Dia 13 de setembro
No âmbito do 53º Encontro Europeu da Associação para o Estudo da Diabetes (EASD) a Novo Nordisk, em parceria com a Associação...

Depois de vários sucessos nos últimos anos, nomeadamente na edição do ano passado em Munique , a Novo Nordisk, integrado no programa Changing Diabetes que pretende criar iniciativas para responder aos desafios globais ligados à diabetes, organiza este ano a Corrida e Caminhada 5K@EASD em Lisboa, com início pelas 20h30 para um desafio de 5Km, no Parque das Nações que tem como pano de fundo a Ponte Vasco da Gama.

“A diabetes é uma doença que afeta cerca de 1,1 milhões de pessoas em Portugal. Consideramos que esta é uma excelente iniciativa para reunir cidadãos, especialistas e profissionais de saúde e enfatizar a necessidade de aumentar a atividade física para ajudar a prevenir a diabetes e as complicações adjacentes a esta doença. Esta corrida e caminhada oferece aos participantes a oportunidade de aumentar a consciencialização pública sobre a importância de um estilo de vida saudável para a prevenção e controlo da diabetes”, afirma João Raposo, Diretor Clínico da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP).

A inscrição é gratuita a todos os participantes, sendo apenas necessário efetuar o registo prévio. Neste momento esta corrida conta já com mais de 400 inscritos.

Os participantes terão a oportunidade de vestir a camisola por esta causa e adquirir a t-shirt de corredor por um preço simbólico de 11€, que irá reverter diretamente para o projeto World Diabetes Foundation em Ruanda.

Com as edições desenvolvidas no passado no Mali, em 2014, no Peru em 2015 e em Myanmar no ano passado, já foi possível arrecadar mais de 30.500€ para os projetos da Federação Mundial da Diabetes . 

O ponto de encontro é no Parque das Nações, junto à Feira Internacional de Lisboa (FIL), às 18h na quarta-feira dia 13 de Setembro.

Para mais informações do programa, pode consultar http://www.easd5k.com/.

Kent Heckenlively
As autoridades da Austrália recusaram a entrada no país ao norte-americano Kent Heckenlively, que se autoproclama como o...

Kent Heckenlively, autor de livros como “Inoculate”, tinha previsto realizar uma série de conferências na Austrália em dezembro.

“Não vamos deixá-lo vir”, afirmou o ministro da Imigração, Peter Dutton, à emissora australiana 2GB.

“Esta gente que diz aos pais que os filhos não devem ser vacinados é perigosa. Fomos muito cuidadosos a analisar este caso em particular e está claro que não é de interesse nacional que venha”, frisou.

A recusa a Heckenlively teve lugar depois de a Austrália ter proibido a entrada, por um período de três anos, a outros dois ativistas contra a vacinação: a britânica Polly Tommey e a norte-americana Suzanne Humpries.

As duas fizeram uma digressão pela Austrália com o seu livro “Vaxxed”, que argumenta que existem ligações entre a vacina conjunta para o sarampo, papeira e rubéola e o autismo, uma teoria já desacreditada pelos cientistas.

Estudo
Investigadores liderados pelo neurocientista português Rui Costa descobriram, numa experiência com ratinhos, que a execução de...

O estudo, publicado na revista científica Neuron, foi coordenado por Rui Costa, que trabalha no Centro Champalimaud, em Lisboa, e na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.

As conclusões, apesar de verificadas em ratinhos, podem ser transpostas para as pessoas, uma vez que os humanos, tal como outros animais, têm a mesma estrutura cerebral que é necessária para selecionar e decidir o movimento que se vai fazer, esclareceu à Lusa o neurocientista Rui Costa.

A estrutura em causa chama-se estriado, que se localiza numa zona profunda do cérebro, precisa o Centro Champalimaud em comunicado.

O grupo de investigadores descobriu que no estriado os movimentos estão representados num 'mapa' da atividade dos neurónios (células cerebrais) - no fundo, essa atividade corresponde às coordenadas dos movimentos - e concluiu que os movimentos mais parecidos têm coordenadas semelhantes, estando estas mais próximas no mapa, enquanto os movimentos mais diferenciados têm coordenadas mais distantes e, portanto, mais afastadas no mapa.

Os cientistas viram, pela primeira vez, a atividade de 300 a 400 neurónios em simultâneo de ratinhos a executarem movimentos espontâneos, como andar, correr, sentar, virar a cabeça e mexer a pata.

