P-Race promove consciencialização sobre Cancro da Próstata
“A partir dos 50 anos, os homens devem consultar um urologista (ou depois dos 45, se existir historial de cancro da próstata na família), mesmo quando não existem sintomas. Por outro lado, se o doente tiver queixas antes desta idade, deverá na mesma ser avaliado por um especialista, embora nestes casos, regra geral, esses sintomas não representam cancro”, sustenta José Santos Dias, médico urologista e Diretor Clínico do Instituto da Próstata. E acrescenta: “Se os cancros da próstata forem diagnosticados precocemente, as taxas de cura podem atingir os 98% aos 10 anos. No entanto, se o diagnóstico for mais tardio ou em casos de tumores muito agressivos, esta percentagem diminui”.
Os dados indicam que em Portugal surgem cerca de 6000 novos casos de cancro da próstata por ano e que o rácio de óbitos é de 2000/ano, razão pela qual a aposta no diagnóstico precoce é fundamental. A P-Race – Corrida da Próstata é uma organização conjunta do Instituto da Próstata, da Associação Portuguesa de Doentes da Próstata e da Associação de Atletismo de Lisboa, com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras e de Recordati, entre outros parceiros. O objetivo principal é sensibilizar a população portuguesa para esta doença.
No dia 12 de outubro (sábado), pelas 10h00, o Parque Urbano do Jamor acolhe homens e mulheres, de todas as idades, para correrem (10 quilómetros), marcharem ou caminharem (apenas 5 quilómetros). Este evento desportivo e lúdico é igualmente solitário, na medida e que o valor da inscrição (que varia entre os €7 e os €15) reverte integralmente para a Associação Portuguesa de Doentes da Próstata além de poder ser descontado na primeira consulta no Instituto da Próstata e Incontinência Urinária, em Lisboa. Além dos tradicionais sacos, t-shirts e ofertas variadas para todos os participantes, os vencedores da corrida recebem ainda uma estadia de duas noites nos PortoBay Hotel & Resorts.
“Infelizmente, o número de casos tem vindo a aumentar, em virtude do envelhecimento da população mundial (e também portuguesa), pelo que é inexorável. No entanto, existem outros fatores que promovem o diagnóstico precoce e cada vez mais frequente da doença, que surge em doentes cada vez mais jovens. Torna-se cada vez mais importante consciencializar a população portuguesa para a importância do diagnóstico precoce e da necessidade de campanhas de alerta como esta”, afirma José Santos Dias.