Melanoma
O melanoma é o tipo de cancro de pele que mais mata no mundo.

A incidência dos cancros da pele têm aumentado de forma gradual ao longo dos últimos 30 anos em Portugal. Estima-se que todos os anos surgem cerca de 12 mil novos cancros da pele, dos quais 1000 serão melanoma.

O melanoma é um tipo de cancro da pele menos frequente mas também é o mais perigoso. Numa fase avançada o melanoma tem capacidade de metastizar e invadir outros órgãos.

Existem vários fatores de risco que podem estar na origem do aparecimento do melanoma cutâneo:

  • Doentes com a pele, olhos e cabelo claro que dificilmente bronzeiam.
  • Doentes com antecedentes familiares e pessoais de cancro de pele.
  • Doentes com uma exposição crónica (no trabalho ou lazer) e periódica (férias) ao sol.
  • Doentes com história de queimaduras solares na infância ou na adolescência.
  • Doentes com elevado número de "sinais" na pele.

Sinais de alerta

  • Quando um sinal surge de novo ou altera de tamanho, cor e ou forma.
  • Quando um sinal têm vários cores
  • Quando um sinal dá comichão
  • Quando um sinal fica em ferida e não cicatriza

O autoexame da pele é muito importante. O exame deverá ser feito de forma sistemática. O doente deve colocar-se à frente do espelho e examinar toda área corporal, incluindo pés e mãos.

Devemos aplicar a regra do ABCDE nos sinais o que pode ajudar a detetar o melanoma numa fase inicial:

A – Assimetria – metade do sinal não coincide com a outra metade.

B – Bordo irregular – os bordos do sinal são irregulares.

C – Cor – várias tonalidades de castanho ou preto, e por vezes avermelhados, azulados ou brancos.

D – Diâmetro – o sinal é maior do que 5mm

E – Evolução – um sinal que alterou significativamente em pouco espaço de tempo.

Tratamento
O tratamento do melanoma, apesar de depender do seu estádio, é sempre individualizado e decidido por uma equipa de vários profissionais de saúde.  Por isso, em caso de dúvidas consulte o dermtologista. Quando diagnosticado numa fase precoce a sobrevida é alta, mas numa fase avançada pode ser letal.

Como proteger a sua pele

  • Evitar a exposição solar em horas mais perigosas (entre as 11h30 e 16h30)
  • Usar vestuário e chapéu de proteção.
  • Aplicar protetor solar contra as raios UVA e UVB antes de sair de casa e reforçar de duas em duas horas.
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigadores portugueses
Um grupo de investigadores portugueses recebeu uma bolsa para estudar as necessidades psicossociais dos doentes com mieloma...

A principal preocupação "é caracterizar a amostra de doentes e cuidadores [com mieloma múltiplo], particularmente ao nível das necessidades sentidas, e compreender a influência das variedades clínicas, socio demográficas e psicológicas", relatou a coordenadora do projeto.

Com o projeto "Necessidades e Qualidade de Vida em Doentes com Mieloma Múltiplo e seus Cuidadores", Maria da Graça Pereira Alves, do Centro de Investigação em Psicologia da Universidade do Minho, ganhou a primeira bolsa da Associação Portuguesa Contra a Leucemia e Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas, no valor de oito mil euros.

"Pretendemos contribuir para criar programas de intervenção que possam promover a qualidade de vida e responder às necessidades, quer dos doentes, quer dos cuidadores", disse a investigadora, realçando que se trata do primeiro trabalho português a estudar o par doente e cuidador em simultâneo, analisando o que no paciente influencia o cuidador e o que no cuidador afeta o paciente.

Outro aspeto do estudo é "permitir informar a intervenção e o apoio prestado pelas associações portuguesas de ajuda a estes pacientes, criando projetos de apoio integrados, baseados em investigação", acrescentou Maria da Graça Pereira Alves.

Em Portugal, continuou, espera-se que existam 300 novos casos por ano desta doença, que é ainda pouco conhecida.

Um estudo realizado há dois anos concluía que cerca de um quarto dos pacientes com mieloma múltiplo tinha sintomas depressivos e de ansiedade e metade dizia necessitar de intervenção psicossocial, principalmente se fossem mais jovens e deprimidos, recordou a investigadora.

"O stress emocional é algo muito importante nestes doentes, até porque o próprio tratamento também pode provocá-lo e dai que seja importante avaliarmos estes aspetos", resumiu a especialista da Universidade do Minho.

A equipa de psicólogos clínicos e da saúde, que inclui um especialista da Universidade de Aveiro, pretende analisar o apoio social que estes doentes e os cuidadores podem ter, uma ajuda que "ameniza ou amortece o efeito do stress".

Nos cuidadores, será analisada a situação de sobrecarga pois, "muitas vezes, os cuidadores são familiares e uma doença crónica vai implicar mudanças nos papéis, nas rotinas, na estrutura familiar e nas responsabilidades", salientou.

As mulheres e os membros mais novos da família são aqueles que mais relatam não ter as suas necessidades satisfeitas.

Maria da Graça Pereira Alves agradeceu às duas associações e ao laboratório que financia a bolsa pois "sem este tipo de apoios é extraordinariamente difícil fazer investigação".

O mieloma múltiplo é uma doença maligna rara que afeta os plasmócitos - células sanguíneas da medula óssea e é o tipo mais comum de tumor das células plasmáticas, representa cerca de 1% dos tipos de cancro e cerca de 10% das doenças malignas do sangue.

Gradualmente
Os maços de tabaco com imagens chocantes, frases de alerta e o número da linha de saúde 24 que disponibiliza ajuda para deixar...

Apesar de a rotulagem começar hoje a ser usada nos maços de tabaco, foi definido um período de um ano (até 20 de maio de 2017) para escoar as embalagens antigas.

As novas regras para a venda de tabaco constam de legislação publicada em agosto em Diário da República e que entrou em vigor no início de janeiro, determinando que as embalagens de produtos de tabaco para fumar (como cigarros, tabaco de enrolar e tabaco para cachimbo de água) devem apresentar “advertências de saúde combinadas”, que incluem texto e fotografia a cores.

Algumas das opções constantes da “biblioteca de imagens” consistem em pulmões e línguas com tumores malignos, pessoas amputadas, mortas dentro de sacos ou em camas de hospital, uma mulher a cuspir sangue ou um bebé a fumar através de uma chucha.

Estas imagens são acompanhadas de frases de alerta, entre as quais “fumar provoca 9 em cada 10 cancros do pulmão”, “fumar provoca cancro da boca e da garganta”, “fumar provoca acidentes vasculares cerebrais e incapacidades”, “fumar agrava o risco de cegueira” e “os filhos de fumadores têm maior propensão para fumar”.

Além disto, passa a ser obrigatório as embalagens conterem duas advertências: “Fumar mata – deixe já” e “O fumo do tabaco contém mais de 70 substâncias causadoras de cancro”.

Ao todo, as advertências combinadas (texto e imagens) passam a ocupar 65% das embalagens, no caso dos maços de cigarros, em ambas as faces.