Para tal, a equipa colocou nos cérebros dos roedores endoscópios minúsculos, que captavam a atividade neuronal. Ao mesmo tempo, os ratinhos estavam equipados com um acelerómetro, um dispositivo que registava os seus movimentos.

Rui Costa e restantes investigadores observaram que havia padrões específicos de atividade dos neurónios para cada tipo de movimento executado: correr e andar são movimentos parecidos, estando representados no cérebro de forma semelhante na atividade neuronal, o mesmo não acontece para correr e sentar, que são movimentos distintos.

Posteriormente, o grupo desenvolveu um método matemático para "classificar todas as ações" que os ratinhos faziam. Com este método, conseguiu prever o tipo de ação que iria resultar a partir da observação de um determinado padrão de atividade neuronal.

Os cientistas já mapearam os movimentos humanos através de sensores colocados nas pessoas por métodos não-invasivos (sobre roupa, relógios, joelho ou cotovelo) que registaram as suas ações diárias.

Apesar de não terem observado a sua atividade neuronal, o que, segundo Rui Costa, implicava métodos cirúrgicos para implantação de elétrodos no cérebro, a equipa crê que a correlação entre determinados movimentos e padrões particulares de atividade dos neurónios, verificada nos ratinhos, possa existir nos humanos, dado que ambos têm em comum a mesma estrutura cerebral.

O próximo passo dos investigadores é ver se ratinhos com dopamina (neurotransmissor envolvido no controlo do movimento) desregulada, que está associada à doença de Parkinson, têm alterações no 'mapa' de atividade dos neurónios.

"Na doença de Parkinson, não há seleção do movimento, a pessoa não consegue decidir o que fazer", assinalou Rui Costa.

Promoção comportamentos saudáveis
O Município de Leiria vai participar no projeto "TeenPower: e-Capacitar os Adolescentes para a Obesidade", que é...

De acordo com o documento que foi dado a conhecer na última reunião de executivo, o Município de Leiria informa que o projeto iniciou-se no dia 24 e que decorre até 22 de fevereiro de 2019.

Trata-se de um projeto transdisciplinar de "investigação-ação baseada na prática", que prevê o desenvolvimento de intervenções inovadoras de promoção de comportamentos saudáveis.

Esta foi uma necessidade territorial "identificada e discutida" com os profissionais de saúde e comunidade escolar, que detetaram a falta de "uma estratégia integrada, criativa e dinâmica de prevenção da obesidade e promoção de comportamentos salutogénicos nos adolescentes".

"Atendendo à experiência da equipa de investigação no desenvolvimento de produtos inovadores e soluções tecnológicas aplicadas aos cuidados de saúde, esta necessidade foi assumida como uma oportunidade de trabalhar em rede e aproveitar sinergias entre parceiros da região", refere o documento aprovado pela autarquia.

Os politécnicos de Leiria, Santarém e Castelo Branco serão copromotores deste projeto, com a participação do Município de Leiria, e está prevista a parceria com a Administração Regional de Saúde do Centro, "parceiros fundamentais tanto na fase de desenvolvimento como na implementação do programa de intervenção".

O projeto inclui a realização de três estudos complementares: análise dos determinantes da saúde dos adolescentes, avaliação da usabilidade do programa de intervenção TeenPower, implementação e avaliação da adesão ao programa TeenPower.

O objetivo principal do projeto consiste no desenvolvimento, implementação e avaliação de um programa de promoção de comportamentos saudáveis e prevenção de obesidade na adolescência, baseado na e-terapia e assente na metodologia de gestão de caso.

O Município de Leiria refere ainda que o projeto visa o 'empowerment' cognitivo-comportamental dos adolescentes, através do contacto aumentado e interativo entre adolescente e equipa de saúde multidisciplinar.

Investigadores sul-coreanos
Um estudo divulgado este mês na revista Nature revela que uma bactéria encontrada na fermentação de queijos suíços, como o...

Dois investigadores sul coreanos descobriram que a propionibacterium freudenreichii, presente em vários laticínios mas em maior concentração nos queijos suíços, tem propriedades anti-inflamatórias, que reforçam o sistema imunitário, diminuindo as respostas ao stress e aumentando a esperança de vida.

Esta bactéria transforma o lactato (sais derivados do ácido lático) em acetato, propionato e dióxido de carbono. Estes últimos são os responsáveis por este reforço do sistema imunitário, embora sejam também eles a conferir aos queijos o seu sabor e cheiro característico.

