Governo
O ministro da Saúde anunciou hoje que vai apresentar, no primeiro trimestre do próximo ano, uma proposta para a resolução do...

Na comissão parlamentar de Saúde, o ministro Adalberto Campos Fernandes admitiu o aumento do défice no setor, justificando-o, em parte, com “o atraso no registo das notas de crédito resultantes do acordo com a Apifarma” (Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica) e com uma nova prática contabilística das Parcerias Público Privadas (PPP).

A este propósito, o ministro revelou que, neste último trimestre, irá existir um reforço de dotação das entidades para que estas possam regularizar as suas dívidas, tal como aconteceu no último ano.

Adalberto Campos Fernandes adiantou também que, no primeiro trimestre do próximo ano, irá apresentar uma proposta para a resolução do processo de acumulação de dívida e impedir que surjam novos casos de acumulação.

Os governantes do Ministério da Saúde foram hoje questionados no parlamento sobre a questão dos enfermeiros especialistas, que têm estado em protesto.

O secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, afirmou que apenas os enfermeiros especialistas que exercem esta especialidade é que irão receber o suplemento de 150 euros.

Apesar de estarem registados 10 mil enfermeiros especialistas, apenas 7.000 exercem esse trabalho diferenciado e serão só estes que receberão o suplemento.

No final de setembro, em declarações, Manuel Delgado já tinha adiantado que o subsídio de 150 euros que o Governo propõe para os enfermeiros especialistas corresponde a um gasto anual de 14,4 milhões de euros.

A proposta do Ministério da Saúde, segundo Manuel Delgado, vai no sentido de atribuir um subsídio de 150 euros a todos os enfermeiros especialistas “em efetivo exercício de funções”.

Este complemento é uma das medidas para as quais existe já um pré acordo entre os sindicatos e o governo, tratando-se de uma medida transitória, a aplicar a partir de 01 de janeiro, até à revisão da carreira, que deverá contemplar esta questão.

Os responsáveis pelo Ministério da Saúde estiveram hoje a ser ouvido sobre a situação dos enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde (SNS), a pedido do Bloco de Esquerda e do PCP.

Sobre a recente greve destes profissionais e as suas consequências, o ministro afirmou que têm sido os profissionais a reagendar as cirurgias adiadas, mas garantiu que, se for necessário, recorrerá ao setor convencionado para as mesmas se concretizarem.

Obesidade Infantil
Segundo o estudo 2013-2014 da APCOI que contou com 18.374 crianças (uma das maiores amostras neste t

Na sua opinião a que se deve esta epidemia?

A obesidade é uma epidemia que está diretamente relacionada com os maus hábitos alimentares das crianças, isto é, consumo excessivo de calorias provenientes de açúcares e gordura e uma ingestão deficitária de cereais e hortofrutícolas. Além disso, aliado ao padrão alimentar inadequado verificam-se baixos níveis de atividade física.

Como devem os pais reagir no que toca à alimentação?

Para além da formação e informação às crianças, é necessário, também, formar e consciencializar os pais para esta epidemia mundial. Os pais deverão ser educados para a importância de uma alimentação saudável e para o seu impacto na saúde. Os pais deverão dar o exemplo e incentivar os seus filhos a obter um estilo de vida saudável, isto é, hábitos alimentares saudáveis com o aumento da ingestão de cereais integrais e hortofrutícolas e com a diminuição da ingestão de alimentos processados, riscos em gorduras, açúcares e sal. Além disso, incentivá-los ao aumento da atividade física.

O que deveriam as escolas e o Estado fazer para ajudar a resolver este problema grave?

A Direção Geral de Saúde desenvolveu um Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, cujos objetivos são:

  • Aumentar o conhecimento da população portuguesa nesta temática,
  • Adequar a disponibilidade de alimentos em ambiente escolar e espaços públicos,
  • Melhorar o modo de atuação dos profissionais que influenciam conhecimentos nesta área,
  • Desenvolver parcerias e projetos em diversos sectores (agricultura, desporto, educação…).
  • A temática da alimentação saudável é lecionada em âmbito escolar pelos educadores. As escolas têm indicações relativamente aos alimentos que poderão ou não ser fornecidos em cantinas e bufetes e promovem condições para o aumento da atividade física.

Temos ainda um longo caminho a percorrer no que toca à prevenção da obesidade infantil, mas os primeiros passos já estão a ser dados neste sentido.

E no que se refere ao exercício físico?

O exercício físico deverá ser tanto incentivado pelos pais como pelos educadores. Na escola a atividade física é incentivada através da disciplina de Educação Física, bem como, de atividades extracurriculares disponibilizadas. Os pais deverão incentivar os seus filhos à realização de atividade física, nomeadamente em atividades ao ar livre.

A “culpa” é das famílias ou do sistema social?

A responsabilidade é de ambas as partes. Por um lado, o marketing e a comunicação social incentivam ainda a aquisição de alimentos processados ricos em açúcares, gorduras e sal. Os pais e educadores ainda não têm formação suficiente no que respeita à temática da alimentação saudável e ainda se verifica que os pais têm um padrão alimentar incorreto e são sedentários. Na verdade, os pais são encarados como “modelo” para os seus filhos e se os pais mantiveram hábitos alimentares incorretos e o sedentarismo, também, as crianças seguirão esse mesmo estilo de vida.

Como deveria ser a alimentação tipo de uma criança entre os 7 e os 10 anos?

De um modo geral, deveria ser uma alimentação menos rica em alimentos processados do que aquilo que é a alimentação típica das nossas crianças, hoje em dia. Devia ser uma alimentação mais ricas em legumes, em fruta, em cereais, em tudo o que são “alimentos de verdade” e que são a base da nossa dieta mediterrânica e da nossa roda dos alimentos. São estes alimentos que nos dão os nutrientes de que nós precisamos para o nosso dia-a-dia, nomeadamente as vitaminas e os minerais, nos quais os alimentos processados, são regra geral, muito pobres.

Na sua opinião é respeitada de alguma forma?

Para algumas crianças sim, por terem pais que estão conscientes para a problemática da obesidade e por reconhecerem a importância que uma alimentação saudável representa na saúde e no desenvolvimento dos seus filhos. Mas claramente ainda há um longo caminho a percorrer. Não só junto dos pais, que muitas vezes precisam de uma orientação profissional para conseguirem tornar a alimentação dos seus filhos saudável, sendo ao mesmo tempo apelativa e de fácil adesão para a criança; mas também junto das escolas, em que muitas vezes a oferta alimentar é bastante pobre.

Como aconselharia os pais a alimentar melhor as suas crianças?

Primeiro que tudo, lembraria os pais de que eles são o principal modelo a seguir para aquela criança. E que de nada adianta dizermos a uma criança para ter um determinado comportamento, se o seu “modelo” não o faz. De nada adianta dizer a uma criança que tem que comer sopa todos os dias, se os pais não o fizerem e não derem o exemplo.

Numa sociedade que privilegia cada vez o aspecto físico, a obesidade não poderá afectar as  crianças de uma forma desumana diminuindo a sua autoestima para o resto da vida?

