Mais de uma dezena de serviços de urgência encerrados no fim de semana
A Ordem dos Médicos apela ao Ministério da Saúde e à Direção-Executiva do SNS para encontrar soluções para fazer face ao...

Num fim-de-semana em que está previsto o encerramento de onze de serviços urgências no sábado e treze no domingo em todo o país, a Ordem dos Médicos alerta para a gravidade destas decisões e a consequente redução da capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) à população nas semanas que se aproximam. 

A situação assume contornos de maior gravidade em locais como a Unidade Local de Saúde da Região de Leiria, onde existem constrangimentos no Serviço de Urgência Ginecológica/Obstétrica entre os dias 2 e 19 de agosto e onde, a partir do dia 5, não é disponibilizado qualquer atendimento urgente nesta área. 

Para o Bastonário Carlos Cortes, “é inadmissível que ano após ano não sejam acautelados os fatores que contribuem para o encerramento de urgências, nomeadamente criando condições adequadas para atrair mais médicos para o SNS”. “Não podemos privar toda uma região de aceder às urgências obstetrícias durante 18 dias, obrigando as grávidas e doentes a deslocarem-se até Coimbra, que fica a mais duas horas de distância em alguns casos e ao Porto para situações de cuidados programados”, acrescentou. 

O Bastonário exige que “as informações dos constrangimentos sejam divulgadas atempadamente à população e às corporações de bombeiros” e considera que “é preciso planeamento no tempo certo, porque não é novidade que o verão é um período delicado para o SNS, tal como o será o inverno”. 

“São necessárias medidas urgentes que proporcionem boas condições de trabalho e que valorizem os médicos, contribuindo assim para a segurança dos doentes e evitando a degradação do SNS”, finalizou. 

 
Opinião
Em 2003, ao disponibilizar o serviço de criopreservação das células do sangue do cordão umbilical de

Ao longo destes 21 anos tem-se assistido à evolução quer no conhecimento acerca das potencialidades das células estaminais do cordão umbilical quer na sua aplicação terapêutica. Neste período, também a Crioestaminal tem contribuído quer para o avanço do conhecimento acerca das potencialidades das células estaminais, quer para a realização de tratamentos com células estaminais, que se não tivessem sido guardadas não poderiam ser usadas. Ao longo destes anos de atividade, a Crioestaminal libertou amostras de sangue do cordão umbilical que foram usadas para tratar doenças do sangue e do sistema imunitário e doenças neurológicas, no âmbito de utilizações standard e de terapias experimentais, tendo os tratamentos sido realizados quer em instituições portuguesas (IPO do Porto e de Lisboa) quer estrangeiras (Espanha, Roménia e EUA). As amostras até agora libertadas foram usadas no próprio (tratamentos autólogos) e entre irmãos compatíveis (transplantes alogénicos relacionados).

No que diz respeito ao avanço no conhecimento sobre as potencialidades das células estaminais, a Crioestaminal tem desenvolvido vários projetos de investigação que originaram diversos artigos científicos e comunicações em congressos, contribuíram para a elaboração de teses de mestrado e doutoramento e deram origem a patentes internacionais. A nível laboratorial, a investigação permitiu ainda disponibilizar o serviço de criopreservação das células estaminais do tecido do cordão umbilical. Mais recentemente, a investigação em que a Crioestaminal tem estado envolvida tem visado o desenvolvimento de novas aplicações das células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical para o tratamento de doenças atualmente com poucas opções terapêuticas. Neste contexto e com o intuito de poder disponibilizar terapias celulares, a Crioestaminal, através do seu laboratório de terapias celulares, com autorização de fabrico (do Infarmed) de medicamentos à base de células estaminais, tem participado em isenções hospitalares e na preparação de ensaios clínicos.

A nível mundial, ao longo destes anos, aumentou consideravelmente o número de transplantes de sangue do cordão umbilical: em 2003, quando a Crioestaminal iniciou atividade, eram apenas 2.500, e atualmente contam-se mais de 60.000, em crianças e adultos. Também o número de doenças tratadas evoluiu: em 2003 eram 26 e na atualidade são mais de 90. Para além disso, a utilização das células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical na área da medicina regenerativa tem permitido o acesso a terapias experimentais com resultados promissores, em crianças com paralisia cerebral e autismo, entre outras patologias.

É, assim, evidente que, nestes 21 anos, têm sido vários os desenvolvimentos na área das células estaminais do cordão umbilical, reforçando o interesse em guardar estas células, com cada vez maiores perspetivas de utilização terapêutica.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Não tendo sido identificados agentes que possam ser transmitidos
De acordo com a Direção Geral de Saúde foi recentemente identificada a espécie de mosquito Aedes albopictus nos Municípios de...

Este mosquito pode transmitir às pessoas, quando infetado, doenças como dengue, chikungunya ou Zika. No entanto, em Portugal continental, não foram identificados nestes mosquitos quaisquer agentes de doenças que possam ser transmitidos às pessoas, nem se registaram, até ao momento, casos de doença humana em contexto de transmissão local.

O mosquito foi detetado pela primeira vez no país em 2005 na Região Autónoma da Madeira (Aedes aegypti), em 2017 na Região Norte (Aedes albopictus) e, posteriormente, em diferentes Regiões: Algarve (2018), Alentejo (2022), Lisboa e Vale do Tejo (2023). Apenas nos Açores ainda não foi identificada a presença do mosquito do género Aedes spp. 

A nível europeu, é conhecida a expansão deste mosquito pelos países do Sul, onde se tem vindo a instalar nas últimas décadas, em países como Itália, França, Malta, Grécia e Espanha, e onde tem sido reportada transmissão local limitada.

 
Novo procedimento de rejuvenescimento facial
A Up Clinic apresenta um novo equipamento de rejuvenescimento facial, Laser Hybrid CO2 e 1570, que estabelece um novo padrão na...

Esta tecnologia inovadora está indicada para tratar diferentes condições e estabelece um novo padrão no rejuvenescimento facial, na revitalização da pele e no tratamento de cicatrizes. No caso de rugas e linhas finas, ajuda a reduzir a sua aparência, ao promover a formação de colagénio e aumentar a espessura da pele. É eficaz na atenuação de cicatrizes causadas por acne ou cicatrizes secundárias a cirurgia ou trauma e melhora a textura e a qualidade da pele. Em situações de manchas de idade e hiperpigmentação, permite clarear manchas e uniformizar o tom da pele. Reduz a aparência de poros dilatados. Ajuda a melhorar a aparência das estrias, ao torná-las menos visíveis e palpáveis. Ao nível da flacidez da pele, promove um efeito de lifting, que melhora a firmeza e qualidade da pele.

O laser hybrid CO2 e 1570 resulta da constante evolução que os tratamentos de rejuvenescimento facial apresentam, e traduz-se numa combinação de eficácia com mínimo tempo de inatividade e mínimo risco de eventos adversos. A sua elevada precisão minimiza os danos ao tecido circundante. Permite simultaneamente uma melhoria significativa num menor número de sessões, quando comparado a outros tratamentos. Embora o laser de CO2 possa ser mais agressivo, a adição do laser de 1570nm ajuda a acelerar o processo de cicatrização e reduzir o tempo de inatividade. Além disso, pode ser usado em diversos tipos de pele e numa variedade de problemas cutâneos.

"É com grande entusiasmo que anunciamos o Hybrid CO2 e 1570 na Up Clinic," refere Tiago Baptista Fernandes, cirurgião plástico e diretor clínico da Up Clinic. "A sua elevada precisão permite-nos o desenvolvimento de procedimentos personalizados à medida de cada paciente. Apostamos na constante inovação tecnológica, que permite os melhores resultados com a máxima segurança e conforto. Somos exigentes e procuramos elevar continuamente elevar os nossos padrões. Com este novo equipamento, na maioria dos casos, as melhorias são visíveis algumas semanas após o tratamento e os resultados que continuam a melhorar ao longo de vários meses”.

