Estudo
Quando se trata de saúde na terceira idade, os anos importam pouco e a obesidade pode não ser tão prejudicial no fim das contas...

Fatores como a solidão, a depressão e uma fratura recente são mais propensos a predizer o risco de uma pessoa morrer nos próximos cinco anos, segundo pesquisadores da Universidade de Chicago, escreve o Diário Digital.

“Em vez de políticas focadas na redução da obesidade (...), um maior apoio à redução da solidão entre adultos isolados, ou ao restabelecimento das funções sensoriais seriam mais eficazes para melhorar a saúde e o bem-estar na população mais velha”, disse Edward Laumman, um dos autores e professor de sociologia na Universidade de Chicago.

O estudo, publicado na revista da Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos, foi feito com três mil pessoas com idades entre 57 e 85 anos.

“As pessoas mais saudáveis eram obesas e robustas”, aponta o estudo, que revelou que 22% dos americanos mais velhos entram na categoria de boa saúde apesar da obesidade e hipertensão.

Estas pessoas tinham menos problemas nos órgãos, além de melhores funções sensoriais, saúde mental e mobilidade que os outros. Eram também os que tinham menor tendência a morrer ou a ter alguma deficiência nos próximos cinco anos.

Os pesquisadores também descobriram grupos de pessoas com o dobro do risco de morte ou invalidez nesse período: aqueles que estavam com o peso normal, mas tinham problemas de tireoide, anemia ou úlcera, aqueles que fraturaram algum osso após os 45 anos, e os que tinham saúde mental precária.

Os menos saudáveis eram aqueles com diabetes descontrolada e hipertensão, e que frequentemente tinham problemas para fazer tarefas quotidianas.

Apesar de o cancro ter provocado 24% das mortes entre pessoas maiores de 55 anos, ele “parece desenvolver-se aleatoriamente em relação a outras doenças do sistema orgânico”, afirma o estudo.

O senso comum médico sugere que as pessoas são saudáveis se vivem sem problemas no coração, cancro, diabetes, hipertensão ou colesterol.

Mas os autores do estudo apresentaram um enfoque diferente, conhecido como o “modelo integrador” de saúde e envelhecimento, que inclui fatores como o bem-estar mental, as funções sensoriais e a mobilidade como partes essenciais da saúde geral.

Com este novo enfoque, cerca de metade das pessoas consideradas saudáveis no atual modelo médico teria na realidade “vulnerabilidades significativas que influenciam na possibilidade de que morram ou tenham alguma deficiência nos próximos cinco anos", afirma o estudo.

Cruz Vermelha Portuguesa
A Cruz Vermelha Portuguesa vai aumentar o número de voluntários e de delegações envolvidos no programa nacional de formação...

Representantes de 60 delegações regionais vão receber formação sobre os comportamentos saudáveis a ter em ambiente de exposição solar, para que possam transmitir as regras essenciais para desfrutar do sol de forma cuidada a aproximadamente 30 mil pessoas. Este ano a equipa no terreno terá uma dimensão record, ultrapassando os 800 voluntários.

A iniciativa é realizada em parceria com uma marca especialista em cuidados da pele, há nove anos consecutivos, com o nome “Conselhos do Vic & Victor”, e já chegou a mais de 120 mil crianças dos 5 aos 12 anos. Este ano, após a experiência piloto do ano passado, a Juventude da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) vai aumentar a abrangência das ações de sensibilização a adolescentes e adultos, construindo materiais específicos para o efeito. O projeto passa assim a “#OMEUSOL: vive + o verão”. 

“Após avaliarmos os resultados alcançados nos últimos anos e a importância de esclarecer toda a população para os cuidados a ter na exposição solar, considerámos que fazia todo o sentido incluir também ações de sensibilização para adolescentes e adultos, no sentido de os alertar para os malefícios da exposição solar excessiva, educando-os para os comportamentos adequados no que respeita a esta matéria”, refere Cristina Louro, Vice-Presidente Nacional da Cruz Vermelha.

O projeto “#OMEUSOL: vive + o verão” arranca hoje, na sede da CVP, com a primeira ação de formação, orientada pelo dermatologista Dr. Miguel Trincheiras, que irá incidir essencialmente sobre os comportamentos saudáveis em contexto de exposição solar, com especial foco na prevenção do cancro da pele. O objetivo da formação é preparar os responsáveis pela implementação do projeto de verão, nas diferentes localidades, e dotá-los de conhecimento para que depois transmitam aos seus grupos de voluntários.

O índice de proteção adequado a cada tipo de pele, a hora ideal para exposição solar, a utilização de chapéu e óculos de sol ou a renovação das aplicações de protetor solar a cada duas horas são algumas das mensagens a passar pelos voluntários às crianças, adolescentes e adultos.

Precisamente para passar estas mensagens o programa “#OMEUSOL: vive + o verão” vai incluir um vasto conjunto de ações de sensibilização, em 60 localidades, incluindo pela primeira vez duas delegações nos Açores. Estes voluntários vão acompanhar perto de 30 mil pessoas em atividades durante a época balnear, realizadas junto de praias fluviais, marítimas, piscinas municipais e noutros eventos ao ar livre, promovidos pelas autarquias do país.

As farmácias portuguesas vão também associar-se a este projeto, conduzindo ações de sensibilização nas escolas e fazendo a distribuição de material informativo nos seus espaços de saúde. Isto permite reforçar a abrangência do projeto, fazendo chegar a mensagem de sensibilização a ainda mais crianças, jovens e adultos.

“Para as farmácias é muito significativo colaborar neste relevante programa de sensibilização. Para as populações, o farmacêutico é uma figura de confiança e de proximidade, muitas vezes a primeira pessoa a quem pedem aconselhamento em matérias de saúde e de prevenção. Os farmacêuticos possuem as competências e conhecimentos necessárias para explicar os cuidados a ter com o sol durante todo o ano e aconselhar o tipo de proteção mais indicado para cada pessoa, de acordo com a idade, tipo de pele e tipo de exposição solar.” afirma Eunice Barata, uma das farmacêuticas que vai apoiar o programa.

A marca especialista em cuidados de pele apoia pelo 9º ano consecutivo esta iniciativa, financiando a formação dos voluntários da CVP e oferecendo proteção solar, bonés e sacos de praia para as ações de sensibilização. Desenvolveu e produziu ainda os materiais e jogos pedagógicos de apoio à implementação do projeto para crianças, jovens e adultos, materiais que serão também disponibilizados nas farmácias parceiras do projeto. 

No dia 1 de junho a associação quer “todos de nariz vermelho”
O Dia do Nariz Vermelho, o maior evento anual da Operação Nariz Vermelho, assinala-se no próximo dia 1 de junho e tem este ano...

O Dia do Nariz Vermelho (DNV), tradicionalmente dedicado ao universo escolar, será a partir de agora aberto a qualquer pessoa que queira participar. Alargando o alcance da ação pretende-se chegar a novos públicos-alvo, como as empresas e a população em geral, numa campanha que assenta em dois pilares fundamentais para a missão da Operação Nariz Vermelho (ONV): a sensibilização para a importância da solidariedade social e a angariação de fundos que permita à associação continuar a oferecer o seu trabalho aos hospitais públicos que visita.