A obesidade não afeta só a auto-estima da criança, como dificulta a sua qualidade de vida, para realizar tarefas como andar, correr ou simplesmente apertar os sapatos; como condiciona a sua saúde, enquanto criança e posteriormente na vida adulta.

Eu defendo que o segredo está na prevenção e não no tratamento. É preciso evitar que as nossas crianças fiquem obesas. É preciso mudar mentalidades, mudar hábitos. Claramente a obesidade condiciona a vida das crianças e elas sofrem com isso.

A genética é assim tão importante quanto se ouve por aí, ou há apenas uma predisposição para a obesidade que pode ser facilmente combatida através do exercício e alimentação?

A genética é um fator importante mas não é o único e nem sequer é o principal. Claramente os maiores determinantes são os maus hábitos alimentares e a inatividade física. E ainda que possa ser a genética, não sendo este um fator modificável, a chave continua a ser melhorar a alimentação e promover a prática de exercício físico.

Nestes casos devem ser efetuados exames clínicos específicos?

Claro que sim, se não houver hábitos alimentares desregrados que justifiquem o excesso de peso e se se tratar de uma criança ativa, é necessário perceber a causa do excesso de peso, que poderá ser de ordem clínica. Nesses casos sim, pode ser necessária a realização de exames médicos. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Grupo de Estudos de Cancro e Trombose
De acordo com as estatísticas internacionais, diariamente, 1.600 pessoas perdem a vida devido a um tromboembolismo venoso,...

O risco dos doentes com cancro em particular e das pessoas em geral de desenvolverem um tromboembolismo venoso (TEV), caracterizado pela trombose venosa profunda (TVP) e sua maior complicação, a embolia pulmonar (EP), é muitas vezes fatal. O distúrbio é considerado de difícil diagnóstico pelos especialistas, mas muito frequente, especialmente, em pacientes hospitalizados ou acamados, mesmo aqueles que não tenham passado por uma cirurgia.

Assinala-se a 13 de outubro o Dia Mundial da Trombose (World Thrombosis Day) e o Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT) volta a associar-se à comemoração deste dia que foi reconhecido pela primeira vez em 2014 pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostase (ISTH). Para assinalar a data, o GESCAT acaba de lançar a campanha de sensibilização “DESCOMPLICAR O TROMBOEMBOLISMO. CONHECER É A MELHOR FORMA DE PREVENIR!” com foco nas suas causas, fatores de risco, sinais e sintomas e evidência científica na prevenção e tratamento.

Sérgio Barroso, médico oncologista e o atual presidente do Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT) explica que “os objetivos desta nova campanha são informar, sensibilizar e consciencializar a população, doentes e seus familiares, profissionais de saúde e decisores políticos para um problema ainda pouco conhecido, mais concretamente o TEV, uma doença silenciosa e que pode ser fatal”.

O TEV resulta da formação de coágulos de sangue nas veias, levando ao seu entupimento e impedindo que o sangue circule normalmente. Esta situação atinge na grande maioria dos casos os pacientes hospitalizados, doentes oncológicos e grávidas. A obesidade e hábitos de consumo de álcool ou tabaco são também fatores que aumentam o risco de ocorrência. Sendo o acesso aos cuidados de saúde fundamental nestes casos, é importante que as pessoas saibam reconhecer os sinais e os sintomas de um tromboembolismo, frequentemente assintomático, subdiagnosticado e por vezes o primeiro sinal manifestado é a morte. Os mais comuns são dor na perna, que pode ser apenas de pé ou ao caminhar, inchaço de parte da perna ou do seu todo, endurecimento da perna com aumento da temperatura local e mudanças de cor da pele na perna afetada.

Relativamente às ações previstas para o dia 13 de outubro, o GESCAT vai realizar duas ações de guerrilha. Uma, no período da manhã, entre as estações de Pragal e Penalva da Fertagus, e outra ao final da tarde, entre as estações do Cais do Sodré e Cascais da CP - Comboios de Portugal. A ação consiste na distribuição de folhetos informativos por uma Mascote em forma de trombo que vai viajar nas carruagens para elucidar os utentes sobre como se desenvolve um tromboembolismo e as suas consequências. Vão também ser colocadas Bancas Informativas nas estações de Sete Rios e Cais do Sodré da CP - Comboios de Portugal. A Mascote e a Banca Informativa também poderá ser encontrada no Metropolitano de Lisboa na estação do Marquês de Pombal onde a população poderá ficar a saber mais sobre as causas, os sintomas e as formas de prevenção do TEV. “Este é fundamentalmente um dia de sensibilização e esclarecimento e para isso estamos a lançar uma campanha onde vamos ao encontro das pessoas para as ajudar estar atentas à realidade desta doença e a prestar a devida atenção aos sinais do seu corpo”, elucida Sérgio Barroso.

“Esperamos que a mediatização desta Campanha possa alcançar os decisores políticos que são fundamentais para que o TEV possa ser encarado como um problema de saúde pública crescente”, adianta Sérgio Barroso. “Informar, sensibilizar e consciencializar a comunidade científica e a comunidade em geral é crucial para facilitar o acesso dos doentes oncológicos sob risco ou com diagnóstico de TEV à prevenção e ao tratamento”, conclui o presidente do Grupo de Estudos de Cancro e Trombose.

Adexo
A Adexo, associação de doentes obesos e ex-obesos, quer melhorar as condições de saúde dos doentes em Portugal, pois apesar de...

Em Portugal, o número de pessoas com excesso de peso chega aos três milhões de pessoas, das quais 1,5 milhões são obesas e 350.000 são super-obesas, o que faz de Portugal um dos países com maior taxa de obesidade na União Europeia.

“A verdade é que os doentes obesos são privados do acesso à saúde e ao seu devido tratamento por falta de condições básicas. Estas falhas necessitam de ser colmatadas. Enquanto associação de doentes representante da área queremos criar melhores condições para que os doentes com obesidade estejam mais acompanhados.” refere o presidente da Adexo, Carlos Oliveira.

A associação tem vindo a reunir com as entidades políticas e sociedade civil para falar sobre o impacto que a obesidade tem na sociedade e se conseguirem criar sinergias mais propícias a para a resolução do problema.

O presidente da Adexo indica que têm vindo “a apresentar propostas para melhorar aquelas que consideramos serem as principais problemáticas dos doentes obesos. Queremos melhorar a qualidade de vida das pessoas com obesidade e a melhorar o contexto português do diagnóstico e tratamento da obesidade, possibilitando um aumento das opções de tratamento”.

O acesso destes doentes e fidelização aos seguros de saúde bem como ao seguro para empréstimo de compra de habitação própria mas também questões relacionadas com o diagnóstico e tratamento da obesidade, como inclusão da análise de resistência à Leptina no sistema de análises comparticipadas, a comparticipação dos suplementos vitamínicos específicos para doentes sujeitos a cirurgias para redução de peso, mas também a comparticipação da terapêutica farmacológica para tratamento da obesidade, são as propostas da associação.

Portugal foi o primeiro país europeu a reconhecer a obesidade como doença e o único com regulamentação para esta doença. Contudo a mortalidade está em cerca de 1.500 pessoas por ano no nosso país, sendo que um elevado Índice de Massa Corporal (IMC) foi responsável pela morte de 4 milhões de pessoas no mundo.