Está igualmente previsto arrancar hoje a linha de cessação tabágica, de acordo com a diretiva europeia que já foi transposta para a lei nacional.

A garantia foi dada no mês passado pelo diretor-geral da Saúde, no final de um encontro sobre medidas de saúde a adotar no verão, que explicou que das embalagens de tabaco vai constar a linha telefónica para a qual o fumador deve ligar para obter informações e ajuda sobre programas disponíveis para ajudar a deixar de fumar.

Infarmed
O Infarmed autorizou, no primeiro trimestre do ano, a realização de 32 ensaios clínicos, 30 dos quais promovidos pela indústria...

No final de 2015, estavam autorizados, para realização, 361 ensaios clínicos. Desde o início do ano, o Infarmed, Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, recebeu 34 pedidos, tendo autorizado 32.

O tempo médio de resposta aos pedidos recebidos no primeiro trimestre do ano foi de 35 dias úteis, mais 23 do que em 2015.

A esmagadora maioria dos pedidos recebidos pelo Infarmed, nos primeiros três meses do ano, foram feitos pela indústria farmacêutica (trinta), com os restantes quatro a partirem do meio académico e não comercial.

Em relação aos medicamentos experimentais, os mais frequentes foram os antineoplásicos e imunomoduladores (14), seguindo-se os anti-infecciosos (seis), para o sistema nervoso central (quatro) e o sistema cardiovascular (quatro), entre outros.

A propósito do Dia dos Ensaios Clínicos, que se assinala hoje, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) associou-se a uma iniciativa internacional que visa alertar para o contributo de todos os agentes que possibilitam os avanços na medicina e evidencia os benefícios económico-sociais dos ensaios clínicos.

Segundo a Agência Europeia de Medicamento (EMA), todos os anos são autorizados cerca de 4.000 ensaios clínicos no Espaço Económico Europeu (EEE).

Tal resulta do “esforço conjunto de diversas entidades de investigação globais que contribui decisivamente para a forma como tratamos doentes e curamos inúmeras patologias”, lê-se na nota da Apifarma.

Esta associação vai assinalar a efeméride com a disponibilização, no seu sítio na internet, de um conjunto de vídeos sobre o panorama e o potencial dos ensaios clínicos.

Em 2015, 91% dos ensaios clínicos realizados em Portugal foram promovidos pela indústria farmacêutica.

Aquele que é considerado o primeiro ensaio clínico da história realizou-se a 20 de maio de 1747, quando James Lind, cirurgião naval escocês, conduziu o primeiro estudo comparativo realizado em condições experimentais controladas, aplicando sumo de limão a um grupo de marinheiros que sofriam de escorbuto, o que permitiu registar os efeitos positivos da Vitamina C junto destes doentes.

Portugal já a transpôs
A nova diretiva sobre o tabaco, que a Comissão Europeia acredita que irá ajudar a reduzir o número de fumadores, entra hoje em...

A revisão da lei comunitária sobre os produtos de tabaco, que prevê o aumento de advertências de saúde nos maços, com inclusão de imagens, a proibição de aromas e a regulamentação dos cigarros eletrónicos, entre outras medidas, foi acordada em 2014 e o prazo limite para a sua transposição era 19 de maio, estando por isso todos os Estados-membros forçados a aplicá-la a partir de hoje.

Fontes comunitárias indicaram que Portugal foi um dos primeiros cinco países a transpor a diretiva para a legislação nacional (com Alemanha, Itália, Malta e Eslovénia) e, na quinta-feira, véspera da entrada em vigor da lei revista, eram dez os Estados-membros que já a haviam transposto na íntegra, enquanto diversos outros se encontravam já em “estado avançado de transposição”, esperando Bruxelas que os restantes o façam, quanto antes.

“A partir de hoje, todos os países da UE devem cumprir a diretiva sobre produtos de tabaco, que visa reduzir o número de consumidores de tabaco, com a preocupação em particular de desencorajar os jovens a começar a fumar e assegurar que os cidadãos de toda a União estão completamente cientes dos efeitos nefastos do tabaco”, comentou o comissário europeu da Saúde, Vytenis Andriukatis.

Segundo estimativas do executivo comunitário, uma redução no consumo de tabaco de apenas 2% já representaria uma poupança anual, a nível de prestação de cuidados de saúde, de aproximadamente 506 milhões de euros, para toda a UE.

Em Portugal, e já a partir de hoje, começam então a ser vendidos maços de tabaco com imagens chocantes, frases de alerta e o número da linha de saúde 24 que disponibiliza ajuda para deixar de fumar, embora a introdução destas embalagens seja gradual.

A nova rotulagem vai começar a ser usada nos maços a partir de 20 de maio, sendo no entanto estabelecido ainda um período de um ano (até 20 de maio de 2017), para escoar as embalagens antigas.

As novas regras para a venda de tabaco constam de legislação publicada em agosto, em Diário da República, que entrou em vigor no início de janeiro, determinando que as embalagens de produtos de tabaco para fumar (como cigarros, tabaco de enrolar e tabaco para cachimbo de água) devem apresentar “advertências de saúde combinadas”, que incluem texto e fotografia a cores.

Ao todo, as advertências combinadas (texto e imagens) passam a ocupar 65% das embalagens, no caso dos maços de cigarros, em ambas as faces.

No mesmo dia está previsto arrancar a linha de cessação tabágica, de acordo com a diretiva europeia que já foi transposta para a lei nacional.

A garantia foi dada no mês passado pelo diretor-geral da Saúde, Francisco George, no final de um encontro sobre medidas de saúde a adotar no verão, que explicou que, nas embalagens de tabaco, vai constar a linha telefónica para a qual o fumador deve ligar para obter informações e ajuda sobre programas disponíveis para ajudar a deixar de fumar.

Rio2016
A organização dos Jogos Olímpicos do Rio2016 anunciou a distribuição de 450 mil preservativos aos atletas presentes na...

O número estabelece assim um novo recorde de preservativos distribuídos em Jogos Olímpicos, triplicando o número de contracetivos dispensados aos atletas em Londres2012 – 150 mil.

“Distribuiremos 450 mil preservativos aos atletas a partir de 24 de julho, data da abertura da Cidade Olímpica”, declarou um porta-voz do Comité Rio2016, precisando que 150 mil dos preservativos distribuídos serão “femininos”.

“O Brasil encoraja muito as relações sexuais protegidas e os atletas são um exemplo para a população. Eles podem desempenhar um papel importante na luta contra a SIDA”, acrescentou o porta-voz.

País pioneiro na luta contra a SIDA, o Brasil disponibiliza tratamento gratuito a 730 mil portadores do vírus.

Todos os anos, o Ministério da Saúde do Brasil distribui mais de 600 milhões de preservativos, nomeadamente na época de Carnaval.

Instituto de Medicina Molecular
Um estudo de um grupo de investigadores do Instituto de Medicina Molecular, revela as potencialidades da nanotecnologia para...

Os autores do estudo, publicado na revista Nature Nanotechnology, analisaram amostras de sangue de dadores saudáveis e de dadores com insuficiência cardíaca e verificaram que, nestes últimos, o risco de virem a ter complicações cardiovasculares aumenta quando é necessária uma 'força' maior para 'descolar' uma proteína que se 'liga' aos glóbulos vermelhos, e que é também fundamental para a coagulação sanguínea.

