Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou em Coimbra que "tem que haver" uma melhor parceria entre...

O membro do executivo socialista recordou que tem feito "um esforço muito grande", juntamente com o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, para que "haja um grande entrosamento entre assistência, ensino e investigação".

A relação entre "universidades, laboratórios associados, a iniciativa da investigação dos diversos grupos que existem no país e as ‘startups’ são fundamentais para que a própria assistência seja qualificada", sublinhou Adalberto Campos Fernandes, que falava aos jornalistas à margem de uma visita a empresas tecnológicas da área da saúde em Coimbra.

Para o ministro da Saúde, é importante "integrar, cooperar e desenvolver, usando-se os meios que o país dispõe", que são "bastante positivos", quer ao nível da assistência, quer ao nível do conhecimento e da ciência.

Como exemplo dessa parceria, Adalberto Campos Fernandes apontou para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), com uma "afiliação funcional" com empresas da área da saúde, referindo que se passa o mesmo em outros pontos do país.

Segundo o ministro, é preciso "pôr os portugueses a trabalhar em conjunto e a pensar no país em conjunto", em vez de se criarem "barreiras administrativas e burocráticas que não são úteis".

Adalberto Campos Fernandes visitou em Coimbra várias empresas de base tecnológica que operam no setor da saúde, presentes na incubadora Instituto Pedro Nunes (IPN).

Instituto Nacional de Estatística
A despesa das famílias com a saúde aumentou 2,7% em 2014, devido principalmente ao aumento de gastos com privados, segundo...

Os dados da Conta Satélite da Saúde do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que “em 2014, a despesa corrente das famílias cresceu 2,7% devido, principalmente, ao aumento da despesa em hospitais privados (10,3%), em outras vendas de bens médicos (7,1%) e em prestadores privados de cuidados em ambulatório (2,1%)”.

“Em 2013 e 2014, em média, 89,6% da despesa corrente em saúde das famílias centrou-se no financiamento em prestadores privados de cuidados de saúde em ambulatório, em farmácias, em hospitais privados e em todas as outras vendas de bens médicos”, especifica o INE.

Em 2014, e face ao período de 2000 a 2003, destacou-se o aumento do peso relativo da despesa em hospitais privados (mais 7 pontos percentuais) e em prestadores privados de cuidados em ambulatório (mais 5,7 pontos percentuais).

Em sentido inverso, observou-se uma diminuição do peso da despesa das famílias em farmácias (menos 10,7 pontos percentuais).

No âmbito dos prestadores de cuidados de saúde, em 2013 e 2014, ao nível dos principais prestadores, registou-se a diminuição da importância relativa da despesa em hospitais públicos (32,0% em 2013 e 31,3% em 2014) e em farmácias (15,5% em 2013 e 15,3% em 2014).

Por outro lado, registou-se um aumento do peso da despesa em prestadores privados de cuidados de saúde em ambulatório (19,4% em 2013 e 19,5% em 2014), em hospitais privados (10,2% em 2013 e 10,7% em 2014), em prestadores privados de cuidados auxiliares (4,2% em 2013 e 4,3% em 2014) e em todas as outras vendas de bens médicos (4,1% em 2013 e 4,2% em 2014).

Os dados da Conta Satélite da Saúde do INE indicam ainda que globalmente a despesa corrente em saúde aumentou 2% em 2015, sendo que o peso deste crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) foi o mais baixo desde 2003, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.

Os dados da Conta Satélite da Saúde do INE mostram que a despesa corrente em saúde aumentou 2% no ano passado, ainda assim, uma taxa de crescimento inferior à do PIB (3,4%).

No entanto, o peso relativo da despesa corrente em saúde no PIB continua a diminuir, representando 8,9% em 2015, o valor mais baixo desde 2003.

O INE revela ainda que já em 2014 se tinha verificado um aumento da despesa corrente em saúde de 0,7%, invertendo a tendência de decréscimo que se registava desde 2011.

“Em 2013, a despesa corrente em saúde diminuiu 1,7%, atingindo 15.476,7 milhões de euros, correspondendo a 9,1% do PIB e a 1.479,99 euros per capita”, indica o INE.

A partir desse ano, a despesa corrente em saúde inverteu a tendência de decréscimo que se registava desde 2011, tendo aumentado 0,7% em 2014, fixando-se em 15.582,7 milhões de euros (9% do PIB e 1.498,18 euros por pessoa).

O aumento de 2% da despesa corrente em saúde verificado em 2015, traduz-se num total de 15.887,7 milhões de euros (8,9% do PIB e 1.533,85 euros por pessoa).

“Em 2014 e 2015, a importância relativa da despesa corrente pública face à despesa privada voltou a baixar (66,2% em 2014 e 66% em 2015)”, acrescenta o INE.

Portal do Serviço Nacional de Saúde
Esta cirurgia é a que mais ultrapassa o que está na lei. Évora tem o pior tempo: 833 dias. Em urologia espera-se 300 dias.

Um doente com obesidade e que está na lista de espera para uma cirurgia pode ter de esperar mais de dois anos para receber tratamento. Segundo os dados disponíveis no Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), relativos a abril, o Hospital de Évora é o que apresenta o pior tempo de espera para os doentes de prioridade normal: 833 dias, quando o tempo máximo de resposta garantido (TMRG) é de 270 dias. Também na urologia há quem espere mais de 300 dias por uma operação, escreve o Diário de Notícias.

Os TMRG definem que os doentes considerados muito prioritários têm de ser operados em 15 dias, os prioritários em 60 dias e os restantes em 270 dias. São, porém, mais apertados para os doentes oncológicos. No caso dos muito prioritários são igualmente 15 dias, mas nos prioritários a resposta tem de ser dada em 45 dias e nos outros em 60 dias.

No caso da obesidade, outros hospitais do SNS apresentam tempos acima do aceitável, muito superiores a um ano de espera, o que torna esta especialidade uma das que tem pior resposta. Exemplos negativos são o Centro Hospitalar (CH) de Vila Nova de Gaia/Espinho com 566 dias, Faro com 412 dias, CH Douro e Vouga com 353 dias. Já o CH do Porto tem 312 dias na prioridade normal e 167 dias para os doentes prioritários.

É Évora que sobressai pela longa espera. "A origem do problema está no facto de haver apenas uma equipa multidisciplinar - a única em todo o Alentejo - que não consegue dar resposta a todas as situações. São casos complexos, operações que demoram muito tempo. Estamos a tentar que o cirurgião comece a formar alguns colegas para criar mais equipas, mas formar demora tempo. Tentamos responder às situações mais complexas", explicou ao DN José Robalo, presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo.

