Paula Leite, presidente da ANAMP
Fundadora da Associação Nacional de Amputados, Paula Leite foi vítima de um atropelamento que lhe pr

Foi-nos proposta uma conversa motivadora e um discurso muito positivo de alguém que sofreu o infortúnio de lhe ter sido amputada uma perna, mas sem perder a vontade de caminhar com segurança e sempre em direcção a um futuro sorridente.

Cumpriu-se a proposta. O Atlas da Saúde falou com Paula Leite, mulher, mãe, cidadã portuguesa e presidente da Associação Nacional de Amputados. Confirmámos a boa disposição de Paula, mas também uma pessoa motivada, empreendedora e sobretudo lutadora. “Fui brutalmente atropelada por um automóvel, quando sinalizava uma avaria em plena faixa central. Marquei esse dia como o momento em que enfrentei a morte e, a partir daí, nada nem ninguém me podia fazer desistir de viver”, conta Paula Leite.

Esteve 18 dias em coma e descreve a dureza de como foi lidar com a sua nova condição, a de amputada. Questionou-se sobre tudo: “Porquê eu? O que fiz para merecer isto?”. Mas depressa percebeu que não valia de nada vitimizar-se, “não faria crescer a minha perna, nem mudaria em nada o que já tinha acontecido”, diz. A aceitação do novo “eu” foi a etapa seguinte, dura etapa, mas que sabia ser determinante para a sua felicidade. “Foi um processo lento, que durou alguns meses, mas, como em todas as perdas, é necessário enterrar o sucedido, fazer o luto e deixar, de uma vez por todas, de lamentar o sucedido. Eu tinha duas opções: esconder-me ou aceitar. Para ser feliz, aceitei”, descreve Paula Leite.

Durante muito tempo Paula Leite usou uma prótese que a fazia sangrar, lhe causava dor e que a obrigava a usar canadianas para suporte. A solução surgiu mais tarde com a amputação da perna acima do joelho. Com a prótese perfeita Paula voltou a sentir-se completa.

Apesar disso, a presidente lamenta que a sociedade ainda discrimine as pessoas com deficiência. “São vistas como humanos incapazes, inactivos e não produtivos. A pessoa com deficiência é vista como o resto de um todo”, diz.

Obstáculos e dificuldades

“A falta de sensibilidade por parte dos profissionais de saúde foi o primeiro e maior obstáculo” que Paula Leite vivenciou associada à “solidão e ausência de palavras de conforto e de esperança. Paula confessa que sentiu falta de apoio moral e psicológico, no próprio meio hospitalar. “Não tive alguém para me dizer que o mundo não tinha acabado e que, quando eu saísse do hospital usaria uma prótese e teria uma vida como antes da amputação”.

Ao fim de quatro meses de internamento Paula tem alta hospitalar e depara-se com outro tipo de dificuldade: as barreiras arquitectónicas. “Deparei-me com a falta de acessibilidades, com a dificuldade em subir e descer rampas ou escadarias muito íngremes. A falta de civismo e actos de cidadania eram uma constante no meu dia-a-dia. Os apoios técnicos limitados e as burocracias encontradas para resolver todos os problemas que a amputação me causou, foram, obviamente, obstáculos que encontrei no meu caminho”, refere.

Os apoios

Mas Paula é uma mulher determinada e a vida e a felicidade de estar viva foram as principais motivações para continuar a lutar contra as barreiras que foi encontrando. “O meu espírito foi o da determinação, o de provar a mim mesma que seria capaz de enfrentar qualquer desafio e qualquer obstáculo que se cruzasse no meu caminho”, assegura. A somar a esta determinação estava o suporte da família, dos amigos e do filho, o seu “grande pilar”: “foi ele que sempre me deu força e ânimo para continuar a ser o seu orgulho”. Também os profissionais de saúde que encontrou depois de seis anos de sofrimento foram um importante apoio para recuperar a qualidade de vida a autonomia. Houve mesmo uma época, passageira, que recorreu à ajuda psicológica para ultrapassar os maus momentos. Porém, conta, “sou uma pessoa optimista e cheia de sonhos, que acredita que as mudanças não acontecem por acaso. Sou tão optimista que acredito que um dia serei a primeira mulher a correr de prótese em Portugal e que todas as pessoas com membros amputados serão felizes como eu”.

Paula leite, a Presidente

A Associação Nacional de Amputados (ANAMP) é uma associação sem fins lucrativos criada em Dezembro de 2014 e que neste momento está na fase de angariação de sócios e de parceiros com vista à oferta de serviços específicos dirigidos aos amputados e familiares/amigos.

O objectivo da ANAMP é simples, tirar as pessoas amputadas de casa e mudar mentalidades, criando um colectivo de aceitação, não só social, como focada num objectivo “eu próprio me aceitar”. Romper barreiras, valores, desbravar caminhos para a felicidade, abrir horizontes e afirmar a qualidade de vida. O desafio é angariar sócios dispostos a lutar com a ANAMP ‘Por uma Vida mais Viva’.

O objectivo da criação da Associação foi o de “ajudar as pessoas amputadas a sair de casa, qualificar uma nova vida, acrescentando a ideia de qualidade nas novas etapas”, explica Paula Leite, acrescentando que, “as pessoas precisam saber que com membros amputados que a vida pode ser vivida da mesma forma, mas de uma maneira diferente”.

Por isso, a mensagem que Paula Leite pretende passar é de mudança: “temos de mudar os tempos e dar um novo rumo às mentalidades. Temos a garra, a força nas convicções que nos move. Estas são as nossas principais armas para ir à luta por esta mudança”.

 

Por expressa opção do autor, o texto não respeita o Acordo Ortográfico

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Associação de Bioética defende
O presidente da Associação Portuguesa de Bioética, Rui Nunes, defendeu a extensão do direito de elaborar um testamento vital a...

“Não vejo razão nenhuma para que maiores de 16 de idade, eventualmente com o consentimento parental, para termos a certeza de que há capacidade de decisão, não possam, se for esse o caso, elaborar um testamento vital”, afirmou Rui Nunes.

O presidente da Associação Portuguesa de Bioética falava a propósito do primeiro ano de funcionamento do Registo Nacional do Testamento Vital (Rentev), que se assinala no início de julho, que recebeu até quinta-feira 1.454 testamentos vitais, segundo dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde.

“Não se trata, porém, do número total de testamentos vitais dado que aqueles que foram apenas efetuados nos notários não estão aqui contabilizados”, sublinhou o especialista.

Três anos depois de aprovada a legislação e um ano de funcionamento do Rentev, disponível no Portal do Utente do Ministério da Saúde, o presidente da Associação Portuguesa de Bioética congratula-se com o facto de os profissionais de saúde estarem “em ampla sintonia, para não dizer em total sintonia” com este projeto.

Contudo, considera que “há aspetos que têm de melhorar”, nomeadamente em relação à divulgação.

“Não basta tratar-se de um direito das pessoas, as pessoas têm de saber desse direito e têm de saber exercê-lo. Daí as propostas de alteração da lei. Não estou a apontar o dedo a ninguém, há aqui uma responsabilidade coletiva de falar deste temas. Não basta dizer, em abstrato, que há um direito e depois as pessoas não saberem como o podem exercer”, sustentou.

Um testamento vital, também designado como diretiva antecipada de vontade, tem como objetivo deixar expressa a vontade em relação aos cuidados de saúde que se quer, ou não, receber em fim de vida, caso se esteja impossibilitado de o expressar de forma autónoma.

Na prática, a hipótese de fazer um testamento vital já existia desde 2012, mas cada pessoa tinha que redigir o seu documento e ir a um notário para o documento ser juridicamente válido. Desde o início de julho de 2014, que esse procedimento pode ser feito no Rentev.

Rui Nunes defende que a lei deveria indicar “o aconselhamento profissional, nomeadamente médico, não de uma maneira obrigatória ou compulsiva, mas como uma forte sugestão”.

Em termos de funcionamento do Rentev, “propomos algumas alterações, entre as quais introduzir uma cláusula relativa à sedação paliativa terminal. Ou seja, alguns países, como a frança e outros, legalizaram a sedação paliativa terminal, que não é uma forma de eutanásia, convém esclarecer, mas que se calhar devia merecer uma atenção especial na diretiva antecipada de vontade. O documento disponibilizado pelo Ministério da Saúde devia contemplar esta hipótese”, disse.