As dinâmicas escolares decorrerão como nos anos anteriores, com atividades educativas e de sensibilização para as questões sociais. As escolas devem inscrever-se no site do Dia do Nariz Vermelho e encomendar os produtos solidários para que professores, pais e alunos possam contribuir. As atividades a desenvolver no Dia do Nariz Vermelho podem aludir ao conceito “Quando eu for grande quero ser Doutor Palhaço”, ou centrar-se noutras dinâmicas criadas pela própria instituição de ensino.

A estreia do Dia do Nariz Vermelho junto das empresas chega como uma forma divertida de promover a responsabilidade social, incrementar a angariação de fundos através da compra dos produtos solidários e também cimentar a relação da associação com atuais e potenciais parceiros. As empresas que queiram juntar-se à ONV neste Dia do Nariz Vermelho podem contactar a associação através do e-mail [email protected].

Para a população em geral, que pode também adquirir qualquer um dos produtos solidários através da loja online (em www.narizvermelho.pt), o Dia do Nariz Vermelho traz às ruas um formato já conhecido, a campanha de angariação de fundos com voluntários nas principais ruas de Lisboa, Porto, Coimbra e Braga entre 1 e 5 de junho.

“O Dia do Nariz Vermelho é um dia em que sensibilizamos a população para o trabalho desenvolvido pelos Doutores Palhaços junto de milhares de crianças hospitalizadas e, este ano, vamos passar a dizer sim a tantos contactos que recebemos de empresas e particulares que ouvem falar na iniciativa e mostram vontade de participar”, explica Carlota Mascarenhas, Coordenadora de Angariação de Fundos da ONV, acrescentando que “expandir a fronteira além das escolas e alargar o âmbito da ação permitirá chegar a mais pessoas, dar-lhes a conhecer a nossa missão e potenciar a angariação de fundos, num dia que irá continuar a crescer e, quem sabe, estará um dia na memória de todos os portugueses”.

“Há vários anos que centenas de escolas participam no Dia do Nariz Vermelho com verdadeiras lições de solidariedade dadas pelas crianças. Este ano queremos envolver toda a sociedade, para que façamos do Dia Mundial da Criança o Dia do Nariz Vermelho – um dia dedicado às crianças hospitalizadas”, refere Carlota Mascarenhas.

“Gostávamos muito de ver crescer o Dia do Nariz Vermelho para que os portugueses saibam que o dia 1 de junho é o dia em que apelamos à solidariedade de todos e pedimos que se juntem à ONV neste dia tão especial para as crianças. Juntos vamos poder continuar a receitar alegria às crianças hospitalizadas. Queremos todos de nariz vermelho”, conclui Carlota Mascarenhas.

OMS anuncia
A Organização Mundial da Saúde anunciou a realização na quinta-feira de uma reunião de emergência para avaliar o grau de...

O objetivo da reunião dos peritos da Organização Mundial da Saúde (OMS) é analisar se o surto de febre-amarela deve ser declarado emergência de saúde pública, à semelhança do que aconteceu nos casos de Ébola na África Ocidental e com o vírus Zika na América Latina.

Citado pela agência France-Presse, o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, disse que os especialistas da organização vão "reforçar a ideia" de que a situação é "muito grave" e que "todos devem ser vacinados", para diminuir o risco de disseminação da doença para os países vizinhos.

Em Luanda, a médica da Direção Nacional de Saúde Pública, Filomena Wilson, disse que a próxima fase de vacinação contra a febre-amarela vai abranger as províncias fronteiriças, para evitar a propagação internacional.

Segundo Filomena Wilson, o arranque da campanha está dependente da disponibilidade de vacinas.

Acrescentou que à medida que as doses da vacina são adquiridas e chegam ao país a campanha será alargada ao resto do país, depois de a capital angolana, Luanda, ter já vacinado mais de 90% da população alvo.

Angola enfrenta, desde dezembro de 2015, uma epidemia de febre-amarela, que já provocou 293 mortos, segundo o último balanço, estando as autoridades sanitárias do país, com o apoio de organismos internacionais, a tomar várias medidas para o combate à doença, nomeadamente a vacinação, as investigações epidemiológicas e entomológicas em áreas onde foram confirmados casos.

Infarmed
O Infarmed, Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, anunciou que está a reavaliar as comparticipações de 115...

Trata-se, segundo um comunicado, de comparticipações de medicamentos não genéricos (de marca) com um preço 20 por cento superior a alternativas terapêuticas para os mesmos fins e que também não são genéricas.

“Esta reavaliação poderá implicar a descomparticipação destes medicamentos, a menos que os laboratórios que os disponibilizam ajustem os preços até este limite”, avisa o Infarmed.

A reavaliação, frisa, vai permitir uma “poupança total de 35,2 milhões de euros por ano, dos quais 21,3 milhões só para os utentes”.

Da lista de medicamentos abrangidos fazem parte analgésicos, antidepressivos, antibióticos ou fármacos destinados a doenças cardiovasculares, explica-se ainda no comunicado, no qual se acrescenta que a medida já foi comunicada ao setor e que está prevista no decreto-lei 97/2015.

No Porto
As faculdades de Medicina e de Medicina Dentária da Universidade do Porto apresentaram uma proposta de “integração” num...

“É estratégia da FMUP, agora partilhada pela FMDUP, promover a constituição de um Consórcio de Educação Interprofissional nas Ciências da Saúde, numa iniciativa conjunta das escolas que ensinam a área da saúde, designadamente as localizadas no polo da Asprela, através de iniciativas de formação conjunta nas áreas da Medicina e Medicina Dentária, pode ler-se no documento disponibilizado pelo membro do Conselho Geral da Universidade do Porto (UP) Artur Águas.

O texto refere ainda que “a realização do Mestrado em Educação Académica e Clínica é um bom início deste tipo de consórcio”,

Segundo a proposta com 26 pontos enviada ao reitor e assinada pelos diretores das duas faculdades, “os cursos decorrerão em seis anos, no formato de Mestrado Integrado em Medicina e Medicina Dentária, com uma licenciatura em Ciências Básicas da Saúde”.

Artur Águas, também professor do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, salientou à Lusa não ter nada contra que as duas faculdades se fundam, mas vê como um problema que a proposta não tenha sido transmitida ao Conselho Geral, devendo seguir determinados trâmites legais para se poder desenvolver.

Para aquele elemento do Conselho Geral da UP, o outro problema da proposta é “menorizar” o lado de Medicina Dentária, em particular no que diz respeito à composição da direção da eventual nova faculdade.

"A direção da faculdade integrará o diretor da Medicina e dois subdiretores provenientes um de cada área (Medicina e Medicina Dentária), o que deverá estar previsto na revisão dos estatutos a implementar no próximo mandato, da Nova Faculdade", pode ler-se no texto.

De acordo com o ponto 21 da proposta, “os estudantes que venham a inscrever-se no ano de 2017, seja no mestrado de Medicina seja de Medicina Dentária, serão imediatamente integrados numa formação partilhada em Ciências Básicas, a ter início já no próximo ano letivo”.

