Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil
A sexta edição do maior programa de educação para a saúde do país conta com 900 escolas inscritas de todos os distritos.

O arranque oficial da 6ª edição do maior programa de educação para a saúde em Portugal - “Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável” - foi assinalado em todas as escolas inscritas com a inauguração do “Quadro de Mérito – Hoje comi fruta”, no qual os alunos ganham “Super Estrelas” junto ao seu nome, como forma de recompensa diária pela ingestão de fruta ao lanche.

No ano letivo 2016/2017 serão abrangidos por esta iniciativa gratuita desenvolvida pela APCOI – Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil: 53.399 alunos de 2.665 turmas, de 900 jardins de infância e escolas básicas do 1º ciclo de todos os distritos do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

Mário Silva, Presidente e fundador da APCOI, afirmou que “estes alunos vêm juntar-se aos mais de 236 mil que já participaram neste projeto nos anos letivos anteriores. De ano para ano, vamos formando um verdadeiro batalhão de heróis com o super-poder de escolher os alimentos mais saudáveis. Um sucesso que só é possível de alcançar graças ao envolvimento de todos os parceiros que se associaram a esta iniciativa, das quais se destacam as mais de 80 autarquias parceiras e algumas empresas solidárias, nomeadamente: Montepio, Fábrica de Óculos do Cacém, Aquafresh, Vitacress e Fruut.”

"Festas Saudáveis" é o tema do ano desta edição porque "atualmente, há muitos dias de festa nas escolas, praticamente todas as semanas há pelo menos um bolo de aniversário" acrescenta Mário Silva que pretende desta forma sensibilizar os alunos e também os encarregados de educação para a necessidade evitar o consumo excessivo de doces, refrigerantes e outras guloseimas nos dias de festa, trocando alguns desses alimentos por alternativas mais saudáveis que incluam frutas e legumes.

Nas próximas semanas, os professores e educadores serão convidados a explorar este e outros temas, através de fichas de trabalho e de atividades pedagógicas para realizar na sua sala de aula, que além de incentivarem ao consumo de fruta nas quantidades recomendadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde), levam também às crianças lições importantes sobre alimentação saudável, atividade física, higiene e sustentabilidade que as ajudarão a crescer saudáveis, ativas e felizes.

As turmas participantes terão ainda de realizar um videoclip musical para ensinar aos adultos o que aprenderam ao longo do projeto. As músicas mais criativas serão escolhidas por um Júri que é composto por nomes de referência no panorama musical português: João Gil, Ana Bacalhau dos Deolinda, Amor Electro, Henrique Feist, Maria João, Mário Laginha, Vanessa Silva, Rita Redshoes, OqueStrada, HMB, Frankie Chavez, Filipe Pinto e também o cantor infantil Avô Cantigas.

Instituto de Investigação e Inovação em Saúde
Uma investigadora do Ipatimup/i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, Porto, coordenou a elaboração de um...

“O ‘modus operandi’ deste projeto foi recolher a experiência da doença como fator naturalmente integrante daquilo que é material informativo em saúde. Foram ouvidos 143 doentes oncológicos, fiquei com uma ideia bastante precisa ou consistente, pelo menos, das necessidades verbalizadas pelos doentes. O que eu fiz foi analisar as suas narrativas”, explicou à Lusa a investigadora responsável pelo projeto, Paula Silva.

“Conhecer a doença: os doentes em primeiro lugar”, que terça-feira é apresentado no i3S, é um projeto desenvolvido no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup) pela investigadora Paula Silva e financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), que entrecruza a oncologia, as ciências sociais e a biomedicina.

O trabalho partiu de entrevistas a doentes oncológicos, cujas vivências, dúvidas e iliteracia em relação ao cancro impulsionaram a elaboração de brochuras “com uma linguagem acessível e educativa, capaz de desconstruir medos, mitos e termos médicos habitualmente incompreensíveis”.

Estas brochuras, dedicadas aos cancros de cólon, esófago, mama, próstata, pulmão, estômago, bexiga e tiroide, têm a chancela da Direção Geral de Saúde (DGS), que os disponibilizará no seu website, e vão ser distribuídas aos doentes com estes tipos de cancro, numa primeira fase, nas unidades das administrações regionais de saúde do Norte e do Alentejo.

De acordo com a investigadora, “o conteúdo não é suscetível de ser deixado em folheto. A ideia era que funcionasse com um reforço do vínculo entre, por exemplo, os médicos de família e os doentes. Porque todos os doentes que são tratados em ambiente hospitalar e têm um diagnóstico de cancro são referenciados nos médicos de família. Seria um instrumento benéfico, não só para os doentes no sentido de os capacitar, torná-los mais informados relativamente a sua situação, mas também seria um facilitador para o médico de família”.

A estrutura das publicações é composta por uma série de temas considerados de interesse para a realidade da doença oncológica: fatores de risco, sinais e sintomas, o diagnóstico, o relatório (com uma explicação dos termos médicos mais utilizados no exame anatomopatológico) e o tratamento.

Além dos aspetos clínicos, o cancro “na primeira pessoa” – através das narrativas da experiência da doença – incluem-se nas informações úteis questões relativas aos direitos dos doentes oncológicos e contactos de instituições cuja atividade se desenvolve no domínio do cancro (nomeadamente associações de doentes).

Os conteúdos foram elaborados por especialistas de várias áreas (anatomia patológica, cirurgia, endocrinologia, gastrenterologia, nutrição, oncologia, pneumologia, urologia, psicologia e sociologia) e posteriormente validados pelos entrevistados.

Os resultados do projeto “Conhecer a doença: os doentes em primeiro lugar” e as brochuras serão apresentados na terça-feira, no Ipatimup/i3S. Integrado neste evento, realizar-se-á também uma dinâmica de grupo, que contará com a presença dos doentes entrevistados e profissionais de saúde, além de responsáveis da tutela.

Em Toronto
Uma médica portuguesa emigrante no Canadá está há três anos a dar o seu contributo para melhorar a vida das doentes com cancro...

"Este é apenas um contributo pequenino, mas que se tiver impacto na vida de um doente em particular poderá ter grande significado", disse Sofia Torres, de 35 anos.

Licenciada pela Faculdade de Medicina de Lisboa (2006), a portuguesa especializou-se em Oncologia Médica no IPO de Lisboa (2013), altura em que decidiu emigrar.

Foi por um "mero acaso" em 2011, que conheceu, no Congresso Europeu de Oncologia em Estocolmo, na Suécia, um especialista mundialmente reconhecido na área de cancro da mama, o canadiano Sunil Verma, que lhe sugeriu a "oportunidade de continuar a investigação e os estudos na vertente do cancro da mama" em Toronto.

"Ele (Sunil Verma) sugeriu-me uma subespecialização em cancro da mama em Toronto, com a vertente clínica e de investigação, e paralelamente a possibilidade de me candidatar a um programa de mestrado/ doutoramento na Universidade de Toronto", contou. 