Carlos Oliveira, presidente da Associação dos doentes obesos ADEXO, lembra o fim do programa de combate à lista de espera que operou 6 mil doentes em dois anos. "Já se percebeu que operações dentro do programa normal dos hospitais não funciona. Compete ao ministério [da Saúde] alterar a situação para que as cirurgias tenham alguma prioridade. Estes doentes estão a gastar mais dinheiro ao SNS, não sendo operados, a tratar problemas cardíacos e respiratórios. Estimamos que este ano se gastem mais de 600 milhões euros no tratamento de doenças associadas à obesidade."

Também na urologia há hospitais que excedem em muito o TMRG na prioridade normal, como o CH Algarve com 552 dias, CH Baixo Vouga com 331 dias e hospital de Évora com 319 dias de espera. Os doentes oncológicos com prioridade normal também estão a esperar muito nos CH de Tondela-Viseu (163 dias) e de Setúbal (235 dias). No CH Lisboa Central os doentes prioritários esperam 30 dias.

"Genericamente temos urologistas e serviços mais que suficientes, dentro dos padrões da média europeia. Às vezes há má organização dos serviços e dos hospitais e temos de perguntar se os tempos operatórios são suficientes. O problema de lista de espera é, em boa parte, um problema de gestão interna e da rede hospitalar. Os doentes têm a opção da escolha e há doentes que não querem usar o vale cirurgia porque têm confiança no seu médico", aponta Avelino Fraga, presidente do colégio de urologia da Ordem dos Médicos, referindo que o caso dos doentes oncológicos é diferente.

Peritos alertam
Dormir sem roupa interior pode causar desconforto na perspetiva de algumas mulheres, mas a ausência de cuecas vai ajudar a...

Lavar os dentes, tirar a maquilhagem e pôr-se à vontade em roupa confortável, eis a rotina de muitas mulheres na hora de deitar.

Nancy Herta, especialista de ginecologia e obstetrícia da Michigan State University, sublinhou ao Glamour que “mesmo que dormir sem roupa não faça o seu estilo”, não deve usar cuecas se tiver propensão para problemas vaginais, escreve o Diário Digital.

“Entre corrimentos e suor, as coisas tendem a ficar um pouco húmidas ‘lá em baixo’, e a roupa interior pode encurralar essa humidade, criando um terreno fértil para a propagação de bactérias nocivas”, explicou, citada pela AP.

“Permitir que essa zona [do corpo] apanhe algum ar ajuda a manter [a vagina] seca e limpa”, acrescentou.

Portanto, em vez de cuecas ou pijamas muito justos, elas devem optar por ou não usar nada (idealmente), ou escolher roupa larga e de preferência feita de algodão em vez de, por exemplo, seda.

Estudo
E se beber água com uma bactéria típica da flora intestinal fosse capaz de curar os principais sintomas do autismo? À primeira...

Uma descrição detalhada das experiências, coordenados pelo pesquisador uruguaio Mauro Costa-Mattioli, do Baylor College of Medicine (EUA), acaba de sair na Cell, uma das mais importantes revistas científicas do mundo, escreve o Diário Digital.

“Temos de ter muito cuidado, ainda há muitos estudos pela frente. A mensagem definitivamente não é que os pais de crianças com autismo deveriam sair por aí a encher os seus filhos de probióticos na esperança de que eles fiquem curados. Mesmo assim, estou extremamente empolgado com as perspetivas”, disse Costa-Mattioli.

Estudos como o do uruguaio, revelando correlações entre os micro-organismos que habitam o nosso corpo e os aspetos mais insuspeitos da saúde humana, ganharam massa crítica nos últimos anos, conta a zoóloga britânica Alanna Collen no seu livro “10% Humano”.

Para ela, manipular a microbiota – ou seja, a coleção de milhares de espécies microbianas que fizeram do organismo humano o seu lar – poderia ter impactos positivos na epidemia global de obesidade, em doenças autoimunes tão diferentes quanto a esclerose múltipla e a diabetes e numa lista de problemas mentais que, além do autismo, inclui a depressão e o transtorno bipolar.

Aqui, é crucial frisar o verbo "poderia" porque, como enfatiza Costa-Mattioli, trata-se de uma área de pesquisa extremamente nova, com conhecimento novo a ser gerado o tempo todo num ritmo muito rápido (e, às vezes, contraditório).

O ponto de partida está resumido no título do livro de Collen: só 10% das células no corpo de uma pessoa são realmente dela. Os outros 90% pertencem a bactérias e outros microrganismos que exploram diferentes partes do corpo (como a pele gordurosa do nariz ou as regiões quentes e húmidas das virilhas).

Nesse processo evolutivo de longo prazo, os micróbios não só aprenderam a aproveitar-se das condições do organismo humano para se reproduzir como também aprenderam, em muitos casos, a oferecer diferentes vantagens aos seus hospedeiros – é, afinal, um jogo de "ganha-ganha", no qual a saúde da pessoa permite que a comunidade microbiana fique mais próspera, e vice-versa.

É por isso que uma flora intestinal vigorosa e diversificada é benéfica, como os médicos já sabem há bastante tempo. Os micróbios do intestino ajudam os seres humanos (e muitos outros animais) a digerir alimentos difíceis, produzem nutrientes que o nosso organismo não é capaz de fabricar e competem com outros seres unicelulares que, se estivessem sozinhos, causariam doenças.

Há indícios de que o tipo de microbiota pode influenciar diretamente a propensão a engordar. Alguns testes em animais de laboratório e pessoas sugerem que essa abordagem seria um caminho para enfrentar muitos casos de excesso de peso, que não teriam relação direta com o quanto a pessoa come e se exercita, mas sim com a variedade de espécies de bactéria no seu organismo.

Vitamina D
A vitamina D, também conhecida como a vitamina do sol, é uma vitamina lipossolúvel (que se dissolve

Ao contrário das outras vitaminas, a vitamina D pode ser produzida pela pele, através da exposição aos raios ultravioletas. A vitamina D pode ser encontrada, essencialmente, de duas formas moleculares distintas e com origens diferentes: a vitamina D2 – ergocalciferol - de origem vegetal e a vitamina D3 – colecalciferol - de origem animal.

Outra particularidade da Vitamina D deve-se ao seu complexo metabolismo, mais precisamente ao facto das vitaminas D2 e D3 serem biologicamente inativas.