Os custos com o tratamento das multipatologias como a diabetes tipo 2, as doenças cardiovasculares, a apneia do sono, entre outras, em conjunto com a mortalidade associada, continuam a aumentar.

A Adexo, aproveita o Dia Mundial da Obesidade para lançar o seu novo website que tem o objetivo de facilitar a comunicação com a população e os principais interessados no tema da obesidade e da associação. A nova versão da página da Adexo tem uma melhor navegabilidade e inclui informação como pesquisas científicas na área da obesidade, trabalhos que estejam a ser desenvolvidos pela associação, fotografias e vídeos. Para visitar a página pode aceder através do link http://www.adexo.pt/

Quatro em cada cinco casos de deficiência visual são evitáveis
O grupo SPO Jovem da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia vai promover dois rastreios gratuitos para deteção de doenças...

“Os rastreios da visão são fundamentais porque há várias doenças oculares que podem ser prevenidas ou tratadas se forem diagnosticadas a tempo”, confirma Manuel Monteiro Grillo, presidente da SPO. “A saúde visual é um dos aspetos ao qual é preciso dar mais atenção, mas cuja importância as pessoas ainda tendem a ‘esquecer’ ou negligenciar”, acrescenta o especialista.

O presidente da SPO alerta para o envelhecimento progressivo da população, uma tendência nacional e não só. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as deficiências visuais são, de facto, mais frequentes na população idosa, com os números mais recentes (2010) a revelar que 82% das pessoas invisuais e 65% das pessoas portadoras de défice de visão parcial ou total têm mais de 50 anos. Um envelhecimento “acompanhado por problemas visuais, que se complicam. Mas até para estes, graças aos avanços dos últimos anos na área da oftalmologia, é possível dar resposta e até mesmo evitar a cegueira”, reforça o especialista.

A catarata, uma doença que se caracteriza pela opacificação do cristalino, a lente natural do olho e está relacionada com o envelhecimento, é uma dessas doenças, cujos sintomas passam pela diminuição progressiva da acuidade visual, sensação de névoa, fotofobia, halos e dificuldade de visão em situações de luminosidade excessiva ou de muito pouca luz, o que pode originar fadiga ocular na condução e no trabalho com monitores. E ainda que não seja fácil a sua prevenção, é possível tratar este problema, que pode ser detetado atempadamente, com uma observação feita pelo médico oftalmologista.

O mesmo acontece com muitos dos erros refrativos, como a miopia, astigmatismo, hipermetropia e presbiopia, que podem ser corrigidos, sendo mais uma vez o diagnóstico precoce a melhor forma de evitar maiores problemas. “A consulta regular ao oftalmologista, sobretudo depois dos 40 anos, é muito importante. A prevenção é, aqui como em muitas outras áreas, a melhor arma”, reforça Manuel Monteiro Grillo.

Em Portugal, de acordo com a Direção-geral da Saúde, estima-se que cerca de metade da população sofra de alterações da visão, que vão da diminuição da acuidade visual à cegueira. São estas as estatísticas para as quais alerta a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) por ocasião do Dia Mundial da Visão, que se assinala na semana em que Lisboa recebe o XXXV Congresso da Sociedade Europeia de Catarata e Cirurgia Refrativa (ESCRS), e que tem como principal objetivo sensibilizar e alertar a população para a necessidade de vigiar regularmente a saúde dos olhos, já que o diagnóstico precoce é um fator potencialmente decisivo para a prevenção das doenças oculares.

Estudo
A forma como as pessoas com doenças crónicas, nomeadamente a diabetes tipo 2, gerem a sua doença (aderem aos tratamentos e...

A literacia em saúde é uma questão global da saúde pública. Vários estudos mostram que um baixo nível de literacia individual afeta negativamente os indivíduos, quer na forma como compreendem a informação sobre saúde, quer na forma como comunicam com os médicos ou aderem aos tratamentos.

“Na literatura começam a surgir algumas informações sobre o modo como o suporte emocional e funcional influencia positivamente a melhoria dos cuidados continuados de doenças crónicas, como a diabetes tipo 2. Essas melhorias poderão ser mais facilmente alcançadas se for considerada a literacia em saúde distribuída, ou seja, a forma como o conhecimento da doença se distribui pela rede social do indivíduo”, refere Liliana Abreu, primeira autora do estudo.

Para compreender a importância da literacia distribuída em saúde na gestão da doença, os investigadores realizaram um estudo qualitativo e observacional que envolveu pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 2 (26, no total). Os autores identificaram a rede de suporte (mediadores de saúde) utilizada pelos participantes, o conhecimento que têm da doença, a forma como circulam e navegam nos serviços de saúde, o modo como vivenciam a patologia, entre outros aspetos. “Queríamos perceber como é que as pessoas usam as redes pessoais para concretizarem tarefas relacionadas com a gestão da própria doença. E estamos a falar de tarefas muito básicas, como tomar a medicação ou os cuidados com a alimentação”, diz a investigadora.

Os resultados revelam que o apoio da família, dos amigos e dos profissionais de saúde é relevante para a gestão desta doença crónica. Os indivíduos com menos escolaridade usam os seus mediadores para obterem, essencialmente, auxílio do ponto de vista informacional e funcional, ao passo que as pessoas mais escolarizadas utilizam a sua rede para obterem, sobretudo, suporte de cariz emocional.

Em termos práticos, a investigação chama a atenção para o facto de na gestão de doenças crónicas e de cuidados continuados, como a diabetes tipo 2, existir a necessidade de se criarem espaços de diálogo entre os diferentes mediadores e os pacientes.

“O reconhecimento da literacia em saúde distribuída é inovador e complementa a informação sobre a influência das redes de suporte do indivíduo, para a construção de um sistema de saúde mais sustentável e centrado no doente. Tal representa a atual estratégia global dos cuidados continuados integrados de saúde, onde a coprodução de conhecimento e governação para a saúde se sustenta na provisão de saúde personalizada”, avança Liliana Abreu. “O estudo salienta a necessidade de existir um maior enfoque na literacia em saúde distribuída e não apenas na literacia em saúde individual, uma vez que esta não reside unicamente na forma como se lida com a informação a nível cognitivo. Além disso, os mediadores podem ajudar a compensar o baixo nível de literacia dos doentes. Identificar os mediadores e entender a forma como a distribuição de responsabilidades na gestão da doença se distribui na rede, de modo a permitir uma colaboração mais eficaz entre os profissionais de saúde, família/amigos e media, é crucial”, conclui.

O estudo intitulado “Distributed health literacy among people living with type 2 diabetes in Portugal: Defining levels of awareness and support” foi publicado na revista “Health and Social Care in the Community” e pode ser consultado aqui.

Direção-Geral de Saúde
A Direção-Geral de Saúde lançou hoje um “manual sobre obesidade e terapêutica” para ajudar a combater o problema de excesso de...

Lançado no Dia Mundial do Combate à Obesidade, “o manual pretende ser um contributo” do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável na luta contra o excesso de peso, que inclui a pré-obesidade e a obesidade, “provavelmente o principal problema de Saúde Pública em Portugal”, refere a Direção-Geral de Saúde (DGS) em comunicado.

