Para suplementos alimentares e Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica
A Farmoz Genéricos lança a plataforma Meet&Learn para profissionais de farmácia.

Esta é uma plataforma online de formação e atualização dos conhecimentos dos farmacêuticos, tendo como objetivo estimular a partilha de informação e conhecimento entre os elementos da comunidade Meet&Learn, de uma forma privada ou pública, permitindo ainda a interação com o painel de formadores. Neste espaço, no chamado Meet&Talk, poderá discutir-se assuntos relacionados com as formações e/ou casos práticos, por exemplo, como notificar uma reação adversa de um suplemento alimentar ou de um medicamento não sujeito a receita médica.

A plataforma Meet&Learn pretende ser uma ferramenta de formação e revalidação de competências à distância com o objetivo de chegar aos profissionais de saúde de forma eficaz, cómoda e sem o transtorno da deslocação. Este programa está dividido em quatro módulos de formação: 1) Aconselhamento Farmacêutico em Suplementação Alimentar, lecionado pelo farmacêutico Dr. António Hipólito de Aguiar; 2) Farmacovigilância nos Produtos de Venda Livre, lecionado pela Tecnimede; 3) Gestão Financeira na Farmácia, pelo formador Nuno Justo da Triangulu Pharma; 4) Kaizen nas Farmácias, pelo Kaizen Institute.

Com esta ferramenta, a Farmoz Genéricos pretende posicionar-se no mercado como um parceiro que investe na formação, relacionamento e partilha de conhecimento entre profissionais de saúde nas farmácias com claros benefícios para o utente.

Aula de Suporte Básico de Vida na praia
O objectivo é ensinar aos Surfistas a prática de Suporte Básico de Vida, desde a chamada do 112 e as informações correctas a...

A equipa de enfermagem das Unidades CUF Porto preparou uma Mega Acção de Suporte Básico de Vida que vai ter lugar no dia 13 de Junho, na Praia de Matosinhos, e que vai juntar surfistas, profissionais e amadores, para aprender a salvar vidas.

Esta formação, conduzida por profissionais das Unidade, direccionada para praticantes de Surf, vai de encontro às necessidades demonstradas pelos próprios instrutores da modalidade, dado que são eles, muitas vezes, protagonistas de histórias de salvamento.

As inscrições são gratuitas e abertas a alunos e professores de Surf através do email [email protected] ou através do 967347697.

A formação marcada para o dia 13 de Junho, pelas 10h00, na Escola de Surf Onda Pura, Praia do Passeio Atlântico, em Matosinhos, vai estar a cargo de sete instrutores especializados, distribuídos por estações de treino com manequins. Todos os formandos vão ter oportunidade de treinar, de forma prática, as manobras básicas de reanimação através de simulação de situações de emergência.

A aprendizagem de Suporte Básico de Vida é cada vez mais importante, não apenas para Surfistas, mas para a população em geral. De acordo com a equipa de enfermagem das Unidades CUF Porto, “é fundamental que todos saibam como agir numa situação de emergência e que sejam os porta vozes das regras básicas de suporte básico de vida. Esta aprendizagem pode significar, em muitos casos, o salvamento de uma vida”.

Administração diz que é mal-entendido
Os chefes da Urgência do Centro Hospitalar do Algarve ameaçam demitir-se na segunda-feira caso se mantenham as alterações...

Segundo a edição de hoje do Diário de Notícias, o conflito entre os 17 chefes médicos chefes da Urgência e a administração resulta de algumas medidas contempladas no novo regulamento da Urgência, nomeadamente, a equiparação dos coordenadores de enfermagem aos médicos no que respeita a decisões como a transferência de doentes e a validação de ambulâncias.

O administrador do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), Pedro Nunes, garantiu que recua "totalmente" nessa decisão caso os médicos façam questão de serem eles a autorizar a validação de ambulâncias, embora considere que essa tarefa é um "ato administrativo" e não um ato médico, pelo que pode ser atribuída a outros profissionais, não sobrecarregando os médicos.

No abaixo-assinado entregue pelos chefes da Urgência à administração, datado de 26 de maio e publicado no sítio de Internet do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), os médicos manifestam-se contra a "chefia bicéfala" estabelecida no regulamento e criticam que seja equiparada, "em absoluto pé de igualdade", a autoridade do chefe de equipa e do enfermeiro de coordenação.

Segundo disse à Lusa João Dias, dirigente sindical do SIM, a medida de atribuir os mesmos poderes, nessa matéria, a ambos os profissionais, "não faz qualquer sentido" e pode mesmo colocar em risco a assistência aos doentes, uma vez que a autorização de uma ambulância "não é assim tão simples", sobretudo se o enfermeiro coordenador não estiver a ver o doente.

Outro dos pontos com que os médicos não concordam é a sobrecarga de consultas externas atribuídas a um médico, para além do seu horário normal de trabalho, caso um colega falte ao serviço, acrescentou aquele responsável, acusando a administração do CHA de não ter discutido as novas medidas do regulamento interno com os sindicatos.

Segundo o dirigente sindical, está também a ser avaliada uma nova reestruturação no CHA, que visa coloca os médicos da Urgência de Obstetrícia na dependência da Urgência Central, o que, a concretizar-se, pode fazer com que os chefes deste serviço se associem à intenção de demissão dos 17 chefes das equipas de Urgência do CHA.

De acordo com o abaixo-assinado entregue pelos chefes da Urgência à administração, publicada no sítio de Internet do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), a manterem-se estas condições "os chefes de equipa manifestam a sua indisponibilidade para a continuidade de funções a partir de 15 de junho".

Na próxima sexta-feira às 12:00, a administração do centro hospitalar vai reunir-se com o sindicato para discutir a questão.

No Porto
Evento médico-científico na área da gastrenterologia, decorre entre os dias 10 e 13 de junho, no Porto.

A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, a Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva, a Associação Portuguesa para o Estudo do Figado e a Sociedade Portuguesa de Gastroenterologia Hepatologia e Nutrição Pediátrica organizam a Semana Digestiva 2015.

O evento médico-científico na área da Gastrenterologia terá lugar no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, nos dias 10, 11, 12 e 13 de junho.

Da agenda dos quatro dias de congresso fazem parte conferências, simpósios, palestras, mini-cursos e comunicações diversas sobre temas como a Doença Inflamatória Intestinal, Hepatites Víricas, Colonoscopia, Endoscopia Digestiva e Oncologia Digestiva.

A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) é uma sociedade científica que tem por objeto promover o desenvolvimento da Gastrenterologia ao serviço da saúde da população portuguesa, estimular a investigação no domínio da Gastrenterologia, difundir ideias, promover a atualização de conhecimentos e trabalhos de Gastrenterologia, promover contactos e o intercâmbio nacional e internacional entre os diversos profissionais ligados à especialidade, desenvolver atividades educacionais no domínio da Gastrenterologia e exercer atividades de consultadoria no campo da Gastrenterologia.

 

Estudo revela
A maioria das campanhas publicitárias de prevenção da Sida apresenta discursos pouco esclarecedores e promove até mensagens...

O estudo analisou o discurso de 81 campanhas realizadas em Portugal, Brasil, Angola e Moçambique, entre 2000 e 2010.

Em declarações à Lusa, a autora do estudo, Ana Frias, disse que "a maioria das campanhas esclarece pouco sobre o VIH/Sida enquanto infeção sexualmente transmissível, não especificando, por exemplo, modos de prevenção e as vias de transmissão".

"Em muitas das campanhas surge apenas um logótipo que permite levar as pessoas a pensar que se está a abordar o VIH/Sida, mas a informação nem sempre é clara", diz a investigadora. Igualmente preocupantes são "as mensagens vagas ou incorretas" veiculadas em algumas das campanhas.