Rui Nunes sugere também que as instituições hospitalares informem todos os doentes sobre a possibilidade de efetuar um testamento vital.

“Isto é o que se passa nos países anglo-saxónicos e é por isso que eles têm taxas de adesão de 80 e 90% em determinados estratos populacionais”, sublinhou.

Para o diretor da Associação Portuguesa de Bioética e do Departamento de Ciências Sociais e Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, o ideal seria que quando um doente dá entrada numa instituição hospitalar lhe dissessem que tem o direito de fazer um testamento vital.

“Uma coisa tão simples quanto esta, que, por si só, não vai compelir ninguém, nem vai manipular ninguém. Trata-se simplesmente de dizer às pessoas que têm essa oportunidade. Esta é uma alteração que fazia sentido, mas num enquadramento altamente positivo”, frisou.

Um outro dado que, no entender do principal impulsionador do testamento vital em Portugal, merece reflexão é “perceber porque é que há muito mais mulheres a fazerem testamentos vitais”.

Segundo Rui Nunes, este facto pode traduzir “um fenómeno social e sociológico complexo”.

“É estatisticamente muito significativo e isso indicia que, se for por maior pro-atividade das mulheres, excelente, mas se for uma atitude defensiva ela tem que ser estudada, trabalhada e corrigida. Porque uma pessoa não pode fazer o testamento vital porque tem medo de ficar sozinha, mas por uma questão de convicção”, frisou o especialista.

A Associação Portuguesa de Bioética organiza na próxima quarta-feira, no Porto, com o apoio da Ordem dos Médicos, um seminário de balanço sobre o primeiro ano do Rentev.

Em 2013
Em 2013, 187.100 pessoas morreram em todo o mundo devido ao consumo de drogas, um número semelhante a anos anteriores, segundo...

No seu relatório anual sobre as Drogas no Mundo, divulgado em Viena, a ONU estima que 246 milhões de pessoas entre os 15 e os 64 anos consumiram estupefacientes ilegais, o que representa um em cada 20 adultos a nível mundial.

“Um número inaceitável de consumidores de drogas em todo o mundo continua a morrer prematuramente, com uma estimativa de 187.100 mortes relacionadas com as drogas em 2013”, indicou no relatório o diretor-geral do Gabinete das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC), Yuri Fedotov.

Por regiões, a Ásia registou 81.100 mortes, a América do Norte 43.300, África 37.800, Europa 16.900, América Latina e Caraíbas 6.000 e Oceânia 2.000.

Segundo a ONU, o número total de mortes é praticamente o mesmo dos anos anteriores e “o consumo de drogas ilícitas permaneceu estável”.

O relatório indica que um em cada 10 consumidores tem problemas sérios de dependência. Destes 27 milhões de “consumidores problemáticos”, perto de metade (12,19 milhões) usa substâncias injetáveis, calculando-se que 1,65 milhões dos quais estavam infetados com o vírus da imunodeficiência humana (VIH) em 2013.

A droga que causa mais problemas de saúde e mortes é o ópio, “o que se pode atribuir à relação que existe entre o consumo de opiáceos e o consumo de drogas injetáveis, o VIH, a SIDA e as mortes por overdose”, assinala o relatório.

Os consumidores de drogas injetáveis, como a heroína, têm uma taxa de mortalidade 15 vezes superior à dos outros indivíduos da mesma idade e sexo que não as usam.

A ONU denuncia que apenas um em cada seis toxicodependentes com problemas graves de dependência tem acesso a programas de tratamento, adiantando Fedotov que “as mulheres em particular parecem enfrentar barreiras ao tratamento”.

A cannabis é a droga mais consumida no mundo, cerca de 182 milhões de pessoas, seguida dos estupefacientes sintéticos, incluindo as anfetaminas e o Ecstasy, com 52,7 milhões.

Os derivados do ópio são consumidos por 48,9 milhões de pessoas e a cocaína por 17 milhões.

O relatório sobre as Drogas no Mundo indica ainda que o cultivo mundial da papoila, a planta da qual se extrai o ópio, alcançou o seu nível mais alto desde finais da década de 1930, devido a máximos históricos no Afeganistão, o primeiro produtor do planeta.

Dos perto de 311.000 hectares de papoila cultivados em todo o mundo em 2014, 224.000 estavam no Afeganistão, onde a superfície cultivada aumentou sete por cento.

O Afeganistão foi responsável pela produção de 85% do ópio a nível mundial em 2014 (mais 17% que no ano anterior) e por 78% da heroína.

Ao contrário, o cultivo da folha de coca situou-se em 2013 no seu nível mais baixo desde que começaram a recolher-se dados em 1990, indica o relatório que analisa as tendências na produção e consumo de substâncias ilegais.

Em 2013 cultivaram-se 120.800 hectares de folha de coca no mundo, cerca de 10% menos que no ano anterior, utilizadas para fabricar 902 toneladas de cocaína pura.

A superfície cultivada diminuiu 18% no Peru e 9% na Bolívia e foram apreendidas 687 toneladas de cocaína em todo o mundo, quase um terço das quais (226 toneladas) na Colômbia.

Benefit patients with hypophosphatasia developed in childhood
The European Medicines Agency (EMA) has recommended granting a marketing authorisation under exceptional circumstances for...

Hypophosphatasia is caused by defects in the gene responsible for producing ‘alkaline phosphatase (ALP)’, an enzyme that plays a key role in creating and maintaining healthy bones, and managing calcium and phosphate in the body. Patients with hypophosphatasia have symptoms such as early loss of teeth, malformed bones and frequent bone fractures. This disease can be life-threatening when it affects unborn babies or infants, because of the incomplete development of their bones and additional complications such as respiratory problems. When it develops later in life, the disease is generally not fatal but can be highly debilitating.

There is currently no approved treatment for this condition; patients usually receive supportive treatment such as plaster casts for broken bones, calcium supplements for maintaining the levels of calcium in the blood and painkillers. Strensiq, the first therapy for this disease, could contribute to respond to this unmet medical need as it is expected to help improve the composition of bones and make them stronger. Asfotase alfa, its active substance, is a modified copy of the human ALP enzyme and serves as a replacement for the defective enzyme.

The Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP) considered that Strensiq should be recommended for marketing authorisation under exceptional circumstances. This type of authorisation can be granted for medicines that offer new or improved treatment options for patients with no or only limited alternatives, in cases where the applicant is not able to provide comprehensive data. In the case of Strensiq, data on the efficacy and safety are limited due to the extreme rarity of the disease. However, CHMP required the applicant to collect further data on its clinical efficacy and safety and submit these data regularly for review by the Committee after the granting of a marketing authorisation.

Strensiq has benefitted from a range of EMA tools to support innovation. The company received scientific advice from the CHMP. This is one of the Agency’s main tools to facilitate and stimulate research and development within the European Union (EU).

Because hypophosphatasia is rare, Strensiq was also designated as an orphan medicine by the Committee for Orphan Medicinal Products (COMP) in 2008. Orphan designation gives medicine developers access to incentives such as fee reductions for scientific advice, and is the key instrument available in the EU to encourage the development of medicines for patients with rare diseases.

Strensiq will be given to young patients during their childhood and adolescence, and can be used later on during their adult life. The medicine will be available in various strengths and volumes so that doses can be adjusted to the patient’s size and weight. To ensure that the medicine is given correctly, EMA has advised on a colour code system to better distinguish between the different forms of the medicine. Booklets with detailed information on the correct use of the medicine will be provided to patients and carers.

The opinion adopted by the CHMP at its June 2015 meeting is an intermediary step on Strensiq's path to patient access. The CHMP opinion will now be sent to the European Commission for the adoption of a decision on an EU-wide marketing authorisation. Once a marketing authorisation has been granted, each Member State will take a decision on price and reimbursement based on the potential role/use of this medicine in the context of its national health system.

Notes

This press release, together with all relevant documents, is available on the Agency's website: http://www.ema.europa.eu/ema/index.jsp?curl=pages/news_and_events/news/2....

The marketing-authorisation applicant for Strensiq is Alexion Europe SAS.

Following this positive CHMP opinion, the COMP will assess whether the orphan designation should be maintained.

More information on EMA's recommendation for the safe use of Strensiq is available here.