“A publicação dos Estatutos da Nova Faculdade ocorrerá no prazo máximo de três meses após acordo entre as atuais direções da FMUP e FMDUP e a elaboração e aprovação conjuntamente pelos Conselhos de Representantes da FMUP e da FMDUP”, refere o ponto seguinte.

Os diretores das duas faculdades concluem o documento de quatro páginas referindo que apresentam “esta proposta ao magnífico reitor da Universidade do Porto, com a convicção que a Universidade do Porto será líder na inovação que é apresentada e que marcará uma nova era de abordagem do ensino-aprendizagem, que se constituirá como um modelo de eficácia e eficiência dos recursos disponíveis e de otimização de competências pedagógicas, científicas e assistenciais”.

A diretora da Faculdade de Medicina, Maria Amélia Ferreira, remeteu para quinta-feira mais esclarecimentos, enquanto não foi possível contactar a direção da Faculdade de Medicina Dentária.

Até julho
A Venexos, associação de apoio a emigrantes venezuelanos em Portugal, quer recolher, até julho, 150 quilos de medicamentos para...

A associação lançou há um mês a campanha "Medicamentos para a Venezuela", que "está a ser um sucesso", disse o presidente, Christian Höhn.

A Venexos distribuiu cem caixas em estabelecimentos comerciais em todo o país - continente, Madeira e Açores -, para responder à escassez de medicamentos na Venezuela. Os pontos de recolha estão indicados na página da associação na internet - www.venexos.org.

Entre os produtos esgotados naquele país encontram-se antibióticos pediátricos vitaminas, calmantes, analgésicos, cremes ou medicamentos para diabetes e Parkinson, entre outras doenças.

O objetivo da associação é recolher 150 quilos de medicamentos até 15 de julho e enviá-los para a Venezuela, onde serão entregues a cerca de 50 organizações.

Christian Höhn foi um dos participantes, hoje em Lisboa, no debate "Falemos de Venezuela", onde alertou para a falta de medicamentos no seu país.

"Recebemos, nas redes sociais e na nossa página na internet, 70 a 80 pedidos de ajuda por dia. Fui contactado há duas semanas pelo chefe de pediatria de um hospital em Caracas a pedir ajuda para obter leite adaptado. Só este ano já morreram 23 bebés por falta de fórmula láctea", relatou, visivelmente perturbado.

"As pessoas estão a morrer por não terem acesso a medicação", disse.

O presidente da Venexos descreveu que um médico venezuelano veio para Portugal "simplesmente porque perdeu a força de vontade de estar na Venezuela, porque vê os doentes a morrer".

Por outro lado, há pessoas que estão a obter medicamentos de forma ilegal e gastam até 10 vezes o salário mínimo nacional para, por exemplo, tratar a diabetes.

Höhn contou ainda o caso de uma mulher que deixou a Venezuela com o filho, com leucemia, porque recebeu a garantia de que em Portugal conseguiria tratar aquela doença, o que não estava a acontecer na sua terra natal.

"Há uma quantidade insuportável de faltas e carências no país", lamentou.

O Governo venezuelano declarou, na segunda-feira, oficialmente o "estado de exceção e de emergência económica" em todo o país, uma norma com que o Presidente, Nicolás Maduro, pretende fazer frente a alegadas ameaças à sua administração.

Nos últimos 4 meses
Uma petição subscrita por mais de cinco mil pessoas vai ser entregue na Assembleia da República a pedir ao Governo a construção...

António Moreira, primeiro subscritor e promotor desta petição, disse que, nos últimos quatro meses, foram recolhidas "mais de cinco mil assinaturas" de residentes e trabalhadores no concelho de Torres Vedras numa petição que vai entregar nos próximos dias à Assembleia da República, ao Governo, à Câmara e Assembleia Municipal.

O também advogado e deputado independente da Assembleia Municipal de Torres Vedras, justificou que a intenção era recolher mais de quatro mil assinaturas, objetivo que já foi conseguido, para o assunto ser discutido em plenário pela Assembleia da República.

No texto da petição, a que a Lusa teve acesso, os subscritores defendem a construção de um novo hospital para o Centro Hospitalar do Oeste naquela cidade, para substituir as atuais instalações.

Além do atual edifício estar alugado ao Ministério da Saúde pela Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras, os subscritores justificam a necessidade de novas instalações com o facto de as atuais terem "décadas e estarem totalmente desadequadas e inaptas" para servir a população.

A petição refere que, após a reestruturação de serviços no Centro Hospitalar do Oeste (CHO), Torres Vedras deixou de ter os serviços de ginecologia/obstetrícia e pediatria/neonatologia, que passaram a estar concentrados no de Caldas da Rainha, obrigando a população de Torres Vedras a deslocar-se ao norte da região ou a procurar "outras ofertas".

Com a construção de um novo hospital, com todas as valências que tinha até 2013, os peticionários querem um "Serviço Nacional de Saúde universal e geral", garantindo com a infraestrutura um "acesso a todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica, aos cuidados de medicina preventiva, curativa e de reabilitação".

Em janeiro, o ministro da Saúde, em declarações à Lusa, admitiu que a região Oeste, a par de Santarém e Setúbal, "é uma prioridade", mostrando-se disponível para começar a dialogar com os autarcas sobre o processo de construção de um novo hospital, lembrando-os contudo que, "num quadro de restrição financeira, é necessário definir prioridades".

Em março, numa reunião pedida pelos autarcas da Comunidade Intermunicipal do Oeste, Adalberto Campos Fernandes remeteu para a próxima legislatura a eventual construção de um novo hospital no Oeste, disse à Lusa o presidente da CIMOeste, Pedro Folgado.

Em meados de 2013, o serviço de ginecologia/obstetrícia e a maternidade, bem como a pediatria/neonatologia fecharam no hospital de Torres Vedras e concentraram-se apenas no de Caldas da Rainha que, por sua vez, viu a ortopedia fechar para passar a existir apenas em Torres Vedras.

O CHO serve hoje 293 mil habitantes dos concelhos do Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Óbidos, Peniche, Torres Vedras e parte de Alcobaça e de Mafra.

Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra
A edição deste ano da iniciativa ‘Coimbra a brincar’, que decorre nos dias 27 e 28, deverá envolver mais de oito mil pessoas,...

Durante dois dias, “mais de oito mil pessoas” deverão participar na quarta edição do ‘Coimbra a brincar’, cuja maior parte das mais de uma centena de ações decorrerão no Parque Verde do Mondego, em Coimbra.

Na terceira edição do evento, realizada em maio de 2015, participaram “cerca de oito mil pessoas” e “este ano prevê-se ainda mais”, disse Antonino Silvestre, presidente da APPC, entidade promotora do projeto, que conta com 57 parceiros e patrocinadores.

Com a iniciativa, a Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC) pretende “sensibilizar as pessoas para que se lembrem que podem brincar e que brincar faz bem à vida, que é uma coisa muito séria”, disse Antonino Silvestre, que falava no final do desfile de apresentação pública do programa de ‘Coimbra a brincar de 2016.

“Ao contrário dos anos anteriores, este ano decidimos sair das quatro paredes”, onde se “apresentava, em conferência de imprensa, o programa”.

“Viemos para a rua”, para divulgar a iniciativa. “O brincar não tem idade, não tem sexo, não tem raça, é de todos, é para todos”, faz “falta a todos” porque “faz bem”, sustentou Antonino Silvestre.

