20ª Edição
Além da MusclePen, a maior rede nacional de incentivo ao empreendedorismo no ensino superior politécnico português distinguiu...

A 20.ª Edição do Concurso Nacional Poliempreende, a maior iniciativa nacional de incentivo ao empreendedorismo no ensino superior em Portugal, realizou-se no Auditório da Reitoria da Universidade da Madeira, onde foram avaliados os projetos vencedores dos Concursos Regionais. A iniciativa, que já conta com duas décadas de existência, tem como objetivo promover o desenvolvimento de soluções empreendedoras inovadoras entre estudantes, docentes e investigadores do ensino politécnico público. Ao longo deste período, a iniciativa contribuiu para a apresentação de 1.700 projetos, a criação de cerca de 100 empresas e o registo de aproximadamente 100 patentes e marcas, envolvendo mais de 12.000 participantes nos Concursos locais, regionais e nacionais.

Nesta edição, o projeto MusclePen, uma caneta inovadora para autoadministração intramuscular de vitamina B12, desenvolvida por uma equipa da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, foi o grande vencedor. A inovação foi premiada com o Prémio Comendador Rui Nabeiro, no valor de 10 mil euros, destacando-se pela sua versatilidade e capacidade de promover a independência dos utentes na administração de vitamina B12, essencial para milhares de pessoas em Portugal que sofrem de défice desta vitamina devido a problemas de absorção intestinal.

Além deste projeto, outros dois também foram distinguidos. O segundo prémio foi atribuído ao projeto Braining, do Instituto Politécnico do Porto, que consiste numa plataforma que utiliza Realidade Virtual e Inteligência Artificial para acelerar a recuperação de pessoas que sofreram Acidente Vascular Cerebral (AVC), permitindo tratamentos personalizados e ajustáveis às necessidades de cada paciente. O terceiro prémio foi concedido ao Microcicle, do Instituto Politécnico da Guarda, um patch anticoncepcional que oferece uma libertação controlada de duas hormonas com efeito prolongado até três meses, sendo uma solução prática e com menos efeitos colaterais que os métodos tradicionais, e que não requer a intervenção de um profissional de saúde.

O Poliempreende continua, assim, a ser uma referência no estímulo ao empreendedorismo, incentivando a criação de soluções que respondem a desafios concretos da sociedade e contribuindo para o desenvolvimento económico e social do País. No próximo ano, a 21.ª edição será organizada pela Universidade de Aveiro.

Mpox
Desde setembro de 2023, a República Democrática do Congo tem sido o epicentro de um surto de Mpox, que a Organização Mundial da...

A província do Kivu Sul, na República Democrática do Congo (RDCongo) tem enfrentado uma grave epidemia de Mpox, com 3.684 casos confirmados, segundo as autoridades sanitárias regionais. A missão de resposta rápida da Rede Internacional da Médicos do Mundo já formou e apoiou 20 profissionais de saúde, 65 trabalhadores comunitários e mais de 350 trabalhadores do sexo. Esta intervenção permitiu ainda sensibilizar 70 mil pessoas e reforçar a vigilância e a resposta médica à epidemia.

“Estamos muito preocupados, porque o vírus Mpox afeta primeiro as pessoas mais vulneráveis. Para salvar vidas, temos de atuar já, através da vacinação da população e do apoio aos sistemas de saúde. As nossas equipas vão intervir em sete principais regiões sanitárias, onde se concentram 86% dos casos. O nosso foco é a formação dos profissionais de saúde, o reforço da prevenção e do controlo das infeções, o apoio aos cuidados psicossociais e a sensibilização e vigilância das comunidades”, afirma Mamadou Kaba Barry, coordenador-geral da Médicos do Mundo na RDCongo.

A Rede Internacional da Médicos do Mundo já se encontra em seis das sete regiões sanitárias com maior número de casos, em colaboração com o Gabinete Central da Região Sanitária local. A organização vai ter como alvo e apoiar as regiões onde as autoridades locais já estabeleceram centros de tratamento de Mpox. Aí, a Rede Internacional da Médicos do Mundo vai trabalhar com as pessoas infetadas pelo vírus e com as comunidades mais expostas ao risco de Mpox.

Além da RDCongo, a Rede Internacional da Médicos do Mundo também está ativa nos países vizinhos, onde a epidemia está a ganhar escala, nomeadamente Camarões, Burkina Faso, Nigéria e República Centro-Africana. Nestes países, estamos em contacto com os Ministérios da Saúde e a realizar ações de sensibilização. No entanto, a emergência desencadeada pelo aparecimento de novos clados, associada à disponibilidade incerta e custo elevado da vacina, fazem da Mpox um verdadeiro desafio para os sistemas de saúde já fragilizados.

No continente africano, considerando todas as estirpes em conjunto, o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África) registou um aumento de 160% nos casos de Mpox até ao final de julho, em comparação com 2023, ou seja, quase 19 mil casos e cerca de 700 mortes em 13 países africanos. Há, por isso, uma necessidade urgente de ação.

A Rede Internacional da Médicos do Mundo apela a que sejam tomadas todas as medidas necessárias, para garantir um acesso equitativo a testes de rastreio, cuidados de saúde e vacinas. Deve manter-se a prestação de cuidados saúde nas regiões isoladas e afetadas pela insegurança. As pessoas que se encontram mais afastadas das infraestruturas de saúde devem ser incluídas nas campanhas de vacinação. Ninguém deve ser excluído por razões de segurança, logísticas ou financeiras.

10 mil euros
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) conquistou o 1º prémio da 20ª edição do Concurso Nacional Poliempreende,...
O prémio, no valor de 10 mil euros, foi atribuído ao projeto MusclePen, um dispositivo tecnológico inovador em desenvolvimento, destinado a pessoas com necessidade de administração regular de medicação, bem como a cuidadores informais e a organizações de saúde.
 
O prémio é patrocinado pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, pelo Banco Santander e pela Ordem dos Contabilistas Certificados.
 
A equipa vencedora (constituída pelas enfermeiras recém-diplomadas pela ESEnfC, Ana Gil e Inga Donici, e pelo professor José Hermínio Gomes) esteve em competição com mais duas dezenas de equipas dos institutos politécnicos do país, escolas superiores não integradas e escolas politécnicas das universidades que compõem a rede Poliempreende. E, pela primeira vez, com a participação de equipas de três escolas que lecionam Enfermagem: além da de Coimbra, também a do Porto e a de Aveiro (Escola Superior de Saúde).
 
Com este prémio monetário, a equipa vencedora do 20º Poliempreende vai continuar a desenvolver a respetiva ideia de negócio, que tem como objetivos «empoderar e tornar as pessoas mais independentes» relativamente à toma de medicamentos, «diminuindo o fluxo de utentes nos centros de saúde» e «dando mais oportunidades de acesso aos cuidados».
Ana Gil e Inga Donici afirmam que «o recente percurso no ensino superior lhes proporcionou competências únicas de empreendedorismo e inovação», cuja «valorização», segundo defendem, «tem de continuar a crescer, porque está a dar frutos».
 
Após conhecimento do resultado, no jantar de gala da final da 20ª edição do Concurso Nacional Poliempreende, no Hotel Savoy Palace, no Funchal, a equipa do projeto MusclePen estabeleceu, de imediato, contactos com potenciais investidores, perspetivando possíveis redes colaborativas.
 