Ou seja, para o organismo poder utilizar a vitamina D primeiro as vitaminas D2 e D3 têm que ser ativadas, ou seja, têm que ser transformadas.

A primeira transformação ocorre no fígado, onde se forma a 25-hidroxivitamina D, e depois no rim, onde se obtém a 1.25-dihidroxivitamina D.

Vitamina D e Saúde

Uma das principais funções da vitamina D, e talvez a mais conhecida, é ser responsável por regular o metabolismo ósseo. Esta vitamina é essencial para o desenvolvimento saudável e para a manutenção dos ossos e dentes. Por um lado, promove e otimiza a absorção do cálcio, por outro lado, evita a eliminação renal do cálcio.

Mas o papel da vitamina D na nossa saúde não fica por aqui. As diversas funções que desempenha em distintos tecidos e órgãos fazem da vitamina D essencial para a saúde do nosso organismo.

Desempenha um papel importante ao nível muscular, ao nível do sistema imunológico e ao nível do sistema nervoso, uma vez que previne o declínio cognitivo.

 Relativamente ao sistema cardiovascular, a vitamina D desempenha um papel protetor, uma vez que parece reduzir o risco de enfarte, de doença coronária e de insuficiência cardíaca.

Ainda, a Vitamina D revela um efeito preventivo da obesidade e da diabetes mellitus, pois tem a capacidade de melhorar a sensibilidade à insulina.

Durante a gravidez, a Vitamina D diminui o risco de eclampsia.

Fontes de Vitamina D

A principal fonte de vitamina D é o sol! Para o organismo, mais precisamente a pele,  conseguir produzir uma dose adequada (cerca de 80%) de vitamina D é necessária a exposição solar, sem protetor solar, durante cerca de 15 minutos, pelo menos 3 vezes por semana.

Contudo, para além da exposição solar, é essencial um correto aporte desta vitamina através da alimentação, nomeadamente através da ingestão adequada de alimentos naturalmente ricos em Vitamina D.

Alimentos naturalmente ricos em Vitamina D

  • Leite e derivados (iogurte e queijo)
  • Creme vegetal para barrar
  • Gema de ovo
  • Peixe, nomeadamente os peixes gordos, como a cavala, salmão, atum, sardinha
  • Ostras
  • Óleo de fígado de bacalhau

NOTA: Alguns medicamentos e as bebidas alcoólicas podem reduzir a absorção da vitamina D e, consequentemente, a sua disponibilidade no organismo.

Carência de Vitamina D

Parece que a prevalência de falta de Vitamina D está a aumentar. Este facto pode ser explicado, pelo aumento dos cuidados aquando da exposição solar (menos exposição ao sol e uso de protetores solares), pela diminuição da ingestão de alimentos ricos em vitamina D, como por exemplo a diminuição do consumo de peixe e a utilização de medicamentos que diminuem a disponibilidade da vitamina D.

A deficiência em vitamina D pode originar fraqueza muscular, raquitismo (nas crianças), osteomalácia ou osteoporose.

O risco de carência de Vitamina D é maior nos indivíduos pouco expostos ao sol e que passam poucas horas ao ar livre, nas crianças, nos idosos, durante a gravidez (uma vez que as necessidades de vitamina D estão aumentadas) e durante a menopausa (fase em que um correto aporte de vitamina D e cálcio é vital, uma vez que a descalcificação óssea aumenta, como consequência da diminuição da produção de estrogénio).

Saiba mais em: https://amesacomcatarinaoliveira.wordpress.com/

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Liga Portuguesa Contra o Cancro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro lançou a campanha “Há quanto tempo não vê as suas costas”, que visa alertar para a...

Em declarações, o presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), Vítor Veloso, explicou que esta campanha “visa dar continuidade às campanhas anteriores” sobre o cancro da pele, mas desta vez com enfoque na necessidade de se observar as costas, já que uma percentagem significativa destes tumores começa por manifestar-se nesta zona do corpo.

“As costas são uma região que pouca gente vê, esporadicamente pode ver pelo espelho, mas não vê com nitidez” e, por isso, "queremos que os portugueses comecem a estar mais atentos aos sinais nesta zona do corpo", disse o oncologista.

 Além desta região do corpo, os portugueses também devem observar outras zonas em que aparecem muitos sinais, como o couro cabeludo, pescoço, orelhas, nádegas e plantas dos pés.

O presidente da liga adiantou que esta campanha também é para relembrar que a exposição solar, sem as devidas precauções, aumenta comprovadamente o risco de desenvolver este tipo de cancro.

Segundo o oncologista, “é necessário explicar que, além da proteção solar, [os portugueses] devem também ficar atentos aos novos sinais que aparecem na pele e que podem ser indício de cancro de pele”, salientou.

“O cancro da pele é o cancro mais comum do mundo, o que aparece em maior número, felizmente na grande maioria é curável, desde que seja tratado convenientemente, mas aqui interessa-nos sobretudo um deles, que sob o ponto de vista oncológico merece muito respeito, que é o melanoma”, frisou Vítor Veloso.

A fadista Cuca Roseta, as atrizes Liliana Santos e Sara Matos, Sónia Morais Santos e os irmãos Sérgio e Nélson Rosado são os nomes que dão “as costas” por esta campanha e se associaram à LPCC num vídeo que apela à importância de estar atento aos sinais que aparecem nas costas.

Neste vídeo, que será partilhado nas redes sociais, os embaixadores convidam os portugueses a tirar uma fotografia às suas costas, a partilhá-la na sua página de Facebook, Instagram e/ou Twitter e a convidarem os seus amigos a juntarem-se ao movimento “Eu vigio as minhas costas”.

O cancro de pele é geralmente causado pela exposição excessiva aos raios ultravioleta e "é mais comum em pessoas com mais de 50 anos, mas pode afetar qualquer pessoa”, alerta a Liga.

“Embora seja também um dos tipos de cancro mais tratáveis e com maior taxa de recuperação, o conhecimento público sobre os sintomas do cancro de pele é reduzido, o que torna a deteção precoce vital”, acrescenta.

A incidência dos vários tipos de cancros da pele tem vindo a aumentar em todo o mundo, estimando-se que em Portugal, em 2016, serão diagnosticados mais de 12.000 novos casos e cerca de 1.000 serão novos casos de melanoma.

Em Lisboa
A primeira campanha nacional de sensibilização para a escoliose pediátrica, que é hoje lançada em Lisboa, pretende alertar e...

Segundo os responsáveis pela campanha, a escoliose é uma doença que se carateriza por um desvio tridimensional da coluna que surge quando ocorre um desalinhamento das vértebras.

