Reconhecimento pelo percurso académico
O Instituto Universitário de Ciências da Saúde da Cooperativa de Ensino Superior, Politécnico e Universitário (IUCS-CESPU)...

O Reitor do IUCS-CESPU, José Alberto Duarte, sublinha que “receber uma acreditação por seis anos, sem quaisquer condições, é um testemunho do esforço da comunidade académica do IUCS-CESPU para manter os seus elevados padrões de qualidade, demonstrando o quanto a instituição tem investido em infraestruturas e tecnologias de última geração, de forma a proporcionar um ambiente de aprendizagem dinâmico e estimulante, e ainda um testemunho da qualidade dos seus docentes e investigadores”.

A acreditação pela A3ES é um processo rigoroso e detalhado, que avalia vários aspetos da instituição, incluindo a qualidade do seu corpo docente, a relevância e atualidade dos programas curriculares e das práticas pedagógicas, as infraestruturas de apoio ao ensino e à aprendizagem e investigação, a organização institucional e os mecanismos de gestão de qualidade inerentes, bem como a inserção dos graduados no mercado de trabalho.

Esta acreditação constitui uma garantia para os futuros estudantes de que receberão uma formação de qualidade, preparada para enfrentar os desafios do mercado de trabalho e contribuir significativamente para o avanço da saúde pública.

 
Opinião | Cristina Jorge, Presidente da SPT
O Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação (DNDOT) é celebrado a 20 de julho, uma data q

Desde então, a atividade da transplantação em Portugal, tem sido um marco de sucesso. Portugal tem estado nos lugares cimeiros, a nível mundial, nos números de colheitas e transplantes em dadores falecidos. Em 2023, de acordo com o registo do IRODAT 1, Portugal foi o terceiro país a nível mundial tanto em colheitas de órgãos como em transplante renal de dador falecido, por milhão de habitantes. Este é um feito extraordinário que reflete o empenho e a dedicação de todos os profissionais de saúde, dadores e outros colaboradores que contribuem para esta causa.

Os objetivos da criação do DNDOT são sensibilizar a população para a importância da doação de órgãos, reconhecer o altruísmo dos dadores e suas famílias, agradecer aos profissionais de saúde e todos os envolvidos nesta atividade, e promover a discussão sobre os avanços e desafios na área da transplantação. Este ano, o tema “Celebrar a Vida: Transplante, Desporto e Inovação para um futuro saudável” destaca a importância da atividade física e da inteligência artificial (IA) no sucesso da transplantação.

Hábitos Saudáveis: Pilar Fundamental para o Sucesso

Os hábitos de vida saudáveis, importantes para todos nós, são essenciais para a recuperação e qualidade de vida dos transplantados. A prática regular de exercício físico, uma alimentação equilibrada, a gestão do stress e um sono de qualidade são fatores determinantes para o sucesso de um transplante. Estes hábitos não só fortalecem o sistema imunológico, como também ajudam na recuperação pós-operatória e na prevenção de complicações.

A prática de desporto, melhora a capacidade cardiovascular e a resistência física, fatores cruciais para a recuperação de um doente transplantado. Além disso, uma alimentação rica em nutrientes essenciais contribui para um bom estado nutricional, o que é essencial nos processos de cicatrização e na luta contra infeções.

Inteligência Artificial: Inovação ao Serviço da Saúde

A inteligência artificial está a revolucionar a medicina, e a área da transplantação não é uma exceção. A IA pode ser uma poderosa ferramenta em várias etapas do processo de transplante. Desde a deteção precoce de lesões nos órgãos, a sinalização de possíveis dadores, a melhoria da qualidade dos órgãos colhidos, passando pela avaliação da compatibilidade entre dador e recetor, até à prevenção da rejeição dos órgãos transplantados.

Por exemplo, algoritmos de IA podem analisar grandes volumes de dados clínicos para identificar padrões que indicam a necessidade de um transplante antes que a doença evolua e se torne irreversível. Além disso, a IA pode otimizar a seleção de dadores, ajudando na sua sinalização a nível hospitalar e ainda, aumentando a precisão na compatibilidade dador-recetor, com consequente redução do risco de rejeição.

No pós-transplante, a IA pode ajudar os médicos a monitorizar o estado de saúde dos doentes, alertando-os para qualquer anomalia que possa indicar uma rejeição ou complicação. Pode ainda ser usada para personalizar o tratamento de cada doente após o transplante, propondo ajustes da dosagem de medicamentos imunossupressores e outros protocolos de acordo com suas características individuais.

Esta possibilidade de monitorização constante permitirá intervenções rápidas e eficazes, melhorando significativamente as taxas de sucesso da transplantação.

Desafios e Oportunidades

Apesar dos avanços, ainda enfrentamos desafios significativos. Continuamos a ter doentes nas listas de espera para transplante e a enfrentar a escassez de órgãos. Em 31 de dezembro de 2023, cerca de 1900 doentes aguardavam por um transplante renal. Precisamos de mais profissionais, melhores equipamentos e maior investimento nesta área. A evolução da tecnologia e da medicina tem permitido transplantar órgãos que anteriormente seriam descartados, utilizando processos de recondicionamento que melhoram a sua qualidade. Contudo, estes avanços tecnológicos ainda não estão implementados no terreno em todos os órgãos, como gostaríamos.

À semelhança do que ocorre noutros países, a possibilidade de colheita de órgãos em dadores em paragem cardiocirculatória controlada também poderá ajudar a expandir os órgãos disponíveis para transplante. Este tipo de doação refere-se a dadores que, em internamento hospitalar e em situações de fim de vida, sofrem uma paragem cardíaca irreversível, mas que não cumprem os critérios de “morte cerebral”, apesar de terem efetivamente falecido.

No que diz respeito ao acesso ao transplante e ao seguimento dos transplantados, há aspetos que precisam de ser melhorados. Por exemplo, a possibilidade de realização de exames aos candidatos a transplante e doentes transplantados em locais diferentes da Unidade Hospitalar onde são seguidos, próximos do seu local de residência, bem como a promoção e operacionalização do seu acompanhamento por vídeo ou teleconsultas, de forma a facilitar as suas condições de avaliação, assistência e qualidade de vida. Estas medidas trariam benefício também em termos de sustentabilidade ambiental, permitindo poupar múltiplas viagens aos doentes que residem a longas distâncias das referidas unidades de transplante.

