Em Lisboa
O novo Programa Nacional de Vacinação, que entra em vigor em janeiro, é apresentado em Lisboa, com novidades como a vacinação...

A cerimónia decorre na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, com a presença do ministro da Saúde e do diretor-geral da Saúde e de outros especialistas que participarão num debate sobre a vacinação.

O novo Programa Nacional de Vacinação (PNV) resulta de uma revisão iniciada em 2013 e contempla várias novidades, como o fim da vacinação universal com a BCG contra a tuberculose.

A partir de 01 de janeiro de 2017, apenas serão vacinadas com a BCG as crianças que pertencem a famílias com risco acrescido para a tuberculose ou as que vivem numa determinada região, com uma taxa da doença superior à do país (como nos distritos de Lisboa e Porto).

Outra novidade do PNV passa por uma nova e mais abrangente vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV), com uma eficácia superior a 90 por cento contra o cancro do colo do útero, que vai ser administrada às raparigas mais cedo, aos 10 anos.

“Usávamos uma vacina quadrivalente que cobria cerca de 75 por cento do cancro do colo do útero. Entretanto, foi possível adicionar à vacina mais cinco antigénios”, disse a coordenadora do PNV, Graça Freitas.

Esta medida permite uma cobertura contra o cancro do colo do útero 20 por cento maior, mantendo-se na mesma em relação às lesões benignas que “estão em franco desaparecimento”.

Outra novidade do novo PNV, é a junção de vacinas do programa a administrar aos dois e seis meses de idade, tendo em conta que existem ainda outras vacinas prescritas (a custos das famílias).

As crianças passam a receber uma vacina hexavalente, na qual constam a proteção contra a hepatite B, a 'Haemophilus influenzae' tipo B (Hib), a difteria, o tétano, a tosse convulsa e a poliomielite.

A administração da vacina contra o tétano também vai sofrer alterações, com maiores intervalos, passando a ser tomadas aos dez, 25, 45 e 65 anos. Após os 65 anos, os intervalos entre tomas voltam aos 10 anos.

Em relação à vacina contra a meningite B, cuja inclusão no PNV está a ser avaliada, vai ser administrada gratuitamente a crianças que, por razões clínicas, têm défices de imunidade, anunciou Graça Freitas.

Esta vacina protege contra a meningite B, não é comparticipada e cada dose das duas, três ou quatro necessárias (dependendo da idade da criança), custa perto de 100 euros, mas será gratuita para crianças de risco para a doença.

O novo plano contempla ainda a vacinação das grávidas para a proteção das crianças da tosse convulsa, até estas poderem ser vacinadas, a partir dos dois meses de idade.

“Através da placenta há uma passagem de anticorpos da mãe para o filho, a chamada imunidade passiva, e que desaparece quando eles começam a ser vacinados”, ou seja, aos dois meses de idade.

Esta vacina será gratuita a partir de janeiro, mas, até lá, a grávida poderá vacinar-se com o mesmo objetivo, embora pagando o valor da vacina.

Na Alemanha
O cirurgião plástico João Décio Ferreira recebeu em Munique a medalha de ouro Magnus Hirschfeld da Sociedade Alemã de Sexologia...

A Sociedade Alemã de Sexologia Clínica atribuiu a distinção ao "trabalho de uma vida" do médico português devido à sua contribuição "quer a nível de investigação, quer a nível de ensino, para melhorar o conhecimento sexológico e tornar as vidas sexuais mais humanas".

João Décio Ferreira disse sentir-se honrado com o prémio de "grande valor" e garantiu ser um "incentivo para continuar".

"É um reconhecimento internacional daquilo que faço, o que é sempre agradável e é um incentivo para continuar. É sinal que estamos no caminho certo. Quando se faz uma coisa nova, nunca podemos dizer que está terminada, vamos sempre aperfeiçoando mais um bocadinho", afirmou.

O médico desenvolveu em 2006 uma técnica que permite a construção de uma vagina com enxerto de intestino delgado e outra que possibilita construir um pénis com tecido da zona abdominal e enxerto de cartilagem da costela.

"Eu não estava contente com a técnica da cirurgia genital do masculino para o feminino que é usada a nível mundial [faloplastia, ou seja, a inversão da pele do pénis com o enxerto do antebraço], pela estética e complicações que gerava. Resultado: criei uma nova", concluiu.  

O cirurgião plástico, de 72 anos, sublinhou que a distinção internacional contrasta com o reconhecimento que tem recebido em Portugal, uma vez que, depois de reformado do Serviço Nacional de Saúde (SNS), recusou uma proposta para ficar a operar no Hospital de Santa Maria a receber seis euros por hora.

"O valor que me deram na altura andava à volta de 6 euros à hora. Agora, fora de Portugal dão-me uma medalha de ouro. Pensei que é um pouco mais de reconhecimento", criticou. 

João Décio Ferreira referiu que a solução para os transexuais portugueses "é complicada" porque, a nível do SNS, contam apenas com o Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra para cirurgias de mudança de sexo.

O cirurgião plástico continua a operar a nível privado no Hospital de Jesus em Lisboa, que tem aplicado valores mais baixos para quem quer fazer as operações de reatribuição de sexo, temendo não ser o suficiente porque "a maior parte [dos transexuais em Portugal] não tem capacidade económica sequer para pagar as despesas da clínica", referindo que muitos utentes "correm o risco de suicídio".

O médico salientou ainda o "contraste bestial" entre o prémio que recebeu pela Sociedade Alemã de Sexologia Clínica e o processo instaurado pelo Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra em 2015, entretanto arquivado, por crime de difamação agravada devido a observações publicadas pelo cirurgião no seu site e a comentários emitidos numa reportagem da SIC.

João Décio Ferreira é o segundo médico português a receber o galardão Magnus Hirschfeld pelas mãos do Presidente da Sociedade Alemã de Sexologia, Jakob Pastoetter, depois do cirurgião Pedro de Freitas o ter recebido em 2014.

