ONU pede
A Organização das Nações Unidas pediu que os países invistam mais na investigação da contaminação de alimentos através da...

Sarah Cahill, especialista da Organização das Nações Unidas (ONU) para Alimentação e Agricultura (FAO) disse em Roma que a técnica de Sequenciação Total do Genoma (WGS, na sigla em inglês) permite entender melhor o funcionamento das bactérias, vírus ou parasitas que provocam muitas intoxicações alimentares.

A sequenciação de genoma permite identificar alterações no código genético (ADN), caracterizar geneticamente o microorganismo infecioso e levar à identificação de cadeias de transmissão e de fontes de contaminação, pelo que, segundo Sarah Cahill, é mais adequada do que outras técnicas moleculares.

Cahill admitiu, no entanto, que há países que carecem de meios para aplicar essa tecnologia avançada, que produz grandes quantidades de dados para interpretação.

A FAO e a Organização Mundial da Saúde (OMS) foram coautoras de uma publicação técnica que indicava que a WGS pode contribuir para melhorar a gestão alimentar e garantir o bom estado dos produtos alimentares, mas não é suficiente.

As agências da ONU consideram que os dados obtidos em laboratório devem ser interpretados em combinação com outros resultados e não substituem as boas práticas da agricultura, da indústria, da higiene alimentar ou dos sistemas de vigilância da saúde pública.

Também uma responsável da OMS, Amy Cawthtrone insistiu na necessidade de apoiar os países em desenvolvimento no reforço dos sistemas de vigilância, o que implica fortalecer as suas capacidades laboratoriais e apostar na investigação conjunta com especialistas em estatística e epidemiologia.

Estudo
Experiências com dois tipos de vacinas diferentes mostraram-se eficazes na proteção de ratos infetados com o vírus Zika, um...

De acordo com um artigo publicado na página na Internet da prestigiada revista científica, as experiências mostraram que duas imunizações – uma delas com a inoculação de uma vacina produzida através de ADN e outra com a inoculação de uma vacina feita a partir da purificação de uma forma do vírus – resultaram numa completa proteção de ratos infetados com uma estirpe isolada do vírus Zika do nordeste do Brasil.

Os animais inoculados produziram anticorpos que reconheceram proteínas específicas do vírus e desenvolveram a proteção para o nível dos anticorpos desenvolvidos, de acordo uma equipa de cientistas norte-americana, liderada por Dan Barouch, professor no Center for Virology and Vaccine Research no Beth Israel Deaconess Medical Center da Harvard Medical School.

As experiências com modelos de ratos justificam algum cuidado com eventuais extrapolações sobre a eficácia da mesma abordagem em humanos, mas os resultados obtidos oferecem esperança no sentido da descoberta de uma solução para a prevenção da doença através de uma vacina segura e eficiente.

A infeção com o vírus Zika pode provocar problemas neuronais, incluindo a microcefalia, tendo levado a Organização Mundial de Saúde a declará-la uma emergência de saúde pública a nível global.

O desenvolvimento de uma vacina segura contra o vírus Zika é uma prioridade, mas há ainda um muito pouco conhecimento sobre os processos relacionados com a imunologia do vírus.

Direção-Geral da Saúde
A incidência da bactéria 'Staphylococcus aureus' resistente ao antibiótico meticilina (MRSA) diminuiu em 2015, embora...

Francisco George falava durante uma mesa-redonda sobre infeções associadas aos cuidados de saúde, no âmbito das conferências da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) “Saber investir, saber inovar”.

A atividade desta bactéria em Portugal, responsável por muitas infeções em meio hospitalar, preocupa as autoridades de saúde.

Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), a incidência deste agente resistente aumentou de 45,5 para 54,6 por cento, entre 2003 e 2011.

O diretor geral da Saúde anunciou que esta percentagem baixou para 46% em 2015. Ainda assim, um valor preocupante.

Segundo o Relatório Global sobre a Vigilância da Resistência aos Antimicrobianos – 2015, verificou-se nesse ano uma redução das taxas de resistência em alguns microrganismos multirresistentes, como a MRSA.

A forma como as unidades de saúde combatem as infeções hospitalares não é uniforme. No debate, alguns responsáveis mostraram diferentes maneiras de tratar o problema.

No Hospital São João, no Porto, cerca de 40 por cento dos doentes que dão entrada na urgência têm fatores de risco para rastreio à presença de agentes que causam infeções hospitalares, segundo o coordenador da Unidade de prevenção e controlo de infeção e de resistências aos antimicrobianos do Centro Hospitalar de São João.

Carlos Alves explicou que a política do hospital é colocar estes doentes em isolamento, embora tal represente um custo acrescido para a instituição e um certo desconforto para os doentes.

No Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, são rastreados todos os doentes que estiveram institucionalizados, são oriundos de lares, foram recentemente operados ou fazem hemodiálise, segundo o coordenador do Grupo de coordenação local do plano de prevenção e controlo de infeção e de resistências aos antimicrobianos desta unidade de saúde.

Carlos Palos disse que o objetivo é “os doentes irem para o sítio certo quando deixarem o serviço de urgência”.

A Unidade Local de Saúde (ULS) de Matosinhos recorre a testes rápidos à presença de determinados agentes em doentes de risco, como os provenientes de lares, de outros hospitais ou que façam hemodiálise.

Valquíria Alves, membro da Comissão de prevenção e controlo de infeção e de resistências aos antimicrobianos desta ULS, a possibilidade deste teste, que garante resultados em duas horas, melhorou significativamente as taxas de infeção.

Consoante o resultado, o doente será, ou não, colocado em precaução, adiantou.

Relatório das Nações Unidas
Cerca de 95% da população urbana da União Europeia está exposta a níveis de poluição do ar acima dos recomendados pela...