Como exemplo, Ana Frias refere o caso de duas campanhas moçambicanas que, procurando alcançar a problemática da poligamia em África, dizem que "fazer parte de uma rede sexual é o mesmo que todos terem relações sexuais uns com os outros".

Por outro lado, as campanhas parecem não contemplar alguns públicos que também merecem investimento, como as pessoas envelhecidas, aponta a autora da investigação, apresentada em abril e desenvolvida no âmbito do Doutoramento em Didática e Formação da Universidade de Aveiro (UA).

Patente nos 81 'spots' publicitários oriundos daqueles quatro países, "o preservativo masculino surge como ‘protagonista' central da prevenção do VIH/Sida".

"As campanhas que promovem o uso do preservativo jamais concebem a possibilidade de outras práticas sexuais que não as convencionais, descurando, por exemplo, o sexo oral, nunca sequer insinuado nestes discursos", refere a enfermeira no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC).

No sentido contrário, a investigadora encontrou também campanhas que "demonstram claramente indícios de querer veicular informações relevantes sobre a problemática, bem como a preocupação por omitir estereótipos de sexualidade e de género, a promoção de valores e a abrangência de diversos públicos".

O 'spot' publicitário português "5 razões para não usar preservativo" é exemplo disso, indicou Ana Frias, lembrando que este anúncio governamental foi premiado a nível internacional e "distingue-se também pela promoção do preservativo enquanto parte integrante da sexualidade humana".

A enfermeira no CHUC lamentou ainda o desinvestimento que tem havido na promoção de campanhas de prevenção da SIDA em Portugal, nos últimos anos.

"Estes 'spots' publicitários têm vindo a ser menos divulgados, sobretudo na televisão", afirmou, alertando que isso "pode gerar uma falsa sensação de invulnerabilidade à problemática que ainda não foi extinta".

 

Combate à obesidade infantil
O novo Plano Nacional de Saúde para 2020, divulgado na passada sexta-feira pelo Ministério da Saúde, coloca o combate ao...

Como há muito tem sido advogado pela Ordem dos Nutricionistas, a Nutrição e a Alimentação devem estar no centro das políticas nacionais de saúde, assumindo-as como uma prioridade para a promoção de uma vida saudável junto da população portuguesa. O Plano Nacional de Saúde admite que “uma alimentação inadequada é a principal responsável pelos anos de vida prematuramente perdidos”.

A colocação do combate à obesidade infantil como uma prioridade do Ministério da Saúde, em particular num país em que 50% dos adultos sofre de excesso de peso, contabilizando cerca de 1 milhão de obesos e 3,5 milhões de pré-obesos, é já um passo significativo no reconhecimento da importância da Nutrição e da Alimentação para a saúde pública.

No entanto, para atingir as metas propostas no Plano Nacional de Saúde será necessário uma abordagem mais ampla e transversal do que o simples “reforço dos programas de combate e prevenção da obesidade infantil”.

Será impossível combater de forma eficaz a obesidade infantil quando apenas 10% das autarquias portuguesas – as principais responsáveis pelo fornecimento de refeições escolares – têm nutricionistas e dietistas integrados nos seus quadros de pessoal.

Vários estudos científicos têm demonstrado a fraca qualidade nutricional da maioria das refeições escolares em Portugal, nomeadamente no que toca à prevalência excessiva de sal e ao insuficiente valor energético, uma situação que pode estar diretamente relacionada com o baixo número de nutricionistas e dietistas contratados pelas câmaras municipais.

Como tem sido defendido pela Ordem dos Nutricionistas, as autarquias necessitam de aumentar exponencialmente os nutricionistas e de dietistas integrados nas suas estruturas de modo a conseguirem salvaguardar a qualidade das refeições servidas nas cantinas escolares e, desta forma, combater a prevalência da obesidade infantil.

Jornadas de Endocrinologia e Diabetes do CHLC
O Serviço de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo do Centro Hospitalar Lisboa Central – Hospital Curry Cabral realiza a 6.ª...

O evento reúne profissionais na partilha e atualização de conhecimentos na área das patologias endócrinas e diabetes, que tem vindo a ganhar uma relevância crescente.

“De periodicidade bi-anual, as Jornadas vão na sua 6ª edição e destinam-se a profissionais de saúde dos Cuidados Primários e Secundários interessados em temas desta especialidade”, refere Ana Agapito, diretora do Serviço e presidente da Comissão Organizadora.

Por isso, “a escolha dos temas das Jornadas obedece sempre à cobertura de três áreas: Diabetes, Endocrinologia Geral e Obesidade, tentando diversificar, visando uma actualização de temas diversos, apresentados pelos médicos endocrinologistas que integram o Serviço de Endocrinologia numa abordagem que reflete a sua própria experiência”.

Neste sentido, o programa desenvolvido para as jornadas aborda a diabetes mellitus, enquanto uma doença multissistémica, reforçando também as possibilidades de tratamento. “Pretendemos um olhar diferente que não o da abordagem "clássica" das complicações e daí termos introduzido as manifestações cutâneas e gastrointestinais”, explica Ana Agapito.

Por outro lado, a especialista salienta que na área magna das jornadas – Endocrinologia - estará em destaque um painel dedicado às emergências. “Outros temas menos falados, mas que entendemos de grande actualidade são os do ‘Sono e Diabetes’ e o das ‘Situações Especiais de Dependência’. Já relativamente à tiróide, os temas a discutir são de prevalência elevada e importa alertar e clarificar os colegas de Medicina Geral e Familiar”, conta Ana Agapito.

No que refere à cirurgia da obesidade, muitos doentes operados vão ser alvo de seguimento a médio prazo pelos Cuidados de Saúde Primários, pelo que “entendemos importante a mensagem do seu follow-up”, comenta a especialista.

No global, revela Ana Agapito, “pretendemos também dar a conhecer melhor a especialidade dentro do próprio CHLC disperso por seis pólos. Neste sentido, convidámos colegas de várias especialidades do CHLC a integrar as mesas de moderação nos temas com eles de algum modo relacionados, de forma a reforçar a interdisciplinaridade”.

As Jornadas de Endocrinologia e Diabetes do Centro Hospitalar Lisboa Central – Hospital Curry Cabral (CHLC) são da responsabilidade científica do Serviço de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo do CHLC - Hospital Curry Cabral.

O programa completo pode ser consultado aqui.

12 a 14 de junho, Estoril
Mais de meio milhar de fisioterapeutas são esperados no 9º Congresso Nacional de Fisioterapeutas, numa oportunidade única de...

Organizado pela Associação Portuguesa de Fisioterapeutas (APF), o congresso tem como principal objetivo a promoção do papel do Fisioterapeuta na prestação de cuidados de saúde. Na Comissão de Honra figuram o Presidente da República, Cavaco Silva, o Primeiro-Ministro, Passos Coelho, a Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, o Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, o Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, o Presidente do Conselho Diretivo Nacional da Associação Portuguesa de Fisioterapeutas, Isabel de Souza Guerra, o Presidente do 9º Congresso Nacional de Fisioterapeutas, Isabel Rasgado Rodrigues, World Confederation for Physical Therapy, Emma Stokes, European Region of the World Confederation for Physical Therapy, Sarah Bazin e a Presidente da Asociacion Española de Fisioterapeutas, Antonia Gómez Conesa.

Este congresso pretende promover este papel para o exterior da profissão, numa missão que deverá ser conjunta de todos os fisioterapeutas. Estes profissionais são reconhecidos pelos seus clientes e pelos resultados obtidos, mas nem sempre pelas organizações, por outros profissionais de saúde e pelo público em geral.