Dia Internacional da Drepanocitose
Para assinalar o Dia Internacional da Drepanocitose a especialista em Hematologia Pediátrica, Teresa

A Drepanocitose ou Anemia de Células Falciformes é uma doença hereditária, de transmissão autossómica recessiva, mais frequente na raça negra e que se caracteriza pela substituição no eritrócito da hemoglobina A pela hemoglobina S.

Esta, em condições de stress (hipoxia, acidose, desidratação) polimeriza e altera as propriedades do glóbulo vermelho que, da sua forma discóide habitual adquire a forma de uma foice (falciforme), torna-se rígido e aumenta a adesividade, com formação de rolhões que obstruem os vasos sanguíneos.

Este fenómeno de vasoclusão, com consequente incapacidade de transporte de oxigénio aos tecidos e morte precoce dos GV, é o responsável pelas manifestações da doença.

A evolução clínica é muito variada  e relacionada com a localização da oclusão, podendo manifestar-se com agudização da anemia e da icterícia, crises dolorosas, infecções frequentes e acidentes vasculares cerebrais, além da progressiva disfunção de vários órgãos.

Sendo uma doença genética a possibilidade de  prevenção assenta na detecção e aconselhamento genético dos casais em risco, dando-lhes a possibilidade de decisão de eventual interrupção da gravidez.

O diagnóstico é laboratorial por rastreio neonatal ou habitualmente quando do início das manifestações clinicas nos primeiros meses de vida.

O seguimento regular destes doentes em consultas de especialidade com equipas multidisciplinares, instituição de profilaxia com imunizações apropriadas, antibioterapia, manutenção de hidratação, evicção do frio e do esforço físico, além da prevenção de acidentes vasculares cerebrais com detecção precoce dos doentes em risco e instituição de terapêutica com Hidroxiureia/transfusões regulares, alterou significativamente a qualidade de vida e prognóstico destes doentes.

Em relação à terapêutica, além do tratamento das crises dolorosas e infecciosas, a Hidroxiureia continua a única terapêutica disponível com resultados visíveis.

O transplante de medula óssea/células estaminais,  única terapêutica curativa até á data, embora com todos os riscos inerentes, tem tido bons resultados, essencialmente com dador familiar e  em doentes com idade inferior a 16 anos.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em Lisboa
O plano contra o desperdício alimentar na cidade de Lisboa salvou no último ano mais de 2,1 milhões de refeições do desperdício...

De acordo com o vereador centrista João Gonçalves Pereira, que lidera o Comissariado, entre maio de 2015 e maio deste ano, foram “recuperadas 2.134.704 refeições pelas 94 entidades parceiras da rede municipal de combate ao desperdício alimentar, que trabalham nas 24 freguesias de Lisboa”.

“Um valor de recuperação que não é mensurável”, acrescentou, numa conferência de imprensa para apresentação do relatório com o balanço do plano, salientando que “não há nenhum país do mundo que tenha uma rede alimentar que cubra toda uma cidade”.

Em 2015, a Comunidade Vida e Paz (CVP), um dos parceiros, reaproveitou 768 mil euros nas refeições que distribuiu, segundo um sistema de impacto social que a associação tem implementado desde há dois anos, revelou, por seu lado, Henrique Joaquim, responsável pela CVP.

A CVP apoia 60 agregados familiares com alimentos, cerca de 250 pessoas, algumas com regularidade semanal, “mas sempre de uma forma transitória”, porque o objetivo da organização é “tirar pessoas da rua e criar condições para que possam voltar a [viver] de forma autónoma”.

“Não só encontramos pessoas em situação de sem-abrigo e pessoas que tipicamente estão na rua, como encontramos há vários anos - e nos últimos anos esse número foi talvez o que mais aumentou - pessoas que, não estando na rua, estão em situação de grave vulnerabilidade social e que procuram o apoio dos voluntários no sentido de suprir uma necessidade que é a da alimentação”, disse.

Henrique Joaquim destacou, ainda, que os alimentos distribuídos “não são sobras”, mas alimentos “que foram confecionados nesse dia, acondicionados nesse dia e devidamente acondicionados”, no que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) “tem sido um parceiro fundamental”.

O programa municipal de combate ao desperdício alimentar tem já dois núcleos oficialmente constituídos, no âmbito de comissões sociais de freguesia, em Belém e em Santa Clara, e deverá ter núcleos em todas as outras freguesias, exceto Campolide, que já tinha em funcionamento um projeto próprio semelhante.

Este envolvimento das juntas de freguesia é destacado pelo vereador dos Direitos Sociais da Câmara de Lisboa, João Afonso, salientando que “o trabalho contra o desperdício alimentar é um trabalho local”, porque é a nível local que se conhece melhor “a real expressão das necessidades do território e é, também, onde estão os voluntários”.

Um terço dos alimentos produzidos para consumo humano em todo o mundo é desperdiçado, o que corresponde a 1,3 mil milhões de toneladas por ano, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

Na Europa, o desperdício anual anda na ordem dos 30 a 50% dos alimentos produzidos, o que representa 89 milhões de toneladas de alimentos.

Em Portugal são desperdiçadas cerca de um milhão de toneladas de alimentos por ano.

Investigadores portugueses anunciam
Investigadores das universidades de Vila Real e de Aveiro anunciaram “avanços importantes” no estudo do cancro da mama, a...

O estudo junta sete investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e da Universidade de Aveiro.

O trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da atividade física de longa-duração (35 semanas) no cancro da mama quimicamente induzido pelo agente carcinogénico “N-metil-N-nitrosureia” (MNU) em ratos fêmea da estirpe “sprague-dawley”.

Segundo explicou, em comunicado, a investigadora Ana Faustino, o protocolo de exercício físico com a duração de 35 semanas aplicado neste trabalho foi o mais longo realizado até à data neste modelo.

“Se pensarmos na translação para o homem, equivale a aproximadamente 25 anos de prática de atividade física moderada”, salientou a cientista.