Peritos do Programa da ONU para o Ambiente (UNEP, na sigla inglesa) estiveram em Lisboa para apresentar e debater o relatório da 6.ª Avaliação “Global Environmental Outlook GEO – 6”, avaliações que se realizam periodicamente desde 1995 e produzem análises do estado do ambiente abrangentes.

Diana Mangalagiu, uma das responsáveis pela avaliação, destacou que a poluição do ar se assume como um dos maiores riscos à saúde na região pan-europeia, que foi visada por este relatório.

Cerca de 95% da população urbana na União Europeia está exposta a níveis de poluição acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde e 87% estão expostos a partículas inaláveis que excedem as recomendações (as partículas inaláveis constituem um dos poluentes atmosféricos mais graves em termos de saúde pública).

Cerca de 600 mil mortes prematuras são provocadas na região devido à poluição: 500 mil pela poluição do ar exterior e cerca de 100 mil ficam a dever-se à qualidade do ar interior.

Para Diana Mangalagiu estes dados mostram que a poluição do ar contribui para que os orçamentos de estado na área da saúde estejam sobrecarregados.

Aliás, os peritos estimam que os custos com os problemas de saúde ligados à falta de qualidade do ar possam atingir os 940 mil milhões de euros, por ano, só na União Europeia.

Outro dos destaques da avaliação aponta para a duplicação da produção de químicos na última década, havendo ainda expetativa de que o crescimento continue.

Também é evidente o aumento de produção de resíduos elétricos e eletrónicos: de nove milhões de toneladas em 2005, estima-se que em 2020 a União Europeia passe a produzir 12 milhões de toneladas.

Segundo a avaliação das Nações Unidas, a perda de biodiversidade e a degradação dos ecossistemas continua na região pan-europeia, sendo causada principalmente intensificação agrícola, urbanização e alterações na utilização do uso dos solos.

O declínio da biodiversidade é particularmente elevado na Europa Ocidental e Oriental, com taxas mais baixas na Europa Central, na Rússia e nos países da Ásia Central.

Todos os dias, os países da União Europeia perdem 275 hectares de terras agrícolas para a impermeabilização do solo e para a ocupação de terras.

Infarmed
Já se encontra disponível em Portugal uma vacina BCG de um fabricante japonês.

A única vacina licenciada em Portugal, e destinada à prevenção da tuberculose, tem estado indisponível e sem alternativa. Neste sentido, o Infarmed já concedeu uma autorização de utilização excecional à Direção-Geral da Saúde para uma vacina oriunda de um laboratório japonês.

Atendendo a que esta vacina dispõe de uma estirpe distinta da que era anteriormente administrada no âmbito do Programa Nacional de Vacinação, o Infarmed recomenda que os médicos, farmacêuticos e enfermeiros estejam especialmente atentos a eventuais reações adversas a esta vacina, à semelhança do que sucede com todos os novos medicamentos.

A comunicação das reações adversas decorrentes desta vacina deve ser feita através do Portal RAM ou da Ficha de notificação para profissionais de saúde, para o Infarmed ou para as Unidades de Farmacovigilância. Sugere-se que os utentes e familiares de crianças que vão receber esta vacina notifiquem de igual forma estes efeitos.

Adalberto Campos Fernandes
O ministro da Saúde defendeu que a ação do Serviço Nacional de Saúde deve ir mais longe, sendo capaz de fazer "mais coisas...

Na cerimónia de inauguração da Unidade de Ambulatório do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar de Leiria (CHL), Adalberto Campos Fernandes admitiu que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) é "um dos melhores exemplos" de realização do Estado social, "hoje reconhecido em Portugal e na Europa".

Mas, partindo do caso de Leiria, "um dos melhores exemplos de organização dos cuidados de gestão hospitalar do país", o ministro da Saúde admitiu que o SNS deve ir mais longe.

"Estamos a viver tempos muito difíceis. Não apenas na governação. Também na governação dos hospitais e instituições. Torna-se por isso muito mais exigente aquilo que cada um faz. Face à escassez de recursos, temos de investir mais no SNS. Temos de pôr o SNS a fazer mais coisas, internalizando mais atividade, sendo capaz de responder por aquilo que são as necessidades dos portugueses".

No contexto em que o país vive, "em que a Europa dá sinais de grande preocupação, todos têm de ser mais exigentes e rigorosos", alertou o ministro, lembrando que "para fazer bem não é preciso inventar. Recomendo muitas vezes apenas que se copie. Copiar, replicar boas práticas".

"O CHL, consistentemente ao longo dos últimos anos, tem sido aquilo que é um bom exemplo de gestão parcimoniosa, baseada na ideia de que os recursos são escassos. E mesmo quando o país cresce e tem maior folga, eles são sempre escassos", sublinhou.

A abertura da Unidade de Ambulatório do Serviço de Pneumologia do CHL mostra, para Adalberto Campos Fernandes, "que com poucos recursos mas com boas ideias e bons líderes é possível fazer mais e melhor por esta região, que não se esgota no concelho de Leiria. É uma região ampla que deseja que o hospital de Leiria seja um hospital de referência".

Dirigindo-se ao presidente do Conselho de Administração do CHL, Helder Roque, o ministro pediu que o hospital "ajude a fazer um SNS sem muros, sem limitações e sem barreiras".

"Ajude-nos a fazer do CHL uma resposta vigorosa e ainda mais competente àquilo que são as necessidades dos portugueses e suas expectativas", concluiu.

A unidade hoje inaugurada custou 680 mil euros, garantidos em autofinanciamento, e destaca-se por permitir ao utente realizar todo o percurso da especialidade de pneumologia. Conta para isso com áreas dedicadas à consulta externa, exames complementares de diagnóstico, terapêutica e hospital de dia.

Depois da inauguração no CHL, o ministro da Saúde preside, à tarde, à inauguração do novo Centro de Saúde de Pombal.

