Operação internacional
As autoridades portuguesas impediram a entrada no país de mais de 18 mil unidades de medicamentos ilegais, no valor superior a...

Em comunicado, a GNR refere que, em Portugal, foram controladas 6.140 encomendas de fármacos, tendo sido apreendidas 1.051.

A apreensão das encomendas permitiu impedir a entrada em Portugal de 18.381 unidades de medicamentos ilegais, no montante estimado de 40.135 euros, adianta a nota.

Em Portugal, a operação, Pangea VIII, de combate aos medicamentos falsificados e comercializados via internet, foi realizada pela GNR, Autoridade Tributária e Aduaneira e Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.

A Pangea VIII, considerada a maior operação internacional de sempre de combate a fármacos ilícitos, envolveu 115 países e foi coordenada pela Interpol (polícia internacional) e Organização Mundial das Alfândegas.

A operação culminou com a detenção de 156 pessoas e a apreensão de um total de 20,7 milhões de unidades de medicamentos contrafeitos, potencialmente letais, no valor de 71,9 mil euros, precisa a GNR, acrescentando que foram suspensos mais de 365 anúncios de produtos farmacêuticos ilícitos, através de plataformas de redes sociais, e encerradas 2.414 páginas da internet.

Na Indonésia, foi descoberto um armazém 'fora da lei' com medicamentos sem validade e contrafeitos.

Entre os medicamentos falsificados e ilegais apreendidos figuram fármacos derivados de sangue, para infeções e para o cancro.

Estudo revela
O maior inquérito em território nacional feito a homens que têm sexo com homens, realizado em 2010 e só agora divulgado,...

No comunicado divulgado pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), que teve a seu cargo o estudo em conjunto com o Grupo Português de Ativistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA (GAT), é indicado que mais de metade da amostra de 5.187 participantes “referiu ter tido sexo com parceiros ocasionais” no ano anterior, enquanto quatro em cada 10 estavam numa relação estável no momento da resposta.

A investigadora Ana Fernandes Martins revelou ainda que “mais de metade da amostra disse ter sido vítima de algum tipo de violência no ano anterior, tanto intimidação como violência física e verbal”.

O mesmo comunicado do ISPUP indicou que “em relações ocasionais, e pelo menos uma vez” no ano anterior ao inquérito, 37,2% admitiram não ter usado preservativo.

A investigadora do ISPUP realçou que não se pode considerar o estudo representativo da população portuguesa, uma vez que os inquiridos participaram depois de divulgação feita através de blogues, redes sociais e eventos dirigidos a um público de homens que têm sexo com homens.

De acordo com o inquérito, cerca de 70% dos participantes identificaram-se como homossexuais.

“Não é uma total surpresa, esta baixa proporção de homens que dizem não usar preservativo. Claro que o que nós continuamos a pensar é que talvez haja uma menor aceitabilidade dos métodos de prevenção”, disse Ana Fernandes Martins, que sublinhou que talvez se esteja “no caminho errado quanto à promoção da saúde” e da necessidade do preservativo.

Ana Fernandes Martins afirmou que os dados apontam no sentido da continuação da existência de “estigma como autoestigma, quando o próprio participante refere estar ainda dentro do armário, não falar com as redes próximas acerca da orientação sexual”.

Adicionalmente, “cerca de um em cada cinco dos participantes desconhecia o seu estatuto serológico para a infeção pelo VIH, o que aponta para uma necessidade de aumentar a realização do teste na população de homens que têm sexo com homens”.

O estudo, que vai ser apresentado na sexta-feira às 17:30 no ISPUP, é o resultado do trabalho a nível nacional realizado no âmbito do projeto EMIS, desenvolvido em 38 países da região europeia da Organização Mundial de Saúde.

Hereditária e rara
Anemia grave, crises dolorosas frequentes e tendência para ter infecções são as manifestações mais v
Glóbulos vermelhos a ilustrar a drepanocitose

Drepanocitose. Uma palavra de difícil pronunciação. O seu significado mais difícil de explicar e até de compreender. É nome de doença rara e caracteriza-se por “uma anomalia genética da produção de hemoglobina nos glóbulos vermelhos”, explica Manuel Pratas, presidente da Associação Portuguesa de Pais e Doentes com Hemoglobinopatias (APPDH).

Dito de outra forma, “na drepanocitose, também conhecida por anemia de células falciformes, há a produção de uma hemoglobina anormal designada hemoglobina S que irá, perante diversos factores, transformar o normal glóbulo vermelho arredondado e maleável, num glóbulo rígido e com o formato de uma ‘foice’ ou lua em quarto minguante - daí o seu nome de falciforme”.

Em Portugal existem, segundo dados de um estudo de 2011, cerca de 590 doentes com drepanocitose. Contudo, a percepção que a APPDH tem no terreno e através de dados concretos das unidades de saúde é que estes números continuam a crescer.

Já a prevalência nacional de portadores de hemoglobinopatias (é importante salientar que um portador não é uma pessoa doente mas apenas alguém que transporta essa anomalia genética que, na conjugação de dois portadores, poderá gerar um filho doente; um portador é uma pessoa saudável), segundo o estudo mais recente (início da década de 90) rondaria os 2 a 3%, mas que a APPDH acredita que actualmente rondará os 4 a 5%.

A drepanocitose é uma doença originária de África, muito incapacitante e que implica um constante e regular acompanhamento multidisciplinar pelas crises que podem resultar em complicações respiratórias, hepáticas, renais, cardíacas...

Sintomas da drepanocitose

Dependendo da percentagem de hemoglobina S que cada doente apresenta, assim a manifestação da doença poderá ser mais leve ou mais severa, mais precoce ou mais tardia.

Conforme explica Manuel Pratas, “há doentes em que a doença se manifesta logo à nascença e outros em que só já na fase jovem ela começa a ter manifestações”, sublinhando que não existe um doente igual ao outro pois os factores desencadeantes das crises de dor, que são comuns à maioria deles, têm, em cada um, um impacto mais real do que noutro.

Estas crises são desencadeadas por factores muito variados, nomeadamente:

  • Desidratação, que torna o sangue mais espesso e favorável à formação de cadeias de bloqueio devido à forma da células;
  • Mudanças climatéricas, frio ou calor extremos;
  • Factores psicológicos, stress, angústia, euforia, tristeza...;
  • Cansaço por exercício físico mesmo que por vezes seja leve, entre outros.

As crises, diz o presidente também ele doente, “são imprevisíveis e podem ocorrer a qualquer hora e em qualquer parte do corpo onde haja um vaso sanguíneo e se possa verificar um bloqueio”.

Estes episódios geralmente implicam quebras significativas dos níveis de hemoglobina e, não é rara a necessidade de os doentes serem submetidos a transfusões de sangue para restabelecer a sua situação clínica.

Diagnóstico e prevenção da drepanocitose

Actualmente através do diagnóstico pré-natal é possível saber se o feto é portador de uma série de doenças. No caso da drepanocitose a identificação é realizada através de uma análise sanguínea designada por electroforese das hemoglobinas. No caso de o resultado ser positivo, devem ser realizados outro tipo de exames adicionais.

A prevenção da doença pode ser feita através da identificação da conjugação de dois portadores. Ou seja, “sendo esta uma doença genética e hereditária, em que a situação de portador não tem qualquer manifestação clínica, a doença passa a existir num descendente de dois portadores, uma vez que há a transmissão da anomalia genética de dois portadores”, explica Manuel Pratas, acrescentando que a realização de um rastreio eficaz nas populações onde a prevalência é maior seria fundamental para que os portadores sejam detectados e devidamente informados dessa situação.

Este rastreio, diz o responsável “está devidamente definido na Circular Normativa nº18/DSMIA de 2004 da Direcção-Geral da Saúde. No entanto, e infelizmente, a realidade actual é que no terreno esta indicação não está a produzir os efeitos previstos, principalmente por não estar a ser devidamente efectivada nas áreas de maior prevalência onde deveria ocorrer”.

“A questão essencial é a de poder dar a estes portadores toda a informação e esclarecimentos sobre o que é esta doença e o impacto que um filho doente pode ter, não apenas para ele mas para toda a família”.