A combinação das propriedades de dois tipos de laser, proporciona resultados superiores, com maior segurança e menor tempo de recuperação.

Exposição a agressões externas
É no verão que os cabelos mais sofrem com a exposição a uma multiplicidade de agressões externas que

Carlos Portinha, Chief Clinical Officer do Grupo Inspary, aponta alguns dos efeitos do sol e do calor no nosso cabelo:

Exposição a raios UVA mais elevados

Atualmente, é reconhecida a importância de aplicar proteção solar na nossa pele para prevenir o envelhecimento cutâneo e possíveis doenças. No entanto, por vezes esquecemo-nos de proteger a cabeça, a zona que é diretamente mais afetada pelos raios solares, provocando queimaduras no couro cabeludo que podem originar feridas e outras doenças de pele. Uma das recomendações de Carlos Portinha vai no sentido de " proteger a cabeça, especialmente a meio do dia, com um chapéu, um lenço ou um protetor solar para o cabelo".

Desidratação

O aumento das temperaturas provoca uma diminuição da humidade em todo o corpo, mas especialmente no cabelo. Esta falta de humidade contribui para que o cabelo se torne mais fino e mais fraco e, por conseguinte, mais quebradiço. "Por esta razão, devemos cuidar regularmente do cabelo com produtos como máscaras, óleos e champôs especiais para o nutrir, como seja o champô NutriPlus da Insparya que, sendo formulado com aveia, aloé vera e algas marinhas, é um champô muito hidratante", explica o especialista.

Suor

Parte da desidratação que sofremos no verão é causada pela perda de líquidos através da transpiração. A transpiração no couro cabeludo é muito frequente devido ao calor produzido pelo próprio cabelo. Este suor acumulado obstrui os poros e, por conseguinte, dificulta a sua respiração, danificando o couro cabeludo. Por isso, é importante beber muitos líquidos, de preferência água, de modo a evitar um aumento excessivo da temperatura interna.

Abuso na tração

Com temperaturas elevadas, verifica-se a tendência de, mais frequentemente, puxar o cabelo para trás apertando-o e desapertando-o constantemente. Este abuso de rabos-de-cavalo e adereços que podem provocar a queda de cabelo, especialmente nas têmporas, o que é conhecido como alopécia de tração.

Para tentar evitá-lo, é importante reduzir a utilização de penteados agressivos, dispensar as extensões, a laca e reduzir ao mínimo a utilização de alisadores e secadores de cabelo, além de eliminar tratamentos como a coloração do cabelo. É também fundamental desembaraçar o cabelo antes de o pentear para evitar puxões e tentar alternar os penteados.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Opinião | Dia Mundial do Cancro do Pulmão
Assinala-se a 1 de agosto o Dia Mundial do Cancro do pulmão. Trata-se do cancro mais frequente e co

Todos os dias, em Portugal, 17 pessoas recebem um diagnóstico de cancro do pulmão (CP) e 14 morrem por este cancro.

Como podemos mudar a evolução daquele que é o cancro que mais mortes causa a nível mundial, europeu e em Portugal? A solução assenta em quatro pilares: prevenção, diagnóstico, evolução terapêutica e investigação. 

  • Prevenção: sabemos que o tabaco é responsável por 80 a 90% dos diagnósticos de CP. Há outros fatores de risco conhecidos como a exposição a rádon, poluentes, doenças pulmonares prévias como a fibrose pulmonar e a infeção pelo VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana). 

A prevenção é essencial e aos fumadores recomenda-se deixar de fumar. Relembra-se que os não fumadores podem ter CP.  

  • Diagnóstico: quando o CP é detetado numa fase inicial, com a doença localizada, a taxa de sobrevivência aos 5 anos é cerca de oito vezes superior à da doença metastizada (dispersa pelo corpo). 

Todos devem estar atentos aos sinais de alarme. 

São eles: a tosse recorrente, a presença de sangue na expectoração, falta de ar, alterações da voz, infeções respiratórias repetidas, dor torácica ao respirar, perda de peso sem causa aparente ou cansaço.

Contudo,  numa fase inicial o CP pode ser silencioso o que dificulta o diagnóstico.

O rastreio com tomografia computorizada (TAC) torácica de baixa dose, em populações de risco, diminui a mortalidade por CP em mais de 20%. Este benefício foi demonstrado em estudos como o NLST (National Lung Screening Trial) com 53454 participantes e o NELSON (Dutch-Belgian Randomized Lung Cancer Screening Trial) com 15789.

A PULMONALE (Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão) desenhou um projeto piloto de rastreio de CP, com TAC de baixa dose a implementar em Portugal.

  • Evolução terapêutica: ao longo dos últimos anos acompanhámos o surgimento de novas técnicas e tratamentos. Além da quimioterapia dispomos, para alguns grupos de doentes de terapêuticas dirigidas a mutações, imunoterapia e  mais recentemente de conjugados anticorpo-medicamento (“antibody drug conjugates” ADC). Nestes últimos, o fármaco é transportado ligado a um anticorpo até ao cancro. A evolução terapêutica tem permitido aumentar o tempo de vida e diminuir os efeitos laterais. Os ensaios clínicos desempenham um papel crucial para o acesso a fármacos inovadores e evolução terapêutica.
  • Investigação: a investigação, nas suas diversas vertentes, desde laboratorial até à clínica é a base de toda a evolução.

Em conclusão: Fundamental é prevenir, não fumar e recorrer ao médico na presença de sinais ou sintomas de alarme. Existem novos tratamentos que contribuem para o aumento da sobrevivência e qualidade de vida. A mensagem final é de esperança!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Campanha “O seu fígado não está de férias” promove proteção da saúde hepática
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) está a promover uma campanha de consciencialização para a prevenção das...

“As férias são frequentemente associadas a momentos de relaxamento, onde temos tendência a desculpar comportamentos pouco saudáveis. No entanto, é crucial lembrar que todas as nossas ações afetam o nosso organismo, particularmente o fígado. As pessoas podem e devem divertir-se, mas é importante ter em mente que a saúde não faz pausas", aconselha Arsénio Santos, presidente da APEF.

O médico sublinha a importância do fígado para o corpo humano, alertando que inflamações ou lesões neste órgão podem comprometer as suas funções e levar a várias complicações, tanto a curto como a longo prazo.

“As doenças hepáticas mais frequentes são as causadas pelas hepatites virais B e C, pela esteatose ou fígado gordo e pelo consumo de álcool. Mesmo durante as férias, é fundamental adotar hábitos saudáveis e não descuidar a avaliação regular do seu estado de saúde. A prevenção é a chave para combater estas doenças: faça exercício físico regularmente; mantenha uma dieta equilibrada e nutritiva; evite o consumo de álcool e drogas; evite comportamentos sexuais de risco, use preservativo; não partilhe seringas nem objetos de higiene pessoal; lave as mãos com regularidade, especialmente antes das refeições e após utilizar a casa de banho”, afirma Arsénio Santos.

E conclui: “Se planeia viajar e tem uma doença do fígado já diagnosticada, não se esqueça de levar os seus medicamentos e siga as instruções do seu médico. Utilize as férias para adotar hábitos saudáveis e cuidar de si. Seja amigo do seu fígado!”

A campanha "O seu fígado não está de férias" decorrerá durante todo o verão e estará presente nas redes sociais da APEF.

Medicamentos derivados do plasma humano podem ser utilizados em doenças raras, genéticas e crónicas
Os hospitais portugueses já podem receber os seguintes medicamentos derivados do plasma: Imunoglobulina Humana Normal para via...

Apesar de este ter sido o maior envio de plasma português para a indústria farmacêutica, resultante das dádivas de sangue, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) alertou recentemente para as reservas de sangue estarem mais baixas do que é habitual, nesta altura do ano, e em alguns hospitais já existirem dificuldades em assegurar todas as cirurgias.

