Iniciativa LPCC
Mais de oito mil pessoas participam no sábado, em sete cidades da região Centro, em caminhadas de sensibilização para a...

Organizadas pelo Movimento Vencer e Viver, do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), as caminhadas realizam-se simultaneamente em Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Covilhã, Guarda, Leiria e Viseu. Até quinta-feira havia já cerca de oito mil inscritos, um número que deve aumentar significativamente no sábado.

“As expectativas são as melhores. As pessoas estão cada vez mais sensibilizadas para este problema que é de todos. É um problema da comunidade, em que todos temos que assumir o compromisso de ajudar”, disse hoje à agência Lusa Olga Brás, coordenadora regional do movimento.

A iniciativa, intitulada “Pequenos Passos, Grandes Gestos”, realiza-se pelo oitavo ano consecutivo, sempre no Mês Internacional de Prevenção do Cancro da Mama. Até à edição de 2016, inclusive, estas caminhadas reuniram 60 mil participantes e angariaram 200 mil euros.

Na opinião de Olga Brás, “ninguém está indiferente a esta causa”.

“Todos nós temos de fazer um esforço para conseguir unir e chamar a atenção para a grande necessidade da prevenção e de deteção precoce do cancro da mama. E, mais uma vez, chamar a atenção para a mulher não faltar ao rastreio, porque quando o cancro é detetado atempadamente as coisas têm um final muito mais feliz”, frisou.

As caminhadas são precedidas de várias atividades de animação e terminam num ambiente de confraternização, sendo feito o apelo à participação de pessoas de todas as idades e de ambos os sexos.

A inscrição tem o valor de cinco euros, que revertem na íntegra para o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Segundo Vitor Rodrigues, do Núcleo Regional do Centro da LPCC, trata-se de um ambiente de festa, porque “já lá vai o tempo em que um diagnóstico de cancro era imediatamente acompanhado pela ideia de morte”.

Na sua opinião, importa reforçar a ideia de que, “ao longo das últimas décadas, vários fatores foram alterando essa realidade: armas terapêuticas mais disponíveis, mais eficazes e menos agressivas, técnicas de diagnóstico mais apuradas, maior consciencialização das pessoas para a necessidade e utilidade do diagnóstico precoce, diminuição do medo face ao diagnóstico e ao tratamento”.

Estes foram “fatores que influenciaram decisivamente a contínua batalha contra esta doença”, sublinhou.

As caminhadas ocorrem em sete cidades da região Centro onde existem extensões de funcionamento deste movimento de entreajuda, que visa o apoio à mulher desde o momento em que é diagnosticado um cancro da mama.

O trabalho do Movimento Vencer e Viver baseia-se no contacto pessoal entre uma mulher que está a viver uma situação de particular vulnerabilidade e uma voluntária que já passou por uma situação semelhante.

Entre os seus objetivos estão “o apoio emocional à mulher, seus familiares e amigos através do testemunho da voluntária (extensão, hospital, domicílio ou através de linha telefónica de apoio) e a promoção da melhoria de qualidade de vida pela disponibilização de vários serviços tendo em vista o bem-estar físico e emocional da mulher”.

O movimento refere que se estima que, na Europa, “surjam todos os anos 430.000 novos casos de cancro da mama e que uma em cada dez mulheres venha a desenvolver a doença antes dos 80 anos”.

“O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres e corresponde à segunda causa de morte por cancro, na mulher. Em Portugal, anualmente são detetados cerca de 6.000 novos casos de cancro da mama e 1.500 mulheres morrem com esta doença”, acrescenta.

SPR lança campanha de sensibilização
Em Portugal, estima-se que haja cerca de 5,9 milhões de portugueses com doença reumática e que a dor crónica custe mais de 4...

Apesar disso, "continua a não existir uma correta referenciação dos doentes com doenças reumáticas e a não haver uma boa cobertura de reumatologia no país. As pessoas acabam por não consultar nenhum médico especialista, apesar de terem queixas comuns como dores nas articulações", alerta o presidente da SPR, o médico José Canas da Silva.

"Estas doenças, tendo em conta o seu carácter evolutivo, devem ser diagnosticadas o mais precocemente possível, de modo a fazer um tratamento atempado e não deixar sequelas", avisa o especialista.

Para José Canas da Silva, uma sociedade avançada não pode excluir o tratamento integral das doenças reumáticas por especialistas. "Não podemos fingir que tratamos a doença reumática se não atribuirmos especialistas em número suficiente para um tratamento adequado e por isso, tem que haver mais reumatologistas destacados a nível nacional tal como previsto na rede de referenciação hospitalar aprovada pelo Ministério de Saúde", alerta.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Reumatologia, existe em Portugal um subdiagnóstico deste tipo de doenças incapacitantes.

Há mais de uma centena de doenças reumáticas. Estas são consideradas, em todo o mundo, a causa mais frequente de morbilidade. Exemplos deste tipo de patologias incapacitantes são as doenças inflamatórias do sistema músculo-esquelético, do tecido conjuntivo e dos vasos (como é o caso da artrite reumatóide e do lúpus eritematoso sistémico), doenças que afetam os tecidos moles (tendinites), doenças degenerativas que afetam as articulações e a coluna vertebral (como é o caso da osteoartrose) e as chamadas doenças ósseas metabólicas (como a osteoporose).

Ação de sensibilização

A 14 de outubro, a Sociedade Portuguesa de Reumatologia, a Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas e a Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde em Reumatologia organizam a Corrida Mover 2017, assinalando o Dia Mundial do Doente Reumático, com o objetivo de estimular a prática desportiva como elemento da promoção da saúde e da qualidade de vida.

Comissão Europeia
O leite com chocolate continua a ser o preferido nas cantinas das escolas. Há quem acredite que a quantidade de cacau...

A Comissão Europeia quer acabar com a distribuição de leite com chocolate nas escolas em todos os Estados-membros da União Europeia, avança o ‘Diário de Notícias’. A medida visa promover o consumo de produtos lácteos sem adição de aromatizantes ou cacau entre os alunos do 1º ciclo escolar, mas há quem tema que a proposta possa levar a uma diminuição do consumo de leite.

O leite com chocolate continua a ser o preferido nas cantinas das escolas. Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas, indica ao jornal que apesar da tendência para um maior consumo de leite com chocolate, verifica-se já “um aumento do consumo de leite branco” e é essencial “as escolas estarem na linha da frente de tudo o que for favorável a uma alimentação saudável”.

