Check-Up
As estações ferroviárias de Cais do Sodré (Lisboa) e Campanhã (Porto) vão ser palco de rastreios gratuitos entre os dias 4 e 6...

"Com esta iniciativa pretendemos mobilizar os portugueses a prevenir as principais doenças que podem afetar a sua saúde, contribuindo, assim, para aumentar o diagnóstico precoce e, consequentemente, melhorar a sua qualidade de vida", explica Sandra Silva, diretora-geral da NewsEngage, promotora do evento, que conta com a parceria da Infraestruturas de Portugal.

E acrescenta: "As pessoas tendem a desvalorizar sintomas e a adiar as idas ao médico. Com esta iniciativa, levamos os rastreios até às pessoas, de forma conveniente e gratuita".

Os rastreios decorrem no dia 4 de novembro, entre as 16h00 e as 20h00, e nos dias 5 e 6 de novembro, entre 12h00 e as 18h00, e vão contar com o apoio de várias associações de doentes e sociedades científicas de todo o país, escreve o Sapo.

A Check-Up é uma iniciativa dirigida ao grande público que tem como objetivos a promoção de práticas de saúde e bem-estar bem e a sensibilização para a importância da prevenção e diagnóstico atempado.

Ficar parado é a pior solução
O médico ortopedista Pedro Pessoa lembra que aproximadamente 80% da população com mais de 60 anos sofre de osteoartrose, &quot...

Segundo o médico especialista em Ortopedia e Traumatologia Desportiva Pedro Pessoa, a artrose, osteoartrose ou osteoartrite são nomenclaturas que designam esta doença que atinge predominantemente o sexo feminino e cujas queixas principais são a dor e a rigidez articular, podendo, ao longo da sua evolução, causar deformidade nas articulações afetadas.

A artrose é uma doença multifatorial que tem na sua origem fatores genéticos, bioquímicos, metabólicos e mecânicos e resulta de um desequilíbrio entre o ritmo de renovação da cartilagem e o ritmo do seu desgaste, escreve o Sapo.

Surge, muito frequentemente, associada ao envelhecimento e ao desgaste natural das articulações, mas é também consequência de fatores de risco como o excesso de peso e a obesidade, assim como a subreutilização de determinadas articulações, seja por motivos relacionados com a atividade profissional ou com a prática intensiva de determinadas modalidades desportivas.

"No desporto, e na alta competição é normal encontrarmos atletas com processos de artrose, principalmente no desporto de contato (futebol, rugby, basquete, andebol…). Nos atletas mais velhos e naqueles com antecedentes de traumatismos de repetição a incidência é maior", esclarece Pedro Pessoa.

A intensidade da dor, a rigidez das articulações, o inchaço e a limitação funcional nos gestos mais simples condicionam a vida diária e afetam significativamente a qualidade de vida dos doentes que sofrem de osteoartrose.

Peso agrava doença
Apesar de a dor, de natureza mecânica, aliviar em repouso, os doentes deverão tentar fazer algum exercício físico ligeiro ou moderado, no sentido de manterem a funcionalidade articular. Ficar parado não é a melhor solução até porque tal iria favorecer o ganho de peso que, por sua vez, iria agravar a doença articular. Aliás, a campanha este ano lançada pelo Dia Mundial da Artrite reforça precisamente a mensagem de não ficar parado perante a dor. "O futuro está nas tuas mãos" é o mote desta campanha.

"Na população em geral a prevenção é importante, e devemos privilegiar o controlo do peso, a promoção uma atividade física regular e aconselhar a toma de antiartrósicos”, adianta o especialista.

“Como tratamento conservador e na fase inicial da artrose, podemos recorrer aos anti-inflamatórios, fisioterapia, descarga do peso com ortótese e/ou canadianas, infiltração com corticoide, mesoterapia  e/ou viscosuplementação com ácido hialurónico. Mais tarde, e depois de esgotarmos todas as alternativas do tratamento conservador, a cirurgia será a opção natural para tentarmos melhorar a qualidade de vida do nosso doente”, sublinha.

Em Portugal
O pé diabético, que designa um conjunto de complicações provocadas pela diabetes, é responsável por três amputações, por dia,...

O pé diabético atinge 25% dos doentes com diabetes e apresenta sintomas que não são facilmente reconhecidos pelos doentes.

Mesmo quando aparecem feridas, escreve a TSF, a falta de sensibilidade nos pés e a ausência de dor leva a que as feridas sejam desvalorizadas, o que pode levar a amputações de dedos, do pé, ou mesmo de parte da perna deste doentes.

Os profissionais de saúde defendem, por isso, a criação, em todo o país, da Via Verde do Pé Diabético. Tal como acontece na Via Verde Coronária, os especialistas consideram que é a única forma de assistir rapidamente estes doentes, através de uma equipa multidisciplinar.

A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) assiste milhares de doentes na clínica da associação e apela às autoridades públicas para que apostem, urgentemente, na criação da Via Verde do Pé Diabético.

Universidade de Coimbra
Uma equipa de investigadores, liderada por Catarina Gomes, docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, e Luísa...

O estudo, que envolveu investigadores do Instituto de Imagem Biomédica e Ciências da Vida (IBILI) e do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), ambos da Universidade de Coimbra, em colaboração com o ICVS, centrou-se nas células da microglia, “células especializadas do sistema imunitário que regulam o normal funcionamento do cérebro durante toda a nossa vida”, explica a coordenadora do estudo, Catarina Gomes.

A partir de experiências num modelo animal de ansiedade crónica, resultante de uma alteração do sistema imune da grávida, os investigadores estudaram, desde o nascimento até à idade adulta, as anomalias na microglia originadas pela alteração no ambiente imunitário in útero. Observaram que “a microglia adota uma morfologia anómala em ambos os sexos, mas as anomalias são diferentes no sexo feminino e no sexo masculino”, esclarece Catarina Gomes.

Identificadas as diferenças, os investigadores quiseram perceber as suas implicações na resposta terapêutica. Testaram, em fêmeas e machos, o mesmo tratamento (um fármaco modulador da resposta imune), observando que “a terapêutica foi eficaz na ansiedade dos machos, mas não das fêmeas. Os resultados mostram que nas fêmeas, a correção das anomalias imunes é mais difícil, o que impediu o esperado efeito ansiolítico da terapêutica”, descreve Catarina Gomes.

Os resultados do estudo publicado na revista Molecular Psychiatry, do grupo Nature, líder em Psiquiatria, além de revelarem o importante papel do sistema imunitário na génese da ansiedade crónica, colocam dois novos desafios à indústria farmacêutica nesta especialidade médica.

 

Por um lado, “o desenvolvimento de fármacos que tenham como alvo outras células, para além dos neurónios”. Por outro, este “novo” alvo terapêutico “abre novas perspetivas ao design de fármacos diferenciados para homens e mulheres. Seria um passo em frente na individualização terapêutica, com potencial para aumentar o número de pacientes com resposta favorável ao tratamento da ansiedade crónica, uma patologia que é também um dos principais fatores de risco para outras doenças psiquiátricas, como a depressão, com custos elevados para os sistemas de saúde”, conclui a especialista em Farmacologia da Universidade de Coimbra.