Estudo
Cientistas espanhóis demonstraram que as meninas recém-nascidas apresentam cientificamente uma maior defesa antioxidante e...

As meninas apresentam também maiores atividades enzimáticas antioxidantes, desmon cientificamente a teoria do “sexo fraco', segundo um estudo da Universidade e Hospital San Cecilio de Granada.

As mães que dão à luz meninas apresentam uma maior defesa antioxidante no seu organismo e menos danos nas principais biomoléculas - em comparação com as que dão à luz meninos -, sofrendo ainda um menor processo inflamatório durante o parto.

Em resumo, o parto de uma menina é menos agressivo para a mãe do que o de um menino, segundo os investigadores, que dizem que até à data não existiam estudos deste tipo, dado que todos os que estão disponíveis avaliavam apenas o stress oxidativo e a inflamação em adultos.

Trata-se do primeiro estudo que avalia o stress induzido nas mães e nos bebés na etapa perinatal.

Neste trabalho multidisciplinar demonstrou-se que as meninas recém-nascidas e as suas mães enfrentam de maneira mais eficaz a agressão do parto em comparação com os meninos e as suas mães, e revela uma clara associação entre o género do bebé, o processo oxidativo e a sinalização inflamatória.

Segundo os investigadores principais deste trabalho, Julio José Ochoa Herrera e Javier Díaz Castro, do departamento de Fisiologia da Universidade de Granada, abre-se assim um campo de investigação que se centra no sexo do bebé como fator de risco para várias alterações funcionais, “com importantes repercussões na esperança de vida e desenvolvimento de patologias na sua vida futura”.

Para levar a cabo esta investigação, os cientistas trabalharam com um universo de 56 mulheres saudáveis e grávidas, das quais 27 deram à luz meninos e 29 tiveram meninas no Hospital Clínico de Granada.

Depois do parto, os investigadores obtiveram mostras de sangue da veia e da artéria do cordão umbilical e do bebé, que analisaram.

De acordo com os resultados obtidos, as meninas enfrentam melhor o stress oxidativo e as inflamações, já que possuem uns sistemas enzimáticos mais maduros no momento do nascimento, limitando os dano nas células e melhorando o seu metabolismo celular.

 

“Por isso, o sexo do bebé é um fator que não só condiciona o processo do parto, mas também influencia o desenvolvimento de patologias futuras”, explicaram os investigadores.

Hospital de Penafiel
A família de uma jovem que morreu com um tumor cerebral alegadamente não diagnosticado nas onze vezes que se terá deslocado à...

Em declarações, a advogada da família, Filomena Pereira, não quis especificar o montante da indemnização por, em simultâneo, estar a decorrer um inquérito-crime alusivo ao caso no Ministério Público junto da Comarca de Porto-Este.

Segundo Filomena Pereira, a ação para reclamar a indemnização deu entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel em a 26 de abril, estando agora a correr os seus trâmites.

Foram solicitados esclarecimentos sobre este caso ao Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, mas até ao momento não se obteve resposta.

O caso, hoje revelado pelo Jornal de Notícias (JN), refere que, durante três anos, uma jovem, de Recarei, Paredes, deu entrada 11 vezes no serviço de urgência do Hospital Padre Américo, em Penafiel, e que “em todas as ocasiões, os médicos apresentaram o mesmo diagnóstico: estado de ansiedade”.

Sara Moreira, 19 anos, acabou por morrer, dois dias depois da última passagem pelo hospital. A autópsia revelou um tumor com 1,670 quilogramas alojado na cabeça.

“Apesar de a rapariga vomitar, ter perdas de consciência e não controlar a urina, nunca a submeteram a uma tomografia axial computorizada (TAC) ou ressonância magnética”, acrescenta o JN.

Os pais de Sara Moreira alegam que houve negligência médica, numa ação administrativa para efetivação de responsabilidade civil extracontratual contra o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), ao qual pertence o Hospital Padre Américo.

No processo, os pais da jovem defendem que o diagnóstico da neoplasia ficou comprometido porque o hospital nunca submeteu a rapariga a uma tomografia axial computorizada (TAC) ou a uma ressonância magnética.

“Uma TAC permitiria o diagnóstico correto, atempado, praticamente sem qualquer margem de incerteza”, argumentam, os advogados, considerando ainda que “os médicos não atuaram com a diligência que lhes era imposta, agindo deste modo com culpa”.

No processo lê-se ainda que “os errados diagnósticos, a não utilização de meios complementares de diagnóstico em imagiologia e a omissão de tratamento adequados são de considerar causas do dano sofrido, a morte, pois que a evolução da neoplasia podia ter sido evitada com o tratamento adequado”.

Serviço Nacional de Saúde
Utentes vão ter novas aplicações móveis com toda a informação sobre o Serviço Nacional de Saúde e os seus dados clínicos....

Ter toda a informação sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS) literalmente na mão ou no bolso vai ser possível em breve com as novas aplicações para telemóveis que os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) conceberam. A My SNS, assim se chama a aplicação para smartphone que disponibiliza informação geral sobre os serviços públicos, vai ser lançada este Verão numa primeira versão e pode integrar a “carteira eletrónica de saúde” — outra aplicação que vai permitir guardar informações clínicas do próprio utente, desde a lista de alergias, contactos em caso de urgência, receitas médicas e guias de tratamento, boletim de vacinas e testamento vital.

Na prática, o que a My SNS faz é a portabilização da informação já disponível na área do cidadão do Portal do SNS. Depois de ter desenvolvido a sua primeira — e até agora única — aplicação móvel, que permite consultar os tempos de espera nas unidades públicas, a SPMS avança agora com esta app cuja primeira versão será descarregada para teste já em Julho e se prevê esteja a funcionar em pleno em Setembro. “Vai ser um processo gradual”, explicou ao jornal Público Henrique Martins, presidente da SPMS.