Com um programa científico diversificado, este congresso é uma oportunidade de partilha de experiências, conhecimentos e atualização dos profissionais, quer através de especialistas nacionais, quer estrangeiros, de reconhecimento comprovado entre os seus pares.

As inscrições podem ser feitas online em http://congressoapf.org/ até 10 de junho.

‘Sistema(s) de Saúde e Fisioterapia’, ‘Ensino da Fisioterapia em Portugal’ e vários painéis sobre a Dor em destaque

Um painel de especialista de renome nacional internacional vai abordar diversas temáticas tais como: avanços da ciência na abordagem da dor, diferentes estratégias da Terapia Manual na abordagem à dor, Is it lost in translation? - Prática Baseada na Evidência, doentes paliativos - agimos ou fugimos?, Dói–dói: Da Avaliação à Intervenção, Dor – Um denominador comum nas lesões relacionadas com a prática desportivo, envelhecimento ativo e saudável, Dor e disfunção lombopélvica: uma perspetiva multissistémica e psicossocial, ao Encontro da Saúde da Mulher - Actualidade e Prática Baseada na Evidência, Fisioterapia respiratória no doente cirúrgico, a dor no utente neurológico, abordagem multidisciplinar das disfunções temporomandibulares (DTM), qualidade em fisioterapia. Serão ainda levados a cabo vários workshops e promovidas duas mesas redondas onde vão ser discutidos os ‘Sistema(s) de Saúde e Fisioterapia’ e ‘o ensino da Fisioterapia em Portugal’.

Cursos e Workshops dinamizados por especialistas de renome nacional e internacional

Os participantes no congresso têm ainda a possibilidade de participar em cursos pré e pós-congresso. Assim, no dia 11 de junho, poderá saber mais sobre ‘Introdução ao Método de Mckenzie’ (Pepe Guillart), ‘Graded Motor Imagery’ (Tim Beames), ‘Introdução ao Conceito de Mulligan’ (Francisco Neto) e ‘Intervenção da Fisioterapia no pós-operatório da cirurgia plástica e reconstrutiva’ (Mara Rúbia). Nos dias 13 e 14 vai realizar-se um curso de ‘Treino Avançado do Controlo Motor: Dor Lonbar e Pélvica’ com  Paul Hodges e na tarde de dia 14, Miguel Gonçalves e Tiago Pinto falam da ‘Ventilação não Invasiva - da Teoria à Prática’ e  Helena Murta de ‘Ai-Chi’. A participação carece de uma inscrição própria e têm um valor adicional ao valor de inscrição no CNF 2015. Ao inscrever-se nos três dias de Congresso, terá ainda acesso aos Workshops pensados e preparados para si e que poderá consultar em www.congressoapf.org. Adicionalmente à inscrição no CNF 2105, haverá uma inscrição prévia nos workshops que respeitará a ordem de inscritos no Congresso (até um máximo de 3 workshops).

Associação Portuguesa de Fisioterapeutas quer fisioterapia reconhecida pela sociedade

A Associação Portuguesa de Fisioterapeutas é uma associação sem fins lucrativos, fundada a 12 de novembro de 1960. Podem inscrever-se na APF os fisioterapeutas nacionais e estrangeiros, diplomados pelas Escolas competentes portuguesas ou estrangeiras, que residam em Portugal, desde que os respetivos cursos estejam homologados ou equiparados nos termos da lei portuguesa e acordos internacionais e desde que exerçam a profissão de Fisioterapeuta.

Estimam-se em cerca de 9000 os fisioterapeutas em exercício em Portugal. É de salientar que a Fisioterapia deverá ser efetuada por um profissional, designado de Fisioterapeuta. O Fisioterapeuta é um profissional com uma formação superior, tendencialmente uma licenciatura, e que possui uma carteira profissional outorgada pelo Ministério da Saúde. No entanto, a realidade é que existem outros profissionais sem habilitações que exercem, por vezes, as mesmas funções de um Fisioterapeuta tendo em conta não existir qualquer enquadramento legal, em Portugal, que penalize esta prática de concorrência desleal e que põe em causa a saúde do paciente. Por isso, é importante que os utentes tenham o cuidado de se informar sobre as habilitações da pessoa que lhe está a efetuar os tratamentos. Associação Portuguesa de Fisioterapeutas acredita que a Fisioterapia e os fisioterapeutas oferecem um contributo indispensável para a saúde das populações e para a economia nacional. Contudo, é necessário que esse contributo seja melhor compreendido e reconhecido por aqueles que estão fora da profissão.

 

Estudo sobre as reações à vermelhidão facial mostra
Realizado em 8 países e com uma amostra de 6.831 pessoas, o estudo Face Values: Global Perceptions Survey demonstra o impacto...

A revista científica Dermatology & Therapy [1], da Springer Healthcare, publicou um estudo internacional, que demonstra o impacto da vermelhidão facial – eritema - causada pela Rosácea, na vida das pessoas que sofrem desta patologia. Estes resultados fazem parte da investigação Face Values: Global Perceptions Survey e demonstram que as pessoas em geral, e os próprios pacientes com Rosácea, têm tendência para julgar negativamente as pessoas com eritema facial no seu dia-a-dia.

As primeiras impressões e os julgamentos inconscientes revelaram o impacto do eritema facial no bem-estar físico e emocional das pessoas que sofrem de Rosácea. Os resultados do estudo mostraram que a vermelhidão facial está fortemente associada a uma saúde deficitária e a traços de personalidade negativos. Os pacientes que participaram no estudo afirmaram que a doença tem impactos negativos a nível emocional, social e no local de trabalho [1].

“Estes resultados vêm reforçar o nosso compromisso, como médicos, para ajudar os nossos pacientes a compreender melhor a natureza médica da Rosácea e a enfrentar os aspetos psicológicos e físicos da sua condição, através do tratamento correto”, refere Prof. Dr Thomas Dirschka, autor e Head of CentroDerm-Clinic Wuppertal na Alemanha. “Como acontece em muitas patologias da pele, os sintomas são visíveis. No entanto, já existem opções terapêuticas que permitem um controlo destes sintomas e os pacientes não devem ser postos de parte no seu dia-a-dia devido a esta patologia”, acrescenta.

Um total de 6.831 pessoas, de oito países, participaram no estudo Face Values: Global Perceptions Survey, em que observaram fotografias de faces com e sem eritema. As fotografias de pessoas sem vermelhidão facial foram fortemente associadas a traços positivos, como “relaxado” ou “saudável”, enquanto as pessoas com eritema foram mais associadas a uma situação menos saudável e a traços de personalidade negativos, como “doente”, “stressado” e “inseguro”.

Quando confrontados com estas fotografias, a maioria dos participantes mostrou maior tendência para, numa situação laboral, contratar pessoas sem eritema facial – contratariam 85% das pessoas sem vermelhidão versus 70% das pessoas com eritema. No que toca às relações pessoais, as diferenças mantiveram-se: os inquiridos consideraram que poderiam ser amigos de 58% das pessoas com eritema, versus 71% das pessoas sem [1].

Também os pacientes com Rosácea que participaram neste estudo mostraram-se insatisfeitos com a aparência da sua pele e afirmaram sentir-se julgados injustamente no seu dia-a-dia: 36% dos inquiridos com eritema facial afirmaram sentir-se desconfortáveis ao conhecer outras pessoas, enquanto 77% afirmou que a aparência da sua pele tem um impacto emocional, indo desde o constrangimento (46%) até ao sentir-se triste/deprimido (22%) [1].

Perto de metade dos participantes no estudo já experienciaram reações diretas de outras pessoas quando confrontadas com o seu eritema: 15% já ouviram dizer que bebem demais ou que têm acne, e 26% foram alvo de recomendações para cuidados específicos que deveriam ter com a pele [1].