Para além de utentes e familiares, funcionários e voluntários da APPC participaram na "grande parada" de apresentação do programa de 'Coimbra a brincar', cerca de centena e meia de pessoas ligadas a instituições parceiras do projeto, designadamente animadores socioculturais de estabelecimentos de ensino da cidade.

A “liderar a brincadeira”, que desfilou, durante mais de uma hora, entre o Largo da Portagem e a Praça 8 de Maio, pelas ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz, na Baixa de Coimbra, estiveram os Semp’a Bombar, grupo de bombos da APCC, seguidos de diversas personagens – reais e ficcionais –, empenhados em “animar a manhã” e anunciarem, para dias 27 e 28, “Diversão para todos”, no “Parque Verde e outros locais da cidade”, porque brincar é preciso.

‘Coimbra a brincar’ é para “defender o direito de brincar”, é para promover “uma boa saúde mental”, é para ajudar “as pessoas a serem felizes” e é para gente de "todas as condições, quer sejam pessoas ditas normais ou com limitações”, sintetiza, em declarações aos jornalistas, Fátima Vilaça, da APCC.

“O brincar é muitas vezes o parente pobre na formação”, adverte a responsável, sublinhando, por outro lado, que “a profissão das crianças é brincar” e que é através da brincadeira que “elas se apropriam do mundo”.

Entre as novidades da edição deste ano de ‘Coimbra a brincar’, Fátima Vilaça refere “a participação de seniores” ou o concurso de fotografia e vídeo sobre brincadeira, aberto a todos, desde que feitos “sempre em grupo e nunca individualmente”, com prémios que podem ir de uma viagem no autocarro turístico por Coimbra até um salto de três mil metros de altitude, exemplifica.

Estudo
Vinte e três milhões de adolescentes em países em desenvolvimento correm o risco de gravidez indesejada por falta de...

Realizado por investigadores do Instituto Guttmacher, uma organização sediada em Nova Iorque que visa melhorar a saúde sexual e reprodutiva nos EUA e no Mundo, o estudo conclui que cerca de metade das gravidezes em jovens de entre 15 e 19 anos nas regiões em desenvolvimento são indesejadas.

Mais de metade das gravidezes não desejadas acaba em aborto, muitas vezes sem condições de segurança, conclui o documento, intitulado "Custos e Benefícios de Cobrir as Necessidades de Contraceção das Adolescentes".

Liderados por Jacqueline E. Darroch, os autores do relatório estimam que 38 milhões dos 252 milhões de raparigas de 15–19 anos nos países em desenvolvimento são sexualmente ativas e querem evitar engravidar.

No entanto, 23 milhões têm uma necessidade não satisfeita de contraceção moderna, ou seja, querem evitar uma gravidez nos próximos dois anos, mas não estão a usar contracetivos eficazes.

A maioria não usa qualquer método de contraceção (84%), enquanto as restantes praticam métodos tradicionais, como o coito interrompido ou a abstinência periódica, que são menos eficazes do que os métodos modernos.

Atualmente, 15 milhões de raparigas dos 15 aos 19 anos usam contracetivos modernos, prevenindo 5,4 milhões de gravidezes indesejadas por ano.

Destas gravidezes, 2,9 milhões teriam terminado em aborto. A contraceção moderna evita também a morte de cerca de 3.000 mães adolescentes por ano nos países em desenvolvimento.

Segundo o estudo, cobrir as necessidades de contraceção moderna das jovens de 15 a 19 anos nos países em desenvolvimento reduziria em seis milhões o número anual de gravidezes não desejadas (menos 59%), o que permitiria evitar 2,1 milhões de nascimentos não planeados (menos 62%), 3,2 milhões de abortos (menos 57%) e 5.600 mortes maternas (menos 71%).

Os investigadores fizeram as contas aos custos de melhorar os serviços prestados àquelas que já usam contracetivos e de alcançar aquelas que não têm atualmente acesso e concluíram que seriam precisos 770 milhões de dólares anuais, mais 548 milhões do que atualmente se gasta.

Por uma média de 21 dólares anuais por utilizador, estes investimentos permitiriam, não só fornecer contracetivos e informação, mas também formação e supervisão para os profissionais de saúde, melhorias nas instalações e sistemas de abastecimento e esforços de informação e comunicação para garantir que as adolescentes têm apoio na escolha e uso correto de um método.

Os autores do estudo recordam que, além de reduzir os abortos e a mortalidade materna, a prevenção da gravidez adolescente "é essencial para melhorar a saúde sexual e reprodutiva das adolescentes, assim como o seu bem-estar social e económico".

A gravidez adolescente está associada a um menor nível de instrução entre as mães e contribui para perpetuar o ciclo de pobreza de uma geração para a outra.

17 de maio - Dia Mundial da Internet
Apneia do WhatsApp, depressão do Facebook e síndrome do Google são as novas condições da Internet.

O uso inadequado das novas tecnologias pode favorecer o aparecimento de novas condições psicológicas como, por exemplo, a apneia do WhatsApp (ansiedade por consultar mensagens de maneira compulsiva), a depressão do Facebook (necessidade de ver perfis de outros utilizadores como forma de reduzir a tristeza ao recordar momentos felizes do passado)e a síndrome do Google (o cérebro não consegue recordar e esquece dados como consequência do uso frequente de motores de busca). Estas são algumas das conclusões de uma análise aos comportamentos online de portugueses e espanhóis realizado pela Guess What Comunicação em colaboração com a empresa Evidentia Marketing e a agência de comunicação espanhola Torres & Carrera.

Na véspera do Dia Mundial da Internet, estes dados vêm lembrar que a generalização do uso das redes sociais e dos serviços de mensagens instantâneas provoca a sensação de estarmos ligados aos outros através de um “like” ou de um “tweet”. As novas tecnologias propiciam novas conexões cerebrais e favorecem novos métodos de aprendizagem.

No entanto, as denominadas “tecnopatologias” estão apenas a um passo das doenças profissionais que acabarão por se consolidar, ainda que hoje se mantenham a meio caminho entre a patologia reconhecida e as manias pessoais. Estas condições são apenas exemplos das consequências que acarreta a saturação tecnológica a que estamos expostos hoje em dia.

As tecnopatologias mais recorrentes são:

·         Apneia do Whatsapp – Consultar o Whatsapp de forma compulsiva, sempre à espera de ter recebido uma nova mensagem;

·         Síndrome da chamada imaginária: Esta síndrome desencadeia-se quando o nosso cérebro nos faz imaginar que ouvimos o som de um telefone a tocar;

·         Nomofobia: Nome que se dá à ansiedade e medo irracional da possibilidade de perder o telemóvel ou sair de casa sem ele;

·         Depressão do Facebook: Afeta as pessoas que têm necessidade de ver perfis de outros utilizadores como forma de reduzir a tristeza ao recordar momentos felizes do passado;

·         Síndrome do Google: O cérebro não consegue recordar-se de um determinado dado como consequência de poder aceder facilmente a essa informação a qualquer momento.

·         Hipersensibilidade eletromagnética: É um transtorno neurológico que afeta determinadas pessoas que reagem perante as radiações eletromagnéticas não ionizantes como aquelas que são emitidas pelos telemóveis ou antenas de rádio.