Em setembro de 2013, Sofia Torres iniciou essa subespecialização na área do cancro da mama na Unidade de Oncologia Médica, no Centro de Ciência de Saúde do Hospital Sunnybrook. 

"Resolvi vir para Toronto, porque o (hospital) Sunnybrook é um centro reconhecido mundialmente, em termos de investigação e tratamento de doentes com cancro da mama, e pela possibilidade de trabalhar com e de ter como mentores oncologistas como o Dr. Sunil Verma, a Dr. Maureen Trudeau e a Dr, Kathleen Pritchard", acrescentou.

Paralelamente, em 2014, decidiu dar continuidade aos estudos na Universidade de Toronto, ao frequentar um doutoramento de Políticas de Saúde, Gestão e Avaliação, Epidemiologia Clínica e Pesquisa nos Cuidados de Saúde.

Além de poder trabalhar com alguns dos melhores especialista em cancro da mama, a médica portuguesa tem também a vantagem de dispor de "tempo protegido para o doutoramento e projetos de investigação". 

"Em Portugal era impossível ter três dias por semana para trabalhar e dedicar-me à investigação clínica", realçou.

O seu doutoramento centra-se no desenvolvimento de técnicas para avaliação sistemática da qualidade de vida em pacientes com cancro da mama, quer para melhorar a vertente clínica, quer para obter dados para estudos de avaliação económica, que poderão por exemplo informar que medicamentos oncológicos deverão ser comparticipados.

O esforço e dedicação de Sofia Torres foi recompensado com um prémio monetário atribuído pela Universidade de Toronto, no valor de 10 mil dólares canadianos (6,7 mil euros), valor que lhe permite o financiamento na totalidade das propinas na universidade.

"É um reconhecimento de todo o trabalho que tenho vindo a desenvolver. Acabei por ter todo o apoio para dar continuidade aos meus estudos de pós-graduação (doutoramento)", enalteceu a emigrante.

Dentro de um ano, a médica espera concluir o doutoramento, para depois regressar a Portugal, para poder exercer o que apreendeu.

O cancro da mama é a segunda causa de morte oncológica em mulheres no Canadá, mas a primeira causa de morte em Portugal.

"Este é o cancro mais comum nas mulheres portuguesas e a principal causa de morte precoce, antes dos 70 anos. Afeta principalmente as mulheres a partir dos 45-50 anos de idade, estando o rastreio aconselhado até aos 69 anos", concluiu Sofia Torres.

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
A unidade de cirurgia de ambulatório instalada no Hospital Geral do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra já operou mais...

A funcionar desde junho de 2012, a unidade de cirurgia de ambulatório (UCA) poderá chegar ao final do ano com cerca de 6.500 pacientes operados, o dobro do registado em 2013.

"Desde 2013 que temos vindo progressivamente a aumentar o número de cirurgias e, nos últimos dois anos, tivemos um aumento muito interessante", sublinhou o médico anestesista Francisco Matos, que coordena a unidade desde junho de 2015.

Segundo o coordenador, em todo o ano de 2013 foram operadas 3.521 pessoas e até junho deste ano foram já realizadas 3.213 intervenções.

Na UCA, existem atualmente 35 tempos operatórios, mais 15 do que em 2012, ano de abertura da unidade.

"Apostámos no aumento dos tempos cirúrgicos sem anestesia geral, mas também com anestesia geral, e isso repercute-se também no número de consultas que fazemos", refere Francisco Matos.

O médico, de 37 anos, destaca ainda que a unidade passou de uma taxa de 72% de concretização em junho de 2015 para os atuais 93%, o que se traduziu "numa margem de progressão bastante importante".

"O que me apraz é que fizemos isto ao mesmo tempo que tínhamos uma pressão de qualidade impressionante. Ou seja, conseguimos esses ganhos ao nível do número de doentes operados sem aquela lógica da produção cirúrgica e ao mesmo tempo que decorria o nosso processo de acreditação", frisou.

O coordenador da UCA destaca que aquele serviço presta cuidados de saúde com um "atendimento muito bom, em que todas as pessoas são tratadas com a dignidade que merecem, independentemente das circunstâncias pessoais, clínicas ou outras que tenham".

Segundo Francisco Matos, mais de 96% dos doentes "estão satisfeitos ou muito satisfeitos" com os cuidados que lhe são prestados, de acordo com os resultados dos inquéritos de satisfação.

"Melhorámos também muito as condições prestadas a pessoas com deficiência, no apoio domiciliário a doentes que tinham patologias com determinadas particularidades e introduzimos outras inovações", destacou.

A pressão pela qualidade permitiu, acrescenta, fazer mais de 80 procedimentos específicos para serem cumpridos e instituir 12 protocolos clínicos.

"Foi uma grande pressão de trabalho em cima deste aumento do número de doentes operados", sublinhou Francisco Matos, destacando que existem 11 serviços cirúrgicos a trabalhar na UCA, que ainda não é responsável por toda a cirurgia ambulatória no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

O coordenador da unidade salientou também que, até à data, não se registou nenhum caso de infeção hospitalar, que já é considerada "um problema de saúde pública e de todos os hospitais".

Francisco Matos considera ainda que a cirurgia ambulatória é uma das "estratégias" para evitar as infeções hospitalares, na medida em que o tempo de permanência do doente é reduzido, o que evita o contacto com outro tipo de agentes.

A cirurgia em ambulatório caracteriza-se por menor tempo de internamento, no máximo com pernoita até 24 horas.

De acordo com a administração do CHUC, os casos em que foi possível a cirurgia ambulatória aumentaram de 48,2% em 2012 para 76% em 2016.

Empresa de biotecnologia
Um novo medicamento analgésico para a dor crónica está a ser desenvolvido pela empresa portuguesa de biotecnologia ‘Sea4us’,...

“O princípio ativo está identificado, já o conseguimos purificar e, atualmente, existem três fórmulas que têm a atividade analgésica para a dor persistente”, disse Pedro Lima, neurofisiologista, biólogo e um dos investigadores da empresa.

Iniciada há seis anos, a pesquisa demonstrou resultados eficazes em laboratório no combate à dor crónica, encontrando-se numa fase avançada: “Procura-se um método de sintetizar artificialmente a fórmula para produzir em quantidade, para que o medicamento possa chegar a toda a gente”.

“O processo está a ser trabalhado em conjunto com os químicos da Universidade Nova de Lisboa”, sublinhou o investigador.

Segundo Pedro Lima, a produção sintética “é o caminho preferido, ao representar uma grande vantagem em termos de sustentabilidade ecológica, evitando a retirada de grandes quantidades de organismos marinhos, mesmo que não tenham valor comercial”.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, a dor crónica afeta cerca de 30% da população mundial, para a qual não existe um tratamento eficaz, sem efeitos secundários significativos nos doentes.