Dra. Linda Papadopoulos, psicodermatologista e co-autora deste paper, afirma: “O nosso estudo realça o facto de as pessoas com eritema facial não terem de gerir apenas os sintomas físicos, mas sejam confrontadas também com os desafios psicológicos da doença, incluindo o preconceito e as perceções negativas dos outros, o que pode causar stress diário e perturbações”.

A vermelhidão facial é um sintoma muito comum e persistente da Rosácea, uma doença dermatológica que afeta cerca de 40 milhões de pessoas em todo o mundo [2]. Esta vermelhidão é comummente acompanhada de uma sensação de desconforto e ardor na testa, bochechas, queixo e nariz, e do surgimento de pústulas ou bolhas em zonas específicas.

A Galderma apoiou a realização deste estudo através da cooperação com o seu departamento médico.

Veja mais informações sobre a campanha da Galderma “Act On Red – Não vire a cara à Rosácea” em http://www.naovireacaraarosacea.pt/.

 

Referências:

1. Dirschka T, et al. Perceptions on the psychological impact of facial erythema associated with rosacea: results of international survey. Dermatol Ther (Heidelb). 2015 May 29. [Epub ahead of print] DOI 10.1007/s13555-015-0077-2. Disponível online: http://link.springer.com/article/10.1007/s13555-015-0077-2/fulltext.html.

Shanler S, Ondo A. Successful treatment of the erythema and flushing of rosacea using a topically applied selective a1 adrenergic receptor agonist, oxymetazoline [abstract taken from J Am Acad Dermatol. 2008;58(2):AB9]. Apresentado em: American Academy of Dermatology 66th Annual Meeting; February 1-5, 2008; San Antonio, TX.

 

9º Congresso Nacional de Fisioterapeutas
Promover o papel do Fisioterapeuta na prestação de cuidados de saúde é um dos principais objectivos

O 9º Congresso Nacional de Fisioterapeutas, que este ano se realiza entre os dias 12 e 14 de Junho no Centro de Congressos do Estoril, irá trazer referências mundiais na área da disfunção do movimento e da dor. “Fisioterapia é saúde” é o mote principal do congresso e a “Dor” será o tema aglutinador que reunirá muitos investigadores e clínicos.

Este evento “aposta claramente na produção científica e na investigação e aí foram submetidos por fisioterapeutas portugueses cerca de centena e meia de trabalhos de investigação”, refere Isabel de Souza Guerra, fisioterapeuta e presidente do Conselho Directivo Nacional da Associação Portuguesa de Fisioterapeutas, sublinhando que, “temos uma clara imagem de que a fisioterapia está viva e que todo este potencial de conhecimento deve ter expressão na prática clínica com tradução na qualidade de intervenção e dos resultados”.

Estes profissionais são reconhecidos pelos seus clientes e pelos resultados obtidos, mas nem sempre pelas organizações, por outros profissionais de saúde e pelo público em geral. Por isso, este congresso pretende também promover o papel dos fisioterapeutas para o exterior da profissão, numa missão que deverá ser conjunta de todos os fisioterapeutas, que se estimam em cerca de 9000 os profissionais em exercício em Portugal.

Com um programa científico diversificado, este congresso terá ainda espaço para a academia se apresentar através das diversas instituições de ensino superior que formam fisioterapeutas. O leque de “workshops” e de cursos pré e pós congressos é vasto permitindo o contacto dos fisioterapeutas com algumas das mais actuais “ferramentas” de intervenção”.

A Fisioterapia ao fisioterapeuta

A Associação Portuguesa de Fisioterapeutas acredita que a Fisioterapia e os fisioterapeutas oferecem um contributo indispensável para a saúde das populações e para a economia nacional. Contudo, é necessário que esse contributo seja melhor compreendido e reconhecido por aqueles que estão fora da profissão.

O fisioterapeuta é um profissional com uma formação superior e que possui uma carteira profissional outorgada pelo Ministério da Saúde. No entanto, a realidade é que existem outros profissionais sem habilitações e que exercem, por vezes, as mesmas funções de um fisioterapeuta. Isto acontece porque não existe em Portugal qualquer enquadramento legal que penalize esta prática de concorrência desleal e que põe em causa a saúde dos indivíduos.

Por isso, é importante que os utentes tenham o cuidado de se informar sobre as habilitações da pessoa que lhe está a efectuar os tratamentos.

“A fisioterapia intervém com o objectivo de desenvolver, manter e restaurar o movimento e a capacidade funcional em situações em que o movimento ou a função são ameaçados por envelhecimento, lesão, doença, factores ambientais ou outros”, explica Isabel de Souza Guerra, acrescentando que, “o fisioterapeuta através das suas competências únicas actua na promoção e protecção da saúde, tratamento/intervenção, habilitação e reabilitação”.

Para a especialista são mais do que suficientes os estudos realizados que revelam claramente que a fisioterapia é recurso custo-eficaz em saúde, especialmente nas condições crónicas de saúde, e que estes profissionais têm cada vez mais reconhecimento por parte dos utentes.

“Já o mesmo não se verifica ao nível das entidades oficiais e alguns parceiros sociais. A fisioterapia é a terceira maior profissão na prestação de cuidados de saúde em Portugal e na Europa, mas é tratada por alguma classe dirigente como um parceiro menor”, considera a especialista que defende a existência de uma regulamentação profissional adequada, o respeito pelas competências destes profissionais sem atropelos por parte de outros, e que as entidades oficiais olhassem para o que se faz nos outros países da Europa e do Mundo onde o fisioterapeuta é parceiro reconhecido em todas as actividades de saúde.

Para Isabel de Souza Guerra seria necessária uma Ordem profissional: “encetámos um processo de regulação da profissão através de um projecto de criação de uma ordem profissional dos fisioterapeutas, há 14 anos, junto da Assembleia da República, não só para a regulamentação da profissão, mas muito na defesa do interesse dos utentes e sua protecção. Apesar dos nossos esforços sistemáticos, e do reconhecimento tácito de muitos quadrantes sociais e políticos, continuamos a não ter resposta, dando a entender que os nossos dirigentes procuram que a realidade da Fisioterapia em Portugal se afaste cada vez mais do que são os padrões internacionais. E esta opção política não é certamente benéfica para a nossa sociedade nem para os nossos cidadãos”.

Dificuldades dos profissionais

Perante o contexto de crise socioeconómica que a área da saúde atravessa a responsável destaca como principais dificuldades dos profissionais “a ausência de regulação da profissão que faz com que impere o exercício ilegal e o atropelo de competências por outros profissionais de saúde e curiosos”. Por outro lado, as dificuldades têm também a ver com os desafios que se colocam para o futuro:

  • a criação de oportunidades de melhoria na qualidade da prestação;
  • melhorar a eficiência e melhorar os mecanismos que permitem confirmar que a intervenção do fisioterapeuta é custo-eficaz, através de um correcto planeamento e uma eficaz gestão dos recursos humanos;
  • aposta no desenvolvimento profissional contínuo e na melhoria das competências específicas dos fisioterapeutas nos seus vários contextos de exercício.

Para além disso, a responsável considera que o desinvestimento do Serviço Nacional de Saúde, tanto em termos de recursos humanos e prestação de serviços de fisioterapia como na contratualização com entidades externas, tem retirado a uma grande fatia da população o acesso a serviços que lhe permitiria melhorar a saúde e a sua funcionalidade.