Estudo
A maioria dos cerca de 800 portugueses inquiridos num estudo refere ter hoje mais cuidado com a alimentação do que há cinco...

Segundo o estudo da Marktest sobre hábitos alimentares, a que a agência Lusa teve acesso, 65% dos portugueses refere ter atualmente mais cuidado com a alimentação: 67,5% das mulheres diz optar regularmente por refeições saudáveis, percentagem que desce para os 50% no caso dos homens.

Os dados revelam ainda que a faixa etária dos 25 aos 34 anos foi a que maior evolução registou na adoção de um regime alimentar mais saudável.

Do total dos 802 inquiridos, 40% dizem ter “muitas vezes” o cuidado de fazer uma alimentação saudável, quase 20% fazem-no “sempre” e 33% dizem que o fazem “algumas vezes”. Apenas sete por cento dizem que “nunca” ou “poucas vezes” têm cuidado com o regime alimentar.

Quanto à prática desportiva, o estudo conclui que são os homens a apostar mais na atividade física: 52,4% dos homens dizem praticar habitualmente exercício físico, enquanto no sexo feminino a percentagem ronda os 46%.

O estudo da Marktest, baseado em entrevistas, tentou ainda perceber a ideia que os portugueses têm individualmente do seu peso. Conclui que mais de metade dos inquiridos (54,9%) considera ter peso normal. São 37% os que assumem ter peso a mais e há sete por cento de pessoas que julgam ter peso a menos.

A faixa etária entre os 55 e os 64 anos é a que tem mais percentagem de inquiridos que assume peso em excesso.

O estudo da Marktest, divulgado dois dias antes do Dia Mundial da Alimentação, que se assinala domingo, foi baseado em 802 entrevistas a adultos residentes em Portugal Continental com casas com telefone fixo.

Unicef
Apenas uma em cada seis crianças com menos de dois anos recebe alimentos em quantidade e diversidade suficientes para a sua...

A conclusão é de um relatório da agência das Nações Unidas para a infância, a Unicef.

"Os bebés e as crianças pequenas têm maior necessidade de nutrientes do que em qualquer outra fase da vida. Mas milhões de crianças pequenas não desenvolvem todo o seu potencial físico e intelectual porque recebem pouca comida e demasiado tarde", disse France Begin, conselheira sénior para os assuntos de Nutrição da Unicef, citada num comunicado da organização.

A responsável alerta que "uma nutrição deficiente numa idade tão tenra causa danos mentais e físicos irreversíveis".

Intitulado "Desde a primeira hora de vida", o relatório agora divulgado revela um mundo onde uma dieta saudável está fora do alcance da maioria.

Os dados da Unicef mostram que a introdução tardia de alimentos sólidos, o número reduzido de refeições e a falta de variedade de alimentos são práticas generalizadas no mundo, privando as crianças de nutrientes essenciais quando o cérebro, os ossos e o físico deles mais precisam.

Com efeito, embora os alimentos sólidos devam ser introduzidos a partir dos seis meses de idade, um terço de todas as crianças no mundo só começa a comê-los demasiado tarde e um em cada cinco bebés só começa a comer alimentos sólidos após os 11 meses.

Apenas 52% das crianças de entre seis e 23 meses recebem o número mínimo de refeições diárias para a sua idade e a diversidade alimentar é outro problema: menos de metade das crianças recebe diariamente alimentos de pelo menos quatro grupos alimentares diferentes.

Entre os seis e os 11 meses, a faixa etária em que a nutrição é mais importante, a situação é ainda mais preocupante: apenas 20% estão a receber alimentos de quatro grupos diferentes por dia, o que provoca carências de vitaminas e minerais.

O relatório da Unicef refere-se também à amamentação, que segundo as recomendações da Organização Mundial de Saúde deveria ser a forma exclusiva de alimentação dos bebés até aos seis meses de idade.

Segundo os dados revelados, apenas 45% dos 140 milhões de bebés que nasceram em 2015 foram amamentados na sua primeira hora de vida, como é recomendado, e três em cada cinco bebés com menos de seis meses não recebem os benefícios da amamentação exclusiva.

De acordo com o relatório, quase metade das crianças em idade pré-escolar sofre de anemia e metade das crianças entre os seis e os 11 meses não recebem qualquer tipo de alimento de origem animal.

A Unicef alerta ainda para as desigualdades: Na África subsaariana e no Sul da Ásia, apenas uma em cada seis crianças dos agregados familiares mais pobres com idades entre os seis e os 11 meses têm uma dieta minimamente diversificada, comparando com uma em cada três dos agregados mais ricos.

A organização sublinha que a melhoria da nutrição das crianças mais pequenas poderia salvar 100.000 vidas por ano, mas sublinha que as famílias, embora façam o seu melhor com os recursos a que têm acesso, não podem fazer tudo sozinhas.

É precisa a liderança dos governos e os contributos de setores-chave da sociedade para fornecer uma dieta saudável às crianças, pode ler-se no relatório.

Tornar os alimentos nutritivos mais baratos e acessíveis para as crianças mais pobres exige investimentos mais consistentes e direcionados por parte dos governos e do setor privado.

Transferências em dinheiro ou em géneros para as famílias vulneráveis; programas de diversificação de colheitas; e o enriquecimento de alimentos básicos são essenciais para a melhorar a nutrição das crianças pequenas.

Serviços de saúde comunitários com capacidade para ajudar a ensinar aos cuidadores melhores práticas alimentares, bem como a água e o saneamento adequados – essenciais para a prevenção de doenças diarreicas nas crianças – são igualmente cruciais.

"Não podemos permitir-nos falhar nesta nossa luta para melhorar a nutrição das crianças pequenas. A sua capacidade para crescer, aprender e contribuir para o futuro dos seus países depende disso", concluiu France Begin.

Diretor-geral da Saúde
O diretor-geral da Saúde, Francisco George, contestou os dados da Organização Mundial de Saúde sobre a incidência da...

Um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) assinala que Portugal era, em 2015, o país da Europa Ocidental com a maior taxa de incidência de tuberculose, com 23 casos por cem mil habitantes.

O diretor-geral da Saúde sustentou, reagindo ao relatório, que a OMS apresenta "estimativas com margens de erro, e não números reais, absolutos".

Em comunicado, Francisco George esclarece que a taxa de incidência de tuberculose em Portugal, em 2015, era de 19,2 casos por cem mil habitantes, precisando que, no ano passado, foram diagnosticados e comunicados à Direção-Geral da Saúde (DGS) 1.987 novos casos da doença (excluindo retratamentos) de um total de 2.158.

"Oportunamente, já tínhamos dito aos relatores que não concordávamos com o relatório e com a fórmula apresentada. Em Portugal, não há estimativas, há números absolutos correspondentes a cada caso que é diagnosticado e tratado", frisou, acrescentando que foi pedida à OMS uma auditoria ao sistema de informação usado pela DGS, para que não seja aplicada a margem de erro nas estatísticas.

Para países como Portugal, com "sistemas de informação rigorosos que não foram auditados", é aplicada uma margem de erro, invocou.

O diretor-geral da Saúde apontou que a taxa de incidência da tuberculose, em Portugal, tem diminuído desde 2000, estando o país "abaixo da linha vermelha" dos 20 casos por cem mil habitantes.

