursa associada a mal estar abdominal, vómitos e náuseas.

Causas da Diarreia

Existem diversas causas para uma diarreia aguda, algumas das quais autolimitadas, assinaladas na tabela 1.

Tabela 1 – Principais causas de diarreia 


AINE – anti-inflamatórios não esteroides

Algumas bactérias (ex.: E. coli; Staphylococcus aureus) produzem toxinas que aumentam a secreção de fluido intestinal, volumes que não conseguem ser reabsorvidos e que ocasionam a diarreia aquosa quase sem febre e sem outros sintomas. Outras bactérias (ex.: E. coli, Salmonella sp. e Shigella sp.) são invasivas da mucosa intestinal provocando um processo inflamatório com diarreia menos aquosa que a anterior, mas acompanhada de náuseas, vómitos, cãibras e por vezes febre ligeira.

As diarreias víricas, frequentes em bebés e crianças, são aquosas e podem ser induzidas por Rotavirus e Parvovirus.

As parasitoses intestinais podem também estar na etiologia da diarreia, estando neste caso a Giardia lamblia e a Entamoeba histolytica.

Pode ainda haver diarreia crónica, quando prolongada e estando associada a patologias como a doença inflamatória intestinal.

Diarreia nos Bebés e Crianças

Os biberons mal esterilizados podem ocasionar diarreia pelo que os pais devem ser avisados desta circunstância. Também, a diluição inadequada do leite, com excesso de pó em relação ao recomendado e a intolerância à lactose são outras causas de diarreia, sendo de preferir leites sem lactose. Estes 2 últimos casos ocasionam diarreia osmótica.

Diarreia por Medicamentos

Determinados medicamentos são capazes de ocasionar diarreia por diversos mecanismos. Os antibióticos de largo espetro induzem frequentemente diarreia por alteração do equilíbrio da flora intestinal, alguns anti-hipertensores como a guanetidina (em desuso) também podem induzir diarreia, os sais de ferro, anti-inflamatórios não esteroides e a digoxina, quando em níveis tóxicos, constituem também substâncias capazes de induzir diarreia.

Diarreia do Viajante

Este termo atribui-se à diarreia que ocorre em indivíduos que viajaram para regiões com menos condições higiénicas do que a dos países originais. Estima-se que ocorra entre 30-80% de todos os viajantes, sendo que até 60% dos casos não se identifica o agente patogénico. Nas restantes situações, admite-se que 40-75%, são diarreias ocasionadas pela E. coli produtora de toxina, até 15%  provocadas por E. coli e Shigella enterohemorrágicas, em 10% por Salmonella e em 10% por Campylobacter jejuni. Estas situações são mais comuns em viajantes em Africa e América Central. Infeções por vírus como o rotavírus e vírus Norwalk, protozoários e helmintas surgem em cerca de 10% dos casos totais de diarreia. Relativamente à diarreia por protozoários, destaca-se a causada por Entamoeba histolytica e Giardia lamblia (Europa de ex-Leste).

Os sintomas são de início brusco, geralmente de curta duração, de 4-7 dias, começando no início da viagem embora possa ocorrer mais tardiamente. Ocasionalmente, a situação pode ser grave, prolongada ou recorrente. As diarreias mais graves são a cólera, febre tifoide e infeções parasitárias, contraídas em regiões tropicais e subtropicais, podendo ocorrer em 15% dos viajantes, uma diarreia sanguinolenta (disenteria).

Consequências da Diarreia

Em condições normais, as fezes possuem 60-75% de água perdendo-se 70-200 mL diariamente, enquanto na diarreia a perda de água pode ser 4 vezes superior. Juntamente com a água, com a diarreia perdem-se sais minerais como o sódio e potássio e valências alcalinas ocasionando abaixamento do pH sanguíneo. A perda de água agrava-se quando a diarreia se acompanha de vómitos.

Indivíduos com Risco Aumentado

Os bebés e crianças, quando perdem um teor elevado de água possuem um risco elevado de desidratação, o que pode ocorrer subitamente. Os idosos são particularmente sensíveis ao efeito de perda de água e eletrólitos, particularmente se medicados com diuréticos, ou com redução da ingestão de fluidos e alimentos. A perda de água e sódio pode estimular a secreção de aldosterona com perda excessiva de potássio e hipocaliemia. A desidratação pode precipitar insuficiência renal por redução do fluxo sanguíneo na artéria renal.