Tratamento e qualidade de vida

A cura da drepanocitose, tal como da talassémia (as duas hemoglobinopatias), só é possível através do transplante de medula óssea. Porém, devido aos elevados riscos que comporta, raramente é feito. “Geralmente só em casos extremos ou quando existe um dador 100% compatível, mas mesmo assim, a opção habitual dos pais é a de não arriscar”, alerta Manuel Pratas.

Contudo, nas últimas décadas surgiram terapêuticas que permitem a estabilidade clínica dos doentes, seja na manutenção de níveis de hemoglobina a quase normais, seja na redução dos elevados níveis de ferro que os doentes vão acumulando ao longo dos anos devido às diversas transfusões de sangue a que são sujeitos.

“Esta quelação (extracção) do ferro do organismo - especialmente em órgãos vitais como o coração, o fígado, pâncreas e veias do cérebro - que até há poucos anos era feita de modo muito invasivo e doloroso, através de uma bomba infusora que injectava um medicamento durante 8 a 12h por dia, 5 a 7 dias por semana, praticamente desde os primeiros anos de vida, hoje em dia pode ser realizada através de terapêutica oral, indolor e bastante eficaz”, congratula o presidente, considerando que, “ao longo das últimas décadas houve sem dúvida uma significativa melhoria da qualidade de vida de quem padece de uma drepanocitose, mas a sua imprevisibilidade de manifestação leva a que psicologicamente seja bastante devastadora”.

É uma doença que ao longo dos anos vai deixando marcas importantes, consequência dos episódios de crise e constantes internamentos hospitalares, dos tratamentos por vezes agressivos, da consciência de um futuro quase sempre incerto.

Na opinião de Manuel Pratas, apesar de todo o avanço científico e terapêutico ligado à doença, na qualidade de vida dos doentes está, ainda hoje, muito aquém do desejável. Isto porque, embora clinicamente um doente possa estar minimamente estável, há que ponderar que a qualidade de vida é muito mais que isso. “É também ter um percurso escolar regular e normal, ter acesso em igualdade de oportunidades ao mercado de trabalho, aspirar a formar uma família estável e feliz, ter uma vida social como qualquer outra pessoa...”, diz acrescentando, “se a isto viermos a somar situações complicadas de problemas ósseos que derivem, por exemplo, em colocação de próteses ou na necessidade de utilização de outras ajudas técnicas, o panorama dessa qualidade agrava-se significativamente”.

De forma geral, os doentes com esta patologia, à semelhança de outras doenças igualmente raras, são pessoas que procuram, enquanto não se deparam com os seus episódios graves da doença, ser bastante activos, criativos e motivados para ter acesso ao que todos os outros jovens ou adultos ditos saudáveis têm. “Procuram fazer valer todos os momentos normais que a sua doença lhes proporciona. Procuram, como uma doente uma vez referiu, ser felizes”.

Por expressa opção do autor, o texto não respeita o Acordo Ortográfico

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge
Uma equipa de investigadores portugueses descobriu uma forma de “melhorar até sete vezes a eficácia de um medicamento” que será...

A descoberta foi feita por uma equipa de investigadores do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e do BioISI da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, liderada pelo investigador Paulo Matos, do Departamento de Genética do Instituto Ricardo Jorge.

O INSA adianta, em comunicado, que a descoberta foi feita quando os investigadores estudavam o mecanismo molecular do gene responsável pela fibrose quística, o gene CFTR, que “codifica uma proteína transmembranar que regula a hidratação e a viscosidade do muco nas vias respiratórias”.

“Embora a proteína CFTR com a mutação mais frequente (presente em mais de 80% dos doentes) ainda retenha alguma função, as células dos doentes reconhecem-na como defeituosa e degradam-na”, explica Paulo Matos no comunicado.

O investigador adianta que o fármaco ‘VX-809’ (ou Lumacaftor), que está prestes a ser comercializado para o tratamento desta doença genética rara, “resgata parcialmente a CFTR mutante da degradação, mas não o suficiente para conseguir uma recuperação notória da função respiratória na maioria dos doentes”.

“Ao estudarmos o mecanismo molecular que mantém a proteína CFTR na superfície das células, descobrimos uma maneira de melhorar até sete vezes o resgate funcional do canal CFTR mutante, mediado pelo medicamento lumacafator, aumentando assim a eficácia deste fármaco”, afirma o investigador.

Paulo Matos acrescenta que, “como esta melhoria está relacionada com um processo molecular específico”, o próximo passo da investigação passa por encontrar “métodos de atuar seletivamente neste processo que possam ser usados, em combinação com o VX-809, para melhorar a eficácia do tratamento”.

O trabalho coordenado pelo investigador do Instituto Ricardo Jorge acaba de ser publicado na revista internacional Sience Signaling.

A fibrose quística é uma doença genética rara, de evolução progressiva, que se caracteriza pela disfunção das glândulas exócrinas. Devido a uma anomalia no funcionamento das trocas de água e sal, são produzidas secreções mais espessas do que o normal, provocando obstruções a vários níveis do organismo.

O INSA refere que, apesar dos avanços nos tratamentos dos sintomas e infeções, ainda não existe cura para esta doença e a maioria dos seus portadores acaba por morrer ainda jovem, entre os 20 e 40 anos, geralmente por insuficiência respiratória.

A fibrose quística tem uma incidência na população de origem europeia de um em cada 2.000 a 4000 nascimentos por ano. Em Portugal calcula-se que nasçam por ano cerca de 30 a 40 crianças com esta doença.

Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos anuncia
A Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos anunciou que o Prémio Daniel Serrão, no valor de 1.250 euros, vai ser entregue...

Segundo o presidente da Ordem dos Médicos/Norte, o prémio Daniel Serrão constitui "mais um estímulo simbólico para a formação médica em Portugal e, em particular, no norte do país".

Miguel Guimarães recorda que "são muitos os jovens que estão a fazer a sua formação em Medicina e que ainda antes de chegarem ao mercado de trabalho já colocam como primeira hipótese a emigração".

"Num país de recursos limitados como é Portugal, não nos podemos dar ao luxo de todos os anos 'atirar' pela janela milhares de euros na formação de jovens médicos que depois não têm condições ou motivação para exercerem em Portugal", salientou o responsável da Ordem dos Médicos do Norte.

Miguel Guimarães recorda mesmo que "cada estudante de medicina custa em média cem mil euros ao País” e defende que "é urgente apoiar e estimular os jovens estudantes de Medicina e médicos, e criar condições para que seja possível contar com eles no presente e no futuro. Só assim, acrescenta, é possível manter a qualidade da Medicina e do SNS e resolver as necessidades do País”.

Inês Carneiro ingressou em 2008 no curso de Medicina no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), no Porto, com média de acesso de 19,43. Terminou o mestrado integrado com média de 18 valores, o que lhe permitiu ser a melhor aluna dos cursos de Medicina das escolas da região Norte.

Para a jovem médica o Prémio Daniel Serrão "é um enorme incentivo para continuar, com igual tenacidade, a longa jornada de formação médica” que tem pela frente.

Porém, sublinha que "a nota final de curso não é diretamente proporcional à qualidade do médico na sua prática diária, em que a ponte entre as capacidades científicas e humanas são de primordial importância".

A entrega do prémio coincide com a comemoração do Dia do Médico, que se assinala todos os anos a 18 de junho. Durante a sessão, que contará também com a intervenção do bispo do Porto, António Francisco dos Santos, serão ainda distinguidos os médicos inscritos na Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos (SRNOM) e que completam 25 e 50 anos de filiação na Ordem dos Médicos.

Na internet
Uma operação policial contra o tráfico de medicamentos na Internet permitiu apreender 20,7 milhões de fármacos falsificados ou...

Em comunicado, a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) indicou que a operação “Pangea VIII”, realizada entre 9 e 16 de junho, resultou ainda em 156 detenções, na abertura de 429 inquéritos, no encerramento de 2.414 páginas ‘web’ e na suspensão de 550 anúncios.

Na operação, a maior realizada até agora contra o mercado negro e o tráfico de medicamentos através da Internet, participaram serviços da polícia, alfândega, agências reguladoras e empresas privadas do setor.

Os 20,7 milhões de medicamentos apreendidos constituem um recorde e são o dobro da quantidade alcançada numa operação semelhante em 2013, segundo a Interpol.