"Mas temos a noção de que temos de continuar a trabalhar muito", comparando com os valores dos países na Europa Ocidental, ressalvou.

De acordo com o relatório da OMS, que tem estimativas sobre a doença à escala global, Portugal foi, em 2015, em termos europeus, apenas superado por países do Leste como Rússia, Roménia, Moldávia, Geórgia, Ucrânia, Bósnia-Herzegovina, Arménia, Bielorrússia, Letónia e Lituânia, com taxas de incidência da tuberculose superiores à da região europeia, que foi de 36 casos por cem mil habitantes.

Apesar da prevalência em Portugal, a DGS realçou, em março, na divulgação de dados sobre a infeção, que o país atingiu, no ano passado, o número mais baixo de sempre de casos de tuberculose.

Dia Mundial da Trombose
Hoje é o Dia Mundial da Trombose e o Grupo de Estudos de Cancro e Trombose desafia todos os portugueses a partilharem uma...

Incentivando a população a aderir a esta iniciativa, a Dr.ª Ana Pais, presidente do Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT), explica que “o vermelho celebra a vida mas também o dinamismo e a força de todos os que aderirem a esta campanha. Reforça ainda que “estivemos em espaços públicos de grande afluência para divulgar a importância do TEV e assim alcançar o maior número de pessoas”.

O tromboembolismo venoso (TEV) é uma complicação grave e comum nos doentes com cancro, representando a segunda causa de morte nesta população. Para sensibilizar e consciencializar a comunidade científica, as autoridades políticas e a população em geral, o GESCAT lançou uma campanha, em curso desde o início do mês, reforçando a mensagem “Conhecer é a melhor maneira de prevenir”.

No âmbito desta Campanha foi criada uma página de Facebook (https://www.facebook.com/TEV.pt) onde, diariamente, são partilhadas informações sobre o cancro e o TEV, assim como artigos, notícias ou atualizações científicas sobre o tema. Também nesta página será publicado um vídeo de sensibilização e de apelo à ação, esclarecendo esta relação tão frequente quanto desconhecida.

“Esperamos que o eco mediático desta Campanha possa alcançar os decisores políticos fundamentais para que o TEV possa ser encarado como um problema de saúde pública crescente”, afirma Ana Pais, presidente do GESCAT.

“Informar, sensibilizar e consciencializar a comunidade científica e a comunidade em geral é crucial para garantir que cada doente recebe o tratamento mais eficaz e adequado à sua situação clínica e que a tromboprofilaxia seja entendida como uma oportunidade de promoção da segurança e melhoria da qualidade dos cuidados de saúde do doente com cancro”, acrescenta a médica oncologista.

Infarmed obrigado a relatório anual
A partir de sexta-feira há novas regras para garantir maior sustentabilidade e uma gestão mais eficiente dos gastos públicos...

A "Estratégia Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde 2016-2020", hoje publicada e com entrada em vigor na sexta-feira, estabelece uma série de objetivos com vista a promover uma política sustentável na área do medicamento, de forma a conciliar o rigor orçamental com a inovação terapêutica.

Nesta equação entram ainda “o acesso à inovação terapêutica, o aumento da quota de utilização de medicamentos genéricos e da utilização de biossimilares e o estímulo à investigação e à produção nacional”

Neste âmbito cabe à autoridade do medicamento a monitorização da aplicação das medidas previstas nesta estratégia, sendo obrigado a elaborar anualmente um relatório intermédio e um relatório global no final do quadriénio.

Uma das medidas previstas na estratégia nacional do medicamento é a “revisão dos mecanismos de dispensa e de comparticipação de medicamentos, em especial dos doentes crónicos em ambulatório”.

Em causa estão áreas terapêuticas com elevados encargos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) como é o caso dos grupos de medicamentos para a diabetes ou para o VIH.

Assim, as metas para o quadriénio incluem a reavaliação sistemática dos medicamentos, podendo em alguns casos ser reduzida ou retirada a comparticipação, quando o preço dos medicamentos seja muito superior a outras alternativas terapêuticas ou quando a sua eficácia ou efetividade não esteja demonstrada.

Poderá ainda haver alterações no Sistema de Preços de Referência (SPR), nos medicamentos para os quais existem genéricos ou biossimilares comparticipados.

Aliás, neste âmbito, outra das metas estabelecidas na nova estratégia é a “promoção do aumento da quota de utilização de medicamentos genéricos e biossimilares”.

“O plano hospitalar de medicamentos” é outro dos eixos de ação, com o Governo a pretender intensificar as atividades junto das Comissões de Farmácia e Terapêutica (CFT), para identificar e introduzir medidas de utilização mais racional dos medicamentos e produtos de saúde.

O Governo pretende ainda, em meio hospitalar, “criar condições, sempre que adequado, para a prescrição em 1ª linha dos medicamentos cujas substâncias ativas possuam biossimilares disponíveis”.

A “colaboração com a rede de cuidados de saúde primários” é tida como outra das estratégias de ação, bem como o “desenvolvimento de modelos de avaliação das tecnologias de saúde”, tido como um instrumento fundamental de auxílio à formulação de políticas de saúde, decisões clínicas e gestão das unidades de saúde.

Nesta resolução da Presidência do Conselho de Ministros pode ainda ler-se a intenção de valorizar o papel das farmácias comunitárias e aproveitar os seus serviços, em articulação com as unidades do SNS.

“Incentivar e apoiar a investigação e a produção nacional no setor do medicamento e dos dispositivos médicos” e “promoção da transparência” são os outros dois objetivos a que se propõe o Governo.

Farmácias portuguesas concorrem pelo reconhecimento dos seus projetos
A Associação Nacional das Farmácias acaba de anunciar os sete finalistas da edição de 2016 do Prémio João Cordeiro – Inovação...

Quarenta e duas farmácias submeteram candidatura. Depois de ponderada deliberação, o júri decidiu dar particular destaque a um conjunto de sete projetos, a partir dos quais será escolhido o vencedor, ou vencedores, da edição de 2016 do Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia.

Todas as farmácias que englobam a lista de finalistas candidataram-se com um projeto relevante para a comunidade. São elas: Farmácia Nogueira, em Calvaria de Cima, com um conjunto de atividades que pretende estimular o estilo de vida saudável da comunidade; Farmácia Bem Saúde, em Bragança, com um projeto de entrega domiciliária de medicamentos para os utentes que não têm possibilidade de os levantar; Farmácia do Caniço, na Madeira, com ações de promoção e educação para a saúde; Farmácia Alentejana, em Castro Verde, com um sistema personalizado de dispensa de medicamentos com software próprio; Farmácia Moreno, no Porto, com o espaço “Memórias da Pharmacia” e trabalhos de promoção e educação para a saúde; Farmácia Saúde, na Figueira da Foz, com um acompanhamento farmacoteraupêutico regular, promoção de doações de sangue frequentes e angariação de fundos para instituições de solidariedade social; e, por fim, a Farmácia Rosa, nas Caldas da Rainha, com projetos de voluntariado semanais e atividades para a comunidade.