Esta é a segunda vez que a ESEnfC obtém o 1º prémio do Concurso Nacional Poliempreende, depois de em 2016 (13ª edição) também o ter conseguido, então com um projeto relacionado com a prevenção de complicações associadas ao uso de cateteres venosos.
 
O Concurso Nacional Poliempreende visa promover o desenvolvimento de uma cultura empreendedora no seio das instituições de ensino superior politécnico e fomentar a criação de empresas baseadas no conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento regional.
Reflexão sobre o presente e futuro
Assumindo um papel cada vez mais importante na sociedade, os psicólogos do desporto e performance atuam frequentemente nos...

O que são os psicólogos do desporto e da performance, qual o seu papel e as oportunidades no mercado de trabalho são os temas que vão estar em debate já no dia 13 de setembro, das 12h30 às 13h30, numa mesa-redonda online, organizada pela Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa, no âmbito da nova Pós-graduação em Psicologia do Desporto e Performance.

Quer seja a nível individual, em grupo ou organizacional, os psicólogos do desporto e da performance têm como objetivo geral melhorar o rendimento, o desenvolvimento pessoal e social, o bem-estar e as competências psicológicas relevantes para o sucesso dos intervenientes e dos contextos em que se inserem.

Numa conversa informal e descontraída, com oportunidades de interação com a audiência, Ana Bispo Ramires (Psicóloga do Desporto e Performance, Fundadora do Gabinete de Atuação em Psicologia & Performance) e Rui Gomes (Psicólogo e docente na Escola de Psicologia da Universidade do Minho) vão apresentar as suas perspetivas e reflexões sobre a atualidade do mercado de trabalho dos psicólogos a trabalhar em contextos de desporto e performance, debatendo os principais desafios e dificuldades que foram enfrentando ao longo do tempo, assim como as principais oportunidades de futuro que antecipam. Uma conversa moderada por Catarina Morais, docente e coordenadora da Pós-graduação em Psicologia do Desporto e Performance da Faculdade de Educação e Psicologia.

Esta Pós-Graduação, acreditada pela Ordem dos Psicólogos, conta com um corpo docente com uma vasta experiência de intervenção em contextos de Desporto e Performance, apresentando ainda, como elemento diferenciador, o investimento no desenvolvimento de competências de intervenção nos próprios psicólogos, através de uma metodologia que convida o formando ao seu próprio desenvolvimento pessoal e profissional, permitindo-lhe potenciar a sua capacidade de tomada de decisão, critério e coerência na intervenção.

“A acreditação pela Ordem dos Psicólogos Portugueses representa um passo importante desta Pós-graduação que foi desenhada para desenvolver conhecimentos e competências específicas nos psicólogos, tornando-os mais capazes de realizar intervenção psicológica com os diferentes agentes destes contextos, como atletas, performers, treinadores, entre outros”, refere Catarina Morais, uma das coordenadoras da nova Pós-graduação em Psicologia do Desporto e da Performance e docente da Faculdade de Educação e Psicologia. Carlos Filipe Fernandes, psicólogo do Desporto e também coordenador da nova formação, explica que “os Psicólogos do Desporto e da Performance trabalham com o objetivo central de desenvolver de forma integral o indivíduo, procurando melhorar o seu rendimento, bem-estar e competências psicológicas que se apresentem como relevantes para a obtenção de sucesso no contexto desportivo e/ou de performance,” acrescentando que “estes contextos exigem dos psicólogos competências de intervenção específicas.”

Sociedade Portuguesa de Pneumologia
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) vai avaliar, com o apoio da GSK, a prevalência da Doença Pulmonar Obstrutiva...

Esta é uma doença pouco conhecida pelos portugueses. De acordo com um estudo feito pela SPP em 2022, mais de 70% dos portugueses nunca ouviram falar da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), apesar de esta ser a terceira causa de morte a nível mundial e a quinta em Portugal1.

António Morais, presidente da SPP, afirma que “esta parceria traduz uma necessidade de saúde pública: conhecer a realidade da DPOC em Portugal, uma vez que o último estudo deste género que foi feito no nosso país já tem cerca de uma década e incidiu apenas na região de Lisboa. Nestes 10 anos que passaram a população mudou, está mais envelhecida e de modo a tomarmos as devidas medidas de prevenção e tratamento, temos de conhecer melhor a nossa realidade. Adicionalmente, vai ser o primeiro estudo a nível mundial a incluir indivíduos acima dos 20 anos, englobando assim os mais recentes conceitos da DPOC” .

Neuza Teixeira, diretora médica da GSK Portugal, refere que “é com enorme satisfação que a GSK apoia a realização deste estudo, que é um projeto tanto ambicioso quanto necessário. O compromisso da GSK com a saúde respiratória é já conhecido e continuamos a tentar sempre ir mais além nesta área, quer na investigação que desenvolvemos, quer no apoio que damos a iniciativas de enorme valor científico e clínico, como é o caso deste estudo. Acreditamos que o impacto que terá no tratamento da DPOC em Portugal será, sem dúvida, transformador”.

A DPOC é uma doença progressiva que limita o fluxo de ar nos pulmões, dificultando a respiração. Os principais fatores de risco são o tabagismo e a exposição a poluentes atmosféricos, como o fumo do tabaco passivo e o pó industrial. Com uma prevalência estimada de cerca de 5,4% em Portugal e uma taxa de mortalidade significativa, a DPOC continua a ser uma ameaça silenciosa para a saúde pública1.

Com uma taxa de mortalidade de cerca de 8,7 por 100.000 habitantes, a DPOC é uma doença respiratória crónica que pode limitar a capacidade das pessoas para realizar atividades diárias normais. Aparece, em 90% dos casos, em fumadores e foi responsável por mais de 2.600 óbitos em Portugal em 20201.

 1https://www.sppneumologia.pt/noticias/sociedade-portuguesa-de-pneumologia-alerta-para-o-desconhecimento-da-dpoc-7-em-cada-10-portugueses-desconhece-terceira-causa-de-morte-mundial

 

 

Opinião
No dia 8 de setembro comemora-se o Dia Mundial da Fisioterapia, circunstância que nos dá o pretexto

O papel da Fisioterapia está em constante evolução e crescimento, especialmente num mundo onde as necessidades de reabilitação estão a aumentar devido ao envelhecimento populacional e ao aumento das doenças crónicas do sistema do movimento. Hoje, a Fisioterapia contemporânea transcende as técnicas passivas, embora ainda relevantes em contextos específicos, e são cada vez mais complementadas ou até substituídas por abordagens ativas como o exercício clínico, a educação terapêutica e a promoção da autogestão dos doentes, que se mostram particularmente eficazes em condições crónicas, conforme demonstrado por robusta evidência científica. Cabe a todos os stakeholders desta nobre área dos cuidados de saúde incorporar a evidência científica emergente, garantindo que as práticas em reabilitação continuem a evoluir e a melhorar, tanto em termos de eficácia como na dignificação do trabalho dos profissionais.