Conclusão

A combinação de hábitos saudáveis e inteligência artificial representa um avanço significativo no campo da doação e transplantação de órgãos. Enquanto os hábitos saudáveis fortalecem o corpo e aceleram a recuperação, a IA poderá proporcionar precisão e eficiência em todas as etapas do processo do transplante. Isso, sem dispensar, em momento algum, a ação humana. Juntos, estes fatores não só aumentarão as taxas de sucesso, como também podem melhorar a qualidade de vida dos doentes transplantados, permitindo-lhes celebrar a vida com saúde e vitalidade.

 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
As candidaturas decorrem de 11 de julho a 30 de novembro de 2024
A Associação TOP HEALTH anuncia a 2ª edição dos TOP Health Awards, uma iniciativa destinada a reconhecer e premiar projetos e...

Este ano, as candidaturas estão abertas desde 11 de julho em quatro categorias distintas: Literacia em Saúde; Integração de Cuidados de Saúde; Tecnologia e Dados ao Serviço dos Resultados em Saúde; Diversidade, Equidade e Inclusão.

Cristina Campos, co-fundadora da Associação TOP Health, destaca a importância desta iniciativa: "Os TOP Health Awards são uma plataforma fundamental para promover a excelência e a inovação no setor da saúde, incentivando a colaboração entre diferentes interlocutores e a partilha de boas práticas. Ao premiar projetos que se destacam pela sua capacidade de transformar a saúde através de abordagens colaborativas e centradas nos doentes, estamos a reconhecer os esforços individuais e coletivos e a inspirar outros a seguir pelo mesmo caminho de inovação e impacto positivo."

Paula Costa, também co-fundadora desta iniciativa, acrescenta ainda: "Esta segunda edição dos TOP Health Awards reforça o compromisso da Associação TOP HEALTH em estimular uma cultura de reconhecimento e desenvolvimento contínuo. Ao destacar projetos que demonstram resultados tangíveis e boas práticas com impacto na saúde e na população, estamos a criar um ambiente propício para o networking e para o desenvolvimento e escalabilidade de novas oportunidades”.

Esta segunda edição conta com os seguintes parceiros: Ordem dos Médicos; Ordem dos Farmacêuticos; Apifarma; Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH); Agência De Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB); Instituto de Medicina Molecular (iMM); Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP);  Associação Nacional das Farmácias (ANF); Faculdade de Medicina de Lisboa; ISEG; Plataforma Saúde em Diálogo; Maze; Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP); Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM); RD-Portugal, Doenças Raras de Portugal; IQVIA; Amrop; Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET); Nova School of Business and Economics; Universidade Católica Portuguesa; VdA - Vieira de Almeida; Microsoft e Optimistic Blue.

As candidaturas encerram a 30 de novembro de 2024, e os vencedores são revelados em março de 2025, na cerimónia de entrega dos prémios.

 
Grupo é o serviço médico oficial desde 2019
A Lusíadas Saúde vai ser a responsável pelo serviço médico oficial da 85.ª Volta a Portugal, assegurando a prestação de...

Durante toda a competição, uma equipa clínica da Lusíadas Saúde, composta por médicos e enfermeiros e equipada com dispositivos médicos de última geração, vai estar presente, de norte a sul do País, para garantir que qualquer emergência clínica seja tratada com rapidez e eficácia. O Grupo Lusíadas Saúde é o apoio médico oficial da Volta a Portugal desde 2019.

Neste evento, "a Lusíadas Saúde reforça o seu compromisso com a saúde e o bem-estar de todos os portugueses", sublinha-se em comunicado. 

A Volta a Portugal é a principal competição de ciclismo nacional. Este ano, de Águeda, Capital da Bicicleta, a Viseu, Cidade Europeia do Desporto 2024, renovando o dia de descanso na Guarda, os ciclistas vão ter pela frente, nesta 85.ª Volta a Portugal Continente, um total de 1.540,1 quilómetros, com 32 Prémios de Montanha e 27 Metas Volantes. O pelotão é composto por cerca de 133 ciclistas em representação de 19 equipas, as nove portuguesas do escalão Continental e as restantes estrangeiras, de cinco nacionalidades, sendo 4 Pro Team.

 
Diminuição da hemoglobina ou do número de glóbulos vermelhos
A anemia é uma condição clínica que resulta da diminuição da hemoglobina ou do número de glóbulos ve

Existem vários tipos de anemia, de acordo com a causa da mesma, que pode ser desde falta de nutrientes essenciais (principalmente de ferro, vitamina B12 ou ácido fólico), doenças crónicas, perda de sangue ou problemas gastrointestinais.

A causa mais frequente, é a anemia por défice de ferro, ou seja, causada pela diminuição da ingestão ou absorção de ferro na nossa dieta ou por uma eliminação maior de ferro pelo nosso organismo.

Esta diminuição dos glóbulos vermelhos pode dever-se a um dos 3 principais mecanismos: perda de sangue, diminuição da produção de glóbulos vermelhos ou aumento da destruição dos glóbulos vermelhos.

Dentro de cada um destes mecanismos, podemos ter causas distintas, desde défices nutricionais, a infeções, fármacos ou até doenças genéticas.

Relativamente a uma das principais causas, a anemia por défices nutricionais, pode ser prevenível através de uma alimentação equilibrada e diversificada, com um consumo adequado de ferro (presente na carne, nas leguminosas, nos ovos, entre outros) e outros nutrientes necessários para a produção de glóbulos vermelhos (como o ácido fólico e vitamina B12).

Os sintomas dependem de alguns fatores, como a velocidade de instalação da anemia, da sua gravidade e de fatores do próprio doente (como a sua idade, sexo e doenças prévias).

Se for de instalação gradual e lenta, os sintomas são muitas vezes inespecíficos e podem passar despercebidos numa fase inicial, como o cansaço, tonturas, dores de cabeça, falta de ar, irritabilidade ou dificuldade de concentração.

Caso seja de instalação rápida, geralmente os sintomas são mais abruptos e graves, como confusão, aumento da frequência cardíaca ou perda de consciência.

A palidez das mucosas, muito referida como um sinal de anemia, apenas se encontra presente a partir de um determinado valor de anemia, podendo não estar presente em todos os doentes.