A DGS alerta que este problema tem “implicações sérias” no aparecimento de diferentes doenças como a diabetes, as doenças cérebro-cardiovasculares, a patologia osteoarticular e a generalidade dos cancros.

“Doenças, que no seu todo, representam a principal despesa em saúde do estado português e o principal encargo do Serviço Nacional de Saúde”, salienta no comunicado.

Apesar desta situação “considerada grave, a abordagem terapêutica à obesidade é marcada por um forte insucesso e está organizada ao longo do país das mais diversas formas, sem ter sido discutido ainda a nível nacional uma estratégia de base, minimamente consensual”.

“Assim, a este nível, será importante e de forma recorrente, tentar consensualizar sobre as melhores estratégias terapêuticas nutricionais à luz da mais recente evidência científica”, afirma no comunicado o diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, Pedro Graça.

Segundo a DGS, pretende-se apresentar neste manual o cenário epidemiológico da obesidade em Portugal, refletir sobre os melhores indicadores a utilizar para o seu diagnóstico, bem como apresentar algumas orientações para o tratamento desta patologia, em particular no que diz respeito à terapêutica nutricional.

Apresenta ainda a abordagem do Serviço Nacional de Saúde ao tratamento do excesso de peso.

21º na Europa
Portugal está no fundo da tabela no ranking dos países da Europa a 28 sobre igualdade de género, tendo subido uma posição e...

O ranking é elaborado pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE, na sigla em inglês), segundo o qual a União Europeia a 28 está a conseguir fazer progressos em matéria de igualdade de género, ainda que de forma lenta.

Os dados do EIGE, relativos a 2015, mostram que a média europeia está agora nos 66,2 pontos em 100, quatro pontos acima do valor de há dez anos, com a Suécia em primeiro lugar, com 82,6 pontos, e a Grécia no fim, com 50 pontos.

Nesta tabela, Portugal aparece em 21.º lugar, com 56 pontos, o que significa que o país tem vindo a conseguir melhorar a sua posição, já que começa com 49,9 pontos em 2005, sobe para 53,7 em 2010, 54,4 em 2012 e agora 56 em 2015.

O ranking avalia os vários países em seis domínios, desde o trabalho, dinheiro, saúde, educação, tempo e poder, sendo que é nas três primeiras que Portugal se destaca e nas três últimas que obtém as piores classificações.

É mesmo na saúde que Portugal obtém a classificação mais elevada, 83,6 pontos em 100, sendo que nesta área o EIGE alerta para o facto de as desigualdades de género serem um desafio crescente para as sociedades envelhecidas.

Apesar da pontuação tão alta, Portugal é incluído no grupo de três países, com a Lituânia e a Letónia, com as piores situações, com o EIGE a referir que a saúde é um indicador da situação económica e de educação de um país, já que “baixos níveis de educação significam uma saúde mais pobre, especialmente entre as mulheres”.

Em matéria de trabalho, onde Portugal consegue 72 pontos, o EIGE aponta que tem havido um progresso muito lento nos últimos dez anos na União Europeia, com as pontuações mais elevadas na Suécia, Dinamarca e Holanda e as mais baixas na Grécia, Itália e Eslováquia.

Já em matéria de dinheiro, Portugal consegue uma avaliação de 70,9 pontos, e é incluído no grupo de sete países com progressos marginais, abaixo dos três pontos, enquanto a maioria dos estados membros melhorou nesta área desde 2005, “trazendo as mulheres e os homens para igual acesso à independência económica”.

Sobre a questão monetária, o EIGE aponta que as desigualdades ao longo da vida levam a maiores fossos de género nas idades mais avançadas, e que as mulheres enfrentam um maior risco de pobreza em idosas do que os homens, com 18% das mulheres e 12% dos homens com mais de 75 anos em risco de pobreza monetária.

Onde Portugal tem a classificação mais baixa é em matéria de poder, com 33,9 pontos, mas onde é referido como tendo conseguido subir mais de 10 pontos graças a ter melhorado o equilíbrio entre géneros nas tomadas de decisão.

O EIGE atribui grande parte do sucesso à introdução de quotas, apontando Portugal como um dos nove países com legislação específica e como um dos países onde houve mais progressos graças ao facto de a legislação de quotas estar a ser aplicada há mais tempo.

No que diz respeito à educação, a classificação de Portugal chega aos 54,8 pontos, com o país a ser incluído no grupo de cinco onde a situação melhorou mais de 10 pontos no nível educativo e participação.

Por último, no que diz respeito ao uso do tempo, onde Portugal obtém 47,5 pontos, o país é apontado como um dos nove que em 2015 atingiram a meta de providenciar creche a 33% de crianças com menos de três anos.

Por outro lado, os homens portugueses são dos que menos usam do seu tempo nas tarefas domésticas, o que faz com que em Portugal haja um fosso de género de 60%.

Infarmed
Um lote do medicamento para a rinite alérgica e urticária Levocetirizina Fair-Med 5mg, da empresa Fair-Med Healthcare GmbH, vai...

Segundo a Autoridade Nacional para o Medicamento (Infarmed), a comercialização foi suspensa e a empresa fará a recolha voluntária do lote n.º E16370A, com validade até setembro de 2019.

Os doentes que utilizem medicamentos do lote indicado não devem interromper o tratamento, mas sim contactar o médico para substituir o lote ou o fármaco por um medicamento alternativo.

O Infarmed acrescenta que as entidades que têm em stock embalagens pertencentes ao lote afetado devem devolvê-las, não as podendo vender, dispensar ou administrar.

Alunos
A Bastonária da Ordem dos Nutricionistas alertou hoje para a falta de vigilância das refeições escolares, lembrando que existem...

A posição da bastonária Alexandra Bento surge após denúncias de associações de pais sobre má qualidade e pouca quantidade de alimentos fornecidos pelas cantinas.

Alexandra Bento disse à Lusa não ter ficado surpreendida com a notícia, que veio confirmar vários estudos nacionais que revelam casos de escolas onde “a qualidade das refeições apresenta problemas graves”.

Existem referenciais para o que é disponibilizado nas cantinas e bares “que podem ser melhorados, mas a grande preocupação é o cumprimento dessas regras e a falta de fiscalização”, sublinhou a bastonária.

“O que se verifica em algumas escolas é alarmante e esta é uma questão prioritária. O perigo para as crianças é imenso. Estamos a falar na saúde futura das nossas crianças”, alertou.

Contactado, o gabinete do Ministério da Educação explicou que cabe às direções escolares “a responsabilidade diária pelo refeitório e todo o seu acompanhamento, garantindo o seu bom funcionamento”.

As direções escolares devem “acompanhar o serviço prestado e proceder à avaliação das refeições”, acrescentou o ME.

Este ano, os serviços do ministério já receberam várias reclamações: “Na maioria evidenciava-se o baixo nível da qualidade dos produtos utilizados pelas empresas adjudicatárias”.

A Lusa contactou o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, que admitiu que possam existir falhas em algumas escolas, principalmente onde o serviço é feito por empresas privadas.