De acordo com o psiquiatra e premiado investigador Tiago Reis Marques, “nenhuma destas condições é reconhecida atualmente pelo meio médico. No entanto, a verdade é que o uso excessivo da internet (Facebook, Whatsapp, etc.) pode interferir negativamente nas relações interpessoais, e esses indivíduos podem apresentar fenómenos de tolerância bem como sintomas de abstinência, muito semelhantes aos que as pessoas com adições apresentam. Faço um paralelismo com a dependência dos videojogos, um fenómeno com cerca de 20 anos após a introdução na sociedade de jogos eletrónicos extremamente populares entre adolescentes e jovens adultos”.

Já Marta Barroso Gonçalves, Digital Manager na Guess What considera que “as novas tecnologias, que de novo nada têm, são já parte integrante do nosso dia-a-dia. Não há um despertar sem o alarme do telemóvel, é impensável estar num restaurante sem alguém a navegar nas sua rede de amigos, é inimaginável não acompanhar a mais simples notícia numa plataforma digital.

Este é o nosso panorama atual e nada podemos ou devemos fazer para fugir dele. Aceitando tal como é, só nos resta adaptar e resolver qualquer tipo de exagero ou conter a utilização desmedida para não cairmos numa teia de novas condições psicológicas, estas sim novas e contornáveis.”

Segundo o relatório da ANACOM “O consumidor de comunicações eletrónicas 2015”, há cada vez mais os portugueses (com 15 ou mais anos) a consumir serviços de telecomunicações, tendo subido a percentagem dos que utilizavam três ou mais serviços de telecomunicações, de 59% em 2011, para 75% em 2015.

De acordo com o mesmo relatório, 73% dos lares têm serviços em pacotes, 40% dispõem de acesso a banda larga fixa por fibra ótica, 38% das pessoas têm banda larga no telemóvel e 67% dos utilizadores de telemóvel têm smartphones.

Em Portugal
Filipe Novais assume a direção da Astellas em Portugal. A Astellas Pharma, uma das 20 maiores companhias farmacêuticas em todo...

Com uma longa experiência de quase 20 anos na Astellas, Filipe Novais teve um percurso pautado por uma evolução contínua desde a área das vendas ao marketing, sendo Product Manager de várias áreas terapêuticas entre 2000 e 2005. A ascensão de Filipe Novais na companhia levou a que, entre o final de 2014 e o início deste ano, desenvolvesse a carreira internacionalmente, estando responsável pela direção de marketing de 6 países, a partir da sede europeia em Londres, com responsabilidades a nível da definição estratégica de todos os produtos nestes países.

“É com uma grande motivação que abraço este novo desafio na Astellas, uma companhia focada no desenvolvimento de terapêuticas inovadoras que vêm colmatar necessidades médicas não satisfeitas, e no compromisso em trabalhar para que os doentes tenham acesso a estas terapêuticas. É com a missão de continuar o percurso de crescimento sólido e sustentável, garantindo o foco nos pilares estratégicos de negócio, mas também no bem-estar e motivação dos colaboradores, que encaro esta nova etapa na Astellas”.

Filipe Novais possui um Mestrado em Gestão pela Universidade Lusíada de Lisboa e várias formações complementares em áreas abrangentes como liderança, farmacoeconomia, finanças ou coaching skills.

Filipe Novais é, ainda, Presidente da Associação Portuguesa de Marketing Farmacêutico, desde 2011.

A Astellas, é a segunda maior companhia farmacêutica no Japão. O plano estratégico da empresa para 2015-2017, passa por criar um crescimento sólido e resiliente a médio-longo prazo através de três estratégias principais: Maximizar o Valor do Produto, Criar Inovação e Procurar Excelência Operacional.

Em votação na Comissão Europeia
A autorização para se continuar a usar o pesticida glifosato vai ser votada quarta-feira na Comissão Europeia e em Portugal uma...

Dirigida à Assembleia da República, ao Presidente da República e ao Ministério do Ambiente, a petição pretende "a proibição total de venda, distribuição ou uso do herbicida glifosato" em Portugal, por ter sido considerado um "carcinogénico provável para o ser humano" pela Agência Internacional de Investigação sobre o Cancro, da Organização Mundial de Saúde.

"Isto significa que há provas científicas convincentes de que a substância provoca cancro em animais de laboratório e provas limitadas de que também o faz no ser humano", salienta o texto da petição.

"Devido ao perigo que apresenta à saúde humana e animal, vimos pedir aos responsáveis no Governo português que proíbam o uso, venda e distribuição deste herbicida, usado em culturas geneticamente modificadas, jardins, entre outros usos, em todo o território nacional", explica.

Em Portugal, as autarquias usam este produto para retirar as ervas daninhas de jardins ou de outros locais públicos.

A Quercus, uma das entidades que é contra a utilização do glofosato, lançou uma campanha a incentivar as autarquias a deixar este produto, tendo obtido a adesão de seis municípios, incluindo Porto e Braga, e 14 freguesias.

Esta associação de defesa do ambiente defendeu que Portugal deve votar contra a reautorização do glifosato no comité de peritos de quarta-feira, um desafio que dirigiu ao ministro da Agricultura.

Em meados de abril, uma decisão do Parlamento Europeu, no sentido de autorizar por mais sete anos a utilização do glifosato, deu origem a reações contra: dos ambientalistas da Plataforma Transgénicos Fora, dizendo tratar-se de "uma profunda cedência" à indústria dos agroquímicos, e a favor da Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas (ANIPLA), que representa os comercializadores de fitofarmacêuticos.

Depois dos alertas, o Ministério da Agricultura anunciava que iria retirar do mercado a taloamina e todos os produtos fitofarmacêuticos que contenham aquela substância, por constituírem um risco grave para a saúde humana, animal e para o ambiente.

Um comunicado do Ministério liderado Capoulas Santos considerava que “os produtos fitofarmacêuticos contendo o co-formulante em questão são suscetíveis de constituir risco grave para a saúde humana ou animal ou para o ambiente”, razão pela qual devem ser imediatamente proibidos.

Dados divulgados pela imprensa, em abril, referiam que, pelo menos, 89 câmaras municipais usam o pesticida para tratamento de vias públicas e que, em 2014, foram vendidas em Portugal cerca de 1.600 toneladas do produto.

Hipertensão arterial afeta quase metade da população portuguesa
Aveiro foi a cidade eleita para acolher as atividades comemorativas do Dia Mundial da Hipertensão que se assinala hoje.

O Dia Mundial da Hipertensão (DMH) é uma iniciativa da World Hypertension League, à qual a Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) se associa, que tem como objetivo alertar a população para a hipertensão, doença silenciosa que afeta 42% de portugueses.

Neste dia, a SPH pretende sensibilizar a população para a necessidade de conhecer os valores da pressão arterial, aliando-se assim à campanha mundial cujo lema é: “Conheça os seus valores. Controle a sua pressão arterial”. A SPH relembra a importância de medir a pressão arterial frequentemente, praticar exercício físico regular e reduzir o consumo de sal.

