Estudo
Glen Fox, discípulo do neurocientista António Damásio, publicou na revista Greater Good da Universidade de Berkeley as suas...

Alguns estudos anteriores já tinham apontado para uma relação directa entre gratidão e aumento da qualidade do sono ou uma resposta mais eficaz do sistema imunitário, mas nenhum tinha ainda encontrado o verdadeiro porquê. Fox decidiu estudar a gratidão a partir da neurobiologia do cérebro, registada através de ressonâncias magnéticas feitas a um grupo de voluntários submetidos a experiências de gratidão.

Glen Fox descobriu que quando alguém experimenta este sentimento, a maior actividade cerebral se concentra numa área do cérebro onde os dois hemisférios se encontram. Esta área está associada a experiências de empatia e alívio. Mas não só. Aqui existe uma forte relação entre a activação de processos de diminuição de níveis de stress de todos os sistemas orgânicos do corpo. Ou seja, quando activada, esta área encarrega-se de baixar a resposta dos órgãos ao stress. Assim o ritmo cardíaco abranda e os músculos relaxam, promovendo uma sensação de bem-estar geral, dando oportunidade ao corpo de se regenerar.

Segundo o cientista, este estudo pretende continuar a desenvolver-se para outras áreas, no sentido de tentar encontrar uma forma de aliviar os sintomas de depressão por vias que não a medicação química.

Sexualidade
Um estudo realizado a 140 mil pessoas de 198 países averiguou como é ser sexualmente ativo na era digital. E descobriu coisas...

Um estudo realizado pelo Instituto Kinsey, integrado na Universidade de Indiana e que se dedica ao estudo da sexualidade e das relações humanas, e pela aplicação de registo de períodos menstruais, Clue, apurou que o sexo e a tecnologia fazem um bom par, pois as pessoas estão a incorporar rapidamente esta na sua vida sexual.

 Inquirindo mais de 140 mil pessoas de 198 países de diferentes culturas, a análise apurou que 30% utilizam aplicações de telemóvel para terem encontros amorosos. Mas não pense que as pessoas usam a tecnologia para terem só encontros casuais, pois esta também está a servir para encontrar o amor, nomeadamente para 15%.

Os dados revelaram também que os suecos são os que mais utilizam aplicações de telemóvel para ter encontros amorosos (46%) e os chineses estão a usar a tecnologia para aprenderem sobre sexualidade (32%). Já os russos ainda não se interessaram muito pela matéria e apenas 3% diz recorrer á tecnologia para encontrar alguém para um encontro amoroso.

 «Hoje em dia, a tecnologia tem impacto em praticamente todos os aspetos da nossa vida. Pode encontrar a sua alma gémea com um clique ou aprender sobre sexo no seu smartphone. O nosso relatório, baseado nas respostas da nossa extensa comunidade permite-nos examinar estes comportamentos e perceber como diferem entre culturas, orientações sexuais e faixas etárias», comenta Ida Tin, CEO da Clue.

Já Amanda Gesselman, investigadora do Kinsey Institute, comenta: «A tecnologia está estreitamente entrelaçada nas nossas vidas diárias, e nós usamo-la para nos ligarmos e gerirmos muitas das nossas coisas importantes. Como mostra a nossa pesquisa, isso inclui amor e sexo – um grande número de pessoas usa a tecnologia não só para conhecer parceiros, mas também para aprender mais sobre sexo, rastrear as suas próprias experiências sexuais e melhorar as suas relações sexuais. Embora existam muitos relatórios sobre as consequências da tecnologia nas nossas vidas privadas, estes resultados mostram uma visão mais positiva: as pessoas apoiam-se na tecnologia para criarem melhores experiências para si e para os seus parceiros».

 E quanto ao famoso sexting? Ou seja, troca de mensagens de cariz sexual. De entre esta amostra, 41% revelou que recorre ao sexting para estimular a sua vida sexual. Os mais aficionados desta prática são os sul-africanos (77%), seguido dos americanos (74%). Japão (34%) e Coreia do Sul (30%) não apreciam particularmente esta prática. O resto dos países fica no meio. Mas já que falamos de sexting, importa referir que um estudo anterior diz que esta prática não será assim tão excitante.  Com a análise foi possível descobrir que existe uma relação estatística fraca entre o sexting e prática de relações sexuais.

Mas voltando ao presente estudo. Quem está numa relação, 12% no geral, diz que usa a tecnologia para apimentar a vida sexual. Mas a percentagem é maior para os homens (23%). E já lhe ocorreu registar quando tem relações sexuais? Pois 40% diz que o faz em aplicações móveis.

 A orientação sexual também foi analisada. Diz o estudo que as aplicações são usadas para encontrar parceiro por 49% dos homossexuais, por 44% dos bissexuais e pansexuais e por 28% dos heterossexuais.

Segurança Alimentar
Operação decorreu entre julho e agosto e foram ainda encontrados 800 quilos de carne imprópria para consumo.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou uma operação de fiscalização, a nível nacional, direcionada a estabelecimentos de restauração e bebidas nas zonas de veraneio e de grande afluência.

Durantes julho e agosto, a autoridade alimentar suspendeu a atividade de 24 estabelecimentos de restauração e bebidas por incumprimentos dos requisitos de higiene e segurança para o consumidor.

"No período de férias e em lugares de grande afluência da população e consumidores verifica-se um acréscimo da procura dos serviços prestados pelos estabelecimentos de restauração e bebidas com consequentemente aumento da oferta desses serviços. Assim intensificou-se a fiscalização dos estabelecimentos de restauração e bebidas de forma a salvaguardar a segurança e defesa dos consumidores", explica a autoridade em comunicado.