“As refeições deveriam ser confecionadas nas escolas, que têm cantinas e cozinhas para o fazer. Quando isso acontece não há queixas, mas atualmente muitas escolas têm entregado a confeção a privados. As refeições são técnica e cientificamente corretas mas não são apelativas para os alunos”, defendeu Manuel Pereira.

Atualmente existem 1.148 refeitórios em funcionamento nas escolas de 2.º, 3.º ciclos e secundário: 548 de gestão direta, 776 de gestão adjudicada e 24 de gestão autárquica, segundo dados do ME.

Na escola de Manuel Pereira as refeições são feitas na cantina por funcionários e o presidente garante que ficam abaixo do valor mínimo definido pela tutela: “As refeições têm de ficar entre os 1,42 euros e os 1,70 euros. Nós conseguimos fazê-las 20 cêntimos abaixo e oferecemos às crianças peixe fresco, não congelado”, garantiu à Lusa.

A Bastonária da Ordem dos Nutricionistas duvida que as empresas privadas consigam oferecer refeições com qualidade quando o valor ronda os 1,50 euros por aluno: “Com estes valores é possível conseguir o equilíbrio nutricional mas é preciso muita mestria, sendo que no caso das empresas me parece impossível, porque além dos géneros alimentares ainda têm de pagar funcionários e equipamentos”, alertou.

Para Alexandra Bento estes problemas poderiam ser minimizados com a criação de uma equipa de nutricionistas que ficariam responsáveis por supervisionar os referenciais estabelecidos para as cantinas e bares, pela garantia de que as empresas estavam a cumprir com o que se tinham comprometido nos contratos e com campanhas de promoção de saúde nas escolas.

"Às vezes não é preciso muito dinheiro. Com pequenas ações podemos ter resultados fenomenais, desde que haja conhecimento técnico e vontade", concluiu a bastonária.

Doenças respiratórias
A Associação RESPIRA sensibiliza a população para a realização da espirometria, como sendo um exame não invasivo, prático e...

“É importante mostrar às pessoas que se trata de um exame simples e indolor e, acima de tudo, essencial no despiste das doenças respiratórias e na garantia de uma melhor qualidade de vida da pessoa recém diagnosticada. Este exame pode prevenir estadios mais avançados da DPOC. Queremos transmitir a mensagem de que realizar uma espirometria é como medir a tensão arterial, ou seja, os resultados são imediatos, sendo as principais vantagens deste exame a sua simplicidade, fácil compreensão e interpretação para um rápido diagnóstico”, explica Isabel Saraiva, vice-presidente da RESPIRA.

A Associação RESPIRA congratula ainda a Direção Geral de Saúde (DGS) pela implementação do projeto-piloto da criação de uma rede de espirometrias nos Cuidados de Saúde Primários. Este projeto permitiu a realização de mais de 3.000 exames nos centros de saúde das regiões do Algarve e Alentejo entre outubro de 2016 e julho de 2017.

“Este projeto piloto tem permitido reforçar a prevenção e o diagnóstico precoce da DPOC e garantir um tratamento adequado e articulado entre os cuidados de saúde primários de proximidade e os cuidados de saúde hospitalares. O relatório deste ano apresenta um balanço muitopositivo, aponta para uma redução significativa dos internamentos das doenças respiratórias crónicas e para o aumento da probabilidade de se identificarem doentes numa fase mais precoce e de se começar a tomar medidas preventivas,como a vacinação para a gripe, a terapêutica adequada e a cessação tabágica”, explica Cristina Bárbara, Diretora do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias.

“Esperamos que os bons resultados inferidos do projeto-piloto permitam alargar a acessibilidade a este exame a nível nacional. Os ganhos em saúde serão, certamente, enormes, haverá maior eficácia da terapêutica, redução da necessidade de internamento, menos mortalidade, mais e melhor prevenção, menos absentismo, mais produtividade e, acima de tudo, melhor qualidade de vida dos nossos doentes”, conclui Isabel Saraiva.

Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil
«Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável» é o maior programa gratuito de educação para a saúde em Portugal que mobiliza...

Antecipando o Dia Mundial da Obesidade que se assinala amanhã (11 de outubro de 2017) a APCOI (Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil) reforçou esta manhã, o convite a todos os professores e educadores para inscreverem as suas turmas na 7ª edição do projeto através do site oficial ou pelo telefone 210961868 até ao final desta semana. «Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável» que é atualmente a maior iniciativa gratuita de educação para a saúde do país e pretende mobilizar toda a população portuguesa através das escolas, para a importância de prevenir a obesidade e o excesso de peso que afeta atualmente 28,5% das crianças em Portugal.

“Comer legumes para aumentar os super poderes” é o tema do ano desta 7ª edição do projeto «Heróis da Fruta» e tem como principal meta “motivar as crianças a ingerir legumes na quantidade diária recomendada pela Organização Mundial de Saúde, ou seja, pelo menos duas porções”, refere Mário Silva, presidente e fundador da APCOI acrescentando ainda que “dadas as impressionantes estatísticas de sucesso obtidas nos anos letivos anteriores em relação ao aumento do consumo de fruta nas crianças participantes, será muito interessante estender estes resultados positivos aos legumes e conseguir pôr as crianças em Portugal a comer mais saladas e vegetais no prato, ao almoço e ao jantar, todos os dias”.

Depois de fazer a inscrição, sem qualquer custo em www.heroisdafruta.com, a escola recebe acesso aos materiais pedagógicos de que necessita para implementar o projeto nas suas turmas. “Trata-se de um modelo chave-na-mão que qualquer estabelecimento de ensino público ou privado poderá colocar em prática de uma maneira simples, eficaz e gratuita”, referiu Mário Silva.

A primeira etapa do projeto decorre de 17 de outubro de 2017 a 19 de janeiro 2018 e propõe às escolas participantes a realização de cinco tarefas entre as quais o «Hino dos Heróis da Fruta», na qual as turmas terão de inventar uma letra inspirada no tema do ano e gravar um vídeo criativo com os alunos a cantar. O Júri composto por músicos e vários artistas nacionais elege como vencedores os cinco mais criativos, mas este ano para aumentar o envolvimento dos encarregados de educação no projeto, o público também terá um papel decisivo na escolha de dois vencedores adicionais: o hino mais votado e o hino mais partilhado.

Mudanças nos hábitos dos alunos participantes na edição anterior do projeto «Heróis da Fruta»:

A equipa de investigadores da APCOI, analisou os efeitos da implementação da 6ª edição do projeto «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável» nas alterações de hábitos alimentares dos alunos participantes. Comparando os dados iniciais, com os recolhidos após as 12 semanas de participação no projeto «Heróis da Fruta» observou-se que globalmente 41,9% das crianças aumentou o seu consumo diário de fruta.

Também observou-se que a percentagem de crianças com obesidade reduziu de 12,7% para 11,3%, correspondendo a uma descida média de 1,4%. Todas as regiões verificaram uma redução da prevalência de obesidade com a participação no projeto «Heróis da Fruta», tendo a Região da Madeira registado a maior descida com uma percentagem de 2,9%.