A grande rede capilar em Portugal das clínicas de MFR tem-se esforçado por fazer este caminho, atualizando práticas clínicas e organizacionais, fruto da evolução científica, do aumento da procura, da consolidação empresarial do setor, mas também fruto do número crescente de profissionais superiores de saúde da área da reabilitação, nomeadamente Fisioterapeutas, articulados com outros profissionais de saúde neste contexto de Medicina Física e Reabilitação.

Apesar dos esforços do setor, reconhece-se que o ritmo de atualização e diferenciação de serviços poderia ser maior, porém, este caminho não pode ser trilhado apenas pelas clínicas de MFR. O Estado também tem de fazer a sua parte, revendo em alta as políticas de financiamento do setor convencionado com o SNS, assim como da rede ADSE/SADs – os grandes financiadores destes cuidados de saúde –, bem como também as seguradoras, de forma a permitir a captação e retenção de talento diferenciado e especializado e, por consequência, melhorar o serviço às populações que procuram serviços de reabilitação de proximidade. O retorno deste investimento na saúde da população é incomensuravelmente superior ao custo.

Nas clínicas de MFR, a colaboração integrada entre Fisioterapeutas, Médicos Fisiatras e restantes profissionais é um exemplo claro de como a multidisciplinaridade pode potenciar os resultados em saúde. O Médico Fisiatra, como coordenador clínico da equipa de MFR, define o diagnóstico médico e os objetivos gerais do processo de reabilitação, baseando-se numa visão médica integrada das necessidades do doente. Neste contexto, o Fisioterapeuta, em colaboração próxima com os restantes profissionais, realiza a sua avaliação especializada e implementa o processo em Fisioterapia que, no âmbito da sua expertise, são essenciais para a reabilitação do doente.

Este trabalho em equipa multidisciplinar, que reconhece, respeita e valoriza igualmente a autonomia e especialização de cada profissional, permite que os cuidados prestados sejam mais eficientes. Além disso, esta colaboração estreita entre os Fisioterapeutas e os outros membros da equipa de reabilitação, especialmente do Médico Fisiatra, Terapeuta Ocupacional e Terapeuta da Fala, fortalece a confiança mútua e promove uma abordagem integrada e centrada na pessoa.

Neste Dia Mundial da Fisioterapia, a APMFR junta-se a tantas outras entidades, em Portugal e noutros lugares, para celebrar o papel inestimável da Fisioterapia e dos Fisioterapeutas, que, com o seu trabalho e dedicação, transformam vidas e promovem a saúde neste setor tão fundamental da Reabilitação. Saiba mais sobre a APMFR em www.apmfr.pt.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
A propósito do Dia Internacional das Lesões na Coluna Vertebral, que se assinala a 5 de setembro, um novo estudo revela que, a...

Desenvolvido na Escola de Medicina da Universidade do Minho e coordenado pelo Professor Rui Duarte, médico ortopedista e coordenador da campanha ‘Olhe pelas suas costas’, o estudo ‘Epidemiology of traumatic spinal cord injury in Portugal’ foi desenvolvido pela Escola de Medicina da Universidade do Minho e analisou dados de hospitais públicos portugueses, entre agosto de 2020 e julho de 2023, identificando 679 novos casos de LTVM neste período.

O estudo identifica as quedas (60,1%) e os acidentes de viação (24,9%) como as principais causas de lesões traumáticas vertebro medulares. A população idosa tem um risco acrescido, sendo as quedas a principal causa de tetraplegia neste grupo.

A investigação demonstrou ainda uma taxa de mortalidade hospitalar de 15,2% associada às LTVM, um valor superior às médias europeias. A idade avançada e a gravidade da lesão neurológica foram identificadas como fatores de risco cruciais para a mortalidade dos doentes.

Em termos de características demográficas, o estudo encontrou uma diferença na distribuição por idade e sexo, revelando que a maioria dos doentes afetados eram homens (74,7%), principalmente mais jovens. Já no género feminino, as mulheres mais velhas eram as mais afetadas. 

Rui Duarte, orientador do estudo e coordenador da campanha ‘Olhe pelas Suas Costas’, considera que: “Estes resultados demonstram, sem dúvida, a necessidade urgente de implementar medidas eficazes de prevenção destas lesões, especialmente na população idosa. Aumentar a consciencialização para a importância de cuidar da nossa coluna e ter atenção aos perigos que podem resultar de várias atividades do nosso dia a dia é fundamental. Temos percorrido este caminho através de várias iniciativas realizadas no âmbito da campanha ‘Olhe pelas Suas Costas’ e pretendemos continuar a fazê-lo.”

A sensibilização para os riscos de quedas, adaptação de espaços públicos e habitações, e a promoção da atividade física são pontos chave para reverter este cenário, mas importa ainda melhorar os cuidados de saúde nesta área. “Investir em centros especializados no tratamento de LTVM, detentores de tecnologias médicas avançadas, com equipas multidisciplinares, deve também fazer parte do plano para garantirmos o acesso dos doentes aos cuidados de saúde que necessitam”, acrescenta o coordenador da campanha ‘Olhe pelas Suas Costas’.

Evento desportivo
Nos próximos dias 7 e 8 de setembro, a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) vai realizar um rastreio a...

“A diabetes tipo 1 é um inimigo silencioso que quando entra na vida das crianças e dos jovens, rouba-lhes a despreocupação típica destas idades e representa uma grande sobrecarga para pais e cuidadores. Muitas vezes, quando o diagnóstico é feito, é já demasiado tarde, sendo necessário lidar com as complicações de uma doença já descompensada.”, alerta João Filipe Raposo, Diretor Clínico da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), rematando: “O diagnóstico precoce e a avaliação do risco são as melhores armas para mudar o paradigma da gestão da DT1.”

“É com grande satisfação que anunciamos a nossa parceria com a APDP para o evento Vitalsport 2024. A prática regular de desporto é fundamental para a saúde. Através desta parceria, no decorrer do Vitalsport Amadora, incentivamos a adoção de um estilo de vida mais saudável, combinando assim no mesmo evento a atividade física com a deteção precoce de condições de saúde. Juntos, queremos construir uma geração mais saudável e consciente dos benefícios do desporto!”, afirma Roberto Almeida, Diretor de Loja Decathlon Amadora.

A DT1 é uma doença autoimune, em que o sistema imunológico da própria pessoa compromete o funcionamento das células do pâncreas que produzem insulina. Pessoas com diabetes tipo 1 necessitam de terapêutica com insulina para toda a vida porque o pâncreas deixa de a poder fabricar. A causa deste tipo de diabetes não é, ainda, plenamente conhecida, mas sabe-se que existe uma predisposição genética e não está diretamente relacionada com hábitos de vida ou de alimentação menos corretos.   

O projeto europeu EDENT1FI resulta de um consórcio composto por 28 parceiros de 10 países, com a missão comum de identificar a DT1 na sua fase pré-clínica em crianças e jovens.

Em Portugal, calcula-se que serão mais de 30.000 as pessoas que vivem com diabetes tipo 1, 5.000 das quais serão crianças e jovens. 

Qual o momento certo para iniciar?
Nos últimos anos tem crescido significativamente o interesse da comunidade científica em compreender

Sabemos que “se o exercício pudesse ser colocado num comprimido, seria, de longe, o medicamento mais prescrito e benéfico” - o que reforça a sua importância na prevenção da doença, através da promoção da saúde e bem-estar, mas também no tratamento de condições já existentes.