Ana Faustino disse ainda que “os resultados obtidos sugerem que a prática de exercício físico ao longo da vida contribui para uma redução do número de lesões neoplásicas e da sua agressividade, e para uma maior vascularização dessas lesões”.

Nesta investigação, foram utilizados 50 ratos fêmea da estirpe “sprague-dawley” com quatro a cinco semanas de idade, e, após um período de quarentena e de adaptação às condições do laboratório, os animais foram aleatoriamente divididos em quatro grupos experimentais: sedentário (MNU 01), exercitado (MNU 02), controlo sedentário (03) e controlo exercitado (04).

Apenas os animais dos grupos MNU receberam o agente carcinogénico. Após um período de adaptação, os animais dos grupos 02 e 04 foram exercitados num tapete rolante a uma velocidade constante de 20 metros por minuto, 60 minutos por dia e cinco das por semana, nas 35 semanas.

Segundo o comunicado, no final do protocolo experimental, verificou-se que todos os animais dos grupos MNU desenvolveram cancro da mama, e, como expectável, os animais dos grupos controlo não desenvolveram qualquer lesão neoplásica.

Foram observadas 71 lesões neoplásicas no grupo MNU sedentário e 50 lesões neoplásicas no grupo MNU exercitado. Verificou-se também que o número de lesões malignas foi superior no grupo MNU sedentário (39 lesões malignas) quando comparado com o grupo MNU exercitado (21 lesões malignas).

Na análise dos dados obtidos por ultrassonografia e imunohistoquímica observou-se uma maior vascularização das neoplasias dos animais que foram submetidos ao protocolo de exercício físico (grupo MNU exercitado).

“Esta redução na agressividade das lesões neoplásicas do grupo MNU exercitado poderá estar relacionada com a maior vascularização dessas lesões (maior aporte de oxigénio) e consequentemente à redução da hipoxia que, segundo alguns autores, induz uma maior agressividade das lesões neoplásicas”, explicou Ana Faustino.

E continuou: “os resultados suportam a prática de exercício físico moderado para a prevenção de cancro da mama, ou mais concretamente, de fenótipos mais agressivos desta doença”.

A investigação, financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), decorreu no âmbito do projeto “Avaliação bioquímica, morfológica e funcional do catabolismo muscular associado ao cancro da mama: o papel do exercício físico”.

Integram a equipa Ana Faustino, Mário Ginja, Adelina Gama, Paula A. Oliveira, Maria João Pires e Bruno Colaço, pela UTAD, e Rita Ferreira pela Universidade de Aveiro.

“Apps for Good 2014/2015”
A aplicação EBSSA+Especial, desenvolvida pelos alunos da Escola Básica e Secundária de Santo António no Barreiro, vencedora do...

A EBSSA+Especial é uma aplicação móvel, desenvolvida a pensar nas pessoas que têm dificuldade de comunicação, especialmente jovens e adultos com autismo, portadores de trissomia 21 e vítimas de acidente vascular cerebral.

A solução proposta por esta aplicação baseia-se em imagens, organizadas por temas, às quais estas pessoas podem recorrer para se expressar, e inclui um jogo didático, dados sobre os cuidados de saúde de cada utilizador e contactos de emergência.

Para João Baracho, Diretor Executivo do CDI Portugal, “o trabalho desenvolvido pelos alunos da Escola Básica e Secundária de Santo António no Barreiro é prova do potencial do jovem talento que existe em Portugal e do sucesso do Apps for Good no cumprimento dos seus objetivos de estimular e capacitar jovens a perceberem e aplicarem o potencial da tecnologia para transformar o mundo e, em particular, as comunidades nas quais se inserem.”

O Apps for Good contribui para uma alteração dos modelos educativos atuais no sentido de promover a criação de uma consciência de cidadania ativa e responsabilidade social desde a juventude. O projeto contribui igualmente para aumentar o interesse dos jovens pelas áreas tecnológicas, motivando para uma aprendizagem partilhada que reduza a desmotivação pela escola e consequente abandono escolar, criando competências pessoais de iniciativa e criatividade fundamentais num Mundo em permanente evolução.

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
Um tecido que armazena energia para alimentar dispositivos eletrónicos e sensores integrados na própria roupa, com aplicações...

"O têxtil funciona como uma bateria, não necessitando por isso de pilhas externas e não flexíveis que, atualmente, são usadas em vestuário eletrónico", explicou Clara Pereira, uma das responsáveis pelo projeto.

A flexibilidade e a rapidez de carregamento são as mais-valias do WEStoreOnTEX, em cujo desenvolvimento participam ainda André Pereira e Rui Costa, também investigadores do Departamento de Química e Bioquímica e do Departamento de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP).

Com este projeto, a equipa conquistou o terceiro lugar na edição de 2016 do iUP25k - Concurso de Ideias de Negócio da Universidade do Porto, que ocorreu no início de junho, tendo recebido um prémio no valor de cinco mil euros.

Para além disso, durante o mesmo concurso, receberam o Prémio Best Energy Business, no valor de dois mil euros, patrocinado pela KIC Inno Energy, no âmbito das melhores ideias nas áreas das Tecnologias da Informação e da Energia.

De acordo com Clara Pereira, a ideia para este produto surgiu da "necessidade emergente"em criar vestuário e acessórios eletrónicos portáteis que forneçam energia, como é o caso de sensores de monitorização de biossinais.

Esses sensores, integrados na própria roupa, servem para medir o ritmo cardíaco, a frequência respiratória e o movimento, por exemplo.

"A indústria têxtil e do vestuário, em Portugal, é um dos setores fundamentais para o desenvolvimento da economia nacional", indicou a investigadora, acrescentando que, por isso, a criação de produtos têxteis inovadores assegura a competitividade e o crescimento dessa área.

O projeto WEStoreOnTEX é financiado pelos laboratórios associados a que os membros da equipa pertencem - REQUIMTE/LAQV e IFIMUP-IN -, ambos localizados na FCUP.