Foi também a Região da Madeira que registou as maiores e mais positivas diferenças no momento pós intervenção do projeto «Heróis da Fruta», em todas as categoriais do Estado Nutricional, nomeadamente: redução de Pré-Obesidade (1,5%), redução de Baixo Peso (1,9%) e aumento de Peso Normal (6,2%). Destaca-se ainda a Região do Algarve que conseguiu alcançar a maior redução do baixo peso com uma percentagem de 2,8%.

A 7ª edição do projeto «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável» é realizada com o apoio solidário da Associação Mutualista Montepio através do Clube Pelicas, Aquafresh, Lusíadas Saúde, Staples e Vitacress que nesta inédita edição, vão oferecer muitos mais prémios às crianças: mais de 50 escolas serão visitadas por nutricionistas que realizarão divertidas sessões lúdico-pedagógicas sobre alimentação saudável. Além disso, todas as escolas que concluírem as tarefas da primeira etapa vão receber um prémio surpresa.

As inscrições estão abertas para jardins de infância, escolas de 1º ciclo do ensino básico, bibliotecas escolares, ATL’s, públicos ou privados, de todo o país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, sendo apenas necessária uma inscrição gratuita no site oficial do projeto ou do telefone 210961868 até 13 de outubro de 2017.

Dia Mundial de Saúde Mental
Mais de 4% da população dos Açores entre os 20 e os 74 anos afirma sofrer de depressão, enquanto mais de 5% declara sentir...

Os números foram avançados hoje pela diretora regional da Saúde, Tânia Cortez, no âmbito do seminário “Saúde Mental no Local do Trabalho”, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, para assinalar o Dia Mundial de Saúde Mental, numa organização do Centro Paroquial de Bem Estar Social São José, em parceria com a Associação para a Promoção da Saúde Mental (ANCORAR) e o Hospital do Divino Espirito Santo.

A governante, em declarações aos jornalistas, referiu que “4,4% da população açoriana entre os 20 e 74 anos afirma sofrer de depressão e 5,4% de ansiedade, segundo um inquérito de 2015”, acrescentando que "um terço da população açoriana, entre os 20 e 74 anos, afirmou sentir-se com alterações psicológicas, de acordo com os dados do inquérito regional de saúde em 2014".

Tânia Cortez disse que não existem na região "estudos propriamente concretos que definam quantas pessoas sofrem de depressão, ou quantas têm ansiedade ou esquizofrenia".

"Não existe ainda este estudo totalmente definido por patologia, existem inquéritos nacionais que depois abordam a região num modo generalista", sustentou, frisando que "é preciso combater o estigma da doença mental", através de uma intervenção desde "a infância até à idade adulta".

Tânia Cortez adiantou ainda que já foi nomeado o responsável pela Rede de Cuidados Continuados ao nível mental.

"Temos que incluir a comunidade no tratamento destes doentes, mas temos que perceber que existem instituições que devem ser usadas quando é necessário, porque nem todos os doentes precisam de institucionalização", referiu.

Um estudo, cujos dados preliminares foram divulgados no seminário, sobre fatores de risco psicossociais no local de trabalho, permitiu inquirir 577 dos 1600 trabalhadores do Hospital de Ponta Delgada, sendo que cerca de 30% dos inquiridos estão expostos a um risco relacionado com síndrome de 'burnout' que é caracterizado por exaustão ou por falta de motivação em relação ao trabalho devido a exigências emocionais ou cognitivas.

Joana Moreira, enfermeira do Serviço de Psiquiatria do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, que realizou o estudo, ao longo deste ano, no âmbito da tese de mestrado em psicologia, explicou que foram inquiridos colaboradores entre os 18 e 60 anos, mas "na generalidade os mais velhos não estão tão expostos ao risco de desenvolver 'burnout' e sintomas depressivos", acrescentando que quanto à questão do bem estar no trabalho "os resultados são bastantes positivos".

O presidente da direção do Centro Paroquial de Bem Estar Social de São José, Duarte Melo, defendeu a necessidade de um trabalho em rede com várias instituições e parceiros públicos e privados, frisando que "nos Açores consomem-se imensos depressivos, indicadores que nos devem por em alerta para uma ação concertada".

Nesta legislatura
O Governo dos Açores vai investir nesta legislatura 15 milhões de euros na modernização do parque e equipamentos do Serviço...

“Somando outras obras de menor montante, estamos perante um novo ciclo de modernização do parque e equipamentos do Serviço Regional de Saúde que representa um investimento nesta legislatura de cerca de 15 milhões de euros”, afirmou o secretário regional da Saúde.

O governante discursava após visitar a obra do centro de saúde da Calheta, em São Jorge, onde também foi descerrada a placa do Programa Nacional de Acreditação em Saúde da Direção-geral da Saúde, no âmbito da visita estatutária que o Governo dos Açores está a fazer à ilha.

Os trabalhos de remodelação e ampliação estão orçados em cerca de um milhão de euros e deverão estar concluídos em agosto do próximo ano.

Já no que diz respeito à empreitada de beneficiação do centro de saúde de Velas, na mesma ilha, o objetivo do Governo Regional é que “arranque o mais rápido possível”.

“Trata-se da melhoria de duas infraestruturas determinantes nos cuidados primários prestados aos jorgenses e que representa um investimento global de cerca de três milhões de euros nesta ilha”, adiantou Rui Luís, para sublinhar que este processo de requalificação de infraestruturas “não se fica por aqui”.

A este propósito referiu ainda a reabilitação dos centros de saúde de Santa Cruz das Flores e das Lajes do Pico, assim como dos serviços de urgência do hospital de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, que tem o arranque das obras previsto para 2018.

“Seguem-se o bloco C do hospital da Horta, a unidade de saúde de ilha do Faial e a remodelação” de outros serviços no hospital de Ponta Delgada, informou o secretário regional da Saúde.

Sobre a acreditação do centro de saúde da Calheta, Rui Luís referiu que representa “a garantia de maior qualidade e de mais segurança na prestação de cuidados aos utentes”, destacando os resultados da cooperação entre a Secretaria Regional da Saúde e a Direção-geral da Saúde.

Segundo Rui Luís, “o primeiro passo para o processo de acreditação na região foi dado pela unidade de saúde da ilha do Faial”, o ano passado, sendo que atualmente já são seis os centros de saúde acreditados, além do da Calheta: Praia da Vitória e Angra do Heroísmo (ilha Terceira), Vila Franca do Campo (São Miguel) e Velas.

“Com os centros de saúde que estão em processo de autoavaliação e de acreditação estamos convictos que, num curto espaço de tempo, teremos mais de metade dos centros de saúde da região certificados, sendo nosso objetivo que esta acreditação possa, a prazo, abranger todos os centros de saúde”, 17 no total.

Para Rui Luís, a região está perante “um objetivo que está em linha de conta com o que tem sido propósito do Serviço Regional de Saúde, a melhoria contínua dos cuidados prestados e a consequente maior satisfação de utentes e profissionais”.

Considerando que o processo de acreditação não constitui um fim em si mesmo, mas “uma metodologia de trabalho destinada a impulsionar a melhoria contínua da qualidade nos serviços”, o governante destacou as vantagens evidentes, como a diminuição do risco clínico, o estímulo ao trabalho em equipa, a racionalização de recursos humanos e técnicos, e a redução de custos.