Patrocinada cientificamente pela Sociedade de Ortopedia e Traumatologia e pela Sociedade Portuguesa de Pediatria, a campanha tem ainda o objetivo de ajudar as crianças e jovens a “compreender e ultrapassar o impacto que a deformidade possa ter na sua qualidade de vida e autoestima”.

Na página do Facebook da campanha explica-se que a grande maioria das escolioses (80-90%) não tem uma causa conhecida e surge em crianças e adolescentes sem outras doenças.

Além disso, é ainda esclarecido que a “escoliose estruturada não está ligada a más posturas ou diferenças no comprimento dos membros, nem tem nada a ver com traumatismos ou sobrecarga (como o transporte de mochilas pesadas)”.

Os responsáveis pela campanha sublinham que “há curvaturas naturais”, enquanto outras não o são e dão uma ajuda para identificar uma curvatura na coluna: “se a criança estiver muito direita e se um dos seus ombros ou um dos lados da anca estiver mais alto que o outro deve ter uma curvatura na coluna”.

A campanha será hoje apresentada no Jardim Zoológico de Lisboa e terá como “embaixadora” uma girafa chamada Josephine.

No Algarve
O recurso à telemedicina para a dermatologia no Algarve permitiu a redução em 20 dias do tempo de espera para uma consulta...

A informação foi avançada pelo presidente do conselho de administração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Henrique Martins, a propósito da Semana de eHealth, que começa hoje em Lisboa e decorre até sexta-feira.

O encontro, que reunirá especialistas nacionais e internacionais visa promover, à escala mundial, o debate e a partilha de conhecimentos sobre o recurso às novas tecnologias para a saúde.

Um dos temas em debate será a telemedicina, uma aposta deste governo e que, de acordo com Henrique Martins, já proporcionou a redução de 190 para 170 no número de dias de espera para uma consulta de dermatologia no Algarve.

Nesta zona do país, mais de metade dos doentes de dermatologia são referenciados pelos médicos de família, primeiro para teledermatologia (rastreio dermatológico) e depois, caso o dermatologista entenda, para uma consulta presencial, disse.

Nas situações sem necessidade de consulta, o caso é despistado e o médico de família informado da indicação do dermatologista.

“Esta tecnologia é algo que está a começar a resolver a lista de espera para as consultas de dermatologia convencionais”, disse.

Antes deste recurso, a lista de espera era ainda maior, uma vez que nesta região apenas existia um dermatologista.

“Só havia um dermatologista e continua a haver só um, mas agora, com esta possibilidade, ele consegue ver primeiro as fotografias, faz um primeiro rastreio, e depois já só gasta tempo de consulta com o doente frente a ele, com certos doentes", disse.

O mesmo aconteceu em Bragança. Nas regiões onde há mais dificuldade de acesso, “a telemedicina pode ser e já está a ser útil”.

Segundo Henrique Martins, existem em Portugal outras áreas em que a telemedicina funciona bem, como teleimagiologia e a telepatologia.

Há ainda outras experiências em curso, como o uso da telemedicina na Via Verde do AVC (acidente vascular cerebral), em fase de experimentação na zona Centro, ou o recurso a este instrumento na saúde dos reclusos porque poupa muito na deslocação e permite melhores cuidados de saúde dos reclusos.

Administração Regional de Saúde
O Algarve tem falta de 164 médicos nos hospitais e centros de saúde, situação que a Administração Regional de Saúde quer...

Segundo dados da Administração Regional de Saúde (ARS)/Algarve, atualmente, os hospitais de Portimão e Faro têm falta de aproximadamente 100 médicos, enquanto nos cuidados de saúde primários podem ser acolhidos 64.

“Dentro de seis anos, provavelmente, a região terá o número de médicos necessários e suficientes”, explicou Moura Reis, acrescentando que só não se atreve a dar um prazo menor porque os fluxos de médicos formados nas especialidades não são estáveis de ano para ano.

Os responsáveis pelo serviço público de saúde no Algarve estão a promover uma estratégia para conseguir os médicos das diferentes especialidades necessários, recorrendo, para isso, a diferentes tipos de contratação.

A admissão mais comum surge após a especialização médica, mas o Algarve também recorre a médicos que queiram ir para a região através do regime de mobilidade, a contratos individuais de trabalho, a empresas de prestação de serviços, à mobilidade parcial e ao regresso de médicos reformados.

“Apostamos nelas todas”, afirmou Moura Reis, dando como exemplo os concursos já em curso para as especialidades de Ortopedia, Anestesia, Pediatria, Obstetrícia e Ginecologia e, em breve, o concurso para Medicina Interna.

No caso da Medicina Geral e Familiar, o concurso de 2016 tem 30 vagas e para o ano está prevista a abertura de mais 34, o que perfaz as 64 vagas identificadas pela ARS/Algarve.

“Há sempre necessidade. Quando digo 30 este ano e 34 para o ano que vem é para poder dar médico de família a todos os algarvios, mas fica no limite”, sublinhou o presidente daquele organismo.

Segundo o responsável, os médicos que forem trabalhar para a região “são médicos para a vida", ou seja, são médicos que vão "para ficar”.

No caso das especialidades hospitalares, a região depara-se com uma falta de médicos em diversas áreas, mas as mais dramáticas são Ortopedia, Anestesia, Oncologia, Pediatria, Neurocirurgia, Ginecologia e Obstetrícia.

Um acordo com um hospital do nordeste transmontano vai possibilitar o envio rotativo de equipas formadas por dois ortopedistas e um anestesista, garantindo o atendimento a monotraumas na região, com consultas nos hospitais de Faro e Portimão e cirurgia ortopédica apenas em Faro.

O perigo de mal-estar entre médicos que já estão a trabalhar na região e os que aceitem ir, com melhores condições, devido à criação de medidas de discriminação positiva para atrair clínicos, não é motivo de preocupação para Moura Reis.

“Os que chegam podem estar em situações discriminatórias positivas melhores do que os que cá estão, mas é por um período de tempo. Não é permanente”, observou.

Moura Reis espera também que o total preenchimento de vagas noutros pontos do país ajude os médicos a escolher o sul para trabalhar, à semelhança do que já ocorre com os enfermeiros e técnicos de saúde.

“No concurso de 30 médicos de Medicina Geral e Familiar, temos 10 [algarvios] a concorrer, 20 terão de vir de outros lados”, referiu.

Em Lisboa
Revestido de amarelo, o Quiosque da Saúde não passa despercebido na freguesia lisboeta de Alcântara, onde é procurado...