O diagnóstico é feito através de um hemograma, uma análise laboratorial simples do sangue. No entanto, as pessoas com anemia ou suspeita de anemia devem ser sempre observadas e avaliadas por um médico, pois a história clínica e o exame físico podem fornecer informações adicionais, podendo indicar causas específicas da anemia e orientando para um correto diagnóstico da causa e respetivo tratamento adequado.

O tratamento tem como objetivo a reposição de valores normais de glóbulos vermelhos e de hemoglobina. Em anemias mais graves, poderá ser necessário recorrer a transfusões sanguíneas.

No entanto, o tratamento depende da causa subjacente da anemia, daí a importância de um correto diagnóstico. Por exemplo, se a causa for um défice nutricional (como o défice de ferro), o tratamento pode passar pela suplementação (com ferro, por exemplo) com esse nutriente durante um período; no entanto, se a causa for um fármaco específico, deve ser ponderada a sua suspensão; entre outros.

Uma das possíveis causas da anemia é a doença crónica. Sabe-se que a insuficiência renal, o cancro, a infeção pelo VIH/SIDA e outras doenças crónicas podem interferir com a produção de glóbulos vermelhos e, consequentemente provocar uma anemia crónica.

A anemia pode afetar pessoas de todas as idades e ambos os sexos. No entanto, as mulheres em idade fértil e os idosos têm maior propensão devido a fatores como a menstruação e a uma menor absorção de nutrientes com o aumento da idade.

A gravidade da anemia depende da sua velocidade de instalação e da sua causa, e não está diretamente relacionada com a idade. No entanto, sabemos que os idosos, pela idade e pelas múltiplas comorbilidades que podem ter, podem estar mais suscetíveis.

Apesar de não ser a causa mais comum, algumas das causas de anemia têm uma base genética e transmissão hereditária, como a anemia falciforme. Por isso, pessoas com familiares com anemia (principalmente se for de causa genética) devem também ser avaliados por um médico, principalmente se tiverem sintomas sugestivos de anemia.

 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia 17 de setembro na Escola Superior de Biotecnologia
É já no próximo dia 17 de setembro de 2024 que os microrganismos vão andar à solta na Escola Superior de Biotecnologia. Mais de...

Este dia será recheado de experiências científicas, onde os investigadores vão demonstrar e explicar o papel dos diversos microrganismos no ambiente (água e solo), na alimentação (produção de alimentos e segurança alimentar) e na saúde (microbioma intestinal e da pele), entre outras.

“Vai ser um dia de sensibilização e de contacto com diferentes microorganismos em contexto de laboratório, mas num espaço ao ar livre,” refere Joana Barbosa, investigadora e membro da organização desta iniciativa da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa.

Biomateriais no combate às feridas crónicas; Iogurtes: uma fonte de “bons microrganismos”; MicroCosmética; Do líquido ao gel: do leite ao queijo; Um dia na vida de um Staphylococcus aureus; Microrganismos limpam as águas residuais; BioArte – Leveduras como não as conhecemos; Foldscope; Combate o Desperdício Alimentar; Gastronomia Molecular: os bons microrganismos à sua mesa; Microalgas; Organização do Frigorífico; Roda dos Alimentos; Descobre o par: antimicrobianos das cascas em ação, são algumas das experiências que os investigadores do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa irão dinamizar, para que os visitantes possam aprender, de forma lúdica, um pouco mais sobre o “micro” mundo.

Paula Castro, diretora da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, sublinha: “Ao abrir a faculdade a estudantes do básico e secundário estamos a cumprir a nossa missão de contribuir para a literacia científica junto dos mais novos,” acrescentando “cabe-nos colaborar com todos os níveis de ensino porque nas áreas STEM - ciência, tecnologia, engenharia e matemática -, de que o país tanto precisa, não podemos esperar que os jovens cheguem à universidade para então iniciar a sensibilização e motivação.”

“Pretendemos com esta iniciativa dar a conhecer os vários exemplos práticos de quanto os micróbios, embora invisíveis a olho nu, fazem parte integrante da nossa alimentação, ambiente e saúde,” salienta ainda Joana Barbosa, que justifica esta relevância com o facto de que “as células humanas constituem apenas 43% da contagem total de células do corpo, sendo que o resto são microrganismos.”

O Dia Internacional do Microrganismo comemora-se todos os anos a dia 17 por corresponder à data, em 1683, em em que pela primeira vez (que se saiba) estes seres foram descritos por escrito – numa carta à Real Sociedade de Londres pelo holandês Antonie van Leeuwenhoek. Uma efeméride que convida todos a ver o lado positivo dos microrganismos.

A Mostra do Dia Internacional do Microrganismo da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica, que em cada uma das edições anteriores (2022 e 2023) juntou mais de 1300 estudantes, realiza-se a 17 de setembro, entre as 9h30 e as 17h, no campus Porto. Um evento gratuito de inscrição obrigatória até ao dia 30 de agosto.

 
 
Com o objetivo de melhorar o acesso aos tratamentos de PMA
A Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal (ULSAS) acaba de criar um novo Centro de Responsabilidade Integrada, o CRI...

14 anos depois do início de atividade do Centro de Infertilidade e Reprodução Medicamente Assistida (CIRMA), do Hospital Garcia de Orta, este transforma-se agora em CRI, com aumento do quadro de pessoal, aumento da atividade assistencial e consequente redução do tempo de espera para consultas e tratamentos.

O CRI-Fertilidade será composto por uma equipa multidisciplinar de 15 profissionais. Ao longo dos próximos três anos, está previsto, além de alterações no modo de referenciação para este centro, um aumento significativo do número de consultas e de tratamentos de procriação medicamente assistida realizados.

O CIRMA da ULSAS é o único centro público a sul do País autorizado a ministrar técnicas de procriação medicamente assistida, desde que iniciou atividade em junho de 2010, oferecendo tratamentos de 1.ª linha – inseminação intrauterina. A partir de julho de 2011, passou a realizar também tratamentos de 2.ª linha – fecundação in vitro e microinjeção intracitoplasmática de espermatozoides.

Até final de 2023, o CIRMA registou o nascimento de mais de 1.300 crianças, fruto das técnicas realizadas, com taxas de gravidez por transferência embrionária acima dos 40%, superando a média europeia.