Como resultado da operação foram fiscalizados 895 estabelecimentos de restauração e bebidas de norte a sul do país, tendo sido instaurados 230 processos de contraordenação e 16 processos de natureza criminal relacionados com "a comercialização de géneros alimentícios avariados, fraude alimentar e usurpação de denominação de origem protegida".

Higiene na mira

"As principais infrações contraordenacionais verificadas foram o incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene e inexistência de processo ou procedimentos de segurança alimentar baseados nos princípios do HACCP, inobservância dos requisitos das cozinhas, copas e zonas de fabrico dos estabelecimentos de restauração e bebidas, deficiente rotulagem em géneros alimentícios, falta de mera comunicação prévia e ainda infrações relacionadas com o livro de reclamações, com a venda de bebidas alcoólicas e com a lei do tabaco", refere a ASAE.

"Foi ainda suspensa a atividade de 24 estabelecimentos de restauração e bebidas por incumprimento dos requisitos de higiene e foram apreendidos cerca de 800 kg géneros alimentícios", conclui a ASAE em comunicado.

Estudo
Um estudo recente publicado na revista “Environmental Health Perspectives” revela que ingredientes presentes em antisséticos...

O estudo conduzido pela Universidade da Califórnia em Davis, nos Estados Unidos, indica que os testes efetuados "in-vitro" demonstraram que os compostos quaternários de amónio, usados em inúmeros produtos domésticos, inibem a função das mitocôndrias, a fonte de energia das células.

Segundo o referido estudo, estes compostos também afetam as funções estrogénicas nas células, diminuindo, por isso a fertilidade.

Segundo Gino Cortopassi, bioquímico da faculdade de Medicina Veterinária daquela universidade, a equipa analisou 1.600 compostos e fármacos de uso doméstico e farmacêutico. Com múltiplas medidas de função mitocondrial e descobriu que a classe dos compostos quaternários de amónio inibe a função mitocondrial e a sinalização do estrogénio.

"Devido ao facto de a exposição aos compostos quaternários de amónio interromper também a resposta da hormona sexual estrogénio nas células, poderá potencialmente causar problemas reprodutivos em animais e humanos, e outros demonstraram que os compostos quaternários de amónio provocam toxicidade reprodutora em animais", comentou Cortopassi numa nota apensa ao estudo.

Os compostos quaternários de amónio são usados desde os anos 40 em desinfetantes e antisséticos.

Alguns antisséticos, como o triclosan, foram retirados do mercado após estudos em animais terem demonstrado que afetavam a função muscular. Mas as empresas substituíram o triclosan por compostos quaternários de amónio, com o objetivo de elaborarem um produto seguro, que afinal também tem contra-indicações, indica o estudo.

Segundo o investigador, são necessários mais estudos para determinar a forma como estes químicos usados regularmente se acumulam nos tecidos e afetam a saúde humana.

Pedrogão Grande
Objectivo desta “acção porta-a-porta” é chegar junto das populações que tenham mais dificuldade em deslocar-se aos serviços e...

Duas carrinhas com técnicos das áreas da segurança social, justiça e agricultura vão deslocar-se às zonas mais afectadas pelos incêndios de Pedrógão Grande, nas próximas semanas, para apoiar as populações, anunciou a secretária de Estado da Segurança Social.

“As carrinhas são duas unidades móveis que vão estar disponíveis nas próximas semanas para circularem nas aldeias ou nos lugares dos três concelhos mais afectados pelos incêndios – Pedrógão [Grande], Castanheira [de Pera] e Figueiró [dos Vinhos]”, disse, em declarações à Lusa, Cláudia Joaquim.

As equipas vão estar devidamente identificadas e que todos os serviços prestados são gratuitos.

De acordo com a secretária de Estado, em cada carrinha vão estar, pelo menos, um técnico do Instituto da Segurança Social, do Instituto de Registos e Notariado e da direcção-regional de Agricultura e Pescas do Centro, já que, ao longo do processo, será feita monitorização para perceber se são precisas mais pessoas.

A responsável adiantou que o objectivo desta “acção porta-a-porta” é chegar junto das populações que tenham mais dificuldade em deslocar-se aos serviços e poderem assim tratar de vários assuntos.

Se a matéria tiver a ver com Segurança Social, as populações poderão tratar de assuntos como apoios e prestações sociais, por exemplo, mas os técnicos vão estar também sensibilizados para sinalizar situações que requeiram um acompanhamento social mais frequente ou até apoio médico ou psicológico e encaminhar essas pessoas para os respectivos serviços de saúde.

A secretária de Estado adiantou que os empresários locais também poderão deslocar-se às carrinhas para tratar de assuntos relativos aos apoios da segurança social para empresas que foram afectadas pelos incêndios.

Carrinhas vão tratar de indemnizações 

“Ao nível da agricultura, [poderão obter] toda a informação relativa aos agricultores e reposição do potencial produtivo. No caso da justiça, emissão de certidões, requisições de documentos de identificação, até sobre a situação dos veículos ardidos”, explicou.

Especificamente em relação à agricultura, a governante adiantou que nestas carrinhas também poderão ser tratadas as indemnizações para os agricultores que tiveram uma perda entre 1.000 e 5.000 euros, preenchendo a respectiva declaração, já que estas serão unidades totalmente informatizadas.