“Pelo menos a gente chega aqui e é bem recebida. […] Nas urgências estamos ali horas e horas e nunca mais somos atendidos”, comenta Olívia Semedo, uma das utentes do Quiosque, considerando que o projeto “é muito bom”.

Numa manhã de sexta-feira na cidade de Lisboa, com o trânsito rodoviário e a passagem do comboio na ponte 25 de Abril como música de fundo, o dia de trabalho no Quiosque da Saúde arranca calmamente às 09:00, preparando-se o material de enfermagem para prestar os cuidados de saúde primários a todos quantos precisarem.

“Normalmente, são pessoas que moram na zona e que não têm tanta facilidade de acesso aos centros de saúde. Há muitas delas que não têm médico de família, o tempo de espera para uma consulta é mais elevado, então veem o Quiosque como um acesso facilitado”, diz a enfermeira de serviço Carla Amaral.

Os principais serviços prestados são a avaliação de tensão arterial, colesterol e glicemia, bem como a conversa terapêutica.

Inaugurado no final de janeiro deste ano, o Quiosque da Saúde de Alcântara, que funciona três dias por semana - segunda, quarta e sexta-feira -, realizou 350 consultas até 10 de junho, o que corresponde a uma média de seis consultas por dia.

Apesar de o número de utentes não ser ainda muito representativo, o balanço em termos de funcionamento do equipamento “é bastante positivo”, considera a coordenadora do projeto Joana Feliciano, sublinhando que o Quiosque não pretende sobrepor-se ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas potenciar o acesso aos cuidados de saúde com uma resposta simples, fácil e próxima.

Natural de Estremoz (Évora), Olívia Semedo, de 54 anos, mudou-se para Lisboa há cerca de um ano para cuidar de uma idosa de 84 anos, na freguesia de Alcântara.

Como ainda não tem médico de família atribuído na capital, a alentejana opta por ir ao Quiosque e aproveita e leva também a senhora de quem cuida.

“Este Quiosque é útil para a população”, diz, defendendo que poderia oferecer mais serviços, como exames ao coração.

De passagem para o Mercado Rosa Agulhas, Maria Simão, de 73 anos, preparava-se para ir às compras quando viu o Quiosque da Saúde e decidiu espreitar.

Curiosa, perguntou à enfermeira se podia medir a tensão arterial e a glicemia. Logo depois, está de mangas arregaçadas, a ser atendida.

Para Maria Simão, “é excelente este apoio às pessoas” e os preços também são acessíveis. Satisfeita com o atendimento prestado, refere que o projeto deveria ser alargado a outras zonas da cidade, porque “muitas vezes as pessoas têm muita dificuldade em ir ao centro de saúde”.

Alberto Tomas, de 58 anos, não poupa nos elogios ao atendimento: “A enfermeira é muito simpática, é muito atenciosa, dá sempre uma palavrinha amiga”.

Com uma frequência bimensal, Alberto pede uma avaliação da tensão, colesterol e glicemia no Quiosque. Vai continuar a ir ao médico de família para fazer outras análises, apesar de considerar que lá “é infernal o tempo de espera”.

“Fiquei toda contente quando cá vi isto”, comenta Belmira Gonçalves, de 72 anos, que faz rastreios de 15 em 15 dias, acompanhada do marido.

Como é diabética, Belmira tem uma máquina em casa para medir a glicemia capilar, mas quando dúvida do aparelho vem confirmar ao Quiosque.

“Tudo quanto seja para bem do povo acho que é muito bem”, advogou.

Idealizado pela Associação Conversa Amiga (ACA), o projeto Quiosque da Saúde começou na zona de Olaias, em Lisboa, com a instalação de um equipamento em novembro de 2014, crescendo com a criação de um Quiosque na freguesia de Pegões, no concelho do Montijo (Setúbal), e depois outro em Alcântara.

Cuidados de saúde primários
O projeto Quiosque da Saúde, que visa facilitar o acesso da população aos cuidados de saúde primários, vai ter novos...

O presidente da Associação Conversa Amiga (ACA), Duarte Paiva, disse que a expansão da rede de Quiosques da Saúde vai começar em setembro deste ano, com a instalação de um equipamento na freguesia lisboeta de São Domingos de Benfica.

Ainda na capital, as juntas de freguesia de Alvalade e da Misericórdia “mostraram interesse” em acolher o projeto, da responsabilidade da associação, informou Duarte Paiva, explicando que as propostas estão ainda em análise.

Junto da ACA, a junta da Misericórdia apontou a necessidade da colocação de dois Quiosques na freguesia, enquanto Alvalade pretende apenas uma banca.

Segundo o responsável pelo projeto, está em estudo uma possível localização de um equipamento no Porto, uma vez que existe interesse de algumas organizações locais.

O projeto Quiosque da Saúde começou na zona de Olaias, em Lisboa, com a instalação de um equipamento em novembro de 2014, e crescendo com a criação de uma banca na freguesia de Pegões, no concelho do Montijo (Setúbal), em novembro de 2015, e com a colocação de um equipamento na freguesia lisboeta de Alcântara, no final de janeiro deste ano.

Os três equipamentos já proporcionaram um total de 2.106 consultas, segundo os dados até 16 de junho deste ano.

Em Olaias foram prestadas 1.603 consultas ao longo de um ano e meio, em Pegões foram 143 os atendimentos em cerca de meio ano e no recente Quiosque de Alcântara realizaram-se 360 nos cinco meses de funcionamento.

Os utentes são maioritariamente pessoas idosas, uma vez que a idade média ronda os 62 anos, com uma maior presença do sexo feminino (66%).

Os principais motivos da visita são a facilidade de acesso aos cuidados de saúde primários e a falta de médico de família.

Os tratamentos de enfermagem, a avaliação de tensão arterial, colesterol e glicemia, bem como a conversa terapêutica, destacam-se na tipologia das consultas prestadas.

Dos três espaços em funcionamento, prevê-se uma alteração na localização do Quiosque da Saúde de Olaias, na freguesia lisboeta do Areeiro, que “é o único equipamento, quer dos que existem, quer dos que estão a ser projetados, que não conta com nenhum tipo de parceria, nem apoio da junta”, explicou o representante da ACA, referindo que “é completamente insustentável” a associação continuar a suportar sozinha todos os custos.

A associação tentou negociar com a autarquia do Areeiro, mas esta recusou apoiar o projeto.