Produtos nutricionais e medicamentos contra o cancro e a disfunção erétil ou para regular a tensão arterial foram alguns dos fármacos apreendidos.

“Cada vez mais pessoas recorrem à Internet para comprar artigos e os criminosos aproveitam-se dessa tendência para enganar os consumidores para que comprem medicamentos falsos e inclusivamente perigosos (…), sem qualquer consideração pelos riscos para a saúde”, assinala a organização no comunicado.

Dicionário de A a Z
A drepanocitose, também conhecida por anemia de células falciformes, é uma anomalia genética da prod

A drepanocitose, também conhecida por anemia de células falciformes, é uma anomalia genética da produção de hemoglobina nos glóbulos vermelhos, hereditária e “silenciosa” enquanto portador. A hemoglobina é a principal proteína existente no glóbulo e que lhe dá a cor vermelha e em que a sua função é a de captação do oxigénio e posterior transporte para todo o organismo. Sem oxigénio qualquer parte do nosso corpo, sejam órgãos ou tecidos, falece. No caso da drepanocitose (uma das duas hemoglobinopatias – a outra é a talassémia), há a produção de uma hemoglobina anormal designada hemoglobina S que irá, perante diversos factores, transformar o normal glóbulo vermelho arredondado e maleável, num glúbulo rígido e com o formato de uma “foice” ou lua em quarto minguante (daí o seu nome de falciforme). Esta alteração de forma e rigidez será o factor mais importante para a manifestação da doença, nomeadamente com o aparecimento de crises dolorosas severas e bastantes imprevisíveis, muitas vezes desde o nascimento, bem como uma anemia acentuada. É uma doença geneticamente originária de áfrica, mas que está também existente em outras populações como a portuguesa, brasileira, entre outras.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Relatório conclui
“Os resultados de saúde em oncologia podem estar a começar a distanciar-se da Europa”, alerta documento de consulta...

Portugal é o país com menor despesa em medicamentos para o tratamento do cancro face à carga da doença no país, apresentando uma despesa 43% inferior à média da região europeia, refere um relatório da consultora Boston Consulting Group, que é apresentado esta quinta-feira no Instituto Português de Oncologia de Lisboa.

O cancro representa em Portugal 14% da carga de doença - sendo a segunda causa de morte (24% dos óbitos) a seguir às doenças cérebro-vasculares (caso do AVC e do enfarte) - mas apenas representa 7% da despesa em medicamentos, refere o documento. Portugal é assim o país da União Europeia (UE) a 18 que menos gasta em medicamentos oncológicos em termos absolutos, refere-se.

O documento, intitulado Inovação como um direito dos Portugueses, dá conta dos vários obstáculos que existem no acesso a medicamentos inovadores. “Portugal foi o país que aprovou um menor número de fármacos inovadores e o segundo que mais tempo demorou na aprovação da comparticipação dos mesmos”, refere o documento da empresa de consultoria, que existe em 46 países, e que tem entre os seus clientes laboratórios farmacêuticos.

Paulo Gonçalves, responsável da consultora na área da saúde a nível ibérico, refere que o relatório deixa “o alerta”: é preciso perceber se “as dificuldades no acesso a novos medicamentos podem estar a levar à perda de ganhos em saúde na próxima década”. “O possível risco existe no caso da oncologia. Os resultados de saúde em oncologia podem estar a começar a distanciar-se da Europa”, nota o documento de consultora.

O responsável diz ainda que os dados que existem ainda não permitem tirar conclusões, mas que há alguns sinais que exigem atenção: “Os resultados em saúde em oncologia podem já situar-se abaixo da média da União Europeia a 18. Apesar de Portugal ser um dos países com menor incidência de cancro, em 2012 era o quarto país com maior mortalidade ajustada à incidência, situando-se apenas atrás da Grécia, Áustria e Reino Unido. Nesse ano, registaram-se 40 mortes por 100 novos casos de cancro (na UE a 18 foram 37).

Nos últimos anos, começou igualmente a observar-se uma evolução mais lenta dos resultados em oncologia face à UE, dá conta a consultora. Entre 1990 e 2011, diz-se que Portugal foi o segundo país com menor melhoria da taxa de mortalidade por cancro, uma descida de 6%, em contraste com o decréscimo de 28% na Suíça, onde se registou a melhoria mais significativa da mortalidade por cancro.

Portugal é o país, entre os estados-membros da UE a 18, o que teve menor acesso a novos medicamentos e indicações. Até Setembro de 2014, apenas eram comparticipados 29% dos medicamentos e indicações que tinham obtido autorização de introdução no mercado  entre 2010 e 2012. Comparativamente, enquanto um doente português tem acesso a 29% dos medicamentos ou indicações inovadores aprovados nos últimos 2 anos e meio, um doente espanhol terá acesso a 78% e um doente dinamarquês a 90%, escreve-se.

A situação terá especial impacto em medicamentos de dispensa exclusiva em farmácia hospitalar. “Nesses casos, a não comparticipação impede o acesso do doente ao fármaco, excepto através de autorização de utilização excepcional, um processo em que as autorizações são feitas a caso a caso, “e que corre o risco de não ser equitativa.”

Uma das preocupações do documento foi tentar avaliar “o impacto da crise no acesso à inovação”. Enquanto em 2005-2007 um medicamento demorava em média 220 dias a ser comparticipado pelo Infarmed, em 2010-2012, esse prazo triplicou para os 600 dias. Este tempo de decisão ultrapassa significativamente o prazo legal previsto de 70 dias para medicamentos hospitalares e 110 dias para medicamentos de ambulatório, sublinha-se.

Portugal é o segundo país com maior tempo de decisão na comparticipação, estando apenas atrás da Grécia. "Um doente português espera quase dois anos para ter acesso regular a um medicamento, quando, por exemplo, um dinamarquês espera três meses e um alemão zero meses."

Estudo identifica
A idade dos pais importa quando o assunto é o transtorno de autismo nas crianças. Segundo um estudo da Molecular Psychiatry, o...

A pesquisa, que envolveu 5,7 milhões de miúdos, revela que as taxas de autismo eram 66% mais altas entre as filhos nascidos de pais mais velhos, com mais de 50 anos, que entre os situados na casa dos 20.

Em relação aos pais quarentões, a percentagem subia 28%. Os investigadores explicaram que a razão se prende com o facto das mutações genéticas dos espermatozóides aumentarem com a idade.

A idade da mãe parece ser igualmente importante, mas neste caso parece ser a idade precoce o maior problema. A taxa de autismo é 18% mais alta entre as crianças nascidas de mães adolescentes. Acima dos 40 anos, a taxa atinge os 15%.

Outra das conclusões relaciona os dois elementos do casal: o autismo aumenta quanto maior é a diferença de idade entre o pai e a mãe, sendo que não importa se é ele o mais velho ou se é ela.

As crianças analisadas pertenciam a países como Dinamarca, Israel, Noruega, Suécia e Austrália, e o projecto em curso é patrocinado pelo Registo de Epidemiologia do Autismo.

A relação do autismo com a idade não é uma novidade, mas os autores sublinham que desta vez são comparadas informações provenientes de cinco países e deixam ainda a ressalva de que se está a falar de factor de risco.

Investigador do Reino Unido
Uma equipa internacional de cientistas identificou um novo e “potente” composto contra a malária, com um inédito mecanismo de...

O composto foi testado com sucesso em ratinhos e pode levar à criação de um medicamento contra a malária de dose única e a um custo inferior a um euro.

O último número da revista Nature, publica o estudo do novo composto, denominado pelos investigadores 'DDD107498', e que é capaz de atuar em distintas fases da vida do parasita da malária, “Plasmodium falciparum”.

A investigação está a ser liderada por Ian Gilbert, da Universidade de Dundee (Reino Unido), com a participação de investigadores espanhóis, norte-americanos, australianos, suíços e holandeses.

O parasita da malária desenvolveu múltiplas resistências aos medicamentos e também começou a ser resistente ao atual medicamento recomendado pela Organização Mundial de Saúde, segundo os autores do estudo.