1º Congresso da Europacolon Portugal em Oncologia Digestiva
A banda de rock Daymoon lança o álbum “Cruz Quebrada” inspirado na história de uma doente com cancro do intestino. A totalidade...

O Álbum “Cruz Quebrada”, lançado em janeiro pelos Daymoon, será apresentado oficialmente em Portugal no 1º Congresso da Europacolon em Oncologia Digestiva, que decorre entre 8 e 9 de Julho, no Porto, através de um miniconcerto e do testemunho de vida do Fred Lessing, vocalista da Banda e compositor.

"O álbum “Cruz Quebrada” resultou da minha própria história de vida. A minha mulher, Inês, faleceu com cancro do intestino, com 48 anos, devido essencialmente ao medo da realização de uma colonoscopia e do diagnóstico. A Banda quis transformar esta experiência num álbum e dedicá-lo às lutas diárias de um doente oncológico. Queremos acima de tudo contribuir para a prevenção e sensibilização desta doença, através da venda do CD, que reverterá na totalidade para as ações de sensibilização e apoio da Europacolon Portugal”, explica Fred Lessing.

“A Europacolon agradece todo o apoio e reconhece a importância desta iniciativa. Com estas verbas iremos conseguir desenvolver mais ações de sensibilização para a obrigatoriedade do rastreio e suporte e acompanhamento de pacientes e cuidadores. A apresentação do álbum no Congresso não será apenas um evento musical, tem como principal objetivo sensibilizar e alertar as pessoas para a necessidade de promoverem medidas preventivas face ao cancro do intestino e desmitificar a doença através de um testemunho na primeira pessoa. O CD poderá ser adquirido diretamente no local por um valor simbólico de 14,95€ euros ou através do site ppr-shop.de”, conclui Vítor Neves, Presidente da Europacolon Portugal.

Os Daymoon e a Europacolon convidam todas as pessoas, pacientes e familiares, a estarem presentes no 1º Congresso da Associação, mediante uma pré-inscrição no valor de 20 euros, e a assistir ao lançamento oficial do “Cruz Quebrada”.

Saiba mais sobre o 1º Congresso da Europacolon Portugal em Oncologia Digestiva e sobre o álbum “Cruz Quebrada” em: www.europacolon.pt

Programa Nacional de Vacinação
As grávidas vão poder ser vacinadas contra a tosse convulsa, com vista à proteção do seu filho até aos dois meses de idade,...

De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Vacinação (PNV), Graça Freitas, a introdução desta medida de proteção levou em conta que há um número residual de casos de tosse convulsa, bem como pequenos surtos que podem ocorrer com intervalos de dois ou três anos.

A vacina disponível é segura e os peritos decidiram fazê-la chegar à criança através da mãe, quando ainda decorre a gravidez. O objetivo é o bebé estar protegido até atingir os dois meses de idade, altura em que já pode ser vacinado contra a tosse convulsa.

“Através da placenta há uma passagem de anticorpos da mãe para o filho, a chamada imunidade passiva, e que desaparece quando eles começam a ser vacinados”, ou seja, aos dois meses de idade.

O objetivo é “a mãe dar imunidade aos filhos”, adiantou Graça Freitas.

A especialista garantiu que, dada a segurança da vacina, “não há riscos para a mãe e tem uma vantagem para os filhos”.

A vacinação da grávida deverá ocorrer por volta da 20.ª semana de gestação e, até janeiro de 2017, altura em que a medida constará do PNV, terá de ser suportada financeiramente pela mulher.

Sobre a tradicional relutância da vacinação na gravidez, Graça Freitas reconheceu que “há em todos os países um problema de adesão”.

“O obstetra e a mãe vão ter de ponderar a proteção do seu filho”, concluiu.

Programa Nacional de Vacinação
A vacina contra a meningite B, cuja inclusão no Programa Nacional de Vacinação está a ser avaliada, vai ser administrada...

A medida de exceção foi anunciada em entrevista pela subdiretora geral da Saúde, Graça Freitas, para quem esta iniciativa visa proteger um grupo de crianças muito doentes.

Para tal, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai adquirir vacinas que estarão em breve disponíveis nos serviços de pediatria ou nos postos de vacinação e que serão administradas mediante prescrição médica.

Esta vacina protege contra a meningite B, não é comparticipada e cada dose das duas, três ou quatro necessárias (dependendo da idade da criança) custa perto de 100 euros, mas será gratuita para estas crianças.

A população que irá receber a vacina através do SNS é composta por crianças com quadros clínicos complicados, como as que sofrem de asplenia (ausência de baço) anatómica ou funcional.

Pelas suas doenças de base, estas crianças estão em risco de ter uma meningite mais complicada do que uma criança saudável, explicou Graça Freitas, responsável pelo Programa Nacional de Vacinação (PNV).

Sobre a inclusão desta vacina no PNV, a especialista em doenças transmissíveis disse que continuam a ser estudadas as vantagens, face à epidemiologia da doença em Portugal, uma vez que “os meningogocos que circulam na Europa não são todos iguais”.

Programa Nacional de Vacinação
Uma nova e mais abrangente vacina contra o vírus do papiloma humano, com uma eficácia superior a 90 por cento contra o cancro...

De acordo com a subdiretora geral da Saúde, Graça Freitas, esta é uma das várias novidades do novo Programa Nacional de Vacinação (PNV), que entra em vigor a 01 de janeiro de 2017.

“Usávamos uma vacina quadrivalente que cobria cerca de 75 por cento do cancro do colo do útero. Entretanto, foi possível adicionar à vacina mais cinco antigénios”, adiantou em entrevista.

Esta medida permite uma cobertura contra o cancro do colo do útero 20 por cento maior, mantendo-se na mesma em relação às lesões benignas que “estão em franco desaparecimento”.

Segundo o novo PNV, e tendo em conta o princípio de “vacinar o mais cedo possível”, a administração desta vacina será antecipada para os 10 anos, quando até então era recomendada para entre os 10 e os 13 anos.