Até ao final do ano, o cidadão passará ainda a ter informação sobre os benefícios e custos do SNS, ou seja, toda a despesa suportada pelo Estado com os seus internamentos, consultas e medicamentos. “É uma forma de responsabilizar as pessoas, de motivá-las para o uso racional dos serviços”, enfatiza Henrique Martins. Esta funcionalidade já se encontra em fase piloto no Algarve, nos cuidados de saúde primários.

Estas inovações são apenas um dos muitos temas em destaque na semana internacional dedicada ao e-health, que começou nesta segunda-feira e termina na sexta, na FIL, em Lisboa. Especialistas nacionais e estrangeiros debatem a telemedicina, a literacia em saúde e a segurança dos dados de saúde.

Direito a ser esquecido
Nos aspetos legais da partilha da informação, há muita coisa que vai mudar, sublinha Henrique Martins. O novo regulamento de dados pessoais prevê que o chamado “direito a ser esquecido” passe a ser obrigatório nas entidades públicas. Como vai funcionar? Imagine que está registado no Portal do SNS e que pretende que os seus dados sejam retirados. As entidades públicas vão ser obrigadas a apagar os registos, à exceção dos que estiverem envolvidos em processos-crime, sintetiza o presidente da SPMS, que lembra que a nova legislação entra em vigor em Maio de 2018.

Outra questão, a da regulamentação das aplicações em saúde, vai ser igualmente analisada. No “livro verde” sobre mobile health concluía-se que cerca de 80% das mais de 100 mil apps então existentes eram pouco úteis. Portugal está integrado num subgrupo de países para avaliação e regulação das aplicações. “Discutir como as apps podem contribuir e não ser um desgoverno. Neste momento, é a selva”, descreve Henrique Martins.

A prescrição eletrónica também vai estar em foco. Neste momento, cerca de nove mil médicos, quase metade dos prescritores regulares no SNS, já receitam desta forma. “Entram entre 200 a 300 médicos por dia”, diz Henrique Martins, que lembra que se passou de 1%, em Fevereiro, para mais de 50%. Atualmente, nota, "já estamos a poupar pelo menos 1,5 milhões de folhas A4 por mês".

Outro tema é a aposta na telemedicina, que permitiu já, no Algarve, a redução em 20 dias do tempo de espera para uma consulta na especialidade de dermatologia. Nesta região, onde só existe um dermatologista, mais de metade dos doentes são referenciados pelos médicos de família, primeiro para teledermatologia (rastreio) e mais tarde, se necessário, para uma consulta presencial. Mas há mais experiências em curso, como o uso da telemedicina na via verde do AVC (acidente vascular cerebral), na zona Centro, ou o recurso à telemedicina na população reclusa.

Estudo
O consumo de ácidos gordos ómega 3, presentes em peixes como salmão, sardinha e anchova, diminui em 10% o risco de morrer por...

Os investigadores analisaram os níveis de ómega 3 no sangue e nos tecidos de participantes de 19 estudos realizados em 16 países, segundo o artigo publicado na revista médica JAMA Internal Medicine, escreve o Sapo.

Os cientistas descobriram que o ómega 3 "está associado a um risco 10% menor de ataque cardíaco fatal", ainda que essa correlação não tenha sido observada em enfartes não mortais. Isso sugere "um mecanismo mais específico para os benefícios do ómega 3 relacionados com a morte", dizem os investigadores citados pela agência de notícia France Presse.

Os novos resultados "oferecem o quadro mais completo obtido até hoje sobre os efeitos preventivos do ómega 3 contra as doenças cardíacas", comenta a coautora do estudo Liana Del Gobbo, da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, na Califórnia.

Onde podemos encontrar ómega 3?
O ómega 3 está presente tanto em vegetais como em frutos do mar e em alguns peixes, que também são ricos em proteínas específicas, vitamina D, selénio e outros minerais e elementos, dizem os cientistas responsáveis pelo referido estudo.

Nos vegetais, o ómega 3 está presente em nozes, óleo de linhaça, óleo de canola e em algumas outras sementes.

O novo estudo oferece "uma oportunidade sem precedentes para compreender como biomarcadores sanguíneos de diferentes gorduras e ácidos gordos se relacionam com diferentes estados de saúde", afirmou o autor sénior Dariush Mozaffarian, da Escola de Nutrição da Universidade de Tufts.

Os investigadores estudaram mais de 45.630 pacientes. Desses, 7.973 sofreram ataques cardíacos pela primeira vez, com 2.781 óbitos.

"Os resultados de diversos estudos foram similares independentemente de idade, sexo, raça, presença ou ausência de diabetes, uso de aspirina ou de medicamentos para baixar o colesterol", esclarece ainda Del Gobbo.

Nos últimos 30 anos
A qualidade do ar na área metropolitana de Lisboa melhorou nos últimos 30 anos, mas a Avenida da Liberdade continua a ser a...

Investigadores do cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais e do Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC), em colaboração com cientistas da Faculdade de Ciências e do Instituto Superior Técnico, da Universidade de Lisboa, chegaram a estas conclusões através da utilização de líquenes e briófitos, muito sensíveis aos poluentes existentes no ar.

Os líquenes, segundo o Sapo, consistem na associação entre fungos e algas, enquanto os briófitos englobam três grandes grupos de organismos, sendo os musgos os mais conhecidos.

O estudo foi publicado na revista científica Ecological Indicators e comparou dados recolhidos entre 1980-1981 e entre 2010-2011.

Segundo Cecília Sérgio, coordenadora do estudo e investigadora no cE3c, o estudo permitiu concluir que “os principais poluentes se alteraram na cidade, que são diferentes e que os mais gravosos, como o dióxido de enxofre (SO2), apresentam níveis muito menos elevados e quase não é necessário contabilizá-los, porque atingem raramente valores superiores aos regulamentados”.