Cláudia Joaquim revelou que a expectativa é de, nas próximas semanas, e face aos itinerários que estão a ser pensados, serem visitadas cerca de 213 aldeias nos três concelhos, durante dois meses. Também está previsto que a unidade móvel regresse a uma localidade por onde já passou, se houver necessidade, já que os próprios percursos também serão ajustados à medida das necessidades.

Diariamente será feita uma monitorização e avaliação para perceber se o número de semanas que as unidades vão ficar no terreno ou mesmo o número de técnicos que as compõem precisa ser reforçado.

A secretária de Estado aproveitou ainda para salientar que a Linha 144 (Linha Nacional de Emergência Social) foi reforçada com ligação aos serviços de saúde e de justiça, continuando a funcionar 24 horas por dia.

Ovos contaminados
Taiwan reportou a ocorrência de mais casos de ovos contaminados com o pesticida fipronil descobertos durante o fim de semana.

Ovos de 44 produções avícolas de Taiwan apresentavam níveis excessivos de fipronil, pesticida considerado tóxico pela Organização Mundial de Saúde, anunciaram as autoridades da ilha citadas hoje pela agência Xinhua.

Até ao meio-dia de sábado, foram testadas todas as amostras de ovos recolhidas de 354 quintas em todo a Ilha Formosa.

Segundo as autoridades de Taiwan, 64.570 quilogramas de ovos – ou mais de um milhão de ovos –, com níveis excessivos de fipronil foram ‘barrados’ nas quintas ou removidos dos estabelecimentos comerciais.

Foram exigidas a todas as 44 produções agrícolas estritas medidas de controlo para proibir os ovos de deixarem as suas quintas. A proibição vai manter-se até que os ovos cumpram os padrões exigidos nas novas análises.

Malária
Portugal está “bem representado” na investigação da malária e uma vacina desenvolvida por cientistas portugueses pode até ser a...

A vacina contra a malária está já a ser testada em humanos, podendo ser a primeira vacina realmente eficaz a ser lançada, dentro de menos de um ano, segundo um dos investigadores, Miguel Prudêncio, que diz que o país tem especialistas reconhecidos mundialmente e está bem representado na comunidade de investigação.

A vacina foi criada por uma equipa do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa (IMM), mas a doença e formas de a evitar e tratar estão a ser estudadas por outras entidades portuguesas, como o Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), o Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), a Universidade do Minho ou o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica.

Para já, como diz à Lusa o líder da equipa de investigadores do IMM, Miguel Prudêncio, os voluntários (na Holanda) estão a ser expostos a doses crescentes da vacina e nas duas primeiras fases “não há efeitos adversos”.

Otimista mas cauteloso, Miguel Prudêncio diz que já era bom uma proteção em metade dos voluntários. “Temos de ser realistas, não quero dizer às pessoas que temos uma solução milagrosa”, diz, lembrando que “há vacinas em fases mais avançadas” e que “é possível que outras se revelem mais eficazes antes” da vacina do IMM.

A malária, doença transmitida pela picada de mosquito, matou quase meio milhão de pessoas em África em 2015, segundo a Organização Mundial de Saúde.

No entanto nos últimos dois anos têm sido muitos os avanços na investigação que se faz no combate à doença.

Cientistas da Universidade de Maryland, Estados Unidos, fizeram em 2016 os primeiros testes de uma vacina, enquanto em Cambridge, no Reino Unido, se anunciava uma técnica para prevenir a infeção através de transfusões de sangue.

Também no Reino Unido o Instituto Wellcome Trust Sanger anunciava no início deste ano que a combinação de duas proteínas do parasita da malária podia servir de base para uma vacina eficaz, e uma empresa norte-americana dizia ter criado uma vacina com proteção total durante 10 semanas.

Novidades têm surgido de todo o mundo, como um novo medicamento descoberto pela Universidade da Cidade do Cabo, África do Sul, uma vacina para crianças desenvolvida por uma farmacêutica britânica, ou a modelação completa do metabolismo do parasita (para ajudar na criação de novas terapias), feita na Suíça.

Em Portugal vão testar-se medicamentos num modelo de fígado humano infetado, o IGC recebeu financiamento, através da Fundação Bill e Melinda Gates, para investigar uma molécula do parasita e a universidade do Minho juntou-se à de Columbia (EUA) para estudar as mutações genéticas do parasita e anunciou que as hexahidroquinolinas, usadas em fármacos para tratamento da malária, contribuem para o bloqueio da doença, ao matarem também o parasita responsável pela sua transmissão.

E enquanto o IMM descobria um mecanismo para o parasita ficar vulnerável à toxicidade do ferro o IHMT criava o primeiro insectário de alta segurança da Península Ibérica, que permite infetar mosquitos com malária humana sem risco para os cientistas ou o ambiente.

Henrique Silveira, subdiretor do IHMT, explica à Lusa que investigadores do instituto estudam a resistência antimalárica, a transmissão da doença, ou a interação entre o parasita e o mosquito, para entender como é que este consegue atuar contra a infeção.

“O objetivo é arranjar ferramentas que possam ser utilizadas como bloqueadores de transmissão”, afirma o responsável, lembrando a colaboração com o IGC na produção de uma vacina, ou outro projeto ainda, este também financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, para encontrar um tipo de alimentação para o mosquito que não o sangue (que é fundamental para a produção de ovos).

A luta contra a malária é “muito competitiva” e há “muito para fazer”, diz Henrique Silveira, acrescentando que foi uma área esquecida durante algum tempo e que ganhou nova dinâmica com o investimento da Fundação Gates.