No entanto, há quem acredite que a quantidade de cacau adicionada ao leite é importante para estimular o consumo de produtos lácteos, tendo em conta que muitas crianças não gostam de beber leite simples. O diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, da Direção-Geral de Saúde (DGS), Pedro Graça, acredita que o importante é que se continue a promover o consumo de leite nas escolas.

“O leite é um excelente alimento, dado o seu valor nutricional inegável. Por isso o seu consumo deve ser estimulado nas escolas, com o menor número possível de aditivos”, sublinha Pedro Graça.

Em países como o Luxemburgo, o leite com chocolate deixou já de ser distribuído nas escolas. A medida comunitária vai aplicar-se apenas ao primeiro ciclo de ensino, continuando o leite com chocolate a ser vendido a grupos etários que a Comissão Europeia considera capazes de fazer escolhas saudáveis.

Comissão Europeia
O leite com chocolate continua a ser o preferido nas cantinas das escolas. Há quem acredite que a quantidade de cacau...

A Comissão Europeia quer acabar com a distribuição de leite com chocolate nas escolas em todos os Estados-membros da União Europeia, avança o ‘Diário de Notícias’. A medida visa promover o consumo de produtos lácteos sem adição de aromatizantes ou cacau entre os alunos do 1º ciclo escolar, mas há quem tema que a proposta possa levar a uma diminuição do consumo de leite.

O leite com chocolate continua a ser o preferido nas cantinas das escolas. Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas, indica ao jornal que apesar da tendência para um maior consumo de leite com chocolate, verifica-se já “um aumento do consumo de leite branco” e é essencial “as escolas estarem na linha da frente de tudo o que for favorável a uma alimentação saudável”.

No entanto, há quem acredite que a quantidade de cacau adicionada ao leite é importante para estimular o consumo de produtos lácteos, tendo em conta que muitas crianças não gostam de beber leite simples. O diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, da Direção-Geral de Saúde (DGS), Pedro Graça, acredita que o importante é que se continue a promover o consumo de leite nas escolas.

“O leite é um excelente alimento, dado o seu valor nutricional inegável. Por isso o seu consumo deve ser estimulado nas escolas, com o menor número possível de aditivos”, sublinha Pedro Graça.

Em países como o Luxemburgo, o leite com chocolate deixou já de ser distribuído nas escolas. A medida comunitária vai aplicar-se apenas ao primeiro ciclo de ensino, continuando o leite com chocolate a ser vendido a grupos etários que a Comissão Europeia considera capazes de fazer escolhas saudáveis.

11 outubro - Dia Mundial de Combate à Obesidade
Num país onde mais de metade da população (52,8%) com 18 ou mais anos tem excesso de peso ou é obesa, não há nenhum fármaco...

“A obesidade é uma doença com um grande impacto na saúde pública e nos sistemas de saúde. Mas apesar de termos um novo fármaco, este não é comparticipado. Aliás, nunca houve nenhum que o fosse no nosso país”, refere Paula Freitas, presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade que, a propósito do Dia Mundial de Combate à Obesidade, chama a atenção para um problema que considera ter de ser olhado “numa perspetiva mais global, uma vez que ainda há muitos doentes que são tratados pelas doenças associadas, como a diabetes mellitus tipo 2, dislipidemia, apneia do sono, entre outras, sem que se resolva aquilo que as causa, ou seja, a obesidade”.

Sobre a inexistência de comparticipação dos medicamentos destinados ao combate à obesidade, a especialista defende que, apesar de os medicamentos não serem um “milagre” capaz de erradicar a doença, “são muito importantes para o seu combate. E perdas de peso da ordem dos 5 ou 10% traduzem-se em melhoria ou mesmo reversão das comorbilidades associadas à obesidade, como a diabetes, hipertensão arterial, apneia, problemas articulares, etc. Claro que é preciso que haja sempre, por parte do doente, uma alteração do estilo de vida. Por isso acho que deveria haver uma comparticipação condicionada por esta mudança”.

Numa altura em que tanto se tem falado sobre a população infantil, também ela vítima do flagelo que é a obesidade, confirmada pelos números - o mais recente estudo da Associação Portuguesa contra a Obesidade Infantil (APCOI), realizado junto de uma amostra de 17.698 crianças, no ano letivo 2016-2017, mostra que 28,5% das crianças no nosso país, com idades entre os 2 e os 10 anos, têm excesso de peso e, destas, 12,7% são obesas, o que nos torna um dos países da Europa onde os números da obesidade infantil são mais elevados -, a presidente da SPEO considera que é preciso fazer mais. “As crianças são muito recetivas a novas ideias. Penso que, aqui, se poderia fazer mais, muito mais, nomeadamente na  educação para a saúde. Existem já vários projetos, iniciativas, mas falta ainda muito trabalho na promoção de uma ação global de educação para a saúde para todas as faixas etárias.”

Paula Freitas aproveita também o Dia Mundial de Combate à Obesidade para chamar a atenção para outra falha, neste caso a de nutricionistas e fisiologistas do exercício físico nos centros de saúde, capazes de prescrever quer o plano alimentar, quer o  exercício certo para cada doente, tal como se faz com a terapêutica medicamentosa. “Os médicos aconselham os doentes a fazer caminhadas, a inscrever-se no ginásio, etc. Mas todos deveriam ter acesso a um fisiologista do exercício físico, de modo a ter uma prescrição de  exercício à medida da sua condição física e das doenças concomitantes”

A prevalência da obesidade tem vindo a aumentar em todo o mundo, de tal forma que a Organização Mundial de Saúde lhe atribui mesmo a designação de epidemia global. Trata-se de um problema grave de saúde pública, uma das principais causas de doença e morte prematura, sendo um fator de risco para várias doenças, como as cardiovasculares, a diabetes e vários tipos de cancros. É, no entanto, possível de prevenir, graças a uma mudança nos estilos de vida, que passa por uma alimentação saudável e a prática regular de de exercício físico.

 

Opinião
O risco da Insustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é enorme.

A exigência na melhoria do acesso à inovação, aos produtos e tecnologias mais adequados para combater a doença passa pelo uso das tecnologias aplicadas de forma racional, segura e eficaz.

Sem dúvida que a sustentabilidade de um sistema credível para cuidar melhor o doente, obriga a investir em tecnologia, em incentivar os profissionais, em dar liberdade de escolha nas opções terapêuticas e a ter uma política do medicamento baseada na evidência científica.

Obviamente que nenhuma adesão à terapêutica funciona se não existir credibilidade médica, empatia profissional, ambiente institucional que assegure as condições de promoção e investimento neste modelo de prestação de serviço à comunidade.