O investigador frisou que o projeto desenvolvido em Portugal, “é pioneiro, porque é a primeira vez que se tenta encontrar a solução para a dor crónica no mar”, embora exista muita investigação acerca do flagelo que atinge uma grande percentagem da população mundial.

“É um fármaco de grande eficácia, com efeitos secundários vestigiais, não sendo previsível qualquer habituação ou dependência, atuando especificamente numa proteína localizada nos gânglios neuronais situados fora da coluna vertebral, ao contrário dos opióides e outros medicamentos utilizados no tratamento da dor”, assegurou o investigador.

O organismo invertebrado marinho que contém o princípio ativo para a produção do analgésico, foi identificado no mar de Sagres, um dos dois polos da empresa de biotecnologia, onde se desenvolvem as atividades de mergulho e a triagem e preservação das espécies.

Em Sagres, os organismos são recolhidos, catalogados e imortalizados, seguindo depois para o laboratório da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, para serem efetuados os testes de neuroatividade.

“É retirado um extrato impuro do seu composto, estudado o efeito analgésico, e tenta-se atingir a parte indivisível ou seja, a fórmula que constitui o valor bioativo”, explicou Pedro Lima, acrescentando que, “nesta fase da investigação, existe a convicção de que daqui vai sair uma grande ajuda para quem sofre de dor crónica”.

Contudo, refere, existe ainda um longo caminho a percorrer até que o medicamento possa ser comercializado, "pois são necessários, em média, 12 anos desde a descoberta do princípio ativo até à colocação do fármaco no mercado”.

“Não queremos fazer o caminho todo, mas sim chegar a um ponto em que o valor seja suficiente para mitigar o risco e vender para que possa ser produzido pela indústria farmacêutica”, frisou.

O investigador disse, ainda, que “a pesquisa tem sido possível com os apoios de várias entidades, nomeadamente da Universidade Nova de Lisboa e da Câmara de Vila do Bispo”.

Por seu turno, o presidente da Câmara de Vila do Bispo, Adelino Soares, assegurou que o projeto “vai continuar a ser apoiado, pois é de todo o interesse, não só para quem sofre de dor crónica, mas também para se conhecerem as potencialidades do território”.

“A investigação serve para identificar e criar condições para que as gerações vindouras possam ter aqui uma matéria de conhecimento com elevado rigor científico”, destacou.

Além do desenvolvimento do analgésico para a dor crónica, a ‘Sea4us’ está envolvida na identificação e seleção de espécimes marinhos com potencial para a produção de outros medicamentos, em parceria com laboratórios europeus.

'Ergue-te'
A maioria das prostitutas acompanhadas pela equipa de intervenção social 'Ergue-te', no distrito de Coimbra, são...

“Setenta por cento das nossas utentes são imigrantes, uma grande fatia destas estão em situação irregular no país, e é muito difícil terem acesso a cuidados básicos de saúde regulares, até porque têm de pagar todos os atos médicos, que são bastante caros”, disse a diretora técnica da ‘Ergue-te’, Marta Neves.

Para superar estas dificuldades, a equipa tem estabelecido protocolos de parceria com centros de saúde e o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra e “a integração tem estado a decorrer com bastante sucesso”.

“O que acontece é que há imensos atos médicos que não conseguimos fazer e não conseguimos encontrar financiamento”, disse Marta Neves, dando como exemplo as análises clínicas e as próteses dentárias.

“Por umas simples análises têm de pagar entre 150 a 200 euros, uma vez por ano”, elucidou.

Mas são exames muito importantes, tendo em conta o risco muito elevado de saúde e de saúde pública desta população: há situações de “VIH, de infeções sexualmente transmissíveis (IST), pneumonia e tuberculose, que temos tido vários casos”.

Há também muitas mulheres com problemas de saúde oral. Para atender a estes casos, a ‘Ergue-te’ estabeleceu parcerias com clínicas e o Bloco de Celas de Medicina Dentária.

“Os tratamentos estão a ser feitos, mas depois não temos possibilidade de comparticipar as próteses dentárias”, lamentou.

Para conseguir o financiamento para as análises clínicas e as próteses dentárias, a equipa da Fundação Madre Sacramento das Irmãs Adoradoras candidatou-se ao prémio BPI Solidário e foi distinguida.

“É fantástico porque são cerca de 31 mil euros, divididos por três anos, e vai ao encontro desta necessidade muito concreta”, disse Marta Neves.

A responsável sublinhou que o projeto tem um protocolo de colaboração com a Segurança Social, que financia 60% das atividades, sendo as restantes apoiadas pelos prémios, que a equipa vai arredondando.

“Por mais que haja criatividade, parceiros, vontades e sinergias na comunidade, há situações muito concretas” às quais a equipa não consegue fazer face.

Por ano, a equipa acompanha cerca de 300 pessoas. “Se for possível apoiar 30 mulheres com análises clínicas e dez com próteses dentárias, já e muito bom”.

“Temos de ir com calma, porque há muitas desistências”, as pessoas circulam muito e “há muitas situações associadas ao tráfico” de seres humanos, explicou Marta Neves.

A ideia é começar com um projeto-piloto junto destas mulheres e posteriormente alargá-lo a toda a população que a equipa acompanha no distrito de Coimbra.

A ‘Ergue-te’ foi criada em dezembro de 2009, com a missão de promover a dignificação e a inserção social e laboral da mulher em contexto de prostituição, promovendo um novo projeto de vida.

Falando sobre o projeto, Marta Neves disse que “são mais as histórias difíceis do que as histórias de sucesso”.

“As situações mais complicadas são as mortes”, disse a psicóloga, contando que “várias pessoas” que acompanhou “muito proximamente, faleceram em situações horrorosas”.

É “muito complicado” lidar com estas situações. Por isso, “entendemos isto não como um trabalho, mas como uma missão de vida”.

Cardiologista de Coimbra realça em livro
O cardiologista Polybio Serra e Silva recomenda o consumo moderado de café e enaltece as suas propriedades na prevenção de...

“A ingestão de um café logo pela manhã é revigorante”, disse o autor, presidente do conselho científico da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC).

Aos 88 anos, o professor jubilado e antigo médico dos Hospitais da Universidade de Coimbra chega a tomar seis cafés por dia – o que reconhece ser excessivo –, mas sugere que uma pessoa pode beber quatro.

“Chego a levantar-me de noite para fazer um café, que me faz dormir melhor”, revelou, antes do lançamento, às 16:00, do livro “Um Poético Cafezinho”, em que Polybio Serra e Silva disserta, em verso e com bom humor, sobre as virtudes da bebida quente, ao longo de 144 páginas.

A obra é “toda virada para a prevenção” de problemas de saúde, designadamente ao nível das doenças cardiovasculares, disse.

Com este livro, o também presidente da Delegação Centro da FPC quer ajudar a “acabar com o mito de que o café faz mal” e realça que o seu consumo moderado “pode prevenir” o cancro da mama e do colo do útero, bem como as doenças de Alzheimer e de Parkinson, entre outras.