Estudo
O Porto está entre as cinco cidades favoritas para acolher Agência Europeia do Medicamento, aparecendo classificada com ...

Feito pela consultora Ernst & Young, a pedido da Associação Comercial do Porto (ACP), o estudo "A posição do Porto no processo de relocalização da EMA” coloca a candidatura portuguesa “entre as mais fortes” na corrida à relocalização da agência (que vai deixar o Reino Unido), juntamente com Amesterdão, Copenhaga, Estocolmo e Viena.

“O Porto está em jogo para ganhar”, frisou Eurico Castro Alves, representante da Câmara do Porto na Comissão de Candidatura Portuguesa à relocalização da EMA, durante a apresentação da análise “crítica e independente” às 19 candidaturas.

De acordo com um dos autores do estudo, Hermano Rodrigues, o Porto “destaca-se pelo equilíbrio da candidatura”, já que “está sempre entre o primeiro e o segundo campeonato em todos os critérios”, obtendo a pontuação máxima em quatro critérios e a segunda melhor classificação nos restantes seis, algo que não acontece com Copenhaga ou Amsterdão, por exemplo.

De acordo com o relatório, “o Porto surge com a classificação máxima em quatro dos seis critérios, estando no segundo patamar no que respeita às acessibilidades da cidade e transportes e na oferta educativa dos filhos dos funcionários da EMA”.

“Uma notação elevada, e estável, nos seis critérios, é um argumento importante na distinção entre boas candidaturas”, acrescenta o documento.

A classificação máxima diz respeito às “características do edifício” para acolher a sede da agência”, à “integração social das famílias” dos seus funcionários”, à “capacidade para assegurar o funcionamento da EMA durante o período de transição” e à “distribuição geográfica” de agências internacionais.

“Foram analisadas também as outras candidaturas e colocadas comparativamente, numa lógica de rating e não de ranking. Isto foi feito à luz dos critérios definidos e da nossa interpretação dos critérios, que é, necessariamente, subjetiva. Mas o objetivo foi fazer um estudo incisivo, crítico e independente”, frisou Hermano Rodrigues, um dos autores do estudo.

Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do Porto, destacou que o Porto “está entre as cinco cidades favoritas” para acolher a EMA, pelo que “tudo pode acontecer” e “pode mesmo ganhar”.

“Vamos lutar até à última pela vitória”, vincou.

Questionado sobre qual o lugar que o Porto ocupa entre as cinco melhores classificadas no estudo realizado, Nuno Botelho vincou: “Interessa-nos é acabar em primeiro”.

Para Ricardo Valente, também representante da comissão de candidatura, o estudo demonstra “que o Porto faz parte de uma primeira liga europeia” e que a cidade “é capaz de ser uma centralidade relevante para o país”.

O também vereador da Câmara do Porto notou que o Porto “é a única candidatura com luz verde para as três localizações propostas”, nomeadamente para a da praça D. João I, tendo garantido em Bruxelas, a 06 de outubro, que o edifício Palácio Atlântico, com 29 mil metros quadrados, “tem capacidade para acolher 1300 pessoas”.

“As localizações do Porto são um ponto forte e o Porto é a única cidade a apresentar três localizações que se enquadram nos critérios definidos pela União Europeia”, frisou.

Ricardo Valente admitiu que as ligações aéreas do Porto a outras capitais europeias “são um problema que não há como esconder”, mas frisou tratar-se de um problema resolúvel.

Isto porque o aeroporto “tem capacidade de expansão para um aumento da oferta” até aos 20 mil passageiros por ano e “porque se a EMA vier para o Porto as companhias aéreas certamente irão colmatar as falhas atualmente existentes”.

“Estamos a sensibilizar Bruxelas para esta questão”, vincou.

Dia 12 de outubro
A Associação Nacional das Farmácias vai anunciar o vencedor do Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia a 12 de outubro,...

Foram submetidas 13 candidaturas ao prémio que pretende apoiar e premiar projetos originais que acrescentem valor para a sociedade portuguesa e que desenvolvam o conhecimento em saúde. Depois de ponderada deliberação, o júri decidiu dar particular destaque a cinco projetos, a partir dos quais será escolhido o vencedor da edição de 2017 do Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia.

O Prémio João Cordeiro é uma iniciativa única em Portugal. Dirige-se a todos aqueles que têm boas ideias e vontade de as implementar e não apenas a farmacêuticos. O facto de premiar projetos a concretizar e não realizações passadas contribui também para a sua singularidade. O valor do prémio é de 20 mil euros.

Finalistas
O projeto “Via Verde no FarmaDrive”, apresentado pela Farmácia Silveira do Rosário, visa facilitar a ida à farmácia. Tendo patenteado o FarmaDrive em Portugal, os candidatos pretendem instalar a Via Verde neste sistema, de forma a tornar o serviço ainda mais simples, mais conveniente e, sobretudo, mais rápido. Em Portugal, existem já cerca de 50 FarmaDrives.

O Instituto de Higiene e Medicina Tropical e a Universidade da Beira Interior concorrem ao prémio com a “Rede das Farmácias Amigas do Viajante”. Aproveitando a rede de farmácias comunitárias e o conhecimento especializado do farmacêutico, o projeto pretende apoiar o viajante na prevenção da doença através de um aconselhamento adequado, fácil e ágil, com recurso a uma aplicação móvel.

“Personalização de medicamentos por impressão tridimensional” foi apresentado por um conjunto de investigadores de áreas diferenciadas. Os candidatos propõem a implementação nas farmácias de uma nova tecnologia de produção de medicamentos personalizados de forma a atender às necessidades de utentes com particularidades individuais, como existem na pediatria ou geriatria.

O projeto “Formular com Ideias”, de investigadores da Faculdade de Farmácia de Lisboa, consiste numa proposta integrada de formação, consultoria e desenvolvimento de formulações delineada para promover a qualidade dos medicamentos manipulados. Uma plataforma digital permitirá dar apoio e formação científica nesta área e proporcionar uma via de comunicação entre profissionais de saúde.

Por último, “drBox”, apresentado por um grupo de profissionais de áreas distintas, pretende ser uma plataforma agregadora de dados de saúde. Através do registo contínuo de dados personalizados de cada utente, ao qual este pode dar acesso, os profissionais de saúde podem seguir a evolução dos registos médicos e farmacêuticos daquele utente. Poderá ser utilizado com uma base para estudos na área da saúde pública.

Inquérito revela
Poupar dinheiro, progredir profissionalmente e viajar são as prioridades das mulheres portuguesas. Assim o revela o inquérito ...

Concretamente, 69% das mulheres preocupa-se perante a possibilidade de uma gravidez não planeada e 64% considera que a gravidez afetaria a sua vida social e laboral. Perante esta situação, 60% das mulheres considera a possibilidade de recorrer à pílula do dia seguinte para evitar uma gravidez não planeada. Neste sentido, 58% tem medo de perder oportunidades de trabalho ou de concluir os estudos devido a uma gravidez, sendo as mais preocupadas as mulheres mais jovens, pertencentes à Geração Z, onde a média de idades é de 21 anos (69%) e Millenialls, cuja idade média é de 30 anos (59%).