More information on the work of the European Medicines Agency can be found on its website: www.ema.europa.eu

Farydak shown to slow progression of rare blood cancer
The European Medicines Agency (EMA) has recommended granting a marketing authorisation for Farydak (panobinostat) for the...

Farydak is the first cancer medicine that targets enzymes known as histone deacetylases or HDACs, which are involved in turning genes ‘on’ and ‘off’ within cells. It is intended for patients with relapsed and/or refractory multiple myeloma who have received at least two prior standard therapies, including bortezomib and an immunomodulatory agent. It is to be used in combination with bortezomib and the anti-inflammatory medicine dexamethasone.

Multiple myeloma is a rare cancer of a type of white blood cells called plasma cells. In multiple myeloma, the division of plasma cells becomes out of control, resulting in abnormal, immature plasma cells multiplying and filling up the bone marrow. The abnormal cells interfere with the production of normal white blood cells, red blood cells and platelets, and patients develop complications such as infections, anaemia, bone pain and fractures, raised blood calcium levels and kidney dysfunction.

Multiple myeloma is generally an incurable disease that leads to bone destruction and kidney failure. In 2012, around 39,000 people had multiple myeloma in the European Union (EU). Around 50% of patients diagnosed with multiple myeloma under current treatment are still alive after five years.

The recommendation from EMA’s Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP) is based on a study of Farydak in combination with bortezomib and dexamethasone in 768 patients with multiple myeloma, 193 of whom had received at least two prior treatments that included bortezomib and an immunomodulatory agent. Participants were randomly assigned to receive a combination of Farydak, bortezomib and dexamethasone, or bortezomib and dexamethasone alone. The study found that among patients who had received prior treatment with bortezomib and an immunomodulatory agent, the disease progressed more slowly (by a median of 4.8 months) with Farydak treatment. The most common side effects of Farydak were blood disorders, haemorrhage, diarrhoea, nausea, vomiting and fatigue.

In the context of these sometimes serious side effects, the CHMP considered that the overall benefit-risk balance for Farydak is only positive in patients with relapsed and/or refractory multiple myeloma who have received at least two prior regimens including bortezomib and an immunomodulatory agent. A follow-up plan to monitor the safety of Farydak and lower its risks was agreed by the CHMP.

Because multiple myeloma is rare, Farydak was designated as an orphan medicine by the Committee for Orphan Medicinal Products (COMP) in 2012. Orphan designation gives medicine developers access to incentives such as fee reductions for scientific advice and is the key instrument available in the EU to encourage the development of medicines for patients with rare diseases.

The opinion adopted by the CHMP at its June 2015 meeting is an intermediary step on Farydak’s path to patient access. The CHMP opinion will now be sent to the European Commission for the adoption of a decision on an EU-wide marketing authorisation. Once a marketing authorisation has been granted, decisions about price and reimbursement will take place at the level of each Member State, taking into account the potential role/use of this medicine in the context of the national health system of that country.

Notes

This press release, together with all relevant documents, is available on the Agency's website: http://www.ema.europa.eu/ema/index.jsp?curl=pages/news_and_events/news/2...

The applicant for Farydak is Novartis Europharm Ltd.

Following this positive CHMP opinion, the COMP will assess whether the orphan designation should be maintained.

More information on the work of the European Medicines Agency can be found on its website: www.ema.europa.eu

 

Treatment to be added to Humira’s approved uses
The European Medicines Agency (EMA) has recommended extending the use of Humira (adalimumab) to include treatment of adults...

Hidradenitis supportiva is a chronic skin disease that causes abscesses and scarring on the skin – usually around the groin, buttocks, breasts and armpits. Humira is the first medicine that is recommended for approval for the treatment of this disease in the European Union (EU).

Humira was first authorised in the EU in September 2003 for the treatment of active rheumatoid arthritis. The use of Humira was later extended to include the treatment of other inflammatory autoimmune conditions in adults and children, including juvenile idiopathic arthritis, psoriatic arthritis, ankylosing spondylitis, plaque psoriasis, Crohn's disease and ulcerative colitis.

The active substance in Humira, adalimumab, is a monoclonal antibody. It has been designed to attach to tumour necrosis factor-alpha (TNF), which is involved in causing inflammation and is found at high levels in patients with the types of autoimmune diseases that Humira is used to treat. By blocking TNF-alpha, adalimumab reduces the inflammation and other symptoms of the diseases.

Hidradenitis suppurativa is estimated to affect about 1% of the population in any one year, and is 2 to 5 times more common in women than men. It ranges from mild to severe forms, but it can be progressive in some people. It is characterised by recurrent inflamed nodules and abscesses, which may form fistulas, leak pus and cause scarring. Hidradenitis suppurativa can have a considerable impact on patients’ daily lives, their work/school attendance, physical activities, and emotional state.

Currently, there are no approved medicines for the treatment of hidradenitis suppurativa in the EU, but there are treatment recommendations from learned societies including antibiotics to treat infections. Surgery and/or laser treatments are sometimes used in severe cases. The EMA’s Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP) considered that there is an unmet medical need for treatment of this condition when conventional treatments have failed.

The recommendation from the CHMP is based on the results of two main studies in 633 people with moderate to severe hidradenitis suppurativa. Patients in these studies were randomly assigned to receive either Humira or placebo in addition to daily use of a topical antiseptic. Both studies showed that patients given Humira had greater reductions in the numbers of abscesses and inflammatory nodules than patients given placebo.

The adverse events reported during the clinical trials of Humira for hidradenitis suppurativa were generally similar to those seen with Humira used in its other indications. There are some known risks with Humira including risks of infection and malignancy. A follow-up plan to monitor the long-term safety of Humira was agreed by the CHMP.

The company received scientific advice from the CHMP on clinical aspects of the application. This is one of the Agency’s main tools to facilitate and stimulate research and development within the EU.

The opinion adopted by the CHMP at its June 2015 meeting is an intermediary step on Humira’s access to adult patients with active moderate to severe hidradenitis suppurativa. The CHMP opinion will now be sent to the European Commission for the adoption of a decision to change the marketing authorisation. Once the extension of indication has been granted, each Member State will take a decision on price and reimbursement based on the potential role/use of this medicine in the context of its national health system.

Notes

This press release, together with all relevant documents, is available on the Agency's website: http://www.ema.europa.eu/ema/index.jsp?curl=pages/news_and_events/news/2....

The applicant for Humira is AbbVie Ltd.

More information on the work of the European Medicines Agency can be found on its website: www.ema.europa.eu

 

Kanuma is first treatment for rare life-threatening genetic disease
The European Medicines Agency (EMA) has recommended granting a marketing authorisation for Kanuma (sebelipase alfa), for the...

Patients with this condition have a wide range of symptoms such as growth failure, enlarged liver, diarrhoea and malabsorption (when nutrients from food are not easily absorbed during digestion). There are different types of LAL deficiency with the disease in infants, also called Wolman disease, being the most severe. In its most severe form, the disease is usually fatal in the first year of life.

There is currently no approved therapy for this condition. Due to the lack of treatment and the high death rate in infants under the age of one, EMA’s Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP) decided to speed up the evaluation of this medicine and recommended marketing authorisation following an accelerated assessment. This mechanism is one of the Agency’s tools to speed up patient access to new medicines where there is an unmet medical need.

LAL deficiency occurs when the body does not produce enough active lysosomal acid lipase (LAL), an enzyme which breaks down fatty material. The lack of the LAL enzyme can lead to a build-up of fatty material in a number of vital body organs including the liver and blood vessels.

Kanuma is indicated for long-term enzyme replacement therapy (ERT) in infants, children and adult patients. Kanuma’s active substance is sebelipase alfa, a recombinant lysosomal human acid lipase, which is effective in replacing the activity of the missing enzyme. Kanuma is the first recombinant product produced from the egg white of transgenic hens (hens whose cells have been modified to include a foreign gene).

The CHMP based its recommendation on four studies which provided evidence on the safety and efficacy in infants (under six months of age), children and adults. LAL is a rare disease; therefore the number of participants in these studies was small. Across all four studies, a total of 106 patients with LAL deficiency received treatment with sebelipase alfa, including 14 infants. In the clinical trials significant improvements were observed for a number of disease parameters. There was an improvement in survival of infants with LAL deficiency for which no treatment was available up until now. Collection of long-term efficacy data will continue through an ongoing study in infants with LAL deficiency.