“Há 30 anos eram valores altíssimos, no entanto, agora são bastante mais baixos”, afirma a cientista, atribuindo esta descida às restrições e regulamentações ambientais que “modificaram a qualidade do ar para melhor”.

Margem Sul com melhorias significativas
Um dos locais onde esta melhoria se verificou foi na Margem Sul, que suportava “diversas indústrias no Barreiro e Seixal, com bastante peso nos níveis de poluentes que emitiam”, acrescentou.

Para Palmira Carvalho, investigadora especialista em líquenes, o estudo permite concluir também que a “qualidade do ar melhorou em Lisboa devido às regras ambientais e à preocupação ambiental que foi aumentando nestes últimos 30 anos, que Monsanto é realmente o ‘pulmão’ da cidade e é o local onde há maior diversidade florística”.

Já a Avenida da Liberdade é “um dos locais mais poluídos e que apresenta o menor número de espécies”.

A investigadora defendeu que este estudo deve ser repetido “com a mesma metodologia num futuro próximo para avaliar possíveis alterações e certificar se as novas políticas ambientais, sobretudo de tráfego, foram ou não eficazes”.

Despesas de saúde
Embora exista Serviço Nacional de Saúde em Portugal e um em cada cinco portugueses já possua um segu

A saúde não tem preço, é um facto, mas pode não ser tão acessível à totalidade da população como deveria ser. A resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) muitas vezes não é tão célere como são as necessidades dos pacientes e por isso mesmo é que as alternativas privadas ganham terreno para financiar despesas (ainda mais quando são inesperadas) com cuidados médicos.

Os dados confirmam esta tendência: a 27 de junho, a Conta Satélite da Saúde do Instituto Nacional de Estatística acusa que, em 2015, a despesa corrente em saúde aumentou 2% face ao ano anterior e, dentro desta, a despesa privada aumentou 2,6%. Este valor foi superior ao da despesa pública, que se fixou em 1,6%. As famílias portuguesas estão a gastar mais nos hospitais e clínicas privados.

A saúde é uma área crucial da vida humana. Existem situações que não podem ser deixadas ao abandono pelas repercussões gravosas que podem gerar: o aparecimento de uma doença grave e os respetivos tratamentos, a necessidade urgente de uma cirurgia ou de uma consulta de especialidade fazem com que proliferem, neste mercado, as soluções dos seguros de saúde, dos planos de saúde e outros métodos de financiar despesas médicas mais elevadas.

Um seguro de saúde consiste no pagamento (anual, semestral, trimestral ou mensal) de uma prestação de cuidados médicos que estão cobertos conforme o valor do prémio. Em troca, as despesas de saúde que estiverem incluídas no contrato são comparticipadas para o segurado. Em termos de benefícios deste sistema, apontam-se geralmente as poupanças de tempo em filas de espera nos hospitais públicos e de dinheiro no caso de utentes com maior propensão a adoecer, bem como a possibilidade de escolher os médicos e as clínicas desejadas. Os gastos são ainda dedutíveis no IRS. Para famílias numerosas, nas quais há gastos para todos os membros, trata-se de um sistema que em muito pode compensar.

De modo geral, um seguro de saúde com valores mais reduzidos de prémio pode incluir: assistência hospitalar e ambulatória; comparticipações variáveis para consultas dentro e fora da rede; cirurgias até um montante de 5.000€. Os preços vão aumentando conforme a abrangência de coberturas. No campo das desvantagens, é possível salientar o facto de não abrangerem doenças do foro psiquiátrico, neurologia e acidentes causados por prática de desporto.

Para além dos seguros, existem também os planos de saúde – uma moda da qual ainda pouco se ouve falar. Enquanto que num seguro de saúde, por norma, o utente paga as suas despesas e a companhia de seguros reembolsa-o posteriormente, tal nunca se verifica no caso do plano de saúde, com o qual é feita uma estimativa de custos para o consumidor, que pagará sempre um valor fixo. Embora também seja possível ter um seguro de saúde com este sistema, o mesmo não é obrigatório. Todavia, no plano de saúde, ao contrário do seguro, o segurado não tem oportunidade de escolher os médicos e hospitais que pretende.

E quem não tiver nenhum destes programas e tiver uma emergência médica, como é o caso de uma cirurgia que custa alguns milhares de euros? Vai ficar dois anos à espera através do SNS? E se essa demora for fatal para a condição do paciente? Neste caso, a solução poderá passar por solicitar um empréstimo destinado a financiar emergências médicas – existem instituições financeiras que até disponibilizam uma modalidade de crédito pessoal específica para estas situações e para quem não dispõe de rendimentos suficientes.

Ainda é possível falar da cobertura de cuidados médicos nas férias. Especialmente quando se vai para fora da União Europeia (desaparecendo assim a possibilidade de usar o Cartão Europeu de Seguro de Doença), é benéfico contratualizar um seguro de viagem para resolver imprevistos, uma vez que, usualmente, este cobre o transporte dos doentes, a sua hospitalização e o respetivo acompanhamento médico no estrangeiro. O utente deve tirar férias, mas a sua saúde não. Os próprios cartões de crédito podem ter seguros de saúde acoplados.

“A saúde é um direito universal e a proteção dos cidadãos é assegurada pela Constituição da República Portuguesa. No entanto, esta salvaguarda não é totalmente abrangente para todos e não são raras as vezes em que os utentes têm de financiar cuidados médicos a partir da sua própria carteira”, sublinha Sérgio Pereira, diretor geral do ComparaJá.pt.

Em 2014, 20% dos portugueses já beneficiava de um seguro de saúde, consoante a Associação Portuguesa de Seguradores. Os dados de 2015 do INE corroboram um aumento das despesas das famílias em prestadores de cuidados de saúde privados. Os números não mentem e atestam que os portugueses estão mais cautelosos com a sua saúde.