Certo é que a saúde é o segundo maior gasto público da comunidade, logo depois das despesas com a proteção social (19,2%).

Em 2015, os dados do Eurostat revelam que Portugal gastou 6,2% do PIB em despesas da saúde, um valor bastante abaixo da média europeia.

A União Europeia despendeu 7,2% do PIB na saúde (cerca de 1,5 bilhão de euros), o que faz com que o nosso país tenha gasto 1% a menos do que o total do bloco.

Os países que lideram a tabela são a Dinamarca (8,6%), a França (8,2%) e a Áustria e a Holanda (ambos com 8,0%), sendo que abaixo se situa o Chipre (2,6%), a Letónia (3,8%), a Roménia (4,2%) e a Grécia (4,5%). “O ranking é bastante diferente quando os montantes gastos são comparados com a população de cada estado-membro. Em média, em 2015, as despesas com saúde ascenderam a 2.076 euros por habitante na União Europeia”, refere também o relatório.

Segundo o Eurostat, os países europeus que gastaram mais de 3.000 por habitante foram o Luxemburgo (4112 euros), a Dinamarca (4094 euros), a Holanda (3194 euros), a Suécia (3170 euros), a Áustria (3149 euros), a Irlanda (3138 euros) e o Reino Unido (3020 euros).

Em relação aos que desembolsaram menos, destacam-se alguns países de Leste da Europa Central, como por exemplo a Roménia (340 euros), a Bulgária (343 euros), a Letónia (468 euros), a Polónia (520 euros), o Chipre (532 euros) e a Hungria (592 euros), cujos gastos foram abaixo de 600 euros.

Se em 2015 o financiamento do SNS se tinha ficado nos 8,65 mil milhões de euros (mais 0,4%), no ano anterior este valor subiu 3,1% para os 8,93 mil milhões de euros.

Segundo o estudo, desenvolvido pela Nova Information Management School (Nova IMS), da Universidade Nova de Lisboa, o financiamento do SNS subiu 3,1% e a despesa cresceu 1,2%, menos do que tinha acontecido em 2015.

“Com base na definição do mesmo estudo para calcular o índice de sustentabilidade é necessário avaliar não só a qualidade dos cuidados de saúde na perspetiva dos cidadãos, mas também os indicadores disponíveis sobre a qualidade técnica do SNS, a atividade registada e a despesa. Sob o ponto de vista da atividade, o estudo indica que aumentou o número de doentes atendidos tanto nos hospitais como nos serviços de saúde primários, mas esta subida terá sido mais significativa nos cuidados primários (2,1%).”

A Sustentabilidade do SNS está baseadas em três responsabilidades:

1. Responsabilidade Social

2. Responsabilidade Ambiental

3. Responsabilidade Económica

Na conjugação destes três pilares, se a base for de vidro pode falar-se da transparência político social, de partilha de responsabilidades, de seriedade e cumprimento do dever de cidadania.

Sem dúvida que existem algumas mudanças sociais que poderão representar a chave de sustentabilidade, com a parceria da prestação de cuidados informais.

Todos sabemos que o Estado não tem qualquer possibilidade de manter a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde sem o apoio das Famílias e dos cuidadores.

O risco da Insustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é enorme. Para o minimizar há que quebrar o desiquilíbrio entre crescimento forte da despesa pública e crescimento débil da economia.

A distração ou imprudência política tem ignorado os sinais preocupantes da situação financeira do SNS, que mantém um crescimento excessivo da fatura dos medicamentos, os défices crescentes dos hospitais, o aumento incomportável da despesa de pessoal, etc..

A sustentabilidade técnica científica passa pela capacidade de prestar os cuidados de saúde necessários à população, pela capacidade financeira, pela capacidade de pagar os cuidados que queremos dar a população e pelo que estamos dispostos a sacrificar para garantir os consumos necessários a um investimento na qualidade dos cuidados de saúde que a população merece.

A sustentabilidade passa ainda pela reflexão e investimento de quanto estamos dispostos a sacrificar de outros consumos para ter mais cuidados de saúde!

Estruturalmente temos que pensar que os Cuidados de Saúde, num modelo de exigência de qualidade implica um aumento do financiamento para que a sustentabilidade seja garantida e naturalmente uma revisão do PIB, sem os quais não teremos capacidade de pagar os cuidados de saúde aos cidadãos.

Importa, ainda referir que será preciso abdicar de “algo” selecionando o que é dispensável em benefício de um investimento real e efetivo que se coadune com o crescimento previsível das despesas em saúde e do Rácio.

Apesar da despesa pública da saúde representar um enorme peso para a economia, os portugueses precisam de ter a certeza que existe sensibilidade e vontade real de manter e garantir a sustentabilidade deste sistema.

Assim, só com uma distribuição mais adequada do PIB é que é possível garantir o Financiamento do Serviço Nacional de Saúde desde que o crescimento das transferências do Orçamento do Estado para o SNS não agrave o saldo das Administrações Publicas.

Elementos cruciais como a taxa de crescimento do PIB , os problemas da sustentabilidade das contas publicas, as dificuldades orçamentais exercem forte pressão sobre a despesa em cuidados de saúde feita pelo Estado.

Se mantivermos as medidas administrativas como estão, permaneceremos em perigo eminente de rotura.

Em suma, a descredibilização dos mecanismos de controlo, o acumular das dividas do Estado, a reentrada nos ciclos de orçamento rectificativos são o fluir da areia movediça, que conduzirá ao aumento da fragilidade do sistema politico-financeiro português.

Todavia existem outros caminhos, que podem ser implementados a médio prazo para aumentar a economia e criar os mecanismos de crescimento da procura, o ajuste da oferta existente, os quais passarão por uma racionalização e reestruturação dos subsistemas de saúde, pela promoção de hábitos saudáveis, melhorando a qualidade de vida dos cidadãos, por uma melhor gestão da saúde, com medidas assertivas da política do medicamento, rigor na avaliação económica dos gastos, cuja meta será a procura da eficiência e da melhoria da taxa de crescimento, necessárias para assegurar a manutenção e a sustentabilidade do SNS.

Sem promoção da prevenção da doença e investimento na educação para a saúde, não conseguimos economizar na saúde.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Nutricionista alerta
A nutricionista espanhola Lucía Martínez Argüelles apresenta quatro exemplos de produtos que são vendidos nos supermercados...

A nutricionista, Lucía Martínez Argüelles, num artigo publicado no jornal espanhol El País, indica quatro produtos vendidos como saudáveis, mas que na verdade podem ser um embuste.

