Mais de cem ações e oito mil pessoas na edição deste ano de ‘Coimbra a brincar’
Durante dois dias, “mais de oito mil pessoas” deverão participar na quarta edição do ‘Coimbra a brincar’, cuja maior parte das mais de uma centena de ações decorrerão no Parque Verde do Mondego, em Coimbra.
Na terceira edição do evento, realizada em maio de 2015, participaram “cerca de oito mil pessoas” e “este ano prevê-se ainda mais”, disse Antonino Silvestre, presidente da APPC, entidade promotora do projeto, que conta com 57 parceiros e patrocinadores.
Com a iniciativa, a Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC) pretende “sensibilizar as pessoas para que se lembrem que podem brincar e que brincar faz bem à vida, que é uma coisa muito séria”, disse Antonino Silvestre, que falava no final do desfile de apresentação pública do programa de ‘Coimbra a brincar de 2016.
“Ao contrário dos anos anteriores, este ano decidimos sair das quatro paredes”, onde se “apresentava, em conferência de imprensa, o programa”.
“Viemos para a rua”, para divulgar a iniciativa. “O brincar não tem idade, não tem sexo, não tem raça, é de todos, é para todos”, faz “falta a todos” porque “faz bem”, sustentou Antonino Silvestre.
Para além de utentes e familiares, funcionários e voluntários da APPC participaram na "grande parada" de apresentação do programa de 'Coimbra a brincar', cerca de centena e meia de pessoas ligadas a instituições parceiras do projeto, designadamente animadores socioculturais de estabelecimentos de ensino da cidade.
A “liderar a brincadeira”, que desfilou, durante mais de uma hora, entre o Largo da Portagem e a Praça 8 de Maio, pelas ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz, na Baixa de Coimbra, estiveram os Semp’a Bombar, grupo de bombos da APCC, seguidos de diversas personagens – reais e ficcionais –, empenhados em “animar a manhã” e anunciarem, para dias 27 e 28, “Diversão para todos”, no “Parque Verde e outros locais da cidade”, porque brincar é preciso.
‘Coimbra a brincar’ é para “defender o direito de brincar”, é para promover “uma boa saúde mental”, é para ajudar “as pessoas a serem felizes” e é para gente de "todas as condições, quer sejam pessoas ditas normais ou com limitações”, sintetiza, em declarações aos jornalistas, Fátima Vilaça, da APCC.
“O brincar é muitas vezes o parente pobre na formação”, adverte a responsável, sublinhando, por outro lado, que “a profissão das crianças é brincar” e que é através da brincadeira que “elas se apropriam do mundo”.
Entre as novidades da edição deste ano de ‘Coimbra a brincar’, Fátima Vilaça refere “a participação de seniores” ou o concurso de fotografia e vídeo sobre brincadeira, aberto a todos, desde que feitos “sempre em grupo e nunca individualmente”, com prémios que podem ir de uma viagem no autocarro turístico por Coimbra até um salto de três mil metros de altitude, exemplifica.