O estudo, feito em minhocas (Caenorhabditis elegans), mostrou que estas vivem mais tempo e com mais saúde quando estiveram em contacto com a bactéria.

Os coreanos descobriram ainda que as bactérias do queijo suíço ativaram o sistema imunitário e tornaram os vermes capazes de combater os organismos patogénicos mais rapidamente.

Mas os vermes não são seres humanos

Os cientistas frisam que os mecanismos com os quais a bactéria do queijo suíço interagem não são diferentes entre humanos e Caenorhabditis elegans. "Portanto, é possível que os mecanismos identificados neste estudo possam ser aplicados a outras espécies, incluindo aos seres humanos", concluíram os coreanos.

Estudo conclui
Se quer perder peso, suba para a balança todos os dias. É essa a conclusão de um estudo publicado este mês, levado a cabo pela...

A investigação publicada em meados deste mês no "Journal of Behavioral Medicine" revela que usar a balança diariamente é, talvez, uma das melhores formas de perder e controlar o peso.

O estudo científico contou com o recrutamento de quase três centenas de estudantes norte-americanas, com estaturas variadas, e chegou à conclusão que as que se pesaram todos os dias ao longo de dois anos tiveram uma redução maior do Índice de Massa Corporal (IMC) e do Índice de Massa Gorda (IMG).

Ao longo do estudo, nenhuma das voluntárias foi informada do objetivo do estudo, nem recebeu instruções para perder peso. "Não esperávamos que, na simples ausência de uma intervenção de perda de peso, as participantes perdessem peso", comentou Diane Rosenbaum, coordenadora do estudo e psicóloga na Universidade da Pensilvânia, citada pelo Science Daily.

A cientista avança ainda que o controlo diário do peso pode aumentar a motivação para cuidar do corpo, opinião que é partilhada pela outra co-autora do estudo.

"Pesar-se regularmente pode motivá-lo a adotar comportamentos saudáveis ​​de alimentação e exercício, porque fornece evidências de que esses comportamentos são eficazes para ajudá-lo a perder ou controlar o peso", acrescentou Meghan Butryn, professora na Universidade de Drexel.

Iniciativa
A estação ferroviária de São Bento, no Porto, vai estar aberta na noite de sexta-feira para sábado para acolher uma iniciativa...

O evento chama-se "O Duarte Gil vai abraçar a Abraço" e "o objetivo é recolher fundos que reverterão para a área do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) e sensibilizar quem passa para o facto de um abraço não contaminar ninguém", disse à agência Lusa o promotor da ideia, Duarte Gil Barbosa.

Conhecido como "enfermeiro-atleta" - quer pela sua profissão, quer pelo facto de participar em corridas e provas, muitas delas com caráter solidário - Duarte Gil Barbosa vai estar na estação de S. Bento das 13:00 de sexta-feira até às 13:00 de sábado a "dar e receber abraços", pedindo um euro por cada um.

"Foi pedida uma autorização especial à CP [Comboios de Portugal] para que a estação estivesse aberta durante a noite e o meu grande objetivo é conseguir verbas para que a Abraço desenvolva a sua ação que é tão importante. Sei que muitas pessoas poderão nem dar um euro, mas outras podem doar mais. Fico muito contente se chegar aos 5.000 abraços, 5.000 euros", descreveu o "enfermeiro-atleta".

Duarte Gil Barbosa trabalha no Hospital de São João, no Porto, local onde muitas vezes acolhe pessoas com SIDA ou VIH, tendo notado que "existem preconceitos até por parte de colegas e profissionais da área".

O enfermeiro - que em setembro do ano passado se propôs percorrer 200 quilómetros e doar um euro por cada mil metros percorridos à Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC) - quer que o gesto de "dar um abraço no âmbito desta causa mostre às pessoas que se pode abraçar qualquer pessoa, seja rica ou pobre, branca ou preta, perfumada ou não", disse à Lusa.

"É preciso desmistificar estas coisas, abolir tabus, distribuir informação. Ainda há muito a ideia de que a SIDA e o VIH estão relacionados com homossexuais e toxicodependentes e isso provoca discriminação", referiu Duarte Gil Barbosa.

Além da troca de abraços, ao longo de 24 horas estão planeadas atividades proporcionadas a quem passa por amigos e convidados quer do promotor da ideia quer da associação Abraço.