“A maioria das pessoas está convencida de que o café faz mal à saúde e faz subir a tensão arterial”, ideia negada pelo cardiologista, que toma a bebida sem açúcar, desafiando os consumidores a beberem o café sem aditivos, a fim de “apreciarem todas as suas qualidades”.

Numa passagem da obra, o médico reformado assegura que “beber café não é fútil/quando ingerido com calma/sendo um hábito útil/para o corpo e para a alma”.

O café deve ser simples, “espesso, escuro e amargo”. Com açúcar, “é um crime”, afirmou.

A bebida tem “um efeito positivo no humor das pessoas” e pode contribuir para “um aumento da esperança de vida”, sublinhou.

Editado pela Lápis de Memórias, “Um Poético Cafezinho” integra desenhos de Fernando Jorge, irmão de Polybio Serra e Silva.

Na capa, o autor surge sentado à mesa de um café com Fernando Pessoa, numa adaptação da célebre pintura em que Almada Negreiros retrata o poeta e colaborador da revista “Orfeu”.

Citando Pessoa, o cardiologista dedica a publicação “aos que nunca têm tempo para um café” com os amigos.

 

A apresentação do livro coube ao médico José Pereira de Moura, responsável pela consulta de aterosclerose do Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

ASAE
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica apreendeu quase seis mil litros de azeite falsificado numa empresa do concelho...

A operação de fiscalização aconteceu no mês passado, mas só agora a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) explicou que, na ação, chamada “Óleo de ouro III” e dirigida ao circuito de produção e comercialização, foram apreendidos 3.400 litros de azeite falsificado que estava em garrafões e garrafas.

O visado foi um importador e embalador de Penamacor, que introduzia no mercado nacional azeite com adição de óleos vegetais.

A Unidade Nacional de Informações e Investigação Criminal da ASAE presenciou ainda o embalamento de “tempero alimentar” rotulado como azeite e apreende um depósito com 2.400 litros de produto, tendo o valor total da apreensão rondado os 30.000 euros.

 

“No decurso das diligências de investigação a toda a cadeia de comercialização foi apreendido produto em diversos retalhistas e grossistas, localizados em concelhos distintos e instaurado o respetivo processo-crime por fraude sobre mercadorias e géneros alimentícios falsificados, sendo o embalador reincidente pela prática dos mesmos ilícitos”, adianta o comunicado.

Até 2018
O secretário de Estado da Saúde anunciou que entre 2016 e 2018 vai transferir “um milhão e meio de euros” para a Ordem da...

“O Estado, nos próximos três anos, entre 2016 e 2018, irá transferir seguramente cerca de um milhão e meio de euros [para a Ordem]. E, mais do que uma despesa, será um investimento nas pessoas, na qualidade destas estruturas e na resposta que ela pode dar”, declarou Fernando Araújo, à margem da assinatura do protocolo para a criação de 19 camas para Cuidados Continuados Integrados de média duração na Ordem da Trindade.

Fernando Araújo referiu ainda estar previsto abrir em 2016 um total de “684 camas” a nível nacional, um valor que é “25% acima da abertura de camas do ano passado”.

“Queremos continuar a investir nos próximos três anos desta legislatura de modo a tentarmos aproximar-nos o mais possível das 14 mil camas até ao final da legislatura”, disse o responsável segundo o qual são anualmente transferidos cerca de 110 milhões de euros para a rede nacional de cuidados continuados.

Há atualmente 7.700 camas na RNCCI (Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados) e nos últimos dez anos, o tempo de existência da rede, foram investidos “mil milhões de euros”, disse Fernando Araújo.

Fernando Araújo sublinhou que o esforço será cada vez maior ao longo dos quatro anos de legislatura de modo a que sejam dadas as respostas necessárias em todo o país para este tipo de doentes, mas lamentou que o esforço tenha abrandado durante os quatro anos do Governo de Passos Coelho.

“O esforço nos últimos quatro anos abrandou na RNCCI. Tenho dificuldade em perceber como, já que o custo de uma cama numa unidade deste tipo é cerca de três a quatro vezes inferior ao custo de uma cama no hospital”, declarou, referindo que do “ponto de vista económico fica muito mais barato para o Estado ter um doente numa unidade da RNCCI.

“Do ponto de vista clínico, a recuperação é muito mais eficaz (…). Estas unidades estão especialmente preparadas para a recuperação de doentes mais crónicos”, defendeu.

O concelho do Porto ganhou oficialmente na sexta-feira as primeiras 19 camas da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados de média duração.

Diabetes Mellitus
A Diabetes afeta cerca de 400 milhões de pessoas em todo o mundo e cerca de 1 milhão de portugueses.

A diabetes mellitus é uma doença caracterizada pela subida dos níveis de açúcar no sangue (hiperglicemia).

A diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é considerada pela OMS a pandemia do século XXI. A pandemia da DM2 acompanha a pandemia da obesidade e designadamente a da obesidade infantil. Há por isso um número crescente de crianças com DM2 ao contrário do que era o usual. É reconhecida a natureza agressiva da doença, quando diagnosticada mais cedo associa-se a uma maior taxa de complicações crónicas mais precoce, que conduzem à morte prematura.

A obesidade na grande maioria dos casos é resultante do estilo de vida. A sedentarização da sociedade associada ao consumo calórico elevado têm como consequência o ganho progressivo de peso. A alimentação fraccionada com escolhas saudáveis como os legumes frescos, alimentos ricos em fibras e frutas devem ser promovidos e instituídos desde cedo. Devem ser evitados alimentos pré-confeccionados, ricos em gorduras ou em açúcares simples. A prática regular de exercício físico deve ser incentivado e a restrição do tempo dedicado a actividades mais sedentárias pode ser condicionado. Embora a história familiar de DM2 aumente o risco de vir a ter a doença, a mudança do estilo de vida pode atrasar ou impedir o seu aparecimento.

A estratégia de implementação do estilo de vida saudável é recomendada na abordagem inicial da DM2

Também a nível mundial se tem observado um aumento de cerca de 1-5% do número de novos casos de diabetes mellitus tipo 1 (DM1) diagnosticados por ano. A causa deste aumento tem sido objecto de inúmeras investigações.

A DM1 é uma doença auto-imune que se carateriza pela produção insuficiente de insulina desde o diagnóstico. Os mecanismos que conduzem ao seu aparecimento não estão totalmente esclarecidos. A sua origem é atribuída a factores genéticos e a factores ambientais. Foram identificados genes que se sabe que conferem susceptibilidade para a ocorrência da doença. Têm também sido apontados diversos factores do ambiente que funcionam como gatilhos do processo que conduz à destruição pancreática e consequente insuficiência de insulina. As infeções virais e a exposição precoce a alguns nutrientes, nomeadamente glúten, cereais e frutos vermelhos, são factores ambientais para que aponta a evidência científica. Tem sido reconhecido o papel protector do microbioma intestinal (microorganismos que colonizam o tracto intestinal) na génese da DM1. Nalguns estudos demonstrou-se que a utilização de antibióticos e consequente alteração do microbioma intestinal aumenta o número de novos casos de DM1. O conhecimento dos mecanismos que conduzem à doença permitirá desenvolver estratégias a sua prevenção.
Desde o início do século passado, observaram-se mudanças significativas na compreensão da diabetes mellitus e na forma de tratá-la.