A novidade do composto é que é “muito potente e a sua principal característica é ser capaz de atuar nas distintas fases da vida do parasita, incluindo na transmissão da doença”, disse Francisco Javier Gamo, diretor da Unidade de Malária de GlaxoSmithKline.

O novo composto atua na fase hepática e na fase de reprodução do parasita. Quando o mosquito portador do parasita pica uma pessoa, partes do parasita dirigem-se para o fígado, órgão onde começa a infeção. Do fígado, o parasita multiplica-se e é capaz de proliferar de modo a que cada pessoa produza 10 mil novos parasitas. “Se aquela divisão não é controlada pode levar ao colapso dos vasos sanguíneos e as pessoas podem morrer”, detalhou o investigador.

O novo composto, acrescentou, evita também a transmissão do parasita a outro mosquito, que depois poderá picar outro ser humano. O próximo passo da investigação, já a decorrer, é desenvolver um pré-clínico, uma fase em que vai experimentar a toxicidade do composto em humanos e a sua segurança. Os autores do estudo consideram também que o futuro medicamento custará menos de um euro por tratamento, o que é importante porque a maioria das pessoas com malaria vivem na pobreza.

Tribunal de Contas
O Tribunal de Contas identificou o pagamento de uma dívida bancária de 19,3 milhões de euros através do orçamento do Serviço...

De acordo com uma auditoria de seguimento das recomendações formuladas no Relatório da auditoria orientada à consolidação de contas e análise à situação económico-financeira do SNS 2011, o valor em questão destinava-se ao pagamento total da dívida bancária de um Agrupamento Complementar de Empresas (Somos Compras, ACE).

Os 19,3 milhões de euros foram consignados ao pagamento da dívida bancária acumulada do Somos Compras, ACE, um Agrupamento Complementar de Empresas criado em 2007 sem capital social, para implementar e operar uma estrutura partilhada de aquisição de bens e serviços e de logística.

Os centros hospitalares de Lisboa (Lisboa Norte, Lisboa Central e Lisboa Ocidental) detinham uma participação de nove por cento (três por cento cada) e o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) uma participação de 91%.

A dívida foi adquirida pelos centros hospitalares Lisboa Norte, Lisboa Central e Lisboa Ocidental.

Segundo o Tribunal de Contas (TdC), em 2013 “a despesa do SNS com a aquisição de serviços de saúde a unidades de saúde do setor empresarial do Estado inclui encargos não decorrentes de contratos programa, no total de 19,3 milhões de euros”.

“O registo contabilístico dos 19,3 milhões de euros dilui este montante nas verbas destinadas à aquisição de cuidados de saúde, impossibilitando, desta forma, a sua identificação como verba destinada ao pagamento de uma dívida bancária derivada de participações financeiras num Agrupamento Complementar de Empresas” (Somos Compras), lê-se no relatório.

De acordo com a auditoria, “o pagamento de 100%” desta dívida bancária pelos três centros hospitalares de Lisboa, “consubstanciou uma solução financeiramente equivalente a um «empréstimo» de longo prazo, utilizando como intermediários os três centros hospitalares de Lisboa, ao SUCH”.

Para o TdC, a Administração Central dos Sistemas de Saúde (ACSS) “incorreu num erro material de contabilização e incumpriu o princípio da especificação, comprometendo o rigor e a transparência da despesa da ACSS e do SNS” ao contabilizar os 19,3 milhões de euros na rúbrica da aquisição de serviços de saúde e patrimonialmente na conta relativa aos fornecimentos e serviços externos (subcontratos, outros contratos, hospitais Entidades Públicas Empresariais), que é a rubrica utilizada pela ACSS para o registo dos adiantamentos aos hospitais do Setor Público Empresarial.

O TdC refere que, em 2015, com a execução de um despacho da Secretária de Estado do Tesouro e do secretário de Estado da Saúde, “repor-se-á no Orçamento do SNS a verba que havia sido utilizada, em dezembro de 2013, no pagamento de uma dívida bancária dissociada da atividade operacional dos hospitais, indo ao encontro das observações manifestadas durante o processo de auditoria”.

Congresso de Fisioterapeutas encerrou com alerta:
Depois de três dias de trabalho intensivo, mais de meio milhar de fisioterapeutas deixam bem claro que a sua intervenção é...

No Estoril, os profissionais reuniram-se no seu 9º congresso, organizado pela Associação Portuguesa de Fisioterapeutas (APF), com o principal objetivo de promover o papel do Fisioterapeuta na prestação de cuidados de saúde, sendo esta a terceira maior profissão prestadora de cuidados de saúde no nosso país, mas também na Europa.

 

As principais conclusões foram apresentadas e subscritas por todos os participantes:

1. Neste Congresso foi consolidado o papel do fisioterapeuta na abordagem não farmacológica da dor;

2. Devem ser promovidas parcerias entre entidades, nacionais e internacionais, ligadas ao ensino, à investigação, ao exercício e à comunidade, tendo em vista uma maior articulação entre a prática, a ciência e a criação e divulgação do conhecimento, bem como da abertura à relação e ao diálogo com outros profissionais e às mais diversas populações;

3. O fisioterapeuta, para além do dever de centrar a sua prática no uso da melhor evidência científica disponível, deve participar no desenvolvimento e criação dessa evidência, recorrendo de forma sistemática ao uso de medidas de resultados fiáveis, válidas e úteis, e promovendo a sua divulgação;

4. Deve ser reconhecido que a boa prática profissional deve conciliar a melhor evidência científica, as preferências do utente e  a experiência profissional:

a. O fisioterapeuta deve promover a autonomia e capacitação do utente, o maior envolvimento do utente na tomada de decisões e agir no interesse do utente

b. Os Fisioterapeutas deverão participar na elaboração de normas de orientação clínica multiprofissionais, no sentido de promover uma prestação integradas de cuidados aos utentes com base na melhor evidência disponível

5. Não obstante os desafios que ainda se colocam pela frente, a evolução da fisioterapia tem sido sustentada num avanço em termos do nível da formação e da investigação, mas também da sua tradução em termos do exercício profissional e da diversidade de áreas e contextos onde os fisioterapeutas se vão integrando, tal como se pode constatar pelos trabalhos apresentados neste Congresso;

6. A formação em fisioterapia, independentemente da evolução do sistema dual, deve ambicionar atingir um perfil idêntico ao existente hoje ao nível universitário, com a possibilidade de organizar cursos de 3º ciclo e, do mesmo modo, competir para que a formação de base possa progredir para um modelo de curso de mestrado integrado como nível de acesso à profissão;

7. A evolução académica dos fisioterapeutas deverá ser traduzida no exercício profissional por uma diferenciação positiva;

8. O documento "Qualidade em Fisioterapia" da Associação Portuguesa de Fisioterapeutas, apresentado no 9º Congresso Nacional de Fisioterapeutas, pretende ser uma diretriz para o desempenho de qualidade dos fisioterapeutas portugueses e contém um conjunto de orientações dinâmicas que devem ser estudadas nas Instituições de Ensino Superior onde são lecionados os Cursos Superiores de Fisioterapia e devem ser aplicadas pelos Fisioterapeutas, discutidas e refletidas pela nossa comunidade profissional;

9. As normas de qualidade em Fisioterapia devem ser aplicadas em todas as Unidades de Fisioterapia:

a. Quando as Unidades de Fisioterapia façam parte de uma organização mais vasta, deverão estas serem facilitadoras do cumprimento das normas de qualidade descritas no documento da Associação Portuguesa de Fisioterapeutas

10. Um dos objetivos estratégicos para a profissão, traduzido no compromisso para a "Qualidade em Fisioterapia", é a obtenção de Certificação e/ou Acreditação das Unidades de Fisioterapia, pelo que a Associação Portuguesa de Fisioterapeutas e os Fisioterapeutas responsáveis por estas Unidades deverão investir na obtenção desta certificação;

11. Devem ser desenvolvidos esforços para ser implementado o regime jurídico do licenciamento e fiscalização das Unidades Privadas de Fisioterapia, de acordo com as propostas já apresentadas pela Associação Portuguesa de Fisioterapeutas;

12. Considerando que a legislação do novo regime de convenções contempla a possibilidade de acesso aos fisioterapeutas, devem ser desenvolvidos esforços para que as convenções a estabelecer com o SNS não sejam limitativas do acesso aos fisioterapeutas;

13. Deve ser promovido o crescimento do sector de  trabalho independente e privado e este deve responder a nichos de mercado específicos, por áreas de competência/especialidade, métodos inovadores ou localização geográfica única;

14. Deve ser promovida uma concorrência saudável com os competidores tradicionais e ao mesmo tempo o estabelecimento de parcerias directas com o SNS e com prestadores que já se encontram no mercado;

15. Deve haver um reforço do compromisso social do Estado com uma política da saúde abrangente, traduzida num investimento nos serviços de Fisioterapia para promover a funcionalidade, a participação  e a qualidade de vida da população, sabendo-se que são fatores determinantes da sustentabilidade do sistema de saúde;

16. O investimento nos serviços de Fisioterapia deve ter um enfoque especial ao nível dos:

- Cuidados de saúde primários,

- Cuidados continuados e

- Cuidados paliativos.