“Quem tem de fazer face a despesas médicas elevadas pode ter de abdicar de bens de primeira necessidade e o caso agrava-se quando se fala de famílias, daí a necessidade crescente de proteção, sendo que a melhor forma de financiar gastos avultados em saúde prende-se com a situação específica e as necessidades (consultas de especialidade, cirurgias ou exames médicos, entre outros) de cada utente em particular”, conclui o responsável da plataforma gratuita de comparação financeira.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Vírus Zika
O Instituto Butantan, do Brasil, e o Ministério da Saúde dos Estados Unidos fecharam uma parceria para o desenvolvimento de uma...

A instituição brasileira receberá 3 milhões de dólares (2,7 milhões de euros) de um órgão do Ministério da Saúde dos Estados Unidos para realizar pesquisas e desenvolver uma vacina com o vírus inativado.

A transferência será feita através do acordo entre a Biomedical Advanced Research and Development Authority (Barda), dos Estados Unidos, e a Organização Mundial da Saúde (OMS), firmado para a expansão da capacidade de pesquisa e produção de vacinas no Brasil.

A OMS também destinará doações de outros países e organizações para o expandir a produção do Instituto Butantan.

As autoridades brasileiras informam que os recursos serão investidos em equipamentos e elementos essenciais para a produção da vacina.

O acordo também prevê cooperação técnica entre os especialistas dos Estados Unidos e do Brasil.

O diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil, afirmou em nota que o órgão "já vem trabalhando no desenvolvimento de uma vacina de vírus inativado. Esse tipo de vacina tem desenvolvimento científico e tecnológico mais rápido e, por usar vírus não infetante, tem aprovação pelos órgãos reguladores".

A expectativa é que uma vacina contra o vírus Zika esteja pronta para testes em seres humanos no primeiro semestre de 2017.

No início deste ano a OMS declarou a proliferação do Zika como sendo uma emergência de saúde pública global após a doença ser associada à microcefalia, uma malformação congénita em recém-nascidos.

O órgão mundial da saúde indica que 61 países e territórios do mundo já registam transmissão continuada desta infeção e pelo menos outros 10 países registaram transmissão de Zika por via sexual.

O Brasil é o país onde o vírus está mais disseminado. O país teve 138.108 casos prováveis de Zika neste ano, segundo dados do Ministério da Saúde.

Também foram confirmados 1.616 casos confirmados de microcefalia associada ao Zika desde outubro do ano passado.

Healthcare Excellence
O Hospital de Vila Franca de Xira venceu o prémio Healthcare Excellence com o projeto “capacitar para melhor cuidar”, uma...

O projeto visa “melhorar a articulação entre o ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) e o hospital no sentido de identificar um familiar cuidador” ao qual é dada formação sobre os cuidados adequados ao doente após a alta hospitalar”, explicou a enfermeira especialista Edite Ferreira.

Desenvolvido desde agosto de 2015 na área da cirurgia ortopédica programada, o projeto tem por base uma consulta ativa em que os profissionais de saúde identificam as necessidades de formação do familiar para prestar apoio à pessoa intervencionada, dando-lhe indicações práticas sobre como “vestir e despir, transferências, marcha e utilização de dispositivos auxiliares, utilização do sanitário, entre outras”, explicou a mesma responsável.

Além deste projeto foram distinguidos com menções honrosas o projeto ARPAT – Aplicação de Registo de Pedidos de Altas e Transferências, desenvolvido pelo Centro Hospitalar Lisboa Central e o projeto Healthcare Insinght – Gestão por Objetivos, desenvolvido pelo Hospital Distrital da Figueira da Foz.

No primeiro caso trata-se de uma ferramenta informática implementada em janeiro de 2014 para gerir os pedidos de transferências, altas, óbitos e emissão de etiquetas, entre as Unidades de Internamento e a Urgência Geral Polivalente. O projeto foi depois alargado às admissões urgentes e programadas, ao pré-registo da cirurgia e à gestão de camas.

Já a segunda menção honrosa atribuída ao Hospital da Figueira da Foz distinguiu um projeto-piloto em que através da gestão por objetivos aquela unidade revelo “impactos positivos ao nível da produtividade, eficiência, efetividade e qualidade dos cuidados prestados”, através de processos de contratualização interna envolvendo os profissionais nos objetivos definidos pela gestão.

Os três vencedores foram distinguidos de entre 10 projetos finalistas escolhidos entre 15 de hospitais que concorreram à terceira edição do prémio promovido pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) em parceria com a biofarmacêutica AbbVie.

O prémio monetário de cinco mil euros para o primeiro classificado e a distinção para as duas menções honrosas pretende “incentivar a reconhecer projetos de qualidade e orientados para a melhoria do serviço aos utentes”, sublinhou o presidente da APAH, Alexandre Lourenço, durante a apresentação dos dez trabalhos finalistas, realizada em Óbidos.

Entre os finalistas estiveram projetos do Centro Hospitalar Barreiro Montijo, do Centro Hospitalar Lisboa Central, do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, do Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, do Hospital Distrital da Figueira da Foz, do Hospital Garcia de Orta, do Hospital Senhora da Oliveira de Guimarães e do Hospital de Vila Franca de Xira, o único com dois projetos selecionados.

Nos próximos 3 anos
Estão estabelecidos os termos de uma parceria que vai ser desenvolvida nos próximos três anos e que prevê a partilha de...

A Universidade da Beira Interior (UBI) vai desenvolver nos próximos três anos uma cooperação ativa com 18 entidades ligadas ao desporto. Os protocolos assinados na tarde de segunda-feira, dia 27 de junho, abrangem federações desportivas nacionais e distritais, clubes da região e outros organismos. A colaboração prevê a cedência de espaços, organização de atividades, apoio médico e a promoção e divulgação das instituições e das suas atividades.