As doenças do movimento, como a Doença de Parkinson, os Parkinsonismos atípicos e a Esclerose Múltipla, bem como as demências, como a Doença de Alzheimer, têm um impacto profundo na qualidade de vida dos doentes e dos cuidadores.

Neste contexto, a intervenção da fisioterapia é baseada em exercício e demonstra ser crucial no controlo dos sintomas destas patologias, desde o momento do diagnóstico e ao longo do decurso da doença.

Qual o momento certo para iniciar?

A fisioterapia, integrada numa colaboração interdisciplinar, deve ser iniciada o mais cedo possível - mesmo quando os sintomas são ligeiros. Assim, permite o aumento da eficácia no ensino da autogestão da doença, promove a adesão a longo prazo e incentiva o compromisso com o exercício. Em estados mais avançados da doença, a abordagem deve ser ajustada para aumentar a especificidade, de acordo com a evolução dos sintomas.

A prescrição da fisioterapia tem como objetivo melhorar as capacidades motoras e a participação social das pessoas. O tipo de exercício a realizar pode ser abrangente, desde que seja desafiante e motivador para quem o pratica. Intervenções específicas, como o treino de marcha, treino de equilíbrio, e de capacidade física, são implementadas com o objetivo de maximizar a funcionalidade e a qualidade de vida.

Em suma, a abordagem centrada no movimento, aliada a um conhecimento abrangente da pessoa, contribui significativamente para a manutenção da autonomia, para a melhoria da qualidade de vida e para o controlo da progressão destas doenças. Investir precocemente em rotinas de exercício e de reabilitação é essencial para enfrentar os desafios impostos pelo processo neurodegenerativo.Sabemos que “se o exercício pudesse ser colocado num comprimido, seria, de longe, o medicamento mais prescrito e benéfico” - o que reforça a sua importância na prevenção da doença, através da promoção da saúde e bem-estar, mas também no tratamento de condições já existentes.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Oman International Hospital
Quatro recém-diplomados, dos cursos de Ciências Biomédicas Laboratoriais (CBL), Dietética e Nutrição (DN), Imagem Médica e...

O acordo estabelecido entre a ESTeSC-IPC e o IGHS, em fevereiro de 2023, tem vindo a proporcionar aos diplomados da ESTeSC oportunidades únicas e de sucesso. Ao longo dos próximos três meses, Ana Pinheiro (DN), Ana Catarina Vitorino (SA), Frederico Simões (IMR) e Salvador Mota (CBL) terão a oportunidade de vivenciar uma experiência profissional, em contexto real de trabalho, num hospital equipado com a mais moderna tecnologia. Viajam com uma bolsa atribuída pelo programa Erasmus+, para diplomados, e contam com o apoio local do Oman International Hospital.

Para o Presidente da ESTeSC-IPC, esta continua a ser uma “oportunidade única e com um enorme potencial” para que os diplomados da ESTeSC-IPC desenvolvam as competências adquiridas durante a licenciatura, criando oportunidades de networking, numa “unidade de saúde de excelência, quer ao nível de recursos tecnológicos, quer ao nível de recursos humanos”. Graciano Paulo salienta, ainda, a importância deste protocolo para a escola, sobretudo pelas experiências que irá permitir aos nossos diplomados, agora com a responsabilidade acrescida de serem os “embaixadores de uma escola de referência”.

Os recém-diplomados da ESTeSC-IPC, consideram que a realização deste estágio, e a parceria entre a Escola e o IGHS, ajudou a concretizar um sonho, criando novas perspetivas profissionais e pessoais. “Esta oportunidade, proporcionada pela ESTeSC, vai permitir-me vivenciar uma experiência única, tanto a nível profissional, quanto pessoal”, afirma Ana Catarina Vitorino, diplomada em Saúde Ambiental, assumindo que se sente “preparada para estar inserida num ambiente multidisciplinar”.

Ana Pinheiro, diplomada em Dietética e Nutrição, considera que o estágio lhe proporcionará a possibilidade de “obter uma visão enriquecedora sobre os cuidados de saúde e a nutrição em Omã”. Já Salvador Mota, diplomado em Ciências Biomédicas Laboratoriais, deixa algumas expetativas em aberto para o futuro, declarando estar “a contar que seja uma experiência rica que me irá impulsionar para um futuro melhor”.

Para Frederico Simões, diplomado em Imagem Médica e Radioterapia, o estágio em Omã significa o “início de uma etapa pós-licenciatura” onde as suas capacidades vão ser desafiadas e os conhecimentos colocados à prova, naquele que diz ser o “início do meu caminho profissional internacional”.

A promoção, e o acolhimento, destes estágios reforça a ligação entre a ESTeSC-IPC e o IGHS, e reitera o reconhecimento de ambas as instituições como instituições de referência e excelência nas áreas do ensino e da saúde.

Estudo
Dos inquiridos no estudo que colaboraram com três das maiores consultoras em processos de transformação, 87% consideram que o...

A Emergn, empresa global de serviços digitais, acaba de divulgar os resultados do estudo “Transformation Fatigue”, que revela preocupantes sinais de desgaste entre os trabalhadores em resposta a mudanças organizacionais frequentes e mal geridas. A pesquisa, que abrangeu líderes e gestores de empresas de grande dimensão, destaca que 50% dos trabalhadores consideraram abandonar os seus empregos devido à fadiga provocada por transformações contínuas.

O estudo também revela que 60% dos funcionários relataram sentir burnout como resultado dessas mudanças sucessivas, e 58% confessam sentir desânimo e resignação sempre que uma nova transformação é anunciada. Como principais causas desta fadiga, o estudo “Transformation Fatigue” destaca a liderança desconectada, a comunicação deficiente e a falta de programas de aprendizagem eficazes. Metade dos inquiridos aponta as falhas de liderança, especialmente a distância das chefias em relação às preocupações da equipa, como um dos principais fatores para o insucesso das transformações.

Adicionalmente, 25% dos colaboradores referem-se à falta de clareza na comunicação dos objetivos como uma preocupação significativa, sentindo-se mal informados sobre as razões que justificam as mudanças implementadas.

Apesar dos desafios identificados, 70% dos trabalhadores reconhecem a importância das transformações bem-sucedidas para manter a competitividade no mercado. Para Alex Adamopoulos, CEO da Emergn, "muitas organizações reconhecem que as transformações, quando bem executadas, são cruciais para se manterem competitivas. No entanto, as iniciativas de transformação precisam de impulso, clareza na mensagem e programas de aprendizagem que mantenham os colaboradores focados em valor e nos resultados. Os líderes têm de conseguir provar porque as empresas devem dar o próximo passo.”

Outro ponto crítico identificado pelo estudo é a insatisfação com as grandes consultoras de transformação. Entre os 51% dos inquiridos que trabalharam com três das maiores consultoras globais, 87% relataram que essas empresas tiveram um impacto negativo ou nulo nas suas organizações. Apenas 13% consideraram que as consultoras foram uma ajuda positiva.