17. Devem ser desenvolvidos esforços no sentido da Fisioterapia se afirmar como uma profissão de primeiro contacto, podendo os seus  clientes ter acesso aos cuidados segundo o modelo de auto-referência;

18. É reconhecido o dinamismo dos estudantes e jovens fisioterapeutas. Esta energia deve, de acordo com as orientações da Confederação Mundial de Fisioterapia, mobilizar-se para a promoção da Fisioterapia ao nível nacional e internacional e para o reforço da representatividade da Associação Portuguesa de Fisioterapeutas;

19. Prioridade máxima: Assegurar a regulação do exercício profissional: Criação de uma Associação de Direito Público - Ordem dos Fisioterapeutas.

Associação quer fisioterapia reconhecida pela sociedade  

Requerida, há 15 anos, junto da Assembleia, a autorregulação da profissão através de uma Associação de direito público/ Ordem dos Fisioterapeutas, não tendo havido até agora vontade política para a sua concretização.

A Associação Portuguesa de Fisioterapeutas é uma associação sem fins lucrativos, fundada a 12 de novembro de 1960. Podem inscrever-se na APF os fisioterapeutas nacionais e estrangeiros, diplomados pelas Escolas competentes portuguesas ou estrangeiras, que residam em Portugal, desde que os respetivos cursos estejam homologados ou equiparados nos termos da lei portuguesa e acordos internacionais e desde que exerçam a profissão de Fisioterapeuta.

Estimam-se em cerca de 9000 os fisioterapeutas em exercício em Portugal. É de salientar que a Fisioterapia deverá ser efetuada por um profissional, designado de Fisioterapeuta. O Fisioterapeuta é um profissional com uma formação superior, tendencialmente uma licenciatura, e que possui uma carteira profissional outorgada pelo Ministério da Saúde. No entanto, a realidade é que existem outros profissionais sem habilitações que exercem, por vezes, as mesmas funções de um Fisioterapeuta tendo em conta não existir qualquer enquadramento legal, em Portugal, que penalize esta prática de concorrência desleal e que põe em causa a saúde do paciente. Por isso, é importante que os utentes tenham o cuidado de se informar sobre as habilitações da pessoa que lhe está a efetuar os tratamentos. A Associação Portuguesa de Fisioterapeutas acredita que a Fisioterapia e os fisioterapeutas oferecem um contributo indispensável para a saúde das populações e para a economia nacional. Contudo, é necessário que esse contributo seja melhor compreendido e reconhecido por aqueles que estão fora da profissão.

Todos os anos, os fisioterapeutas ajudam milhares de pessoas a prevenir e tratar doenças através de intervenções seguras e adequados. Porém, verificam não existir ainda em Portugal, reconhecimento do contributo do fisioterapeuta junto das populações, nem o seu efetivo aproveitamento, tendo os fisioterapeutas portugueses um forte sentimento de que as reais mais-valias da profissão não são reconhecidas. Os crescentes desafios colocados aos profissionais, como um maior envolvimento com a comunidade ao nível dos cuidados primários, continuados e paliativos e um enorme aumento do exercício liberal através do crescimento de unidades de fisioterapia, bem distribuídas geograficamente, permitem responder às necessidades da população. Embora os fisioterapeutas continuem a trabalhar com outros profissionais como membros indispensáveis das equipas de saúde, serão também profissionais de primeiro contacto, podendo o público ter acesso direto/auto referência ao fisioterapeuta, como já acontece em numerosos países.

A Associação Portuguesa de Fisioterapeutas vem, desde há 15 anos, requerer junto da Assembleia a autorregulação da profissão através de uma Associação de direito público/ Ordem dos Fisioterapeutas, não tendo havido até agora vontade política para a sua concretização.

Que variáveis/critérios a ter em conta
A inatividade física e o sedentarismo foram recentemente identificados como o 4º fator de risco para

Nos primeiros lugares encontram-se a HTA (13%), o tabagismo (9%) e a hiperglicemia (6%), que também beneficiam da prática regular de exercício físico. A prática regular de exercício físico reduz o risco do desenvolvimento de doença coronária, acidentes vasculares cerebrais, diabetes, HTA, cancro do cólon e mama e depressão. Nesse sentido, a atividade física pode ser encarada como uma modalidade terapêutica, com vários benefícios demonstrados na saúde. No entanto, não se trata de um conceito novo. Já Hipócrates (460-370 a.C.) considerava o exercício físico importante na recuperação de lesões e, também os Hindus e a população Oriental (1000 a.C.) apregoavam o exercício como uma modalidade terapêutica.

Convém perceber, que atividade física é todo o movimento do corpo produzido pelos músculos esqueléticos, com gasto de energia. Assim, inclui não só as atividades desportivas, mas outras como caminhar, dançar, brincar, realizar as tarefas domésticas, jardinagem e muitas outras.

As guidelines para a prática de atividade física da Organização Mundial de Saúde são semelhantes às do American College of Sports Medicine e recomendam a prática de pelo menos 150 minutos/semana de exercício físico de intensidade moderada (pirâmide da atividade física). Igual benefício na saúde pode ser conseguido com a prática de 75 minutos/semana de exercício físico de intensidade vigorosa. Este tipo de exercício pode ser acumulado com outras atividades, como desportos de lazer ou treino de resistência e fortalecimento muscular.

 

Podemos então diferenciar o tipo de atividade física em exercício aeróbico, exercício de fortalecimento muscular, treino de equilíbrio e propriocetivo. O exercício aeróbico é definido como todo o tipo de atividade que envolve o uso de grandes grupos musculares, que pode ser mantido ao longo de um período de tempo, como aquele realizado ao caminhar, nadar, dançar, andar de bicicleta. O exercício aeróbico de moderada intensidade corresponde a 50-70% da frequência cardíaca máxima, também pode ser aplicada a regra “sing-talk”, ou seja, consegue-se falar mas não cantar durante a realização de exercício aeróbico de intensidade moderada.

O treino de resistência e fortalecimento muscular é todo o trabalho realizado contra resistência, pesos externos ou usando o peso do corpo. Normalmente este trabalho é realizado com movimentos repetitivos e com aumento progressivo durante o plano de treino. As evidências dos benefícios do treino de equilíbrio e propriocetivo não são tão fortes como aquelas para o exercício aeróbico, de maneira que não existem recomendações muito claras para este tipo de exercício. Ainda assim, a combinação do treino de equilíbrio e de fortalecimento muscular, parece ser importante para a prevenção de quedas, principalmente na população mais idosa.

Durante a prática de exercício físico, o risco de lesão é sempre uma preocupação. De facto, a prática de atividade física não é desprovida de riscos, sendo as lesões músculoesqueléticas as mais frequentemente encontradas. No entanto, ocorre em média apenas 1 lesão por cada 1000 horas de caminhada e menos de 4 lesões por 1000 horas de corrida. Assim, estes riscos podem ser minimizados escolhendo e tipo e intensidade de atividade mais adequado. Por exemplo, caminhar, dançar, fazer jardinagem, andar de bicicleta são atividades com baixo risco de lesão, como podemos ver na tabela seguinte.