Por exemplo no sábado de manhã, Alexandra Ferreira, enfermeira e professora de yoga, estará na estação para dinamizar sessões de meditação abertas ao público geral.

Antes, na sexta-feira de tarde, vai atuar em São Bento a escola de artes circenses SALTO - International Circus School e a artista Marcelline Twist.

Os Batuca Radical, um projeto musical que junta amadores e profissionais ligados aos ritmos da percussão, animam o espaço no sábado, na reta final da iniciativa.

"Estou bastante otimista e agradecido pela Abraço, bem como a CP e todos os amigos e parceiros, terem aceitado de braços abertos a minha ideia. Ainda que seja difícil prever o número de pessoas que venha a aderir, tenho esperança que sejam muitas. Soube já que grupos de corrida que fazem atividades na baixa alteraram o percurso e os horários para passar por lá. Quem sabe não batemos o recorde do Guinness em abraços", concluiu Duarte Gil Barbosa.

A associação Abraço é uma Instituição Particular de Solidariedade Social e Organização Não-Governamental de Desenvolvimento, sem fins lucrativos, que presta serviços na área da problemática do VIH/SIDA.

Ciência e Tecnologia
Um investigador do Porto recebeu uma bolsa de aproximadamente 1,5 milhões de euros para estudar novos compostos naturais de...

A bolsa foi atribuída pelo Conselho Europeu de Investigação a Pedro Leão, do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR), e o projeto, designado FattyCyanos - Incorporação e modificação de ácidos gordos em produtos naturais de cianobactérias, vai ser desenvolvido nos próximos cinco anos.

As cianobactérias sintetizem "mais produtos naturais do que aqueles que são conhecidos pela ciência, muitos dos quais incorporando ácidos gordos", no entanto, para os descobrir, é necessário recorrer a "novas estratégias, mais sofisticadas", disse à Lusa Pedro Leão.

Segundo o investigador, as cianobactérias incorporam ácidos gordos nos seus metabolitos (produtos resultantes do metabolismo de uma determinada molécula ou substância), tendo alguns deles funções estruturais (como os lípidos das membranas celulares) e outros funções especializadas, sendo estes últimos aqueles que interessam neste projeto.

"Estes compostos que incorporam ácidos gordos são capazes de penetrar nas membranas das células ou interagir com as superfícies celulares, sendo comum terem atividades antibacterianas, antivíricas ou antifúngicas", explicou.

As cianobactérias são também especialistas em utilizar diferentes enzimas para modificar os ácidos gordos de uma forma seletiva e eficiente" e "muitas dessas modificações não são ainda acessíveis à química orgânica convencional", havendo interesse nas áreas de catálise e biologia sintética em entender os mecanismos por trás dessas transformações.

Embora o objetivo principal do projeto não seja a criação de produtos, Pedro Leão acredita que os novos compostos de cianobactérias possam atuar nas ações anticancerígenas ou antimicrobianas.

Para além disso, é possível que as enzimas que produzem estes compostos sirvam "de inspiração para que os químicos desenvolvam novos reagentes", podendo ainda ser aplicadas em micro-organismos capazes de sintetizar diferentes moléculas necessárias à atividade humana, como fármacos ou combustíveis, sem recurso à química tradicional.

Para a categoria da bolsa à qual concorreu Pedro Leão, a ‘Starting Grant', foram submetidas, em 2016, 2395 candidaturas, tendo sido financiadas 325. Os resultados de 2017 ainda não foram divulgados.

Pedro Leão, investigador no CIIMAR desde 2015, tem vindo a desenvolver um programa de investigação na área da química e biossíntese de produtos naturais, maioritariamente de origem marinha.

Realizou o mestrado e o doutoramento na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, tendo efetuado, em 2009 e 2012, períodos de investigação na Universidade da Califórnia, nos (Estados Unidos), e, em 2014, estudos pós-doutorais, na Universidade de Harvard (Estados Unidos).

A equipa de investigação que desenvolverá este projeto será composta por Pedro Leão e por um investigador, dois estudantes de doutoramento e um técnico de laboratório, todos do CIIMAR.

Tumores malignos
Um estudo publicado na revista “Scientific Reports” revela que uma equipa de cientistas norte-americanos conseguiu criar uma...

Uma equipa de cientistas da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, combinaram imunoterapia com nanotecnologia e conseguiram destruir tumores malignos em roedores.