A proteína em causa é o fibrinogénio, que, ao ligar-se aos glóbulos vermelhos, "vai tornar o fluxo sanguíneo mais viscoso", constituindo "um fator de risco cardiovascular", assinalou o investigador Nuno Santos, coordenador da equipa do Instituto de Medicina Molecular (iMM Lisboa).

Os investigadores analisaram amostras de sangue de 30 dadores saudáveis e de 30 doentes com insuficiência cardíaca, que estavam a ser seguidos no Hospital Pulido Valente, em Lisboa, e que o grupo científico acompanhou durante um ano.

Os cientistas isolaram os glóbulos vermelhos e usaram um microscópio de força atómica para medir a 'força' de ligação do fibrinogénio a estas células, também conhecidas por eritrócitos.

Verificaram que a 'força' exigida para 'arrancar' a proteína do glóbulo vermelho é maior nos doentes com insuficiência cardíaca, quando comparada com a de dadores de sangue saudáveis.

Além disso, e mais importante, de acordo com os investigadores, é que os doentes com insuficiência cardíaca que necessitavam, inicialmente, de mais 'força' para 'descolar' o fibrinogénio dos glóbulos vermelhos, tiveram, ao fim de um ano, um "risco maior de ser hospitalizados devido a complicações cardiovasculares".

Para Nuno Santos, a técnica utilizada, do domínio da nanotecnologia, a microscopia de força atómica, pode servir de auxiliar para um médico, na avaliação do risco de doenças cardiovasculares em pessoas com insuficiência cardíaca.

Falta agora saber de que forma esse risco pode ser reduzido, interferindo na ligação da proteína aos glóbulos vermelhos.

O estudo contou com a participação dos investigadores Ana Filipa Guedes e Filomena Carvalho, do iMM Lisboa, e do cardiologista Luís Sargento.

Serviço Nacional de Saúde
A Ordem dos Psicólogos Portugueses propõe a contratação, ao longo da legislatura, de mais 447 psicólogos no Serviço Nacional de...

“A nossa proposta diz que podemos conseguir ganhos em saúde muito significativos na medida em que os estudos internacionais apontam para um custo efetivo das intervenções em que por cada 75 cêntimos investidos existe um retorno de 3,74 euros”, explicou o bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP).

A contratação dos 447 especialistas implicaria um custo estimado de cerca de 24.756 milhões de euros e um retorno estimado de cerca de 123.450 milhões de euros, disse Telmo Mourinho Baptista, que falava a propósito do 2.º Encontro dos Psicólogos do Serviço Nacional de Saúde, que se realiza sexta-feira no Porto.

“O que fizemos foi demonstrar que para uma cobertura melhorada do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é necessário tentarmos chegar aos mil psicólogos, nesta legislatura. Esta diferença significa que até ao final da legislatura teríamos de tentar conseguir ter mais 400 psicólogos no SNS e que isso, dado o investimento que significa, calculado ao longo dos vários anos, poderia permitir essa poupança significativa, que pode chegar aos 120 milhões de euros”, sustentou Telmo Mourinho Baptista.

Para o bastonário, as intervenções psicológicas no SNS “são de importância vital, uma vez que permitem não só aliviar o sofrimento dos utentes”, mas também porque “contribuem para a promoção do bem-estar, mudança de comportamentos e prevenção e redução do número de consultas médicas, dias de internamento, consumo de medicamentos e absentismo laboral”.

Segundo Telmo Baptista, “a continuidade na aposta de um modelo em que o principal investimento é na resposta ao problema e que as soluções são, muitas vezes, apenas remediativas, é insustentável, sendo impossível responder e travar as crescentes necessidades dos cidadãos tanto ao nível da saúde física como psicológica no atual modelo”.

“A psicologia é precisamente uma solução, com a aposta na intervenção preventiva ou precoce, levando a uma mudança de comportamentos que evita os problemas de saúde, poupando tanto utentes como o próprio Estado, em termos de consultas, intervenções cirúrgicas e comparticipações de medicamentos”, considerou.

Por exemplo, “em Portugal, e só no que se refere a medicamentos com a diabetes, poderíamos obter uma poupança estimada anual de cerca de 63 milhões de euros, com intervenções psicológicas, através da adesão à terapêutica, reestruturação cognitiva e intervenção comportamental”, acrescentou.

Em seu entender, “o acesso aos cuidados de saúde psicológica continua muito comprometido pelo escasso número de psicólogos no SNS, em particular nos cuidados de saúde primários, onde a sua presença está amplamente justificada”.

Atualmente, “parte significativa destes profissionais passam grande parte do seu tempo a trabalhar no ‘fim da linha’, nomeadamente nos departamentos de psiquiatria e saúde mental dos hospitais. Este problema tende a agravar e cristalizar-se, o que diminui a eficiência ou a morosidade das intervenções”, referiu.

No encontro de sexta-feira será abordada a transversalidade do trabalho dos psicólogos e o seu contributo para a sustentabilidade do SNS, para o bem-estar físico, social e psicológico dos cidadãos e para o desenvolvimento económico da sociedade, nomeadamente a resposta que os psicólogos oferecem na emergência médica e na área das dependências e cuidados continuados/paliativos.

Em Bruxelas
O comité de peritos da União Europeia responsável por discutir a renovação da licença para a utilização de glifosato em...

Um porta-voz da Comissão Europeia explicou que o comité, no qual estão representados os 28 Estados-membros, reuniu-se na quarta-feira e hoje, em Bruxelas, mas “uma vez que era óbvio que não havia uma maioria qualificada”, não foi realizada sequer votação, até porque o executivo comunitário “já deixara claro que não seria possível prosseguir sem uma maioria qualificada sólida de Estados-membros”.

“A Comissão vai refletir no desfecho da discussão. Se não for tomada qualquer decisão até 30 de junho, o glifosato deixará de ser autorizado na UE, e os Estados-membros terão de retirar as autorizações a todos os produtos à base de glifosato”, acrescentou.

Na terça-feira, o ministro da Agricultura indicou em Bruxelas que Portugal deveria manter a posição de abstenção quanto à análise da Comissão Europeia sobre o uso de glifosato, um produto para eliminar ervas daninhas.

Em causa está a proposta do executivo comunitário de utilizar o glifosato por mais nove anos, mas sem alguns dos co-formulantes considerados cancerígenos.

Aos jornalistas portugueses, Capoulas Santos justificou a abstenção indicando que os "dados científicos são contraditórios" e citou o estudo da Organização Mundial de Saúde divulgado na quarta-feira que "relativiza os riscos do glifosato".

O governante lembrou ainda que há "quatro ou cinco dias atrás" Portugal proibiu o componente taloamina.

Em Portugal, uma petição a favor da proibição do herbicida já reuniu 15 mil assinaturas.