De volta à rotina
Setembro traz geralmente consigo o fim das férias de verão, o regresso às aulas e às rotinas de trab

Ter uma alimentação rica em nutrientes, beber bastante água, praticar exercício físico e ter uma rotina de sono consistente, são hábitos muito importantes para o nosso bem-estar e para regular os níveis de energia.

Mas estes bons hábitos podem não ser suficientes e por vezes precisamos de um apoio extra para repor os nossos níveis de energia. Há determinadas vitaminas e sais minerais que têm um papel fundamental no metabolismo da energia, como por exemplo as vitaminas do complexo B, que são conhecidas por ajudar na produção de energia e melhorar a função cerebral, sendo ideais para quem precisa de manter o foco durante o dia. Saiba quais os nutrientes que são fundamentais para reforçar a energia e vitalidade:

  • O Zinco: é um mineral que entra em mais de 300 processos metabólicos no nosso corpo, ou seja, é essencial para a manutenção dos nossos níveis de energia e de disposição. Para que este mineral não nos falte, não nos podemos esquecer de ingerir alimentos como iogurtes e o grão de bico.
  • O Magnésio: amêndoas, espinafres e abacates, o que é que têm em comum? São três alimentos ricos em magnésio, um mineral que está presente em reações biológicas desde os nossos músculos até ao cérebro. O magnésio permite que o corpo produza energia, enfrente as adversidades de uma vida acelerada e se mantenha saudável.
  • Vitaminas do complexo B: são conhecidas pela sua função de restabelecer e aumentar a energia. Temos de ter atenção a estas vitaminas, dado que o nosso organismo não tem a capacidade de as produzir e elas são essenciais para que o nosso corpo transforme os alimentos que ingerimos em energia. A vitamina B6, por exemplo, vai auxiliar na redução do cansaço e na manutenção do bem-estar físico. Pode encontrá-la na carne, no arroz e até em sementes de girassol. Por outro lado, numa vida acelerada convém ter o nosso sistema nervoso a funcionar corretamente e, para isso, temos as vitaminas B3 e B12, que ajudam no bom funcionamento do mesmo. Para ter a certeza que estas vitaminas estão presentes podemos optar por alimentos como o marisco, salmão, leite e amendoins.
  • Vitaminas Antioxidantes: na nossa rotina diária estamos expostos a agentes agressores que vão prejudicar o funcionamento do nosso organismo. Desta forma, torna-se importante ter uma alimentação que forneça antioxidantes para reforçar o combate face a estes agentes e reparar os danos que estes possam causar. As Vitaminas E, A e C, presentes em sementes, citrinos, morangos, batata-doce ou até na gema do ovo, vão ajudá-lo a reforçar a sua imunidade e a manter o seu ritmo.
  • Coenzima Q10: é uma substância, semelhante às vitaminas, importante e necessária para o funcionamento de muitos órgãos e reações químicas no organismo. Fornece energia às células e tem atividade antioxidante, estando presente em pequenas quantidades em carnes e peixes.
  • O Ferro: é responsável por manter o oxigénio a circular no nosso corpo, pelo que a falta deste mineral vai afetar negativamente o desempenho no trabalho e pode prejudicar as nossas capacidades cognitivas. Ostras, lentilhas e carne bovina são alguns alimentos onde podemos ir buscar este elemento essencial para o nosso organismo.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Opinião
As doenças neurológicas têm uma apresentação muito diversificada, podendo ter variadas implicações n

Os psicólogos que se dedicam à neuropsicologia clínica, uma área específica da psicologia, têm um conhecimento particular sobre as relações entre o cérebro e o comportamento, utilizando métodos para a avaliação de diferentes funções cognitivas (por exemplo, a memória, atenção e linguagem), como é o caso da avaliação neuropsicológica.

A avaliação neuropsicológica é um exame complementar de diagnóstico não invasivo, que costumo simplificar para “exame de perguntas e respostas” que, a partir da entrevista clínica e da aplicação de várias provas de papel-e-lápis, permite caracterizar o estado cognitivo, comportamental e emocional do indivíduo. Com esta avaliação é possível esclarecer as alterações cognitivas relatadas pelo próprio ou pelos familiares, bem como a sua magnitude, o que tem um papel muito importante para auxiliar no processo de diagnóstico, visto que existem características específicas e distintas entre as doenças neurológicas.

Numa fase posterior, após o diagnóstico se encontrar estabelecido, o psicólogo poderá desenvolver e implementar planos de reabilitação ou treino cognitivo tendo em consideração as limitações e as potencialidades do paciente, sem deixar de parte a inclusão dos seus interesses pessoais.

Os planos de reabilitação têm como principal objetivo recuperar ou compensar os défices cognitivos quando possível, assim como minimizar o impacto que as alterações cognitivas, emocionais e comportamentais têm no quotidiano do paciente e da sua família.

Cuidar de uma pessoa com doença neurológica pode ser um desafio brutal. Em particular, quando se trata de doenças neurodegenerativas: os cuidados necessários são complexos, e não envolvem apenas os cuidados físicos, como o de alguém que realizou uma cirurgia e necessita de apoio por um período de tempo determinado. Para além dos cuidados físicos, é necessário lidar com a diminuição das capacidades cognitivas, com as perguntas e histórias repetitivas, o não reconhecimento, com as alterações comportamentais, seja apatia, falta de iniciativa ou agitação e agressividade, em paralelo, com a perda progressiva da identidade pessoal daquele familiar. O aumento progressivo dos cuidados necessários leva à diminuição drástica da participação do cuidador em atividades sociais, dos seus autocuidados e da sua independência.

Por tudo isto, o papel da psicologia pode e deve alargar-se aos cuidadores, aos familiares ou a pessoas próximas daquele paciente. O acompanhamento psicológico, seja individual ou no contexto de grupos de apoio, será útil para aumentar o seu conhecimento acerca da doença, para o desenvolvimento de estratégias de comunicação, estratégias para lidar com as alterações comportamentais e emocionais, para lidar com situações de risco, no auxílio da tomada de decisão, para partilha de experiências, assim como para melhorar a sua capacidade de gestão emocional.

Uma abordagem que envolva diferentes profissionais de saúde, desde o diagnóstico até à intervenção, tem um papel fulcral na otimização do bem-estar e qualidade de vida da pessoa com uma doença neurológica e do seu meio familiar.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
8 de setembro | Dia Internacional da Consciencialização para a Colangite Biliar Primária
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) está a promover uma campanha de consciencialização para a Colangite...

“A Colangite Biliar Primária é uma doença crónica, cuja causa ainda permanece desconhecida. Em Portugal, estima-se que existam cerca de 2 mil casos de Colangite Biliar Primária, o que a torna uma doença rara e pouco conhecida, atingindo maioritariamente as pessoas do sexo feminino, mais precisamente, nove mulheres por cada homem e pessoas com membros da família afetados. As idades mais comuns de diagnóstico situam-se entre os 40 e os 60 anos, em ambos os sexos”, esclarece Arsénio Santos, presidente da APEF.