A vogal com o pelouro de Ação Social da Junta de Freguesia do Areeiro, Patrícia Leitão, esclareceu que a autarquia já tem “dois postos médicos com muitas mais valências do que teria o Quiosque da Saúde”, pelo que “não se justifica duplicar um encargo para um serviço que já é prestado gratuitamente” às pessoas mais carenciadas.

De acordo com o presidente da ACA, pretende-se agora que o equipamento das Olaias seja transferido para a freguesia de Arroios, de forma a “manter a proximidade” com os utentes.

O custo da aplicação de um equipamento é de “cerca de 10 mil euros”, ficando as juntas de freguesia responsáveis por 40%.

Os restantes 60% são suportados pela ACA, através das parcerias estabelecidas, nomeadamente com a Fundação PT e a Tecnifar, e com a contribuição dos utentes.

Academia das Ciências de Lisboa
Um cientista do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) recebeu o Prémio Montepio, de 10...

O objetivo do projeto era "perceber de que maneira determinadas proteínas, que formam uma estrutura denominada microtúbulos (parte integrante do esqueleto da célula), regulam a divisão celular", disse o investigador distinguido com o Prémio Montepio, Jorge Ferreira.

Para além disso, pretendia-se verificar quais as alterações e consequências para a célula quando essas proteínas estruturais eram alteradas.

Verificou-se, ao longo do estudo, que com a manipulação dessas proteínas, fundamentais para o processo de divisão celular, ocorriam alguns erros relevantes "para o normal desenvolvimento da célula", referiu o investigador.

Em última análise, foi possível identificar qual o mecanismo regulador do processo de divisão celular, permitindo "definir um conjunto de fatores essenciais para que o trânsito das células, através desse processo, ocorra normalmente".

O cancro "é um dos problemas que está, muitas vezes, associado a defeitos na divisão celular", indicou o investigador, acrescentando que outro dos propósitos do estudo foi tentar estabelecer a relação entre esses erros e a patologia.

"Quando uma célula se divide, o expectável é que as células-filhas sejam iguais à célula-mãe mas, nos casos de formações anómalas, ao invés de seguirem o processo normal, formava-se uma única célula com o dobro do material genético", explicou.

Neste momento e durante os próximos três anos, o investigador vai dar continuidade ao trabalho, com um financiado cedido pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

O professor da Faculdade de Medicina foi premiado pela tese de doutoramento "Regulação espacial e temporal da função dos microtúbulos pelas proteínas "End Binding"", finalizada em fevereiro de 2013.

Para o investigador, que se sente "grato pela distinção", "todas as iniciativas que permitam dar mais visibilidade à ciência que é feita em Portugal são extremamente importantes".

"Acima de tudo, uma distinção como esta leva-nos a transmitir ao público em geral aquilo que fazemos de uma maneira mais inteligível e, ao mesmo tempo, mostra que o que fazemos tem impacto, que todo o trabalho e esforço valeram a pena, sendo também um incentivo para continuar a trabalhar em ciência".

Esta é a primeira edição do Prémio Montepio, que distingue a excelência na investigação científica desenvolvida em dissertações de doutoramento em universidades portuguesas, financiada pelo mecenato do Montepio Associação Mutualista, lê-se num comunicado do i3S.

Para o concurso, eram elegíveis as teses desenvolvidas nos anos letivos 2012/2013 e 2013/2014, na área das Ciências Exatas e Naturais.

O prémio, que foi atribuído com igual mérito à investigadora Paula Gonçalves, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, vai ser entregue no dia 07 de julho, no salão nobre da Academia das Ciências de Lisboa.

Observatório europeu
Todas as semanas as autoridades europeias detetam duas novas substâncias psicoativas e, embora o consumo permaneça baixo, há...

Publicado pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) para assinalar o Dia Internacional Contra o Abuso e o Tráfico de Droga, que se assinala neste domingo, o relatório, o primeiro sobre respostas de saúde pública às novas drogas, manifesta preocupação com a "rápida emergência" das novas substâncias psicoativas (NSP).

"O mercado de NSP é complexo e o rápido aparecimento de novos produtos significa que urge desenvolver intervenções de suporte no domínio da saúde. As primeiras respostas às novas drogas na Europa foram essencialmente reguladoras e centradas em instrumentos legislativos de combate à oferta. Mas, à medida que o fenómeno evolui, é crucial formular e aplicar respostas eficazes em termos de saúde pública no que toca ao consumo destas substâncias", disse o diretor do OEDT, Alexis Goosdeel, citado num comunicado.

Segundo o relatório, só em 2015 foram detetadas pela primeira vez 98 novas substâncias através do sistema de alerta rápido da UE, aumentando para 560 o número total de novas drogas monitorizadas pelo organismo.

Destas 560 novas drogas, 70% foram detetadas nos últimos cinco anos.

Embora muitas destas drogas acabem por desaparecer rapidamente do mercado, algumas são hoje relevantes nos mercados das drogas ilícitas.

As NSP, também conhecidas como 'estimulantes legais' incluem canabinóides sintéticos, estimulantes (incluindo catinonas), alucinogénios e opióides desenhados para imitarem os efeitos das drogas clássicas.

Um estudo realizado em 2014 entre jovens europeus de entre 15 e 24 anos concluiu que 8% já tinham experimentado estas drogas e 3% tinham usado uma NSP no ano anterior.

A nível nacional, a prevalência do uso de NSP entre os mesmos jovens variava entre 9,7% na Irlanda e 0,2% em Portugal.

Embora a prevalência seja baixa, os autores do relatório do OEDT alerta que alguns grupos são particularmente vulneráveis aos riscos do uso e dos seus efeitos, nomeadamente 'frequentadores da noite', homens que têm sexo com outros homens, reclusos, jovens e pessoas que injetam drogas.

Existe uma falta de dados geral sobre os riscos das NSP para a saúde pública, mas "há evidências crescentes de uma associação com emergências hospitalares, consequências agudas severas e mesmo algumas mortes, embora em muitos casos a intoxicação fatal envolva normalmente outras drogas em simultâneo.

O relatório exemplifica que, ao contrário da canábis natural, os canabinóides sintéticos têm sido associados a AVC, danos nos rins e fígado e teme-se que o seu uso exacerbe sintomas psiquiátricos.

No relatório, o OEDT conclui que, dada a falta de informação específica sobre a melhor resposta a dar às NSP na saúde pública, a solução poderá passar por adaptar as respostas já existentes e comprovadamente eficazes com as drogas estabelecidas a estas novas substâncias.

Novos fármacos
A unidade de investigação iNOVA4Health, que junta mais de 140 cientistas e profissionais a trabalhar na procura de novos...