Os dois tratamentos combinados foram mais eficazes do que usados isoladamente e atacaram também tumores malignos secundários e metástases. "O tratamento ideal para o cancro é não-invasivo, seguro e emprega múltiplas abordagens", comentou Tuan Vo-Dinh, investigador neste estudo, numa nota apensa à investigação.

A equipa utilizou tecnologia de imunoterapia foto-térmica que utiliza laser e nanoestrelas de ouro para aquecer e destruir tumores em combinação com a imunoterapia.

A equipa injetou ambas as pernas de ratinhos com células cancerígenas da bexiga e depois do crescimento dos tumores foram ministrados os tratamentos.

Os que não receberam tratamento e os que receberam apenas a fototerapia morreram. Alguns ratinhos responderam bem apenas à imunoterapia, mas apenas nos primeiros 49 dias.

Já entre o grupo de animais que recebeu ambos os tratamentos, dois em cinco ratinhos sobreviveram mais do que 55 dias. Um dos ratinhos continua vivo quase um ano depois, sem recidiva, porque destruiu o tumor e desenvolveu imunidade à doença.

 

Estudo
O estudo, que envolveu 19.896 participantes, mostra que as pessoas que consumem frequentemente café têm menos 64% de risco de...

Um estudo realizado por uma equipa de investigadores do Hospital de Navarra, em Espanha, mostra que beber quatro chávenas de café por dia por reduzir o risco de morte precoce em dois terços. As conclusões do estudo sugerem que os compostos antioxidantes presentes no café podem beneficiar a saúde do coração e prevenir outras doenças, com o cancro.

“Descobrimos uma relação inversa entre beber café e o risco de mortalidade, particularmente em pessoas a partir dos 45 anos”, afirmou a cardiologista Adela Navarro, do Hospital de Navarra, durante o congresso anual da Sociedade Europeia de Cardiologia, que decorreu no passado domingo.

O estudo, que envolveu 19.896 participantes entre os 25 e os 60 anos de idade durante uma década, mostra que as pessoas que consumem frequentemente café têm menos 64% de risco de morte precoce, em comparação com as pessoas que não bebem ou que consumem raramente café.

O estudo indica que cada dois cafés estavam associados a uma queda relativa de 22% na mortalidade, podendo resultar num  risco de morte absoluto abaixo de 1% no caso de as pessoas consumirem quatro ou mais cafés.

“Eu aconselharia a beber bastante café, pois pode ser bom para o coração”, afirma Adela Navarro.

40 milhões de pessoas afetadas
Investigadores portugueses criaram um aparelho que usa sondas oftalmológicas e ultrassons de alta frequência para a deteção...

O projeto surgiu de uma investigação com elementos do Instituto de Telecomunicações e da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

Com testes realizados com olhos de suíno e de ratos, conseguiu-se uma taxa de êxito de 99,7% na caracterização de cataratas.

O próximo passo é conseguir parceiros para colocar o dispositivo no mercado, descrito pela equipa como "uma ferramenta de diagnóstico simples, robusta e de baixo custo".

Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2020 serão 40 milhões de pessoas afetadas pela doença, que pode provocar perda de visão, uma vez que implica que o cristalino do olho fique opaco.

Um dos investigadores envolvidos, Miguel Caixinha, afirmou que conhecer a extensão dos danos provocados pela catarata é essencial para as operações cirúrgicas serem precisas e usarem a quantidade de energia certa.

Mulheres grávidas
Um estudo publicado na revista "Nature Communications" associa a exposição das mulheres grávidas aos pesticidas a...

A investigação foi realizada por um grupo de especialistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, que avaliou os dados extraídos do Vale de São Joaquim, na Califórnia, uma zona proeminentemente agrícola.

Segundo indica a publicação britânica especializada, até à data os estudos científicos prévios mostraram que os trabalhadores do setor agrário sofriam com a exposição aos pesticidas usados. No entanto, não era claro como é que essa exposição afetava negativamente esses indivíduos.

A especialista Ashley Larsen e um grupo de colegas examinaram a relação entre a exposição aos pesticidas e os nascimentos, após analisarem 500 mil partos ocorridos entre 1997 e 2011, com os níveis de pesticidas usados no Vale de São Joaquim.

Os especialistas centraram-se no peso que os bebés tinham ao nascer, na idade gestacional e nas anomalias que sofriam.

Os resultados mostram que a exposição a níveis muito elevados de pesticidas durante a gravidez aumenta entre 5% a 9% a probabilidade de parto com problemas, relacionados com fatores como o peso do bebé, a idade gestacional, e doenças.