The most common side effects with Kanuma were potential allergic reaction (hypersensitivity), high levels of fatty material in the blood (transient hyperlipidemia) and development of anti-drug antibodies (ADAs) which can hamper treatment as it might induce hypersensitivity and/or make treatment potentially less effective. The CHMP recommended that hypersensitivity, which appears to be more frequent in infants, should be further monitored following authorisation in all age groups. CHMP also required that long-term monitoring of ADAs in infants and in older populations be carried out.

Because LAL deficiency is rare, Kanuma was designated as an orphan medicine by the Committee for Orphan Medicinal Products (COMP). Orphan designation gives medicine developers access to incentives such as fee reductions for scientific advice and is the key instrument available in the EU to encourage the development of medicines for patients with rare diseases.

The opinion adopted by the CHMP at its June 2015 meeting is an intermediary step on Kanuma’s path to patient access. The CHMP opinion will now be sent to the European Commission for the adoption of a decision on an EU-wide marketing authorisation. Once a marketing authorisation has been granted, decisions about price and reimbursement will take place at the level of each Member State, taking into account the potential role/use of this medicine in the context of the national health system of that country.

Notes

This press release, together with all relevant documents, is available on the Agency's website: http://www.ema.europa.eu/ema/index.jsp?curl=pages/news_and_events/news/2....

The applicant for Kanuma is Synageva BioPharma Ltd.

Following this positive CHMP opinion, the COMP will assess whether the orphan designation should be maintained.

More information on the work of the European Medicines Agency can be found on its website: www.ema.europa.eu

Training device and audio-visual material
The European Medicines Agency (EMA) has recommended several measures, including the introduction of more effective educational...

Adrenaline auto-injectors are potentially life-saving treatments for anaphylaxis (severe allergic reactions) while the patient waits for emergency medical assistance.

EMA carried out a review of adrenaline auto-injectors following concerns that currently available devices may deliver adrenaline under the skin instead of into a muscle, and this may delay response to treatment.

Having assessed all the available data, EMA’s Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP) acknowledged that giving the medicine by injection into the muscle is the preferred way to obtain a rapid response in anaphylaxis. However, the CHMP noted that several factors may affect whether adrenaline is actually delivered into a muscle; these include needle length, the thickness of fat under the skin, the way the auto-injector works (e.g. if it is spring loaded or not), the angle at which the device is placed on the skin and the force used to activate the device as well as how well the user follows the instructions for injection.

The CHMP concluded that training of the user is of paramount importance. The companies that market adrenaline auto-injectors will therefore be asked to develop more effective educational material for patients, as well as for healthcare professionals, to ensure their optimal use. This will include a training device with which patients can practise; audio-visual material to show in detail how the device is to be used; and a checklist for prescribers to ensure that sufficient information is given to the patient before they use the auto-injector. The product information of adrenaline auto-injectors will also be updated with further warnings and precautions, including a recommendation that patients should be prescribed two auto-injectors which they should carry at all times and a recommendation for family members, carers or teachers to be trained on how to use the auto-injector.

The CHMP also concluded that further data should be generated to better understand how adrenaline penetrates body tissues when given with each of the different auto-injectors.

The CHMP recommendation will now be sent to the European Commission for a legally binding decision that will be valid throughout the EU.

Information for patients

Adrenaline auto-injectors are used to treat severe allergic reactions, while the patient awaits emergency medical assistance. They are designed so that they can be easily used by the patient themselves or a carer.

The review of adrenaline auto-injectors showed that patients could benefit from further training to use the auto-injector successfully.

You will receive training from your doctor or nurse on how to use your adrenaline auto-injector. A training device will also be developed so that you can practise with it before you need the auto-injector in an emergency. A training video will be produced to show you in detail how to use the injector properly.

It is important that you use the auto-injector correctly so that the adrenaline is delivered into your muscles and works as quickly as possible.

If you have been prescribed an adrenaline auto‑injector because you are at risk of severe allergic reactions, you should ensure you are familiar with it and carry it with you at all times.

It is likely that your doctor will recommend that you carry 2 injectors, in case a second dose is needed while you wait for emergency assistance.

Your family members, carers or teachers should also be instructed in the correct use of the auto-injector.

Information for healthcare professionals

The review of adrenaline auto-injectors confirmed that intramuscular injection is the preferred route of administration in the treatment of anaphylaxis in order to obtain a rapid response.

Several factors may affect whether adrenaline reaches the muscle layer. These include: needle length, the skin-to-muscle depth, the way the auto-injector works (e.g. if it is spring loaded or not), the angle of placement on the skin and the force used to activate the device.

Because of the uncertainties over drug delivery from adrenaline auto-injectors and the consequent uncertainties around the onset of pharmacodynamic response, it is recommended that healthcare professionals prescribe 2 auto-injectors, which patients should carry at all times.

Educational material will be developed to ensure that patients or carers use adrenaline auto-injectors successfully. This will include a training device that patients can practise with, audio-visual material and a prescriber checklist.

A study in 2013 by Brown et al. showed that 15% of the mothers were unable to use the auto-injector successfully in their children. This supports the introduction of proper training and comprehensive educational material for patients and healthcare professionals.

The companies that market adrenaline auto-injectors will be asked to carry out a pharmacokinetic/pharmacodynamic study to better understand how adrenaline penetrates body tissues when given through an auto-injector.

More about the medicine

Adrenaline (epinephrine) auto-injectors are given to people who are at risk of anaphylaxis (severe allergic reaction) or have had a previous episode of anaphylaxis, to use as a first‑aid measure in case of emergencies while waiting for emergency medical assistance.

Anaphylaxis is a life-threatening reaction that causes a drop in blood pressure and breathing difficulties. An injection of adrenaline helps to relieve the symptoms of anaphylaxis quickly by narrowing the blood vessels (thereby increasing the blood pressure) and opening up the airways to help with the breathing.

Adrenaline auto-injectors have been approved through national procedures in all the EU Member States.

More about the procedure

The review of adrenaline auto-injectors was initiated at the request of the United Kingdom in April 2014, under Article 31 of Directive 2001/83/EC. This followed a national review of all adrenaline auto-injector products approved in the UK, which concluded that there was no robust evidence that the devices deliver adrenaline into a muscle for all patients.

The review has been carried out by the Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP), responsible for questions concerning medicines for human use, which has adopted the Agency’s final opinion. The CHMP opinion will now be forwarded to the European Commission, which will issue a final legally binding decision applicable in all EU Member States.

References

The review looked at data from several studies including:

Bhalla, M. C., B. D. Gable, et al. (2013). "Predictors of epinephrine autoinjector needle length inadequacy." Am J Emerg Med 31(12): 1671-1676.

Brown, J., D. Tuthill, et al. (2013). "A randomized maternal evaluation of epinephrine autoinjection devices." Pediatr Allergy Immunol 24(2): 173-177.

Simons, F. E., X. Gu, et al. (2001). "Epinephrine absorption in adults: intramuscular versus subcutaneous injection." J Allergy Clin Immunol 108(5): 871-873.

Simons, F. E., J. R. Roberts, et al. (1998). "Epinephrine absorption in children with a history of anaphylaxis." J Allergy Clin Immunol 101(1 Pt 1): 33-37.

Song, T. T., M. R. Nelson, et al. (2005). "Adequacy of the epinephrine autoinjector needle length in delivering epinephrine to the intramuscular tissues." Ann Allergy Asthma Immunol 94(5): 539-542.

Stecher, D., B. Bulloch, et al. (2009). "Epinephrine auto-injectors: is needle length adequate for delivery of epinephrine intramuscularly?" Pediatrics 124(1): 65-70.

Wang, C., R. Wolf, et al. (2013). Comparison of Needle Penetration Depth Probabilities of Two Epinephrine Auto-Injectors. ALLERGY AND ASTHMA PROCEEDINGS, OCEAN SIDE PUBLICATIONS INC 95 PITMAN ST, PROVIDENCE, RI 02906 USA.

Em Portugal
Uma tecnologia portuguesa vai permitir controlar a qualidade dos óleos de fritura, que face à legislação em vigor não podem ter...