Actual Estado da Arte da Fisioterapia

Na opinião de Isabel de Souza Guerra, “ao nível da educação os fisioterapeutas portugueses encontram-se tão bem preparados como os seus congéneres internacionais. Temos capacidade de prestar cuidados individualizados de elevada qualidade com um leque de intervenções efectivas baseadas na evidência científica em fisioterapia, por profissionais com fortes competências clínicas e de relacionamento interpessoal”.

É certo que há profissionais que se debatem com constrangimentos diversos para poderem oferecer os melhores serviços, o que reforça a necessidade da existência da Ordem de Fisioterapeutas no interesse dos profissionais e dos cidadãos que servem.

“Um pouco por todas as áreas de saber, estamos a progredir para trazermos melhores serviços e melhor qualidade aos portugueses. Sublinhe-se, nomeadamente nas técnicas de ventilação não-invasiva com provas dadas e merecedora de lugar de destaque nas revistas científicas internacionais” ressalva a especialista.

A investigação em neurociências tem ocupado ainda um lugar relevante e permitirá ajustar e actualizar algumas abordagens da fisioterapia em condições neurológicas, designadamente na recuperação do movimento após acidente vascular cerebral. Sempre, conclui Isabel de Souza Guerra, com o objectivo último da melhoria da saúde e da qualidade de vida dos utentes. “É isto que temos feito desde que existem fisioterapeutas em Portugal”.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Estudo demonstra
Aumento de 8% de sobrevida a três anos em doentes que receberam transplante hepático e terapêutica imunossupressora com...

O primeiro estudo retrospetivo publicado no American Journal of Transplantation, com o objetivo de avaliar a terapêutica imunossupressora no transplante hepático mostrou que o uso de Advagraf™ (tacrolímus de libertação prolongada) permitiu aumentar a sobrevida em 8% a três anos, nos doentes que se submeteram a transplante hepático e foram medicados com terapêutica imunossupressora de toma única diária.

A análise mostrou que houve uma melhoria na adesão ao tratamento por parte dos doentes, devido à formulação de Advagraf™ que permite toma única diária, em vez das duas tomas diárias anteriormente administradas, o que representa melhores resultados após a transplantação e vários benefícios para o doente. A não adesão ao tratamento tem sido registada em cerca de 20 a 62% dos casos de transplante hepático, e pode ser uma causa direta de 21% de todos os insucessos da transplantação e 26% das mortes pós transplante.

Nos últimos 10 anos a sobrevida dos doentes que se submeteram a transplante hepático tem vindo a aumentar e chega hoje aos 63%, dependendo do tipo de procedimento de transplantação. No estudo, que usou os dados em contexto real do European Liver Transplantation Registry (ELTR), capturados entre 2008 e 2012, foram incluídos 4367 doentes europeus, a maioria dos quais estavam inseridos em ensaios clínicos.

Sobre Advagraf® (tacrolímus)

É um fármaco imunossupressor, em cápsulas de libertação prolongada, que apresenta uma libertação de tacrolímus mais consistente e controlada. Esta forma de libertação da substância ativa permite uma única toma diária e, consequentemente, maior conveniência para o doente e adesão ao tratamento superior.

Sobre a Astellas Pharma

A Astellas Pharma é uma companhia farmacêutica comprometida com a melhoria do estado de saúde das populações mundiais, fornecendo as mais recentes e inovadoras terapêuticas. O foco da organização está na disponibilização de terapêuticas, ao nível da I&D e da comercialização de tratamentos eficazes, que melhorem a vida dos doentes, continuando a crescer de forma sustentada no seu setor. É uma das 20 maiores empresas farmacêuticas, que emprega cerca de 15 mil colaboradores em todo o mundo.

A Astellas está em Portugal desde 1967, conta com cerca de 53 colaboradores e focaliza-se nas seguintes áreas terapêuticas: Oncologia, Urologia, Dermatologia, Transplantação, Anti-infecciosos e Dor.

Para mais informações sobre a Astellas visite http://www.astellas.com.pt/

Cinco Instituições distinguidas
A Roche Portugal atribui cinco bolsas de financiamento, no valor de 45 mil euros, que pretendem viabilizar os melhores projetos...

O Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA (GAT), a Fundação Gil, a Pulmonale - Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão, os Amigos da Pediatria da Ilha Terceira e a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) foram as instituições selecionadas.

Ao projeto do GAT “Mais participação, melhor saúde” que tem como objetivo promover a instituição da participação de representantes dos doentes e dos cidadãos nos processos de decisão política em saúde em Portugal, foi atribuída uma bolsa no valor de 15.000€. A Fundação do Gil recebeu uma bolsa valor de 10.000€ para apoiar a implementação da sua unidade de cuidados paliativos pediátricos ao domicílio. O mesmo valor foi atribuído à Pulmonale - Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão para o desenvolvimento do seu projeto de promoção do conhecimento terapêutico em oncologia junto ao público.

Foram ainda distinguidos os projetos "Crescer e ser saudável nos Açores: Rastreio de anemia e carência de ferro na infância" dos Amigos da Pediatria da Ilha Terceira e uma iniciativa de suporte à motivação para a auto-gestão da pessoa com diabetes através de comunicação digital e acesso remoto a dados de saúde, da APDP. Ambos receberam 5 mil euros.

Os 35 projetos que se candidataram a estas bolsas foram avaliados por um júri independente, do qual fazem parte personalidades como Maria de Belém Roseira (deputada e ex-Ministra da Saúde), Hélder Mota Filipe (Vice-Presidente do Infarmed), José Manuel Pereira de Almeida (Coordenador Nacional da Pastoral da Saúde), Diana Mendes (Jornalista do Diário de Notícias) e Miguel Sanches (Diretor Médico da Roche) que escolheram os projetos mais originais, focados na defesa dos direitos dos doentes e na promoção da saúde na comunidade.

A sessão de entrega das bolsas contou também com a participação de Jorge Morgado, Presidente da DECO, Associação Portuguesa de Defesa do Consumidor, que falou sobre o Doente no Séc. XXI: Cidadão, Decisor e Consumidor.

Esta iniciativa enquadra-se na Política de Responsabilidade Social da Roche e resulta do seu compromisso em assumir um papel ativo na sociedade apoiando, de forma transparente, iniciativas inovadoras e orientadas para a missão de suporte ao doente.

Robin Turner, Diretor Geral da Roche, refere que “a Responsabilidade Social é algo que faz parte do nosso ADN empresarial. É algo que fazemos naturalmente. Desde sempre. Este novo Programa de Bolsas é mais um exemplo do compromisso que assumimos diariamente com os doentes. Espero que esta iniciativa possa viabilizar projetos inovadores e que façam realmente a diferença na vida dos doentes portugueses”.

Estudo publicado pela revista American Journal of Pathology
A fusão de células normais pode provocar “catástrofes genómicas” que desencadeiam processos cancerígenos e favorecem a formação...

O estudo, conduzido por cientistas da Universidade de Michigan e da Clínica Mayo, ambos nos EUA, apontou que esta fusão (que acontece quando a célula se danifica, inflama ou sofre uma infecção viral) pode transformar células normais em cancerígenas.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas focaram-se na análise de células epiteliais intestinais IEC-6 de ratos especialmente apropriadas, por contarem com dois conjuntos de cromossomos sem as características cancerígenas e que se replicam normalmente.

Os investigadores submeteram estas células a processos de estimulação química para provocar a sua fusão, e posteriormente injectaram estas células fusionadas em ratos de laboratório.

Os dados registados indicaram que nos 12 meses seguintes à injeção foi detectada a formação de tumores em 61% dos ratos com células fusionadas, e não havia tumores no caso de células não fusionadas dos ratos do grupo de controlo.