A categoria a concurso em 2016 – Reconhecimento de Farmácia – pretende reconhecer as Farmácias e as suas equipas que se destaquem nas dimensões de desenvolvimento profissional, responsabilidade social e inclusão na comunidade.

Organização Mundial de Saúde
A Organização Mundial de Saúde estima que em 2015 tenham surgido 10,4 milhões de novos casos de tuberculose no mundo e alerta...

"As ações e investimentos globais estão aquém do necessário para acabar com a epidemia global de tuberculose", escrevem os autores do Relatório Global sobre a Tuberculose, hoje divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em letras garrafais sobre fundo vermelho.

Segundo o documento, a taxa de redução da incidência (número de novos casos) da tuberculose foi de apenas 1,5% entre 2014 e 2015, mas para que os primeiros objetivos da Estratégia de Eliminação da doença sejam alcançados, até 2020, é preciso que esta taxa de queda suba para quatro a cinco por cento ao ano.

Outra conclusão é que, embora se estime que sejam precisos dois mil milhões de dólares anuais para a investigação e o desenvolvimento de medicamentos para a tuberculose, o financiamento nunca ultrapassou os 0,7 mil milhões por ano entre 2005 e 2014.

Com base em dados recolhidos junto de 202 países e territórios, que representam mais de 99% da população mundial e dos casos globais de tuberculose, o relatório conclui que em 2015 terão surgido 10,4 milhões de novos casos da doença no mundo, dos quais 5,9 milhões (56%) entre homens, 3,5 milhões (34%) entre mulheres e um milhão entre crianças.

Em 2015, 1,2 milhões de novos casos, 11% do total, eram pessoas que viviam com o VIH - que são particularmente vulneráveis.

Seis países apenas - Índia, Indonésia, China, Nigéria, Paquistão e África do Sul - são responsáveis por 60% de todos os novos casos, pelo que o progresso global na eliminação da tuberculose depende em grande medida de avanços na prevenção e tratamento da doença nestes países, admite a OMS.

Dos 10,4 milhões de novos casos estimados, apenas 6,1 milhões foram detetados e oficialmente notificados em 2015, o que representa uma diferença de 4,3 milhões.

Esta diferença reflete uma mistura de subnotificação de casos detetados (principalmente em países com grandes setores privados) e de subdiagnóstico (especialmente nos países com maiores dificuldades de acesso aos serviços de saúde).

A OMS estima que 1,8 milhões de pessoas tenham morrido com tuberculose em 2015, entre as quais 400 mil com o VIH.

Embora o número de mortes associadas à tuberculose tenha caído 22% entre 2000 e 2015, esta doença infeciosa continua a ser uma das 10 principais causas de morte em todo o mundo.

Em 2015, 17% das pessoas com tuberculose acabaram por morrer com a doença, taxa que a OMS quer reduzir para 10% até 2020.

Outra das preocupações é a tuberculose multirresistente aos antibióticos, que a OMS estima ter afetado 480 novas pessoas em 2015, a que se juntam 100 mil novos casos de tuberculose resistente à rifampicina, também eles elegíveis para o tratamento para a tuberculose multirresistente.

Segundo a OMS, das 580 mil pessoas que em 2015 passaram a ser elegíveis para o tratamento específico da tuberculose miltirresistente, apenas 20% foram abrangidas.

Globalmente, a taxa de sucesso deste tratamento foi de 52% em 2013.

A tuberculose é uma doença provocada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis e afeta sobretudo os pulmões, mas pode afetar outras partes do corpo.

A doença transmite-se quando uma pessoa infetada com tuberculose pulmonar expele bactérias ao tossir.

Em geral, apenas cinco a 15% dos dois a três mil milhões de pessoas que se estima estarem infetadas com a bactéria desenvolverão a doença ao longo da sua vida, mas a probabilidade de adoecer é muito maior na população infetada com o VIH.

A estratégia para a eliminação da tuberculose, definida pela OMS em 2014, visa reduzir as mortes por esta doença em 95% e o número de novos casos em 90% entre 2015 e 2035, mas tem metas parciais em 2020, 2025 e 2030.

Até 2020, o mundo deve registar uma redução de 35% no número de mortes por tuberculose e uma redução de 20% na taxa de incidência, face aos números de 2015.

Organização Mundial de Saúde
Portugal era, em 2015, o país da Europa Ocidental com a maior taxa de incidência de tuberculose, com 23 casos por cem mil...

De acordo com o documento, com estimativas sobre a doença à escala global, Portugal foi, em termos europeus, apenas superado por países do Leste como Rússia, Roménia, Moldávia, Geórgia, Ucrânia, Bósnia-Herzegovina, Arménia, Bielorrússia, Letónia e Lituânia, com taxas de incidência superiores à da região europeia, que foi de 36 casos por cem mil habitantes.

Apesar da prevalência em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) realçou, em março, na divulgação de dados sobre a infeção, que o país atingiu, no ano passado, o número mais baixo de sempre de casos de tuberculose.

O relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) refere que, em Portugal, a taxa de mortalidade por tuberculose era, em 2015, de 2,1 casos por cem mil habitantes.

Na região da Europa, a taxa de mortalidade estimada foi de 3,5 casos por cem mil habitantes, tendo sido ultrapassada nos países do Leste.

A coordenadora do Programa Nacional de Combate à Tuberculose, Raquel Duarte, disse anteriormente que vão continuar a surgir, em Portugal, surtos de tuberculose esporádicos em alguns locais, como prisões ou determinados bairros, que são precisamente característicos de incidências de infeção mais baixas.

Segundo a DGS, a tuberculose começa a ser uma doença que não está em toda a comunidade, mas nalguns grupos de risco e mais concentrada em algumas áreas geográficas, sobretudo nas zonas urbanas de Lisboa e Porto.

Para Raquel Duarte, uma das prioridades passará por diminuir o tempo que demora entre o aparecimento dos sintomas e o diagnóstico da doença. A outra será aumentar a adesão aos tratamentos, sobretudo entre os grupos populacionais mais vulneráveis e resistentes à terapêutica, como sem-abrigo, consumidores de droga, reclusos e infetados com o vírus da sida.

Até ao fim do ano
O Governo vai apresentar até ao final do ano um plano nacional de combate ao desperdício alimentar, anunciou o secretário de...

“O Governo já definiu uma estratégia de combate ao desperdício alimentar para a qual irá ser criada uma comissão nacional de combate a esse mesmo desperdício, que irá ter uma abrangência de vários ministérios, vai envolver 10 ministérios e várias unidades da sociedade civil, que, além da estratégia que vai definir, irá apresentar um plano de ação com objetivos muito concretos até ao final de 2016”, afirmou o governante.

Luís Medeiros Vieira falava hoje durante uma breve intervenção na apresentação de uma campanha de combate ao desperdício alimentar pela Câmara Municipal de Lisboa.

O secretário de Estado responsável pela Alimentação assegurou que o Governo “está totalmente empenhado em colaborar com as várias entidades da sociedade civil que têm feito um trabalho notável” para minimizar este “problema de fundo que afeta todos”.

“Espero que no final do ano possamos ter já elaborada esta estratégia, com o plano de ação definido, e ouvir também os vários intervenientes que irão, a partir daí, desenvolver todo o trabalho. E iremos dar visibilidade e informar a sociedade sobre esse grande trabalho”, acrescentou.