Iogurtes desnatados

Os iogurtes desnatados são vendidos com uma multiplicidade de sabores como sendo hipocalóricos e isentos de gordura. No entanto, estes iogurtes tendem a ter grandes quantidades de açúcar. A nutricionista alerta que é preferível escolher iogurtes sem açúcar adicionado em vez de iogurtes desnatados. A melhor opção são os iogurtes naturais.

Bolachas sem açúcar

Os fabricantes sabem que o açúcar está na mira das autoridades de saúde e portanto optam por adoçantes artificiais, o que lhes permite escrever "sem açúcar" nas embalagens. Apesar disso, os produtos são fabricados com ingredientes pouco recomendáveis, como farinhas refinadas, adoçantes e gorduras trans. A melhor opção são é o pão integral ou o bolo caseiro (de vez em quando).

Fiambre com pouca gordura

Muitos fiambres contêm menos de 70% de carne. O resto são produtos adicionados, como fécula, amido e açúcar. Por outro lado, a especialista recorda que os fiambres fazem parte do conjunto de carnes processadas que a Organização Mundial de Saúde não recomenda por considerar cancerígenas. Como alternativa, deve ser consumida carne natural não processada. O frango ou peru são as melhores opções.

Cereais

Segundo a nutricionista, na sua constituição podem encontrar-se 15 a 20% de açúcares adicionados. A opção mais saudável são os cereais integrais, como a aveia.

Balanço SNS
Dados do Ministério da Saúde apontam para mais 65 cesarianas em agosto do que no ano passado, mas há diferenças entre hospitais.

A taxa de cesarianas no Serviço Nacional de Saúde até agosto foi de 27,7% dos partos, tendo havido uma subida muito ligeira face ao que se verificava em julho. Este verão, o movimento de enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia que tem estado em protesto por uma carreira diferenciada e aumento da remuneração alertou que a subida das cesarianas seria uma das consequências da greve de zelo às funções, chegando a estimar um aumento de 10%. Para já, os dados de agosto tornados públicos pela tutela não apontam uma diferença expressiva a nível nacional, mas há variações mais significativas em alguns hospitais.

Para já, existe até uma diminuição no número de cesarianas feitas nos hospitais do SNS até agosto. Contudo, face ao mesmo período de 2016, o número total de partos também diminuiu nos hospitais públicos, o que explica porque é que há uma subida ligeira nas taxas de cesariana.

Assim, até agosto, registaram-se nos hospitais públicos 44 605 partos, dos quais 12 360 cesarianas, o que dá uma taxa de 27,7%. No ano passado tinha havido nos primeiros oito meses do ano 45 446 partos, dos quais 12 574 cesarianas, uma taxa de 27,6%. Embora a tutela publique mensalmente totais acumulados, recuando aos ficheiros reportados em julho e descontando os novos totais é possível calcular que em agosto de 2016 tinham sido feitas 1600 cesarianas e em agosto de 2017 terão sido 1665 no balanço nacional. E esta subida ligeira que se reflete na taxa de cesarianas mesmo com a quebra de nascimentos: em julho estava nos 27,58% e subiu para 27,7%.

Comparando a situação ao nível dos hospitais com o que se passava no final de agosto do ano passado, verifica-se porém que nem todos os hospitais têm conseguido manter relativamente estáveis as taxas de cesariana, o que poderá refletir o protesto dos enfermeiros mas também outros fatores – o Ministério da Saúde tem procurado reduzir o recurso a este tipo de partos apenas às situações em que é indicado. Este ano, até agosto e comparando com o que se passava no mesmo período em 2016, as maiores subidas nas taxas de cesariana verificam-se no Hospitala Amadora Sintra, na Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano e Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga.

Por outro lado, há hospitais a recorrer menos a cesarianas do que nos primeiros oito meses de 2016. É o caso de Setúbal ou do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho.

Quanto há quebra dos partos do SNS, uma das questões que se poderá colocar é se, perante a notícia de instabilidade nos serviços, terá havido mais mulheres a optar pelo privado. Para já, porém, os dados não destoam muito do que parece estar a ser a queda nos nascimentos no país este ano. No SNS, até agosto, houve menos 841 partos. Segundo os dados do rastreio pré-natal, conhecido como teste do pezinho, a queda de nascimentos este ano já terá sido maior. De acordo com números avançados pelo “Público”, nos primeiros oito meses do ano houve menos 1216 recém-nascidos rastreados, o que dá uma média de menos cinco bebés por dia. Foram rastreados com o teste do pezinho 56 429 recém-nascidos.

O movimento dos enfermeiros especialistas, que continua em protesto, estimou que os impactos se sentiriam também em setembro, mês marcado por uma greve de cinco dias no setor. Para já, está convocada uma nova greve por parte dos enfermeiros entre 23 e 27 de outubro, com os sindicatos a garantir que poderá prolongar-se por “tempo indeterminado”.

Investigação
Investigadores do Porto estão a desenvolver novos compostos com ferro para alimentar melhor as plantas, que providenciam grande...

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a anemia por deficiência em ferro "é a disfunção nutricional mais frequente na população humana e afeta países em desenvolvimento e industrializados", disse à Lusa a investigadora do laboratório REQUIMTE, Maria da Conceição Rangel, uma das responsáveis pelo projeto FerPlant.

Em alguns países, continuou, 80% do ferro provém de alimentos de origem vegetal, como os cereais, os vegetais e os frutos, indicou a professora do Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar Universidade do Porto (ICBAS-UP).

"Estes alimentos são consumidos diretamente, mas não se deve esquecer que são as plantas que alimentam os animais que fazem parte da alimentação humana", sendo a sua saúde "crucial para a saúde humana", afirmou.

De acordo com a investigadora, a falta de ferro nas plantas pode levar a que estas não produzam clorofila suficiente e desenvolvam clorose férrica, uma doença que as enfraquece e que torna as folhas amarelas.

O objetivo do FerPlant passa por descobrir novos fertilizantes de ferro, nutriente "essencial à vida" mas "muito inacessível no solo", visto encontrar-se na forma de compostos que não se dissolvem facilmente, explicou.

Este problema, segundo a investigadora, é especialmente grave em solos alcalinos, que estão presentes em cerca de um terço dos solos aráveis do mundo.

Embora as plantas possuam estratégias para obtenção de ferro, muitas vezes há necessidade de utilizar fertilizantes sintéticos (compostos que são capazes de veicular o ferro de forma mais eficiente) para suprir a sua deficiência.