O CRI-Fertilidade soma-se aos quatro CRI já existentes na ULSAS: CRI de Dermatoveneorologia; CRI de Oftalmologia; CRI de Medicina Nuclear e CRI de Otorrinolaringologia.

“É com enorme entusiasmo que assistimos à constituição de mais um CRI na nossa ULS.  Estamos certos que se traduzirá em melhorias reais no acesso aos cuidados, por parte das famílias. O acesso atempado a cuidados de saúde de qualidade é uma das nossas maiores preocupações”, afirma Teresa Machado Luciano, Presidente do Conselho de Administração da ULSAS.

“A experiência que temos dos CRI faz-nos acreditar que se trata de uma aposta vencedora, com verdadeiros ganhos em saúde para a população, e aumento da satisfação e realização por parte dos profissionais de saúde que prestam cuidados altamente diferenciados”, remata.

 
Dia Mundial do Cérebro | 22 de julho
O cérebro é a caixa-negra do nosso organismo.

Deste efeito cumulativo resultam as doenças do cérebro que, em grande parte, são o corolário de vários erros sistemáticos que vamos cometendo. O sal que colocamos a mais na nossa comida, a tablete de chocolate que era só um quadradinho, o copo de vinho que afinal são vários ao almoço e jantar, o exercício físico que começa amanhã, o sono que vai ser reposto ao fim-de-semana, os medicamentos para a tensão alta que só são tomados na véspera da consulta. O cérebro não cai nestas mentiras e cobra-nos, com juros muito elevados e sob a forma de doenças graves (algumas incuráveis), todos os empréstimos de saúde que lhe fomos pedindo ao longo de décadas.

Hoje, dia 22 de julho, celebramos o Dia Mundial do Cérebro, precisamente com o tema “Brain health and prevention: protecting our future”. Importa, por isto mesmo, lembrar que a nossa saúde é tão somente aquela a que o nosso cérebro nos permitir. Este órgão é o nosso único garante de individualidade, autonomia e dignidade. É ele que nos torna únicos. Preservá-lo através de uma vida saudável é proteger o nosso futuro e o futuro de quem mais amamos. Porque, se não nos cuidarmos no presente, sobrará para alguém no futuro.

Para mudarmos de vida e protegermos o nosso cérebro e o nosso futuro, ontem já era tarde. Mas nunca é tarde demais.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Nas Conversas com Barriguinhas
No dia 31 de julho, pelas 18h00, as Conversas com Barriguinhas organizam uma sessão online para grávidas focada no primeiro ano...

Ao longo do primeiro ano de vida, o bebé alcança vários marcos de desenvolvimento, sendo necessário que as famílias estejam atentas à sua saúde, alimentação e acontecimentos, como, por exemplo, o aparecimento dos primeiros dentes. Para ajudar a aumentar o conhecimento sobre esta fase tão importante, as enfermeiras especialistas em saúde infantil e pediatria, Ana Gaspar e Diana Calaia, da Aventura do Cuidar, vão explicar aos pais quais os sinais a que devem estar atentos nos primeiros 12 meses de vida.

Também a fundadora do projeto MOMM, Inês Freitas, vai partilhar dicas para que as futuras mães possam cuidar de si no pós-parto, de forma a alcançar o bem-estar emocional e físico nesta fase, conciliando a sua vida com a nova rotina da maternidade.

Sendo o parto o único momento onde é possível guardar as células estaminais do cordão umbilical, Marta Batista, técnica de laboratório da Crioestaminal, vai abordar umas das principais questões dos pais sobre este tema: Onde e como ficam guardadas as células estaminais dos bebés após a sua colheita? A técnica de laboratório vai abrir as portas do laboratório da Crioestaminal, onde estas células são armazenadas, e ainda dar a conhecer as possíveis aplicações clínicas destas células, que já foram utilizadas no tratamento de mais de 90 doenças.

As inscrições estão disponíveis na plataforma.

 
Até 31 de julho
A MSD Portugal prolongou o prazo de candidaturas ao ‘Science in Practice’ até 31 de julho. A revisão da data-limite para a...

O portal deste novo formato dá acesso a todas as iniciativas da organização que integram agora o ‘Science in Practice’: HPV Clinical Cases, na área de infeção por HPV, o GU Clinical Cases e o Onco in Practice, ambos na área de Oncologia. Nesta edição, surgem também áreas novas: tumores digestivos, cancro da mama e cancros ginecológicos.

Neste espaço digital, os participantes podem escolher a especialidade do seu interesse e consultar os regulamentos, composição dos diferentes comités científicos e aos critérios de avaliação de cada projeto. 

O ‘Science in Practice’ pretende fomentar a discussão de casos clínicos, casuísticas e protocolos em contexto multidisciplinar, bem como a partilha de conhecimento teórico e prático. O objetivo passa por melhorar a qualidade dos cuidados de saúde oferecidos aos doentes, por meio da disseminação de conhecimento entre a comunidade médica.

 
Opinião | Daniela Rosa e Lourenço, presidente da Associação SINGELA
A Síndrome de Hipoventilação Central Congénita (SHCC), também conhecida como síndrome de Ondine, é u

De acordo com um estudo retrospetivo, publicado em 2023, no National Center for Biotechnology Information (NCBI), a incidência estimada da SHCC é de aproximadamente um caso em cada 200 mil nascimentos, com mais de 1 000 casos relatados mundialmente.1 A característica principal desta síndrome é a incapacidade do corpo em responder à hipoxia, levando a complicações respiratórias graves, nomeadamente durante o sono, o que requer suporte ventilatório.

As crianças afetadas por esta síndrome requerem cuidados constantes e específicos, na maioria dos casos desde o nascimento. Muitas vezes, um dos pais precisa de interromper a sua carreira profissional para cuidar da criança, que dificilmente pode frequentar creches ou jardins de infância devido às necessidades médicas complexas. O suporte ventilatório durante o sono é essencial, por exemplo, recorrendo a ventilação invasiva por traqueostomia.

Além dos desafios médicos, as famílias enfrentam uma série de desafios emocionais, financeiros e sociais. O isolamento e o cansaço físico e emocional são comuns, exacerbados pelas terapias, consultas médicas frequentes e internamentos hospitalares. As preocupações financeiras também são uma realidade, principalmente quando um dos membros da família precisa de parar de trabalhar para cuidar da criança, vendo o rendimento familiar significativamente reduzido, apesar dos apoios existentes. A mobilidade é limitada devido ao equipamento médico necessário e ao risco de infeções, impactando negativamente a qualidade de vida e a socialização das crianças.