A Assembleia a República decretou 2016 como o Ano Nacional do Combate ao Desperdício Alimentar.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), um terço dos alimentos é desperdiçado a nível mundial.

O responsável pela FAO em Portugal, Hélder Muteia, destacou que este é um problema que atinge quer os países desenvolvidos, quer os não desenvolvidos: nos desenvolvidos o desperdício é sobretudo por excedente de alimentos e nos não desenvolvidos por falta de condições de acondicionamento.

Estudo
Um estudo de uma equipa de investigadores do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra concluiu que cerca de 65% da...

"Parece-nos um valor elevado para um país com tanto sol e grande exposição solar", comentou a investigadora Cátia Duarte, apontando como causas o facto de as pessoas não se exporem ao sol os "10 a 15 minutos recomendados".

Segunda a médica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), o estudo realizado conclui também que 15% da população apresenta deficiência grave daquela vitamina.

A investigadora salientou que as "percentagens variam consoante as estações do ano e as taxas de insolação, sendo que o inverno acentua, efetivamente, esta deficiência", e o verão melhora a produção de vitamina D.

O estudo, acrescentou, revela que no género feminino e indivíduos não caucasianos existe uma maior tendência para níveis deficientes de vitamina D, sendo que a faixa etária mais deficitária se encontra entre os 46 e os 64 anos.

Os Açores são a zona do país mais deficitária, com uma taxa de 70%, enquanto a região do Algarve apresenta menos prevalência de falta daquela vitamina, com 42%.

Com uma amostra de cerca de 3.000 indivíduos de todo o país (continente e regiões autónomas) e com idades entre os 18 e os 64 anos, a investigação permitiu "pela primeira vez" obter dados representativos dos níveis de vitamina D na população portuguesa.

"O estudo permite-nos conhecer a realidade e definir estratégias de atuação na implementação de medidas e reforço de atitudes", sublinhou Cátia Duarte.

De acordo com a especialista, a falta de vitamina D está associada a maior risco de infeções, doenças autoimunes, oncológicas e cardiovasculares, manifestando-se através de sintomas como sensação de cansaço, falta de energia, dores musculares, pele e boca mais seca, entre outros.

O estudo "Deficiência de Vitamina D em Portugal: Um mito ou uma realidade?" é apresentado no sábado, em Coimbra, na segunda edição do Fórum D, com a participação de centena e meia de profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e farmacêuticos.

Dia Aberto sobre a Endometriose
O Centro Materno-Infantil do Norte promove este sábado um Dia Aberto sobre a Endometriose, iniciativa que, "pela primeira...

A patologia consiste na presença de células do endométrio noutros órgãos que não o útero, ao qual deveriam estar confinadas, e resulta muitas vezes em invasões do intestino, da bexiga e até dos pulmões ou cérebro, provocando dor pélvica crónica incapacitante e infertilidade.

Segundo dados disponibilizados por esse hospital do Porto, a doença afeta, 10 a 20% da população feminina em idade reprodutiva, sendo responsável por até um terço dos casos de infertilidade registados a nível nacional.

"É a primeira vez que um hospital universitário público realiza em Portugal uma ação destas, aberta tanto a profissionais de saúde como a utentes já diagnosticadas e até a mulheres saudáveis que suspeitam ser portadoras da doença ou só têm interesse pelo tema", declarou Hélder Ferreira, coordenador da Unidade de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva do Centro Hospitalar do Porto (que integra o Centro Materno-Infantil do Norte) e responsável pela equipa multidisciplinar que aí trata casos de endometriose em pacientes de todo o país.

"Este Dia Aberto é uma forma de alertarmos a população para uma doença que, mesmo entre a comunidade médica, ainda é pouco conhecida e constitui um problema de saúde pública", explica o ginecologista.

"Mesmo quando as mulheres detetam alguns sintomas, há um desconhecimento enorme entre os profissionais de saúde quanto à endometriose e os médicos menos informados tendem a atribuir a dor descrita pelas pacientes a efeitos do período menstrual", afirma.

O especialista alerta, contudo, que "é preciso desmistificar" essa ideia: "A dor durante a menstruação não é normal; se existe, é importante estudá-la, pois muito provavelmente terá origem na endometriose".

A sessão de esclarecimento anunciada para as 14h30 no Centro Materno-Infantil do Norte contará com a intervenção de médicos de diversas especialidades, até porque a doença em análise obriga habitualmente a uma "abordagem transversal" envolvendo não apenas os serviços de ginecologia, mas também os de urologia, cirurgia colo-rectal, radiologia, etc.

Hélder Ferreira realça que a endometriose é "uma das causas mais frequentes de internamento de ordem ginecológica" e refere que, não sendo diagnosticada atempadamente, essa patologia "pode ter consequências graves nos aparelhos reprodutivo, digestivo e urinário" - afetando também o normal desempenho sexual feminino.

A situação reveste-se de maior gravidade se se considerar que, "até há pouco tempo, ainda havia em Portugal poucos centros hospitalares com os recursos técnicos adequados para o diagnóstico da doença", pelo que uma considerável percentagem da população feminina poderá estar a sofrer da patologia sem disso ter o devido conhecimento.

"O Serviço Nacional de Saúde tem tentado dar melhor resposta ao problema, mas ainda há um longo caminho a percorrer e a sociedade civil precisa ter consciência disso", admite o especialista. "A mudança passará por aumentar a capacidade de resposta dos hospitais e por investir em equipamento, porque a realidade é que os tratamentos à endometriose implicam recursos adequados e tecnologia avançada", conclui.

Estudo europeu
Mais de 20% dos homens e 10% das mulheres europeias têm um consumo de risco de álcool, pelo menos uma vez por mês, alertam os...

No trabalho a ser apresentado, um estudo europeu, salienta-se também que entre 40 a 50% dos participantes nesse estudo apoiam medidas de controlo do álcool, como preços elevados, restrições do número de locais de venda, restrições de publicidade e testes aleatórios a condutores.

“Cerca de um quinto dos europeus representados no estudo coabitaram com um consumidor excessivo na sua infância ou adolescência e aproximadamente metade das pessoas referem ter sido negativamente afetados por essa pessoa. Quase 30% dos entrevistados referiram ter sido lesados por um consumidor excessivo, nos últimos 12 meses”, diz um comunicado da organização.

A conferência junta nomeadamente eurodeputados e responsáveis pela área da Saúde de vários países e é organizada pela Ação Comum Europeia para a Redução dos Efeitos Nocivos do Álcool (RARHA), uma iniciativa dos Estados membros da União Europeia.

O trabalho da RARHA decorreu entre 2014 e 2016, e envolveu 32 parceiros associados e 29 parceiros colaboradores de toda a União Europeia, a que se juntaram a Noruega, Suíça e Islândia.

Destinou-se a contribuir para um melhor conhecimento dos riscos associados ao consumo de álcool e formas de lidar com a questão, e a conferência final de Lisboa destina-se a apresentar os resultados desse trabalho, as suas análises e recomendações.

