Estudo

Metade dos trabalhadores pensa deixar o emprego devido à fadiga causada por transformações

Dos inquiridos no estudo que colaboraram com três das maiores consultoras em processos de transformação, 87% consideram que o impacto dessas empresas foi negativo ou não trouxe benefício.

A Emergn, empresa global de serviços digitais, acaba de divulgar os resultados do estudo “Transformation Fatigue”, que revela preocupantes sinais de desgaste entre os trabalhadores em resposta a mudanças organizacionais frequentes e mal geridas. A pesquisa, que abrangeu líderes e gestores de empresas de grande dimensão, destaca que 50% dos trabalhadores consideraram abandonar os seus empregos devido à fadiga provocada por transformações contínuas.

O estudo também revela que 60% dos funcionários relataram sentir burnout como resultado dessas mudanças sucessivas, e 58% confessam sentir desânimo e resignação sempre que uma nova transformação é anunciada. Como principais causas desta fadiga, o estudo “Transformation Fatigue” destaca a liderança desconectada, a comunicação deficiente e a falta de programas de aprendizagem eficazes. Metade dos inquiridos aponta as falhas de liderança, especialmente a distância das chefias em relação às preocupações da equipa, como um dos principais fatores para o insucesso das transformações.

Adicionalmente, 25% dos colaboradores referem-se à falta de clareza na comunicação dos objetivos como uma preocupação significativa, sentindo-se mal informados sobre as razões que justificam as mudanças implementadas.

Apesar dos desafios identificados, 70% dos trabalhadores reconhecem a importância das transformações bem-sucedidas para manter a competitividade no mercado. Para Alex Adamopoulos, CEO da Emergn, "muitas organizações reconhecem que as transformações, quando bem executadas, são cruciais para se manterem competitivas. No entanto, as iniciativas de transformação precisam de impulso, clareza na mensagem e programas de aprendizagem que mantenham os colaboradores focados em valor e nos resultados. Os líderes têm de conseguir provar porque as empresas devem dar o próximo passo.”

Outro ponto crítico identificado pelo estudo é a insatisfação com as grandes consultoras de transformação. Entre os 51% dos inquiridos que trabalharam com três das maiores consultoras globais, 87% relataram que essas empresas tiveram um impacto negativo ou nulo nas suas organizações. Apenas 13% consideraram que as consultoras foram uma ajuda positiva.

Fonte: 
Martech Digital
Nota: 
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