Esta nova plataforma de análise, denominada Eyefry, surge porque "os sistemas que atualmente existem colocam questões de robustez e fiabilidade", sendo que se colocou a ideia de poder investir numa solução que conjugasse "a facilidade de uso e o baixo custo analítico e resultados confiáveis", anunciou em comunicado o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), um dos parceiros envolvimentos no lançamento desta tecnologia.

Os outros foram a Ambifood (que fornece sistemas de análise rápidos nos domínios ambiental e alimentar), a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) e o Laboratório de Química da ASAE criou esta tecnologia.

Esta inovação, destaca o comunicado, "tem impacto na saúde pública, uma vez que existe uma relação de casualidade entre a ingestão de óleos usados na fritura, a sua degradação e o aparecimento de certas patologias".

Através de sistemas óticos e de 'software' de registo e controlo de dados por meio de um ‘smartphone', que por sua vez está conectado com o sistema geral de controlo de dados, através de um 'software' próprio, o Eyefry insere-se "num mercado em expansão, com um produto inovador capaz de criar postos de trabalho dedicados e tendo em vista a internacionalização", afirma o CEO da Ambifood, Artur Melo e Castro, citado no comunicado.

Este produto destina-se às entidades que atuam na indústria alimentar e para quem os controlos são obrigatórios, considerando as questões legais e económicas.

"Para além dos benefícios económicos que o projeto Eyefry vai trazer, está provada uma relação de causalidade entre a ingestão de óleos usados na fritura, a sua degradação e o aparecimento de certas patologias, tais como doenças degenerativas, oncológicas, envelhecimento precoce, entre outras", pode ler-se no documento.

Os resultados do projeto vão ser apresentados terça-feira, 30 de junho, no Workshop final do projeto Eyefry, no Auditório B do INESC TEC, com início marcada para as 14:15.

Na apresentação estarão presentes membros IAPMEI, do Centro Hospitalar do Porto e da ASAE, para discutir as implicações deste tema na saúde pública, o seu enquadramento e controlo oficial e interesse prático.

Este projeto foi financiado pelo Programa Operacional Regional do Norte ("ON.2 - O Novo Norte"), do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

Grécia
No centro de Atenas, a comunidade policlínica e farmacológica já prestou nos últimos três anos assistência gratuita a mais de 7...

Constantine Kokossis, 65 anos, é um dos voluntários que trabalha desde o início nesta instituição, onde assegura o secretariado e assuntos administrativos. À entrada, três mulheres aguardam a vez para os dois dentistas de serviço. Nas paredes, cartazes de solidariedade em vários idiomas. O telefone toca incessantemente e Kokossis tentar solucionar diversos problemas burocráticos.

"Esta comunidade policlínica integra um conjunto de médicos, dentistas, farmacêuticos e outros voluntários, todos sem qualquer remuneração. Não somos uma ONG nem garantimos apoios periódicos, quer do Estado quer de outras organizações internacionais", assinala.

As doações provêm da Grécia, e do estrangeiro, através de pessoas ou instituições privadas. No total, 80 pessoas entre médicos, incluindo 30 dentistas, farmacêuticos e pessoal auxiliar garantem o funcionamento diário da policlínica, que disponibiliza várias especialidades médicas e estabelece alguns protocolos, em particular na área da oftalmologia, também para consultas gratuitas.

"Recebemos pessoas de toda a Grécia e sem distinguir entre gregos ou imigrantes, mesmo que tenham sido detidos ou sejam indocumentados. Desde 2012 já assistimos 7.000 pessoas".

A instituição funciona no terceiro andar de um prédio não longe da praça Omonia, conhecia pela sua concentração de imigrantes, que desde janeiro também passaram a ter acesso ao serviço nacional de saúde após decisão do Syriza, o partido da esquerda radical no poder.

"Logo após o início do mandato do Governo em janeiro foi decidido que todas as pessoas devem ter acesso aos serviços de saúde, sem discriminação entre gregos e estrangeiros. Tentaram restabelecer o serviço mas por razões técnicas falta dinheiro, entre outros problemas. Há um atraso, e por isso é necessário manter em funcionamento estas unidades policlínicas dirigidas à comunidade".

No entanto, o aumento exponencial da imigração em direção à Grécia desde o início de 2015 agravou o problema.

"Verificou-se um forte aumento na busca de cuidados de saúde primários. E nós somos a primeira instância a que recorrem", revela. "No passado isso não acontecia, porque a assistência médica estatal estava assegurada, mas foi entretanto desmantelada".

A Comunidade policlínica e farmacológica de Atenas está integrada numa rede mais ampla designada "Solidariedade para todos" (Solidarity4all), que no início forneceu as verbas necessárias para iniciar o projeto.

"Em 2012 foram os deputados do Syriza, então na oposição, que ofereceram parte do seu salário para ajudar neste esforço", indica Kokossis. A Policlínica garante ainda algum apoio monetário através de doadores particulares, decisivo após o colapso do Serviço nacional de saúde, "talvez a maior catástrofe em toda a história deste setor após serem aplicados cortes de 40%".

O responsável da instituição calcula que 2,4 milhões de pessoas, entre desempregados e migrantes, dependem destas instituições para os cuidados de saúde primários.

E a situação agravou-se após as pessoas com mais de três meses sem trabalho terem sido impedidas de acesso ao sistema de saúde estatal. À semelhança de muitos imigrantes (no total cerca de um milhão, 10 por cento da população do país), na maioria desempregados ou envolvidos na "economia paralela".

A aquisição de medicamentos é outro problema central desta policlínica, mas que tem sido minimizado pela "solidariedade dos cidadãos", como refere.

"Todas as manhãs vêm pessoas entregar-nos que os seus medicamentos por já não precisarem ou por terem alterado a prescrição. Cerca de 90% dos medicamentos são garantidos desta forma".

No espaço alugado pela instituição, e para além da sala dos dentistas e da reservada aos medicamentos, funciona uma sala de ginecologia "com material vindo da Alemanha", uma sala para pequenas cirurgias e outra para apoio psicológico.

"Há um grande número de pessoas que necessita de apoio psicológico. Somos um povo mediterrânico do ponto de vista sentimental e psicológico. Desde o início da crise é inacreditável o aumento no número de suicídios. Não havia números, antes eram muito reduzidos, agora são milhares de casos registados", assinala Constantine Kokossis.

"As instituições psiquiátricas foram o primeiro setor afetado pelos cortes no orçamento para a saúde", acrescenta, ao justificar a atenção dedicada a esta especialidade clínica.

E concluiu com uma certeza: "Perante a atual situação, esta policlínica vai continuar a funcionar num futuro previsível".

Nos próximos dois anos
A farmacêutica Roche, que desenvolve atualmente mais de 50 ensaios clínicos em Portugal, anunciou que vai investir nesta área...

Em comunicado, a empresa refere que os 50 ensaios clínicos decorrem em 30 hospitais, 143 centros de ensaio, envolvendo 400 doentes em tratamento e mais de 500 profissionais de saúde, em 16 áreas terapêuticas.

“Os ensaios clínicos representam apenas uma fase em todo o processo de criação de um medicamento, já que desde a fase da descoberta da molécula até ao dia em que um novo fármaco chega aos doentes passam-se, em média, 12 anos, que correspondem a sete milhões de horas de trabalho, 6.585 experiências e ao envolvimento de uma equipa de 423 investigadores”, lê-se no comunicado.

O anúncio do investimento de 20 milhões de euros em Portugal foi feito no dia em que a Roche realiza uma conferência que pretende “promover o debate e apontar novos caminhos para a investigação clínica desenvolvida em Portugal”.

A conferência sobre novos caminhos da investigação clínica em Portugal contará com a presença do secretário de Estado Adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, e da secretária de Estado da Ciência, Leonor Parreira.

O organismo que regula o setor do medicamento revelou, em maio, que estão atualmente a decorrer em Portugal 353 ensaios clínicos.

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) adiantou que “a grande maioria destes ensaios clínicos decorrem em hospitais e centros de ensaios” e que “as principais áreas terapêuticas de investigação destes ensaios clínicos são a oncologia, doenças do sistema nervoso e doenças infeciosas”.

Dos ensaios clínicos a decorrer, quatro por cento estão na fase um (avaliam a segurança e a tolerabilidade do fármaco e normalmente são feitos em humanos saudáveis) e 20 por cento na fase dois (calculam a eficácia terapêutica de um novo medicamento em doentes com a doença em estudo).