A abordagem multidisciplinar da doença e a educação terapêutica, através de programas estruturados com envolvimento de técnicos de saúde, da pessoa com diabetes e da sua família são o cerne da prestação de cuidados nesta patologia. Têm como objectivo o empowerment, o envolvimento do doente na gestão da sua doença e a motivação, fundamentais à adesão e ao sucesso do tratamento.

O tratamento farmacológico desta condição evoluiu de forma significativa nos últimos 50 anos. Foram desenvolvidas moléculas de insulina que permitem tratar de forma mais fisiológica a doença e surgiram outras classes de medicamentos que permitem corrigir as alterações inerentes à patologia a vários níveis (no caso da DM2).

Relativamente ao tratamento com insulina, para além das características farmacológicas das moléculas desenvolvidas, verificou-se também um grande progresso na forma da sua administração, inicialmente feita por seringa, posteriormente por dispositivos de caneta de corpo fixo ou descartável e finalmente por dispositivos de perfusão sub-cutânea de insulina (bomba de insulina). A evolução das moléculas de insulina e da forma de administração do tratamento melhorou significativamente a qualidade de vida das pessoas, tornando os esquemas de tratamento mais flexíveis e adaptados a cada indivíduo. Nalguns países está disponível a insulina inalada, indicada em doentes com diagnóstico de DM2.

Estão ainda em investigação outras vias menos invasivas de administração da insulina como a oral, a transdérmica, a intraperitoneal e a nasal.

Os avanços no tratamento permitiram melhorar o controlo da diabetes mellitus e prevenir as complicações agudas e crónicas da doença com consequente aumento da qualidade de vida e da longevidade destes doentes.

As ferramentas que existem actualmente para avaliação da glicemia –glucómetros e sistemas de monitorização contínua da glucose- são extremamente precisas e de fácil utilização. As tiras de avaliação da concentração da glucose no sangue substituíram as tiras da concentração da glucose na urina. A avaliação da concentração dos corpos cetónicos no sangue é também possível com alguns medidores de glicemia, o que representa uma mais-valia para as pessoas com diagnóstico de DM1.

É actualmente possível monitorizar a glicemia no domicílio de forma extremamente fácil e fiável, e ao longo das 24 horas, o que permite o ajuste precoce e adequado do tratamento.

Os sistemas de monitorização contínua da glucose, permitem a avaliação dos níveis de glucose no tecido sub-cutâneo (liquido intersticial) através de um sensor que é introduzido na pele. O cateter deve ser susbtituído com fequência variável. Essa informação é transmitida cada 1 a 5 minutos para um monitor onde a informação pode ser consultada em tempo real ou retrospectivamente. Estes sistemas permitem detectar elevação ou descida de valores, bem como prever a tendência. Embora reduzam o número de avaliações por picada do dedo, actualmente, estes sistemas estão aprovados para utilização em associação com os medidores tradicionais, que permitem aferir resultados em situações em que há redução da exactidão dos sistemas, nomeadamente para valores excessivamente baixo ou variações rápidas da glicemia como as induzidas pelo exercício físico.

Outros sistemas de leitura da glicemia através de microelectrodos, radiofrequência, sensores de fibra óptica ou microchips em lentes de contacto poderão ser o futuro, encontrando-se actualmente apenas no campo da investigação.

Há dispositivos que têm incorporados para além do sistema de leitura de valores, algoritmos que permitem calcular a dose necessária de insulina a administrar, tendo em conta variáveis outras (factor de sensibilidade à insulina e quantidade de hidratos de carbono incluídos na refeição).

O pâncreas artificial é um sistema de tratamento fechado, em que estão associados um mecanismo de perfusão contínua de insulina e outro de monitorização em tempo real dos níveis de glicemia, sendo o ajuste do ritmo de perfusão independente da intervenção do utilizador. A principal diferença entre este e o sistema de perfusão sub-cutânea de insulina (bomba de insulina) é o ajuste automático da dose de insulina de acordo com a monitorização da glicemia em tempo real, através de algoritmos que calculam a dose necessária tendo em conta a tendência dos valores. Permitem um melhor controlo dos níveis da glicemia, reduzem o risco de hipoglicemia e diminuem a frequência da vigilância da glicemia capilar através da picada do dedo, libertando o doente deste tipo de cuidado. Existem já pâncreas artificiais que associam à insulina outra hormona (glucagon) de forma a reproduzir os mecanismos fisiológicos de controlo da glicemia que existem antes da doença.

Embora estes sistemas tenham já sido testado por várias empresas desde há vários anos, não estão ainda disponíveis na prática clínica na Europa. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Cancro do Pâncreas
Difícil de diagnosticar, o Cancro do Pâncreas constitui a 4ª causa de morte dentro das neoplasias.

O cancro do pâncreas (carcinoma) continua a ser um tumor difícil de diagnosticar e controlar. Constitui a 4ª causa de morte dentro das neoplasias.

O diagnóstico é frequentemente feito em fases avançadas. O pâncreas está profundamente localizado no espaço retroperitoneal, inacessível à palpação, é um órgão sólido, não passível de distender, sem “dor” denunciante e só tardiamente provoca sinais indirectos de doença   .

A capacidade de infiltrar os tecidos peripancreáticos, os gânglios locorregionais e as estruturas vasculares regionais dá-se em fases relativamente precoces do desenvolvimento do tumor pelo que na altura do diagnóstico só 20 a 25% dos casos são potencialmente ressecáveis.

As massas pancreáticas observadas (ecografia, TC abdómen) são em 95% dos casos adenocarcinomas, 4% outros tumores (linfoma, metástases de outros tumores – pulmão, mama, rim, melanoma) e cerca de 1% tumores endócrinos.

A localização é em 75% na cabeça do pâncreas; 15 a 20% no corpo e 5 a 10% na cauda.

Importante o diagnóstico diferencial correcto da lesão com exclusão de doença “benigna” e potencialmente não cirúrgica como nódulos de pancreatite autoimune, irregularidades de alterações de pancreatite crónica, nódulos / lesões dos ductos pancreáticos – IPMN.

É necessário o estadiamento exaustivo da lesão em relação com as estruturas adjacentes - vias biliares, vasos:

A ecografia abdominal é indispensável no diagnóstico inicial e nas características e exclusão de lesões hepáticas.

A TC abdominal define a extensão e invasão da lesão sendo por vezes necessário o uso da TC helicoidal e/ou a Ressonância Magnética para definir a relação com os vasos e em especial excluir ou afirmar a sua invasão.