A UBI cede instalações desportivas para atividades de treinos, jogos, estágios ou ações de formação, facilita o acesso às unidades de alimentação e residências e possibilita ainda a realização de exames médicos dos desportistas/estudantes. Os restantes parceiros deste acordo vão igualmente disponibilizar instalações e equipamentos desportivos, colaborar na organização de competições nacionais ou internacionais, sejam elas de âmbito universitário ou de interesse mútuo. Deverão também acolher alunos da UBI em estágio e distribuir material de promoção e divulgação da Universidade nos seus jogos e suportes de comunicação, como páginas web.

Tratou-se da primeira vez que a instituição de Ensino Superior sediada na Covilhã promoveu uma cerimónia neste âmbito, pretendendo desta forma juntar-se àquele “espírito associativo, que é uma marca distintiva da Covilhã e da região”, destaca António Fidalgo, reitor da UBI.

“Na nossa maneira de estar e trabalhar, partilhamos muito daquilo que é o esprito associativismo”, considera ainda o reitor, lembrando que a parceria resulta de uma demonstração de confiança de todas as entidades envolvidas: “É uma prova de que, da vossa parte, há um reconhecimento do papel da Universidade e, da nossa, a compreensão do quanto nos ajudam no dia-a-dia nas áreas cultural e desportiva, entre outras”.

Entidades envolvidas

1. Academia de Patinagem da Covilhã Associação APC/AAUBI
2. Associação Desportiva da Estação
3. C.C.D. Amigos do Basquete da Covilhã
4. Associação de Basquetebol de Castelo Branco
5. Associação de Futebol de Castelo Branco
6. Associação Desportiva do Fundão
7. B&B - Empreendimentos Turísticos e Desportivos, Lda.
8. Casa do Sport Lisboa e Benfica na Covilhã
9. C.C.D. Leões da Floresta
10. Escola da Quinta das Palmeiras - Covilhã
11. Federação de Desportos de Inverno de Portugal
12. Federação Portuguesa de Basquetebol
13. Grupo Desportivo da Mata
14. N.B.C. - Núcleo de Basket da Covilhã
15. Sporting Clube da Covilhã
16. TKSports & Events, Unipessoal, Lda
17. Unidos Futebol Clube do Tortosendo
18. Casa de Pessoal da UBI - Núcleo de Basquetebol

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde enalteceu a cooperação entre os três institutos de oncologia nacionais (IPO), localizados em Lisboa, Porto...

"Eu creio que se há área onde a cooperação é útil, na área da oncologia ela é verdadeiramente exemplar", disse Adalberto Campos Fernandes aos jornalistas, no final de uma visita ao IPO de Coimbra, onde inaugurou uma nova tecnologia de tratamento do cancro, investimento de 4,5 milhões de euros.

O titular da pasta da Saúde considerou a relação entre os três IPO como "virtuosa", não só na gestão clínica e estratégia de tratamento dos doentes, como na criação, "a breve prazo" do Registo Nacional do Doente Oncológico, atualmente existente em registos regionais, e também em aspetos como a compra de medicamentos, a negociação e a aprovação de novas tecnologias.

O novo equipamento de tomoterapia do IPO de Coimbra é uma tecnologia única no país para o tratamento de cancro, nomeadamente tumores tratados por radiação externa como os cerebrais e permite um tratamento "mais eficiente e com melhores resultados para o doente", disse  o presidente do Conselho de Administração Manuel António Silva.

Presente na visita, o presidente do IPO do Porto, Laranja Pontes, entregou ao ministro da Saúde um documento sobre a complexidade e custos dos três institutos de oncologia nacionais, considerando-os "o modelo mais eficiente e mais barato de tratar doentes em Portugal".

"Nós só tratamos doentes com cancro e os custos por doente tratado, nos três IPO, são mais baixos do que nos outros hospitais todos, mas não são [só] os doentes com cancro, são os doentes em geral", disse à Lusa Laranja Pontes.

A entrega do documento ao ministro da Saúde pretendeu "evidenciar que o modelo de prestação de cuidados dos IPO é o mais eficiente", reafirmou, defendendo uma "discriminação positiva" dos institutos portugueses de oncologia no acesso ao financiamento.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes, garantiu, em Coimbra, que o Governo não vai privatizar a ADSE "em nenhuma...

"Há uma coisa que lhe posso garantir, em nenhuma circunstância o atual Governo promoverá a privatização da ADSE", disse Adalberto Campos Fernandes aos jornalistas, questionado sobre a eventual mutualização do modelo de assistência na doença aos servidores do Estado.

Em declarações à margem de uma visita ao Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, o ministro da Saúde lembrou ainda que a comissão de reforma da ADSE conclui os seus trabalhos na quinta-feira.

Em declarações anteriores no Parlamento, a 23 de junho, o ministro admitiu que a ADSE venha a ter autonomia e que até à sua eventual mutualização tenha uma fase transitória com duas tutelas.

"O Governo prevê dar autonomia à ADSE e tem de o fazer com segurança", afirmou na altura o ministro Adalberto Campos Fernandes, questionado pela oposição sobre notícias que dão conta de que o plano de atividades do subsistema dos funcionários públicos pode voltar a ser financiado pelo Estado.

Para o ministro da Saúde, até à eventual mutualização, a ADSE poderá ter uma fase transitória em que o subsistema passe a ter duas tutelas (Finanças e Saúde).

IPO Coimbra
O Instituto Português de Oncologia de Coimbra investiu 4,5 milhões de euros de capitais próprios numa tecnologia única no país...

A nova unidade de tomoterapia permite, de acordo com o presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, Manuel António Silva, um tratamento "mais eficiente e com melhores resultados para o doente", e a sua criação "mereceu a concordância" dos profissionais de radioterapia da instituição, afirmou.