Miguel Prudêncio também salienta o aumento da investigação a nível mundial, que aconteceu da mesma forma mas não especialmente em Portugal. “Aconteceu globalmente”.

Henrique Silveira não pensa muito diferente. O aumento da investigação portuguesa na área da malária existe e faz parte “do ressurgimento da ciência portuguesa”, porque hoje “há mais investigadores portugueses a trabalhar em quase todos os lados”.

Em 2015 houve 214 milhões de casos de malária. Morreram 438.000 pessoas.

Balanço
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) recebeu no primeiro semestre deste ano quase 680 mil chamadas, o que dá uma...

Foram atendidas nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM um total de 679.686 chamadas de emergência, o que significa um aumento de mais de 11 mil chamadas relativamente ao primeiro semestre do ano passado.

As chamadas feitas para o 112 são atendidas em primeira linha nas centrais de emergência pela PSP e GNR, que reencaminha para os CODU as situações que digam respeito a urgências ou emergências médicas.

As chamadas atendidas no primeiro semestre pelo Instituto Nacional de Emergência Médica deram origem à ativação de mais de 625 mil meios de emergência entre os diversos tipos de ambulância, unidades de intervenção psicológica ou helicópteros.

No primeiro semestre de 2017 o INEM atendeu 679.686 chamadas, quando em 2016 tinham sido atendidas 668.414. No mesmo período de 2015 foram recebidas 656 mil chamadas e em 2014 foram atendidas menos de 620 mil.

Estudo
Investigadores alemães estão a tentar criar uma vacina universal contra o cancro graças a uma técnica que ensina o sistema...

Segundo um estudo, os investigadores da Universidade de Mainz utilizaram nanopartículas que continham ácido ribonucleico (ARN) de um tumor, responsável pela síntese de proteínas da célula, para simular a intrusão de um agente patogénico na corrente sanguínea e desencadear uma resposta do sistema imunitário.

A revista sublinha que os investigadores conseguiram induzir respostas antitumor em ratinhos e, numa primeira fase experimental em três pacientes com melanoma avançado.

A investigação publicada na revista Nature "representa, provavelmente, um passo no sentido de uma vacina universal contra o cancro", lê-se no estudo.

Os cientistas já descobriram que é difícil encontrar mecanismos de vacinação eficazes porque as células cancerígenas são semelhantes em muitos aspetos às células saudáveis. O método só produz uma resposta defensiva eficiente quando as células cancerígenas produzem antigénios - substâncias que fomentam a criação de anticorpos.

Por outro lado, a resposta imunitária ao cancro é limitada, uma vez que o crescimento dos tumores não é acompanhado de sinais inflamatórios visíveis e detetáveis às células do sistema imune, como as que ocorrem durante a infeção microbiana e que fazem disparar a resposta imunitária.

Alimentos funcionais
Não é novidade para ninguém que quase todas as doenças podem ser prevenidas à mesa.

Foi nos anos 80, no Japão, que “nasceu”o conceito de alimento funcional. Adeptos de uma alimentação saudável foram os japoneses os propulsores de um conceito que mais tarde se espalhou um pouco por todo o mundo. “Em 1980, o governo japonês decidiu regulamentar o uso de alimentos comercializados, até então, como alegadamente promotores de saúde, introduzindo o conceito de alimento funcional”, começa por explicar Alexandra Vasconcelos.

Estes alimentos são semelhantes aos convencionais, usados como parte de uma dieta normal, mas que “demonstram benefícios fisiológicos e/ou reduzem o risco de doenças crónicas, além das suas funções nutricionais básicas”.  

De acordo com a especialista em medicina biológica, estes alimentos têm como vantagem conter “nutrientes essenciais com ações específicas no nosso corpo, em quantidades adequadas e em equilíbrio com todos os outros, para que haja optimização da sua absorção e melhor utilização pelas células”, estando associados à prevenção de doenças e na correção de desordens e desequilíbrios metabólicos que conduzem a doenças crónicas.

Em 1999 foi concluído o Projeto Ciência dos Alimentos Funcionais na Europa (Functional Food Science in Europe – FUFOSE) que assegurava a evidência científica que relaciona o poder terapêutico a cada alimento funcional. “Desde então o poder terapêutico dos alimentos funcionais tem sido largamente estudado em todo o mundo, estando perfeitamente regulamentado e aconselhado o seu consumo”, refere a especialista.

Genes permitem determinar dieta com maiores benefícios

De modo a potenciar os benefícios de uma dieta funcional, os especialistas recomendam uma análise nutrigenética que permitirá identificar quais os alimentos que melhor se adaptam ao nosso perfil genético.

“A análise nutrigenética – que se obtém através  da recolha de uma amostra de sangue ou saliva – permite conhecer os genes de cada pessoa a fim de determinar qual a dieta mais apropriada para conseguir um estado de saúde ótimo e prevenir doenças”, explica a especialista.

Embora 99% da nossa estrutura genética seja completamente idêntica, “existem aproximadamente 10 milhões de variações genéticas ou polimorfismos entre os indivíduos”. “De acordo com estes polimorfismos, as necessidades nutricionais de cada indivíduo podem ser diferentes”, acrescenta.

Através da nutrigenética, é possível identificar as necessidades específicas de cada um com vista a definir um plano de nutrição personalizado. “Um enfoque nutricional personalizado é essencial e absolutamente necessário para uma dieta ótima que permitirá um melhor funcionamento do seu corpo e prevenção de doenças”, reforça Alexandra Vasconcelos.