“Descobrimos que um acto de fusão com células normais, não transformadas e citogeneticamente estáveis podem provocar instabilidade cromossómica, danos no ADN, transformação celular e desenvolvimento maligno”, explicaram os autores.

Jeffrey L. Platt, da Universidade de Michigan-Ann Arbor, assinalou que esta “instabilidade cromossômica”, que se refere a mudanças na aparência e no número de cromossomos, é uma característica dos processos cancerígenos.

Além disso, Xiaofeng Zhou, outro dos autores principais do estudo, da mesma universidade, destacou que a descoberta demonstra que “uma só fusão celular pode desencadear processos malignos e alimentar a evolução do tumor”.

Até agora, sabia-se que a fusão celular poderia estar por trás das múltiplas mudanças genéticas nas quais o cancro se desenvolve, mas não havia sido observado um vínculo directo entre ambos os elementos

 

INEM diz
O INEM revelou hoje que apenas duas das 21 ambulâncias ao serviço na Grande Lisboa não estão operacionais e que, no total, tem...

Em declarações à agência Lusa, Ivone Ferreira, do INEM, explicou que, pelas 9:45, estavam ao serviço 19 ambulâncias, em 21, tripuladas só com técnicos de emergência médica, três motos igualmente do organismo, uma VMIP (viatura móvel de intervenção psicológica), uma TIP (transporte inter-hospitalar pediátrica), duas SIV (ambulâncias de Suporte Imediato de Vida) e três ambulâncias dos bombeiros em exclusivo nos meios operacionais.

Ivone Ferreira adiantou ainda que as duas SIV estão ao serviço do INEM desde segunda-feira, depois do protesto dos trabalhadores do instituto, que no domingo promoveram uma vigília contestando a falta de pagamento de subsídios e de horas extra e de mais cortes no salário.

Os técnicos de ambulância de emergência estão desde o início do mês a recusar fazer horas extraordinárias.

A responsável pela comunicação do INEM referiu ainda que os serviços de socorro e a emergência médica do organismo não estão afetados, pedindo à população da Grande Lisboa para que continue a confiar na instituição.

O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica, Paulo Campos, anunciou segunda-feira, no final de uma reunião no Ministério da Saúde, que até setembro vai haver um reforço de técnicos de emergência médica, com a contratação de 85 profissionais.

Em comunicado, o INEM divulgou que na segunda-feira, "sem aviso prévio, não compareceram 26 técnicos de emergência no período da manhã e 21 no período da tarde", na Grande Lisboa.

Os trabalhadores do INEM decidiram na segunda-feira agendar uma greve ao trabalho extraordinário, a partir do dia 24, segundo anúncio da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.

O INEM ameaçou participar ao Ministério Público contra quem colocar em risco o socorro urgente a pessoas.

Estudo internacional revela
Uma equipa de 14 investigadores da Alemanha, do Brasil, dos Estados Unidos e de Portugal concluiu que o consumo de cafeína é...

“O consumo de cafeína é eficaz tanto na prevenção como no tratamento da depressão”, revela um estudo internacional acabado de publicar na revista da Academia Americana de Ciências ‘Proceedings of the National Academy of Sciences’ (PNAS), afirma a Universidade de Coimbra (UC) numa nota divulgada.

A equipa de especialistas dos quatro países, que foi coordenada por Rodrigo Cunha, investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e docente da Faculdade de Medicina da UC, chegou a esta conclusão depois de, durante seis anos, ter efetuado “estudos e experiências em modelos animais (ratinhos) para avaliar em que medida a cafeína interfere na depressão”.

A depressão é a doença com “maiores custos socioeconómicos do mundo ocidental”.

Os animais que consumiram cafeína, em doses equivalentes a quatro/cinco chávenas de café por dia em humanos, “apesar de todas as situações negativas a que foram sujeitos”, apresentaram “menos sintomas” de depressão do que aqueles aos quais não foi ministrada cafeína, que registaram “as cinco alterações comportamentais típicas da depressão”, sublinha Rodrigo Cunha.

Sujeitos a situações de Stress Crónico Imprevisível, isto é, a “sucessivas situações negativas e, por vezes, extremas (privação de água, exposição a baixas temperaturas, etc.), durante três semanas”, os animais aos quais foi administrada cafeína diariamente resistiram melhor.

Os animais que não consumiram cafeína revelaram “imobilidade (os ratinhos deixaram de reagir), ansiedade, anedonia (perda de prazer), menos interações sociais e deterioração da memória”, acrescenta o coordenador do estudo.

Na segunda fase da pesquisa, “os investigadores identificaram o alvo molecular responsável pelas modificações observadas”, tendo concluído que “os recetores A2A para a adenosina (que detetam a presença de adenosina, uma molécula que sinaliza perigo no cérebro) são os protagonistas de todo o processo”.

Considerando um estudo anterior realizado nos EUA, no qual Rodrigo Cunha participou como consultor científico, em que “doentes de Parkinson tratados com istradefilina – um novo fármaco da família da cafeína antagonista dos recetores A2A (fármaco que inibe a atuação dos A2A) – mostraram melhorias significativas, a equipa decidiu aplicar este medicamento nos ratinhos deprimidos”, adianta a UC.

Em apenas três semanas de tratamento, “o fármaco foi capaz de inverter os efeitos provocados pela exposição inicial a Stress Crónico Imprevisível e os animais recuperam para níveis semelhantes aos do grupo de controlo (constituído por ratinhos saudáveis)”, sublinha Rodrigo Cunha.

Embora seja necessário efetuar um ensaio clínico, a transposição deste fármaco para a “prática clínica pode ser bastante rápida, assim haja vontade da indústria farmacêutica, porque estamos perante um fármaco seguro, já utilizado nos EUA e no Japão para o tratamento da doença de Parkinson”, sustenta o investigador.

O estudo foi financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Departamento de Defesa dos EUA e The Brain & Behavior Research Foundation (NARSAD).

Hospital S. João do Porto acolhe
O Hospital de São João, no Porto, inaugura o primeiro Centro de Treino em Gastrenterologia e Hepatologia em Portugal, que...

“Vamos cativar metodologia tecnológica de inovação e financiamento para criarmos uma plataforma de desenvolvimento. É uma estratégia vencedora em toda a área”, explicou Guilherme Macedo, diretor do serviço de gastrenterologia do Centro Hospitalar.

O clínico assinalou que o novo centro foi desenhado “de acordo com a missão e valores” encontrados pela Organização Mundial de Gastrenterologia naquele departamento do hospital, pela sua “versatilidade” de ser capaz de “ministrar treino e formação” do mais básico ao mais avançado.

“Nesse contexto, a organização mundial de gastrenterologia achou q estaríamos numa posição ideal para sermos uma plataforma de conhecimento mais avançada para a Europa e também para facultar esse ensinamento e treino a países da lusofonia”, acrescentou.

Com o desenvolvimento do centro, o Centro Hospitalar de São João, no Porto, passará a estar “sinalizado pela organização para receber em estágios especialistas de todo o mundo” que queiram formação e treino em gastrenterologia, hepatologia e saúde digestiva.

Este é “um reconhecimento honorífico, reconhece a qualidade dos profissionais” do hospital que recebe o segundo centro da Europa, e o 21.º a nível mundial, e passa a “ser sede de um departamento com reconhecimento internacional”.

O responsável assinalou ainda que o novo centro tecnológico terá também um “papel pedagógico muto grande, dirigido à sociedade civil” e que dará “uma janela maior de visibilidade social para Portugal e para o estrangeiro”.

“O público tem consciência que há muitas coisas na saúde digestiva por fazer [e] um dos nossos objetivos é dar uma grande dimensão social a estes problemas”, salientou, destacando que em Portugal é já possível “ter e fazer tratamentos padrão avançados no estado da arte”.