A Capital da Hipertensão 2016 vai ter as atividades centradas na Praça Dr. Joaquim Melo Freitas, em Aveiro. Como já é habitual, para assinalar o DMH, médicos e enfermeiros realizam rastreios gratuitos à pressão arterial, glicémia capilar, índice de massa corporal, além de prestarem aconselhamento nutricional. Os rastreios têm início às 9h30 e terminam às 17h30.

A alimentação saudável e a redução de consumo de sal continuam a ser as grandes prioridades para a SPH e, por isso, este DMH vai ser marcado por dois momentos de Show Cooking, um de manhã e outro de tarde. No período da manhã vai ser realizado um Show Cooking com o Chef Paulo Vieira e os alunos dos Cursos Vocacionais do Colégio Vieira de Castro. Receitas com baixo teor de sal e alimentos saudáveis para o coração vão ser o foco destas aulas de culinária. Os restaurantes da cidade de Aveiro também não vão ficar indiferentes a esta efeméride e, por isso, colocam à disposição um prato ou menu especialmente concebido para a comemoração do DMH.

A atividade física faz também parte das atividades desenvolvidas pela SPH, estando prevista a realização de uma caminhada, uma aula de exercício físico adaptado à população sénior e uma aula de zumba com muita música e animação.

As atividades para os mais novos vão se realizar no Centro Cultural e de Congressos da cidade de Aveiro. A SPH acredita que o envolvimento das crianças em ações de sensibilização são a melhor forma de levar bons hábitos para a casa dos portugueses, devido ao seu grande poder de influência no núcleo familiar. As atividades para os mais novos começam às 10h com uma peça de teatro “Viver Saudável – Viver Feliz”, seguida da palestra “A Brincar Aprendemos” e jogos tradicionais.

As comemorações do DMH também vão ser assinaladas em Lisboa com atividades dirigidas aos mais novos, protagonizadas pelo herói infantil Mister Sal. O Externato Educação Popular, em Lisboa, recebe a iniciativa “Mister Sal Não Leve a Mal”, uma ação lúdica de sensibilização para o consumo de sal em excesso e ainda a peça de teatro “Com Peso e Medida”.

“As ações de sensibilização do DMH têm grande importância para a SPH porque é urgente travar o aparecimento da hipertensão arterial. Uma parte considerável da população portuguesa é hipertensa, pelo que importa prevenir a doença com rastreios regulares, exercício físico e alimentação saudável com baixo teor de sal. As consequências da hipertensão podem não ser imediatas, até porque se trata de uma doença assintomática numa fase inicial, mas a longo prazo pode dar origem a problemas mais graves como o acidente vascular cerebral, enfarte agudo do miocárdio e doenças renais”, refere o presidente da SPH, Professor José Mesquita Bastos.

As atividades comemorativas do DMH foram desenvolvidas com o especial apoio da Câmara Municipal de Aveiro e da Universidade de Aveiro, tendo ainda contado com a colaboração da Associação dos Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte, do Grupo de Teatro Amador Ribalta Vista Alegre e do Pingo Doce.

Atividades Dia Mundial da Hipertensão

Local: Praça Dr. Joaquim Melo Freitas, Aveiro

9h30 – Rastreio de Saúde (tensão arterial, glicémia capilar, índice de massa corporal, aconselhamento nutricional)
10h – Show Cooking com o Chef Paulo Vieira e alunos dos Cursos Vocacionais do Colégio Vieira de Castro
11h - Caminhada
12h – Palestra – Temos tempo e vida, Dr. Paulo Almeida
12h45 – Cerimónia de abertura
13h30 Almoço
14h – Rastreio de Saúde (tensão arterial, glicémia capilar, índice de massa corporal, aconselhamento nutricional)
14h30 - Show Cooking com o Chef Paulo Vieira
15h30 – Palestra – Temos tempo e vida, Dr. Paulo Almeida
16h – Aula de exercício físico com idosos
17h – Aula de zumba, Professor Vítor Monteiro (Local: Rossio)
17h45 – Encerramento das atividades do DMH

Atividades Dia Mundial da Hipertensão – Programa infantil

Local: Centro Cultural e de Congressos, Aveiro

10h – Peça de teatro Viver Saudável – Viver Feliz (Grupo de Teatro Amador Ribalta Vista Alegre)
11h – Palestra – A Brincar Aprendemos, Dr. Joel Pinto
11h20 – Atividade física / Atividades lúdicas (jogos tradicionais)
14h30 – Peça de teatro Viver Saudável – Viver Feliz (Grupo de Teatro Amador Ribalta Vista Alegre)
15h30 – Palestra – A Brincar Aprendemos, Prof. Mesquita Bastos
15h50 – Atividade física / Atividades lúdicas (jogos tradicionais)

Mister Sal Não Leve a Mal / Teatro "Com Peso e Medida"

Local: Externato Educação Popular, Lisboa

Estudo
Portugal é o segundo país da União Europeia com maiores necessidades de saúde oral não satisfeitas, segundo um estudo que...

O estudo “Cuidados de Saúde Oral – Universalização” foi encomendado pela Ordem dos Médicos Dentistas à Universidade Nova – School of Business & Economics e apresenta vários cenários para aumentar o acesso dos portugueses a cuidados de saúde oral.

Em Portugal, 17,8% das pessoas com mais de 16 anos relatam não ter as suas necessidades de saúde oral satisfeitas, quando a média da União Europeia (UE) é de 7,9%, de acordo com dados publicados no estudo.

Em entrevista, o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, sublinhou que a dificuldade de acesso a saúde oral se torna ainda mais evidente quando Portugal surge bem posicionado ao nível dos cuidados de saúde gerais.

De facto, o estudo indica que apenas 5,1% dos portugueses com mais de 16 anos relata necessidade de saúde não satisfeitas (abaixo da média da UE), enquanto ao nível de cuidados dentários o valor dispara para quase 18%, uma percentagem mais de duas vezes superior à média europeia.

Em Portugal existem entre 20 a 25 médicos dentistas nos cuidados de saúde primários e as famílias são forçadas a recorrer a dentistas privados que pagam integralmente do seu bolso.

No estudo elaborado por Alexandre Lourenço e Pedro Pita Barros fica explícito que “não só as famílias com rendimentos mais baixos são afetadas, mas também as de rendimentos mais elevados enfrentam despesas catastróficas quando acedem a serviços de saúde oral”.

As despesas catastróficas são os pagamentos diretos das famílias de tal forma elevados em relação ao dinheiro disponível que leva a que o agregado familiar seja obrigado a abandonar o consumo de outros bens e serviços necessários.

“Quem sofre mais são os mais pobres, porque nem sequer acedem a cuidados de saúde oral, estão totalmente excluídos. Mas o estudo mostra que a classe médica também sofre muito […] porque tenta aceder a cuidados e a catástrofe é a do empobrecimento, de abdicar de aspetos de outras despesas essenciais para pagar cuidados de despesas dentárias em situações especiais”, vincou o bastonário dos Médicos Dentistas.

Monteiro da Silva recordou que em Portugal mais de metade dos idosos (a partir dos 65 anos) não tem um único dente natural na boca e, em muitos casos, nem sequer prótese dentária têm a substituir os dentes perdidos.

Estudo
O Estado precisaria de 280 milhões de euros anuais para dar a todos os utentes acesso a cuidados de medicina dentária em regime...