A CBP pode não dar sintomas durante longos períodos, por vezes vários anos, mas quando se manifestam, os mais frequentes são a fadiga e a comichão na pele (prurido). Ainda que menos comuns, existem também outras manifestações a ter em conta, tais como: dor abdominal, escurecimento da pele e pequenas manchas amarelas ou brancas sob a pele ou ao redor dos olhos (chamados xantomas e xantelasmas). Algumas pessoas também apresentam secura na boca e nos olhos e dores nos ossos, músculos e articulações.

O médico explica que, apesar de não ter cura, esta doença tem tratamento se for detetada atempadamente. “É primordial que as pessoas saibam que o diagnóstico da doença pode ser feito precocemente através de exames de sangue, identificando alterações nas análises hepáticas, especialmente da fosfatase alcalina. Felizmente, o tratamento adequado previne, na maioria dos casos, a sua complicação mais grave: a progressão para cirrose hepática. A cirrose é a quarta principal causa de morte precoce em Portugal e, em muitos casos, só pode ser solucionada através de um transplante de fígado”, realça Arsénio Santos.

A CBP é uma condição autoimune, caracterizada por uma inflamação nas ramificações intra-hepáticas das vias biliares, que leva progressivamente à criação de cicatrizes no fígado (fibrose). Em muitos casos, a doença mantém-se ligeira ou moderada, sem perturbações no funcionamento do fígado.

De acordo com a progressão da doença, podem surgir sintomas associados à cirrose, como icterícia, acumulação de líquido no abdómen ou em outras partes do corpo (ascite) e sangramento interno na parte superior do estômago e do esófago, devido à dilatação das veias (varizes). A osteoporose é outra das complicações da CBP. Apesar de ser mais comum em fases finais da doença, também pode ocorrer inicialmente. Além disso, as pessoas com cirrose apresentam risco aumentado de cancro do fígado (carcinoma hepatocelular).

24 e 25 de outubro
Karim Lakhani (prestigiado académico especialista em inovação e gestão de tecnologia, Presidente e co-fundador do Digital Data...

As Conferências do Estoril lideram mais uma vez a discussão e debate das mais prementes questões globais, acolhendo grandes líderes mundiais numa reflexão sobre o presente e o futuro. Temas tão relevantes como a sustentabilidade, a paz, as políticas, saúde, longevidade e tecnologia vão ser debatidos, nos próximos dias 24 e 25 de outubro, no palco do Campus de Carcavelos da Nova SBE.

Das mais recentes confirmações no evento, destaque para a presença do especialista em inovação e gestão tecnológica Karim Lakhani (Presidente e co-fundador do Digital Data Design Institute na Harvard Business School), que se irá debruçar sobre a natureza colaborativa na resolução de problemas na era digital, apresentando as suas investigações e trabalho sobre as dinâmicas dos ecossistemas de inovação e o impacto das tecnologias emergentes nas indústrias. Ao debate sobre inteligência artificial e Tech junta-se Rembrand M. Koning (Professor associado de Gestão na Harvard Business School e co-fundador do Digital Data Design Institute) que, no âmbito da investigação que lidera, apresentará a sua visão sobre como os empreendedores podem impulsionar o avanço da ciência, tecnologia e inteligência artificial para o benefício da humanidade.

Ainda no âmbito do tema da tecnologia, o especialista em IA que colaborou como economista sénior em tecnologia e inovação no Conselho de Consultores Económicos do presidente Obama, Robert Seamans, irá partilhar a sua visão sobre as consequências económicas da IA, robótica e outras tecnologias avançadas no mundo de hoje e o Country Manager e atual Presidente da Microsoft Portugal, Andrés Ortolá, subirá ao palco para participar na discussão sobre a evolução do setor, trazendo consigo mais de 25 anos de experiência na área das TI.

Carlos Moedas (atual Presidente da Câmara Municipal de Lisboa) é mais um dos oradores em destaque pela sua primeira participação nas Conferências do Estoril.  Confirmada está também a intervenção do multipremiado Francisco Veloso (Diretor da INSEAD e especialista em inovação, tecnologia e empreendedorismo), que irá partilhar as suas experiências no âmbito do trabalho de consultoria que desenvolve junto de startups, empresas, universidades e governos em todo o mundo.

De entre as novas confirmações para a edição deste ano, destaque ainda para a presença do médico e investigador do Gana, John Amuasi (Diretor Executivo da Rede Africana de Investigação para Doenças Tropicais Negligenciadas (DTN’s) e Co-Presidente da Comissão Lancet One Health) que participa numa reflexão sobre políticas de saúde pública e iniciativas de saúde global. Do seu percurso, destaque para a consultoria em saúde global a várias organizações internacionais e para a investigação que lidera atualmente em estudos epidemiológicos clínicos e de campo sobre malária, doenças infeciosas emergentes, AMR, picada de cobra e outras DTN’s.

As Conferências do Estoril acolhem ainda o físico, empreendedor e humanitário Tomás Magalhães, conhecido internacionalmente pelo projeto que criou para apoiar os sem-abrigo e moradores de bairros da lata em Calcutá - India (Kolkata Relief) contribuindo, à semelhança do que faz habitualmente no seu podcast e canal de YouTube (Despolariza) para um diálogo construtivo que promete ensinar as pessoas a discordar de forma mais eficaz, utilizando uma combinação de conhecimento científico, compaixão e humor.

A edição deste ano tem ainda confirmada a presença de Luisa Sobral, a conceituada cantora e compositora portuguesa, conhecida pela sensibilidade das suas letras e pela fusão de diferentes estilos que refletem múltiplas influências musicais. Sempre com uma abordagem pessoal e emotiva, Luísa Sobral é defensora ativa de várias causas sociais e participa com um momento musical de grande envolvência na 9ª Edição das Conferências do Estoril.

29 e 30 de agosto
O Almada Forum, centro comercial propriedade da MERLIN Properties, vai receber, nos próximos dias 29 e 30 de agosto, entre as...

“Bora Lá! Dar Sangue Salva Vidas” é um dos motes das Campanhas de Promoção de Dádiva, com uma linguagem inspirada pelos jovens, com o objetivo de que esta contribua para a adesão de muitos a esta causa essencial ao sistema de saúde e que salva, diariamente, a vida de muitos doentes nos Hospitais Portugueses.

Existem algumas condições e informações a reter no pré e pós dádiva, das quais, (1) ter peso igual ou superior a 50kg, (2) ter entre 18 e 65 anos (60 anos para 1ª dádiva) e (3) ser saudável. Para além disto, deverá ser apresentado um documento de identificação com fotografia e, uma vez que o horário da Sessão de Colheita no Almada Forum será a partir das 15h, deverá estar garantida a digestão de cerca de 3 horas do almoço. Também é aconselhada a hidratação com líquidos não alcoólicos antes de depois da Dádiva.

Ao candidatarem-se à dádiva, os dadores podem ainda registar-se como potenciais dadores de medula óssea e, para esta Doação, as condições são semelhantes: (1) Ter peso igual ou superior a 50kg, (2) ter entre 18 e 45 anos e (3) ser saudável.

“A Responsabilidade Social tem sido, desde sempre, um dos pilares essenciais na gestão do Almada Forum. Para nós, fez todo o sentido poder receber esta unidade móvel no centro e apelar aos nossos visitantes e colaboradores, que participem e sejam dadores”, destaca Generoso Mateus, Diretor do Almada Forum.