Segundo o comunicado da RARHA os resultados assentam na monitorização dos padrões de consumo e dos efeitos nocivos do álcool, nas linhas orientadoras para o consumo de baixo risco, e nos exemplos de boas práticas na Europa e construção de ferramentas para reduzir os efeitos nocivos do álcool.

Os responsáveis pelo trabalho sugerem uma harmonização europeia dos alertas para o consumo de álcool, “que contribua para a criação de mensagens mais alinhadas” e salientam a necessidade de se legislar para impor uma idade mínima de 18 anos para venda e consumo de bebidas alcoólicas em toda a União Europeia.

“Ações da Comissão Europeia são urgentemente necessárias para o fornecimento de informação aos consumidores sobre bebidas alcoólicas e para nivelar informação obrigatória sobre os alimentos”, como os gramas de álcool puro contidos, sugere-se ainda no estudo europeu.

As questões serão debatidas nestes dois dias por organizações não-governamentais e representantes de entidades, como a Organização Mundial de Saúde. Presente também Vytenis Andriukaitis, comissário Europeu da Saúde e da Segurança Alimentar, e, no encerramento, o ministro da Saúde de Portugal, Adalberto Campos Fernandes.

O álcool é, lembra-se no comunicado, a terceira causa de morte prematura na União Europeia, onde os custos diretos através de cuidados de saúde, crime, policiamento, acidentes e perdas de produtividade foram de 155 mil milhões de euros em 2010.

Em 2017
O secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, perspetivou que seja criado o curso de Medicina na Universidade de Aveiro em...

O governante falava na cerimónia de assinatura de um memorando de entendimento na área da Saúde entre as Universidades de Aveiro e Nova de Lisboa (UNL), A Administração Regional de Saúde do Centro, o Centro Hospitalar do Baixo Vouga e a Câmara de Aveiro.

“Penso que a partir de 2017/2018, teremos com a Nova Medical School a possibilidade de desenvolver um projeto de formação desde o início de novos médicos nesta Universidade, o que será mais uma iniciativa de grande importância, para que a Universidade de Aveiro seja um polo agregador para a formação de quadros altamente qualificados”, disse Manuel Delgado.

Antecedendo-lhe no uso da palavra, o presidente do conselho geral da Universidade de Aveiro (UA), Marçal Grilo, havia sublinhado que “a Universidade de Aveiro assume a Saúde de forma integrada, com o objetivo de formar médicos e técnicos de saúde ao mais alto nível” e saudado a cooperação com a Universidade Nova de Lisboa, nesse objetivo.

Refira-se que, em 2012, o ciclo de estudos de Medicina da Universidade de Aveiro, que era contestado pela Ordem dos Médicos, não foi acreditado, levando à sua extinção, por alegada “falta de empenhamento do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) na participação, considerada essencial”, o que levou a UA a desenvolver posteriores contactos com a Nova de Lisboa, para retomar o projeto.

O memorando assinado pelas várias entidades, além de se referir à cooperação com a UNL/ Nova Medical School, “na implementação das condições necessárias para a formação inicial em medicina, na Universidade de Aveiro”, preconiza a transformação do Hospital Infante D. Pedro, que integra o Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), num hospital-escola, incluindo a contratação partilhada, entre a UA e o CHBV, de médicos doutorados e não doutorados para a docência, graduada e pós-graduada e para a investigação pré-clínica e clínica.

Para isso deverá ser elaborado um novo plano diretor para o Hospital de Aveiro, que deverá ser ampliado para os terrenos do antigo estádio Mário Duarte e armazéns gerais da Câmara de Aveiro.

“Esperemos que contemple todas as valências que são necessárias, mas também que seja feito com a cautela e o bom senso que as circunstâncias económicas que vivemos exigem”, disse o secretário de Estado, referindo-se à elaboração do plano diretor, considerando possível qualificar e ampliar o Hospital através de candidatura a fundos comunitários.

Do memorando de entendimento consta ainda a criação, durante o primeiro semestre de 2017, de um Centro Académico Clínico.

Especialista diz
As doenças transmitidas por alimentos estão subdiagnosticadas e subnotificadas, disse uma especialista em segurança alimentar,...

“Para a maior parte das doenças, o que é capturado pelas autoridades de vigilância da saúde públicas representa apenas uma pequena fração das doenças que ocorrem na realidade”, uma situação que “é transversal à maioria dos países”, adiantou Sara Monteiro Pires, que vai participar na quinta-feira no Fórum do Prado ao Prato – Informar para viver melhor.

Segundo a investigadora do Instituto Nacional de Alimentação, da Universidade Técnica da Dinamarca, há dados de vigilância epidemiológica recolhidos pela Direção-Geral da Saúde, mas “ainda há muita subnotificação e subdiagnóstico”, apesar do reconhecimento da importância da segurança alimentar ser crescente.

“Portugal não está nada atrás de outros países europeus a nível de segurança alimentar. As autoridades e a indústria têm tido um papel extraordinário, sobretudo na última década, para prevenir doenças de transmissão alimentar. O que falta são dados”, realçou.

O número de casos reportados é sempre inferior ao número de casos reais, até porque nem sempre as pessoas doentes vão ao médico: “As pessoas que têm uma gastroenterite, a maior parte das vezes assumem que é autolimitante, que tem curta duração e que passa sem tratamento e quando vão ao médico estes nem sempre requisitam uma amostra”, explicou a especialista.

Normalmente, os casos reportados em Portugal estão associados a surtos, mais ou menos focados num grupo de pessoas que consumiram alimento contaminados e que ficaram doentes, o que leva a uma investigação e posterior notificação do surto.

Mas “há com certeza muitos outros casos esporádicos, que não são diagnosticados e que não aparecem nas estatísticas”, sublinha Sara Monteiro Pires.

As doenças transmitidas pelos alimentos apresentam diferenças regionais. As últimas estimativas para a região europeia alargada, que abrange cerca de 50 países, indicam que os agentes mais importantes são bactérias e vírus que causam gastroenterites diarreicas, nomeadamente a Campylobacter, a salmonela e o norovirus.

Em Portugal, ainda não há estimativas que permitam fazer um ‘ranking’ de doenças com maior incidência, mas segundo Sara Monteiro Pires a salmonelose permanece no topo dos casos reportados.

“Há imensos fatores que contribuem” para este tipo de doenças, mas a maior parte está associada a agentes com origem animal.

A contaminação pode ocorrer nas várias fases da cadeia alimentar, mas a maior parte dos agentes acaba por morrer se os alimentos forem cozinhados de forma adequada.

A especialista em avaliação de risco em segurança alimentar e saúde pública destacou igualmente a importância de pôr este tipo de doenças na agenda política para “mostrar que não são apenas um problema de países pouco desenvolvidos ou com fraca higiene”.

Os estudos que estão a ser desenvolvidos, explicou, permitem encontrar indicadores para comparar doenças, regiões, identificar os agentes mais importantes e identificar quais os alimentos mais importantes para intervir na segurança alimentar.

Segundo especialistas
O cancro do pulmão continua a ser o tipo de tumor que mais mata, mas nos últimos anos têm surgido novos tratamentos com ...

O presidente do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão, Fernando Barata, admite que as novas terapêuticas têm apresentado resultados extraordinários, nalguns casos permitindo duplicar o tempo de sobrevida dos doentes, com qualidade.