De acordo com esta especialista, todos temos, aliás, a ganhar com a inclusão de uma alimentação funcional na nossa dieta diária. “Todos nós temos carências micronutricionais”, justifica.

E as razões são basicamente três! “Primeiro pelo excesso de alimentação «dita» moderna (fast-food, pré-cozinhada e industrializada) que aporta apenas uma ínfima quantidade de micronutrientes”, refere Alexandra Vasconcelos. Este défice é agravado por um baixo consumo de alimentos ricos em fitoquímicos, como as frutas, os legumes e as gorduras polinsaturadas.

Por outro lado, hoje em dia, os alimentos apresentam menor densidade nutricional pelo empobrecimento dos solos e cultivo fora das estações. “Os anti-oxidantes dos frutos vermelhos existem em maior quantidade nos alimentos que são produzidos  na sua estação e em condições ambientais normais. Esta concentração decorre da necessidade de adaptação da espécie ao seu ambiente. Se a produção é protegida e facilitada, esta concentração diminui”, explica.

A alteração da flora e permeabilidade intestinal, bem como as alteração do pH do estômago e intestino, “cada vez mais endémicas”, são apresentadas como outras das causas dos défices nutricionais, uma vez que criam condições que dificultam a normal absorção dos nutrientes.

“Por todas estas razões, todas as pessoas beneficiam de uma alimentação funcional rica em fitonutrientes ativos”, reafirma a especialista em medicina biológica.

Fitonutrientes que distinguem os alimentos funcionais

Alexandra Vasconcelos explica, de forma simples que os alimentos funcionais “são classificados de acordo com a sua riqueza em fitonutrientes e estrutura química”:

1. Pré e probióticos, Bifidubacterias e Lactobacilos – regulam o ecossistema gastrointestinal, melhorando todas as suas funções, e são indispensáveis na prevenção de doenças crónicas, cancro e no bem-estar emocional.  “Têm tremenda influência na nossa saúde”, afiança a especialista.

Ajudam na manutenção da barreira intestinal onde se concentra a “grande resposta imunológica”, têm um papel direto na síntese das vitaminas B e K, na absorção de cálcio e ferro e “introduzem melhorias na digestão e absorção dos alimentos”.

“Existem alguns alimentos ricos em probióticos, no entanto, a maioria é rica em prébioticos que ajudam na proliferação do microbioma intestinal. A banana, o chocolate preto, as azeitonas, algas como a spirulina, alguns cereias ou produtos germinados são exemplos de alimentos que ajudam na manutenção do microbioma intestinal”, esclarece.

Relativamente aos produtos lácteos, Alexandra Vasconcelos acrescenta que é muito comum pensar-se que este tipo de alimentos são ricos em probióticos “no entanto, a maioria dos produtos lácteos são UHT – ultrapasteurizados -, um processo que destrói as bactérias saudáveis”. 

Ainda de acordo com a especialista, e apesar de muitos iogurtes serem enriquecidos com probióticos, “na maioria das vezes não é suficiente para mantermos uma boa função intestinal e muitas pessoas beneficiam da retirada da totalidade dos lácteos da alimentação”.

2. Compostos sulfurados e nitrogenados são compostos orgânicos usados na proteção contra a carcinogénese e mutagénese – mutação do ADN -, sendo ativadores de enzimas de “detoxificação hepática”. Isotiocianatos e indóis são também antioxidantes e estão presentes em crucíferas - “legumes cujas folhas se desenvolvem em cruz ou camadas relativamente ao pé principal” -, tais como brócolos, couve-flor, couve-de-bruxelas, couve, repolho, entre outros.

3. Vitaminas e antioxidantes – “os alimentos ricos em nutrientes com ação antioxidante, como o licopeno, carotenóides, flavonóides, catequinas, tocoferóis (vitamina E, por exemplo) e vitamina C, que se encontram nos frutos, hortaliças e legumes de várias cores, reduzem o risco de arteriosclerose, de desenvolvimento de cancro ou lesões oxidativas do ADN e têm uma ação anti-inflamatória”, explica a médica.

4. Ácidos Gordos Polinsaturados – são alimentos ricos em omega-3 e omega-6 que ajudam a corrigir o perfil lipídico “indispensável na prevenção cardiovascular, na boa atividade cerebral e neurológica e na proteção do sistema imunitário”.

“Estas gorduras «boas» existem nos peixes gordos, sementes, oleaginosas, algas, frutos secos, azeite, óleo de camelina e colza”, refere.

5. Fitoestrogénios – “Isoflavonóis e lignanos que podem ajudar a regular desequilíbrios hormonais por terem capacidade de se unir aos recetores estrogénicos. Têm sido também associados a efeitos protetores relativamente a determinadas neoplasias, doenças cardiovasculares e osteoporose”, explica. Encontram-se presentes em alimentos de origem vegetal, como a soja, linhaça, alfafa, em cereais, legumes, frutas e algumas verduras.

6. Fitoesteróis, que quando estão presentes em quantidades suficientes contribuem para a redução da absorção intestinal do colesterol.  Encontram-se nos frutos secos, cereais e óleos vegetais.

7. Fibras solúveis – melhoram o funcionamento intestinal, diminuem a absorção de gorduras e açúcar, contribuindo para a regulação dos valores do colesterol e dos valores glicémicos. “A ingestão de fibras está relacionada com a diminuição da incidência do cancro coloretal”, afirma Alexandra Vasconcelos.