Os novos fertilizantes desenvolvidos pelo grupo de investigação, diferentes dos que existem atualmente no mercado, permitem às plantas absorver melhor o ferro através das raízes e transportá-la de forma mais eficiente para as partes aéreas (caule e folhas).

Num estudo piloto realizado com soja, a equipa testou uma nova família de compostos, tendo os resultados demonstrado um "elevado potencial como corretor de clorose férrica".

"As plantas tratadas com o novo composto mostraram-se significativamente mais verdes, com maior biomassa e maior acumulação de ferro, quando comparadas com aquelas tratadas com um dos fertilizantes disponíveis no mercado", contou Maria da Conceição Rangel.

O FEMPP permitiu que as plantas transportassem o ferro "mais eficazmente" para as suas partes aéreas, "fator importante para o aumento do seu valor nutritivo", acrescentou.

O FerPlant envolve 14 investigadores do grupo de Química Bioinorgânica, integrado no Laboratório Associado REQUIMTE e sediado no Departamento de Química e Biologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), e do grupo de Biotecnologia de Plantas, integrado no Laboratório Associado CBQF e sediado na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa.

Financiado Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), o projeto termina em maio de 2019.

VIH
O diretor da ONU/SIDA em Angola, Michel Kouakou, considerou "preocupante" o índice de prevalência da doença entre a...

O diretor do Programa Conjunto das Nações Unidas para o combate ao VIH/Sida (ONU/SIDA) falava à imprensa à margem do workshop nacional promovido pelas Organizações da Sociedade Civil para o Reforço ao Sistema de Saúde Comunitário de Angola, tendo assumido a preocupação com a propagação da doença no país.

"É sim preocupante porque a superfície de Angola é vasta, vasto é também o movimento das pessoas, então, sobretudo quando a gente quer vencer esta doença até 2030, temos que juntar esforços para que isso possa acontecer nesse horizonte", disse Michel Kouakou.

O objetivo passa por atingir, entre outas, a meta de 90% de pessoas diagnosticadas com sida sob tratamento antirretroviral até 2030.

"Temos a possibilidade de tratar as pessoas, de mantê-las vivas e mantê-las na sociedade. Fazemos sempre um apelo sobre a prevenção, os meios existem, o Governo esta fazer muito esforço, o custo de tratamento é muito elevado", apontou Michel Kouakou.

O 'workshop' nacional das Organizações da Sociedade Civil para o Reforço ao Sistema de Saúde Comunitário de Angola, que encerra hoje, em Luanda, é uma organização da Rede Angolana das Organizações de Serviços de Sida (Anaso).

Aquela organização estimou anteriormente que a epidemia de Sida em Angola afeta já cerca de meio milhão de pessoas, sendo que apenas 215.000 estão a ser acompanhadas, das quais 78.000 beneficiam de terapia com antirretrovirais.

De acordo com Michel Kouakou, as ações da ONU/SIDA em Angola continuarão voltadas para o apoio ao Governo nas ações de combate à doença.

"Em junho deste ano, o Governo angolano decidiu implementar o 'Programa Testar e Tratar', para todos que sofrem da doença. Então estamos a implementar este programa a nível nacional apoiando nesta fase o Governo", concluiu.

Saúde comunitária
A Rede Angolana das Organizações de Serviços de Sida (Anaso) concluiu que as infeções por tuberculose, malária e Sida &quot...

A informação foi prestada pelo secretário executivo daquela Organização Não-Governamental, que falava à imprensa no final do workshop nacional das Organizações da Sociedade Civil para o Reforço ao Sistema de Saúde Comunitário de Angola, sublinhando que a Anaso concluiu igualmente que a saúde comunitária do país "está doente".

"A saúde comunitária em Angola, à luz das nossas reflexões, é um desafio. A saúde comunitária em Angola não está de saúde, se olharmos para as principais doenças comunitárias que acontecem", explicou António Coelho.

A organização não tem dúvidas no diagnóstico: "A malária, nos últimos cinco anos, continua a ser a principal causa de morte e a tuberculose é aquela doença que até ao momento continua a ter um tratamento que não vai com a realidade e a preocupação que ela devia constituir, enquanto doença contagiosa".

Para António Coelho, o país precisa de mudar o seu paradigma em torno da saúde comunitária, mais próxima das populações, com o apoio Governamental.

"Ao contrário dos países da região, onde são as organizações comunitárias que assumem a saúde local e o Governo comparticipa e gere todo esse processo. Refletimos em relação à nossa visão do que deve ser o sistema comunitário da saúde em Angola nos próximos cinco anos", apontou ainda.

Organizações da sociedade civil dos distintos pontos de Angola discutiram, nos últimos dois dias, neste encontro em Luanda, temáticas ligadas à saúde comunitária no país, com um olhar específico a malária, tuberculose e HIV/Sida.

De acordo com o secretário executivo da Anaso, a situação dessas doenças no país "continua a ser preocupante".

"A resposta, na nossa opinião, deve ser generalizada em função do número alarmante de casos que têm estado a aumentar", acrescentou.

Daí que, exortou, é necessário "que se fale mais sobre a saúde comunitária" em Angola, e que "haja mais fundos para que diferentes ações identificadas a nível das comunidades possam ser implementadas".

Saúde Oral
O projeto-piloto que introduziu médicos dentistas nos cuidados de saúde primários de 13 centros de saúde de Lisboa e Tejo...

Os dados foram revelados em Arouca na assinatura do protocolo que alargará o projeto a essa vila e que será depois replicado em mais 34 centros de saúde do país até final de 2017, altura em que essa experiência no âmbito da saúde oral estará implementada num total de 59 unidades prestadoras de cuidados primários.

Para o secretário de Estado adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, repara-se assim "uma injustiça" cometida pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), em cuja estrutura "a saúde oral esteve muitos anos esquecidas".

"Não foi por falta de excelentes profissionais, mas porque no passado isso não foi a aposta de ministérios, de governos e de ‘estados', por inúmeras razões", defende o governante. "Agora queremos repor a saúde oral no centro do sistema, como uma das prioridades do SNS, e ela veio para ficar", realça.

Pedro Pires, vice-presidente da Ordem dos Médicos Dentistas, também defendeu que a ausência da medicina dentária no SNS vinha constituindo uma "enorme injustiça para com a população portuguesa", prejudicando sobretudo "as pessoas que não têm possibilidade de aceder a cuidados de saúde privados".