O Conselho Diretivo do IPST afirma que “A entrega dos medicamentos derivados de plasma nacional aos hospitais contribui para a sucessiva e tendencial redução da dependência de importação, de acordo com o Programa Estratégico Nacional. O aproveitamento de plasma português permite produzir medicamentos que, em muitos casos, salvam vidas e tratam milhares de pessoas que sofrem de doenças graves. Este ciclo permite gerar uma poupança para o país, o que por sua vez contribui para a sustentabilidade do sistema de saúde”.

Os medicamentos derivados do plasma humano podem ser utilizados em doenças raras, genéticas e crónicas como a hemofilia e imunodeficiências. Por outro lado, podem também ser utilizados em situações de trauma, doentes queimados e em procedimentos de cuidados intensivos – incluindo cirurgias, tratamentos oncológicos e transplante de órgãos.

Na sequência de um concurso público internacional, lançado em 2021, a Kedrion Biopharma foi a empresa adjudicatária para o fracionamento do plasma nacional.

O que precisa saber
O cancro do pulmão é uma das principais causas de morte por cancro em todo o mundo, incluindo Portug

O principal fator de risco para o cancro do pulmão é o tabagismo. Estima-se que cerca de 85% dos casos estejam diretamente relacionados ao consumo de tabaco . Mas, existem outros: 

  • Exposição ao fumo passivo: A inalação do fumo de cigarros alheios aumenta o risco de desenvolver a doença.
  • Exposição a substâncias cancerígenas: Amianto, radão, arsénico e outros produtos químicos industriais são conhecidos por aumentar o risco de cancro do pulmão.
  • História familiar: Ter um familiar próximo com cancro do pulmão pode aumentar a suscetibilidade.
  • Poluição atmosférica: A exposição prolongada à poluição do ar, especialmente em áreas urbanas, está associada a um risco aumentado.
  • Doenças pulmonares pré-existentes: Condições como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) podem predispor ao desenvolvimento de cancro do pulmão.

Sintomas

O cancro do pulmão pode apresentar sintomas apenas numa fase mais avançada da doença. Numa fase inicial, os sintomas mais frequentes são: 

  • tosse persistente, 
  • expetoração com sangue, 
  • dor no peito, 
  • falta de ar, 
  • infeções respiratórias recorrentes, 
  • rouquidão, 
  • perda de peso, 
  • cansaço.

Alguns destes sintomas são inespecíficos e outros muitas vezes correspondem a um agravar de sintomas preexistentes, nomeadamente em fumadores.

Diagnóstico

O diagnóstico precoce é crucial para melhorar as taxas de sobrevivência. Entre os métodos de diagnóstico estão:

  • Radiografia torácica: Utilizada como um exame inicial para detectar anormalidades nos pulmões.
  • Tomografia Computorizada (TC): Fornece imagens detalhadas dos pulmões e pode detectar tumores pequenos que não são visíveis na radiografia.
  • Ressonância Magnética (RM): Utilizada para obter imagens detalhadas dos tecidos pulmonares.
  • Biopsia: Consiste na recolha de uma amostra de tecido pulmonar para análise laboratorial. Pode ser realizada por broncoscopia, punção ou cirurgia.
  • PET scan (Tomografia por Emissão de Positrões): Utilizado para identificar áreas de alta atividade metabólica, típicas de células cancerígenas.

Tipos de Cancro do Pulmão

Existem dois principais tipos de cancro do pulmão:

  • Carcinoma de Não Pequenas Células (CNPC): Este tipo representa cerca de 85% dos casos e inclui subtipos como adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas e carcinoma de grandes células .
  • Carcinoma de Pequenas Células (CPC): Mais agressivo e rápido a metastizar, representando cerca de 15% dos casos. Este tipo é fortemente associado ao tabagismo .

Tratamento

O tratamento do cancro do pulmão depende do tipo, estágio e estado geral de saúde do paciente. As opções incluem:

  • Cirurgia: Indicada para tumores localizados, envolve a remoção parcial ou total do pulmão afetado.
  • Radioterapia: Utiliza radiação para destruir células cancerígenas. Pode ser usada isoladamente ou em combinação com outros tratamentos.
  • Quimioterapia: Uso de medicamentos para matar células cancerígenas. Pode ser administrada antes (neoadjuvante) ou depois (adjuvante) da cirurgia.
  • Terapias Alvo: Tratamentos que atacam especificamente certas proteínas ou genes que promovem o crescimento do cancro, como o gefitinib e o erlotinib .
  • Imunoterapia: Estimula o sistema imunitário do corpo a combater o cancro. Medicamentos como pembrolizumab e nivolumab têm mostrado eficácia em alguns tipos de CNPC .

A luta contra o cancro do pulmão requer uma abordagem multifacetada que inclui a prevenção, diagnóstico precoce e tratamentos avançados. A consciencialização sobre os fatores de risco, como o tabagismo, e a promoção de estilos de vida saudáveis são cruciais para reduzir a incidência desta doença. Além disso, avanços na medicina continuam a oferecer esperança através de terapias mais eficazes e personalizadas.

Referências:

Liga Portuguesa Contra o Cancro. "O Cancro do Pulmão." https://www.ligacontracancro.pt/cancro-do-pulmao/

Sociedade Portuguesa de Pneumologia. "Cancro do Pulmão". https://www.sppneumologia.pt/saude-publica/cancro-do-pulmao

Grupo Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão. "Cancro do Pulmão" https://www.gecp.pt/cancro-do-pulmao/

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo mostra que as bactérias intestinais podem metabolizar carcinogéneos
O cancro da bexiga é o décimo tipo de cancro mais comum em todo o mundo e está frequentemente ligado à exposição a substâncias...

Mais de 10 biliões de micróbios fazem das nossas entranhas a sua casa. Desde a decomposição dos nutrientes dos nossos alimentos até ao reforço da nossa imunidade contra agentes patogénicos, estes micróbios desempenham um papel essencial na forma como interagimos com o mundo. Tal inclui - como demonstrado num novo estudo realizado por investigadores do EMBL e colaboradores da Universidade de Split, na Croácia - a forma como o corpo reage aos carcinogéneos e desenvolve o cancro. 

Os carcinogéneos são substâncias químicas que podem fazer com que células normais se transformem em células cancerígenas, dando origem a tumores e ao cancro. Podem ser encontrados em vários locais, sendo o fumo do tabaco uma das fontes mais conhecidas. Os investigadores descobriram anteriormente que, se os ratos forem expostos à nitrosamina BBN, uma das substâncias químicas presentes no fumo do tabaco, desenvolvem de forma fiável uma forma agressiva de cancro da bexiga. Este é, portanto, utilizado como um modelo laboratorial comum de cancro induzido por carcinogéneos. 

O laboratório de Janoš Terzić, da Universidade de Split, na Croácia, estava a estudar este modelo quando fez uma observação curiosa. Se os ratinhos fossem alimentados com antibióticos, numa dose que mata 99,9% das suas bactérias intestinais, ao mesmo tempo que eram expostos ao BBN, as hipóteses de formarem tumores eram muito menores. 

“Enquanto 90% dos ratinhos expostos ao BBN desenvolveram tumores da bexiga, apenas 10% dos que também receberam antibióticos o fizeram. Isto levou-nos a colocar a hipótese de as bactérias intestinais poderem estar envolvidas na regulação da forma como o BBN é processado no organismo”, afirmou Blanka Roje, coautora do estudo e estudante de doutoramento no Laboratório de Investigação do Cancro da Faculdade de Medicina da Universidade de Split, na Croácia. “Nunca me esquecerei de ver as bandas de BBN e BCPN nas placas de cromatografia em camada fina após a incubação nocturna de bactérias e BBN”.

“A diminuição da incidência de tumores foi tão dramática que, no início, duvidei dos resultados, pensando que devíamos ter cometido um erro algures na experiência. Consequentemente, repetimos a experiência cinco vezes antes de nos tornarmos finalmente 'crentes'”, disse Terzić. “Foi fantástico perceber que com um tratamento - neste caso, antibióticos - conseguimos abolir o desenvolvimento do cancro.”