O objetivo é a administração da vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV) coincidir com o reforço do tétano e difteria, evitando assim outra ida ao posto de vacinação.

“Ao décimo aniversário, as pessoas fazem o HPV e o reforço do tétano e da difteria”, explicou.

Em relação à possibilidade dos rapazes serem vacinados contra o HPV, Graça Freitas disse que “o benefício para as raparigas é muito maior”.

“Para os rapazes, a proteção do cancro não é tão evidente, porque não é tão frequente”, adiantou.

Ainda assim, a especialista disse que as autoridades vão continuar a acompanhar os resultados dos estudos sobre os efeitos da vacina na diminuição dos cancros da cabeça e pescoço nos rapazes, causados pelo HPV.

Outra novidade do novo PNV, que será apresentado na segunda-feira, é a junção de vacinas do programa a administrar aos dois e seis meses de idade, tendo em conta que existem ainda outras vacinas prescritas (a custos das famílias).

“Aos dois meses começavam a concentrar-se várias vacinas: a pentavalente, que não incluía a da hepatite B, a pneumocócica, introduzida em 2015, além da meningocócica, que era dada por prescrição”, disse.

A partir de 01 de janeiro, as crianças vão receber uma vacina hexavalente, na qual constam a proteção contra a hepatite B, a Haemophilus influenzae tipo B (Hib), a difteria, o tétano, a tosse convulsa e apoliomielite.

A medida permite “maior conforto e maior confiança na vacinação”, afirmou Graça Freitas.

A administração da vacina contra o tétano também vai sofrer alterações, com maiores intervalos, passando a ser tomadas aos dez, 25, 45 e 65 anos. Após os 65 anos, os intervalos entre tomas voltam aos 10 anos.

A alteração do PNV, que resulta de uma revisão iniciada em 2013, vai aumentar os seus custos, que se situam atualmente nos 30 milhões de euros anuais.

Para Graça Freitas, o objetivo desta alteração não foi fazer um PNV mais barato, mas sim melhor para todos, embora a questão dos custos não tenha sido ignorada.

O enfoque desta mudança é que “a vacinação é de facto para a vida e que as vacinas continuam a fazer bem e a salvar vidas”, disse.

A próxima decisão da Comissão Nacional de Vacinação deverá incidir sobre a inclusão, ou não, da vacina contra a meningite B.

Programa Nacional de Vacinação
A vacina BCG contra a tuberculose, que era administrada a todas as crianças logo após o nascimento, vai passar a ser dada...

De acordo com a subdiretora geral da Saúde, Graça Freitas, que coordena o Programa Nacional de Vacinação (PNV), a transição da vacinação universal para a proteção de grupos de risco é “um momento histórico”.

A partir de 01 de janeiro de 2017, apenas serão vacinadas com a BCG as crianças que pertencem a famílias com risco acrescido para a tuberculose ou as que vivem numa determinada região com uma taxa da doença superior à do país (como nos distritos de Lisboa e Porto).

“Não é difícil encontrar esses meninos. Dá trabalho, mas para isso é que cá estamos”, disse a responsável, em entrevista.

A alteração foi proposta por um subgrupo, criado no âmbito da Comissão Técnica de Vacinação, e contou com o contributo de dezenas de peritos de várias áreas.

“Destas pessoas todas que foram consultadas, algumas representando instituições, apenas uma pessoa, em nome individual, por já estar jubilado, tinha dúvidas sobre a mudança de estratégia. Reuniu-se, pois, um grande consenso junto da comunidade científica”, explicou.

Pesou igualmente na mudança a evolução da tuberculose, hoje com valores muito inferiores dos registados no passado.

Em 2015, Portugal atingiu o número mais baixo de sempre de casos de tuberculose, com uma incidência de 20 casos por 100 mil habitantes.

A esta evolução positiva acresce o facto de “Portugal ter um programa de vigilância que permite monitorizar a doença”, sublinhou Graça Freitas.

A especialista em doenças transmissíveis garantiu que esta mudança de estratégia não está relacionada com a falta de vacinas BCG que se registou nos últimos anos.

Portugal tem atualmente 64 mil doses de vacina prontas para serem colocadas nas instituições e um “canal aberto de importação do Japão”, disse.

“Nós não quisemos nunca juntar as duas coisas. Só quisemos ter a mudança de estratégia de vacinação quando já tivéssemos as vacinas, para uma coisa ser completamente distinta da outra”, disse.

O novo PNV entra em vigor a 01 de janeiro de 2017 e contará com várias novidades, além das alterações na vacinação contra a tuberculose.

Estas alterações resultam da revisão do PNV, iniciada em 2013.

Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos
O presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos afirmou que a tomada de posse da comissão nacional, quatro anos...

Manuel Capelas falava a propósito do protocolo assinado com o Ministério da Saúde e o Observatório Português dos Cuidados Paliativos do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa, que tem como objetivo “a colaboração, o desenvolvimento de ideias, monitorizar e avaliar”.

Para o presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP), a assinatura deste protocolo representa um “grande marco, porque é a primeira vez que o observatório tem um acordo com ministério, para podermos trabalhar com dados fidedignos”.

Mas mais do que o protocolo, Manuel Capelas destaca a “tomada de posse, quase 4 anos depois, de comissão nacional de cuidados paliativos”, através de despacho publicado na quarta-feira.

“Temos neste momento condições políticas e profissionais para pensar de forma estruturada nos cuidados paliativos em Portugal”, afirmou.

Na opinião de Manuel Capelas, atualmente “as coisas não estão bem do ponto de vista de qualidade, quantidade e equidade do processo”.

Segundo a APCP, dez anos depois da criação da Rede Nacional de Cuidados Continuados ainda existem distritos sem qualquer unidade de cuidados paliativos a funcionar como é o caso de Viana do Castelo, Aveiro e Leiria.