O risco de lesão músculo-esquelética está relacionado com a diferença entre o nível de atividade basal do indivíduo e o nível de atividade a alcançar. Deste modo, o nível de atividade deve ser progressivamente aumentado até atingir o objetivo. Inicialmente deve haver um aumento do tempo por sessão (duração) e do número de dias por semana (frequência). Mais tarde pode haver aumento na intensidade do exercício. Sabe-se que o aumento ao nível de atividade basal de 5 a 15 minutos por sessão de caminhada, 2 a 3 vezes por semana tem um baixo aumento do risco de lesão.

A prescrição e a prática do exercício físico deve ser individualizada e sistematizada, de modo a desenvolver uma boa aptidão física e promover a saúde. Pode ser ainda utilizado para o tratamento de condições específicas, como por exemplo após lesão, ou no combate à obesidade. Esta prescrição é feita com base na frequência, intensidade, tipo e duração do exercício – esquema FITT (Frequency, Intensity, Type, Time). É importante lembrar que as sessões de exercício devem ser iniciadas e terminadas com um aquecimento e arrefecimento apropriados (correspondendo a um aumento e diminuição progressivos da atividade física), uma vez que estes períodos de intensidade reduzida melhoram a performance e diminuem o risco de lesão.

Sabe-se que existe uma relação linear entre a atividade física e o estado de saúde geral. É importante promover um estilo de vida ativo, incentivando e orientando todos os indivíduos para a prática de exercício físico.

As recomendações da Organização Mundial de Saúde para a prática de exercício físico, divididas por grupos etários são as seguintes:

5-17 anos de idade:

  • 60 minutos/dia de atividade física de intensidade moderada a vigorosa (pelo menos)
  • Aumentos de 60 minutos promovem benefícios adicionais.
  • A maior parte da atividade física diária deve ser aeróbia, com exercícios de intensidade vigorosa, incluindo treino de resistência e fortalecimento muscular, pelo menos 3 vezes por semana.

18-64 anos de idade:

  • 150 minutos/semana de exercício físico aeróbico de intensidade moderada. Igual benefício na saúde pode ser conseguido com a prática de 75 minutos/semana de exercício físico aeróbico de intensidade vigorosa ou uma combinação equivalente.
  • O exercício físico aeróbico deve ser feito em sessões de pelo menos 10 minutos de duração.
  • Aumentos para 300 minutos/semana de exercício físico aeróbico de intensidade moderada ou aumentos para 150 minutos/semana de exercício físico de intensidade vigorosa, promovem benefícios adicionais.
  • Treino de resistência e fortalecimento muscular deve ser realizado pelo menos 2 dias por semana.

64 ou mais anos de idade:

  • 150 minutos/semana de exercício físico aeróbico de intensidade moderada. Igual benefício na saúde pode ser conseguido com a prática de 75 minutos/semana de exercício físico aeróbico de intensidade vigorosa ou uma combinação equivalente.
  • O exercício físico aeróbico deve ser feito em sessões de pelo menos 10 minutos de duração.
  • Aumentos para 300 minutos/semana de exercício físico aeróbico de intensidade moderada ou aumentos para 150 minutos/semana de exercício físico de intensidade vigorosa, promovem benefícios adicionais.
  • Os indivíduos deste grupo com baixa capacidade de mobilidade devem realizar treino de equilíbrio, visando a prevenção de quedas, pelo menos 3 vezes por semana.
  • Treino de resistência e fortalecimento muscular deve ser realizado pelo menos 2 dias por semana.
  • Quando os indivíduos deste grupo não têm a capacidade para realizar a quantidade e tipo de exercício recomendado, devem realizar a atividade física que as suas capacidades lhes permitem.

Para concluir, podemos dizer que o incentivo à prática de exercício físico é de extrema importância, numa sociedade em que o sedentarismo e a inatividade física são uma pandemia.

No entanto, não se trata da aplicação de uma receita comum a todos os indivíduos. O programa de exercício físico deve ser individualizado e deve ter em conta o estado de saúde prévio, as preferências, os objetivos, o tempo disponível e a motivação de cada pessoa.

Be Active, Healthy, and Happy!

Bibliografia
World Health Organization. Global recommendations on physical activity for health. Geneva: World Health Organisation, 2010.
Physical Medicine & Rehabilitation: Principles and Practice. Editor-in-chief, Walter R. Frontera; Editor emeritus, Joel A. DeLisa; Editors, Bruce M. Gans, Nicolas E. Walsh, Lawrence R. Robinson; Associate editors, Jeffrey Basford [et al.]. Wolters Kluwer – Lippincott Williams & Wilkins. 2010; 5th ed. Chapter 61 – Therapeutic Exercise.
U.S. Department of Health and Human Services. 2008 Physical Activity Guidelines for Americans. 2008. www.health.gov/paguidelines
Sallis R. Exercise is medicine: a call to action for physicians to assess and prescribe exercise. Phys Sportsmed, 2014; 43(1): 22–26.
Taylor D. Physical activity is medicine for older adults. Postgrad Med J, 2014; 90: 26–32.

Dr. Nuno Loureiro, responsável pela Unidade de Medicina Desportiva da Clínica do Dragão, Espregueira-Mendes Sports Centre – FIFA Medical of Excellence

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Ministro da Saúde
O ministro da Saúde anunciou que está a decorrer um concurso com vista a aumentar para 16 o número de entidades convencionadas...

Falando na Comissão Parlamentar de Saúde, em resposta a questões da oposição sobre as filas de espera dos utentes para poderem realizar aquele exame, Paulo Macedo lembrou que existem atualmente apenas cinco entidades convencionadas, “contratadas há 20 anos porque as convenções estavam fechadas”.

“Há a proposta de passar de cinco entidades convencionadas para 16. Legislámos e está a decorrer o concurso”, afirmou.

Sublinhando o “investimento” feito na área, o ministro indicou que de 2013 para 2014 aumentou 29% o número de exames, de 118 mil para 152 mil.

No que respeita apenas ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), o número de exames aumentou de 113 para 116 mil.

De acordo com a Europacolon - Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo, o número de especialistas e clínicas que realizam colonoscopias em Lisboa é manifestamente insuficiente para as necessidades.

“Em Lisboa existem apenas seis unidades de saúde que realizam colonoscopias pelo SNS por um valor entre os 14 e os 28 euros, com anestesia. No sector privado os exames continuam a custar mais de 400 euros”, disse Vítor Neves, Presidente da Europacolon.

Para esta associação, “a capacidade de resposta para a realização de colonoscopias na região da Grande Lisboa continua a ser preocupante”.

No resto do país, acrescentou, “os exames são realizados em apenas duas semanas, o que nos leva a concluir que o número de especialistas e clínicas para a realização das colonoscopias, em Lisboa, é manifestamente insuficiente faca às necessidades”.

Na terça-feira, o secretário de Estado e adjunto da Saúde disse que “o Estado saberá encontrar a capacidade de resposta” para a realização das colonoscopias necessárias na região da Grande Lisboa.

“Nunca deixámos de estar dispostos a corrigir os valores”, disse Leal da Costa, deixando um aviso: “Existem valores que não voltarão a ser pagos”.

 

Em Coimbra
A cooperativa farmacêutica Plural, com sede em Coimbra, vai investir 10 a 11 milhões de euros na transferência da sede e...

A Plural vai investir cerca de "10 a 11 milhões de euros" na instalação da sua sede na antiga Fábrica da Cerveja, que está desativada desde os finais da década de 1990, onde vai também congregar "todos os centros de atividade" de armazenamento e distribuição de medicamentos que tem em Coimbra, disse o presidente da cooperativa, Miguel Silvestre.

As novas instalações da Plural em Coimbra devem-se ao crescimento da cooperativa, que registou em 2014 uma faturação de 194 milhões de euros e um crescimento de 9%, referiu, constatando que neste ano o crescimento continua, situando-se nos primeiros meses de 2015 nos 7%.

Segundo Miguel Silvestre, a Plural vai manter "a fachada" do edifício da Fábrica da Cerveja, onde vai instalar escritórios e "toda a atividade social", sendo que no terreno atrás desse mesmo edifício vai ser "construída de raiz" a infraestrutura onde será realizada toda a operação de armazenamento e distribuição de medicamentos.