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Despesa
O país despendeu 6,2% do PIB em despesas de saúde em 2015, de acordo com os dados do Eurostat divulgados esta sexta-feira. O...

Portugal gastou 6,2% do PIB em despesas de saúde em 2015, de acordo com os dados do Eurostat divulgados esta sexta-feira. O organismo de estatística refere que a União Europeia despendeu 7,2% do PIB na saúde [cerca de 1,5 bilhão de euros], o que faz com que o nosso país tenha gasto 1% a mais do que o total do bloco.

A saúde é o segundo maior gasto público da comunidade única, logo depois das despesas com a proteção social (19,2%). Os países que lideram a tabela são a Dinamarca (8,6%), a França (8,2%) e a Áustria e a Holanda (ambos com 8,0%), sendo que abaixo se situa o Chipre (2,6%), a Letónia (3,8%), a Roménia (4,2%) e a Grécia (4,5%).

“O ranking é bastante diferente quando os montantes gastos são comparados com a população de cada estado-membro. Em média, em 2015, as despesas com saúde ascenderam a 2.076 euros por habitante na União Europeia”, refere também o relatório.

Segundo o Eurostat, os países europeus que gastaram mais de 3.000 por habitante foram o Luxemburgo (4112 euros), a Dinamarca (4094 euros), a Holanda (3194 euros), a Suécia (3170 euros), a Áustria (3149 euros), a Irlanda (3138 euros) e o Reino Unido (3020 euros).

Em relação aos que desembolsaram menos, destacam-se alguns países de Leste da Europa Central, como por exemplo a Roménia (340 euros), a Bulgária (343 euros), a Letónia (468 euros), a Polónia (520 euros), o Chipre (532 euros) e a Hungria (592 euros), cujos gastos foram abaixo de 600 euros.

Tumores
Baseia-se numa tecnologia inovadora que destrói os tumores malignos activando e direccionando as próprias defesas imunológicas...

A empresa portuguesa Biotecnol criou uma molécula com três braços - designada Tb535H - que vai ser testada em doentes com cancro avançado no Reino Unido. O novo biofármaco procura usar certas células imunitárias do doente (os linfócitos T) para destruir as células cancerosas.

"Este medicamento apresenta um forte potencial de utilização em vários tipos de cancro, como o cancro de mama e rins, mas o foco inicial, neste ensaio clínico, incide sobre os cancros torácicos, designadamente pulmão e pleura", explica a empresa em comunicado. 

A Biotecnol, que desenvolve medicamentos que usam o nosso próprio sistema imunitário para atacar as células cancerosas, estabeleceu uma parceria com o centro de oncologia britânico, o Cancer Research, para fazer um ensaio clínico, no final de 2018, em 45 doentes com cancro avançado.

“É como um míssil direccionado para o ‘alvo 5T4’, que se liga apenas às células cancerosas que ‘emitem o sinal’ 5T4, as que queremos eliminar, e não se liga às células normais. Tem-se uma molécula com ‘dois braços’ de reconhecimento selectivo apenas das células cancerosas com 5T4. Ao ligar-se ao antigénio 5T4, o anticorpo não só selecciona as células cancerosas como bloqueia o seu processo de propagação. Tem assim um duplo efeito de reconhecimento e de bloqueio”, explicou ao jornal “Público” o investigador Pedro de Noronha Pissarra, presidente da Biotecnol. 

Para destruir as células cancerosas, entra em acção o terceiro braço da molécula. “Com um mecanismo de acção muito inteligente e inovador, mas também muito difícil de desenvolver, os cientistas da Biotecnol ‘montaram’ através de técnicas de engenharia genética uma maneira de usar as próprias defesas imunitárias do doente, para elas atacarem e matarem o tumor”. 

“Os linfócitos-T, um subtipo de glóbulos brancos, são as células do sistema imunitário envolvidas na protecção do corpo contra doenças infecciosas e invasores externos. Existe um lugar de ligação (como um magneto) nos linfócitos T chamado CD3, que, quando é activado, os torna verdadeiras células assassinas”, acrescenta. “Montaram um anticorpo atractor do CD3: atrai os linfócitos T e liga-os a esse atractor, provocando assim a sua activação”, detalhou ao jornal o investigador. 

Resumindo: a molécula liga-se com dois braços ao tumor que tem 5T4 e, com um outro braço, atrai e activa os linfócitos T que passeiam pelo sangue e direcciona-os para o tumor. Ao entrar em contacto com o tumor, os linfócitos T libertam substâncias bioquímicas letais para o tumor, que é destruído. 

Os chamados biofármacos não são sintetizados quimicamente, mas servem-se dos mecanismos biológicos do corpo para combater uma doença. 

A imuno-oncologia, classificada em 2013 pela prestigiada revista “Nature” como o avanço do ano, é um tipo de imunoterapia que recorre ao sistema imunitário da própria pessoa a combater o cancro.

Estudo
Especialistas mostram-se preocupados com o consumo excessivo de açúcar.

De acordo com um estudo publicado no British Journal of Sports Medicines, o açúcar pode ser tão viciante quanto a cocaína, uma vez que a vontade que as pessoas têm de comer alimentos ricos em açúcar é bastante elevada. Os sintomas que surgem após a abstinência de açúcar são semelhantes ao da cocaína, como é o caso da depressão e de distúrbios comportamentais.

Os especialistas revelaram estar preocupados com o consumo excessivo de açúcar, especialmente nas crianças, pois o consumo médio é cerca de três vezes superior ao recomendado.