Enquanto participava numa conferência no EMBL Heidelberg, Terzić encontrou-se com Michael Zimmermann, líder de um grupo no EMBL Heidelberg. O grupo de Zimmermann é especializado na utilização de métodos de alto rendimento para estudar as funções do microbioma intestinal, centrando-se principalmente num processo chamado biotransformação. A biotransformação é a capacidade que os microrganismos têm de alterar ou decompor os produtos químicos no seu ambiente.

O encontro inicial deu origem a uma colaboração frutuosa. Os dois grupos decidiram combinar os seus conhecimentos para compreender se e como as bactérias intestinais afectavam a forma como os ratos reagiam ao carcinogéneo. Utilizando uma variedade de métodos de microbiologia e biologia molecular, os investigadores descobriram que as bactérias que vivem no intestino dos ratinhos podiam converter o BBN em BCPN. Tal como o BBN, o BCPN pertence a uma classe de compostos denominados nitrosaminas. No entanto, a equipa descobriu que, ao contrário do BBN, o BCPN se concentra na bexiga urinária e desencadeia a formação de tumores de uma forma dependente do microbioma.

De seguida, os investigadores estudaram mais de 500 bactérias isoladas e cultivadas para identificar as espécies bacterianas específicas envolvidas na conversão de BBN em BCPN. “Encontrámos 12 espécies capazes de realizar esta biotransformação do carcinogéneo”, afirmou Boyao Zhang, coautor do estudo e antigo aluno de doutoramento do grupo de Zimmermann. “Sequenciámo-las e ficámos surpreendidos ao descobrir que muitas dessas espécies estavam associadas à pele e se encontravam em abundância relativamente baixa no intestino. Especulámos que poderia haver uma transferência transitória dessas bactérias da pele para o intestino como consequência da higiene dos animais. Mas era importante perceber se estas conclusões também se aplicariam aos seres humanos”.

Após estes estudos iniciais em ratinhos, os cientistas utilizaram amostras de fezes humanas para demonstrar que as bactérias intestinais humanas também podem converter BBN em BCPN. Como prova de conceito, mostraram que se as fezes humanas fossem transplantadas para o intestino de um ratinho que não tivesse microbioma intestinal próprio, também poderiam converter BBN em BCPN.

No entanto, os investigadores também observaram grandes diferenças individuais na capacidade do microbioma intestinal humano para metabolizar o BBN, bem como nas espécies bacterianas envolvidas na biotransformação. “Pensamos que isto lança as bases para mais investigação, a fim de verificar se o microbioma intestinal de uma pessoa representa uma predisposição para a carcinogénese induzida quimicamente e pode, por conseguinte, ser utilizado para prever o risco individual e, potencialmente, prevenir o desenvolvimento do cancro”, afirmou Zimmermann. 

“Esta diferença na microbiota interindividual pode explicar porque é que algumas pessoas, apesar de estarem expostas a potenciais agentes cancerígenos, não desenvolvem cancros enquanto outras o fazem”, acrescentou Terzić.

Estas descobertas significam que os antibióticos podem prevenir universalmente o cancro? Não, claro que não, diz Zimmermann. “Isso exige mais estudos, incluindo alguns que estamos a fazer atualmente, para entender como o microbioma influencia o metabolismo de diferentes tipos de agentes cancerígenos. Também é importante lembrar que o cancro é uma doença multifatorial - raramente existe uma única causa”.

 
Plataforma de Inteligência Artificial (IA) desenvolvida pela iLoF utilizada em estudo internacional
A iLoF, startup portuguesa do setor da saúde digital, anuncia um contrato de investigação clínica, no valor de 1.5 milhões de...

A plataforma Optomics®, desenvolvida pela iLoF, contém um processo não-invasivo de análise clínica, através de uma tecnologia que combina fotónica com a análise massiva de dados multimodais. A plataforma vai ser utilizada no Bio-Hermes-002, um estudo internacional que está a revolucionar a pesquisa e o tratamento da doença de Alzheimer, sendo a investigação mais ambiciosa sobre esta doença até à data. A iLoF foi selecionada para este estudo clínico através do programa “Contracts for Innovation” da Innovate UK, que apoia organizações do setor público na procura de resposta a desafios complexos, através do financiamento de novas soluções tecnológicas.

A investigação Bio-Hermes-002 é liderada pela Global Alzheimer’s Platform Foundation (GAP), uma organização norte-americana dedicada a acelerar a disponibilização de terapias inovadoras para perturbações neurológicas. Hoje, a investigação decorre em mais de 30 centros clínicos nos EUA, Canadá e Reino Unido. Neste estudo, com mais de mil participantes, procuram usar-se bio-marcadores digitais e sanguíneos para ajudar a ampliar o conhecimento científico sobre a doença de Alzheimer. Os dados extraídos vão ser processados pela plataforma Optomics® da iLoF, que consegue encurtar os períodos de análise e revolucionar a dimensão de informação fornecida, fornecendo uma triagem de pacientes mais rigorosa, humana personalizada.

A integração da Optomics® no Bio-Hermes-002 promete melhorar a estratificação dos pacientes, vindo potencialmente a reduzir os erros de triagem em ensaio clínico e a melhorar a eficiência da investigação da doença de Alzheimer. Ao operacionalizar e disponibilizar uma análise de biomarcadores mais rápida, mais precisa, e de menor custo, a tecnologia da iLoF converge com o objetivo do estudo: acelerar o desenvolvimento de um tratamento e diagnóstico avançado da doença de Alzheimer. Numa doença ainda sem cura disponível para a população geral, o diagnóstico precoce de Alzheimer revela-se crucial, ao permitir que os indivíduos afetados tomem medidas que mitiguem a sua progressão.

Os biomarcadores digitais e sanguíneos prevêem como a patologia cerebral está relacionada com as proteínas tau e a amiloide, atualmente medida por exames PET (tomografias por emissão de positrões). Estes rastreios e comparações poderão oferecer alternativas mais eficientes e menos invasivas para o diagnóstico da demência. Esta investigação pretende incluir um conjunto diversificado de indivíduos, desde um défice cognitivo ligeiro, a doença de Alzheimer moderada, até controlos cognitivamente normais.

Luís Valente, CEO & Co-Fundador da iLoF, considera o acesso a este conjunto de dados “uma oportunidade única, de importância vital para expandir a nossa crescente biblioteca de perfis biológicos, bem como para permitir explorar outras aplicações para a  Optomics®. O objetivo é aumentar a sensibilidade da Optomics® a uma gama mais vasta de perfis biológicos, permitindo-lhe enfrentar desafios maiores e mais complexos, e aumentar o seu impacto na luta contra a doença de Alzheimer.”

Segundo Mehak Mumtaz, COO e co-fundadora da iLoF: “A nossa equipa de profissionais altamente talentosos trabalha diariamente para mitigar uma doença que está rapidamente a agravar-se em número de pessoas afetadas. Este reconhecimento fortalece a nossa confiança na missão e aprofunda o nosso compromisso em revolucionar o tratamento e diagnóstico da doença de Alzheimer”.

O Presidente do Global Alzheimer’s Platform, John Dwyer, afirma ainda ser “um avanço importante, neste domínio, o facto de esta colaboração transatlântica permitir à iLoF, uma das principais empresas de tecnologias emergentes no campo da doença de Alzheimer, participar no Bio-Hermes-002, o que contribuirá para melhorar a investigação para o diagnóstico e o tratamento desta doença grave. Concebemos o Bio-Hermes-002 para acelerar a investigação sobre biomarcadores altamente correlacionados com as patologias amiloide e tau que estão na base da doença de Alzheimer.  Graças à nossa parceria com a Innovate UK, estamos confiantes de que o iLoF fará avançar a nossa capacidade colectiva de diagnosticar e tratar melhor a doença de Alzheimer para os doentes de todas as partes do mundo.”