A maior parte dos ensaios em curso (72 por cento) decorre na fase três (comparam a eficácia de um fármaco com outro ou com um placebo) e quatro por cento estão na fase quatro, na qual se avaliam os riscos e os benefícios de um medicamento durante mais tempo e em mais doentes.

Para estes ensaios está prevista a participação de 12 mil pessoas. No entanto, o Infarmed ressalva que “não dispõe da informação relativa ao número de participantes efetivos, notando-se que este não atinge, frequentemente, o valor máximo planeado”.

Em outubro
O curso de Medicina em Cabo Verde, com o apoio de universidades portuguesas, já tem as condições reunidas para arrancar em...

Citado pela agência Inforpress, o professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e também coordenador geral do curso na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), salientou que o processo avançou o suficiente no último ano e meio, estando praticamente na reta final.

O curso já está aprovado pela Uni-CV e o protocolo entre as duas universidades está assinado, envolvendo também o Hospital Agostinho Neto, o principal na Cidade da Praia, e a Ordem dos Médicos de Cabo Verde.

Sobre as instalações, Fernando Regateiro considerou que os laboratórios existentes na Uni-CV são "perfeitamente compatíveis" para lecionar algumas disciplinas das unidades curriculares, nomeadamente biologia e anatomia.

Questionado sobre o modelo de implementação do curso, explicou que vai ser no "sistema 3+2+1", ou seja, três anos de lecionação em Cabo Verde, dois na Universidade de Coimbra (Portugal) e o último ano em Cabo Verde.

Para o primeiro ano letivo, a iniciar em outubro próximo, o curso vai ser aberto a 25 alunos que, após os três primeiros anos em Cabo Verde, serão distribuídos por 15 turmas de aulas práticas na Universidade de Coimbra.

O plano de estudo vai ser idêntico ao existente em Coimbra, por forma a haver uma transição sem a necessidade de equivalência e também para que os alunos estejam sempre na mesma fase de aprendizagem.

Fernando Regateiro disse, contudo, que o curso está desenhado para dar aos alunos cabo-verdianos uma grande capacidade resolutiva, sendo que uma das apostas é a medicina comunitária, levando em conta as necessidades e exigências de Cabo Verde como um país insular.

Em 2014
O Agrupamento de Centros de Saúde Douro Norte ultrapassou, pela primeira vez em 2014, as 500.000 consultas, avançou o diretor...

Durante a apresentação do Relatório de Atividades 2014, em Vila Real, Armando Vieira frisou que das 500.000 consultas efetuadas nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Douro Norte, quase 60% foram isentas de qualquer taxa moderadora por parte dos utentes.

“Foi no ano [2014] em que melhorámos em todos os indicadores de desempenho clinico e de gestão, aumentámos o acompanhamento dos doentes inscritos em programas de vigilância e diminuímos os custos em medicamentos, tanto das famílias como do Sistema Nacional de Saúde (SNS), mantendo o mesmo número de embalagens disponibilizado”, frisou.

Este agrupamento abrange os municípios de Alijó, Mesão Frio, Murça, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Sabrosa e Vila Real.

Armando Vieira realçou que o número de utentes consultados nos programas de planeamento familiar, diabetes, saúde materna e infantil, hipertensão e rastreio oncológico também aumentou.

Destes, o rastreio oncológico foi o que registou maior aumento passando de 19.555 consultas em 2013, para 33.558 em 2014, seguido da hipertensão que passou de 54.932, para 60.410.

O diretor executivo ressalvou que a proporção de fumadores com consulta tabágica subiu de 20 para 23%.

Também no que concerne aos jovens de 14 anos com consulta médica e Plano Nacional de Vacinação (PNV), o aumento foi de 3 pontos (60 para 63%).

Já a proporção de hipertensos com cálculo do risco cardiovascular passou de 17 para 52%, disse o responsável.

O número de utentes entre os 50 e 75 anos a realizar o rastreio de cancro colo-retal aumentou 19 pontos, passando dos 31 para os 50%.

Armando Vieira salientou ainda que a Rede de Cuidados Continuados e Integrados tem 726 utentes, entre os quais 293 têm idades entres os 75 e 85 anos, 142 tem mais de 85 anos e 139 estão entre os 65 e 75 anos.

“A nossa tarefa não se esgota em oferecer mais serviços utilizando menos recursos é, naturalmente, nosso objetivo contribuir para que a prestação de cuidados resulte em mais ganhos em saúde e maior prevenção da doença”, afirmou.

Associação para o Planeamento da Família
A Associação para o Planeamento da Família opõe-se à tentativa de mudança da lei do aborto e considera infundados os motivos...

Sobre o debate parlamentar, agendado para 3 de julho e que analisará propostas da iniciativa de cidadãos “Pelo Direito a Nascer”, a Associação para o Planeamento da Família (APF) diz opor-se a “qualquer tentativa de mudança da lei que seja aprovada no quadro do debate parlamentar”.

Em comunicado, a direção da APF sublinha que qualquer mudança na lei tem de ser baseada na audição prévia dos profissionais de saúde, da Direção-Geral da Saúde e das organizações da sociedade civil que têm estado envolvidas na problemática da interrupção voluntária da gravidez (IVG).

A associação frisa que a IVG não está a ser banalizada e que as mulheres portuguesas não estão a usar o aborto para substituir a contraceção.

“Os dados existentes revelam que nos últimos anos aumentou o uso de contracetivos em Portugal, aumentou o recurso às consultas de planeamento familiar e diminuiu o número de IVG realizadas”, indica o comunicado.

Acrescenta ainda que é muito reduzido o número de mulheres que repetem o aborto e que o recurso à IVG em Portugal é menor do que na maioria dos países da União Europeia.

A APF considera ainda infundados os argumentos do movimento de cidadãos que apresentou uma proposta de alteração à atual lei da IVG, nomeadamente no que se refere ao fim da equiparação entre IVG e maternidade para efeitos de prestações sociais e aplicação de taxas moderadoras.

“Os dados da Segurança Social revelam que é baixíssimo o número de mulheres que gozam baixas ou subsídios de maternidade em casos de IVG”, refere a associação.

Sobre a aprovação de taxas, o comunicado rejeita a instituição de barreiras ou punições às mulheres que pretendam abortar dentro do quadro legal: “a IVG não pode ser um ato médico considerado menor ou sujeito a punições e a outras formas de estigmatização”.

A APF mostra-se disponível para debater a aplicação de taxas moderadoras, mas considera que é um debate que deve ser feito noutras instâncias e não no contexto da proposta que vai ser discutida no parlamento.

Relativamente à proposta de ser apresentada uma ecografia à mulher que quer abortar, a associação de planeamento familiar entende ser “um procedimento maldoso, humano e eticamente inaceitável”.

“As propostas dos autores da petição constituem uma tentativa de obstaculizar o acesso das mulheres à IVG”, defende a associação, considerando que se propõe um “processo complexo e moroso que vai dificultar a resposta”.

Um relatório oficial divulgado este mês confirma mais uma vez a tendência de queda do número de interrupções da gravidez (IG) que se vem verificando desde 2012, sendo que no ano passado se realizaram 16.589 abortos (por todos os motivos), menos 1.692 do que em 2013 (total de 18.281), o que traduz uma descida de 9,3%.

Avaliando apenas as IG “por opção da mulher” (representam 97% do total e realizam-se até às 10 semanas de gestação), em 2014 realizaram-se 16.039, menos 9,5% do que em 2013 (17.728).

Governo da Madeira
O conselho do Governo Regional da Madeira decidiu reforçar em 150 mil euros o apoio social para ajudar à aquisição de...

Esta é uma das deliberações que constam do comunicado com as conclusões da reunião semanal do executivo madeirense, que decorreu sob a presidência do chefe do Governo insular, Miguel Albuquerque.

O reforço financeiro será atribuído através do Instituto de Segurança Social da Madeira, constituindo um “apoio na área social, para atribuição de subsídios eventuais às famílias, através do auxílio na aquisição de medicamentos destinados à população mais vulnerável, idosa e/ou com carências sociais”, pode ler-se no documento.