No entanto, o responsável acredita que a comissão nacional de cuidados paliativos vai permitir desenvolver estas unidades e “passar das ideias à prática”, e mostra-se disponível para colaborar no levantamento do número de profissionais com formação específica em cuidados paliativos, para melhor planeá-los e desenvolvê-los.

“Estamos disponíveis para colaborar no desenvolvimento equitativo, para que os cuidados cheguem às pessoas, no tempo útil em que as pessoas precisam”, afirmou, sublinhando que “é preciso acreditar e colaborar com esta equipa”.

O presidente da APCP diz que a comissão nacional – criada em 2012, mas nunca efetivada – vai agora “dar resposta à Lei de Bases dos Cuidados Paliativos”.

“Esperemos, porque as pessoas são competentes e têm formação na área, que agora deem prossecução aos objetivos da lei: dar acesso em tempo útil, dar resposta aos cidadãos que precisam, em função das suas necessidades”, afirmou.

Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos
A Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos promove, a 18 de Junho, o Dia do Médico, uma cerimónia onde são homenageados os...

Esta iniciativa anual pretende assinalar a qualidade da Medicina portuguesa, tomando como exemplo o trabalho desenvolvido por duas gerações de médicos que contribuíram para fazer do SNS um serviço público de Saúde de referência a nível internacional.

Este ano, a Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos (SRNOM) escolhe como tema do Dia do Médico o ‘ser médico hoje’ centrado no património da relação médico-doente e na valorização da profissão médica. E destaca a necessidade de um maior reconhecimento e respeito pelos profissionais como uma atitude que possa prevenir fenómenos como a emigração excessiva, a aposentação antecipada e a opção exclusiva pelo sector privado.

"É urgente oferecer condições de trabalho dignas que estimulem os médicos a optar pelo SNS", alerta o presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, ressalvando que não está em causa apenas o fator remuneratório: "é essencial respeitar a relação médico-doente, melhorar a organização e o planeamento do sector público, revitalizar a carreira médica e aplicar na prática os mecanismos de progressão na carreira. No fundo valorizar e recompensar as pessoas de acordo com as suas competências e a sua diferenciação técnica".

No entender do presidente do CRNOM, este seria um passo importante para atenuar a saída de profissionais do sistema. "Em 2014 e 2015 emigraram 875 médicos. A grande maioria apresentou como justificação melhores condições de trabalho", aponta o dirigente, recordando, por outro lado, que se aposentaram 3172 médicos entre 2012 a 2015, a maioria de forma antecipada.

"A tudo isto, acresce um número cada vez maior de médicos que trabalham apenas no sector privado. Um número que, atualmente, já ultrapassa os 15 mil médicos", adverte. O que, frisa Miguel Guimarães, "contribui para que os portugueses continuem a sentir que faltam médicos nos hospitais, nos centros de saúde, no serviço público de saúde. Mesmo existindo no país um número claramente superior às necessidades".

"As causas estão identificadas. Falta trabalhar nas soluções que permitam o reforço do capital humano no SNS", refere o responsável do Conselho Regional do Norte. Começando desde logo pelos jovens médicos que agora estão a efetuar o Internato do Ano Comum e a efetuar a sua escolha para a formação especializada.

Também por isso a Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos dedica parte do Dia do Médico aos mais novos, com a atribuição do Prémio Daniel Serrão, que honra, estimula e premeia a qualidade da formação pré-graduada e recorda a importância do caminho entre a academia e a enfermaria. "Tal como a Dr.ª Filipa Martins Silva, que foi a melhor aluna finalista da região Norte no ano letivo de 2014/2015, muitos jovens médicos preferiam fazer a sua formação especializada em Portugal e ficar a trabalhar no nosso país", sustenta Miguel Guimarães.

Lembrando que "os jovens hoje têm uma visão do mercado de trabalho mais global do que há algumas décadas", o presidente do Conselho Regional do Norte admite que só será possível "atrair estes médicos se formos competitivos face às propostas vindas do estrangeiro, se lhes oferecermos boas condições de trabalho, incentivos que os atraiam para as regiões mais carenciadas", sustenta. "Os jovens médicos que agora estão a escolher a área em que querem fazer a sua formação específica aspiram ficar em Portugal e só saem porque, de algum modo, não lhes são proporcionadas as condições desejadas", adverte Miguel Guimarães.

Entre as soluções preconizadas para equilibrar o capital humano no SNS e, em particular, nas zonas mais carenciadas, encontram-se medidas como "a promoção de incentivos fiscais, incentivos para alojamento e recolocação da família no mercado de trabalho local e nas escolas, oferta de maior qualidade em termos de equipamentos, dispositivos e materiais que permitam aos médicos a prestação de cuidados de saúde de acordo com o estado da arte, bem como o acesso a formação contínua qualificada".

"Só desta forma conseguiremos garantir que os jovens especialistas, que podem e devem ser o garante da sustentabilidade, inovação e qualidade do SNS, continuem a trabalhar em Portugal", adverte Miguel Guimarães. "Ao Ministério da Saúde cabe o papel de reforçar o capital humano do SNS e contribuir para que este continue a ser um serviço de saúde de excelência, universal e tendencialmente gratuito", frisa.

A edição deste ano do Dia do Médico irá ainda contar com uma conferência de Artur Santos Silva, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian. Uma palestra que promete ser enriquecedora e que irá abordar a temática dos aspetos culturais e éticos do ser médico.

A cerimónia está agendada para as 18h00 e irá decorrer no Salão Nobre do Centro de Cultura e Congressos da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos.

Em todo o país
Os pólenes vão estar em níveis muito elevados em todas as regiões de Portugal Continental, a partir de sexta-feira e durante...

Segundo o Boletim Polínico, entre sexta-feira e o dia 23 de junho, os níveis de pólenes vão manter-se em níveis muito elevados em todo o Continente, sendo baixos na Região Autónoma da Madeira e moderados nos Açores.

Na região de Trás-os-Montes e Alto Douro vão predominar os pólenes das ervas gramíneas, do castanheiro e da erva parietária.