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença de Alzheimer afeta mais de 55 milhões de pessoas em todo o mundo, com 10 milhões de novos diagnósticos a serem feitos a cada ano. É uma doença cognitiva degenerativa sem cura, identificada como a sétima causa de morte a nível mundial. Os custos da doença não são apenas humanos, perfazendo também um encargo expressivo nas economias dos países, somando 1,3 milhões de biliões de euros de despesa, ao nível global. O relatório, de 2023, da OCDE “Health at Glance”, indica que em 2021 existiam 15 pessoas por 1000 habitantes com diagnóstico de demência, sendo que numa série de países, Portugal incluído, o relatório estimava que - na ausência de maior prevenção e/ou avanços nos tratamentos - a prevalência aumentará para as 25 pessoas por 1000 habitantes, pelo menos. Na ausência de um tratamento acessível modificador da doença, o diagnóstico precoce é determinante para o bem-estar da população afetada, permitindo que os pacientes tomem rapidamente medidas que mitiguem o progresso da doença de Alzheimer. 

Entrevista | Dr. Joaquim Neves, Ginecologista e Obstetra
Promovido, recentemente, pela Wells, o estudo “Menopausa: Como é vivida pelas mulheres em Portugal”,

De acordo com o estudo “Menopausa: Como é vivida pelas mulheres em Portugal”, promovido pela Wells, mais de 80% das mulheres não sabe distinguir a perimenopausa da menopausa, assim começo por lhe perguntar o que as distingue?

A menopausa é a idade em que as mulheres têm as últimas perdas menstruais, assim como a menarca é a idade em que as mulheres apresentam as primeiras perdas menstruais. A menopausa é diagnosticada depois de ocorridos 12 meses consecutivos sem menstruação. Já a perimenopausa é um período mais longo, essencialmente dominado por queixas (irregularidades menstruais são as mais comuns) e que termina um ano após a entrada na menopausa.

A partir de que idade pode uma mulher entrar na menopausa? Quais os primeiros sinais que podem indicar a entrada na menopausa?

Estima-se que a menopausa surge aos 50-51 anos. Neste estudo e nesta amostra, a idade média referida foi 49 anos. Os primeiros sintomas podem surgir a partir dos 40 anos e correspondem, sobretudo, a irregularidades nas menstruações.

De que modo esta fase da vida condicionar a qualidade de vida de uma mulher? E qual o seu impacto na saúde mental?

Existem diferentes aspetos na vida das mulheres que podem ser impactados por esta fase: irregularidades menstruais (as mulheres não estão habituadas ou não aceitam a perda da previsibilidade das suas perdas menstruais); o receio de engravidar (por isso, é necessário a contraceção eficaz nesta fase da vida); a apresentação de sintomas ligeiros de calores/suores frios/alterações do sono, sintomas estes que criam ansiedade. Além disso, psicologicamente pode ocorrer, até de forma exagerada, a sensação da perda da função feminina/do ser mulher. Paralelamente, esta fase pode ainda corresponder a mudanças às vezes profundas na vida social das mulheres (alteração do estado social, de emprego, de convívio social, perdas de entes próximos ou doença graves pessoais ou de entes próximos).

A partir de quando devem as mulheres preparar-se para este momento das suas vidas? Alguns especialistas defendem que a mulher deve começar no período da perimenopausa a tomar consciência das alterações a que irá estar sujeita e tomar algumas medidas no que diz respeito a melhorar a sua qualidade de vida. Que medidas são estas?

A partir dos 40 anos começam a ocorrer mudanças nos ovários que indicam uma transição de função, progredindo para a falência ovariana. As irregularidades menstruais são um dos sintomas mais pronunciados desse processo, e a consciencialização da mulher é importante. As oscilações hormonais podem produzir alterações na composição corporal, existindo assim a necessidade de uma maior educação alimentar, de mais disciplina para combater o sedentarismo (utilizar cada vez mais formas de dissipar a energia consumida), de adotar comportamentos mais regrados para minimizar o stress, de incentivar a mulher a priorizar o seu bem-estar (ouvimos constantemente as mulheres dizerem que “perdi tempo com os outros e agora tenho de olhar para mim”), e de consultar as pessoas que ajudem na promoção da saúde.

Já durante a menopausa, a atividade física e cuidados com a alimentação são tidos como alguns dos cuidados que podem aumentar o bem-estar da mulher. Quais as recomendações, neste âmbito?

Depende dos objetivos que as mulheres querem atingir. No entanto, destaco a necessidade de educação alimentar e dissipação da energia. É importante consultar um nutricionista ou procurar ajuda na motricidade humana. Para isto, a iniciativa e motivação pessoais são essenciais. É igualmente importante ter a noção de que será necessário tempo e disciplina para surgirem resultados.

Qual o tratamento para menopausa e sua importância? Quais as principais dúvidas das mulheres quanto a este tema?

O tratamento hormonal na pós-menopausa tem como principal objetivo aliviar os sintomas vasomotores e está recomendado em mulheres sintomáticas, cujas queixas interferem com a atividade diária. Algumas mulheres têm sintomas ligeiros e não necessitarão de suplementação hormonal. As evidências clínicas são perentórias na indicação do tratamento hormonal. As mulheres assintomáticas não necessitam de tratamento hormonal.

O maior receio no tratamento hormonal é o risco de cancro da mama. Este aspeto deve ser corretamente explicado às mulheres, que precisam de ter toda informação necessária na sua posse para tomarem decisões informadas. A verdade é que segundo um estudo realizado e publicado no Lancet Oncology, em 20 milhões de casos de cancro da mama, apenas 1 milhão de casos estão relacionados com a utilização do tratamento hormonal; então e os restantes 19 milhões de casos?

Na sua opinião por que motivo “assusta" tanto falar sobre menopausa? Que mitos ainda existem e que condicionam as mulheres a saber conviver com a menopausa?

São puramente mitos, porque esta é uma fase da vida de todas as mulheres e curiosamente a experiência de cada mulher é individual; cada uma tem a sua vivência, com ou sem queixas. No entanto, o que verifico é que as mulheres entre os 40 a 50 anos começam a procurar informação em consulta de ginecologia sobre esta fase da vida. O que mais realço é que ficam apreensivas com as primeiras irregularidades menstruais e questiono sempre “trata-se de alguma surpresa?”

Neste sentido, e tendo por base as conclusões do estudo, que conselhos deixa às mulheres que estão ou vai entrar na menopausa?

É importante que as mulheres entre os 40 e os 50 anos, caso estejam curiosas com esta fase da vida, consultem profissionais de saúde habituados a abordar a menopausa/pós-menopausa, independentemente de serem especialistas em ginecologia. Estes profissionais provavelmente estarão mais capacitados se tiverem diferenciação na área.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ensaio clínico vai abranger 40 pacientes voluntários
O futuro medicamento, 100% português, para tratamento da artrite reumatoide vai começar a ser testado em doentes, depois de um...

Com esta investigação, conduzida pela empresa biotecnológica Solfarcos, em parceria com a Bluepharma e a BlueClinical, pretende-se reduzir as doses administradas, a frequência da toma do medicamento, bem como a ocorrência de efeitos adversos nos pacientes. No total, mais de 20 milhões de pessoas, no mundo, sofrem com esta doença inflamatória crónica. 

O novo fármaco tem como princípio ativo a molécula de metotrexato, já utilizada e que é fármaco de primeira linha no tratamento desta doença. No entanto, ao contrário da terapêutica convencional, esta substância será agora encapsulada num lipossoma, uma nanopartícula lipídica (de gordura) que, através de uma molécula sinalizadora à sua superfície, irá direcionar a libertação da substância ativa para os locais de inflamação, as articulações afetadas pela artrite reumatoide. 