Doença crónica
De causa desconhecida a Doença Inflamatória Intestinal resulta da resposta imune desregulada do orga

Inês Lopes tinha 22 anos quando foi diagnosticada com uma Colite Ulcerosa, uma doença Inflamatória Intestinal crónica da qual nunca tinha ouvido falar.  “Confesso que depois de saber o que era, e apesar de saber que teria de lidar com esta doença para o resto da minha vida, me senti  muito mais aliviada”, refere.

“Eu era uma miúda. Estava na Universidade, a estudar arquitetura, e com 22 anos nunca me passou pela cabeça ter uma doença crónica”, acrescenta. “No entanto, este diagnóstico fez-me, por um lado, respirar de alívio”, admitindo que, enquanto andou de médico para médico em busca de um diagnóstico, pensou tratar-se de cancro.

“Eu comecei por ter algumas cólicas que se foram tornando cada vez mais frequentes. E, eu que até nem era muito regular do meu trânsito intestinal, comecei a ir à casa de banho todos os dias, várias vezes por dia”, explica a jovem.

Em pouco mais de um mês já tinha perdido cerca de 10 quilos, apresentava perda de apetite, febre e dejeções com sangue e muco.

“A dada altura eu comecei a achar que nada daquilo era normal. E fiquei assustadíssima a primeira vez que as fezes apresentaram sangue”, admite.

“O meu médico de família assustou-me mais ainda. Falou da possibilidade de ser cancro... e eu era tão nova...”, explica.

Enquanto esperou por uma colonoscopia, consultou outro médico que lhe falou da possibilidade de se tratar de uma infeção. “Cada um dizia uma coisa e eu lá fazia mais análises e mais exames... até que falaram à minha mãe de um gastrenterologista que era muito bom. Hoje costumo dizer que se não fosse esse médico se calhar não estaria cá para contar esta história”, desabafa.

Inês confessa que foi “aterrorizada” realizar o exame de diagnóstico. “A palavra colonoscopia ainda hoje me assusta”, admite. “Mas não custou nada e ao fim de uns dias tinha o resultado da biopsia – eu sofria de colite ulcerosa, não era cancro. Foi um alívio”, diz.

De acordo com Sandra Faias, coordenadora do Serviço de Gastrenterologia do Hospital Lusíadas, em Lisboa, a Colite Ulcerosa é uma das patologias que enquadram a Doença Inflamatória Intestinal, que envolve o reto e o intestino grosso, e apenas a mucosa e submucosa deste órgão.

Estima-se que, todos os anos, surjam cerca de 200 novos casos da doença no País.

“Geralmente manifesta-se por hematoquésias (sangue nas fezes), diarreia, dores abdominais e emagrecimento. Pode haver febre, dores articulares, cansaço”, explica Sandra Faias.

“O diagnóstico é feito com uma conjugação de dados obtidos por vários meios de diagnóstico, nomeadamente análises de sangue (anemia, leucocitose, PCR elevada), exames culturais das fezes (para excluir infeção bacteriana, parasita e clostridium), colonoscopia com visualização da mucosa e biópsias da mucosa”, acrescenta.

Sabe-se que em 25 por cento dos casos a doença está limitada ao reto e em 10 por cento atinge todo o colón. “Nos restantes atinge o cólon numa extensão variável”, refere a especialista.

De acordo com a gastrenterologista, a Doença Inflamatória Intestinal (que inclui Colite Ulcerosa e a doença de Crohn) tem causa desconhecida. “No entanto, sabemos que corresponde a uma resposta imune desregulada do indivíduo e uma resposta alterada à microflora intestinal. O resultado final é disrupção da mucosa intestinal e inflamação aguda e crónica simultânea da mucosa “, explica.

“A incidência é idêntica em homens e mulheres. A idade de diagnóstico maioritária é entre os 15 e os 40 anos, em forma de sino, com pico pelos 20 anos. 10 por cento dos doentes têm menos de 18 anos e há um segundo pico de diagnóstico entre os 55 e os 65 anos”, refere ainda a especialista.

Segundo os dados disponíveis, é possivel observar um aumento da incidência da Doença Inflamatória Intestinal, sobretudo nas áreas urbanas e nos países mais frios.

De um modo geral, os doentes com DII “têm um aumento de mortalidade em relação à população em geral, sendo a mortalidade devida à própria doença, infeções, doença pulmonar obstrutiva crónica. Têm um aumento dos tumores digestivos, o que implica, na colite ulcerosa, realizar colonoscopias de vigilância com intervalos entre um a dois anos, ao completar 10 anos de diagnóstico da doença”, refere Sandra Faias.

“Além disso os sintomas da doença, os efeitos secundários da medicação – nomeadamente os corticóides – condicionam a qualidade de vida dos doentes”, afirma.

Inês passou a ser medicada e rapidamente a sua qualidade de vida melhorou. “Não precisei de tomar corticoides orais, fiz apenas os enemas durante as primeiras semanas de tratamento. E melhorei substancialmente assim que o comecei a fazer”, recorda após 10 anos de diagnóstico.

“No entanto admito que não foi fácil saber que teria de lidar com uma doença para o resto da vida. Eu queria ficar boa, mas não queria tomar medicação para sempre, sentir-me condicionada. Tive uma fase de negação, de revolta, na verdade...”, confessa. “Óbvio que me assustavam as consequências: a possibilidade de ter uma recaída e as lesões estenderem-se pelo intestino, e na pior das hipóteses ter de me sujeitar a uma cirurgia, a uma ostomia...”, acrescenta.

No entanto, ao fim de um ano a doença entrou em remissão até aos dias de hoje. “Já fiz mais duas colonoscopias. Uma ao fim de um ano, que por coincidência desencadeou uma pequena crise, e outra passados estes 10 anos, e está tudo bem”, conta.

“Hoje em dia já não tomo medicação. Sou acompanhada pela consulta da DII e a dada altura o médico quis ver como me daria sem tomar os medicamentos. Na realidade, parece que já não preciso deles e espero continuar assim”, diz.

Sandra Silva teve um percurso inicial, em tudo idêntico ao de Inês, mas com um diagnóstico distinto: Doença de Crohn. “Comecei por ter dores abdominais, perda de apetite, vómitos, e só depois veio a diarreia”, começa por contar.

“Eu ia fazer 20 anos quando adoeci. De início, os médicos achavam que não era nada de mais. Associavam os primeiros sintomas ao stress da entrada na Universidade, a alguma instabilidade emocional que estava a viver na altura”, recorda.

“No entanto, os sintomas foram aumentando e foram-me debilitando cada vez mais. Cheguei a ter anemia e a dada altura, os médicos tomaram a decisam de me internar. Penso que suspeitaram poder tratar-se de uma bactéria que se teria alojado no fígado”,  acrescenta.

Seguiram-se vários exames, muitos inconclusivos até que se apresentou a possilidade de se tratar de uma doença inflamatória do intestino. “Eu fui toda picada, fiz vários exames até ter surgido esta possibilidade. E claro está, assim que fiz os exames adequados foi-me diagnosticada uma doença de Crohn que já estava a afetar outros órgãos do aparelho digestivo, nomeadamente o fígado”, conta.

De acordo com a especialista Sandra Faias, “a doença de Crohn é uma doença inflamatória crónica do intestino, que pode envolver qualquer segmento do tudo digestivo, desde a boca até ao ânus”.