Para esse responsável, a nova estratégia política nesta matéria vem assim dar resposta à "carência de medicina dentária no SNS", procurando recuperar de atraso que, face a outros países da Europa, é particularmente evidente em Portugal dado o seu "elevado número de desdentados parciais ou totais".

Dando continuidade à estratégia iniciada com os cheques-dentista, que o secretário de Estado diz ter sido particularmente relevante para grupos populacionais como os de crianças, idosos e grávidas, o projeto-piloto "Médicos Dentistas nos Cuidados de Saúde Primários" obteve nas primeiras 13 unidades aderentes o que o governante considera "resultados muito interessantes".

Essa avaliação resulta de duas perspetivas: por um lado, a dos utentes, que "reconhecem que este serviço era mesmo necessário" e entre os quais "havia pessoas que não iam ao dentista há 20 anos", e, por outro, da "satisfação dos médicos dentistas que trabalharam nesses locais e, aí, sabiam que faziam realmente a diferença".

Quanto ao balanço desse desempenho, a DGS refere que os 13 centros de saúde da fase inicial do projeto receberam 16.760 utentes em 25.640 consultas de medicina dentária. Com exceção de cuidados estéticos, que não são abrangidos pelo programa, esses doentes foram sujeitos, por sua vez, a um total de 28.900 tratamentos básicos e 20.270 procedimentos complementares.

Se se alargar o universo da análise aos 11 centros de saúde que integraram o programa numa segunda fase do processo, a contabilidade total passa a incluir 32.882 utentes e 56.824 consultas até ao passado dia 30 de setembro.

Para o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, é de realçar nesse esforço o envolvimento de autarquias como a de Arouca, que, perante centros de saúde sem equipamento de medicina dentária, se dispuseram a suportar o investimento necessário para o efeito - o que, no caso específico desse município, implicou mais de 37.000 euros.

"Não é da competência da autarquia assumir esta despesa e por aí se vê a diferença entre os políticos", realçou Fernando Araújo.

Na sua fase inicial, o projeto-piloto "Médicos Dentistas nos Cuidados de Saúde Primários" foi implementado nos centros de saúde de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Cartaxo, Costa da Caparica, Fátima, Lourinhã, Mafra, Moita, Montemor-o-Novo, Portel, Rio Maior e Salvaterra de Magos.

A segunda etapa passou a abranger também os de Arouca, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Damaia, Estremoz, Faro, Freixo de Espada à Cinta, São João da Pesqueira, Moimenta da Beira e Tabuaço.

Já até final de 2017, a terceira fase do projeto alargar-se-á a Alfandega da Fé, Algueirão, Bragança, Cacém (Olival), Carnide, Carrazeda de Ansiães, Carregal do Sal, Castelo Branco (Izeda), Macedo de Cavaleiros, Matosinhos (Leça), Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Monte Pedral, Moscavide, Odivelas, Ovar, Paço de Arcos, Portimão, Porto (Aldoar, Barão de Nova Sintra e São João), Póvoa de Santo Adrião, Queluz, Santa Comba Dão, São João da Talha, Santo António de cavaleiros, Tavira, Torre de Moncorvo, Torre de Dona Chama, Vila Flor, Vimioso, Vinhais e Vouzela.

Workshop
A Alzheimer Portugal vai promover, este mês em Lisboa, um conjunto de ações de formação, dirigidas ao público e aos cuidadores...

O workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer” vai decorrer no dia 16 e pretende explicar as necessidades e os sinais de bem-estar e de mal-estar na pessoa com demência, procurando identificar estratégias que promovam o bem-estar ao nível da higiene, vestuário, alimentação, mobilidade e alterações de comportamento.

No dia 23 a Associação vai promover um ‘workshop’ dirigido a familiares sobre “Estratégias para o Bem-Estar do Cuidador Cansado” na qual se pretende identificar e debater os principais fatores de stress quando se cuida de alguém e o seu impacto na saúde física e mental; reconhecer e gerir os conflitos emocionais mais comuns; e elaborar um plano pessoal de estratégias de auto cuidado para um maior bem-estar.

Balanço
Entre as mais de 20 mil chamadas recebidas este ano no Centro de Informação Antivenenos (CIAV) do INEM, mais de 80% tiveram...

Em comunicado, a CIAV afirma que muitos destes casos decorrem de enganos na toma dos medicamentos, seja por troca dos horários ou duplicação da dose terapêutica.

O centro médico acrescenta ainda que grande parte das chamadas recebidas é efetuada por profissionais de saúde, a partir de centros de saúde e hospitais ou encaminhadas pelo centro de contacto do Sistema Nacional de Saúde, SNS 24.

Em 2017, o CIAV recebe em média 82 chamadas por dia, registando um maior volume entre as 18:00 e as 23:00.

IPMA
Quatro distritos do continente e o arquipélago da Madeira estão hoje e no sábado sob ‘aviso amarelo’ devido à previsão de tempo...

De acordo com o instituto, os distritos de Leiria, Setúbal, Santarém e Lisboa vão estar, entre as 12:00 de hoje e as 21:00 de sábado, sob ‘aviso amarelo’ devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima.

Também o arquipélago da Madeira vai estar hoje sob ‘aviso amarelo’ devido à previsão de tempo quente entre as 06:22 e as 21:00 de hoje.

O aviso amarelo, o terceiro de uma escala de quatro, é emitido pelo IPMA sempre que há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

O IPMA prevê para hoje no continente céu geralmente limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral a norte do Cabo Carvoeiro até meio da manhã, nebulosidade que poderá persistir em alguns locais da faixa costeira da região Centro.

A previsão aponta ainda para vento fraco, soprando moderado a forte de nordeste nas terras altas até meio da manhã e a partir do final da tarde, sendo temporariamente moderado de noroeste na faixa costeira ocidental durante a tarde.

Está também prevista neblina ou nevoeiro em alguns locais do litoral a norte do Cabo Carvoeiro e subida da temperatura máxima no litoral das regiões Norte e Centro.

No que diz respeito às temperaturas, as mínimas vão variar entre 09 graus Celsius (em Braga) e 24 (Portalegre) e as máximas entre 25 (no Porto) e 37 (em Santarém).

Na Madeira preveem-se períodos de céu muito nublado, possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos nas vertentes norte e terras altas da ilha, vento fraco a moderado de nordeste, soprando por vezes forte nas terras altas, e uma pequena descida de temperatura nas terras altas.

No Funchal as temperaturas vão oscilar entre 21 e 27 graus Celsius.

Estudo
Uma investigação descobriu níveis de cortisol, uma hormona que provoca ansiedade e nervosismo, mais elevados em miúdos mais...