De acordo com os investigadores, estes lipossomas permitirão aumentar o tempo de circulação do metotrexato no organismo, exigindo uma dose muito mais baixa para que se produza um efeito semelhante ao do medicamento atualmente comercializado. Com a “libertação controlada da substância ativa e a inexistência de picos de concentração”, será possível reduzir-se a ocorrência de efeitos adversos nos pacientes. 

A primeira reunião de apresentação às equipas clínicas do novo ensaio clínico de prova de conceito, denominado “Fase IIa”, decorreu recentemente nas instalações da Solfarcos, em Braga, e juntou equipas clínicas de oito hospitais portugueses, nomeadamente ULSAM – Unidade Local de Saúde do Alto Minho, Centro Clínico Académico de Braga (2CA-Braga), ULSAAve – Unidade Local de Saúde do Alto Ave, ULSSJ – Unidade Local de Saúde de São João, ULSGE – Unidade Local de Saúde de Gaia e Espinho, ULSRA – Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro, ULSG – Unidade Local de Saúde da Guarda, ULSRL – Unidade Local de Saúde da Região de Leiria. Também estiveram presentes no evento representantes das equipas da BlueClinical e da Bluepharma que são parceiros deste projeto desde 2016 e 2017, respetivamente. 

O ensaio, que durará cerca de 12 meses, irá contar com a participação de 40 doentes com artrite reumatoide e equipas compostas por médicos reumatologistas e de medicina interna, bem como enfermeiros e farmacêuticos. Ao longo do estudo, os pacientes serão continuamente monitorizados e o seu estado de saúde avaliado. 

Para já, não existe previsão quanto à entrada do novo medicamento no mercado, mas os investigadores estão otimistas quanto ao sucesso deste novo estudo.  

Doenças da glândula tiroide e da voz costumam estar associadas
O Instituto Português da Face, um centro especializado no tratamento de doenças da cabeça e do pescoço - dor orofacial,...

Vocacionado para o diagnóstico e tratamento de doenças da glândula tiroide e da voz, a implementação do novo departamento surge da necessidade de integração numa secção única, de diagnóstico e tratamento por forma a dar uma resposta mais eficaz, assertiva e personalizada.

Carlos Nabuco, médico cirurgião da Cabeça e Pescoço e coordenador do departamento Tiroide e Voz do Instituto Português da Face, explica que este “departamento surge da necessidade de disponibilizarmos um atendimento médico que reúna, num único serviço, as valências relacionadas com as doenças da tiroide (hipertiroidismo, hipotiroidismo, bócio, ...) e da voz (rouquidão, fadiga vocal, ...). Habitualmente, estas patologias são abordadas separadamente por profissionais de saúde distintos, mas, e uma vez que ambas estão  frequentemente interligadas, sentimos que é essencial termos estas especialidades juntas num só departamento por forma a conseguirmos dar uma resposta mais direcionada e eficaz. O nosso departamento foi, por isso, idealizado por uma equipa multidisciplinar vocacionada para acompanhar estes pacientes e assim conseguir avaliar, tratar e acompanhar todas as questões da voz e da tiroide. Por outro lado, queremos também ajudar a desmistificar alguns conceitos errados que muitos pacientes trazem quando chegam até nós, como por exemplo, o facto de acharem que é normal, após uma cirurgia à tiroide, terem rouquidão. No fundo, o nosso objetivo é ajudar o paciente em diversas vertentes.”

Tiroide e voz: sintomas, causas e tratamento

A associação entre estas duas patologias é muito frequente, podendo ter diversas origens: o aumento da tiroide por estar aumentada (bócio) pode dar origem a nódulos ou ser diagnosticada com cancro, o que pode interferir em funções tão básicas como a fala, a deglutição e a respiração; já as alterações da voz podem surgir por excesso e deficiente utilização vocal, por lesão das cordas vocais, podendo também manifestar-se devido a um processo fisiológico de envelhecimento ou porque o indivíduo não se identifica com a própria voz. De salientar, que estes problemas ocorrem, frequentemente, após cirurgia à tiroide, pescoço ou tórax.

Quanto aos sinais e sintomas da tiroide estes podem manifestar-se de diferentes formas, nomeadamente tiroide aumentada (bócio), sendo visível ou palpável na região central do pescoço; alterações da função tiroideia, funcionando a mais (hipertiroidismo) ou a menos (hipotiroidismo) estando por diversas vezes, associada a doenças autoimunes; e rouquidão/disfonia, dificuldade em engolir/respirar. No que diz respeito às doenças da voz estas podem manifestar-se através de “cansaço fácil” quando se tenta falar por mais tempo ou com mais intensidade que o habitual; rouquidão ou disfonia; alteração da qualidade da voz ou dificuldade em se identificar com a sua própria voz, em termos de idade ou género; e dificuldade em engolir ou respirar.

Em termos de prevalência, Tiago Costa, médico de otorrinolaringologia e cirurgião da cabeça e pescoço no Instituto Português da Face, revela que “em Portugal, e segundo dados do Ministério da Saúde de 2020, o cancro da tiroide é o oitavo cancro mais incidente, com mais de 1600 casos a surgirem todos os anos. Apesar de não ser um cancro muito usual, em termos de prevalência o cancro da tiroide é o terceiro tumor mais prevalente na mulher, sendo três vezes mais frequente que no homem. A nível mundial, conforme informações divulgadas pelo The Global Cancer Observatory, prevê-se a confirmação de, aproximadamente, meio milhão de novos casos em mulheres.” Nos fatores de risco devem incluir-se “a exposição à radiação, sobretudo se esta acontecer em idades mais jovens, nomeadamente na infância, mas também síndromes genéticos e o facto de existirem na famílias vários membros com cancro da tiroide. Sem dúvida que todos estes fatores acrescem a possibilidade de carcinoma da tiroide, por isso se sublinha a importância do diagnóstico precoce e acompanhamento médico.”

Para um diagnóstico preciso é fundamental que o paciente seja avaliado e acompanhado por uma equipa médica multidisciplinar onde se incluem diversas valências: otorrinolaringologia, cirurgia da cabeça e pescoço, endocrinologia e terapia da fala. Esta abordagem integrada vai possibilitar avaliar a tiroide e a voz no máximo da sua plenitude, possibilitando um tratamento mais eficaz e uma melhor reabilitação. Os procedimentos podem incluir terapia da fala e tratamentos mais ou menos invasivos, como são disso exemplo a tiroidectomia, a laringoscopia em suspensão para injeção de diversas substâncias nas cordas vocais, a laringoscopia em suspensão para a remoção de lesões nas cordas vocais, ou ainda a reinervação laríngea.

 
 
Em Portugal, esta é a quarta doença oncológica mais frequente
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o cancro é uma das principais causas de morte em todo o mundo. As últimas...

Em Portugal, esta é a quarta doença oncológica mais frequente, com aproximadamente 6 000 novos casos diagnosticados, anualmente. Nos homens, o cancro do pulmão é a principal causa de morte relacionada com neoplasia, enquanto que nas mulheres representa a terceira causa de morte. Nos últimos anos, tem-se vindo a verificar uma tendência crescente da doença, com cada vez mais casos de cancro do pulmão a surgirem anualmente, no nosso País.

É importante lembrar que a luta contra o cancro assenta, sobretudo, na prevenção primária e no diagnóstico precoce. No entanto, quando o tratamento inclui cirurgia, o sistema robótico da Vinci tem demonstrado ser um grande aliado das equipas médicas no combate ao cancro do pulmão. Os principais procedimentos de cirurgia torácica assistidos por robótica são a cirurgia de resseção anatómica pulmonar, nomeadamente lobectomias e segmentectomias pulmonares, assim como cirurgia de ressecção de tumores do mediastino e timectomias. Em 2023, foram realizadas mais de 20 mil cirurgias robóticas com o sistema da Vinci em patologias oncológicas, na Península Ibérica. Destas intervenções, mais de 9,4% foram efetuadas em casos de cancro do pulmão.