Sintomas Associados à Diarreia

Dor abdominal

É habitual um desconforto abdominal com dor aguda, cãibra abdominal e espasmos dos músculos abdominais sem significado especial. Quando a dor é grave, o doente deve ser referenciado ao médico. A dor deve ser diferenciada da dor da apendicite aguda, sendo esta contínua, intensa na parte direita do abdómen com rigidez e que acorda o doente à noite. Dor ou rigidez do lado esquerdo acompanhada de diarreia ou episódios alternados de diarreia e obstipação pode ser sinal de diverticulose.

Vómitos 

Estão presentes na gastrenterite infeciosa vírica ou bacteriana e surgem algum tempo após ingestão de alimentos. A presença de diarreia e vómitos associados aumenta o risco de desidratação, particularmente nos doentes mais sensíveis. Os bebés devem ser observados pelo médico de imediato e as crianças e idosos devem sê-lo ao fim de 48 horas, no máximo, caso a sintomatologia se mantenha.

Perda de peso

Diarreia acompanhada de perda importante de peso em algumas semanas deve ser referenciada ao médico.

Fezes com sangue ou pus

Quando misturados na massa fecal, o sangue ou pus  obrigam a referenciar o doente ao médico. Podem significar doença inflamatória intestinal ou cancro do colon. O sangue superficial e ocasional pode estar relacionado com doença hemorroidária e o muco pode ser sinal de doença inflamatória.

Dispareunia (dor durante a relação sexual)

Pode acompanhar a diarreia na mulher com doença inflamatória intestinal, pelo que se surgir, a doente deve ser observada pelo médico.

Febre

Sugere infeção.

Obstipação alternada com diarreia

Pode indicar síndroma do intestino irritável e o doente deve ser referenciado ao médico.

Sinais de Desidratação

Os primeiros sinais de desidratação obrigam a referenciar o doente ao médico, embora possam ser de difícil identificação, pelo que na dúvida, o doente deve ser referenciado ao médico.

Adulto

Surge precocemente uma sede aumentada e boca seca. Surge ainda letargia, confusão, taquicardia, frio, perda de elasticidade cutânea, retração das órbitas oculares.

Bebés e crianças

São sinais de desidratação, a redução do estado de alerta, pele seca, olhos e fontanela encovados, língua seca, sonolência, redução do débito urinário. Bebés com menos de 3 meses devem ser referenciados de imediato ao médico aos primeiros sinais de diarreia.

Avaliação dos Sintomas

Os parâmetros a avaliar num doente com diarreia são: tipo, gravidade, duração e fatores relacionados com o início dos sintomas.

A gravidade é avaliada em função da frequência de dejeções, volume, duração da diarreia bem como pelos sintomas adicionais. Quanto à duração, geralmente a diarreia autolimitada pode durar entre 12 h a 3 ou 5 dias, devendo o doente, ser dirigido ao médico se neste período de tempo não se resolver. No caso de bebés, crianças e idosos, a observação médica deve ocorrer mais precocemente.

A presença de diarreia noturna frequente, episódios frequentes ou recorrentes ou que permaneça por semanas deve ser sujeita a avaliação médica por poder relacionar-se com doenças inflamatórias intestinais ou síndroma de intestino irritável.

Quanto a fatores relacionados com o início da diarreia, é fundamental tentar saber o que o doente reporta por permitir suspeitar da sua causa (tabela 2).

Tabela 2 – Correlação entre o início dos sintomas e causas da diarreia.

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OMS diz
A Organização Mundial da Saúde apelou a regulação mais rígida nas vacinas comercializadas na China, após as autoridades...

O caso envolve o armazenamento sem condições, transporte e venda ilegal de vacinas - muitas fora de prazo - avaliadas em 570 milhões de yuan (78 milhões de euros), segundo a imprensa estatal.

"As vacinas comercializadas pelo setor privado precisam de ser geridas, armazenadas, manuseadas, distribuídas e usadas de acordo com normas reconhecidas", afirmou um especialista da Organização Mundial da Saúde (OMS) em vacinação, Lance Rodewald, em comunicado.

"Isto é uma situação muito grave e que está a ser levada seriamente (…) Queremos identificar as raízes do problema de forma a encontrar soluções", disse.