Cada vez mais usamos o PET scan para perceber a extensão local e outras lesões à distância da inicial. Na evolução pós cirurgia ou terapêutica quimioterapia pode ser útil na exclusão de recidiva.

A Ecoendoscopia tem um papel muito importante quer na dimensão da lesão e a sua relação com as estruturas adjacentes – se limitada ao pâncreas, ou se evidência de invasão da papila/duodeno ou da parede gástrica ou do baço, quer para excluir ou afirmar a demarcação tumor/vaso, a invasão ou obstrução do vaso e a existência ou não de vasos colaterais (efeito doppler).

O efeito doppler pode ajudar a distinção entre massa tumoral ou inflamatória, mas é fundamental para caracterizar a invasão dos vasos.

Com o uso da punção guiada temos a possibilidade de estabelecer o diagnóstico, se há dúvidas de diagnóstico, ou de caracterizar o tipo de tumor pré quimioterapia, se não é possível cirurgia imediata.

A ecoendoscopia com elastografia pode ajudar no diagnóstico diferencial lesão maligna ou benigna e é um campo em estudo.

A CPRE está cada vez mais destinada a atitudes terapêuticas. É útil na exclusão e caracterização de eventuais lesões da papila de Vater ou na necessidade de fazer citologia e biopsias de estenoses da via biliar (caracterizar invasão?).

O uso de próteses pré cirurgia tem sido discutido pelo risco de infecção ou poder causar dificuldades na cirurgia. Mas será necessária na quimioterapia neoadjuvante e como terapêutica paliativa definitiva se progressão da doença, com icterícia e prurido intensos.

A estratégia terapêutica tem evoluído com alguns benefícios. O uso de quimioterapia e quimioradioterapia pré-operatória parecem melhorar a sobrevida com boa qualidade de vida. Aproveita a boa vascularização do tumor e parece reduzir o risco de disseminação operatória e a recidiva locorregional.

Alguns estudos foram feitos e decorrem baseados em terapêuticas biológicas dirigidas ao ciclo celular da cargcinogénese. Com alguma melhoria na sobrevida foi aprovado o uso da gemcitabina com erlotinib nos cancros avançados. Decorrem estudos de uso de gemcitabina com bevacizumab.

Apenas algum comentário sobre dois aspectos muito traumatizantes para os doentes com cancro do pâncreas:

A síndrome anorexia-caquexia. Sindrome metabólica complexa com anorexia marcada e perda de peso involuntária. Em cerca de 20% dos doentes com carcinoma do pâncreas é a principal causa de morte. As alterações metabólicas simulam as observadas na resposta inflamatória de fase aguda e impedem correcta utilização de nutrientes. A sua terapêutica deverá tentar modular esta resposta inflamatória com uso de nutrientes com acção anti-inflamatória, como sejam os ácidos gordos ómega 3

Os aspectos psicossociais destes doentes, em especial sabendo a limitação de sobrevida, passam por processos depressivos em cerca de 75% dos doentes e 15% de depressões major. São quadros que afectam cerca de 20% de familiares. Deve ser pensada uma abordagem com psicooncologista, assistente social, contacto com a família e uma terapêutica proactiva na abordagem da dor e da depressão.

Como final volto a referir que o Cancro do Pâncreas é uma doença de abordagem multidisciplinar e cada vez mais é necessário aprofundar a carcinogénese destes tumores, tentando permitir diagnósticos mais precoces e terapêuticas mais eficazes.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Mundial da Pneumonia
Portugal é o segundo país onde mais se morre de Pneumonia, estimando-se que, todos os dias, cerca de

A pneumonia é uma inflamação do pulmão, em que os alvéolos são preenchidos por líquido constituído por células inflamatórias, bactérias/vírus e restos celulares impossibilitando a adequada troca gasosa. Tem uma causa infecciosa e resulta da propagação de bactérias já existentes na orofaringe para o pulmão, que ultrapassam os mecanismos de defesa e desenvolvem a infecção ou da inalação de gotículas infectadas eliminadas por pessoas doentes. O agente mais frequentemente relacionado com as pneumonias bacterianas é o Streptococcus pneumoniae.

A pneumonia adquirida na comunidade é responsável por cerca de 4.2 milhões de mortes em todo o mundo. Em Portugal cerca de 81 portugueses são internados por dia e destes, 16 irão morrer.

Sendo considerada a terceira causa de morte por doença, no mundo, ela comporta um forte impacto económico, com cerca de 1 milhão de euros em custos directos por internamento, correspondendo a 80 milhões de euros por ano.

Na última década, o número de internamentos e de óbitos tem revelado uma tendência crescente, sobretudo nos grupos de risco. Estes grupos são as crianças ou idosos e, qualquer pessoa, independentemente da idade, com uma doença crónica que lhe diminua o sistema imunitário ou que possa agravar na presença de processos infecciosos como a pneumonia. Destas doenças destacam-se as neoplasias, a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), diabetes, doenças cardíacas/hepáticas, imunodeficiências.

Os sintomas são gerais e inespecíficos, sendo os mais comuns a febre, que pode ser alta, tosse com ou sem expectoração; esta quando existe pode ser esverdeada, amarelada ou até mesmo com sangue, falta de ar e dor torácica. Dores no corpo e cansaço também costumam estar presentes. Este quadro pode desenvolver-se rapidamente ou ter início como um síndrome gripal e evoluir ao longo dos dias. Dada a inespecificidade das queixas é necessária uma avaliação médica para excluir outras causas.

O diagnóstico é confirmado pela realização de uma radiografia do tórax em que se torna evidente a localização e extensão da doença, bem como eventuais complicações imediatas.

Apesar do número crescente de internamentos nem todas as pneumonias têm indicação para serem internadas. O mesmo vai depender das comorbilidades (doenças como diabetes, neoplasias, insuficiência cardíaca e/ou hepática,DPOC, entre outras), gravidade clínica da apresentação (extensão da doença revelada pela radiografia do tórax, presença de complicações como derrame pleural – liquido no pulmão; compromisso de outros orgãos nomeadamente função renal, déficit de oxigénio no sangue), incapacidade de cumprir a medicação seja por não ter via oral ou por problemas sociais. Outro factor a ter em consideração é a idade, pois a população idosa, precisamente por ter mais patologias é um grupo com maior mortalidade.

O tratamento passa por antibióticos, cuja escolha irá depender da provável etiologia, da existência de alergias e das patologias do doente. Em caso de internamento, é frequente o uso de antibióticos injectáveis. Devido ao aumento das resistências das bactérias aos antibióticos, estes devem ser prescritos apenas por médicos e após confirmação do diagnóstico. Entre quatro a seis semanas após o tratamento, todos os casos diagnosticados devem ser reavaliados com repetição da radiografia de modo a confirmar a resolução do problema.

A prevenção é a medida mais importante para reduzir o número de casos, e esta passa por medidas gerais como cessação tabágica, alimentação saudável, prática de exercício físico e uma boa higiene oral.