Brasil
Milhões de mosquitos Aedes aegypti inoculados com uma bactéria natural que reduz o contágio dos vírus do dengue, zika e...

O projeto, que faz parte do programa australiano "Eliminar o dengue", começou a funcionar no fim de 2016 com a reprodução em grande escala do mosquito fêmea transmissor dessas doenças inoculado com a bactéria Wolbachia, comum em borboletas, libélulas e aranhas.

Atualmente, a Fiocruz consegue reproduzir 1,6 milhões desses mosquitos por semana e espera chegar em breve aos três milhões.

Os mosquitos infetados são libertados com o objetivo de que se reproduzirem e transmitirem a bactéria a gerações futuras. Os cientistas esperam combater, deste modo, eventuais epidemias como a do zika, que colocou o Brasil em alerta em 2015 e cuja emergência nacional foi retirada apenas em maio.

Wolbachia bloqueia vírus

"Descobrimos que quando o mosquito Aedes aegypti contém a Wolbachia, ela bloqueia, reduz a capacidade do mosquito de transmitir vírus como o dengue, zika e chikungunya. A ideia é libertarmos esses mosquitos na natureza, [pois] eles vão-se cruzar com os mosquitos que estão na natureza e passar a Wolbachia para esses como se estivessem imunizando os outros mosquitos e, com isso, a transmissão deve ser reduzida", explicou Luciano Moreiro, responsável do projeto contra o dengue na Fiocruz.

Depois de constatar que os projetos piloto de 2014 foram bem-sucedidos, a fundação começou a lançar os mosquitos em Niterói, e nesta terça reforçou o seu programa na Ilha do Governador, com a intenção de continuar em outras áreas das zonas norte e sul da cidade até o fim de 2018.

A Fiocruz assegura que estes mosquitos não apresentam riscos para a saúde das pessoas nem para o meio ambiente.

Diminuição de custos
O recurso à telemedicina para tratar doentes com insuficiência cardíaca reduz em 55% o número de internamentos, com idêntico...

O estudo foi realizado em Espanha e analisou 116 doentes com dois subtipos de insuficiência cardíaca.

Um grupo de 66 doentes recebeu apenas seguimento médico convencional, cara a cara com o médico, enquanto outro grupo de 50 pacientes foi seguido por telemedicina.

No grupo em que foi introduzida a telemedicina, os custos diretos com os tratamentos reduziram uma média 3.170 euros por doente por cada seis meses de seguimento.

Segundo explicou à agência EFE o médico Santiago Jiménez, um dos autores do estudo, a introdução da telemedicina veio reduzir os internamentos e também os custos associados.

A telemedicina aplicada a doentes com insuficiência cardíaca consiste na realização de consultas médicas através de videoconferências, em conjunto com a monitorização à distância de diferentes variáveis, algumas das quais devem ser medidas e controladas diariamente.

Espaços de Saúde
De acordo com os mais recentes dados da APED, os preços praticados nos espaços de saúde revelaram-se consideravelmente...

Tendo em conta a importância que os espaços de saúde e a comercialização de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) têm vindo a assumir no setor do retalho, enquanto segmento na estratégia da diversificação de oferta de produtos e serviços, o mais recente Barómetro de Vendas da APED – Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição apresenta a sua evolução mais recente.

Assim, este barómetro mostra que o mercado de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) representa 16,3% do total do mercado de medicamentos em ambulatório.

No ano de 2016, o mercado de MNSRM apresentou uma faturação de 291 milhões de euros, tendo crescido 3% face ao ano anterior, sendo que o volume de vendas de MNSRM nos Espaços de Saúde aumentou 9,1%. No mesmo período, as vendas de MNSRM nas Farmácias cresceram 1,8%, com os preços de venda (praticados nos Espaços de Saúde) a revelar-se “consideravelmente inferiores” aos praticados nas Farmácias, num diferencial que já aumentou em 2017 face a 2016. Para o Top 5 de vendas, essa diferença foi de 11% no 2.º trimestre de 2017 (9,3% no 2.º trimestre de 2016).

A APED dá ainda nota de que, entre os seus associados, contam-se já 588 pontos de venda (no total, excluindo farmácias, existem 1.187 pontos de venda Espaços de Saúde).

Tecnologia
Uma "amiga virtual" eletrónica que lembra as horas de tomar medicação através de mensagens pelo Facebook ou Whatsapp...