O consumo excessivo de açúcar pode levar à obesidade, cáries, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

Morte súbita
Os recém-nascidos devem dormir no mesmo quarto dos pais, mas no seu berço, até ao primeiro ano de vida, para reduzir os riscos...

A prática deve ser realizada pelo menos durante os primeiros seis meses de vida e, se possível, até o bebé completar um ano de idade, defendem os pediatras que indicam que colocar o bebé a dormir no quarto dos pais reduz em 50% o risco de morte súbita.

O relatório foi apresentado na conferência anual da AAP, em São Francisco, na Califórnia, e publicado no site da revista médica Pediatrics. Trata-se da primeira atualização das recomendações da AAP desde 2011.

"Sabemos que os pais podem estar extenuados com a chegada de uma criança e queremos proporcionar-lhes um guia claro e simples sobre a melhor forma dos bebés e pais dormirem", explica Rachel Moon, autora principal das recomendações.

Cerca de 3.500 bebés morrem todos os anos de morte súbita nos Estados Unidos, por SMSL e asfixia acidental.

O índice de mortalidade de recém-nascidos diminuiu na década de 1990 após o lançamento de uma campanha americana para melhorar a segurança do bebé durante as horas de sono, mas depois esses números estagnaram.

Evitar mantas, peluches e almofadas

O relatório da AAP recomenda deitar os bebés de barriga para cima numa superfície firme no berço, coberta com um lençol bem esticado, e evitar cobertores, almofadas ou peluches.

Os bebés correm um risco maior de morte súbita entre o primeiro e o quarto mês de vida, mas novos estudos mostram que os cobertores, almofadas e outros objetos moles são perigosos inclusivamente para bebés maiores.

Os estudos também mostram que colocar o bebé a dormir de barriga para cima reduziu em 53% a mortalidade por SMSL entre 1992 e 2001.

Nas novas recomendações, os pediatras americanos insistem na importância do contacto físico entre a mãe e o recém-nascido imediatamente após o nascimento, independente do tipo de parto.  Com isso, o bebé fica mais feliz e a sua temperatura corporal torna-se mais estável e normal, assim como o seu ritmo cardíaco, afirmam os médicos.

O contacto com a pele da mãe faz com que o recém-nascido conviva com as mesmas bactérias e desenvolva, assim, um sistema imunitário mais robusto. O contacto físico com a mãe e a lactância parecem ser igualmente importantes na prevenção de alergias, diz a AAP.

Contra as superbactérias
A rede de restauração fast-food McDonald's anunciou que vai limitar, em todo o mundo, o uso de antibióticos em frangos a...

A decisão complementa o movimento iniciado pela rede no mercado norte-americano em 2016 e visa diminuir a utilização de fármacos que também são usados na medicina humana, nomeadamente no tratamento de infeções simples.

"A partir de 2018, vamos implementar uma nova política de antibióticos para criação de frangos nos mercados em todo o mundo", informou a empresa numa nota divulgada esta semana.

Em 2018, a McDonald's pretende que estes fármacos sejam eliminados da criação de aves no Brasil, Canadá, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos e Europa. A exceção será para o antibiótico colistina na Europa. Essa política abrangerá a Austrália e Rússia até 2019, quando a colistina na Europa for gradualmente eliminada.

A medida deve estar totalmente implementada até janeiro de 2027, embora a rede afirme que "o nosso objetivo é ter essa política adotada antes dessa data".

Há décadas que os cientistas apontam para a ligação entre o uso de antibióticos em animais e a diminuição da eficácia dessas drogas na medicina humana.

De acordo com os Centros para Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, pelo menos dois milhões de pessoas são infetadas no país anualmente com bactérias multirresistentes a antibióticos, provocando cerca de 23 mil mortes.

Por outro lado, as estimativas científicas dão conta de que, em algumas décadas, as superbactérias serão mais letais do que o cancro.

Saúde mental
Nos Estados Unidos se pesquisar sobre "depressão" no motor de busca do Google é encaminhado para questionário de...

De acordo com a BBC, a Google aliou-se à Aliança Nacional para a Saúde Mental norte-americana (Nami) neste projeto, que para já é só se encontra disponível para os utilizadores daquele país.

Segundo esta instituição, não se trata de uma "ferramenta singular" para um diagnóstico, uma vez que os "resultados do teste podem ajudar a pessoa a ter uma conversa mais informada com um médico".

O teste "PHQ-9", como é designado,  será antes o primeiro passo para a obtenção de um diagnóstico adequado. "Esperamos que, ao disponibilizar esta informação no Google, mais pessoas tomem consciência da depressão e procurem tratamento para recuperar e melhorar a sua qualidade de vida", diz a Nami em comunicado.

Estima-se que apenas cerca de 50% das pessoas que sofrem de depressão recebe tratamento adequado.

"Ao carregar na opção ‘Verifique se está clinicamente deprimido’, os utilizadores podem preencher um autodiagnóstico privado para determinar o nível de depressão", explica a diretora da NAMI, Mary Giliberti.

Hoje em dia uma em cada 20 pesquisas no Google são sobre saúde. O novo teste faz parte de um conjunto de medidas da gigante norte-americana para reforçar e melhorar a informação médica online.

Na semana passada, o site lançou um boletim polínico que mede as concentrações de pólen no ar em algumas zonas para ajudar pessoas com alergia a evitar os sintomas.

Segurança Alimentar
Alguns doces industrializados contêm aditivos em forma de nanopartículas sem que isso esteja mencionado nas embalagens, segundo...