A obesidade infantil continua a ser uma epidemia difícil de erradicar. Um estudo internacional financiado pela Robert Wood Johnson Foundation, nos EUA, alerta para os altos níveis de obesidade nas crianças de raça negra. A organização Trust of America's Health também mencionou essa elevada taxa numa altura em que uma outra investigação associa o excesso de peso a maiores probabilidades de ansiedade e nervosismo.

O trabalho, publicado pelo The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, revelou que as crianças obesas produzem níveis mais altos de cortisol. O estudo mediu os níveis desta hormona responsável pelo stresse no cabelo de 40 crianças, entre os 8 e os 12 anos, 20 obesas e 20 com peso considerado normal. Algumas das obesas, com apenas 8 anos, já acusavam níveis elevados desta hormona.

Quando uma pessoa está nervosa, o corpo produz cortisol que, à semelhança de outras hormonas provocadas pelo stresse, acumulam-se no sangue. Erica van den Akker, autora do estudo, considera contudo que é necessário aprofundar a investigação para perceber se as crianças obesas sofrem, efetivamente, mais com o stresse ou se os seus organismos lidam de forma diferente com a hormona que o provoca.

Distinção
O cirurgião cardiotorácico João Queiroz e Melo, responsável pelo primeiro transplante de um coração em Portugal, em 1986, foi...

A atribuição deste prémio levou em conta o “pioneirismo da transplantação cardíaca” de João Queiroz e Melo, assim como os seus “serviços prestados no ensino e difusão de métodos avançados no tratamento da doença cardíaca”.

“A sua vasta obra no domínio da investigação e da cultura cardiológica nacional” contou igualmente para a escolha do júri, composto por Walter Osswald, que presidiu, dos bastonários das ordens dos Médicos, dos Enfermeiros, dos Farmacêuticos, dos Médicos Dentistas, dos Psicólogos, dos Biólogos e dos Nutricionistas.

Do júri fez igualmente parte o diretor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e o diretor da Escola Nacional de Saúde Pública.

O Prémio Nacional de Saúde do Ministério da Saúde português visa distinguir, anualmente, “pela relevância e excelência no âmbito das ciências da saúde, nos seus aspetos de promoção, prevenção e prestação de cuidados de saúde, uma personalidade que tenha contribuído, inequivocamente, para a obtenção de ganhos em saúde ou para o prestígio das organizações de saúde no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

Em janeiro de 2016, 30 anos após o primeiro transplante cardíaco em Portugal, o cirurgião Queiroz e Melo disse à agência Lusa que este feito colocou a sua equipa no estrelato, mas também lhe valeu ameaças de morte, numa altura em que a colheita de órgãos ainda era controversa.

“A comunidade médica, quase toda, apoiou maciçamente e ficou entusiasmada. A sociedade civil também, mas nem todos. Recebi ameaças de morte em casa, cartas anónimas. Durante uns 15 dias, três semanas olhava para um lado e para o outro quando saía de minha casa para ver se havia algum suspeito”, disse nessa entrevista.

A doente Eva Pinto foi a escolhida e recebeu o coração de um dador de Coimbra, cujo órgão chegou de helicóptero. O sucesso da operação, que durou quatro horas, foi noticiado no telejornal da meia-noite e foi dessa forma que a tutela – a ministra da Saúde era Leonor Beleza – tomou conhecimento do feito.

O cirurgião recordou que “a doente em causa era uma senhora de fé, de grande misticismo, acreditava muito na vida”.

Nascido em Tomar em 1945, João Queiroz e Melo enveredou pela Medicina por influência do seu avô, também médico.

Segundo a nota da DGS, João Queiroz e Melo realizou a especialidade de cirurgia cardiotorácica no Hospital de Santa Marta, com o Professor Machado Macedo (1979). Durante este período passou por Londres (Reino Unido), Portland e Boston (EUA) de modo a enriquecer a sua formação profissional.

Em 2009, o médico promoveu o início da implantação de válvulas percutâneas por via transpical e transfemural, tendo sido o criador e responsável do registo mundial da cirurgia da fibrilhação auricular.

Em resposta a técnicos de diagnóstico
A Ordem dos Enfermeiros afirma que as competências dos profissionais estão definidas há muitos anos e que não há usurpação de...

O Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) considerou hoje que os enfermeiros estão a “cavalgar as competências de outros profissionais”, realizando exames para os quais não estão preparados.

“Nada do que os enfermeiros realizam pode ser considerado usurpação de funções. Continuamos a fazer exatamente o que sempre fizemos em termos de competências. As competências dos enfermeiros estão definidas há muitos anos”, afirmou a bastonária dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, em declarações à agência Lusa.

A bastonária atribui as críticas do Sindicato dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica a uma necessidade de ter visibilidade, considerando que parece estar a existir “uma tendência em algumas classes” de falar sobre os enfermeiros.

“Os sindicatos não regulam competências, assim como as ordens não decretam greves”, lembrou ainda Ana Rita Cavaco.

Hoje, na comissão parlamentar de Saúde, o presidente do Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) denunciou o que considera ser uma “estratégia de laço ou de aperto” por parte dos enfermeiros, que “se vão desmultiplicando na criação de especialidades”.

Almerindo Rego deu aos deputados o exemplo da medicina de trabalho, onde diz haver enfermeiros a realizar exames que são da competência de outros profissionais, como audiogramas, eletrocardiogramas ou mesmo análises clínicas.

“No Serviço Nacional de Saúde são múltiplas as críticas e as queixas sobre isto”, disse Almerindo Rego em declarações à agência Lusa no final da comissão parlamentar de Saúde.

Segundo o presidente do Sindicato dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, os enfermeiros não têm competência para realizar eletrocardiogramas ou análises porque “não têm a necessária capacidade de interpretação científica”.

“Não é só executar um exame. Nós temos de ter conhecimento crítico sobre o trabalho produzido e nós somos responsáveis pela validação do nosso próprio trabalho”, afirmou o responsável.

Novo distúrbio alimentar
Um novo distúrbio alimentar, que afeta pacientes com diabetes tipo 1, está a alarmar a comunidade mé

Estima-se que cerca de um terço das mulheres diabéticas tipo 1 sofra de distúrbios alimentares ou se incomode com o próprio peso. Alguns estudos revelam, aliás, que as mulheres adultas com diabetes tipo 1 têm maior predisposição para desenvolverem transtornos alimentares, quando comparadas às não diabéticas.

Apesar de pouco conhecida, há cada vez mais casos diagnosticados de Diabulimia.