A Inauguração do primeiro Centro de Treino em Gastrenterologia e Hepatologia em Portugal, dedicado às doenças do foro digestivo e do fígado, está marcada para terça-feira às 09:00 na Aula Magna da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto no Hospital de São João.

A cerimónia conta com a participação de James Toouli, presidente da Organização Mundial de Gastrenterologia, do presidente do Conselho de Administração do hospital, da diretora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e do diretor do Serviço de Gastrenterologia.

 

Previously-treated squamous non-small cell lung cancer in Phase III Trial
Opdivo demonstrated significant superiority across all endpoints including response rate and progression-free survival versus...

Bristol-Myers Squibb Company (NYSE: BMY) today announced results from CheckMate -017, a Phase III, open-label, randomized study evaluating Opdivo (n=135) versus docetaxel (n=137) in previously treated patients with advanced squamous non-small cell lung cancer. At one year, Opdivo demonstrated an overall survival rate of 42% versus 24% for docetaxel, with a median overall survival of 9.2 months versus 6 months, respectively. In the trial, Opdivo reduced the risk of death by 41%, based upon a hazard ratio of 0.59 (95% CI, 0.44-0.79; P = 0.00025). The safety profile of Opdivo in CheckMate -017 was consistent with prior studies and favorable versus docetaxel. Findings from CheckMate -017 were published today in The New England Journal of Medicine and presented during an oral abstract session at the 51st Annual Meeting of the American Society of Clinical Oncology (Abstract #8009).

“Historically, treatment options for lung cancer patients have been limited. The Opdivo data presented today offer patients the first major advance in the treatment of squamous non-small cell lung cancer in more than a decade,” said David Spigel, MD, Sarah Cannon Research Institute. “In this study, Opdivo not only demonstrated superior overall survival and objective response rate versus chemotherapy, the standard of care, but these benefits were sustained over time. The study also showed that squamous non-small cell lung cancer has a unique biology that resulted in similar efficacy across levels of PD-L1 expression.”

Opdivo demonstrated a consistent statistically significant superiority over docetaxel across all secondary endpoints including overall response rate and progression-free survival. Results showed that at one year, Opdivo improved progression-free survival (21%) versus docetaxel (6.4%). Median progression-free survival was 3.5 months for Opdivo and 2.8 months for docetaxel, with a hazard ratio of 0.62 (95% CI, 0.47-0.81; P = 0.0004). Opdivo also produced a significantly higher confirmed objective response rate (20%) versus docetaxel (8.8%) (95% CI; P=0.0083). Responses for Opdivo were ongoing and the median duration of response was not reached (range 2.9 to 21+ months) with at least 11 months of follow-up; the median duration of response for docetaxel was 8.4 months (range 1.4+ to 15+ months).

“The results from CheckMate -017 are an important milestone in cancer research. This study marked the first time a PD-1 immune checkpoint inhibitor demonstrated a survival benefit in lung cancer, thereby establishing a new treatment modality for the disease,” said Michael Giordano, senior vice president, Head of Development, Oncology. “The results announced today also build on and confirm our clinical research approach to understanding the role of PD-L1 expression and degree of benefit for Opdivo across histologies and etiologies in non-small cell lung cancer. This is incredibly encouraging news as we continue to study potential new options that may improve upon, and potentially replace, the current standard of care.”

About CheckMate -017

CheckMate -017 was a Phase III, open-label, randomized clinical trial that evaluated Opdivo 3 mg/kg intravenously over 60 minutes every two weeks versus standard of care, docetaxel 75 mg/m2 intravenously administered every 3 weeks in patients with advanced squamous non-small cell lung cancer who had progressed during or after one prior platinum doublet-based chemotherapy regimen. The study’s primary endpoint was overall survival and secondary endpoints included progression-free survival and response rate. The trial included patients regardless of their PD-L1 (programmed death ligand-1) expression status.

Of randomized patients in the trial (n=272), 83% (225) had quantifiable PD-L1 expression. Rates of PD-L1 positivity were balanced between treatment groups. Across pre-specified expression levels (1%, 5%, and 10%), Opdivo demonstrated superior benefit across all endpoints independent of PD-L1 expression. Overall and progression-free survival among PD-L1 subgroups favored Opdivo and was similar to the primary population. Similar objective response rates were observed in patients with high and low, or no PD-L1 expression, and were consistently higher for Opdivo versus docetaxel.

The safety profile of Opdivo in CheckMate -017 was consistent with prior studies and favorable versus docetaxel. Treatment-related adverse events occurred less frequently with Opdivo (any grade, 58%; grade 3–4, 6.9%; no grade 5 events) than docetaxel (any grade, 86%; grade 3–4, 55%; grade 5, 2.3%), including both hematologic and non-hematologic toxicities.

About Non-Small Cell Lung Cancer

Lung cancer is the leading cause of cancer deaths globally, resulting in more than 1.5 million deaths each year, according to the World Health Organization. Lung cancer results in more deaths worldwide than colorectal, breast and prostate cancers combined. Non-small cell lung cancer is one of the most common types of the disease and accounts for approximately 85 percent of cases. Survival rates vary depending on the stage and type of the cancer when it is diagnosed. Globally, the five-year survival rate for Stage I non-small cell lung cancer is between 47 and 50 percent; for Stage IV non-small cell lung cancer, the five-year survival rate drops to two percent.

About Opdivo

Bristol-Myers Squibb has a broad, global development program to study Opdivo in multiple tumor types consisting of more than 50 trials – as monotherapy or in combination with other therapies – in which more than 8,000 patients have been enrolled worldwide.

Opdivo became the first PD-1 immune checkpoint inhibitor to receive regulatory approval anywhere in the world on July 4, 2014 when Ono Pharmaceutical Co. announced that it received manufacturing and marketing approval in Japan for the treatment of patients with unresectable melanoma. In the U.S., the U.S. Food and Drug Administration (FDA) granted its first approval for Opdivo for the treatment of patients with unresectable or metastatic melanoma and disease progression following Yervoy (ipilimumab) and, if BRAF V600 mutation positive, a BRAF inhibitor. On March 4, 2015, Opdivo received its second FDA approval for the treatment of patients with metastatic squamous non-small cell lung cancer with progression on or after platinum-based chemotherapy.

Important safety information

Immune-Mediated Pneumonitis

• Severe pneumonitis or interstitial lung disease, including fatal cases, occurred with OPDIVO treatment. Across the clinical trial experience in 691 patients with solid tumors, fatal immune-mediated pneumonitis occurred in 0.7% (5/691) of patients receiving OPDIVO; no cases occurred in Trial 3. In Trial 3, immune-mediated pneumonitis occurred in 6% (7/117) of patients receiving OPDIVO including five Grade 3 and two Grade 2 cases. Monitor patients for signs and symptoms of pneumonitis. Administer corticosteroids for Grade 2 or greater pneumonitis. Permanently discontinue OPDIVO for Grade 3 or 4 and withhold OPDIVO until resolution for Grade 2.

Immune-Mediated Colitis

• In Trial 3, diarrhea occurred in 21% (24/117) of patients receiving OPDIVO. Grade 3 immune-mediated colitis occurred in 0.9% (1/117) of patients. Monitor patients for immune-mediated colitis. Administer corticosteroids for Grade 2 (of more than 5 days duration), 3, or 4 colitis. Withhold OPDIVO for Grade 2 or 3. Permanently discontinue OPDIVO for Grade 4 colitis or recurrent colitis upon restarting OPDIVO.