Estão também recomendadas medidas específicas, nomeadamente pela Direcção Geral de Saúde, que são as vacinas, quer a antigripal quer a pneumocócica. Estas estão recomendadas a todos os indivíduos com mais de 65anos, doentes crónicos com patologias como DPOC, diabetes, neoplasia, doenças cardíacas e/ou outras que comprometam a capacidade do organismo se defender de uma infeção.

A vacina antigripal deve ser realizada anualmente. São frequentes os casos de pneumonia pós-processos infecciosos virais, daí a sua recomendação. Existem duas vacinas pneumocócicas, a 23 valente e, a mais recente, com 13 serótipos. Esta última está incluída no plano nacional de vacinação desde 2015 e é gratuita para adultos que sejam portadores de doenças específicas (por exemplo HIV/SIDA, leucemia, linfoma). 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde vai criar mecanismos para travar o crescimento da despesa com os dispositivos médicos, depois de deixar...

No documento, que o Governo entregou no dia 14 de outubro, estava prevista uma contribuição extraordinária das empresas de dispositivos médicos, que deveriam render 35 milhões de euros.

Manuel Delgado confirmou que esta contribuição não se mantém no documento que vai ser debatido na próxima segunda-feira, pelos deputados das comissões parlamentares da Saúde e do Orçamento e Finanças.

Segundo o secretário de Estado, o objetivo do governo é criar limites ao crescimento da despesa, os quais deverão ser ainda debatidos com os representantes do setor.

O presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (Apormed), João Gonçalves, disse à Lusa que foi confrontado com a notícia da contribuição extraordinária prevista no relatório do Orçamento do Estado para 2017.

A Apormed não tinha sido ainda ouvida sobre esta matéria, da qual discorda completamente, e recebeu com algum descanso a notícia de que a taxa já não iria avançar.

O presidente da Apormed disse ainda que solicitou uma audiência com a tutela, para saber mais pormenores sobre as intenções do governo sobre as empresas deste setor.

“Esta indústria e este setor já têm sofrido a vários níveis e esta taxa seria decisiva para que algumas empresas não pudessem suportar o esforço e tivessem mesmo que fechar”, adiantou.

Manuel Delgado manifestou a intenção de chamar à discussão os representantes do setor.

Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde quer que os medicamentos sejam introduzidos mais rapidamente no mercado e que os laboratórios ofereçam os...

Manuel Delgado falava no final do Fórum do Medicamento, organizado pela Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), durante o qual o presidente da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) anunciou que as autorizações de utilização excecional (AUE) de medicamentos vão acabar.

As AUE são um instrumento para fazer chegar aos utentes seguidos nos hospitais medicamentos inovadores ainda não comercializados e que têm de demonstrar o seu benefício clínico.

O secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, confirmou a intenção destas AUE terminarem, embora mediante um “processo gradual” que representa também “um desafio para a indústria farmacêutica”.

O Infarmed deverá passar a autorizar mais rapidamente a introdução do medicamento no mercado de novos medicamentos.

Nos casos em que existam doentes que precisam, de uma forma excecional, de um medicamento, este deverá ser fornecido gratuitamente pelo laboratório, adiantou Manuel Delgado.

No Fórum, o secretário de Estado da Saúde anunciou ainda que, até ao final do ano, deverão ser aprovadas mais 148 novas moléculas.

 

Trata-se do “maior número de novas moléculas nos últimos anos em Portugal”, sublinhou.

Estudo
Um estudo realizado no início de 2016 em centros de saúde do Porto concluiu que 83,65% dos 316 utentes da amostra não...

O trabalho foi realizado por seis médicos, sob a chancela da Administração Regional da Saúde do Norte, entre fevereiro e abril em cinco centros de saúde - Arca D´Água (freguesia de Paranhos), Porto Centro (Bonfim), Novo Sentido (Campanhã), Valbom (Gondomar) e Porto Douro (Lordelo do Ouro e Massarelos).

O coordenador do estudo, Bruno Morrão, afirmou que o estudo é "o primeiro do género realizado em Portugal", mas assinalou que o trabalho "apresenta algumas limitações" que podem levar a uma distorção, "uma vez que se trata de uma amostra de conveniência, traduzida nos utentes frequentadores da consulta, o que limita a extrapolação para a população em geral".

O tamanho da amostra “também não foi adequado, tendo-se verificado uma taxa de desistência de 31%", sublinhando o clínico ter-se tratado de "uma medição em massa dos níveis de vitamina D na forma de 25 hidroxivitamina D (Calcidiol)".

Outra limitação encontrada "prende-se com o facto de se ter realizado uma colheita única de sangue, no final do inverno".

"Não havendo colheita de uma amostra para comparação no final do verão, não é possível estabelecer uma relação de causa-efeito entre os níveis de vitamina D encontrados e a exposição solar", lê-se ainda.

Dando conta que "atualmente, os níveis de referência estabelecidos não são ainda consensuais entre as várias sociedades internacionais", aquele que foi "o primeiro estudo realizado em território nacional com estas características", alerta "para o potencial risco de hipovitaminose na população adulta saudável".

"Este foi o primeiro estudo em Portugal do género pelo facto de ter sido selecionada uma população sem quaisquer fatores de risco patológicos para a hipovitaminose D. Por exemplo, as pessoas com Índice de Massa Corporal acima de 30 (definição de obesidade) têm níveis de vitamina D diminuídos não sendo incluídos no estudo por isso mesmo. A nossa população é teoricamente 'saudável'. Nenhum dos outros estudos conhecidos teve em consideração estes fatores", explicou à Lusa Bruno Morrão.

Questionado sobre se as conclusões do estudo apontavam para um problema de saúde pública, o clínico respondeu que os números alcançados levantam outras questões, admitindo que "estes níveis possam ser extrapolados para a população em geral".

"É preciso perceber se os níveis medidos numa só ocasião e no final do Inverno são suficientes para avaliar os níveis ao longo do ano inteiro e mesmo havendo um défice generalizado, será que na população adulta saudável irá provocar problemas de morbi-mortalidade? Serão as pessoas mais doentes por isso?", questionou.

Campanha "Olhe Pelas Suas Costas"
O medo da operação à coluna continua a distanciar os doentes do tratamento e a influenciar a sua qualidade de vida. O alerta é...

"Atualmente dispomos de técnicas cirúrgicas que acarretam um risco reduzido de complicações e que podem devolver aos doentes a sua qualidade de vida. O problema é que, muitas vezes, as pessoas evitam estas cirurgias porque desconhecem a realidade destes procedimentos", alerta Paulo Pereira, coordenador nacional da campanha "Olhe Pelas Suas Costas".

O médico explica que "as técnicas atualmente disponíveis, nomeadamente as minimamente invasivas, distanciam-se bastante do conceito convencional – e enraizado em grande parte da população – sobre cirurgia da coluna e apresentam diversos benefícios para o doente, nomeadamente, menos dor no pós-operatório, menor tempo de internamento e um regresso mais rápido à vida ativa".