A cirurgia robótica com o sistema da Vinci tem comprovado ser uma opção crescente no tratamento do cancro do pulmão, tendo em conta as suas inúmeras vantagens que ajudam os cirurgiões a realizarem procedimentos mais precisos e menos invasivos, com menor trauma para o paciente, redução de dor pós-operatória e recuperação mais rápida.

Mais poder aos cirurgiões na luta contra o cancro

João Maciel, especialista em cirurgia torácica do Hospital de Santa Marta - ULS São José, revela: “A nossa equipa conta com quase 600 cirurgias torácicas realizadas anualmente e regista uma tendência inequívoca de crescimento. Quanto às intervenções que mais beneficiam de cirurgia com o sistema robótico da Vinci, destacam-se a patologia do mediastino, com indicação para timectomia alargada, e as doenças oncológicas pulmonares”. 

Sobre as principais vantagens da cirurgia assistida com o sistema robótico da Vinci nas doenças oncológicas do pulmão, o especialista salienta que “no cancro do pulmão é fundamental o esvaziamento mediastínico invasivo, que é, decididamente, facilitado pelo sistema robótico da Vinci. O fácil acesso ao mediastino permite uma dissecção mais exaustiva das estações ganglionares o que leva inevitavelmente a um esvaziamento ganglionar mais extenso”. 

Ana Rita Costa, cirurgiã torácica robótica do Hospital de Santa Marta, da USL São José, acrescenta ainda que “no cancro do pulmão, cirurgias mais complexas como segmentectomias são possíveis e facilitadas com o sistema robótico, permitindo a dissecção e isolamento de estruturas vasculares mais distais, que seriam menos acessíveis por outras técnicas minimamente invasivas”.

Quando questionados sobre resultados registados nos pacientes oncológicos intervencionados através de cirurgia robótica assistida com sistema da Vinci, ambos os especialistas concordam que “os doentes oncológicos submetidos a Robot-Assisted Thoracic Surgery (RATS) apresentam tempos de drenagem torácica mais curtos e, consecutivamente, internamentos hospitalares também mais reduzidos, quando comparados com doentes submetidos ao mesmo procedimento por outras abordagens”.

Sobre as expetativas face ao recurso à cirurgia torácica robótica com o sistema da Vinci, o Dr. João Maciel adiante que: “com a disponibilidade crescente da tecnologia robótica, acredito que o número de cirurgiões credenciados para esta abordagem vai aumentar nos próximos anos, o que vai consolidar a experiência técnica e levar a que cada vez mais doentes, e com patologias mais complexas, possam ser submetidos a cirurgia robótica”.

Já Ana Rita Costa assume que” todas as ferramentas de que possamos dispor para dar aos nossos doentes uma resposta mais eficaz e eficiente, de acordo com a melhor prática clínica, são bem-vindas. A robótica é, indubitavelmente, uma tecnologia que os cirurgiões atuais devem acrescentar ao seu arsenal terapêutico, pois tudo indica que, quando devidamente utilizada e em doentes selecionados, tem benefício clínico”.

Cirurgia torácica com sistema robótico da Vinci

O sistema da Vinci permite efetuar cirurgia pulmonar através de pequenas incisões, aproximadamente do tamanho da ponta de um dedo. Com o sistema robótico da Vinci, o cirurgião senta-se numa consola, através da qual controla uma câmara e os pequenos instrumentos utilizados para realizar a cirurgia.

Os manípulos da consola transmitem os movimentos efetuados pelo cirurgião aos braços do robô e possibilitam uma rotação de 540º - mais do que a mão humana - o que permite uma maior amplitude de movimentos. A tecnologia de filtragem de tremores incorporada elimina movimentos involuntários e ajuda o cirurgião a manusear cada instrumento com maior rigor e precisão, com movimentos mais estáveis e delicados, fundamentais para operações em áreas complexas e sensíveis, como os pulmões.

A flexibilidade dos instrumentos robóticos permite alcançar e operar em áreas que podem ser difíceis de aceder com a cirurgia convencional, aumentando as opções de tratamento para tumores localizados em locais complexos.

O sistema proporciona ainda uma visão de 3D de alta definição, com ampliação até 10 vezes da área cirúrgica, o que permite uma visualização clara das estruturas anatómicas, para uma disseção mais precisa dos tecidos adjacentes ao tumor.

Estas características tornam o sistema robótico da Vinci uma opção eficaz e menos traumática para o tratamento cirúrgico do cancro do pulmão, dado que permite que os pacientes tenham uma recuperação mais rápida, menor dor e menos complicações pós-operatórias, como infeções ou problemas respiratórios.

Eritema da fralda
A assadura da fralda é uma preocupação comum dos pais no início de vida dos seus bebés.

A assadura da fralda, também conhecida como eritema da fralda, é um problema de pele comum nos primeiros 12 meses do bebé, já que as fezes são mais frequentes e a pele é mais fina, permeável e com um pH mais elevado. A maioria das crianças apresenta sintomas como vermelhidão, inchaço ou borbulhas na zona do rabinho, coxas e zona genital.

O eritema da fralda depende do tipo de pele, mas é importante apostar na prevenção para garantir a proteção da pele do bebé. Neste sentido apresentamos seis conselhos para apostar na prevenção:

  • Manter uma boa rotina de banho é fundamental para uma pele mais limpa. Os especialistas aconselham banhos curtos e pouco frequentes, garantindo que a água não está demasiado quente.
  • Ainda sobre os banhos, em vez de sabão, os produtos especialmente formulados para bebés, sem perfume e com pH neutro, são a melhor opção.
  • Após o banho, e sem esfregar, a limpeza da pele é muito importante, assim como o uso de cremes hidratantes aplicado com suavidade;
  • Na mudança da fralda, é importante investir em fraldas descartáveis de grande qualidade em detrimento das fraldas de tecido laváveis, uma vez que as primeiras estão menos associadas ao eritema da fralda;
  • Mudar a fralda do bebé com frequência e imediatamente assim que esta fique suja;
  • Após a muda da fralda, aplicar uma camada fina de creme é essencial para garantir a proteção da pele do bebé e para uma maior hidratação.

A causa mais frequente de eritema da fralda é a combinação da fralda suja com a fricção. A pele delicada do bebé torna-se fragilizada e dorida quando entra em contacto com os químicos que existem naturalmente na urina e com as enzimas que existem nas fezes. Outro fator que pode causar assadura nos bebés é a tendência a suar bastante, já que a sua temperatura corporal varia – e esse suor pode irritar a pele.

Importa relembrar que a irritação na pele dos bebés é muito comum, mas com as devidas precauções é possível minimizar o risco de eritema da fralda. Se as assaduras persistirem consulte um médico pediatra para garantir que o seu bebé recebe o melhor cuidado possível.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sediada no Porto, juntou-se à Sport Integrity Global Alliance
A TrueClinic é a primeira parceira de saúde da Sport Integrity Global Alliance (SIGA), uma organização independente sem fins...

A parceria entre a empresa portuguesa, que desempenha um papel fundamental no domínio da gestão da saúde desportiva e da integridade física em Portugal, e a SIGA destaca a importância do desenvolvimento dos jovens, da proteção dos atletas e da promoção da integridade financeira, livre de qualquer forma de atividade antiética, ilícita e criminosa, no desporto.

Com um elevado sentido de responsabilidade por ser a única organização do setor da saúde a integrar esta grande plataforma mundial de boas práticas e de partilha de conhecimento para a ética no desporto, a TrueClinic reitera o seu compromisso em defender e promover a implementação das Normas Universais de Integridade Desportiva da SIGA em toda a sua operação, assegurando que os valores do desporto são sempre respeitados.