Segundo uma nota de imprensa do IPO, a tecnologia inovadora possibilita que a dose de radiação seja direcionada ao tumor alvo, "poupando expressivamente cada um dos órgãos de risco que possam estar na sua vizinhança imediata e a administração consistente, eficiente e fiável dessa mesma distribuição de dose".

"A duração de cada sessão de tratamento encurta significativamente, com ganhos não só de eficiência, como de comodidade e bem-estar para o doente, que deixa de necessitar de longos tempos de imobilização e rigidez postural", lê-se na mesma informação.

"Esta nova unidade vem fortalecer a capacidade instalada em radioterapia no SNS [Serviço Nacional de Saúde], quer pela inovação que comporta, quer pela possibilidade de se constituir como referência sempre que se considere o tratamento por radiações ionizantes", adianta.

Manuel António Silva afirmou, por outro lado, que a tecnologia inovadora "fica disponível para todos em Portugal" e não só para os doentes do IPO de Coimbra.

"Já o fazemos noutras áreas, estamos abertos a essa colaboração. No Serviço Nacional de Saúde a comunicação entre instituições é muito positiva", asseverou.

A nova unidade de tratamento integra o plano de investimento em curso no IPO de Coimbra, instituição que integra a plataforma "mais diferenciada" da Rede de Referenciação Hospitalar de Oncologia, "o que lhe atribui a responsabilidade do diagnóstico e tratamento de tumores, independentemente da sua incidência, em particular dos que exigem técnicas e tecnologia mais complexas e menos vulgarizadas", sustenta a nota de imprensa.

Conferência APEGSaúde
A APEGSaúde – Associação Portuguesa de Engenharia e Gestão da Saúde, em colaboração com a Secção Regional do Norte da Ordem dos...

Partindo da análise do Relatório da Comissão de Reforma do Modelo de Assistência na Doença aos Servidores do Estado (ADSE), que está em discussão pública, Miguel Guimarães destaca a importância de debater este tema e recolher o maior número de informações e opiniões sobre um tema que é importante para quem trabalha na Função Pública, o que acontece com um número significativo de médicos.

Em debate estarão algumas das questões apontadas no referido relatório, como a participação do Estado no campo da organização e governação do sistema de proteção, excluindo-o contudo do aspeto do financiamento.

Ao Estado, defende a Comissão de Reforma, cabe o papel de acompanhar e fiscalizar a actividade da nova entidade e assegurar a sua coordenação com os organismos do Estado ou dele dependentes, sem assumpção de responsabilidade financeira, devendo o equilíbrio entre receitas e despesas ser alcançado pela adequada e necessária definição de contribuições e/ou benefícios.

Dada a importância do tema para os trabalhadores da Função Pública, e dos médicos em particular, o presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos admite que "este é um debate essencial em que os médicos devem participar, contribuindo para uma reforma positiva da ADSE".

"Mais do que tomar uma posição sobre esta matéria, ao acolher este debate promovido pela APEGSaúde, a Secção Regional do Norte pretende chamar os médicos ao debate, dar-lhes uma oportunidade de esclarecerem dúvidas e construírem a sua própria posição, que pode ser determinante para a sua continuidade ou não na ADSE", salienta Miguel Guimarães.

O debate, agendado para as 21 horas de dia 28 de Junho, irá realizar-se no Salão Nobre do Centro de Cultura e Congressos da SRNOM e será moderado por Miguel Guimarães e Carlos Tomás.

O programa da sessão pode ser consultado em https://tinyurl.com/DebateADSE.

Protocolos assinados
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra assinou 15 protocolos com entidades hospitalares da região Centro, do Algarve e...

O presidente do conselho de administração dos Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Martins Nunes, congratulou-se por ter sido "possível juntar, pela primeira vez, todos os hospitais da Região Centro numa mesma missão, com o mesmo objetivo e num mesmo protocolo de colaboração para o bem dos doentes".

"Estamos muito esperançados neste novo tempo que hoje começa e temos a certeza de que o Governo nos irá ajudar a consolidar as nossas instituições, tornando-as mais robustas para enfrentar os desafios que se colocam, seja no acesso atempado, na inovação, na capacidade para nos tornarmos cada vez mais eficientes e mais próximos dos cidadãos", disse o responsável, numa cerimónia presidida pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

A Região Centro tem 85 centros de saúde e 10 hospitais, perfazendo um total de 4.712 camas hospitalares e mais de 2.000 camas de cuidados continuados.

"O conjunto de protocolos que hoje aqui assinamos reforça a coesão entre as instituições e dá um sinal muito positivo da nossa ambição em estar na linha da frente", sublinhou Martins Nunes, salientando que o CHUC, "hospital português com maior número de Centros de Referência, passa a ser uma mais-valia para os restantes hospitais da Região".

Além de envolver os 10 hospitais do Centro, os protocolos de cooperação assinados abrangem ainda projetos de investigação, um deles para estudar o impacto de células estaminais na recuperação de vítimas de AVC.

Este projeto envolve, além do CHUC, o Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNBC), o Hospital Rovisco Pais e a Crioestaminal.

A investigação consiste no desenvolvimento de um ensaio piloto para avaliar o efeito terapêutico de células estaminais em pacientes com AVC [acidente vascular cerebral] e testar também o efeito terapêutico de derivados de células em ensaios pré-clínicos [teste em modelos animais].

O CHUC vai também cooperar com o Serviço Regional de Saúde da Região Autónoma da Saúde, que esteve representado na cerimónia pelo secretário de Estado Regional, através de 16 médicos ortopedistas e oito anestesistas.

Os médicos vão deslocar-se à Madeira todos os fins de semana, em grupos de três: dois ortopedistas e um anestesista.

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