Entre as patologias que mais frequentemente necessitam de intervenção cirúrgica estão as hérnias discais, mais comuns entre os 30 e os 50 anos de idade, e a estenose lombar, que afeta cerca de 20 por cento da população com mais de 65 anos, escreve o Sapo.

"É frequente encontrarmos doentes que recusam sistematicamente a cirurgia, agravando o seu estado de saúde e perdendo, à medida que o tempo passa, a capacidade para realizar tarefas anteriormente consideradas simples e é preciso esclarecer estes doentes. Importa que saibam que a cirurgia da coluna é hoje diferente do que era há décadas atrás, com menor risco de complicações e maior previsibilidade em termos de resultados favoráveis", reforça Paulo Pereira.

"Isto não significa, naturalmente, que seja uma solução para todos os doentes, nem sequer para a maioria. O que pretendo realçar é que, quando a cirurgia está indicada e é realizada por um cirurgião experiente, a probabilidade de melhorar de forma significativa a qualidade de vida do doente é, em regra, muito superior à de conduzir a um mau resultado", conclui o neurocirurgião.

As dores nas costas são uma das principais causas de consultas médicas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. As doenças que afetam a coluna representam mais de 50 por cento das causas de incapacidade física. Um estudo, realizado no âmbito desta campanha, indica que 28,4 por cento dos portugueses sentem que a sua atividade profissional já foi prejudicada ou comprometida de alguma forma pelo facto de terem dores nas costas e mais de 400 mil portugueses faltam ao trabalho por ano por este motivo.

Estudo
A investigação de um grupo de cardiologistas noruegueses analisou os níveis de preocupação com a saúde e concluiu que o stress...

O estudo, publicado pela BJM Open, foi aplicado em sete mil pessoas ao longo de dez anos e sugere que, apesar de a ansiedade no geral poder contribuir para o aumento do risco de doenças cardíacas, a realidade é que se essa preocupação for focada na saúde pode contribuir para o aumento de risco cardíaco em 70%.

Segundo Line Iden Berge, responsável pelo grupo de trabalho, ser preocupado com a saúde "não é perigoso, é apenas ansiedade" por isso sugere que as pessoas "continuem a viver a sua vida", escreve o Sapo.

Em declarações à BBC, Emily Reeve, enfermeira cardíaca da British Heart Foundation, considerou que “é natural que as pessoas se preocupem se considerarem que podem estar doentes". No entanto o problema pode ser agravado uma vez que “a ansiedade e o stress podem desencadear hábitos não saudáveis, como fumar ou comer mal, o que coloca uma pessoa em maior risco de ter uma doença cardíaca”, acrescentou.

A especialista considera que "embora não saibamos se as pessoas preocupadas em excesso se estão a colocar na mira de um ataque cardíaco, é claro que a redução da ansiedade desnecessária pode trazer benefícios para a saúde".

A população do estudo liderado por Line Iden Berge nasceu entre 1953 e 1957. Os inquiridos responderam a um questionário sobre saúde, estilo de vida e educação, tendo sido submetidos a exames regulares, ao longo de uma década, até 2009.

Álcool, psicoses, esquizofrenia
Faz um ano que a C.M. de Lisboa e o Centro Hospitalar Psiquiátrico da capital assinaram um protocolo com o objetivo de darem...

As duas entidades uniram meios e recursos, juntando na mesma equipa psicólogos, assistentes sociais e psiquiatras.

São eles que percorrem as ruas de Lisboa para consultar quem vive sem um teto ou que os acolhem na unidade hospitalar.

O álcool é o problema dominante nesta população, mas não o único, escreve a TSF. Há também muitos casos de psicoses, esquizofrenia e dependência de drogas ilícitas.

Segundo António Bento, diretor do serviço de Psiquiatria Geral do Centro Hospitalar Psiquiátrico, esta população, na cidade de Lisboa, rondará cerca de duas mil pessoas.

Após a assinatura deste protocolo já foram assistidos cerca de duas centenas de sem-abrigo.

António Bento explica que cada caso é um caso. O sucesso do tratamento não está garantido, porque a adesão às consultas é voluntária, ainda assim, as equipas que prestam apoio não desistem, apesar de não "haver respostas mágicas".

Um ano depois da assinatura do protocolo entre a Câmara Municipal de Lisboa e o Centro Hospitalar Psiquiátrico (que alberga o Hospital Júlio de Matos e o Hospital Miguel Bombarda), António Bento refere que a parceria tem agora por objetivo garantir que nenhum sem-abrigo esteja na rua ou sem assistência por falta de recursos.

Descoberta iMM Lisboa na revista Nature Communications
O investigador Gonçalo Bernardes, e a sua equipa do Instituto de Medicina Molecular (iMM) e da Universidade de Cambridge, viram...

Por não conseguirem distinguir células cancerígenas de células saudáveis, as terapias anticancerígenas existentes sofrem de uma eficácia reduzida e possuem efeitos secundários recorrentes. O novo método, descoberto pela equipa liderado por Gonçalo Bernardes, apresenta uma nova classe de compostos que garantem que o fármaco não seja libertado prematuramente de um anticorpo específico para as células cancerígenas na circulação sanguínea.

“Este novo método de ligação de fármacos muito tóxicos a anticorpos específicos contra células cancerígenas poderá tornar-se no método de eleição para a produção deste tipo de novas terapias, pois elimina a instabilidade e toxicidade adversa dos conjugados anticorpos-fármacos usados na clínica”, explica Gonçalo Bernardes, responsável pela investigação.

Desta forma, o fármaco pode ser direcionado eficientemente para o tumor, permitindo assim aplicar esta promissora terapia com um maior nível de eficiência numa das patologias mais preocupantes da sociedade atual.

Estudo
Novo estudo vem sugerir que as mulheres, no início da meia idade, têm uma memória melhor do que os homens, mas que com a...

Certamente que se lembra dos estudos que têm vindo a concluir que a memória das mulheres é mais desenvolvida que a dos homens. Agora, um novo estudo publicado na revista Menopause, editado pela Sociedade norte-americana da Menopausa, vem afirmar que as mulheres, no início da meia idade, têm uma melhor capacidade de memória do que os homens da mesma idade, mas que essas diferenças são atenuadas com a entrada na menopausa, escreve o Observador.

O estudo, que envolveu 212 homens e mulheres, com idade entre os 45 e os 55 anos, e que pretendeu investigar as diferenças na memória em função do sexo, das hormonas e do estado reprodutivo, sugere que as mulheres têm um melhor desempenho em termos de memória, mas que essa diferença face aos homens diminui com a chegada da menopausa, devido à quebra na produção de estradiol.

 

O ABC escreve ainda que os estudos já feitos à memória mostram que cerca de 75% dos adultos revelam ter perda de memória à medida que a idade vai avançando e que são as mulheres que mais se queixam de episódios de esquecimento.

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