Em Itália e na Suécia
A Avincis recebeu hoje dois helicópteros H145 de cinco pás nas instalações da Airbus em Donauwörth, na Alemanha. Os...

Um dos helicópteros irá reforçar as operações na rede de bases italianas da Avincis. A base de Estocolmo, na Suécia, será reforçada com o segundo helicóptero, cujo objetivo é dar resposta às crescentes necessidades da região. No início do próximo ano, serão ainda entregues outros dois helicópteros H145 de cinco pás aos Serviços de Emergência Médica Suecos.

Estes quatro helicópteros vão integrar o portefólio da Avincis com a LCI, empresa privada de leasing de helicópteros, que conta já com uma vasta gama de unidades e tipos de helicópteros que realizam atividades críticas em vários países.

A frota global da Avincis inclui atualmente cerca de 60 aeronaves Airbus, essenciais para garantir operações seguras, fiáveis e consistentes a partir das bases na Europa, África e América do Sul.

John Boag, CEO do Grupo Avincis, afirmou: “A entrega destes helicópteros reforça a nossa confiança no potencial do mercado global de serviços de aviação de emergência e está alinhado com a nossa estratégia de frota de curto e longo prazo. O H145 de cinco pás é uma aeronave versátil e fiável, com comprovada capacidade no terreno, cumprindo o compromisso da Avincis com a excelência operacional e de segurança.”

“As relações de confiança que temos com a Airbus e a LCI evidenciam o nosso compromisso contínuo na nossa expansão enquanto grupo de classe mundial em serviços de aviação de emergência”, concluiu.

Axel Humpert, Responsável pelo programa H145 na Airbus Helicopters, explicou: “Com a entrega dos nossos helicópteros H145 de cinco pás para missões HEMS em Itália e na Suécia, a Avincis e a LCI passam a contar uma aeronave que já provou ser uma ferramenta essencial para missões de salvamento em todo o mundo. Estamos muito orgulhosos pelo facto de o H145 poder voltar a dar apoio às pessoas nos momentos em que mais precisam”.

Jaspal Jandu, CEO da LCI, mostrou-se muito satisfeito com esta parceria: “Estamos orgulhosos por alargarmos a nossa parceria com a Avincis através da entrega destes helicópteros, que desempenham um papel vital em missões de salvamento em toda a Europa e no mundo. A nossa crescente colaboração com a Avincis evidencia um compromisso comum com a excelência operacional e a sustentabilidade dos serviços médicos de emergência a nível global.”

No Irão e Paquistão
Passados 3 anos desde a tomada do poder pelo governo talibã, a situação humanitária no Afeganistão atinge um ponto crítico. O...

Somam-se já 3 anos desde o dia 15 de agosto de 2021, data em que o Afeganistão mudou drasticamente com a tomada de poder pelo regime talibã. E, embora esta mudança de regime tenha acabado com a maioria das hostilidades e conflitos que afetavam o país há já 20 anos, a situaçao humanitária no país tem vindo a agravar-se. “Ao contrário da tendência que marcou as últimas décadas, o conflito já não é o principal fator de deslocação forçada no país, mas sim a pobreza, a fome e as constantes catástrofes naturais. 3,25 milhões de afegãos continuam deslocados dentro do país e mais de 5,5 milhões são refugiados registados ou afegãos em situação de refúgio noutros países da região”, explica a Responsável de Marketing e Comunicação da Portugal com ACNUR, Joana Feliciano.

É no Irão e no Paquistão que se encontram a maioria destas pessoas forçadas a fugir do Afeganistão, com os dados atuais do ACNUR a contabilizarem cerca de 2,2 milhões de refugiados afegãos registados. Contudo, as autoridades destes países estimam que este valor ascenda aos 7,7 milhões de afegãos e que, só desde 2021, tenham chegado ao Irão e Paquistão cerca de 1,6 milhões de refugiados. No entanto, durante os últimos meses, a realidade dos refugiados afegãos nestes países deteriorou-se muito, o que levou uma larga maioria a querer regressar ao seu país de origem.

No Paquistão, uma nova resolução do governo anunciada em outubro de 2023 que dava conta da intenção de deportar os cidadãos estrangeiros sem documentos que vivessem no país levou a que, entre meados de setembro de 2023 e meados de março de 2024, mais de 531 mil afegãos regressassem ao seu país de origem. Já no Irão, a difícil situação socioeconómica e o aumento dos sentimentos anti-afegãos, com o crescimento da retórica xenófoba e do comportamento discriminatório em relação a estes refugiados, forçaram também muitos deles a regressarem ao Afeganistão. Além disso, os casos de prisão, detenção e deportação de afegãos no Irão têm vindo a aumentar de forma consistente desde 2021. Prevê-se que estes movimentos se mantenham nos próximos meses com as estimativas a indicarem que mais de 1,46 milhões de afegãos do Paquistão e do Irão regressarão ao país de origem em 2024.

Números estes que levarão a emergência humanitária no Afeganistão a atingir um ponto crítico.“Este regresso abrupto de centenas de milhares de afegãos veio agravar substancialmente a crise humanitária no Afeganistão e sobrecarregou ainda mais os sistemas do país e as suas comunidades, que lidavam já com recursos bastante limitados”, constata Joana Feliciano. Apesar das suas próprias necessidades humanitárias graves, as comunidades afegãs estão a reforçar os esforços para acolher da melhor forma possível as pessoas deslocadas e receber os retornados do Paquistão e do Irão. É para estas comunidades que a Portugal com ACNUR direciona o seu apelo: “O apoio direto às comunidades de acolhimento é imperativo, tendo em conta as crises em curso no país e o elevado número de regressos. Sem associar a ajuda humanitária a um apoio sólido a médio e longo prazo por parte da comunidade internacional, as comunidades locais podem ficar sobrecarregadas, o que se traduzirá em mais pobreza, riscos de proteção e novas vagas de deslocações forçadas”.

Para quem regressa ao país ou às suas antigas aldeias, as dificuldades para se reestabelecerem também são muitas e enfrentam uma realidade verdadeiramente desafiante: sem casa, sem comida e sem apoios, infraestruturas destruídas, sistemas alimentares e de saúde em colapso… uma vida que já nem reconhecem. “A primeira vez que regressei, fiquei muito triste. Antes era uma aldeia muito verde, com árvores de fruto, e quando regressei estava tudo destruído", conta Mohammad, um afegão deslocado internamente. Desde janeiro de 2023, o ACNUR já prestou assistência a cerca de 94 mil deslocados retornados com serviços de proteção que salvam vidas: apoio a mulheres e raparigas, abrigo, alimentação, água e saneamento básico, artigos de primeira necessidade, assistência em dinheiro, programas baseados na comunidade e apoio psicossocial.

Novas vagas de cheias repentinas também forçam deslocações

Além dos principais motivos apontados pelos refugiados afegãos para regressarem ao país – elevado custo de vida, oportunidades de emprego limitadas, reunificação da família e medo de detenções, de deportações e de perseguições e disciminações -, os desastres naturais também têm tido um papel relevante. As catástrofes naturais devastadoras e emergências induzidas pelo clima, incluindo terramotos mortais no Afeganistão em 2022 e 2023 e as inundações e terramotos no Paquistão e no Irão em 2022, contribuíram para que novos movimentos de deslocação forçada ocorressem e que muitos deslocados procurassem regressar aos seus território de origem, agravando a emergência humanitária já muito complexa que aí se vive.