Na China, vacinas obrigatórias, como contra a poliomielite, sarampo e hepatite B são fornecidas pelo serviço nacional de saúde, enquanto outras adicionais, incluído contra a meningite, gripe ou rotavírus podem ser adquiridas no setor privado.

O sistema público de vacinação é "fundamentalmente seguro" na China, afirmou Rodewald, acrescentando que as vacinas fora de prazo vendidas no setor privado não constituem uma ameaça para as crianças que as receberam.

"Os pais devem sentir-se melhor ao saber que os seus filhos não terão uma reação tóxica (…), mas algumas crianças talvez precisem de ser revacinadas", afirmou.

Mais de 130 suspeitos foram detidos na sequência do último escândalo relacionado com a saúde e segurança na China, onde 300 mil crianças adoeceram e seis morreram em 2008 com leite em pó contaminado com melamina.

Estudo
Um estudo da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, estima que o uso recorrente das redes...

Um novo estudo publicado no Journal of Social and Clinical Psychology descobriu que a comparação diária (que cada um de nós faz) da nossa vida com as vidas fabulosas dos nossos amigos nas redes sociais pode aumentar os sintomas depressivos. Portanto, está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se: as redes sociais só mostram uma realidade.

Investigadores da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh fizeram um estudo em 1787 jovens – com idades entre os 19 e os 32 anos – e concluíram que nos casos de utilização recorrente das redes sociais os riscos de depressão são superiores, em comparação com as pessoas que usam as redes com pouca frequência, escreve o Sapo.

Por outro lado, dedicar muito tempo ao Facebook ou Twitter poderá agravar a doença nas pessoas já diagnosticadas com o problema.

Para além do Facebook e Twitter, os investigadores avaliaram outras plataformas como o YouTube, Linkedin, Instagram, Google Plus, Snapchat, Reddit, Tumblr, Pinterest e Vine.

Os investigadores concluíram que, em média, os jovens dedicam 61 minutos por dia a uma ou mais redes sociais. Todas as semanas, acedem às suas contas, em média, 30 vezes.

Um em cada quatro participantes no estudo mostraram risco elevado de desenvolver depressão, sendo que quanto maior o risco, maior é a procura daqueles espaços virtuais.

O estudo norte-americano teve em consideração a idade, mas também o género, etnia, nível financeiro, formação académica, entre outros fatores.

"É possível que as pessoas que já estão deprimidas utilizem as redes sociais, na tentativa de preencher um vazio", salienta Lui Yi Lin, coautor do estudo e investigador daquela universidade, citado pela imprensa internacional.

Projeções indicam
O envelhecimento da população mundial está a acelerar a um ritmo sem precedentes. Em 2050, 17% dos habitantes do planeta Terra...

De acordo com as projeções do Census Bureau dos Estados Unidos, os idosos serão mais de 1,6 mil milhões, contra os atuais 617 milhões, em 2050, escreve o Sapo.

"Cresce rapidamente a proporção de idosos na população mundial", conclui Richard Hodes, diretor do Instituto Americano sobre Envelhecimento, citado pela agência de notícias France Presse.

"As pessoas estão a viver mais, mas não são necessariamente mais saudáveis (...) e o envelhecimento da população representa vários desafios de saúde pública para os quais temos de estar preparados", acrescenta o referido instituto em comunicado.

"Estamos a analisar o envelhecimento em todos os países do mundo", disse John Haaga, diretor do Instituto Nacional sobre Envelhecimento. "Há uma série de países da Europa e Ásia que estão mais avançados neste processo ou têm uma taxa de envelhecimento mais rápida do que os Estados Unidos", lê-se na nota.

Estima-se que nos Estados Unidos, as pessoas com mais de 65 anos vão representar o dobro nas próximos três décadas, ou seja 88 milhões em 2050.

O relatório conclui ainda que o número de pessoas com mais de 80 anos vai triplicar entre 2015 e 2050, atingindo os 446,6 milhões, contra os 126,4 milhões em 2015.

A esperança média de vida também vai aumentar em 2050, subindo da média atual de 68,6 anos para os 76,2 anos.

Entre os idosos, as doenças não transmissíveis, como o cancro e Alzheimer representam uma verdadeira dor de cabeça para a saúde pública.

Atualmente existem 7,3 mil milhões de pessoas no mundo, valor que deve subir para 10 mil milhões em 2050, de acordo com uma análise do Instituto Francês de Estudos Demográficos (INED).

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