Para Teresa Bombas, médica especialista em ginecologia e obstetrícia e presidente da Sociedade Portuguesa da Contraceção (SPDC), “estes dados espelham bem a tendência da sociedade atual, uma vez que a idade média da mulher quando tem o primeiro, e grande parte das vezes único filho, tem vindo a aumentar na última década”.

Apesar de querer evitar uma gravidez não planeada, 34% das mulheres tiveram uma relação sexual desprotegida nos últimos 12 meses. As mulheres pertencentes às gerações “millenial” e “X” são as que mais se expõem a relações sexuais de risco (35% cada). Relativamente aos motivos para esta exposição ao risco, 17% considerou que a possibilidade de ficar grávida era reduzida e 27% manteve relações sexuais desprotegidas por esquecimento de tomar a pílula. Nesse sentido, é importante destacar que 17% recorreu ao coito interrompido porque o considerou um método seguro.

A pílula do dia seguinte, uma segunda oportunidade
Perante relações sexuais desprotegidas e a possibilidade de uma gravidez não planeada e indesejada, existe uma segunda oportunidade como a pílula do dia seguinte. Trata-se de um método contracetivo de emergência que supõe ser uma alternativa caso tenha havido relações sexuais desprotegidas, quer por não utilização ou falha do método contracetivo regular.

De acordo com os dados extraídos do inquérito, 60% das mulheres utilizaria a pílula do dia seguinte para evitar uma gravidez não planeada. Concretamente, 42% delas já recorreu a este método e, destas, 33% fê-lo nos últimos 12 meses, sendo este método contracetivo de emergência mais utilizado por mulheres nas faixas etárias mais elevadas.

Por oposição, 40% das mulheres rejeita o uso da pílula do dia seguinte. De facto, este tipo de contraceção ainda é rejeitado por muitas mulheres, que persistem em considerá-lo um método abortivo (36%) ou uma ‘bomba hormonal’ (24%).

Para Teresa Bombas, “A classe médica tem vindo a trabalhar para desconstruir os mitos associados à contraceção de emergência, mas, de algum modo, as ideias erradas de que a pílula do dia seguinte possa ser abortiva ou, de algum modo, uma bomba hormonal prejudicial à saúde da mulher persistem. É algo que devemos combater, pois a contraceção de emergência é segura e a sua utilização para evitar uma gravidez não planeada é um ato de responsabilidade do casal”. 

Publicado em Diário da República
Os doentes que necessitem de cuidados paliativos e os utentes referenciados para consultas na sequência de ações de rastreio...

O decreto-lei, publicado em Diário da República, vem alargar o regime de isenção de taxas moderadoras “a grupos da população no âmbito das prestações de cuidados de saúde que são inerentes ao tratamento de determinadas situações clínicas ou decorrem da implementação de programas de rastreio, medidas de prevenção e de diagnóstico precoce”.

Por outro lado, e com “o intuito de facilitar o alívio do sofrimento dos utentes que padecem de uma doença grave e/ou prolongada, incurável e progressiva”, este benefício também é alargado aos doentes que necessitam de cuidados paliativos.

Segundo a legislação, passam a estar isentos do pagamento de taxas moderadoras as consultas e atos complementares de diagnóstico e terapêutica, realizados no decurso de rastreios de base populacional, rastreios de infeções VIH/SIDA, hepatites, tuberculose pulmonar e doenças sexualmente transmissíveis, de programas de diagnóstico precoce e de diagnóstico neonatal.

Ficam também isentos do pagamento cuidados de saúde, no âmbito da profilaxia pré-exposição para o VIH, promovidos no âmbito dos programas de prevenção da Direção-Geral da Saúde.

A nova legislação altera o decreto-lei n.º 113/2011, de 29 de novembro, que regula o acesso às prestações do Serviço Nacional de Saúde por parte dos utentes, no que respeita ao regime das taxas moderadoras e à aplicação de regimes especiais de benefícios.

Este decreto-lei estabeleceu as categorias de isenção e dispensa do pagamento de taxas moderadoras com base “em critérios de racionalidade e discriminação positiva dos mais carenciados e desfavorecidos, ao nível do risco de saúde ponderado e ao nível da insuficiência económica”.

As alterações agora publicadas pretendem “contribuir para uma maior justiça social”, lê-se no Diário da República,

“Não pondo em causa a racionalização da utilização dos cuidados de saúde, mostra-se agora necessário conferir uma maior proteção a determinados grupos populacionais no âmbito das prestações de cuidados de saúde que são inerentes ao tratamento de determinadas situações clínicas ou decorrem da implementação de programas de rastreio, medidas de prevenção e de diagnóstico precoce”, sublinha.

Saúde mental
O número de suicídios em Portugal mantém-se estável, situando-se em cerca de mil casos por ano, sublinhou hoje o diretor-geral...

Para Francisco George, este é um dos indicadores mais relevantes do novo relatório sobre a situação da saúde mental em Portugal referente a 2016.

"O suicídio estabilizou. Em cada 100 mil habitantes mantém-se a probabilidade de dez se suicidarem", referiu Francisco George, na cerimónia que assinalou em Lisboa o Dia Mundial da Saúde Mental.

O número de suicídios é mais significativo no Alentejo e a taxa de mortalidade por suicídio tem maior incidência na faixa etária igual ou superior a 65 anos.

Segundo o relatório da Direção-geral da Saúde, o suicídio verifica-se sobretudo em pessoas com doenças mentais graves, na sua maioria tratáveis e integra o grupo de mortes potencialmente evitáveis.

Quanto ao consumo de psicofármacos em Portugal, o diretor-geral da Saúde notou que houve uma descida nos ansiolíticos (para a ansiedade), uma estabilização dos fármacos para as psicoses e um aumento do consumo de antidepressivos.

Os portugueses compraram cerca de 20 milhões de embalagens de psicofármacos no ano passado, o que corresponde a um gasto de 216 milhões de euros.

Governo
O financiamento dos hospitais na área da saúde mental vai mudar no próximo ano, passando as unidades a receber por doente e não...

No dia em que se assinala mundialmente a saúde mental, o secretário de Estado adjunto e da Saúde adiantou que em 2018 vai ser alterado o financiamento dos hospitais quanto ao tratamento de doentes do foro mental.

“O objetivo desta alteração é não fazer o pagamento por consulta ou por internamento mas o pagamento compreensivo por doente”, adiantou Fernando Araújo aos jornalistas, à margem de uma cerimónia que assinalou em Lisboa o Dia Mundial da Saúde Mental.

Segundo o governante, esta nova forma de o Serviço Nacional de Saúde (SNS) pagar aos hospitais permite tratar mais facilmente os doentes na comunidade ou no domicílio, desinstitucionalizando-os, sem que as unidades de saúde percam o financiamento.

Fernando Araújo sublinhou que é uma forma de motivar os hospitais a tratar os doentes sem os institucionalizar.

O secretário de Estado considerou ainda que Portugal tem “um dos planos de saúde mental mais ambiciosos da Europa”, lembrando que “é um dos mais bem considerados pela Organização Mundial da Saúde”.

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