Os projetos de especialidade já foram entregues na Câmara de Coimbra e o projeto de arquitetura já foi aprovado, esperando abrir concurso para a construção da nova estrutura "em julho", para que em setembro se iniciem as obras, havendo a expectativa de no segundo semestre de 2017 a empresa se transferir para o local, situado na Pedrulha, periferia norte da cidade.

Para além da necessidade de novas instalações e da opção de continuar a ter Coimbra como estrutura principal, a Plural também assumiu "a responsabilidade de recuperar algo que diz muito à cidade", afirmou Miguel Silvestre, sublinhando que, apesar de a reconstrução ser "muitas vezes mais difícil", é importante "olhar-se para a requalificação do património", em vez de se construir algo novo.

Miguel Silvestre adiantou também que espera que a Plural chegue a Trás-os-Montes em 2016, de forma a atingir 100% de cobertura do território nacional.

A Plural é uma cooperativa farmacêutica que resultou da fusão em 2006 da Cofarbel, Farcentro e Farbeira, tendo instalações em Santa Maria da Feira, Montijo, Faro, Covilhã e Caldas da Rainha, para além da sede em Coimbra.

GARDASIL®9
A Comissão Europeia anunciou a Autorização de Introdução no Mercado de GARDASIL 9, a única vacina contra 9 tipos de HPV ...

A Sanofi Pasteur MSD anunciou que a Comissão Europeia concedeu a Autorização de Introdução no Mercado de GARDASIL 9. GARDASIL 9 é uma vacina nonavalente contra o HPV destinada a mulheres e homens, a partir dos 9 anos, para a prevenção de lesões pré-cancerosas e cancros que afetam o colo do útero, a vulva, a vagina ou o ânus e também na prevenção de verrugas genitais (condiloma acuminado), causados pelos tipos de HPV abrangidos na vacina.

A aprovação de GARDASIL 9 surge em sequência do parecer positivo do Comité Europeu dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP) concedido a 27 de março de 2015.

“Estamos muito satisfeitos com a aprovação da Comissão da UE para esta importante vacina que oferece uma oportunidade extraordinária para aumentar a prevenção do cancro em homens e mulheres por toda a Europa", afirmou o Dr. Jean-Paul Kress, Presidente da Sanofi Pasteur MSD. Esta vacina representa um avanço significativo para a saúde pública, pois vacinando rapazes e raparigas podemos prevenir não só 90% dos casos de cancro do colo do útero, mas também implementar programas de vacinação eficazes para prevenir outras doenças associadas ao HPV, tais como cancro do ânus, da vulva e da vagina para os quais não há, atualmente, um rastreio sistemático", concluiu.

GARDASIL 9 inclui mais tipos de HPV do que qualquer outra vacina contra o HPV disponível até ao momento. Os sete tipos de HPV de alto risco da vacina GARDASIL 9 (HPV 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58) são responsáveis por cerca de 90% dos casos de cancro do colo do útero, 90% dos casos de cancro do ânus e cerca de 80% das lesões de alto grau do colo do útero (lesões pré-cancerosas do colo do útero, definidas como CIN2, CIN3 e AIS) em todo o mundo. Os tipos de HPV de baixo risco 6 e 11 causam aproximadamente 90% dos casos de verrugas genitais.[i]

Esta autorização de introdução no mercado é suportada por um vasto programa de desenvolvimento clínico iniciado em 2007, constituído por sete ensaios nos quais foram incluídos mais de 15.000 indivíduos em 30 países. GARDASIL 9 demonstrou uma eficácia de 97% na prevenção de lesões pré-cancerosas de alto grau do colo do útero, vagina e vulva causadas pelos cinco tipos de HPV oncogénicos adicionais (31, 33, 45, 52, 58). Além disso, a vacina demonstrou induzir respostas de anticorpos contra os tipos de HPV 6, 11, 16 e 18 não-inferiores às induzidas com Gardasil®, a vacina contra o HPV mais utilizada e que integra o Programa Nacional de Vacinação em Portugal.

GARDASIL 9 será comercializada nos países da Europa Ocidental pela Sanofi Pasteur MSD (uma joint venture entre a MSD e a Sanofi Pasteur), nos Estados Unidos e no Canadá pela Merck, e nos restantes países (incluindo Europa Oriental) pela MSD.

A implementação de programas de vacinação contra o HPV em todo o mundo, já demonstrou a redução da prevalência do HPV e do numero de casos de lesões de alto grau do colo do útero e de condilomas genitais[ii],[iii]. Mais importante ainda, com base nos estudos de efetividade na vida real, espera-se que estes programas contribuam no futuro para a redução do número de casos de cancro associado ao HPV.

Após esta autorização de introdução no mercado, as autoridades de saúde em toda a Europa, irão avaliar o papel desta nova vacina nos seus programas de vacinação. Até lá, a vacinação com as vacinas actualmente disponíveis, em conjunto com os programas de rastreio, continuam a ser o padrão para a proteção da população contra os cancros associados ao HPV.

 

Referencias:

i Hartwig et al. Burden of HPV related cancers and precancerous lesions in women and men in Europe: potential additional benefit of a 9-valent compared to the 4-valent vaccine in Europe. IPV congress 2014, Seattle. Poster presentation.

ii Mariani L, Vici P, Suligoi B, Checcucci-Lisi G, Drury R. Early Direct and Indirect Impact of Quadrivalent HPV (4HPV) Vaccine on Genital Warts: a Systematic Review. Adv Ther. 2015;32(1):10-30

iii Herrero R, Gonzalez P, Markowitz LE. Present status of human papillomavirus vaccine development and implementation. Lancet Oncol 2015; 16:e206-16.

iv Joura E. et al. A 9-Valent HPV Vaccine against Infection and Intraepithelial Neoplasia in Women. N Engl J Med 2015;372:711-23

v Centers for Disease Control and Prevention. Genital HPV infection fact sheet. http://www.cdc.gov/std/hpv/stdfact-hpv.htm. Last accessed 4 June 2015.

vi Weaver B. Epidemiology and Natural History of Genital Human Papillomavirus Infection. J Am Osteopath Assoc 2006;106(3 Suppl 1):S2-8.

vii M Rodriguez. Is Increasing HPV Infection Awareness Promoting Increased Vaccine, Compliance? The Internet Journal of Advanced Nursing Practice 2009, Volume 11, Number 1. http://ispub.com/IJANP/11/1/13612. Last accessed 9 January 2014.

viii Walboomers JM and Meijer CJ. Do HPV-negative cervical carcinomas exist? J Pathol 1997;181(3):253-4.

ix De Vuyst H et al. Prevalence and type distribution of human papillomavirus in carcinoma and intraepithelial neoplasia of the vulva, vagina and anus: a metaanalysis.Int J Cancer 2009;124(7):1626-36.

x Miralles-Guri C et al. Human papillomavirus prevalence and type distribution in penile carcinoma. J Clin Pathol 2009;62(10):870-8.

xi Kreimer AR et al. Human Papillomavirus Types in Head and Neck Squamous Cell Carcinomas Worldwide: A Systematic Review. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 2005;14(2):467-475.

xii Chung CH et al. Epidemiology of oral human papillomavirus infection. Oral Oncol (2013), http://dx.doi.org/10.1016/j.oraloncology.2013.09.003

Até final do ano
O ministro da Saúde anunciou hoje que até ao final do ano vai abrir mais 28 Unidades de Saúde Familiar e deixar em construção...

Falando na Comissão Parlamentar de Saúde, a última em que participa nesta legislatura, Paulo Macedo recordou que durante a sua governação foram abertas 117 Unidades de Saúde Familiar (USF) e adiantou que durante o ano de 2015 serão abertas mais 28, estando prevista para “os próximos dias” a publicação da portaria correspondente.

“Deixaremos em construção, em obra, cerca de 20 centros de saúde. Há-de ser o novo Governo a inaugurá-las, que a mim não me veem em cerimónias de arranque de obras, de lançamento das primeiras pedras”, afirmou, numa resposta direta à deputada socialista Luísa Salgueiro.

Quanto ao médico de família, Paulo Macedo sublinha que foi possível em quatro anos diminuir o número de utentes sem médico de família e adiantou que este número irá diminuir ainda mais graças aos internos que estão a concluir a formação.