Após o nascimento e diagnóstico da minha filha, em 2022, senti falta de apoio e informação disponível sobre esta síndrome em Portugal. Como resultado, fundei a Associação SINGELA – Associação Portuguesa da Síndrome de Hipoventilação Central Congénita, com o objetivo de proporcionar um espaço de apoio mútuo e partilha de experiências entre famílias afetadas pela síndrome.

O objetivo da SINGELA é ser uma fonte de apoio e informação para doentes e respetivas famílias. Além disso, procuramos contribuir para aumentar a consciencialização sobre a síndrome de Ondine e impulsionar a investigação científica para encontrar tratamentos mais eficazes e, eventualmente, uma cura.

Em Portugal, existe uma grande lacuna no que toca à literacia sobre esta patologia, designadamente saber o número exato de casos. Apesar disso, o nosso contato próximo com associações internacionais permite-nos ter uma ideia dos números aproximados de casos da SHCC em diferentes países. Sabemos que o número de doentes estará entre os 100 e os 200 em França, Alemanha e Itália; em Espanha haverá cerca de 80 doentes; e em Israel são cerca de 24 doentes.

Apesar destes números serem apenas estimativas, estes dados dão-nos uma visão geral da prevalência da síndrome em diferentes regiões do mundo.

A SINGELA está comprometida em colaborar com organizações internacionais para melhorar a qualidade de vida dos doentes e das suas famílias. Continuaremos a trabalhar para aumentar a consciencialização, promover a pesquisa e oferecer apoio às famílias afetadas pela síndrome de Ondine. Sabemos que temos muito trabalho pela frente.

Acreditamos que juntos podemos fazer a diferença e proporcionar um futuro melhor para todos aqueles que vivem com esta condição rara. Para mais informações sobre a SINGELA e o trabalho que desenvolvemos, visite o nosso site: https://singela.com.pt/.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ex-bastonário da Ordem dos Advogados escolhido pelos restantes quatro membros do novo órgão social
Guilherme Figueiredo, bastonário da Ordem dos Advogados entre 2017 e 2019, é o primeiro presidente do Conselho de Supervisão da...

O Conselho de Supervisão resulta da revisão dos estatutos das ordens profissionais promovida no último executivo. A sua composição obedece à existência de 40 por cento de elementos inscritos nas respetivas ordens, outros 40% não inscritos, oriundos de instituições académicas que habilitem o acesso à profissão, e 20 por cento de personalidades de reconhecido mérito.

No caso da Ordem dos Médicos Dentistas, o Conselho de Supervisão é constituído por cinco elementos: Manuel Fontes de Carvalho e Teresa Alves Canadas, ambos inscritos na Ordem, José Júlio Ferreira Pacheco e Maria Benedita Almeida Garrett de Sampaio Maia Marques, não inscritos com origem na Academia, e Guilherme Figueiredo, como personalidade com conhecimento e experiência relevantes para atividade da OMD.

Natural do Porto, Guilherme Figueiredo exerceu diversos cargos em instituições culturais e universitárias. Além de bastonário da Ordem dos Advogados, foi presidente do Instituto da Conferência, no âmbito do Conselho Distrital do Porto. Presidiu ao Cineclube do Porto e foi membro do Conselho de Fundadores do Lugar do Desenho da Fundação Júlio Resende.

O presidente do Conselho de Supervisão tem um percurso profissional extenso, repartido pelas áreas do direito, da cultura, do desporto e da academia. Em 2012, Guilherme Figueiredo foi homenageado na Biblioteca Almeida Garrett, Porto, com a edição de um livro e exposição de obras de arte, organizada por Armando Alves, Bernardo Pinto de Almeida, Laura Castro, Jorge Velhote e Zulmiro de Carvalho.

O Conselho de Supervisão é independente no exercício das suas funções e tem como competências supervisionar a legalidade e conformidade estatutária e regulamentar da atividade exercida pelos órgãos da OMD, propor ao bastonário a nomeação do provedor dos destinatários dos serviços, entre outras.

No âmbito do Dia Mundial do Cérebro que se assinala a 22 de julho
A saúde cerebral depende de um estilo de vida saudável e de estratégias preventivas eficazes, que vão desde a educação até a...

O cérebro é sensível ao estilo de vida. Um bom nível educacional, o melhor ambiente laboral possível, a realização de passatempos estimulantes, a prática de exercício físico regular e o controlo dos fatores de risco vascular (pressão arterial, colesterol, açúcar, tabagismo e consumo de álcool) contribuem certamente para a saúde cerebral.

Sara Varanda, Neurologista no CNS Braga realça que ‘aquando do surgimento das doenças neurológicas, estas medidas têm o potencial de reduzir os sintomas, tornando-se pilares essenciais do tratamento, numa época em que, infelizmente, ainda não dispomos de medidas farmacológicas de prevenção’.

O cérebro, descrito como o “software” do corpo humano, é crucial para o bom funcionamento do organismo. ‘Numa era moderna em que as pessoas têm, ou deviam ter, um seguimento médico de rotina, ainda é escasso o investimento na promoção da saúde cerebral. Pessoas e médicos lembram-se da saúde cerebral quando surgem sinais de mau funcionamento – dores de cabeça, dificuldades no sono ou esquecimentos, por exemplo. Contudo, quando nada alerta sobre o “software”, em geral, pouco se faz para prevenir a falência’, salienta, ainda, Sara Varanda.

Os trabalhos científicos que se têm debruçado sobre a promoção da saúde cerebral partem sobretudo da doença – como prevenir o declínio cognitivo na doença de Alzheimer, como minimizar o impacto cognitivo da esclerose múltipla e da enxaqueca ou como reverter sintomas motores (lentidão, rigidez, tremor) na doença de Parkinson.