Este tem sido precisamente um dos maiores desafios que as equipas de ajuda humanitária no terreno têm enfrentado no decorrer deste ano. “Só nos últimos 3 meses, várias regiões do Afeganistão viram-se afetadas por cheias repentinas e devastadoras que deixaram um rasto de destruição para trás e várias pessoas foram novamente forçadas a deslocarem-se. A última vaga de cheias ocorreu há precisamente um mês e as necessidades são muitas entre uma população já muito fragilizada”, contextualiza a Responsável de Marketing e Comunicação da Portugal com ACNUR. Said Khanim, uma afegã, mãe de 5 filhos, afetada pelas cheias de maio, relata que "não temos nada: nem combustível para cozinhar, nem comida, nada. Recebemos algumas ajudas dos vizinhos, mas dependemos quase exclusivamente de chá e pão. Estamos a viver em grandes dificuldades, sem nada do que tínhamos. Estou muito preocupada com o futuro". Desde o início do ano, a ONU calcula que mais de 145 mil pessoas foram afetadas por catástrofes em todo o Afeganistão.

Candidaturas terminam no dia 31 de dezembro de 2024
A Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (APORMED) acaba de lançar a 3.ª edição do Prémio de Jornalismo na...

A 3.ª edição deste Prémio distinguirá o melhor trabalho de informação desenvolvido nas áreas da imprensa, rádio, televisão e internet, que tenha sido produzido por um jornalista detentor de carteira profissional, em língua portuguesa, e que seja publicado/difundido num órgão de comunicação social legalmente constituído em Portugal, de âmbito nacional, regional ou local, entre o dia 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2024; e o melhor trabalho produzido, em língua portuguesa, por um estudante ou por uma equipa de estudantes do ensino superior de jornalismo ou de comunicação, que tenha sido publicado num órgão de comunicação legalmente registado em Portugal, um órgão de comunicação ou sítio web de uma instituição do ensino superior, ou que seja um trabalho académico de cariz jornalístico certificado por docente universitário, entre o dia 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2024.

O júri do Prémio será constituído por Antonieta Lucas, presidente da direção da APORMED; João Gonçalves, diretor executivo da APORMED; João Gamelas, presidente da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia; Mafalda Fateixa, responsável de comunicação e marketing da B. Braun Portugal; Nicole Matias, responsável de comunicação da Fresenius Medical Care; e Andreia Garcia, professora doutorada em Ciências da Comunicação e docente na Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa.

As candidaturas são admitidas em duas categorias: “Jornalista” e “Estudante”, terminando o prazo de submissão das mesmas no próximo dia 31 de dezembro de 2024.

O Prémio será atribuído a um único trabalho candidato, independentemente da categoria em que o mesmo se insere, recebendo o vencedor um cheque no valor de 1.000€ (mil euros).

Todos os trabalhos devem ser enviados para [email protected] acompanhados pela fotocópia da carteira profissional do autor e declaração do órgão de comunicação da publicação correspondente, atestando a veracidade dos elementos referentes à publicação e à sua data. Os estudantes devem enviar comprovativo de inscrição no curso.

O regulamento do Prémio pode ser consultado em www.apormed.pt.

14 de setembro
Iniciativa “Mieloma Múltiplo: Tratar Corpo e Mente” estará em destaque na Conferência Anual da associação sem fins lucrativos.

No mês da Consciencialização das Doenças Malignas do Sangue, a Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas (APLL) volta a promover o evento que, anualmente, reúne doentes, cuidadores, profissionais de saúde, voluntários e o público em geral em torno de um objetivo: informar, sensibilizar e promover o bem-estar de doentes afetados por patologias malignas do sangue. Com o tema “+ pelos doentes, juntos pela saúde", a Conferência Anual da associação terá lugar no dia 14 de setembro (sábado), a partir das 14h00, podendo ser acompanhada presencialmente, na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP), ou online.

Associação promove apoio holístico a doentes com mieloma múltiplo

Face à disponibilidade limitada de soluções adaptadas para responder às necessidades psicológicas e físicas dos doentes com mieloma múltiplo e amiloidose AL, a APLL criou um programa integrado, com o intuito de melhorar o bem-estar geral destes doentes. A apresentação do projeto “Mieloma Múltiplo: Tratar Corpo e Mente”, desenvolvido no seguimento de uma bolsa atribuída pela Myeloma Patient Europe (MPE) – uma organização internacional composta por 52 associações de doentes nacionais de 33 países europeus – será, assim, o ponto alto da Conferência Anual.

Após as saudações iniciais, o Professor Pedro Cunha, docente da FADEUP e especialista em Atividade Física e Saúde, dará a conhecer de que forma o acompanhamento de doentes de todo o país – facilitado pela modalidade online – permitirá responder a desafios como a gestão do cansaço e da dor e o aumento da resistência física. Além da componente física, que estará em destaque na apresentação, o programa contempla aspetos como a diminuição do sofrimento psicológico, a gestão das emoções ou o fomento da interação social, promovendo uma abordagem holística à melhoria da qualidade de vida dos doentes com mieloma múltiplo.

Os restantes momentos da programação vão abordar outros temas de relevo, como a comunicação com os profissionais de saúde e a decisão partilhada sobre os tratamentos, permitindo que os doentes se sintam mais envolvidos no seu próprio cuidado, ou o impacto da doença na dinâmica familiar, refletindo sobre a reintegração social dos doentes.

Importa sublinhar, ainda, a palestra sobre Macroglobulinemia de Waldenström – uma iniciativa alinhada com o compromisso da APLL em criar o primeiro grupo de apoio em Portugal para doentes com esta patologia. No final da Conferência, todos os participantes terão a oportunidade de participar numa aula de reabilitação física.

Há duas décadas a olhar pelo bem-estar de doentes e sobreviventes

Desde 2001, a APLL – uma associação sem fins lucrativos criada por doentes, familiares e profissionais de saúde, no Porto – tem-se dedicado à melhoria da qualidade de vida de doentes com leucemias, linfomas e mielomas – sem esquecer os seus familiares –, disponibilizando apoio psicológico e, quando necessário, financeiro. A instituição tem investido, ainda, na reabilitação física e psicossocial de doentes e sobreviventes de cancro.

Além do projeto “Mieloma Múltiplo: Tratar Corpo e Mente” e de diversas parcerias com a FADEUP no âmbito da reabilitação física destes doentes, refira-se o programa de apoio psicológico da APLL, “Superar Adversidades”, dividido em cinco sessões que abordam temáticas como a gestão da ansiedade e da depressão, estratégias de superação, a importância da comunicação e da autoestima, ou a qualidade de vida. A modalidade de grupos abertos permite que cada participante assista às sessões que se afigurem do seu interesse. A associação dispõe, ainda, de uma linha de apoio telefónico.

As inscrições para a Conferência Anual da APLL já estão abertas, podendo ser realizadas através do preenchimento de um formulário, por e-mail ([email protected]), ou por telefone (910 244 608). Mais informações disponíveis em www.apll.org.

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