Immune-Mediated Hepatitis

• In Trial 3, the incidences of increased liver test values were AST (16%), alkaline phosphatase (14%), ALT (12%), and total bilirubin (2.7%). Monitor patients for abnormal liver tests prior to and periodically during treatment. Administer corticosteroids for Grade 2 or greater transaminase elevations. Withhold OPDIVO for Grade 2 and permanently discontinue OPDIVO for Grade 3 or 4 immune-mediated hepatitis.

Immune-Mediated Nephritis and Renal Dysfunction

• In Trial 3, the incidence of elevated creatinine was 22%. Immune-mediated renal dysfunction (Grade 2) occurred in 0.9% (1/117) of patients. Monitor patients for elevated serum creatinine prior to and periodically during treatment. For Grade 2 or 3 serum creatinine elevation, withhold OPDIVO and administer corticosteroids; if worsening or no improvement occurs, permanently discontinue OPDIVO. Administer corticosteroids for Grade 4 serum creatinine elevation and permanently discontinue OPDIVO.

Immune-Mediated Hypothyroidism and Hyperthyroidism

• In Trial 3, hypothyroidism occurred in 4.3% (5/117) of patients receiving OPDIVO. Hyperthyroidism occurred in 1.7% (2/117) of patients including one Grade 2 case. Monitor thyroid function prior to and periodically during treatment. Administer hormone replacement therapy for hypothyroidism. Initiate medical management for control of hyperthyroidism.

Immune-Mediated Adverse Reactions

• The following clinically significant immune-mediated adverse reactions occurred in <2% of OPDIVO-treated patients: adrenal insufficiency, uveitis, pancreatitis, facial and abducens nerve paresis, demyeliniation, autoimmune neuropathy, motor dysfunction and vasculitis. Across clinical trials of OPDIVO administered at doses 3 mg/kg and 10 mg/kg, additional clinically significant, immune-mediated adverse reactions were identified: hypophysitis, diabetic ketoacidosis, hypopituitarism, Guillain-Barré syndrome, and myasthenic syndrome. Based on the

45 mil euros
Cinco associações de apoio a doentes nas áreas da Sida, do cancro do pulmão, da diabetes e da pediatria vão receber um total de...

Trata-se de um programa de bolsas de financiamento no valor de 45 mil euros, criado pela Roche Portugal, no âmbito da sua política de responsabilidade social, que pretende viabilizar os melhores projetos, desenvolvidos por Associações de Doentes ou outras Organizações Não Governamentais (ONG), que visem a promoção da saúde junto de doentes.

Candidataram-se a estas “bolsas de cidadania” 35 projetos, que foram avaliados por um júri independente, que escolheu os projetos mais originais, focados na defesa dos direitos dos doentes e na promoção da saúde na comunidade, divulgou a organização em comunicado.

As instituições selecionadas foram o Grupo Português de Ativistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA (GAT), a Fundação Gil, a Pulmonale - Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão, os Amigos da Pediatria da Ilha Terceira e a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) foram as instituições selecionadas.

O GAT apresentou o projeto “Mais participação, melhor saúde” que tem como objetivo promover a participação de representantes de doentes e cidadãos nos processos de decisão política em saúde, que recebe uma bolsa no valor de 15 mil euros.

À Fundação do Gil foi atribuída uma bolsa no valor de 10 mil euros para apoiar o desenvolvimento de uma unidade de cuidados paliativos pediátricos ao domicílio.

O mesmo valor será entregue à Pulmonale para desenvolver um projeto de promoção do conhecimento terapêutico em oncologia junto ao público.

Foram ainda distinguidos, com cinco mil euros cada, os projetos "Crescer e ser saudável nos Açores: Rastreio de anemia e carência de ferro na infância" dos Amigos da Pediatria da Ilha Terceira e uma iniciativa de suporte à motivação para a autogestão do diabético, através de comunicação digital e acesso remoto a dados de saúde, da APDP.

Especialista revela
Um novo tratamento para doentes que sofrem de dificuldades urinárias por doença da próstata, como a hiperplasia benigna, está a...

Segundo o urologista Fábio Almeida, o tratamento é feito através da cirurgia por vaporização anatómica, uma técnica minimamente invasiva em que a remoção do tecido prostático, que provoca obstrução da bexiga, é feita com um laser introduzido pela uretra.

“O laser já é usado há alguns anos, esta técnica cirúrgica é que é bastante recente e inovadora. Permite que de uma maneira simples e muito anatómica consigamos mimetizar o que se fazia antigamente com a cirurgia aberta, que é remover todo o tecido prostático que estava a mais - o chamado adenoma prostático - que cresce com o avançar da idade devido a muitos fatores”, explicou Fábio Almeida.

Ou seja, sublinhou, “permite a remoção do tecido sem praticamente perda de sangue nenhum, sem cicatrizes, porque a intervenção é feita de forma endoscópica através da uretra e permite operar o doente de manhã e à tarde dar-lhe alta, com a função urinária normalizada”.

“É uma inovação fantástica, porque os resultados são iguais ou melhores aos obtidos através da cirurgia aberta”, garantiu Fábio Almeida, que é coordenador do Serviço de Urologia do Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa.

Segundo disse, a nova técnica, que foi desenvolvida por um médico espanhol, começou a ser utilizada em maio e já permitiu tratar três doentes, um dos quais com 90 anos, que “estava algaliado há praticamente três semanas e que teve uma recuperação fantástica, foi operado de manhã e à tarde foi embora, sem complicações”.

A hiperplasia benigna da próstata (HBP) é uma patologia ligada ao envelhecimento. Não sendo geralmente uma doença que coloque a vida em risco, manifesta-se clinicamente através de um conjunto de sintomas do aparelho urinário inferior que reduzem a qualidade de vida dos doentes. Tem implicações na vida dos homens a partir dos 45-50 anos, podendo causar sintomas significativos em até 30% dos homens com mais de 65 anos.

 

Primeiro estudo sobre a satisfação médica em Portugal
65% dos médicos portugueses atualmente a frequentar o internato da especialidade considera emigrar após a sua conclusão.

Essa tendência aumenta com o decorrer dos anos de formação, sendo que no primeiro ano, 53% dos inquiridos coloca essa hipótese e no último ano essa percentagem sobe para 74%. Esta é uma das principais conclusões do estudo “Satisfação com a Especialidade entre os Internos da Formação Específica em Portugal”, conduzido por um conjunto de 31 médicos de todo o País, e onde foram inquiridos mais de 800 médicos em formação de 45 diferentes especialidades e distribuídos por unidades de saúde de todo o País. O estudo foi publicado na Acta Médica Portuguesa, a mais importante revista científica médica Portuguesa.

“O objetivo deste estudo foi avaliar a percepção dos médicos internos sobra a sua especialidade e o seu local de formação, bem como as razões da insatisfação e intenção de emigrar” afirma Tiago Reis Marques, um dos responsáveis pelo estudo. “O problema da emigração médica tem vindo a ser muito discutido recentemente, mas não existia até hoje um estudo científico sobre este assunto” afirma o mesmo autor. Tiago Reis Marques é psiquiatra e investigador e desenvolve atualmente a sua atividade no Instituto de Psiquiatria do Kings College, em Londres.

O estudo avaliou a satisfação com a especialidade e com a qualidade da formação médica em Portugal, sendo de notar que 78% dos médicos consideram-se satisfeitos ou muito satisfeitos com a qualidade da sua formação. No entanto, 81% dos médicos considera que o panorama da prática clínica em Portugal piorou muito ou extremamente nos últimos anos, enquanto que somente 2% dos médicos em formação considera que esta atualmente melhorou. Um dado impressionante refere-se ao facto de cerca de 20% dos médicos afirmar que não voltariam a tirar o curso de Medicina caso pudessem voltar atrás.

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