“O que se passou nos últimos dois anos foi muito animador e trouxe grande entusiasmo para a comunidade médica e para os doentes. Houve importantes avanços e inovação nesta área”, afirmou o especialista.

Estes avanços terapêuticos são um dos temas principais do 7.º Congresso Português do Cancro do Pulmão, que irá discutir por exemplo a resposta à pergunta “Será possível encarar o cancro do pulmão como uma doença crónica?”.

“Continua apesar de tudo, mesmo hoje, a ser a doença que mais mata entre as várias doenças oncológicas. O cancro do pulmão continua a ser uma doença grave. Mas, sim, nós estamos a conseguir paulatinamente avanços importantes. Devo deixar uma palavra de esperança para estas novas terapêuticas e em relação ao que elas têm conseguido para os doentes que têm condições clínicas e analíticas para as fazerem”, refere Fernando Barata.

Há bons resultados nas novas terapias, quer nas que abordam a doença na fase inicial (cirurgia e radioterapia), quer as que se destinam a fases mais avançadas: as terapêuticas alvo e a imunoterapia.

Nas terapêuticas alvo são identificados, na superfície da célula tumoral, recetores que, ao serem bloqueados, levam à morte da célula.

Segundo Fernando Barata, esta terapêutica trouxe “elevada eficácia, mais baixa toxicidade e maior duração da resposta”.

Nem todos os tumores podem ser tratados através de terapêuticas alvo (darão para cerca de 20 a 25% dos casos), mas estes tratamentos conseguiram duplicar o triplicar o tempo de sobrevida dos doentes com qualidade.

Um doente numa fase de cancro do pulmão avançada tinha uma sobrevivência mediana de oito ou dez meses, hoje tem 18 meses, 24 meses ou mais.

A imunoterapia tem tido resultados muito similares no combate ao cancro do pulmão.

“Os resultados têm sido extraordinários em termos de mais vida, baixa toxicidade e enorme qualidade de vida. Há doentes que voltaram a ficar assintomáticos e a fazer a sua vida normal, em termos familiares e sociais”, explica o presidente do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão.

Mas também a imunoterapia não é aplicável a todos os doentes com cancro do pulmão, embora o número de potenciais beneficiados possa ser superior ao da terapêutica alvo.

Fernando Barata alerta para a necessidade de selecionar bem os doentes que possam clinicamente beneficiar efetivamente da imunoterapia, até porque é uma terapêutica com custos elevados.

O cancro do pulmão representa mais de 20% das mortes causadas por doença oncológica. O tabaco continua a ser o principal responsável, com 85% das mortes por cancro do pulmão a serem atribuídas direta ou indiretamente ao tabaco.

Em 2014, o cancro do pulmão foi responsável por 19.380 anos potenciais de vida perdidos em Portugal.

Tudo sobre a doença
A prevenção primária e a detecção precoce são as medidas mais eficazes e determinantes para a reduçã

 

A catarata é uma doença que aparece com a idade ou em consequência de uma doença sistémica. Gradualmente, a sua visão começa a tornar-se turva e os objectos deixam de lhe parecer brilhantes ou vivos como anteriormente. O aparecimento destes sintomas pode indicar o desenvolvimento de uma catarata. Convém consultar um oftalmologista de modo a saber se é recomendável ser submetido à cirurgia de catarata para melhorar a qualidade da sua visão.

A escolha do tipo de técnica cirúrgica é uma decisão que compete ao oftalmologista, após uma conversa de esclarecimento com o doente, que deverá compreender todo o procedimento que envolve ser submetido a uma cirurgia. Para tomar a decisão de se submeter a uma cirurgia é importante esclarecer todas as suas dúvidas.

De seguida, serão apresentadas algumas questões que o ajudarão a perceber os vários tipos e causas de cataratas, para que possa tomar a sua decisão.

O que é uma catarata e o que a causa?

O olho humano funciona como uma máquina fotográfica. Os raios visuais são focados pelo cristalino na retina, a camada de fotorecetores que funciona como o filme da câmara fotográfica, no fundo do olho.

No olho normal, os raios luminosos passam através do cristalino transparente e são focados na retina, o que dará origem a uma imagem clara e brilhante.

Com o avançar da idade, o cristalino continua a crescer, adicionando camadas às existentes na superfície. Com o evoluir do tempo, o cristalino endurece e perde transparência, o que resulta numa visão turva ou imperfeita.

Nesta situação clínica, a catarata está relacionada com a idade. É um processo normal e que, mais tarde ou mais cedo, ocorre em todas as pessoas.

Se o processo de formação da catarata afeta apenas uma pequena área do cristalino e se não é central, a sua visão pode não ser atingida ou grandemente perturbada. Se, pelo contrário, o processo é severo, atinge a zona central ou todo o cristalino e a sua visão é fortemente afetada.

Ainda que a catarata ocorra usualmente em ambos os olhos, raramente se desenvolve ao mesmo tempo em ambos os olhos.

Quais serão as outras causas de catarata?

Há outros tipos menos comuns de cataratas e que não estão relacionadas com o envelhecimento. Destaquemos alguns desses tipos:

Catarata congénita – Ocorre nas crianças e pode ser hereditária ou devida a traumatismos do parto. Algumas ocorrem sem qualquer causa óbvia.

Catarata secundária – É causada por doenças ou cirurgia prévia aos olhos. A formação de cataratas secundárias pode ser acelerada por doenças crónicas, como a diabetes ou o uso excessivo de esteróides.

Catarata traumática – A causa é um traumatismo ocular. O seu aparecimento pode surgir imediatamente após o traumatismo ou desenvolver-se lentamente meses ou anos após o acidente.

Quais são os sintomas das cataratas?

Os doentes que apresentam cataratas podem apresentar um ou alguns dos seguintes sintomas:

  • Sensibilidade à luz ou deslumbramento, especialmente à luz solar intensa ou aos faróis dos outros carros ao conduzir;
  • Redução da noção de profundidade;
  • Aumento das dificuldades de leitura, o que requer múltiplas mudanças de óculos;
  • Perda das cores vivas;
  • Distorção ou imagens fantasma;
  • Turvação ou escurecimento das imagens;
  • Diminuição da acuidade visual.

Mitos

Há alguns conceitos muito divulgados e que estão incorretos pelo que devem ser corrigidos.

A catarata NÃO É:

  • Uma membrana a crescer por cima do olho;
  • Um tumor, cancro ou infeção;
  • Uma causa irreversível de cegueira;
  • Uma doença contagiosa que se transmite de olho para olho e de pessoa para pessoa.

Como se faz o diagnóstico de uma catarata?

O uso de uma lâmpada de fenda ou um biomicroscópio permite ao oftalmologista o exame tridimensional e magnificado do cristalino. Através do exame biomicroscópico pode-se detetar a presença da catarata, assim como qualquer outra doença que provoque uma acuidade visual turva ou desconforto ocular.

Após o diagnóstico de uma catarata e para se analisar e preparar a intervenção cirúrgica, é necessário efectuar alguns exames complementares, nomeadamente:

  • Topografia corneana;
  • Microscopia especular;
  • Biometria com cálculo da potência da lente intraocular;
  • Ecografia ocular.