Na zona do Porto terão predomínio as ervas gramínea, parietária e tanchagem e as dos castanheiros.

Já na Beira Interior o predomínio será de gramíneas, oliveiras, carvalhos e erva parietária.

Na região de Lisboa e Setúbal, as previsões apontam para um predomínio das ervas gramíneas e parietária e das árvores oliveira e carvalhos.

Os pólenes das gramíneas, da tanchagem, da parietária, da oliveira e sobreiro serão os que dominam no Alentejo.

Na região do Algarve, os pólenes a predominar serão os das gramíneas, seguidos dos das oliveiras, sobreiro e tanchagem.

Doenças Cardiovasculares
Responsáveis por mais de 20 mil mortes por ano, as doenças cardiovasculares têm um grande impacto na
Coração feito com frutas legumes e vegetais

De acordo com os dados disponíveis, Portugal tem a maior taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares na Europa Ocidental.

Associadas aos maus hábitos alimentares e estilo de vida, sabe-se que cerca de 70 por cento da população portuguesa tem colesterol elevado, 20 por cento é fumadora e 40 por cento é hipertensa.

Números aos quais se junta ainda uma das mais altas taxas de sedentarismo. Um alerta lançado pela Organização Mundial de Saúde, que destaca o país como o estado Europeu como menos praticantes de atividade física.

Uma alimentação cuidada – variada e com baixo teor de gorduras e sal - , aliada à prática regular de exercício físico é essencial para a manutenção da saúde cardiovascular, e um dos desafios da sociedade atual, cada vez mais presa à fast-food, aos alimentos processados ou pré-confeccionados e à inércia.

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, uma alimentação saudável é, aliás, um dos aspetos mais importantes para conseguir manter ou melhorar a saúde. Para além de ajudar a controlar o peso, ajuda a reduzir o risco de doenças cardiovasculares e acidentes cerebrais vasculares (AVC), baixa os níveis de mau colesterol, melhora o controlo dos níveis de açúcar no sangue , prevenindo a diabetes, e ajuda a reduzir os níveis da tensão arterial.

“Uma alimentação saudável contém muitos vegetais e frutas, hidratos de carbono como pão de mistura, massa e arroz, lacticínios magros ou meio gordos, mais peixe do que carne, água à discrição e contém pouca gordura (especialmente a gordura saturada), sal e açúcar”, pode ler-se na página da fundação.

Deste modo, deve apostar-se em alimentos com baixo teor de gordura e sal e moderar o consumo de álcool que pode afetar gravemente o músculo do coração.

Comer peixe gordo é outra das recomendações. “Os ácidos gordos omega 3 que se encontram nos peixes mais gordos, como o salmão, atum, cavala e a sardinha, ajudam a regular os batimentos do coração, melhoram a resistência dos vasos sanguíneos e previnem a formação de coágulos de sangue nas artérias coronárias”, explicam os especialistas.

Os melhores aliados do coração

Ainda que um alimento, por si só, não tenha a capacidade para combater uma determinada doença, isso não significa que não possua propriedades que o podem ajudar.

No caso das doenças cardiovasculares, saiba que a introdução de certos alimentos na dieta do dia-a-dia podem ajudá-lo a combater fatores de risco como hipertensão ou colesterol.

Nozes

De acordo com American Heart Association, sendo ricas em gordura monossaturada, vitamina E, ómega-3 e alfa-linolénico, as nozes contribuem para a redução dos níveis de mau colesterol no sangue e diminuem o risco de problemas cardíacos

Salmão e atum

Consumir peixe rico em ómega-3, duas vezes por semana, diminui os riscos de ataque cardíaco, graças ao aumento do colesterol bom no sangue e à queda dos níveis de triglicéridos

Azeite

Vários estudos demonstram que usar azeite para cozinhar ou temperar  saladas, por exemplo, diminui em 41 por cento as hipóteses de sofrer um AVC

Abacate

Um estudo publicado no México nos anos 90 mostrou que o consumo desta fruta ajuda a reduzir os níveis de mau de colesterol (LDL) e aumenta o bom (HDL)

Romã

A romã contém substâncias antioxidantes que protegem a parede das artérias. O sumo desta fruta também estimula o corpo a manter a pressão arterial nos valores ideais

Melancia

Um estudo realizado na Universidade da Flórida indicou que a melancia é capaz de alargar os vasos sanguíneos contribuindo, deste modo, para a redução da pressão exercida sobre os mesmos

Laranja

De acordo com estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition, beber dois copos de sumo de laranja ajuda a diminuir a pressão arterial e melhora as funções dos vasos sanguíneos

Espinafre

Rico em potássio e acido fólico, o espinafre diminui o risco de doenças cardíacas em 11 por cento

Brócolos

Ricos em vitamina K, que protege as veias, os brócolos são também uma importante fonte de fibra, que ajuda a manter a pressão arterial e os níveis colesterol sob controlo

Espargos

Este vegetal diminui naturalmente a pressão arterial, reduzindo o risco de ataque cardíaco causado por anos de erros alimentares e artérias entupidas

Queijo

Um estudo recente do Brigham and Women's Hospital e Harvard Medical School descobriu que consumir três porções de queijo magro ajuda a reduzir a pressão arterial

Chá verde

Rico em catequenias contribui para a redução do mau colesterol, para a manutenção do peso e na prevenção de tumores

Café

Investigadores holandeses concluiram que consumir pelo menos duas chávenas de café por dia (mas não mais do que quatro) reduz em 20 por cento o risco de ataque cardíaco, o que indica que o seu consumo moderado é benéfico. No entanto, a polémica em torno do café persiste. Victoria Taylor da Fundação Britânica do Coração diz que é preciso cautela e que são necessários mais estudos que comprovem os benefícios desta bebida. Moderação é a palavra chave.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Máquinas de venda automática
A Fundação Portuguesa de Cardiologia acaba de anunciar que considera muito positiva para a saúde pública a intenção que o...