O executivo regional também aprovou uma linha de crédito bonificado “para financiar a compra de cana-de-açúcar a efetuar pelos industriais para o fabrico de rum agrícola e mel de cana-de-açúcar durante a campanha de 2015”, tendo a porta-voz da reunião, a secretária da Inclusão e Assuntos Sociais, Rubina Leal, adiantado que envolve um teto máximo de 2,5 milhões de euros.

O Governo insular também aprovou o diploma que permite a adaptação à Madeira do regime jurídico da exploração dos estabelecimentos de alojamento local, destacando a sua pertinência com a “importância do setor turístico para a Região e a necessidade de estabelecer a correspondência orgânica entre o previsto no diploma nacional e os correspondentes serviços da orgânica do Governo Regional”.

O comunicado refere nesta matéria que era também preciso determinar “o destino das coimas a aplicar pelos respetivos órgãos de fiscalização regional”, determinando as características dos estabelecimentos de alojamento local, “proibindo-se agora, expressamente, a exploração daqueles que reúnam os requisitos para serem considerados empreendimentos turísticos (mais de 9 quartos)”.

Entre outros aspetos, “este novo regime consagra ainda a possibilidade de os estabelecimentos de hospedagem poderem utilizar a denominação hostel quando a unidade de alojamento, única ou maioritária, seja o dormitório e preencham alguns requisitos adicionais”, menciona o comunicado.

O documento conclui que o conselho do governo regional aprovou a proposta de Decreto Legislativo Regional que adapta à Região Autónoma da Madeira o Decreto-Lei n.º 37/2015, de 10 de março, que estabelece o regime de acesso e exercício de profissões e de atividades profissionais.

Doença inflamatória crónica
A Rosácea é uma doença de pele comum, cujos sintomas envolvem áreas de vermelhidão na pele e lesões

Existem vários tipos de tratamentos possíveis para a Rosácea, dependendo do subtipo da doença e da sua gravidade. Porém existem diversos cuidados gerais que pode manter para tentar minimizar e controlar a doença.

  • Utilizar uma loção de limpeza suave para limpar a pele de manhã e à noite, usando as pontas dos dedos para aplicar em todo o rosto.
  • Evitar produtos com ingredientes irritantes e que provoquem sensação de ardor, queimadura ou que causem vermelhidão: álcool, hamamélis, mentol, hortelã-pimenta, óleo de eucalipto ou óleo de cravo.
  • Utilizar produtos sem perfume e de elevada tolerância. Se se optar pela utilização de produtos com perfume, é necessário verificar se o perfume se encontra no fim da lista de ingredientes, pois deste modo o produto terá menor conteúdo da fragrância.
  • Enxaguar o rosto com água morna para remover a loção de limpeza e utilizar uma toalha de algodão grosso para secar.
  • Esperar alguns minutos antes de aplicar qualquer medicamento ou produto para cuidado da pele, para que a pele do rosto seque completamente. Em caso de aplicação de algum medicamento tópico, esperar 5 a 10 minutos para que este seque, antes de aplicar qualquer creme hidratante fotoprotetor ou maquilhagem.
  • Os homens devem utilizar preferencialmente máquina de barbear elétrica em vez de uma lâmina e devem evitar utilizar loções de barbear ou aftershaves.
  • Manter a pele hidratada e fotoprotegida todo o ano.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Inflamatória, não contagiosa mas crónica
A Rosácea é uma doença da pele não contagiosa caracterizada por vermelhidão nas bochechas, nariz, qu
Mulher com o rosácea a ver-se ao espelho

Depois de pela primeira vez se comemorar o Mês de Sensibilização da Rosácea, um grupo de especialistas levou a cabo um estudo - Face Values: Global Perceptions Survey – com o objectivo de avaliar o impacto psicológico do eritema facial da rosácea, quer do ponto de vista pessoal, quer do ponto de vista da repercussão externa.

“Os seus resultados não só confirmam que a doença tem uma repercussão negativa na vida social, profissional e emocional dos doentes, como salienta a opinião desfavorável que a população pode ter de uma pessoa com o rosto vermelho, nomeadamente no que toca a sua personalidade e competências profissionais”, refere Ana Fidalgo, Dermatologista na Fundação Champalimaud e na Clínica Dermatológica Sequine.

A Rosácea é uma doença cutânea crónica comum que afecta principalmente a pele do rosto e caracteriza-se por um conjunto de sinais e sintomas, que incluem flushing, eritema persistente, pápulas inflamatórias e pústulas, sensação de calor ou ardor, nas áreas afectadas. Pode ocorrer igualmente aumento de volume localizado (designado por alterações fimatosas), que com mais frequência envolve nariz, região frontal, queixo (mento) ou pálpebras”, explica Ana Fidalgo.

Em Portugal, comenta a especialista, “não existem estudos aprofundados sobre a prevalência da doença, porém, estima-se que a doença afecte cerca de 45 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo mais frequente em populações com tom de pele mais claro. Ou seja, mais sensível ao sol, e em mulheres de meia-idade”.

Não existe nenhum teste de diagnóstico específico para a rosácea. Geralmente, o dermatologista faz o diagnóstico através da observação da pele afectada. A esta observação juntam-se normalmente algumas perguntas ao doente, sobre familiares que tenham rosácea, medicação que estejam a fazer, entre outras.

As causas exactas da doença não são ainda conhecidas, mas na opinião da dermatologista “são seguramente multifactoriais”

“De uma forma simples, admite-se que seja uma resposta anómala e heterogénea do sistema vascular da pele, associado à susceptibilidade genética individual, e a factores ambientais desencadeantes, tais como o calor, sol, bebidas quentes, álcool”, refere Ana Fidalgo acrescentando que “outros factores, igualmente importantes relacionam-se com os estímulos neurogénico (ansiedade) e hormonal. A interacção destes factores conduz à vasodilatação anormal dos vasos superficiais do rosto, inicialmente de forma transitória e que, com o passar do tempo, se torna persistente. São sobretudo os factores externos, nomeadamente, exposição inadequada ao sol, ambientes ou alimentos quentes, álcool, que são mais fáceis de evitar e controlar”.

Nessa medida convém que os doentes com Rosácea evitem os principais factores de agravamento da doença:

  • Ambientes quentes,
  • Mudanças súbitas de temperatura,
  • Exposição solar exagerada e não protegida,
  • Stress,
  • Ingestão de alimentos picantes,
  • Bebidas quentes
  • Bebidas alcoólicas,
  • Uso de cremes com elevado potencial irritativo.

Impactos da rosácea

Apesar da sua benignidade, a Rosácea tem um impacto muito significativo na imagem pessoal e auto-estima, e pode ter importantes repercussões na vida profissional e social dos doentes, fomentando a insegurança e o medo de exposição. Este impacto emocional foi avaliado numa pesquisa realizada pela National Rosacea Society, que incluiu mais de 500 pessoas com rosácea, e 42% relataram sentir-se tristes ou deprimidas com a aparência da sua pele.

Ana Fidalgo salienta que, “a sociedade actual não só sobrevaloriza a imagem como delineia padrões de perfeição, nos quais um doente com rosácea não se enquadra”.

Os resultados do estudo Face Values: Global Perceptions Survey demonstram que as pessoas em geral, e os próprios pacientes com Rosácea, têm tendência para julgar negativamente as pessoas com eritema facial no seu dia-a-dia. Os pacientes que participaram no estudo afirmaram que a doença tem impactos negativos a nível emocional, social e no local de trabalho.

Um total de 6.831 pessoas, de oito países, participaram no estudo em que observaram fotografias de faces com e sem eritema. As fotografias de pessoas sem vermelhidão facial foram fortemente associadas a traços positivos, como “relaxado” ou “saudável”, enquanto as pessoas com eritema foram mais associadas a uma situação menos saudável e a traços de personalidade negativos, como “doente”, “stressado” e “inseguro”.

Quando confrontados com estas fotografias, a maioria dos participantes mostrou maior tendência para, numa situação laboral, contratar pessoas sem eritema facial – contratariam 85% das pessoas sem vermelhidão versus 70% das pessoas com eritema. No que toca às relações pessoais, as diferenças mantiveram-se: os inquiridos consideraram que poderiam ser amigos de 58% das pessoas com eritema, versus 71% das pessoas sem.