Deixar de tomar ou diminuir as doses de insulina ou não permitir que alguém acompanhe as aplicações de insulina e os testes de glicemia, apresentar sintomas de depressão, pouca energia e glicemia sempre alta são os principais sinais de alerta para estes transtorno alimentar.

“A Diabulimia é um termo que combina a diabetes e a bulimia(...) caracteriza-se por uma preocupação excessiva com o peso e a imagem corporal em indivíduos com Diabetes tipo 1, cujos comportamentos conduzem a uma dificuldade no controlo da glicemia”, começa por explicar Ana Rita Lopes, responsável pela Unidade de Nutrição Clínica do Hospital Lusíadas Lisboa.

“A falta de controlo sobre a Diabetes pode ser causada pela redução ou abstenção das doses de insulina administradas ou por uma oscilação na ingestão alimentar. A prática de atividade física em excesso e uma alimentação compulsiva seguida de vómitos ou seguida pelo uso de laxantes são comportamentos que a caracterizam”, acrescenta.

A Diabetes tipo 1 é uma doença crónica “de natureza autoimune ou idiopática, que não está dependente dos estilos de vida” e que se caracteriza pela incapacidade de produção de insulina pelo pâncreas.

A insulina tem como função mover a glicose do sangue para as células, onde esta é convertida em energia. No entanto, na diabetes tipo 1, porque o corpo é incapaz de a produzir, não há insulina para transferir a glicose da corrente sanguínea para as células. Como consequência, o organismo decompõe sua própria gordura e músculo, levando à perda de peso. A longo prazo, esta condição pode evoluir para patologias graves, condicionando a própria vida.


A bulimia é um transtorno alimentar cerca de duas vezes mais frequente entre as mulheres com diabetes tipo 1.

“No caso da Diabulimia, a omissão deliberada da insulina conduz a um quadro de hiperglicemia e a internamentos hospitalares associados a cetoacidose diabética. A cetoacidose diabética inclui sintomas como a desidratação, mau hálito, confusão mental e cansaço excessivo, podendo, em casos extremos, resultar em coma com perda de consciência”, explica a nutricionista.

No início desta desordem de comportamento alimentar podem surgir sintomas  como a sede excessiva (polidipsia), poliúria (urinar em excesso) e fraqueza. “A longo prazo, casos de neuropatia, retinopatia, nefropatia e osteoporose podem surgir”, acrescenta Ana Rita Lopes.

De acordo com os especialistas, são muitos os motivos que podem conduzir a este  transtorno alimentar: a não aceitação da diabetes, o medo ou a vergonha de aplicar insulina, o medo de ter hipoglicemia ou o receio de ganhar peso.

“Os distúrbios alimentares estão relacionados com dificuldades na regulação das emoções. A maioria dos indivíduos com estes transtornos preocupam-se excessivamente com o seu peso corporal e com a forma do seu corpo. Para além disso, a visão que têm do seu próprio corpo é distorcida, uma vez que se consideram com excesso de peso, apesar do peso corporal estar dentro dos valores normais ou, até mesmo, abaixo”, esclarece a responsável pela Unidade de Nutrição Clínica do Hospital Lusíadas Lisboa.

Sendo mais frequentes no sexo feminino, a verdade é que qualquer pessoa pode desenvolver um transtorno deste tipo “mesmo não tendo antecedentes psiquiátricos”. No caso da Diabulimia, a redução ou abstenção das doses de insulina administradas é mais uma “ferramenta” na luta contra o peso.

O seu tratamento deve ser realizado por uma equipa multidisciplinar, envolvendo as áreas de endocrinologia, nutrição e psicologia ou psiquatria.

“Na área da nutrição, é importante abordar vários parâmetros. Inicialmente, é crucial realizar a avaliação do estado nutricional, isto é, avaliação antropométrica (altura, peso, índice de massa corporal), avaliação de parâmetros bioquímicos, exame físico, avaliação da ingestão alimentar e do dispêndio energético. Em seguida, é necessário estabelecer uma intervenção nutricional, considerando as necessidades energéticas e nutricionais do indivíduo, as suas preferências alimentares, fatores psicológicos e recursos económicos”, descreve a especialista adiantando que esta intervenção deverá ser “adequadamente monitorizada”.

Ana Rita Lopes reforça ainda a importância de uma intervenção comportamento-cognitiva “visando a prevenção de respostas compensatórias”.

“Os familiares e os amigos podem ajudar, aumentanto a auto-confiança do indivíduo e auxiliando-o a reconciliar-se com a sua imagem corporal”, acrescenta.

A verdade é que quanto mais cedo a diabulimia for tratada, melhor. Por isso, a especialista recomenda particular atenção aos sinais: “em primeiro lugar, é importante prestar atenção às doses de insulina administradas, uma vez que são fundamentais para o controlo da glicemia e, consequentemente, para o controlo da Diabetes”.

Comportamentos como excesso de exercício físico e períodos de alimentação compulsiva, seguidos de comportamentos compensatórios são outros dos sinais suspeitos. “Uma preocupação excessiva com o ganho de peso ou uma distorção da imagem corporal (considerando que tem excesso de peso mas tem um peso adequeado ou até baixo peso) são também sinais de alerta”, conclui a nutricionista.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Técnicos de Diagnóstico denunciam
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica consideram que os enfermeiros estão a “cavalgar as competências de outros...

Na comissão parlamentar de Saúde, o presidente do Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) denunciou o que considera ser uma “estratégia de laço ou de aperto” por parte dos enfermeiros, que “se vão desmultiplicando na criação de especialidades”.

Almerindo Rego deu aos deputados o exemplo da medicina de trabalho, onde diz haver enfermeiros a realizar exames que são da competência de outros profissionais, como audiogramas, eletrocardiogramas ou mesmo análises clínicas.

“No Serviço Nacional de Saúde são múltiplas as críticas e as queixas sobre isto”, disse Almerindo Rego em declarações à agência Lusa no final da comissão parlamentar de Saúde.

Segundo o presidente do Sindicato dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, os enfermeiros não têm competência para realizar eletrocardiogramas ou análises porque “não têm a necessária capacidade de interpretação científica”.

“Não é só executar um exame. Nós temos de ter conhecimento crítico sobre o trabalho produzido e nós somos responsáveis pela validação do nosso próprio trabalho”, afirmou o responsável.

Almerindo Rego frisa que é o Estado o regulador destas matérias e por isso lamenta que a Administração Central do Sistema de Saúde “não acompanhe estas matérias”.

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