O estudo apresentou vários cenários para aumentar o acesso dos portugueses a cuidados de saúde oral e recomenda que se opte pelo aumento da cobertura pública através de prestação privada, um regime convencionado como já acontece noutras áreas (análises clínicas, por exemplo).

A aplicação deste regime aponta para um encargo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de 280 milhões de euros por ano, o que daria uma despesa de 28 euros por cada português.

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, entidade que encomendou o estudo, refere que “a opção mais razoável em termos de custos e de equipamentos já instalados” seria “aproveitar os cerca de 10 mil médicos dentistas que estão distribuídos por quase sete mil clínicas e consultórios”.

Em entrevista, Orlando Monteiro da Silva, explicou que o custo anual de 280 milhões de euros permitiria incluir cerca de 90% dos cuidados de saúde para todos os utentes do SNS. Ou seja, naqueles custos estão contemplados os cuidados e tratamentos mais frequentes, como extrações, desvitalização ou limpezas.

O bastonário reconhece o peso económico da medida, admitindo que não seja realizada de forma repentina, mas sim numa perspetiva gradual, abrindo sucessivamente os cuidados de saúde oral à população, começando, por exemplo, pelos mais desfavorecidos ou utentes com patologias crónicas.

“Há um caminho gradual que pode ser percorrido. E deve ser feito, já se perdeu demasiado tempo, com outros custos: o custo de não fazer nada é muito superior a isto, o custo de ter uma população a evitar alimentos, o custo do absentismo ao trabalho, de crianças a faltarem à escola, o custo social de andar desdentado”, afirmou.

O estudo de Alexandre Lourenço e Pedro Pita Barros, da Nova School of Busines & Economics, traçou ainda o cenário de uma prestação de cuidados de saúde oral integralmente pública, equipando centros de saúde e contratando médicos dentistas.

Para cobrir as necessidades do país, seria preciso contratar 6.500 médicos dentistas, o que representaria um encargo anual de 182 milhões de euros, apenas destinados ao pagamento de salários destes profissionais.

O estudo não realizou outras contas para este cenário, mas a Ordem dos Médicos Dentistas estima que o valor triplicaria se fossem contabilizados os gastos com ordenados de assistentes dentárias, obras de adaptação, custos com equipamentos e manutenção, além dos consumíveis usados nas consultas.

“Quarenta anos depois, o panorama do SNS mudou radicalmente, com quase sete mil consultórios e clínicas dentárias. O estudo recomenda não duplicar e procurar que haja uma possibilidade de aproveitar o investimento privado que está desaproveitado”, sintetizou

Para o bastonário, o caminho futuro não tem de passar por uma solução integralmente pública ou totalmente convencionada, podendo haver uma combinação de ambas.

Uma dessas possibilidades de solução mista poderia passar por ter um regime convencionado juntamente com uma “pequena rede de centros de saúde com médicos dentistas” para alguns grupos de doentes, como os oncológicos ou insuficientes renais ou outro tipo de doentes crónicos.

O estudo avalia ainda o cenário de aumentar a cobertura privada de cuidados de saúde oral através de seguros com prestação privada, cabendo ao Estado negociar com o setor segurador.

De acordo com os autores, esta hipótese poderia “permitir uma redução do risco financeiro das famílias” e rentabilizar a oferta privada existente, mas “o enquadramento político e social é adverso ao recurso ao setor segurador para assegurar funções do Estado”.

O bastonário dos Dentistas vinca que o país “já esperou” demasiado por um acesso universal de cuidados de saúde oral, considerando que as decisões políticas devem ser ponderadas com as bases científicas e técnicas e sem “preconceitos ideológicos” como pano de fundo.

Dia Mundial Sem Tabaco
No âmbito do Dia Mundial Sem Tabaco, que se assinala no mês de maio, a Comissão de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de...

Apesar de os últimos dados divulgados pela Direção Geral de Saúde revelarem que, em termos absolutos, o número de jovens fumadores dos 15 aos 24 anos diminuiu entre 2005/2006 e 2014, a verdade é que há a registar o aumento da iniciação do consumo, traduzido pela diminuição da prevalência dos “nunca fumadores” de quase 5 %. Estamos perante jovens que envolvem uma longa faixa etária que a Sociedade Portuguesa de Pneumologia e o Corpo Nacional de Escutas (CNE)  procuram alcançar através de uma campanha transversal a várias idades.

A mensagem é muito simples e direta: Fumar é ridículo, tão ridículo quanto usar chupeta em idades impróprias, um comportamento que José Pedro Boléo-Tomé, Coordenador da Comissão da Tabagismo da SPP, explica: “sabe-se que a maior parte dos jovens inicia o consumo por curiosidade e influência de amigos ou de grupos. Trata-se de uma forma de afirmação e integração em grupos que se querem evidenciar pela ousadia ou rebeldia de fumar. A campanha deste ano não faz mais que ridicularizar o ato de fumar, incutindo nos jovens uma postura de afirmação positiva dizendo não ao tabaco”.

O especialista defende ainda que é junto dos jovens em idade escolar que é necessário intervir, questão que é comprovado por um estudo recentemente desenvolvido com o apoio da DGS e que revela que a iniciação tabágica ocorre entre o 7.º e o 9.º ano. No 7.º ano, cerca 70 a 80% dos jovens nunca fumaram um cigarro, uma percentagem que baixa para os 40% no 9.º ano.

A esta campanha associa-se também o Corpo Nacional de Escutas que espera conseguir envolver grande parte dos 72.500 membros deste movimento juvenil que é o maior a nível nacional e mundial. Para Norberto Correia, Chefe Nacional do CNE, “a luta contra o tabagismo é um dever de todos nós, cidadãos. É algo que deve ser encarado como um investimento na formação e qualidade de vida dos jovens de hoje, assim como das gerações futuras”.

A campanha que agora arranca está disponível para consulta e download em www.sppneumologia.pt   e pode ser acompanhada através de www.facebook.com/corponacionaldeescutas

Estudo
Manter uma atividade física moderada e continuada permitirá reduzir o risco de 13 tipos de cancro, segundo um estudo norte...

Estima-se que 51% dos adultos nos Estados Unidos e 31% em todo o mundo não façam qualquer exercício recomendado para manter a saúde, sublinham os investigadores do Instituto Nacional do Cancro norte-americano (NCI), cujo estudo foi publicado ‘online’ no Journal of the American Medical Association, Internal Medicine.

Por atividade física regular entendem os investigadores caminhar, correr, nadar ou andar de bicicleta a um ritmo entre o moderado e o vigoroso durante 150 minutos por semana.

Centenas de estudos anteriores analisaram a relação entre atividade física e redução do risco de desenvolver cancro do cólon, da mama e do endométrio, tecido que reveste o útero, mas os resultados não foram conclusivos para os outros tipos de tumores, devido ao demasiado pequeno número de participantes envolvidos, observam os autores do novo estudo.

Estes últimos trabalharam dados de 1,44 milhões de pessoas com idades entre os 19 e os 98 anos, nos Estados Unidos e na Europa.

Os participantes foram seguidos, em média, durante 11 anos, um período durante o qual 187.000 novos casos de cancro foram diagnosticados.