“A grande diminuição do número de utentes sem médicos de família vem do número significativo de internos que estarão a prestar serviço nas USF e cuidados de saúde personalizados”.

Assim, considera que a falta de médicos de família para cerca de 700 mil pessoas possa ser suprida em dois anos.

2ª Edição do Talent Graduate Program
Talent Graduate Program procura candidatos para as áreas de Recursos Humanos, Comunicação, Marketing e Vendas.

A Sanofi Portugal acaba de abrir as inscrições para a segunda edição do Talent Graduate Program, um programa que tem como objetivo proporcionar oportunidades a jovens recém-licenciados que queiram iniciar uma carreira numa das principais companhias farmacêuticas a nível mundial. Até 15 de julho, os interessados podem inscrever-se no site da Ray Human Capital, para preencher vagas nas áreas de Recursos Humanos, Comunicação, Marketing e Vendas.

“Tendo como máxima Be the driver of your career, o propósito deste programa é selecionar jovens com alto potencial e perfis comportamentais diferenciados, que sejam ambiciosos, audaciosos, tenham mobilidade internacional e interesse pela diversidade cultural e que estejam alinhados com as atitudes que resultam em alta performance e que diferenciam as pessoas pelo mérito do que produzem e trazem de resultados” afirma Eunice Antunes, Diretora de Recursos Humanos da Sanofi Portugal.

O percurso do Talent Graduate Program é composto por duas etapas: a primeira corresponde a um estágio de 12 meses, a tempo inteiro, numa das áreas de negócio da companhia e a segunda corresponde a 12 meses de contrato de trabalho a termo, num projeto de rotação funcional por 2 ou 3 áreas da companhia, para que os participantes possam desenvolver uma visão global do negócio na indústria farmacêutica.

Para participar, os candidatos deverão reunir os seguintes requisitos: serem recém-graduados com mestrado (em Universidade/Curso que possibilite a realização de protocolos de estágios com a empresa); ter um nível avançado de inglês e disponibilidade para viagens.

Sobre a Sanofi

Sanofi, líder em cuidados de saúde globais integrados, investiga, desenvolve e comercializa soluções terapêuticas focalizadas nas necessidades dos doentes. A Sanofi foca essencialmente a sua actividade na área dos cuidados de saúde, com sete plataformas de crescimento: tratamento da diabetes, vacinas humanas, medicamentos inovadores, consumer healthcare, mercados emergentes, saúde animal e a nova Genzyme. A Sanofi está cotada nas bolsas de Paris (EURONEXT: SAN) e de Nova Iorque (NYSE: SNY).

Inclusão de três medicamentos
O grupo Johnson & Johnson e a Janssen, a Companhia farmacêutica do grupo, anunciaram recentemente a inclusão de três...

A inclusão destes três medicamentos assinala um importante passo na missão da farmacêutica em melhorar o acesso a medicamentos que salvam vidas e que são usados para combater algumas das doenças mais difíceis de controlar a nível mundial – vírus da imunodeficiência humana (VIH), tuberculose multirresistente (MDR-TB) e hepatite C crónica. Com esta tripla inclusão, o número de medicamentos da Janssen presentes na lista da OMS aumenta para oito.

A Janssen continua empenhada em assegurar um acesso abrangente aos seus tratamentos e continuará a trabalhar de perto com stakeholders cruciais para que estes medicamentos essenciais cheguem àqueles que mais necessitam.

Os medicamentos essenciais são aqueles que satisfazem necessidades de cuidados de saúde prioritárias de determinada população. Estes medicamentos são selecionados tendo em conta a prevalência da doença, segurança, eficácia e questões de custo-efetividade.

A lista de medicamentos essenciais da OMS inclui mais de 350 medicamentos e é atualizada de dois em dois anos, através de um processo transparente baseado em evidência e que pode ser usado pelos países como um modelo para o desenvolvimento da sua própria lista nacional de medicamentos essenciais.

Sobre a Janssen

A Janssen, empresa farmacêutica do grupo Johnson & Johnson, é uma das companhias farmacêuticas de investigação líder a nível mundial, estando presente em todos os continentes. A Janssen está empenhada em descobrir e disponibilizar medicamentos inovadores para necessidades médicas não preenchidas e desenvolveu ao longo das últimas décadas múltiplas terapêuticas que têm feito a diferença, de forma significativa, na vida dos doentes. As áreas chave da companhia são: as Neurociências, Imunologia, Oncologia, Infecciologia e Doenças Metabólicas. Para mais informações consultar: www.janssen.pt.

Fazer fisioterapia como se estivesse na lua!
A Clínica do Dragão – Espregueira-Mendes Sports Centre – FIFA Medical Centre of Excellence apresenta o Alter G, o primeiro...

O novo Alter G é um equipamento anti gravidade de reabilitação, treino e prática segura de exercício. Graças à tecnologia da NASA incorporada, o Alter G permite reduzir o peso do corpo até 80%. Para isso, usa a tecnologia de pressão diferencial de ar, permitindo criar e regular uma pressão positiva até à cintura da pessoa, de acordo com as indicações e condições mais benéficas para a saúde de cada um. O Prof. Doutor João Espregueira Mendes, diretor da Clínica do Dragão – Espregueira-Mendes Sports Centre – FIFA Medical Centre of Excellence, realça que com este equipamento “o sonho de uma reabilitação após uma lesão ou uma cirurgia é a possibilidade de a poder realizar sem limites de movimento e sem que a carga (apoio no solo) a possa prejudicar. Finalmente existe um equipamento que o permite. O Alter G anula a força da gravidade e permite realizar fisioterapia (correr ou mobilizar o membro inferior) como se o doente estivesse em solo lunar - sem força da gravidade terrestre. Isto permite uma reabilitação mais rápida e com muito menos riscos”.

Das suas principais características destacam-se a redução do peso até 80%, a marcha e corrida com redução de peso personalizada, opções de velocidades até 19 KM/h, e a utilização por pessoas com peso até 181 KG. O médico ortopedista explica que “pelo facto deste tapete ter sido transformado numa ferramenta de reabilitação e de treino poderosa ele permite o exercício com ausência quase total do peso corporal durante o exercício. É assim possível reduzir o peso de uma pessoa com 90 KG a apenas 18KG, o que possibilita uma reabilitação mais rápida, sem dor e mais segura. O treino e a recuperação desportiva beneficiam muito da segurança oferecida pela redução elevada de impacto”. Por outro lado, o diretor clínico refere que “no caso das pessoas com excesso de peso ou obesidade, o impacto pode prejudicar gravemente as articulações, pelo que o recurso ao tapete anti gravidade é uma enorme mais-valia para a prática segura de exercício e, ao mesmo tempo, um fator extraordinário de motivação, uma vez que permite à pessoa em questão antecipar as sensações prazerosas e à melhoria funcional que resulta da diminuição do peso”

Na opinião de João Espregueira-Mendes os benefícios da utilização são enormes, nomeadamente porque “com o Alter G é possível reabilitar mais cedo reduzindo o impacto e a dor enquanto se recupera a saúde; prevenir lesões que decorrem do impacto articular excessivo, reabilitar de forma mais segura, rápida e livre de dor e rápida após lesão ou cirurgia, recuperar a confiança para o movimento conseguir uma recuperação rápida e completa, reduzir o impacto articular tornando a marcha e a corrida num prazer sem dor, facilitar o treino de marcha e o treino funciona, permitir o exercício gradual e seguro de pessoas com excesso de peso ou obesidade, aumentar com segurança o número de quilómetros percorridos por semana, recuperar mais rapidamente depois da prática de exercício físico ou competição, e reduzir a carga e o impacto sobre as articulações e os músculos durante o exercício”.

Direcionado para desportistas e não só, o novo Alter G é indicado para reabilitação de lesões ou cirurgias às articulações, ligamentos, meniscos, tendões e ossos; reabilitação segura, rápida e sem dor após lesão ou cirurgia de anca, joelho, tornozelo ou pé; reabilitação após próteses de anca ou joelho; treino seguro e sem dor de marcha e corrida; programas de condicionamento desportivo específico; fortalecimento e condicionamento em pessoas séniores; para pessoas com excesso de peso ou obesidade, e controlo de peso e redução de forma segura para as articulações.

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