Licenciado em Bioengenharia, André Fialho está baseado na empresa Phillips, em Boston, nos Estados Unidos da América, e juntou-se ao alemão David Hartwig, criador da ideia que esperam um dia poder vir a ser determinante na ligação entre doentes e médicos, que cada vez têm menos tempo para estar atentos aos pacientes.

Por enquanto, a “Florence” (inspirada na enfermeira britânica Florence Nightingale) é "uma espécie de amigo ou contacto virtual" que as pessoas podem acrescentar aos seus programas de troca de mensagens e de quem podem receber lembretes para tomar medicação ou registar consumo de água, alimentos, exercício ou ciclos menstruais.

No primeiro contacto, Florence avisa que nada do que possa "dizer" se substitui aos cuidados médicos e pergunta em que pode ajudar em duas vertentes: dar conselhos de saúde relativos a alimentação, sintomas de doença ou exercício ou ajudar a cumprir as indicações de médicos.

"É tudo baseado em fontes da literatura que se baseia em evidência científica e aprovado pela [agência norte-americana que supervisiona os alimentos e medicamento] FDA", afirmou André Fialho.

No futuro, os autores do projeto esperam "envolver os especialistas na área da medicina" para contribuírem, assinalando que o objetivo principal de “Florence” é "motivar as pessoas para seguirem o que os médicos dizem".

Desde junho de 2016, quando foi lançado, mais de 20 mil pessoas aderiram ao serviço e há mais de duas mil que o seguem diariamente, referiu.

André Fialho indicou que ainda está na fase inicial e que com o seu parceiro estuda a melhor maneira de conseguir o mais difícil: "cativar as pessoas".

Quando chegarem a essa fórmula, que pode ser a evolução para uma espécie de jogo, procurarão levar a Florence aos hospitais para servir como uma maneira de criar e manter ligação com os doentes, sendo "um elo de ligação entre médicos no hospital e pessoas em casa.

Por enquanto, Florence apenas fala inglês, mas nos próximos meses falará ainda português, espanhol e francês.

Balanço
O número de camas nos cuidados continuados cresceu 8,4% em 2016, passando a existir 8.112 lugares de internamento, um acréscimo...

O relatório sobre o acesso a cuidados de saúde referente ao ano passado, a que a agência Lusa teve acesso, mostra que o crescimento do número de camas da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) foi suportado sobretudo pelas camas de longa duração e manutenção e de média duração e reabilitação.

Em 2016 houve um crescimento de 4,5% no número de utentes assistidos na RNCCI, bem como dos utentes referenciados.

Por outro lado, baixou o número global de utentes em espera para uma vaga (menos 2,1% do que em 2015).

Pela primeira vez foram criadas camas pediátricas nesta rede e não existiam doentes a aguardar vaga nesta tipologia.

Globalmente, entre internamento e respostas domiciliárias, a RNCCI tinha no final de 2016 um total de 14.376 lugares, um crescimento de 2,2% relativamente ao ano anterior.

Em 2016 existiam ainda 288 camas de cuidados paliativos na RNCCI, que em 2017 passaram a integrar a Rede Nacional de Cuidados Paliativos.

DECO
Dois terços dos alunos portugueses carregam às costas mochilas demasiado pesadas, que podem atingir onze quilos com todos os...

No estudo, publicado no número de setembro da revista Proteste, aponta-se os riscos para a saúde de tanto peso a que estão sujeitos corpos cujos ossos ainda estão a formar-se, nas idades entre os 10 e os 13 anos.

O caso mais extremo de excesso de peso encontrado foi o de um rapaz de 11 anos que transportava 11 quilos, mais de um terço do seu peso corporal, o que é três vezes mais do que é recomendado pela Organização Mundial de Saúde.

A Deco vai pedir uma audiência à comissão parlamentar de Educação e Saúde, a quem enviará os resultados do estudo.

Uma petição com 48 mil assinaturas pedindo medidas para reduzir o peso das mochilas está já a ser analisada na comissão.

A investigação, conduzida em março deste ano, centrou-se em 174 alunos, 66% dos quais tinham peso a mais nas mochilas, percentagem superior aos 53% encontrados no estudo semelhante anterior, feito em 2003.

As cargas mais intensas, representando 20% do peso corporal de quem as carrega, também são mais frequentes: aumentaram de 4,5% em 2003 para 16% este ano.