O estudo realizado pela revista francesa "60 millions de consommateurs" analisou a presença do aditivo E171 (dióxido de titânio), composto em parte por nanopartículas e utilizado frequentemente na indústria agroalimentar e cosmética para embranquecer doces, pratos preparados e pasta de dentes.

Para a revista, publicada pelo Instituto Nacional do Consumo, o facto deste aditivo se apresentar em forma de nanopartículas - 50.000 vezes mais pequenas que um fio de cabelo - gera dúvidas sobre os seus efeitos na saúde, umas vez que estas conseguem trespassar com mais facilidade as barreiras fisiológicas.

"Quando uma substância estranha se intromete numa célula, podemos supor que pode haver danos ou a desregulação de algumas destas células", simplifica Patricia Chairopoulos, coautora do estudo, que critica as indústrias pela "falta de vigilância" e de "rigor".

O aditivo E171 em forma de nanopartículas foi encontrado sistematicamente nos 18 produtos doces testados pela revista, em proporções diversas: 12% desse aditivo nos biscoitos Napolitain de Lu, 20% nos chocolates M&M's e 100% nos bolos da marca francesa Monoprix Gourmet.

A presença do E171 está indicada nas etiquetas, mas sem a menção de estar sob a forma de "nanopartículas".

Risco de cancro em animais de laboratório

A cientista Patricia Chairopoulos destacou que um estudo publicado em janeiro por um instituto francês levantou suspeitas sobre este aditivo na forma de nanopartículas, ao concluir que uma exposição crónica ao E171 favorecia o crescimento de lesões pré-cancerosas em ratos, sem que os investigadores extrapolassem, porém, esse risco para os seres humanos.

Em junho de 2016, a ONG "Agir pour l'environnement" alertou para a presença de nanopartículas, entre elas de dióxido de titânio, numa série de outros produtos alimentares.

Tufão Hato
Os Serviços de Saúde de Macau (SSM) corrigiram hoje a informação, divulgada na quinta-feira, de que quatro portugueses teriam...

Segundo os SSM, os quatro portugueses, turistas, deslocaram-se ao hospital por motivos “não relacionados com o tufão”, por “doença súbita”, não se tratando de acidente ou ferimentos. Não há, até agora, registo de portugueses feridos devido ao tufão.

O tufão Hato, o mais forte a atingir Macau nos últimos 50 anos, causou nove mortos e 244 feridos, de acordo com o último balanço das autoridades.

Doente oncológico
O Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV) anunciou hoje que iniciará em breve o processo para a construção da unidade de...

“Por despacho do secretário de Estado da Saúde, Dr. Manuel Delgado, acaba de ser autorizada a criação da Unidade de Radioterapia no Hospital de São Teotónio (que integra o CHTV)”, refere, em comunicado.

O projeto, que tem um valor estimado de cerca de seis milhões de euros, “atribuirá ao CHTV uma centralidade na terapêutica do doente oncológico no domínio da radioterapia”, sublinha.

Segundo o CHTV, haverá “uma diferenciação técnica que permitirá prestar aos seus utentes uma nova possibilidade para o tratamento da sua doença com conforto, segurança e qualidade”.

A 17 de julho, Manuel Delgado anunciou que o concurso público para as obras de instalação da radioterapia no CHTV será lançado "ainda este ano" e que a valência entrará em funcionamento "no início de 2019".

“Vamos fazer o programa funcional, ou seja, onde vai ficar instalado, que áreas vão ficar já ocupadas e a área que ficará definida para ter um segundo acelerador linear e, em função disso, feito esse programa, vai-se fazer um caderno de encargos e abrir concurso público ainda este ano", acrescentou.

Parceria Cruz Vermelha Portuguesa
O município de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, está a instalar um Serviço de Teleassistência Domiciliária para a...

"O serviço é uma resposta social que pretende assegurar melhor qualidade de vida a todos os munícipes que, independentemente da idade, vivam isolados, tenham mobilidade reduzida, passem grande parte do dia ou noite sozinhos, ou se encontrem numa situação de fragilidade social ou emocional após o incêndio de 17 de junho de 2017", explica a autarquia liderada por Valdemar Alves em comunicado enviado à agência Lusa.

Após a elaboração de um Plano de Ação, na sequência de visitas técnicas da Cruz Vermelha Portuguesa, foram já entregues e instalados 13 equipamentos, prevendo-se a instalação de mais 15 até ao final de setembro.

Segundo o município de Pedrógão Grande, a parceria tem como objetivo "instalar e ativar mais aparelhos, de forma gradual, devido às distâncias geográficas e porque alguma da população identificada aguarda opinião de familiares".

O acordo prevê que a equipa de apoio social e teleassistência da delegação de Coimbra da Cruz Vermelha Portuguesa, acompanhada da GNR, se desloque semanalmente às freguesias daquele concelho para visitas e instalação de equipamentos.

O Serviço de Teleassistência Domiciliária é um sistema de segurança ligado durante 24 horas por dia através de uma central recetora de alarmes, que, consoante a situação, encaminha a solicitação para a entidade competente, seja bombeiros, Centro de Saúde ou mesmo familiares.

Basta o utilizador carregar no botão de alarme para entrar em contacto com uma operadora e, caso não consiga falar, será acionada imediatamente a rede de apoio, que é constituída por familiares, instituições ou pessoas de confiança.

O equipamento e instalação estão a ser feitos gratuitamente durante um ano, tendo para isso a Cruz Vermelha Portuguesa disponibilizado 100 aparelhos para a região.

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