Por exemplo, estudos indicam que cérebros com a presença da proteína anormal responsável pelo Alzheimer podem permanecer funcionalmente ativos e livres de sintomas graças à reserva cognitiva. Segundo a especialista, a educação parece ser um dos principais fatores que contribuem para esta reserva: ‘a doença existe, a proteína tóxica acumula-se, há morte neuronal, porém, as zonas saudáveis asseguram por mais tempo o adequado funcionamento cerebral. Há controvérsias sobre se a educação origina um efeito direto na reserva cognitiva ou se, por outro lado, desempenha um papel indireto por espelhar geralmente o contexto sociofamiliar e o estado geral de saúde. Promover o acesso à escola e equalizar as oportunidades pode, em última análise, prevenir o surgimento de sintomas em contexto de doença’.

Além disso, a neurologista do CNS Braga, refere um estudo europeu com quase 4000 participantes saudáveis que decorreu ao longo de 20 anos e revelou que a prática de atividades como jogos de tabuleiro preveniu o agravamento cognitivo nos doentes em quem veio a ser diagnosticada demência. Estas estratégias preventivas, conhecidas como "neuroenhancement", são pouco dispendiosas e apresentam menos efeitos secundários, comparativamente a potenciais medicamentos que se venham a desenvolver neste campo.

Na área da doença de Parkinson, em que também uma proteína anormal se acumula nas células, a neurologista destacou que os estudos no âmbito da promoção da saúde cerebral têm sido realizados ainda em modelos animais ou em amostras de doentes de pequenas dimensões, mas apontam, por exemplo, para benefícios da prática de exercício físico aeróbio de intensidade moderada nos sintomas motores. Até mesmo a participação em orquestras comunitárias tem mostrado melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

Saúde Capilar
As causas do tipo mais comum de alopécia, a alopécia androgénica, são genéticas e hormonais.

O sedentarismo, um risco para a saúde do cabelo

Um estilo de vida sedentário caracteriza-se pela baixa atividade física. Por outras palavras, não se pratica qualquer tipo de exercício adicional no dia-a-dia, nem mesmo um exercício moderado. A pandemia propagou, sem dúvida, o sedentarismo, levando a um aumento da incidência de excesso de peso na população.

Assim, após o confinamento, muitas pessoas notaram um agravamento da sua saúde capilar. A falta de atividade física devido às restrições, acompanhada do stress, do aumento da ingestão alimentar e de alimentos de pior qualidade, tornou-se o terreno ideal para o enfraquecimento e até para a queda do cabelo. Por outras palavras, a combinação de inatividade e peso não saudável acelera a alopecia em pessoas com predisposição genética para a sofrer.

Um estilo de vida saudável ajuda a prevenir a alopécia

A atividade física regular oxigena o couro cabeludo, ativando a circulação sanguínea e favorecendo a eliminação de toxinas. Também ajuda a regular o stress porque, ao praticar desporto, libertamos endorfinas e regulamos naturalmente a produção de serotonina.

Também prevenimos a obesidade, um fator de risco para a alopécia. O excesso de gordura corporal pode desencadear a queda de cabelo. Isto porque o excesso de peso pode levar ao esgotamento das células estaminais do folículo piloso, enviando-lhes sinais inflamatórios. Isto prejudica o ciclo de crescimento e regeneração do cabelo, bloqueando os folículos e provocando a sua miniaturização até desaparecerem.

Uma alimentação desequilibrada não causa apenas problemas na balança, pois os défices nutricionais são outra causa de alopécia. Uma alimentação rica em gorduras e açúcares e pobre em nutrientes muito importantes para a saúde do cabelo (biotina, vitaminas A, C, D, E) acaba por danificar o nosso cabelo. O mesmo acontece com outros hábitos pouco saudáveis, como fumar, que provoca um stress oxidativo que pode afetar o cabelo, ou beber álcool com frequência.

Cuidados quotidianos que melhoram a saúde do cabelo

Uma higiene inadequada que leva a uma acumulação de gordura, a utilização de produtos agressivos e tintas, a aplicação de tratamentos térmicos a altas temperaturas, penteados apertados… Tudo isto pode ter uma influência negativa no nosso cabelo, razão pela qual os cuidados diários são tão importantes.

É aconselhável utilizar champôs adaptados às necessidades do nosso cabelo e aplicá-los com uma massagem suave, bem como secar o cabelo com temperaturas moderadas e evitar tranças ou rabos-de-cavalo apertados.

Uma vez registada a queda de cabelo, o transplante capilar é a única solução definitiva para a alopécia. No entanto, se estiver numa fase inicial em que a queda de cabelo e a deterioração da qualidade do cabelo são cada vez mais percetíveis, pode evitar uma maior queda de cabelo submetendo-se a um tratamento capilar ou a uma combinação de vários tratamentos. É o caso da mesoterapia capilar (MesoHair), do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) ou do laser de baixa frequência.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudantes esperam reunir com a Secretária de Estado Adjunta e da Igualdade
A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) desenvolveu uma proposta de compromisso para combater as carências...

A iniciativa tem como propósito contribuir para atenuar as despesas dos estudantes com a frequência do Mestrado Integrado em Medicina e prevê a criação de protocolos entre cada Escola Médica, respetivos Hospitais Nuclear e Afiliados, e Associação/Núcleo de Estudantes. Estes poderão ser alargados a outros parceiros estratégicos e sociais da região abrangida.

A ANEM e o CEMP reconhecem que a melhoria das condições de frequência da formação em Medicina se estabelece como um indicador da excelência da prática da Medicina no país.

Para Rita Ribeiro, Presidente da ANEM, as instituições de ensino superior assumem um papel fundamental na formação de jovens capazes, informados e dotados de competências essenciais ao desenvolvimento social e económico do país. “Urge por isso repensar e refletir sobre as implicações financeiras da frequência universitária de um estudante de Medicina que, às despesas basais - propina, habitação (no caso de estudantes deslocados), taxas e emolumentos -, a natureza do curso acrescenta outras bastante consideráveis”, afirmou.

A Associação Nacional de Estudantes de Medicina elaborou um dossier que entregou no Ministério da Juventude e Modernização, do qual fazem parte propostas concretas, mensuráveis e realistas para colmatar os encargos extra do curso de Medicina, suportados pelos estudantes. Na sequência desta exposição, a ANEM deverá reunir em data próxima com a Secretária de Estado Adjunta e da Igualdade, Carla Mouro.

Os encargos de que ninguém fala

Em março, a Associação Nacional de Estudantes de Medicina efetuou uma recolha aprofundada de dados sobre as implicações financeiras da frequência dos estudantes de Medicina no Ensino Superior.