Para além dos livros necessários a cada disciplina, alguns dos quais com muito pouco uso, o que enche as mochilas são cadernos, dossiês, estojos, carteiras, chaves, roupa e calçado para Educação Física, enumera um aluno entrevistado pela Proteste.

Este peso é carregado durante todo o dia várias vezes por alunos sujeitos a uma carga horária que pode chegar a nove horas, sem contar com o percurso entre a casa e a escola.

A Deco apela à tutela, às editoras e às escolas, defendendo medidas como mais conteúdo digital na educação, livros em fascículos ou instalação de cacifos.

Aos pais, pede-se um olhar atento para distinguir o que é mesmo necessário nas mochilas, que devem ir à balança antes de saírem de casa.

Atendimento SNS
O número de atendimentos nas urgências no Serviço Nacional de Saúde (SNS) subiu para 6,4 milhões e ainda são mais de 40% os...

De acordo com o Relatório Anual de Acesso aos Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do SNS e Entidades Convencionadas relativo a 2016, a que a Lusa teve acesso, foram registados 6.405.707 episódios de urgência, um aumento em relação a 2015 (6.118.365), e em 40,7% os casos os doentes receberam pulseira de cor verde (pouco urgente), azul (não urgente) ou branca, as menos graves na escala de Manchester, que define as prioridades clínicas para atendimento.

A subida nos episódios de urgência no SNS fez com que fossem atingidos valores semelhantes aos de 2010 e 2011, período prévio à entrada em vigor das alterações à legislação das taxas moderadoras que aumentaram os valores a pagar pelos utentes, essencialmente nos episódios de urgência.

De acordo com o relatório, a percentagem de episódios de urgência que originaram internamento mantém-se acima dos 8%, apesar da redução registada em 2016 (-0,3%), valor também semelhante ao que se registava em 2010 e 2011.

O relatório tem compilados dados sobre o acesso aos cuidados de saúde tanto do SNS como de entidades convencionadas, desde as urgências às consultas, passando pelas cirurgias programadas e pelo acesso à Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

Estudo
Pessoas com dieta rica em hidratos de carbono correm maior risco de ter problemas de saúde do que as que consomem maiores...

A equipa de investigadores, liderada por uma universidade no Canadá, avaliou 135 mil pessoas de 18 países dos cinco continentes e os principais resultados são hoje publicados na revista científica The Lancet.

No estudo foram sendo questionados os hábitos alimentares das pessoas, que foram seguidas por uma média de sete anos e meio.

Uma das conclusões mostra que uma dieta rica em hidratos de carbono (mais de 60% do total de energia consumida) está ligada a uma maior mortalidade, embora não surja relacionada com maior risco de doença cardiovascular.

Quanto às gorduras alimentares, não foi associado um maior consumo a uma maior mortalidade nem a maior risco de ataques cardíacos ou morte por doenças cardiovasculares.

Os investigadores destacam que estes resultados são consistentes com vários estudos e ensaios clínicos conduzidos em países ocidentais nas últimas duas décadas.

Segundo a principal autora do estudo, Mahshid Dehghan, uma diminuição de ingestão de gordura levou a um aumento do consumo de hidratos de carbono.

Para a investigadora, as conclusões desta análise podem explicar porque é que certas populações que não consomem muita gordura mas que ingerem muitos hidratos têm maiores taxas de mortalidade.

Dehghan lembrou que durante décadas as diretrizes sobre hábitos alimentares foram no sentido de reduzir a gordura total para níveis abaixo de 30% da ingestão calórica diária, baseando-se na ideia de que reduzir a gordura deveria reduzir as doenças cardiovasculares. Contudo, não foi considerado como se substitui a gordura na dieta.

No estudo, o menor risco de morte verificado foi nas pessoas que consomem três a quatro porções (um total de 375 a 500 gramas) de frutas, vegetais e leguminosas por dia.

Ou seja, uma dieta que inclua um consumo moderado de gordura e fruta e vegetais, evitando hidratos de carbono, está associada a um menor risco de mortalidade.

A investigação revelou que a ingestão de frutas, vegetais e leguminosas é globalmente de entre três a quatro porções por dia, quando as atuais diretrizes recomendam um mínimo de cinco porções diárias.

Mas as frutas e vegetais são relativamente caros nalguns países, sobretudo nos menos desenvolvidos, e muitas das pessoas não conseguem alcançar os níveis de consumo recomendados.

Na atual investigação, a ingestão de vegetais crus foi mais fortemente associada a menor risco de morte em comparação com o consumo de vegetais cozidos.

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