A CIRURGIA DE CATARATA

Quando se deve efectuar a cirurgia de catarata?

Antigamente, existia o conceito de que só se devia operar a catarata quando o doente já não visse nada. Hoje, se a visão estiver um pouco turva e perturbar as actividades diárias, deve considerar-se a possibilidade de cirurgia.

A cirurgia é o único meio para remover a catarata. Nenhum outro tratamento pode remover a catarata, quer sejam gotas, exercícios ou óculos. Refira-se também que nenhum tratamento, gotas ou óculos, irá influenciar a evolução da catarata. Esta irá aumentar de acordo com uma evolução própria que varia de pessoa para pessoa.

A cirurgia à catarata deve ser efectuada por um oftalmologista com experiência cirúrgica.

Qual a técnica que se utiliza na catarata?

Actualmente, há duas técnicas para a realização da cirurgia de catarata, a técnica convencional, chamada de facoemulsificação, e o laser, uma cirurgia inovadora e de vanguarda. A consulta e exames pré-operatórios serão decisivos para a escolha da técnica mais adequada.

A técnica facoemulsificação envolve a execução de duas incisões, uma maior de 3mm e outra de 1mm na córnea, através das quais o cirurgião introduz a ponta do facoemulsificador (a maior), um instrumento de ultrasons de alta frequência, com o qual se desfaz e aspira o núcleo (centro) da catarata. O restante da catarata é aspirado com a ponta de irrigação-aspiração. A incisão menor serve para utilizar o manipulador ou instrumento de ajuda.

A técnica de laser representa um passo inovador e qualitativo para os doentes, e consiste na utilização de um equipamento de vanguarda, o Femtofaco LenSX, com elevados  índices de segurança e precisão.

Após a remoção da catarata, independentemente da técnica, é implantada ou colocada uma lente intra-ocular no espaço da catarata. Esta nova lente intra-ocular vai permitir a focagem do feixe luminoso na retina. A lente intra-ocular vai tornar-se parte permanente do olho, ao contrário das lentes de contacto que são retiradas e colocadas diariamente.

Na maior parte dos casos, é colocada a lente intra-ocular (LIO) no saco capsular, tratando-se assim de uma LIO posterior. Se a técnica utilizada for a focoemulsificação, usa-se uma lente desdobrável, que entra enrolada e só se abre dentro do olho. Se, pelo contrário, a LIO é colocada à frente da íris ou na câmara anterior, chama-se LIO de câmara anterior.

Por último, só em alguns casos é preciso suturar a incisão, pois se a técnica for facoemulsificação e se usar uma LIO desdobrável, não é preciso suturar (dar pontos).

CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS

Quais são os cuidados pré-operatórios?

Como já foi referido, é necessário realizar alguns exames antes da operação para definição de qual a técnica, tipo de LIO ou cuidados a ter.

Algumas recomendações serão feitas ao doente pelo cirurgião, como ir para a clínica em jejum ou comer até uma determinada hora. Na clínica ser-lhe-ão colocadas gotas antes da intervenção cirúrgica.

No bloco operatório, o olho a operar será desinfectado, e será aplicado um campo operatório esterilizado para protecção da zona operatória.

Qual o tipo de anestesia a usar?

A cirurgia da catarata não necessita de uma anestesia geral. Hoje, a cirurgia realiza-se com uma anestesia tópica (gotas) e com sedação dada por via sistémica. Este tipo de anestesia permite que o doente não sinta qualquer dor e não se lembre de nada.

INTERNAMENTO

Quanto tempo fica na clínica?

Hoje em dia, a cirurgia de catarata não precisa de vários dias de internamento.

A cirurgia de catarata é um procedimento cirúrgico que pode ser efectuado em regime ambulatório ou com internamento de curta duração (24 horas) conforme o tipo de doente ou técnica que se usa. Com as técnicas actuais, o doente pode retomar logo de seguida a sua actividade diária.

RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS

Qual é o processo de recuperação?

O actual procedimento permite que não haja necessidade de tapar o olho operado, devendo somente repousar com tranquilidade e depois regressar a casa. Esta tranquilidade é essencial para evitar complicações, nomeadamente hemorragias, infecções ou outro tipo de problemas.

Alguns outros cuidados a ter são os seguintes:

  1. Aplicar as gotas prescritas correctamente;
  2. Esperar 3 a 5 minutos entre cada tipo de gotas;
  3. Não esfregar ou pressionar o olho;
  4. Não executar tarefas perigosas enquanto recupera a visão;
  5. Não recomeçar actividades intensas sem autorização do oftalmologista.

Quais os controlos pós-operatórios?

O doente deverá efectuar alguns controlos pós-operatórios, geralmente 2 a 3 exames nas primeiras 6 a 8 semanas. Nestas consultas, vai-se controlando o processo de cicatrização e recuperação funcional da visão do olho operado.

Por vezes, quando se utiliza LIOs posteriores, ao fim de alguns meses ou anos, a cápsula posterior onde a lente está apoiada pode “sujar-se” ou opacificar, o que provocar uma visão algo embaciada. O oftalmologista, com recurso a um laser YAG, vai abrir o centro desta cápsula, um procedimento indolor e eficaz, sem precisar de internamento, e com recuperação imediata.

É necessário usar óculos depois da cirurgia?

Os doentes que usavam lentes bifocais/progressivas ou somente lentes para perto, vão continuar a precisar de, pelo menos, óculos para perto, ainda que hoje já haja lentes intra-oculares progressivas/multifocais e, em alguns casos, possam ser implantadas.

OUTRAS QUESTÕES

Para além das questões que foram expostas, há quem considere alguns outros parâmetros, como sejam comparar os potenciais benéficos e os possíveis riscos.

Quando se pondera a possibilidade da cirurgia deve-se pensar-se em:

Quais os riscos de complicações?

Como em qualquer cirurgia, um bom resultado não pode ser garantido por ninguém. Mas é importante referir que 95 a 97% das cirurgias a cataratas decorrem sem qualquer tipo de complicações. Ainda que raras, as complicações podem ocorrer durante ou após a cirurgia, impondo algumas limitações visuais.

O que acontece se não for operado?

Com algumas excepções, a presença da catarata vai evoluir sem que se possa modificar a sua progressão com a respectiva perda de visão. Contudo, o esperar, ainda que não coloque em risco a recuperação da visão, vai colocar alguns problemas de técnica motivado pelo endurecimento da catarata.

Recorde-se que 90 a 95% dos doentes se sentem satisfeitos com o resultado da cirurgia. Mas lembre-se que a cirurgia da catarata não irá melhorar uma má visão provocada por outras doenças, como sejam a diabetes ou tromboses.

Por último, a decisão é sua, mas lembre-se que a catarata é uma causa comum de perda de visão no processo de envelhecimento. Quanto mais idoso, maior a possibilidade de ter uma catarata que interfere com a sua qualidade de vida. Logo, é de considerar fortemente a possibilidade de realizar uma cirurgia que é segura, com bons resultados e quase nenhumas complicações.

As novas técnicas, como o laser, oferecem-lhe uma nova qualidade de vida, segurança e precisão.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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