E, em primeiro lugar, a ANEM reteve que, no que respeita à formação teórica, a recomendação para aquisição de material bibliográfico, enquadrado nas diversas unidades curriculares, ultrapassa a oferta disponível nas bibliotecas escolares e municipais, sendo os estudantes obrigados a suportar os custos extra dessa literatura aconselhada.

Por outro lado, a ANEM assinalou também que as despesas acrescidas dos estudantes com os estágios clínicos obrigatórios são suportadas pelos jovens e respetivas famílias. Os estágios requerem equipamento de proteção individual, nomeadamente bata ou farda, e a utilização de estetoscópio individual, cujos custos ficam a cargo dos estudantes, com exceção da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto que suporta o valor das batas/fardas.

Por último, o ensino clínico/estágios, imprescindível à formação médica, requer transporte para hospitais e estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde primários, cujas distâncias da universidade podem atingir os 90 km (uma hora de distância). Este transporte constitui um custo extra que o estudante deve considerar. Ademais, tendo os estágios clínicos diários uma duração considerável, é expetável que os estudantes se alimentem nestes locais, que não apresentam preços sociais, e que suportem também estes custos extra.

Até 31 de julho
O Prémio de Investigação Noémia Afonso, promovido pela Sociedade Portuguesa de Senologia (SPS), estendeu o prazo de envio dos...

O presidente da SPS, José Carlos Marques, afirma: “É importante que a comunidade veja este momento como uma homenagem a um membro distinto da nossa sociedade, mas também como uma iniciativa que celebra o trabalho desenvolvido neste campo de investigação.”

Os participantes podem submeter a sua candidatura até 31 de julho através do preenchimento de um formulário na página da SPS.

O grande vencedor desta distinção irá receber 20 mil euros para apoio ao desenvolvimento do projeto, e será anunciado nas XXI Jornadas de Senologia, entre os dias 6 e 8 de novembro de 2024.

Pode consultar o regulamento, aqui.

 
Newsletter ‘Em Evidência’ para profissionais e pacientes
‘Em Evidência’ é o nome da mais recente newsletter sobre medicina dentária e faz parte do projeto que a Ordem dos Médicos...

Com periodicidade bimestral, a primeira edição da newsletter ‘Em Evidência’ foi enviada no dia 17 de julho e tem o objetivo de ser uma referência na partilha de conhecimento especializado entre os médicos dentistas.

Em paralelo, o projeto contempla a produção de conteúdos que serão distribuídos por três rubricas, a serem disponibilizadas em breve no canal de Youtube OMDTV.

A primeira, denominada ‘Evidência Vox Pop’, vai apresentar-se com pequenos vídeos nos quais os médicos dentistas respondem a perguntas na perspetiva do utilizador de Evidence-based Dentistry (EBD) e, posteriormente, é apresentada a refutação do CEMDBE.

Já em ‘Vamos falar de Evidência’, o objetivo é fornecer respostas a questões que visam melhorar o apoio à decisão clínica.

Na rubrica ‘Evidência Popular’, a população é o público-alvo. O objetivo consiste em divulgar informação direcionada para o paciente de medicina dentária que, através destes conteúdos, poderá aumentar a sua literacia e desmistificar vários temas relacionados com a saúde oral.

 
Liderado pela ENSP NOVA
O PAFSE (Partnerships for Science Education) é um projeto europeu de educação científica, liderado por Portugal, centrado no...

Liderado pela ENSP NOVA (Escola Nacional de Saúde Pública - Universidade Nova de Lisboa), sob condução da investigadora e Professora Carolina Santos, o PAFSE tem como missão desenvolver as competências, curiosidade e o interesse nos estudantes em seguirem currículos e profissões nesta área, bem como prepará-los para serem embaixadores da saúde pública nos seus ambientes de vida.

O consórcio de nove entidades construiu clusters de educação de ciência com epicentro nas escolas de ensino secundário, que se traduziram em parcerias com universidades, centros de investigação, empresas, fundações, associações e organizações da sociedade civil.  Os parceiros desafiaram as escolas a abrirem-se à comunidade com o objetivo de enriquecer as atividades de educação CTEM e conectar o currículo das ciências com desafios reais da sociedade e das organizações. Os alunos tiveram a oportunidade de interagir com investigadores, empresários, profissionais de saúde, gestores, cientistas de dados, comunicadores de ciência, economistas da saúde, engenheiros, entre outras profissões relevantes da área CTEM, conhecendo melhor o seu percurso académico e trabalho nas organizações que os empregam.

O consórcio preparou ainda professores para explorarem um conjunto alargado de desafios da saúde  pública em sala-de-aula e desenvolveu recursos pedagógicos, promovendo a implementação de projetos de base científica e atividades formais e informais de aprendizagem com os parceiros do cluster, recorrendo-se a ferramentas digitais e ambientes de ensino-aprendizagem dinâmicos para promover o desenvolvimento das 21st century skills (ex.: criatividade, capacidade de resolução de problemas, colaboração), competências de gestão de projeto e recolha/análise/interpretação de evidência científica.

O PAFSE fomentou a utilização da metodologia de Aprendizagem Baseada em Projeto (PBL) dada a extensa evidência sobre a sua efetividade na educação das ciências, tecnologia, engenharia e matemática. Através da metodologia de PBL, os estudantes foram estimulados a desenvolver projetos de base científica que promovem a sua saúde e previnem doença na comunidade. Os projetos de investigação encontram-se enquadrados em cenários de aprendizagem desenvolvidos no primeiro ano de projeto, testados em 40 escolas no ano seguinte e escalados na sua implementação em 2024 através da formação de professores.

O cenário de aprendizagem é uma estrutura que promove a aprendizagem eficaz através da identificação de objetivos de aprendizagem, combinação de atividades dinâmicas em ambientes formais e informais, dentro e fora da sala de aula, prevendo a exploração pelos alunos de objetos digitais de aprendizagem desenvolvidos pelo consórcio e a navegação em plataformas digitais desenhadas para o efeito. 