"Todos os projetos que estavam previstos no programa arrancaram, os últimos [iniciaram-se] há dois meses e estão 23 em curso", disse Manuel Carrondo.

A unidade de investigação iNOVA4Health, que junta o iBET (Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica), instituições da Universidade Nova de Lisboa (ITQB, Faculdade de Ciências Médicas e CEDOC) e o Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, arrancou há cerca de um ano.

O objetivo é juntar esforços para ligar cientistas e profissionais que trabalham na procura e aplicação de fármacos adequados a cada paciente de doenças crónicas e neurodegenerativas, no que se chama medicina translacional, aumentando a competência de Portugal na área.

Os projetos de investigação já a decorrer centram-se sobretudo nas patologias em que o programa está especializado, como doenças crónicas ou cancro, com novos produtos, como biomarcadores, utilização de células para controlo de cancro, alternativas para problemas de artrite reumatoide ou cardiovasculares.

"Estas ferramentas vão permitir melhorar o tratamento ou alargar a oportunidade de cura", realçou Manuel Carrondo.

O programa trata sobretudo de doenças crónicas, que, apontou, "têm um peso maior, quer na qualidade de vida das pessoas, quer nos custos de um Sistema Nacional de Saúde".

Para o cientista, "o mais importante deste processo é que estão a trabalhar em conjunto grupos que nunca trabalharam juntos, gente de investigação fundamental a trabalhar com clínicos, pessoas do desenvolvimento de processos de fabrico a trabalhar com investigadores fundamentais".

Manuel Carrondo salientou o entusiasmo dos participantes na iNOVA4Health: "As pessoas percebem que têm imenso a beneficiar ao trabalhar em interfaces" e entrar num processo mais transnacional, que tem que ver com uma medicina de maior precisão, mais individualizada, a qual "precisa de maiores competências científicas e maior conhecimento", criado ao longo deste projeto.

A iniciativa prevê que cada um dos projetos tenha cerca de 50 mil euros por ano e, além do apoio aos 23 já em curso, deverá abranger mais três a cinco novos, por ano, "enquanto estes vão obtendo outras fontes de financiamento", acrescentou.

E, nesta altura, os projetos já conseguiram obter outros financiamentos externos, como colaborações com empresas multinacionais.

Entre a obtenção de uma cura para um problema de saúde e a chegada de um produto ao mercado, em farmacêutica, podem decorrer entre sete a 12 anos, enquanto o primeiro trabalho, desenvolvido pelo cientistas, para demonstrar o interesse de um produto pode demorar dois a cinco.

"A ideia é que as coisas cresçam, alarguem as competências na área de Lisboa e tragam mais parceiros de desenvolvimento e de financiamento", resumiu Manuel Carrondo também vice-presidente do IBET.

Ministério da Saúde
Quinze instituições hospitalares de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve vão passar a cooperar em especialidades médicas,...

Os protocolos de afiliação, 25 num total, foram assinados na quarta-feira, em Lisboa, entre as administrações regionais de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve e as 15 instituições hospitalares do Serviço Nacional de Saúde, e visam "melhorar o serviço prestado aos utentes, contribuindo para a otimização de recursos humanos e materiais", refere o ministério em comunicado.

A cooperação estende-se, por exemplo, a consultas, cirurgias, partilha de médicos em especialidades como Anatomia Patológica, Psiquiatria, Oncologia, Radioterapia, Ortopedia, Dermatologia, Urologia/Litotrícia, Hematologia ou Cirurgia Vascular, bem como à compra de material clínico como próteses, reagentes, ventiladores, roupa e fardamento, e ao transporte de doentes, à telemedicina ou à teleradiologia.

O Centro Hospitalar de Lisboa Central (hospitais São José, Santo António dos Capuchos, Santa Marta, Dona Estefânia, Curry Cabral e Maternidade Alfredo da Costa) afiliou-se com o Hospital de Santarém e o Centro Hospitalar Médio Tejo.

O Centro Hospitalar Lisboa Norte (hospitais Santa Maria e Pulido Valente) coopera com o Centro Hospitalar do Oeste (unidades das Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras) e com o Centro Hospitalar do Algarve (hospitais de Faro, Portimão e Lagos).

O Hospital Garcia de Orta, em Almada, assinou protocolo com o Centro Hospitalar de Setúbal (Hospital São Bernardo) e com o Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, enquanto o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (hospitais São Francisco Xavier, Santa Cruz e Egas Moniz) com o Hospital Fernando Fonseca, na Amadora.

Na região do Alentejo, a cooperação foi fixada entre o Hospital do Espírito Santo de Évora e as unidades locais de saúde do Baixo Alentejo, do Norte Alentejano e do Litoral Alentejano.

Após saída do Reino Unido da União Europeia
A Associação de Farmácias de Portugal defendeu que a sede da Agência Europeia do Medicamento, em Londres, seja transferida para...

A Associação de Farmácias de Portugal (AFP) justifica-se, em comunicado, com a saída do Reino Unido da União Europeia, na sequência de um referendo, na quinta-feira, que deu a vitória à não permanência do país na UE.

"Com a saída do Reino Unido da União Europeia, a EMA [sigla em inglês para Agência Europeia do Medicamento] terá de ser relocalizada noutro país e a AFP considera que Portugal reúne as condições essenciais para ser um dos candidatos a acolher a agência", refere a nota, pedido que o Estado português envide "esforços para atrair" para Portugal a EMA.

"Portugal tem de apresentar os seus argumentos e unir esforços para, junto da Comissão Europeia, fazer a defesa deste projeto", afirmou a presidente da Associação de Farmácias de Portugal, Manuela Pacheco.

Segundo a AFP, o país "tem técnicos altamente qualificados nas áreas do medicamento e da saúde e centros de investigação de excelência", além de "uma localização privilegiada, estando no centro entre a Europa e os Estados Unidos, onde grande parte dos medicamentos são lançados e aprovados, primeiro, pela FDA [Food and Drug Administration, agência norte-americana para o medicamento]".

A Associação de Farmácias de Portugal apela "a todos os intervenientes do setor do medicamento para que, unidos ao Estado português, cooperem na candidatura de Portugal à sede da EMA".

A Agência Europeia do Medicamento é a entidade que avalia os pedidos de autorização de comercialização de fármacos na União Europeia.

Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral emitiu um parecer alertando para as exigências que a prática da...

O AVC é a principal causa de morte em Portugal e representa a doença neurológica aguda de maior relevância, tendo em conta a sua incidência, espectro de idades em que ocorre e a incapacidade que provoca.