“Tem três formas de apresentação distintas (os médicos chamam-lhe fenótipos): inflamatória, estenosante e fistulizante. Geralmente a inflamação é transmural. A doença localiza-se no cólon e ileon (em 35 por cento dos doentes), só no colón (30 por cento dos casos), só no intestino delgado (28 por cento) ou no estômago e duodeno (5 por cento)”, explica.

A doença de Crohn pode manifestar-se por dor abdominal, diarreia, obstipação, emagrecimento, perde de sangue nas fezes. “Náuseas e vómitos são a manifestação na localização gástrica e duodenal. Pode ainda ter manifestações extra-intestinais na pele, oculares, articulares ou no fígado”, acrescenta a médica.

Depois do diagnóstico, e devidamente medicada, Sandra Silva, apresentou melhorias significativas. “Tomei corticoides, aminosalicilatos e antibióticos, mas cheguei a ter várias crises ao longo dos primeiros três anos após diagnóstico”, refere.

“Foi um período conturbado e as pessoas não imaginam as limitações que temos. Esta não é uma doença que se veja no rosto, embora possamos ter um ar cansado ou possamos perder algum peso. Há dias em que as tarefas mais simples do dia-a-dia se tornam compicadas de realizar. Eu, por exemplo, tinha muitas dores nas articulações, e não conseguia agrafar papéis”, recorda.

Hoje em dia, continua a ser seguida por um especialista e a fazer medicação. “Continuo medicada e a ter alguns cuidados. Passei a praticar desporto e a fazer uma alimentação vegetariana”, afiança a jovem.

No capítulo dos cuidados a ter, a gastrenterologista Sandra Faias, defende que um dos principais é deixar de fumar. “Sendo uma doença crónica e adquirida em idade jovem é importante que os doentes estejam informados sobre a doença, o seu tratamento e prognóstico. Isto é importante para adesão ao tratamento e às colonoscopias de rastreio de neoplasia do colón após tempo prolongado da doença”, explica.

Quanto à alimentação refere que não há estudos que demonstrem que esta altere a atividade inflamatória da doença. “Os doentes são aconselhados a reduzir a ingestão de fibras – frutas e vegetais – quando a doença está ativa pois isto reduz os sintomas da doença, nomeadamente, a diarreia”, acrescenta.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alerta
A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alerta para a importância da deteção precoce dos problemas visuais nas crianças,...

Uma grande percentagem de crianças apresenta défices da função visual, como os erros refrativos (miopia, hipermetropia e astigmatismo), a ambliopia e o estrabismo. Numa primeira observação, o oftalmologista poderá detetar problemas de visão que passam despercebidos aos pais e que poderão ter vários efeitos negativos na vida das crianças, a começar pelo aproveitamento escolar e as suas capacidades de aprendizagem.

Pedro Menéres, membro da Direção da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), afirma que nos primeiros anos muitas crianças não se queixam de qualquer dificuldade. “Se um olho vê bem e o outro é amblíope, tudo pode passar despercebido até à realização de uma avaliação da visão e da graduação que deve sempre ser realizada pelo oftalmologista ou sob a sua supervisão. Uma criança apenas com um olho bom, como pode não ter qualquer limitação visual, pode não dar qualquer sinal de alerta”, refere o médico especialista. “Do ponto de vista médico, o ideal é rastrear precocemente. Por isso a SPO está a colaborar com o Ministério da Saúde e a Ordem dos Médicos na criação de um programa de rastreio a realizar aos 2 anos nos cuidados de saúde primários do SNS. Para quem não realizou rastreios mais cedo é fundamental realizar uma observação oftalmológica entre os 3 e os 4 anos, pois a criança colabora na avaliação com qualidade e conseguimos recuperar a maioria dos olhos amblíopes, também conhecidos por olhos preguiçosos”.

Pedro Menéres explica ainda que “ver bem de um olho e mal do outro pode ser uma situação que passa despercebida e ser só percetível a partir dos 6, 7 anos. Contudo, se for diagnosticado apenas nessa idade o seu tratamento é complicado, já não sendo possível reverter essa situação e em muitas crianças recuperar a visão na sua totalidade. Se não ocorreu diagnóstico mais precoce, o período entre os 3 e os 4 anos é crítico para conseguirmos tratar os problemas de visão de ambliopia que surjam na criança, pois é o período em que o cérebro está a processar se vai aproveitar ao máximo a visão e onde o Oftalmologista pode influenciar se houver necessidade disso. Felizmente na maioria das vezes não há, por isso poderá ser uma observação simples para muitas famílias, mas salvará a visão de muitas crianças através de tratamentos económicos e acessíveis”.

Os educadores, pais e outros familiares devem estar atentos. A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia lembra alguns sintomas que não podem ser ignorados e que devem levar os pais a procurar um oftalmologista, independentemente dos rastreios e consultas:

- Aproximar-se em demasia e constantemente (por exemplo de um televisor) pode ser um sinal;
- Fechar ou tapar um dos olhos;
- Vontade de esfregar os olhos;
- Dores de cabeça;
- Olhos vermelhos ou lacrimejantes, em especial ao final do dia;
- Estrabismo ou fotofobia (dificuldade em suportar a luz).

A presidente da SPO, Maria João Quadrado, também recomenda a realização de rastreios visuais o mais cedo possível dando a máxima atenção aos mais novos, conforme merecem. 

Estudos indicam
O Transtorno de Défice de Atenção e Hiperatividade é amplamente considerado uma condição que afeta crianças, mas algumas...

Os estudos sugerem que o início tardio do Transtorno de Défice de Atenção e Hiperatividade (TDAH) pode ser uma desordem própria e distinta, já que muitos adultos diagnosticados com o problema não tiveram o transtorno durante a infância, escreve o Sapo.

Além disso, no caso dos adultos diagnosticados com TDAH, os sintomas de falta de atenção, hiperatividade e impulsividade eram, em geral, mais severos do que os observados em crianças e tendiam a vir acompanhados de acidentes de viação e comportamentos criminosos, dizem os investigadores.

"A nossa investigação traz novos esclarecimentos sobre o desenvolvimento e o início do TDAH, mas também levanta muitas questões sobre o TDAH após a infância", disse a coautora de um dos estudos, Louise Arseneault, professora na universidade King's College, de Londres.

Estima-se que cerca de 4% dos adultos tenham TDAH. Segundo o critério para o diagnóstico clínico, o TDAH manifesta-se quando uma criança com menos de 12 anos mostra pelo menos seis tipos de comportamentos desatentos, ou impulsivos, que interferem com o seu desenvolvimento durante seis meses consecutivos.

No estudo britânico, com mais de 2.000 gémeos, 166 indivíduos foram considerados portadores de TDAH adulto, e 68% deles "não preencheram os critérios para TDAH em nenhuma avaliação na infância".

A investigação determinou o TDAH em crianças com base em depoimentos de mães e professores, recolhidos aos 5, 7, 10 e 12 anos de idade dos menores.

Para os adultos, que tinham entre 18 e 19 anos quando estudados, o diagnóstico era feito a partir de uma entrevista.