“Estamos muito satisfeitos por acolher a TrueClinic na comunidade global SIGA. A experiência incomparável da TrueClinic acrescenta valor à nossa aliança. Enquanto líderes na sua área, a sua dedicação à integridade física e bem-estar dos atletas, bem como à promoção da integridade no desporto, é exemplar. As parcerias ativas da TrueClinic com as principais partes interessadas sublinham o seu papel crucial no avanço da nossa missão comum e constituem um exemplo que, francamente, gostaríamos de ver seguido por outras empresas. A sua aposta no desenvolvimento e na proteção dos jovens no desporto, bem como na integridade financeira é louvável e esperamos contar com o seu apoio, empenho e proatividade à medida que continuamos a fazer avançar a nossa agenda de reformas", afirma Emanuel Macedo de Medeiros, Global CEO da SIGA.

Para Miguel Gouveia de Brito, CEO da TrueClinic, “É com grande satisfação e honra que a TrueClinic se torna membro da SIGA e pretende contribuir para uma maior integridade no desporto, lado a lado com esta prestigiada organização. A nossa missão, que se centra em contribuir para a melhoria do bem-estar das pessoas, alinha-se com a procura de uma melhor e mais educada sociedade, com uma integridade reforçada - princípios que norteiam a SIGA e com os quais nos identificamos plenamente. Em meu nome e em nome da TrueClinic, comprometemo-nos a promover e honrar os princípios SIGA e prometemos total foco e empenho na promoção de uma maior integridade em todo o ecossistema desportivo.”

SPOT realiza o seu 1.º webinar dirigido à população
A Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), em parceria com a Medtronic e a Campanha “Josephine explica a...

“Este é o primeiro webinar dirigido ao público em geral, criado com o objetivo de promover a literacia em saúde junto da população. Focado na escoliose pediátrica, oferece uma oportunidade única para esclarecer dúvidas sobre a doença e destacar a importância da sua deteção precoce, essencial para um tratamento eficaz e para o bem-estar das crianças”, explica João Gamelas, Presidente da SPOT.

O programa inclui palestras de especialistas de renome na área da Ortopedia: Prof. Doutor Nuno Alegrete, do Hospital CUF Porto, que iniciará a sessão com “Conceitos básicos da escoliose”; Dr. Ricardo Almeida, do Hospital de Curry Cabral, que abordará “A importância da deteção precoce da escoliose”, e Dr.ª Maria Pia Monjardino, do Serviço de Ortopedia Pediátrica do Hospital Pediátrico de Coimbra, que discutirá “Sinais de alarme que possam ser identificados pelo público em geral”.

De seguida, serão apresentados testemunhos de pais que passaram por essa experiência, além da participação de Mário Martins, professor de Educação Física, que desempenhou um papel importante no diagnóstico precoce de um aluno.

O evento culminará com um debate entre todos os participantes, promovendo uma troca de ideias enriquecedora sobre como melhorar a deteção precoce da escoliose.

A participação neste webinar é gratuita, mas as inscrições são limitadas.

 

Projeto da Egas Moniz School of Health & Science
De 29 de julho a 20 de agosto, a Egas Moniz School of Health & Science promove a sua primeira Missão Humanitária...

A missão está dividida em duas fases: a primeira, de 1 a 15 de agosto em Samburu, e a segunda, de 15 a 20 de agosto, em Nairobi. A equipa vai trabalhar em colaboração com três organizações não-governamentais e com entidades locais e está focada, essencialmente, em cuidados de saúde oral. “Vamos trabalhar com cerca de cinco aldeias ao lado de um dispensário médico, mesmo no centro do Condado de Samburu e, depois, iremos descer ligeiramente para uma zona mais ou menos a 50km de Nairobi, onde vamos trabalhar com uma ONG de crianças com deficiências profundas. Por fim, encerramos a missão na capital, Nairobi, onde vamos trabalhar com o Centro de Acolhimento Wanalea, fundado há 15 anos pela portuguesa Laura Vasconcelos, no rescaldo da guerra civil do Quénia”, descreve André Mariz de Almeida. Este orfanato acolhe cerca de 40 crianças e tem sido um pilar na luta contra a pobreza, mudando o destino de centenas de vidas com realidades difíceis.

Cáries, defeitos de formação dentária e problemas gengivais são uma realidade comum nestas populações, agravada pela falta de acesso a cuidados adequados. “Em Nairobi encontro pessoas com dentes com graves deficiências de formação, não só pela água que é bebida e que é altamente férrea, mas também pela alimentação. Infelizmente é mais barato comer alimentos com alto teor de açúcar e outros ingredientes corrosivos para os dentes”.

Já em Samburu, mais a Norte do Quénia, “encontramos mais problemas gengivais que afetam a ingestão de alimentos e a nutrição”. Esta é das regiões mais afetadas pela seca extrema desde 2011, seguida por chuvas intensas e devastadoras, em que 70% da população vive abaixo do limiar de pobreza e 40% não tem acesso a água potável, nem a cuidados de saúde primários”. Sem grandes condições do ponto de vista clínico, a equipa vai fazer, nesta população, alguns tratamentos restauradores minimamente invasivos, aplicação de fluor e, essencialmente, literacia em saúde oral. Vai ainda levar equipamento para o único dispensário médico da região, de forma a dotá-lo de condições para a prestação de primeiros socorros. “Vamos levar camas, frigoríficos, material de diagnostico primário, material para reabilitação física e fraturas ósseas, que permite que a equipa de enfermeiros local possa trabalhar em primeiros socorros e salvar vidas”.

Mais do que um problema de saúde pública, a saúde oral tem um impacto social muito grande nestas comunidades, “é a diferença entre conseguir ou não um emprego, nomeadamente no setor do turismo, por exemplo”. Além de que agrava ainda mais os problemas nutricionais porque “há pessoas com problemas dentários e gengivais tão graves que não conseguem sequer comer”, descreve o médico dentista.

Com o apoio de organizações não-governamentais locais e da comunidade, esta missão pretende não só melhorar as condições de vida da população, mas também garantir uma continuidade no apoio e no desenvolvimento destas regiões. Com a missão deste ano à porta, a equipa promete regressar no próximo ano, reafirmando o compromisso de continuar a transformar vidas e construir um amanhã melhor para esta região. A missão humanitária Samburu é um farol de esperança no meio da adversidade e demonstra como a união de esforços pode transformar vidas.

Missão é simplificar o autocuidado
A Sanofi acaba de anunciar a transformação da sua unidade de negócios de Consumer Healthcare numa nova identidade: Opella. Um...

A Opella surge num contexto em que a procura pelo autocuidado está a crescer exponencialmente, impulsionada pelo envelhecimento da população e a pressão sobre os sistemas de saúde. Para muitas pessoas, o autocuidado é a principal forma de manter a sua saúde, mas ainda é frequentemente percebido como algo complexo e inacessível.

A missão da Opella é desafiar essas perceções, simplificando o autocuidado e capacitando os consumidores a cuidarem melhor de si mesmos. O nome Opella combina as palavras "Open" (aberto) e "Wellness" (bem-estar), simbolizando o compromisso da empresa em tornar a saúde acessível a todos: “Health. In your hands. By making self-care as simple as it should be.”

Para Pedro Gouveia, Country Head Opella Portugal, “Esta nova entidade reflete o objetivo de otimizar o portfólio de produtos já existente, garantindo que continuam a dar respostas às necessidades das pessoas e que contribuem para a sustentabilidade dos sistemas de saúde. A Opella irá garantir a continuidade e a eficiência na gestão dos produtos já consolidados no mercado, focando-se na sua missão de promover o autocuidado e colocar mais saúde nas mãos das pessoas”.

A Opella já ocupa a nível global o terceiro lugar no mercado de produtos não sujeitos a receita médica (OTC). Com uma combinação única de conhecimento científico e compreensão do consumidor, oferece um portfólio diversificado de marcas bem conhecidas dos consumidores e doentes em todo o mundo. Com operações em 38 países, cerca de 11.000 colaboradores e 13 unidades de fabrico, a Opella está bem posicionada para liderar a indústria do autocuidado.

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