O novo estudo não só confirmou a relação já comprovada entre um nível sustentado de exercício e a maior baixa do risco de cancro colorretal, da mama e do endométrio, mas também de dez outros tipos de tumores.

Os investigadores detetaram uma redução do risco dos seguintes cancros: esófago (-42%), fígado (-27%), pulmão (-26%), rim (-23%), estômago (-22%), endométrio (-21%), sangue (-20%), cólon (-16%) e mama (-10%).

Na maioria dos casos, a relação entre atividade física e redução do risco de cancro manteve-se independentemente do peso da pessoa e de se tratar ou não de um fumador.

Para o conjunto dos cancros, a redução do risco resultante de exercício regular vigoroso foi de 7%.

Em contrapartida, as atividades físicas foram relacionadas com um aumento de 5% do risco de cancro da próstata e de 27% do melanoma, um agressivo cancro da pele. Sobretudo em regiões com muito sol nos Estados Unidos.

“Os nossos resultados mostram que a ligação entre exercício e redução do risco de cancro pode ser generalizada em diferentes grupos da população, incluindo entre as pessoas com excesso de peso e obesas e ex-fumadoras”, frisou Steven Moore, investigador do National Cancer Institute e principal autor do estudo.

Hipertensão
De acordo com a Fundação Portuguesa de Cardiologia existem, em Portugal, cerca de dois milhões de hi

A Hipertensão arterial é uma síndrome metabólica caracterizada pelo aumento dos valores tensionais do sangue. Habitualmente acompanhada por outras alterações como a obesidade, ela é considerada como uma das principais causas de morte, em todo o mundo, uma vez que é responsável por aumentar o risco de doenças cardiovasculares.

A hipertensão pode ser dividida em três estágios, definidos pelos níveis da pressão arterial, podendo, de acordo com os mesmos, o risco de morte cardiovascular ser classificado como moderado, alto ou muito alto.

De acordo com a Fundação Portuguesa de Cardiologia, “a pressão arterial é quantificada através de dois números. O primeiro e mais elevado diz respeito à pressão que o sangue exerce nas paredes das artérias quando o coração está a bombear sangue”. Este valor designa a pressão arterial sistólica, vulgarmente conhecida por “máxima”.

“O segundo número indica-nos a pressão que o sangue exerce nas artérias quando o coração está relaxado”, pode ler-se. Também conhecida como “mínima”, corresponde à pressão arterial diastólica.

A pressão arterial ideal deve ser inferior a 120/80, pelo que acima destes valores aumenta o risco de doença coronária ou acidente vascular cerebral.

Alguns estudos sugerem que a hipertensão seja, em 90 por cento dos casos hereditária. Outros apontam outras causas ou doenças que a condicionem.

No entanto, há vários fatores que influenciam os níveis da pressão arterial.  

O consumo excessivo de sal ou as bebidas alcoólicas estão na lista do que deve evitar para se manter saudável.

Por outro lado, segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia, a prática de exercício físico regular pode ajudar no controlo destes valores, contribuindo, em muitos casos, para uma descida significativa dos níveis de tensão.

Além destes fatores de risco, sabe-se que a incidência da hipertensão aumenta com a idade. Com o passar do tempo nossas artérias começam a ficar envelhecidas, calcificadas, perdendo a capacidade de dilatar – designando-se de vasos menos complacentes.

Estima-se que cerca de 70 por cento dos adultos acima dos 50 ou 60 anos sofram de hipertensão.

Apesar de não ter cura, a doença pode ser controlada com a ajuda de um regime alimentar equilibrado, pobre em gordura e sal, amigo do seu coração.

Alimentos que combatem a hipertensão

Aveia – sendo uma excelente fonte de fibras, minerais e vitaminas, a aveia atua no controlo da glicose sanguínea;

Noz e Amêndoa – ricas em magnésio, que funciona com um vasodilator que melhora a pressão arterial, apresentam ainda na sua composição vitamina E - um antioxidante natural que ajuda no combate ao envelhecimento precoce e na prevenção das doenças cardiovasculares;

Alho – rico em vitamina C é responsável por diminuir a ação dos radicais livres, responsáveis pelo aparecimento de doenças cardíacas;

Leite e derivados – o cálcio, presente nestes alimentos, funciona como hipotensor, atuando na diminuição da pressão sanguínea, uma vez que estimula a eliminação de sódio;

Cereais integrais – previnem o aparecimento de diabetes, cancro e ajudam na manutenção do peso e no combate à hipertensão. Ricos em magnésio, estimulam a dilatação dos vasos sanguíneos;

Alimentos ricos em ómega 3 – os ácidos gordos presentes em alimentos como salmão, atum, sardinha, azeite ou linhaça são indicados para os hipertensos. Vários estudos comprovam que a ingestão de ómega 3 está intimamente ligada à diminuição da vasoconstrição e ao aumento da vasodilatação;

Alimentos ricos em potássio – Cenoura, feijão preto, abóbora, laranja ou banana constam da lista de alimentos recomendados no combate à hipertensão. O potássio é estimula a eliminação do sódio do organismo, responsável pela retenção de líquidos e do consequente aumento da tensão arterial. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
No distrito de Coimbra
Um teste de saúde desenvolvido por uma empresa do distrito de Coimbra pode avaliar o risco genético cardiovascular de uma...

O dispositivo médico já está certificado e vai ser aplicado num estudo, que envolve 500 pessoas, em parceria com os serviços de cardiologia A e B do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

"O teste genético é um apoio muito grande ao diagnóstico, nomeadamente nos casos de doentes de risco intermédio, já com história familiar de hipertensão e que estão próximo dos valores limites, mas que ainda não podem ser considerados hipertensos", explicou à agência Lusa a investigadora Ana Teresa Freitas.

A diretora executiva da empresa portuguesa HeartGenetics, sediada no parque de biotecnologia Biocant, em Cantanhede, considera que o teste pode ser muito vantajoso para o doente, por permitir o correto acompanhamento médico antes de se entrar "num estado de não retorno".

"A hipertensão resulta da degradação dos vasos sanguíneos e se já estiver instalada não há forma de voltar atrás, a não ser controlar com medicação. Mas se for diagnosticada antecipadamente, os profissionais de saúde podem atuar antes dos vasos sanguíneos estarem degradados", salientou Ana Teresa Freitas.

A investigadora acrescenta ainda que o teste genético pode contribuir para o controle do doente antes de se tornar hipertenso "e para que nunca desenvolva a doença, proporcionando uma redução de custos brutal para o Serviço Nacional de Saúde".

Salientando que a hipertensão arterial é um problema de saúde pública a nível mundial, Ana Teresa Freitas frisa também que o conhecimento do perfil de risco genético poderá "levar à adoção de estilos de vida mais saudáveis".

Segundo a diretora executiva da HeartGenetics, o teste foi desenvolvido entre 2013 e 2014 e obteve o certificado de dispositivo médico em 2015, podendo vir a ser comercializado em Itália, Alemanha e Brasil, após os testes que se vão realizar nos próximos meses.

Em Portugal, o dispositivo vai ser testado nos próximos 18 meses em 500 pessoas indicadas pelos serviços de cardiologia A e B dos CHUC.

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