TDAH na infância mais comum em meninos
Segundo o estudo, o TDAH adulto com início na infância e o TDAH adulto com início tardio podem ter causas diferentes. Ao analisar os dados dos gémeos, os cientistas também descobriram que o TDAH adulto era menos provável de ocorrer na mesma família do que o TDAH na infância, e que aparecia quase com a mesma frequência em homens e mulheres - ao contrário do TDAH na infância, mais comum em meninos.

"Descobrimos que aqueles com TDAH de início tardio apresentam elevados índices de ansiedade, depressão e dependência de drogas e álcool", acrescenta o estudo.

O estudo do Brasil, que acompanhou mais de 5.000 pessoas a partir de 1993, observou que poucos adultos (12%) com TDAH foram diagnosticados com a patologia na infância, e que poucas crianças diagnosticadas com TDAH (17%) continuaram a ter a síndrome na vida adulta.

Isso sugere "a existência de duas síndromes que têm trajetórias de desenvolvimento distintas", afirma o estudo.

Aqueles que foram diagnosticados com TDAH de início tardio mostraram "sintomas mais fortes e outros distúrbios de saúde mental", relata a investigação.

Um editorial que acompanha a publicação, assinado por Stephen Faraone, da SUNY Upstate Medical University, em Nova Iorque, e Joseph Biederman, da Harvard Medical School, em Massachusetts, classificou as conclusões como interessantes, mas "prematuras".

Os diagnósticos de TDAH em adultos jovens derivaram de sintomas autorrelatados, que são "menos confiáveis" do que os relatos de pais e professores, comentaram Faraone e Biederman.

"Os adultos nos estudos do Brasil e do Reino Unido tinham entre 18 e 19 anos. Essa é uma fatia muito pequena da vida adulta para tirar conclusões definitivas", avalia o texto.

Este ano
A Quercus listou este ano 382 praias com classificação Qualidade de Ouro, mais 68 do que em 2016, com o concelho de Albufeira a...

"Este ano, foram distinguidas 382 praias com Qualidade de Ouro, 338 zonas balneares costeiras, 36 interiores e oito de transição", refere uma informação da página da Quercus.

Pela primeira vez, será hasteada oficialmente a Bandeira "Qualidade de Ouro" na praia da Formosa, na ilha de Santa Maria, Açores, acrescenta. Do total de praias identificado pela Quercus, escreve o Sapo, 321 praias situam-se em Portugal continental, 41 na região autónoma dos Açores e 20 na Madeira. Este ano a lista tem mais 57 praias costeiras, 10 interiores e três de transição.

Na comparação com 2015, perdem o galardão duas praias fluviais e três costeiras, como as praias de D. Ana, em Lagos, e da Leirosa, na Figueira da Foz, devido à nova regra referente à "existência de eventuais atentados ambientais ou paisagísticos nas praias", explica a Quercus.

O concelho com maior número de praias com qualidade de ouro é Albufeira (22 zonas balneares), seguido de Vila Nova de Gaia (18), Almada (16), Torres Vedras e Vila do Bispo (12).

Entre as praias costeiras consideradas excelentes em Albufeira estão a de Arrifes, Castelo, Galé, Oura, Maria Luísa, Salgados ou Santa Eulália, enquanto no grupo das zonas balneares de Almada se encontram Castelo, Santo António, Fonte da Telha, Rainha, Rei, Riviera ou S. João da Caparica.

Já em Cascais, que tem 10 praias classificadas, foram escolhidas as do Abano, Avencas, Carcavelos, Guincho, S.Pedro do Estoril ou Tamariz, e em Grândola, com o mesmo número de excelentes, estão listadas Atlântica, Carvalhal, Comporta, Galé-Fontainhas, Melides ou três praias de Tróia - Bico das Lulas, Galé e Mar.

No concelho de Lagoa, a Quercus classificou nove praias, incluindo Carvalho e Sra da Rocha, em Loulé foram 10, como Ancão, Quarteira, Quinta do Lago e Vale de Lobo, e em Matosinhos nove zonas balneares, como Aterro, Leça da Palmeira, Pedroas Brancas ou Senhora Boa Nova.

Torres Vedras tem 12 praias na lista, incluindo Amanhã (Santa Cruz), Formosa, Navio, Porto Novo ou Santa Helena, e Viana do Castelo tem nove, entre as quais Afife, Amorosa ou Carreço.

Entre as 12 classificações em Vila do Bispo estão a Boca do Rio, Burgau, Castelejo, Cordoama, Ingrina, Mareta ou Martinhal, e nas 18 de Vila Nova de Gaia encontram-se, entre outras, Francelos, Aguda, Madalena, Miramar ou Salgueiros.

No grupo de excelentes de águas interiores estão os concelhos de Arganil, Macedo de Cavaleiros, Pampilhosa da Serra, Tomar, Vila de Rei e Vinhais, todos com duas praias classificadas.

Esta distinção classifica as zonas balneares que apresentam melhores resultados em vários critérios, como qualidade da água "excelente" nas cinco últimas épocas balneares ou resultados melhores do que um valor indicativo da diretiva comunitária sobre esta matéria, para as bactérias esterococos intestinais e escherichia coli.

A avaliação efetuada pela Quercus baseia-se em dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e não inclui as águas balneares cuja classificação abranja menos de cinco anos, as que só recentemente tiveram os problemas de poluição resolvidos ou aquelas onde se tenha verificado, na última época balnear, uma análise de qualidade inferior à estabelecida como mínimo, explica a associação.

Agência espacial europeia revela
As concentrações de metano e dióxido de carbono, gases com "efeito de estufa", na atmosfera, continuam a aumentar,...

Segundo um comunicado da ESA, os níveis de metano "mantiveram-se mais ou menos contantes até 2007", altura em que começaram a crescer "cerca de 0,3% por ano".

Os de dióxido de carbono "continuam a aumentar cerca de 0,5% por ano". Os resultados baseiam-se em dados dos satélites europeu Envisat e japonês GoSat, recolhidos entre 2003 e 2014, escreve o Sapo.

As agências norte-americanas NASA e National Oceanic and Atmospheric Administration indicam que os recordes de altas temperaturas têm sido sucessivamente quebrados. Abril foi o sétimo mês consecutivo com as temperaturas mais elevadas de sempre.

Os cientistas atribuem o aumento recente do metano à atividade agrícola e aos combustíveis fósseis (carvão mineral, gás natural, petróleo).

Os dados revelam elevadas concentrações de metano na Índia e na China, em agosto e setembro, uma vez que pântanos e arrozais são "uma das principais fontes" de emissão deste gás, sendo as emissões "maiores se o clima for quente e húmido".

De acordo com a ESA, o dióxido de carbono "apresenta flutuações sazonais semelhantes, embora com concentrações máximas no início da estação, em latitudes setentrionais".

"Atualmente, as plantas captam cerca de 25% do dióxido de carbono que emitimos, e, sem isto, os níveis e as consequências seriam muito maiores", assinalou, citado na nota da ESA, o investigador Michael Buchwitz, do Instituto de Física Ambiental, da Universidade de Bremen, na Alemanha.