Também os pacientes com Rosácea que participaram neste estudo mostraram-se insatisfeitos com a aparência da sua pele e afirmaram sentir-se julgados injustamente no seu dia-a-dia: 36% dos inquiridos com eritema facial afirmaram sentir-se desconfortáveis ao conhecer outras pessoas, enquanto 77% afirmou que a aparência da sua pele tem um impacto emocional, indo desde o constrangimento (46%) até ao sentir-se triste/deprimido (22%).

Perto de metade dos participantes no estudo já experienciaram reacções directas de outras pessoas quando confrontadas com o seu eritema: 15% já ouviram dizer que bebem demais ou que têm acne, e 26% foram alvo de recomendações para cuidados específicos que deveriam ter com a pele.

Tratamento da rosácea

Com frequência os doentes tentam resolver o problema da vermelhidão com todos os tipos de produtos, em particular os que permitem um disfarce imediato, como bases, maquilhagem corretora ou mais recentemente os cremes BB. “Infelizmente, nem sempre os mais adequados para a sua doença”, comenta a dermatologista, sublinhando que apesar disso, “é importante passar a mensagem de que a doença pode ser controlada, existindo actualmente diversas terapêuticas acessíveis e eficazes, que permitem reduzir bastante o eritema facial. Para tal é importante reconhecer a doença e procurar ajuda especializada”.

Não só porque cada um doente é um caso, como também pelo facto de existirem vários subtipos clínicos de rosácea, “os tratamentos são variados e incluem medicamentos tópicos, sistémicos - orais, e laser (vascular e outros)”.

Mas de uma forma global, Ana Fidalgo recomenda “o uso de fotoprotecção de largo espectro, os cuidados de higiene com produtos de limpeza suaves, a aplicação de hidratantes com baixo potencial irritativo e com acção nos vasos cutâneos, são recomendações comuns a todos os doentes com rosácea”.

Por expressa opção do autor, o texto não respeita o Acordo Ortográfico

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
3.º país da União Europeia a ratificar protocolo
Protocolo da Organização Mundial da Saúde, sobre a eliminação do comércio ilícito do tabaco, ratificado no dia 22 de junho.

Portugal ratificou, no dia 22 de junho, o protocolo da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a eliminação do comércio ilícito do tabaco, sendo o 3.º país da União Europeia, a seguir à Áustria e à Espanha, a ratificar este documento.

O protocolo, aprovado na 5.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro da Organização Mundial da Saúde para o Controlo do Tabaco, em Seul, em 12 de novembro de 2012, tem como objetivo contribuir para a supressão de todas as formas de comércio ilícito de tabaco, através do estabelecimento de mecanismos de cooperação administrativa, científica e jurídica, de âmbito internacional.

O comércio ilícito de tabaco engloba vários fenómenos que incluem o contrabando internacional de produtos do tabaco, o contrabando internacional de produtos de contrafação e a produção e a distribuição ilegais sem o devido pagamento de impostos. Segundo a OMS, um em cada 10 cigarros e outros produtos do tabaco, consumidos em todo o mundo, são ilegais. A indústria do tabaco e os grupos ligados à criminalidade organizada estão entre aqueles que mais lucram com o comércio ilícito de tabaco.

Acresce que os produtos do tabaco de origem ilícita são geralmente produzidos sem observância dos requisitos da legislação europeia e nacional relativa aos produtos do tabaco, não contendo muitas vezes as advertências de saúde, nem respeitando os teores máximos de monóxido de carbono, nicotina e alcatrão, permitidos por esta legislação.

Sabendo-se que o preço é um determinante de grande importância no acesso aos produtos do tabaco, a entrada no mercado paralelo destes produtos a baixo preço constitui um incentivo ao seu consumo, em especial entre os grupos mais vulneráveis, como os jovens e as pessoas com menores rendimentos.

Deste modo, o comércio ilícito de tabaco retira eficácia às medidas políticas de dissuasão do seu consumo, assentes no aumento de impostos, e prejudica os objetivos de saúde pública de prevenção e controlo do tabagismo e de redução das desigualdades em saúde.

Estudo “Os portugueses e o Testamento Vital”
A Universidade Católica Portuguesa em parceria com a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, apresenta o primeiro Estudo...

“O documento aponta para um significativo défice de conhecimento geral, tanto por parte da população, como dos próprios profissionais de saúde que não se deveriam demitir desta função.

É preciso relembrar que o Testamento Vital é um direito que assiste a todos os portugueses. Qualquer pessoa pode declarar as suas Diretivas Antecipadas de Vontade, que serão respeitadas quando não se está em condições cognitivas para uma tomada de decisão consciente”, explica Manuel Luís Capelas, Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP).

“O que é o Testamento Vital?”, “Como pode ser feito?”, “A quem recorrer?” e “Estarão os profissionais de saúde aptos para a sua orientação e explicação’?” foram algumas das questões consideradas neste documento.

“A zona do país, o grau de instrução e os rendimentos são fatores que influenciam o conhecimento sobre o Testamento Vital. Conseguimos extrair algumas conclusões por região bastante interessantes que nos mostram, por exemplo, que a opção pela indicação de “não ser submetido a tratamento de suporte artificial das funções vitais” é influenciada pela região, sendo que os que mais referem esta opção são os do Alentejo (66.7%), seguidos pelos de Lisboa (15%) e do Norte com 10.5%. Por outro lado, a região do Alentejo apresenta a maior percentagem de pessoas que expressam no Testamento Vital querer receber cuidados paliativos (60%)”, mostra o Coordenador do Estudo.

Fundação Bayer
Estão a ser aceites candidaturas para o programa de bolsas de Ciência e Educação da Fundação Bayer para este ano. No setor...

Os temas financiados incluem engenharia agrícola, biologia, bioquímica, planta-/ biotecnologia, engenharia de bioprocessos, química, engenharia química, medicina, farmácia, física, estatística/biometria e a formação de professores em disciplinas científicas.

A novidade no programa de bolsas de Ciência e Educação da Fundação Bayer este ano é um orçamento especial adicional de 50 mil euros para estudantes de países africanos que estejam a planear um projeto na Alemanha. As raízes da Bayer em África remontam a 1920, quando começou a comercializar os seus produtos localmente. Hoje, a Bayer está representada em todo o continente, de Casablanca à Cidade do Cabo. Os negócios da Bayer são geridos pelas filiais nos três grupos de países do Norte de África, África Ocidental e Central, África Oriental e Austral. Os cuidados de saúde e a proteção das culturas são os principais ramos de atividade.

Estas bolsas de estudo sublinham a missão da Fundação Bayer de trabalhar com os jovens e com a próxima geração de cientistas e líderes de opinião e de reforçar o interesse nos principais desafios que a nossa sociedade enfrenta, como a saúde e a agricultura. Além das bolsas de estudo no setor académico, as bolsas Hermann Strenger estão disponíveis para apoiar os jovens num programa de formação não académico para ganhar experiência de trabalho inicial no estrangeiro. Estão abertas candidaturas de estagiários empenhados em ocupações comerciais, industriais, científicas e médicas e jovens profissionais nestes domínios que tenham concluído a sua formação nos últimos dois anos. Com este programa, a Fundação Bayer procura oferecer financiamentos específicos para os jovens no sector não académico, permitindo-lhes adquirir experiência profissional no estrangeiro.

No total, a fundação vai fornecer 350 mil euros em financiamento. O apoio está aberto a estudantes provenientes da Alemanha que estão a planear passar um período no exterior e estudantes de países estrangeiros que querem passar um período de estudos na Alemanha. O prazo de inscrição para os cinco programas de bolsas é até 10 de julho de 2015. Os formulários de inscrição estão disponíveis online em www.bayer-foundations.com. Um Comité científico independente vai conceder financiamento no início de setembro de 2015.

A Fundação Ciência e Educação da Bayer está a lançar a 9ª ronda do seu programa de financiamento, que oferece um apoio orientado para o intercâmbio científico e experiência de trabalho internacional para jovens. O programa de bolsas segue a tradição das primeiras bolsas de estudo Bayer iniciadas por Carl Duisberg em 1923. O programa tem como alvo os jovens criativos, altamente motivados e socialmente comprometidos com notas acima da média.

Os formulários de inscrição assim como mais informações sobre o Programa de Bolsas Bayer e a Fundação Ciência e Educação da Bayer estão disponíveis em www.bayer-foundations.com

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