"Em cada escola, os desafios da saúde pública foram explorados de forma multidisciplinar, através da constituição de equipas com professores de diferentes disciplinas - ciências, matemática, tecnologias da informação, física, química, geografia, inglês, cidadania. Diversos desafios foram trabalhados – desde as doenças zoonóticas, à preparação para futuras pandemias, ao cancro, doença cardiovascular, diabetes, resistência a antibióticos, sistemas de inteligência artificial na saúde pública, objetivos de desenvolvimento sustentável. No final do processo de ensino-aprendizagem, os alunos sob mentoria dos professores, organizaram eventos públicos de apresentação das suas aprendizagens e, particularmente, da evidência gerada pelos seus projetos de investigação, trazendo propostas e recomendações que beneficiam a saúde e bem-estar da comunidade", explica Carolina Santos, investigadora principal do projeto e coordenadora do consórcio. 

O PAFSE – Partnerships for Science Education iniciou em 1 setembro 2021 e termina em 31 agosto de 2024, financiado pelo Horizon 2020 Framework Programme – programa de apoio à inovação e investigação da Comissão Europeia, com um montante de financiamento no valor de 1.46 milhões de euros. O PAFSE integrou uma montra de 100 projetos selecionados para apresentação no New European Bahaus Festival, em 2022, e um conjunto de 16 projetos selecionados para apresentação na conferência de alto nível da European Research Agency, 18-19 setembro, em Bruxelas, pelo seu carácter inovador e impacto na sociedade.

A conferência final PAFSE 2024, de apresentação dos resultados, teve como tema “Open Schooling Innovations for Public Health Education”  decorreu dia 12 de julho na reitoria da Universidade de Lisboa com acesso gratuito. 

 
Beeta nasceu na Faculdade de medicina da universidade de Lisboa
Já é conhecido o vencedor do prémio Born from Knowledge atribuído pela Agência Nacional de Inovação (ANI), no âmbito da...

Este reconhecimento da ANI é conferido ao projeto nascido do conhecimento académico que mais se destaca pela sua base tecnológica e potencial inovador. Além da distinção, a equipa receberá a “Árvore do Conhecimento”, um prémio monetário de 1 000 € e um voucher para cobrir a viagem da equipa à feira SIAL Paris em Paris, França, que irá decorrer em outubro 2024. O troféu, a Árvore do Conhecimento, relaciona a arte com a tecnologia, expressando os valores da excelência científica e da relevância social e económica.

A Beeta é uma barra nutritiva que combina laranja, beterraba desidratada, figo seco e farinha de alfarroba. Com um formato retangular, de cor roxa e aspeto granulado, oferece um sabor frutado que complementa o típico sabor terroso da beterraba. Este snack contém aproximadamente 400 mg de nitratos, substância que, comprovadamente, melhora o rendimento desportivo, devendo ser consumida 2 a 3 horas antes do esforço físico ou diariamente nos dias que antecedem o esforço.

Ao contrário das barras existentes no mercado, a Beeta não é uma barra energética. O seu objetivo é equipara-se a suplementos alimentares, mas sendo mais agradável de consumir, garantindo o teor de nitratos necessário para ter impacto no rendimento desportivo.

A Beeta nasce enquanto um projeto de licenciatura em ciências da nutrição em outubro de 2023, onde quatro colegas foram desafiados a desenvolver um produto inovador e sustentável. João Cabral, um dos fundadores, teve a ideia de avançar com um produto que tivesse na sua base a beterraba. "Enquanto atleta e futuro nutricionista sei o quanto a nutrição pode potenciar o desempenho desportivo. A Beeta nasce pela necessidade de ter um produto com a dose certa de nitratos, uma formulação baseada na evidência, prática e saborosa, tudo isto a um preço acessível”, referiu João Cabral e acrescentou ainda que “o prémio Born from Knowledge é um grande orgulho, pois reconhece todo o esforço realizado ao longo dos últimos meses para que a Beeta fosse efetivamente baseada no conhecimento e com impacto na vida dos consumidores, os atletas. Estamos confiantes que, com o apoio da ANI, o nosso produto e futura StartUp serão muito bem-sucedidos e reconhecidos por todos os atletas."

A Beeta aposta igualmente na sustentabilidade e inovação, utilizando matérias-primas que não são passíveis de venda em superfícies de retalho alimentar e embalagens feitas de PBAT ou PLA, materiais provenientes de fontes renováveis e recicláveis. O transporte das Beeta será realizado em caixas de plástico rígido reutilizáveis, promovendo a redução do desperdício.

"Este prémio é um testemunho da capacidade de inovação e da excelência dos nossos jovens talentos. A Beeta é um exemplo inspirador de como a investigação e o desenvolvimento tecnológico podem criar produtos sustentáveis e benéficos para a saúde e serem inovadores num mercado em expansão, tanto em Portugal como fora do país.," salienta António Grilo, presidente da ANI.

Desde 2017, a ANI já premiou mais de 50 projetos e start-ups, nascidos da investigação académica, em concursos e prémios de inovação nacionais promovidos por entidades como Altice, Crédito Agrícola, BPI, Glintt, PortugalFoods e Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC) através do programa Born from Knowledge. Muitos deles são já símbolos da inovação nacional em Portugal e internacionalmente.

 
Parceria com o Comité Olímpico de Portugal e o Comité Paralímpico de Portugal
A Lusíadas Saúde mantém a sua parceria com o Comité Olímpico de Portugal e o Comité Paralímpico de Portugal para os Jogos...

Os atletas que representarão Portugal tanto nos Jogos Olímpicos como nos Paralímpicos em Paris, recorreram à prestação de cuidados de saúde, tratamentos e monitorização da condição física nas unidades do Grupo durante os programas de preparação. A Lusíadas Saúde assegura, assim, que os atletas estão na sua melhor forma física e mental, proporcionando-lhes os cuidados necessários para alcançarem o seu máximo potencial competitivo.

Esta parceria de impacto sublinha a importância da saúde como alicerce para a performance desportiva e reforça o posicionamento do Grupo Lusíadas Saúde no apoio ao desporto nacional de uma forma transversal.

“No Grupo Lusíadas, consideramos a saúde como a base de todas as conquistas, tanto na vida como no desporto. Com esta parceria com o Comité Olímpico de Portugal e o Comité Paralímpico de Portugal, garantimos que os atletas portugueses estão preparados para competir nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, ajudando-os a alcançar as suas metas e a trazer medalhas para o nosso País”, afirma Dr. Bernardo Paes de Vasconcelos, Coordenador de Medicina Desportiva do Hospital Lusíadas Lisboa.

 

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