O especialista, que lidera um projeto sobre gases que promovem o aquecimento terrestre, da agência espacial europeia, lembrou que continua a ser uma incógnita a forma como as plantas "irão responder a uma mudança climática".

Inspeção do Infarmed
Um ineficaz controlo de prazos de medicamentos e falhas no circuito de estupefacientes e psicotrópicos são algumas das...

A ação, que vai decorrer durante este ano, abrange 31 hospitais, dos quais 24 públicos.

Até ao momento foram avaliadas 10 unidades, tendo sido detetadas variadas irregularidades.

Ao nível dos circuitos dos medicamentos nas próprias instituições foi identificado um ineficaz controlo de prazos de validade (essencialmente nos serviços clínicos), um circuito de estupefacientes/psicotrópicos com falhas (em termos de registos) e a inexistência de auditorias ao circuito de hemoderivados.

De acordo com o Infarmed, foram encontrados procedimentos inexistentes ou desatualizados no sistema de gestão de qualidade, os quais “não refletem as atividades desenvolvidas pelos serviços”, bem como “registos das atividades incompletos”.

A inexistência de aparelhos de verificação de temperatura e humidade relativa (essencialmente nos serviços clínicos) foi outra irregularidade detetada na monitorização das condições ambientais dos medicamentos e produtos de saúde.

Em relação à preparação de medicação, os técnicos do Infarmed identificaram o incumprimento de requisitos técnicos, humanos e documentais, em especial na farmacotecnia.

Na dispensa ao público de medicamentos em regime de ambulatório as falhas passaram pela venda de medicamentos não enquadráveis no regime legal em vigor e a dispensa a título gratuito de medicamentos não previstos em diplomas legais ou sem a autorização prévia da respetiva administração.

A dispensa de medicamentos com base em prescrição manual, a ausência de assinatura do utente ou seu representante no documento comprovativo do levantamento da medicação e a ausência de verificação ou registo da identificação de representantes de doentes aquando do levantamento da medicação foram igualmente verificados.

Segundo o Infarmed, as não conformidades são classificadas como críticas, maiores e outras.

As entidades onde forem detetadas não conformidades críticas têm 48 horas para enviar um plano com medidas corretivas ou comunicar as correções feitas. Esse prazo é de 10 dias no caso das não conformidades maiores e outras.

Estudo
A resistência aos antibióticos poderá vir a matar em 2050 mais dez milhões de pessoas por ano face ao que acontece atualmente,...

Nomeado pelo Governo britânico para conduzir este relatório sobre a resistência aos antibióticos, o economista Jim O’Neill sublinhou a necessidade de ações urgentes para evitar que a medicina preventiva regresse à Idade Média.

“É preciso que isso se torne uma prioridade para todos os chefes de Estado”, afirmou O’Neill, citado pela agência France Presse, ao propor uma bateria de medidas a implementar.

O relatório apela à mudança drástica na maneira de utilizar os antibióticos, cujo consumo excessivo e má utilização favorece a resistência das “super-bactérias”.

O estudo preconiza o lançamento de uma vasta campanha de sensibilização do público, largamente “ignorante” dos riscos. Defende ainda a criação de um fundo de investigação de dois mil milhões de dólares; a forte redução da utilização de antibióticos durante a fase de crescimento; ou ainda premiar com mil milhões de dólares o laboratório que desenvolver uma nova família de fármacos que substituam os antibióticos de forma eficaz.

“É preciso parar de tomar antibióticos como rebuçados”, insistiu Jim O’Neill.

Desde o lançamento do estudo, em meados de 2014, mais de um milhão de pessoas morreram em resultado de infeções relacionadas com a resistência aos antibióticos, sublinha o relatório.

No relatório estima-se que este balanço pode crescer muito, ao ritmo de mais 10 milhões de mortes por ano até 2050, ou seja, mais pessoas do que o cancro mata hoje, e custar até 100 biliões de dólares à economia mundial.

A eficácia decrescente dos antibióticos preocupa fortemente a comunidade científica.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu em novembro que o fenómeno representa um “imenso perigo” e que, se nada for feito, o planeta caminha para uma “era pós-antibiótica, na qual as infeções atuais podem recomeçar a matar”.

A resistência aos antibióticos, também chamada antibioresistência, acontece quando uma bactéria evolui e se torna resistente aos antibióticos utilizados para tratar as infeções.

Organização Mundial da Saúde
Portugal surge como um dos dez países com maior consumo de álcool per capita do mundo, segundo dados de 2015 revelados por um...

O documento mostra que, no ano passado, foram consumidos o equivalente a uma média de 12,5 litros de álcool puro per capita em Portugal, que surge exatamente na mesma posição da Eslováquia, ambos no oitavo lugar entre os maiores consumidores da região europeia considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e que abrange 50 países.

Estes valores têm tido variações ligeiras em anos anteriores, mas Portugal tem surgido em posição semelhante comparativamente com os outros países. Em termos mundiais situa-se entre os dez maiores consumidores por pessoa.

A liderar a tabela da OMS está a Moldávia, com um consumo equivalente a 17,4 litros de álcool per capita, seguida da Bielorrússia, Lituânia, Rússia, República Checa, Sérvia e Roménia. Surge depois a Austrália, com 12,6 litros per capita, logo seguida de Portugal e da Eslováquia.

O relatório lembra dados de 2012 que mostram que 3,3 milhões de mortes em todo o mundo foram atribuíveis ao consumo de álcool, quase seis por cento de toda a mortalidade.

Em relação à prevalência do consumo de tabaco a partir dos 15 anos, com dados de 2015, Portugal aparece a meio da tabela dos países da região europeia, claramente com os homens a apresentar maior prevalência do que as mulheres.

Organização Mundial da Saúde
Portugal está no grupo de 29 países do mundo com uma esperança média de vida de 80 anos ou mais, segundo um relatório da...

O Japão é, com uma média de 83,7 anos, o país do mundo com maior esperança média de vida, logo seguido pela Suíça, com 83,4 anos. Na região europeia, mantêm também esperanças médias de vida acima dos 82 anos a Espanha, Itália, Islândia, Israel, França e Suécia, enquanto o Luxemburgo figura com 82 anos exatos.

Segundo a lista da Organização Mundial da Saúde (OMS), com base em dados de 2015, na zona do Pacífico, além do Japão há mais três países com esperança média de vida acima dos 82 anos: Singapura, Austrália e a Coreia do Sul.

Portugal surge com uma esperança média de vida de 81,1 anos, em décimo terceiro lugar na tabela europeia, ao mesmo nível da Finlândia e da Bélgica e à frente de países como a Alemanha, a Dinamarca ou a Grécia.

Na tabela de 50 países da zona europeia assumida pela OMS, a Suíça lidera a esperança de vida para o conjunto dos dois sexos, com 83,4 anos, seguida de Espanha (82,8) e de Itália (82,7). No fim da tabela está o Turquemenistão (com 66,3 anos) e o Uzbequistão (69,4 anos).