Ao longo dos passados 15 anos o tratamento do AVC tem sido alvo de uma grande evolução, tendo passado de um niilismo terapêutico para a obrigatoriedade de uma cadeia de cuidados altamente complexa e especializada.

Dentro do vasto espectro de doentes com AVC isquémico agudo, existe um subgrupo muito importante, em que ocorre uma oclusão aguda de um grande vaso cerebral (cerca de 25%). Este tipo de AVC está frequentemente associado a défices neurológicos graves e, até há pouco tempo, o único tratamento validado para recanalização vascular consistia na administração de alteplase por via endovenosa. Contudo, a publicação de vários ensaios clínicos aleatorizados, já em 2015, veio demonstrar o benefício da trombectomia mecânica no tratamento do AVC isquémico com oclusão aguda de grande vaso.

Na sequência da publicação de tais evidências, as recomendações das principais Sociedades Científicas de AVC passaram a integrar este tratamento na abordagem terapêutica do AVC isquémico agudo, sublinhando que o tratamento endovascular seja realizado em centros diferenciados e que a decisão de trombectomia mecânica deve ser multidisciplinar e incluir um neurointervencionista qualificado, treinado e experiente.

As Sociedades europeias que regulam a prática médica, o tratamento do AVC e a intervenção neurovascular (UEMS, ESO, ESNR e ESMINT), postulam que a prática de neurointervenção deve ser apenas efetuada em centros onde exista acesso a unidades dedicadas a doentes com AVC (Unidade de AVC), Cuidados Intensivos (de preferência Unidades de Cuidados Neuro-Intensivos), Neurologia, Neurorradiologia, Neurocirurgia, devendo ser garantida toda a cadeia de cuidados de modo contínuo. Mais se recomenda que os procedimentos sejam efetuados por operadores experientes em intervenções neurovasculares, exigindo número mínimo de casos por operador e instituição, não englobando apenas as trombectomias mecânicas, mas um conjunto de outras técnicas do foro neurovascular.

O parecer pode ser lido na íntegra aqui.

Sediada na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
É apresentada publicamente, em Lisboa, a Associação Portuguesa de Acessos Vasculares, que ficará sediada na Escola Superior de...

A Associação Portuguesa de Acessos Vasculares (APOAVA), que será apresentada, pelas 14h30, no Centro de Congressos de Lisboa, durante o 4º Congresso Mundial de Acessos Vasculares (WoCoVA 2016), tem como fim o desenvolvimento de um conjunto de atividades relacionadas com os acessos vasculares, como sejam consultoria técnico-científica, ações de educação e formação, organizações de feiras e congressos, edições e publicações científicas de livros, revistas, vídeos e outros formatos.

Esta é uma associação que pretende integrar profissionais de áreas científicas multidisciplinares (como a Enfermagem, a Medicina, a Microbiologia e as Análises Clínicas), que contribuam para produzir e divulgar conhecimento, otimizando práticas profissionais para a qualidade de cuidados relacionados com os acessos vasculares.

Os acessos vasculares permitem uma das modalidades de tratamento mais utilizadas na assistência à saúde da maioria dos pacientes hospitalizados, sendo mesmo um recurso vital para alguns. Têm como funções, por exemplo, a administração de fluidos, nutrientes, medicações, sendo necessários à monitorização hemodinâmica, à hemodiálise e à quimioterapia.

Enquanto procedimento invasivo, o acesso vascular não é inócuo e está associado a riscos de infeções.

Esta é, pois, uma área onde importa continuamente investigar e melhorar práticas.

Além de Anabela Salgueiro, também os professores da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) João Graveto, Pedro Parreira e Verónica Coutinho integram a APOAVA.

A ESEnfC assinala, em 2016, os 135 anos de ensino de Enfermagem em Coimbra e em Portugal, além dos dez anos de fusão das duas instituições de ensino superior que lhe deram origem: as anteriores escolas Dr. Ângelo da Fonseca e de Bissaya Barreto.

Sociedade Portuguesa de Cardiologia
Nas palavras do Presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia e Cardiologista Miguel Mendes, esta medida é “promotora do...

“Se, recentemente, passaram a ser utilizadas imagens chocantes nos maços de tabaco com o intuito de dissuadir a experimentação e o uso do tabaco, a medida que prevê a diminuição do preço do tabaco, embora pequena, vai favorecer o início do consumo nos jovens e potenciar o aumento do consumo dos atuais fumadores”, afirma Miguel Mendes.

“Não há qualquer justificação para ziguezagues da orientação” adverte o cardiologista, lembrando ainda que o tabagismo provoca doenças cardiovasculares, cancro e doença pulmonar obstrutiva crónica e tem elevados custos para a Saúde, em termos pessoais, sociais e financeiros.

Outras informações:

O tabaco
Fumar constitui importante fator de risco para doenças pulmonares e cardiovasculares graves, como o cancro do pulmão e o enfarte do miocárdio.

Estima-se que cerca de 30 por cento da morte cardiovascular esteja na direta dependência do tabaco. O tabagismo é a causa mais importante de morte e doença evitável!

O fumo do tabaco contém mais de 4000 substâncias químicas, várias das quais com efeitos tóxicos, irritantes ou cancerígenos. A nicotina é uma dessas substâncias, sendo ela a droga psicoativa responsável pela dependência provocada pelo tabaco.

O que ganha se parar
Além do preço de um maço de cigarros estar “pela hora da morte”, apenas 20 minutos depois de apagar o ultimo cigarro a sua tensão arterial e o pulso começam a normalizar – e a diminuir o risco de enfarte do miocárdio.

Decorridas 8 horas a quantidade de oxigénio no seu sangue aumenta!

Após 72 horas já respira melhor, sentindo-se com mais energia para realizar as atividades de que gosta! Sintomas respiratórios como a tosse, expetoração, pieira e infeções pulmonares começam a esbater-se.

Os cabelos, a pele, as mãos e principalmente o hálito vão ficar mais frescos e saudáveis.

Um ex-fumador reduz para metade o risco de sofrer uma doença cardiovascular, respiratória ou cancerígena e diminui o risco de morrer antes de tempo. Pelo contrário, vive mais e com melhor qualidade de vida. As estatísticas dizem que as pessoas que deixam de fumar vivem, em média, mais 10 anos, quando comparadas com aquelas que continuam a fumar.

A família e os amigos também vão beneficiar, pois o tabagismo é um fator de risco para quem fuma e para todos os que o rodeiam.

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