RESPIRA alerta para a importância da realização da espirometria

“É importante mostrar às pessoas que se trata de um exame simples e indolor e, acima de tudo, essencial no despiste das doenças respiratórias e na garantia de uma melhor qualidade de vida da pessoa recém diagnosticada. Este exame pode prevenir estadios mais avançados da DPOC. Queremos transmitir a mensagem de que realizar uma espirometria é como medir a tensão arterial, ou seja, os resultados são imediatos, sendo as principais vantagens deste exame a sua simplicidade, fácil compreensão e interpretação para um rápido diagnóstico”, explica Isabel Saraiva, vice-presidente da RESPIRA.
A Associação RESPIRA congratula ainda a Direção Geral de Saúde (DGS) pela implementação do projeto-piloto da criação de uma rede de espirometrias nos Cuidados de Saúde Primários. Este projeto permitiu a realização de mais de 3.000 exames nos centros de saúde das regiões do Algarve e Alentejo entre outubro de 2016 e julho de 2017.
“Este projeto piloto tem permitido reforçar a prevenção e o diagnóstico precoce da DPOC e garantir um tratamento adequado e articulado entre os cuidados de saúde primários de proximidade e os cuidados de saúde hospitalares. O relatório deste ano apresenta um balanço muitopositivo, aponta para uma redução significativa dos internamentos das doenças respiratórias crónicas e para o aumento da probabilidade de se identificarem doentes numa fase mais precoce e de se começar a tomar medidas preventivas,como a vacinação para a gripe, a terapêutica adequada e a cessação tabágica”, explica Cristina Bárbara, Diretora do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias.
“Esperamos que os bons resultados inferidos do projeto-piloto permitam alargar a acessibilidade a este exame a nível nacional. Os ganhos em saúde serão, certamente, enormes, haverá maior eficácia da terapêutica, redução da necessidade de internamento, menos mortalidade, mais e melhor prevenção, menos absentismo, mais produtividade e, acima de tudo, melhor qualidade de vida dos nossos doentes”, conclui Isabel Saraiva.