A esperança média de vida global, em todo o mundo, foi em 2015 de 71,4 anos. De uma forma geral, em todos os países, e em todas as regiões no seu conjunto, as mulheres vivem mais que os homens, com uma esperança média mundial de 73,8 anos, enquanto os homens se ficam pelos 69,1 anos.

O relatório da OMS salienta que ainda há 22 países no mundo onde a esperança de vida fica abaixo dos 60 anos, todos eles situados na África subsaariana.

Globalmente, a esperança de vida quando atingidos os 60 anos tem crescido continuamente, passando de 18,7 anos em 2000 para 20,4 anos em 2015.

Quanto à mortalidade materna, definida pelo número de mães que morrem por cada 100 mil nascimentos, foi estimada globalmente, no passado, em 216 , o que faz com que 830 mulheres morram no mundo a cada dia devido a complicações da gravidez e do parto.

“Quase todas essas mortes ocorreram em ambientes com poucos recursos e a maioria poderia ter sido evitada”, refere o documento da OMS.

A região africana lidera as cifras de mortes maternas, com a Serra Leoa a ter os piores níveis (1.360 em 100 mil). Na Europa, Finlândia, Grécia, Islândia e Polónia são os países com melhor classificação, com uma taxa de três mortes maternas por cada 100 mil nascimentos. Portugal surge sensivelmente a meio da tabela, com 10 em cada 100 mil.

Relativamente à mortalidade infantil, a OMS aponta para que 5,9 milhões de crianças com menos de cinco anos tenham morrido no ano de 2015, com um ratio de 42,5 mortes por cada 100 mil nascimentos. Cerca de 45% dessas mortes ocorreram em recém-nascidos, com uma mortalidade neonatal de 19 por 100 mil nascidos.

Na região europeia, a esmagadora maioria dos países tem níveis de mortalidade infantil abaixo dos 10 por 100 mil nascimentos, com o Luxemburgo a apresentar a melhor taxa (1,9), seguido da Islândia (2,0) e da Finlândia (2,3). Portugal situa-se no grupo dos 20 países da região com melhores indicadores, com 3,6 mortes abaixo dos cinco anos por 100 mil crianças nascidas, à frente de outros países do sul como Espanha (4,1) , France (4,3) e Grécia (4,6).

Organização Mundial de Saúde
A esperança média de vida aumentou cinco anos entre 2000 e 2015, o crescimento mais rápido desde os anos 1960, mas o mundo...

A edição deste ano das Estatísticas Mundiais de Saúde, publicadas anualmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 2005, conclui que a esperança média de vida de uma criança nascida em 2015 era de 71,4 anos (73,8 para as mulheres e 69,1 para os homens), mais cinco anos do que em 2000.

No entanto, as perspetivas dependem muito do local onde essa criança nasceu: Se for uma menina e tiver nascido no Japão, pode esperar viver até aos 86,8 anos (a mais alta esperança média de vida), mas se for um rapaz na Serra Leoa o mais provável é viver apenas 49,3 anos (a mais baixa).

"O mundo fez grandes avanços na redução do sofrimento desnecessário e das mortes prematuras provocadas por doenças que podem ser prevenidas e tratadas, mas os ganhos têm sido desiguais", disse a diretora-geral da OMS, citada num comunicado da organização.

Margaret Chan defende que se ajude os países a trabalharem para alcançar a cobertura universal de saúde baseada em fortes serviços primários: "É o melhor que podemos fazer para garantir que ninguém fica para trás".

Segundo as estimativas da OMS, que reúnem dados de 194 países relativos a uma série de indicadores, nomeadamente mortalidade, doenças e sistema de saúde, o aumento da esperança média de vida registado desde 2000 representa uma inversão face ao declínio que se verificara nos anos 1990, particularmente em África, devido à epidemia de Sida, e na Europa de Leste, com o colapso da União Soviética.

O aumento deve-se sobretudo ao continente africano, onde as melhorias na sobrevivência infantil, os progressos no controlo da malária e o aumento do acesso aos antirretrovirais permitiram esticar a esperança média de vida em 9,4 anos.

Hoje, em média, um africano pode esperar viver 60 anos.

Mas há 22 países da áfrica subsaariana - entre os quais Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Guiné Equatorial - que não atingem sequer esse limiar.

No extremo oposto, há 29 países, todos eles de alto rendimento, e entre os quais se encontra Portugal, que têm uma esperança média de vida igual ou superior a 80 anos.

Um outro indicador é a esperança de vida saudável, uma medida do número de anos com saúde que um recém-nascido em 2015 pode esperar ter.

Segundo as estimativas da OMS. a esperança média de vida saudável é de 63,1 anos a nível global, (64,6 anos para as mulheres e 61,5 anos para os homens).

Em geral, a esperança de vida saudável é em média 11,7% mais curta do que a esperança média de vida, mas a diferença entre países varia entre 9,3% e 14,7%.

O relatório deste ano foca-se também nas metas para a saúde definidos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável adotados em 2015 pela Assembleia Mundial de Saúde, apontando falhas importantes nos indicadores, que terão de ser preenchidas para se conseguir avaliar o progresso alcançado.

Por exemplo, cerca de 53% das mortes a nível mundial não são registadas, embora vários países, incluindo o Brasil, a China, o Irão, a África do Sul e a Turquia, tenham feito progressos nesta área.

Entre outras conclusões, o relatório deste ano estima em 5,9 milhões o número de crianças que morre antes dos cinco anos e em 303 mil o número de mulheres que morrem devido a complicações com a gravidez ou o parto.

Cerca de 156 milhões de crianças com menos de cinco anos têm baixa estatura e 42 milhões sofrem de excesso de peso.

Todos os anos, dois milhões de pessoas são infetadas com o VIH e 9,6 milhões desenvolvem tuberculose.

O número anual de casos de malária é de 214 milhões e 1,7 mil milhões de pessoas precisam de tratamento para doenças tropicais negligenciadas.

Em Espanha
Médicos espanhóis estão preocupados com uma nova prática sexual que representa um comportamento de risco, mas que está a ganhar...

Os médicos em Espanha estão preocupados com uma nova prática sexual que tem ganhado popularidade entre os jovens: a roleta sexual. A prática pressupõe uma festa onde os participantes – normalmente do sexo masculino – fazem orgias sem utilizar proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis. Entre os participantes tem de estar um indivíduo portador do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). Esse participante não pode ser previamente identificado pelos outros, escreve o Observador.

Os participantes nestas práticas sexuais vão trocando de parceiros, sempre sem saber quem é a pessoa portadora do VIH. Os especialistas explicam que estas festas normalmente são organizadas por pessoas com algum dinheiro e são abertas a todos os participantes. A terapeuta psicossexual Kate Morley afirmou à HelloU que a prática é interessante para os jovens já que combina “o orgasmo com o aumento da adrenalina”.

O conceito inspirou-se no conceito da Roleta Russa, um jogo de apostas em que o ‘jogador’ coloca uma única bala num revólver, roda o cilindro, encosta o cano à cabeça e prime o gatilho. Num revolver com capacidade para seis balas, quem prime o gatilho tem uma em seis hipóteses de se auto balear. Esta prática ter-se-á iniciado na Rússia, durante o século XIX.

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