Estas máquinas são por vezes a única oferta alimentar disponível aos utentes e funcionários, condicionando grandemente as escolhas, porque é habitual nestes equipamentos a presença exclusiva de alimentos com elevado conteúdo em sal, gordura e açúcar, nutrientes que em excesso são prejudiciais para a saúde, nomeadamente, para a saúde cardiovascular.

Assim, a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) sugere que neste tipo de máquinas estejam incluídos alimentos que proporcionem opções mais equilibradas aos utentes, nomeadamente:

·         Sandes variadas elaboradas com pães de mistura ou sementes que podem conter fiambre ou queijo ou mistas ou ovo cozido e que até podem incluir alface e tomate ou outro legume. Não devem ser utilizados molhos;

·         Peças de fruta inteiras - maçãs, peras, bananas, frutos vermelhos;

·         Taças com fruta pré-preparada cortada em pequenos pedaços – ananás, manga, morangos;

·         Iogurtes sólidos e líquidos magros ou meio gordos e com baixo teor de açúcar;

·         Pacotes “uni-dose” de bolachas tipo Maria ou torrada ou água e sal ou outra com baixo teor de gordura, açúcar e sal;

·         Pacotes “uni-dose” de frutos secos ou sementes, sem sal – amêndoas, nozes, pevides, pistáchios;

·         Copos de gelatina com vários sabores;

·         Água lisa e água com gás;

·         Leite simples meio gordo e magro;

·         Sumos naturais ou 100%;

·         Chá ou infusões de ervas ou frutos.

A FPC considera ainda que seria muito importante implementar esta medida em escolas, universidades e todas as empresas e instituições públicas como ministérios, Assembleia da República, tribunais entre outras. Também no setor privado deveria haver sensibilização para a melhoria da oferta deste tipo de máquinas em todas as empresas, hospitais e espaços públicos.

Redução do consumo de sal
Enquanto vencedora do prémio Distinção Notável para a Redução do Consumo de Sal na População (Dietary Salt Reduction at a...

O prémio, divulgado no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Hipertensão, foi desenvolvido pela Liga Mundial de Hipertensão para distinguir indivíduos e organizações cujos progressos foram notáveis ao nível da prevenção e do controlo da hipertensão e da redução do consumo de sal na alimentação. Este ano, a Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) foi a única vencedora na categoria que diz respeito à redução do consumo de sal.

José Mesquita Bastos, Presidente da SPH, afirma que “Este caminho iniciou-se em 2009 com a aprovação da lei que estabeleceu limites máximos para o teor de sal no pão. Contudo, Portugal é um país pobre, com alta prevalência de hipertensão e elevada percentagem de morte por AVC e, ao mesmo tempo, com consumo excessivo de sal, pelo que é imperativo que a SPH continue a atuar no sentido da sua redução.”

Instituo Nacional de Estatística
O número médio de filhos por mulher subiu em 2015 para o valor de 1,3 filhos, quando em 2014 era de 1,23, segundo as...

“No período de 2005 a 2015, o índice sintético de fecundidade apresenta uma tendência de declínio, ainda que com ligeiras oscilações, atingindo em 2015 o valor de 1,30 filhos por mulher, o que traduz uma recuperação face aos valores de 1,21 e 1,23 filhos por mulher de 2013 e 2014”, refere a informação do Instituo Nacional de Estatística (INE).

Em 2005 o número médio de filhos por mulher era de 1,42 filhos, tendo atingido em 2013 o valor mais baixo destes 10 anos (2005-2015).

No ano passado houve um aumento de 3,6% de nascimentos de nados-vivos, num total de 85.500, quando em 2014 se tinha situado nos 82.367.

Em média, por dia, nasceram no ano passado 234 crianças em território português. Contudo, o aumento de óbitos contribuiu para que o saldo natural da população se mantivesse com valor negativo.

Instituo Nacional de Estatística
A população residente em Portugal teve uma redução de 0,32% em 2015, passando a 10,34 milhões de pessoas, o que reflete saldos...

As estimativas de população residente em Portugal em 2015, apontam para um aumento do número de mortes e também de nados vidos, mas continuaram a morrer mais pessoas do que a nascer.

Assim, o saldo natural em 2015 foi negativo em 23.011 pessoas, ainda assim um ligeiro aumento relativamente a 2014, quando o balanço entre mortos e nados-vivos foi de menos 22.423.

Também o saldo migratório - diferença entre o número de pessoas que entra no país e do número de pessoas que sai - continuou negativo em 2015 (-10.481). Apesar disso, registou-se um aumento do número de imigrantes e a diminuição do número de emigrantes relativamente a 2014.

Globalmente, em 2015 continuou, embora atenuado, o decréscimo populacional que se tem verificado desde 2010. Em números brutos, houve menos 33.492 pessoas a residir no país no ano passado.

O Instituo Nacional de Estatística (INE) regista um acentuar do envelhecimento demográfico: entre 2005 e 2015 há um duplo envelhecimento, com o número de idosos a aumentar em mais de 316 mil e o número de jovens até aos 15 anos a diminuir 208 mil. O número de pessoas em idade ativa – entre os 15 e os 64 anos – reduziu-se em 278 mil.

Estas alterações refletem o aumento da idade média da população residente que passou de 40,6 anos em 2005 para 43,7 anos em 2015.

“Em 2005, por cada 100 jovens residiam em Portugal 109 idosos, valor que aumentou para 147 em 2015. Desde 2000 que o número de idosos é superior ao de jovens”, refere a informação do INE.

Também o número de dependência de idosos continua a crescer: no ano passado, por cada 100 pessoas em idade ativa residiam em Portugal 32 idosos, valor que em 2005 estava nos 26.

O envelhecimento da população em idade ativa mostra a diminuição do índice de renovação populacional. Desde 2010 que o número de pessoas em idade potencial de saída do mercado de trabalho não é compensado pelo número de pessoas em idade potencial de entrada.

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