Centenas de médicos estrangeiros em Lisboa
De 21 a 23 de Outubro, Lisboa recebe centenas de especialistas estrangeiros para aquele que é considerado o mais importante...

De acordo com os dados disponíveis, sabe-se que as doenças da coluna representam 50 por cento das causas de incapacidade física, em idade laboral, e são o principal motivo para a ausência no trabalho em todo o mundo.

Entre a principais patologias associadas encontram-se a hérnia discal, a escoliose, a doença discal degenerativa ou a espondilartrose.

São, ainda, bastante comuns as lesões por traumatismo provocadas por acidentes de trânsito ou quedas de altura.

A coluna pode também ser afetada por tumores benignos ou malignos, necessitando de intervenção cirúrgica.

O responsável pelo congresso em Portugal, o médico anestesiologista Armando Barbosa, e especialista em terapêutica da dor, sublinha ainda que a dor da coluna é responsável por 80 por cento da dor crónica, estimando-se que esta seja a segunda causa, em Portugal, para as consultas da especialidade.

De acordo com o especialista, “a dor representa atualmente um dos maiores problemas de saúde pública atingindo cerca de 20 a 30 por cento da população. Os custos com este problema ultrapassam os 2 mil milhões de euros por ano e representam uma perda de 1,5 milhões de dias de trabalho anuais para quem sofre da doença”.

As modalidades de intervenção na dor são, por isso, fundamentais e permitem reduzir de forma substancial a dor e melhorar a qualidade de vida dos doentes.

"Atualmente existem novas técnicas para o tratamento desta patologia que permitem a cura ou melhoria importante da dor, sem recurso a cirurgia", afirma o médico anestesiologista.

Estima-se que tanto homens como mulheres sofram de dores de costas, sendo a sua maior incidência entre os 25 e os 60 anos.

ONU
A Organização das Nações Unidas estima que 5.500 milhões de pessoas tem acesso limitado ou nenhum acesso a analgésicos opiáceos...

O último relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE), difundido em Viena em 2014, indica que "três quartos da população mundial tem escasso ou nenhum acesso a tratamentos paliativos da dor" para doenças graves, terminais ou crónicas.

Isso significa que 92 por cento da morfina é consumida por 17% da população mundial, concentrada nos Estados Unidos, Canadá, Europa ocidental e Austrália, escreve o Sapo.

"Este problema foi agravado, no período examinado, pela ocorrência de desastres naturais e conflitos armados, que aumentaram a necessidade de substâncias fiscalizadas para tratar feridos e doentes", acrescenta no documento o presidente da JIFE, o sul-africano Lochan Naidoo.

O uso reduzido destes analgésicos opiáceos em muitos países deve-se a uma regulamentação inadequada, falta de preparação do pessoal de saúde, preconceitos culturais, fatores económicos e falta de acesso a estes medicamentos, indica o JIFE.

Sobre a situação das drogas no mundo, o JIPE pediu aos Estados que lutem contra os "aspetos socioeconómicos" que fomentam o consumo e o tráfico de drogas, como a pobreza, a desigualdade económicas, a exclusão social, a falta de perspetivas de emprego e a exposição à violência.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dor, no seu geral, é uma "experiência multidimensional desagradável, envolvendo não só um componente sensorial, mas também um componente emocional, e que se associa a uma lesão tecidular concreta ou potencial ou é descrita em função dessa tal lesão".

Estudo
O hospital pode ser um poço de infeções. O risco de as contrair pode ser maior que o risco de ser infetado pelo HIV ou de ter...

Ir a um hospital e sair de lá com uma infeção. O cenário é cada vez mais comum e o risco de contrair uma infeção hospitalar é maior que o risco total de contrair várias doenças por outras infeções, como o HIV ou a gripe.

A conclusão é de um estudo publicado esta semana no jornal Plos Medicine e divulgado pela DW, escreve o Observador. A Organização Mundial de Saúde corrobora: atualmente, as infeções adquiridas nos hospitais (Hospital acquired infections — HAI) constituem “os casos mais frequentes e adversos no que diz respeito aos cuidados de saúde em todo o mundo”, refere a organização.

 

Há mesmo “centenas de milhões de pacientes afetados [pelas infeções hospitalares] todos os anos em todo o mundo”, diz o documento. Ainda segundo o mesmo estudo, há 2,5 milhões de casos de infeções hospitalares por ano na União Europeia. Entre as infeções contraídas em contexto hospitalar que constituem maior risco que o HIV estão pneumonia, infeções do trato urinário, infeções cirúrgicas e infeções no sangue.

Coligação C6
Seis associações ambientalistas defenderam hoje que uma taxa sobre munições de chumbo é insuficiente para reduzir os efeitos...

A Coligação C6 considera que "esta é uma medida insuficiente para reduzir ou compensar a poluição provocada por este contaminante em resultados da atividade cinegética, a solução passaria, sim, por dar um chumbo às utilizações de cartuchos com chumbo, interditando o seu uso e substituindo-os por materiais não poluentes", salienta um comunicado.

A proposta de Orçamento do Estado (OE2017), apresentada pelo Governo, na sexta-feira, propõe uma "taxa sobre munições de chumbo", de cerca de dois cêntimos de euro por cada cartucho com a substância, utilizado pelos caçadores.

Para a coligação, que junta o Grupo de Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), o Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens FAPAS), a Liga para a Proteção da Natureza (LPN), a Quercus, a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e a WWF Portugal, a receita que o Governo venha a conseguir com a nova taxa não devia ser direcionada para a caça.

"As verbas provenientes de uma eventual taxa sobre as munições com chumbo, não deveriam ser usadas no investimento no setor da caça, conforme a proposta de Orçamento do Estado, mas sim em investimentos para despoluir, proteger espécies ameaçadas pelo chumbo" ou acabar com a utilização da substância, realçam os ambientalistas.

Aliás, especificam, a medida proposta "não é suficiente para resolver os graves problemas provocados nas cadeias tróficas, com consequente impacte na saúde humana", devido ao uso de munições com chumbo na caça, e a única medida eficaz seria a interdição da sua utilização e a substituição por ligas metálicas alternativas.

A utilização de cartuchos com chumbo na caça origina a libertação daquele metal pesado que resulta na contaminação dos solos e da água, com efeitos indiretos na fauna local e na saúde humana, pela ingestão de água ou alimentos cultivados em solos contaminados.

A substância é absorvida pelos organismos onde se acumula, de forma lenta, explicam as associações, citando estimativas a apontar que os adultos absorvem entre 5% a 15% do chumbo ingerido, retendo 5%, valor que é mais elevado nas crianças, podendo atingir 40%.

A contaminação por chumbo pode afetar o funcionamento do sistema nervoso ou da medula óssea e dos rins, e a Agência Internacional para a Pesquisa do Cancro (International Agency for Research on Cancer- IARC) considerou-o como um possível carcinogénico, segundo a C6.

O chumbo acumula-se igualmente nas cadeias tróficas, causando a morte por envenenamento de aves e mamíferos de espécies protegidas, sendo os patos dos grupos que mais sofrem da contaminação proveniente da caça, mas águias, abutres e lobos também "acumulam doses letais de chumbo no seu organismo ao consumirem presas contaminadas" com a substância.

Portugal é um dos poucos países europeus onde ainda é possível caçar com estas munições, uma prática que "não é aceitável duma sociedade informada e responsável", realçam os ambientalistas.

Cancerfonden
Uma associação sueca acusou na quinta-feira o Facebook de ter suprimido um vídeo sobre o cancro da mama que a rede social terá...

O grupo norte-americano pediu desculpa mais tarde, invocando um “erro”.

A associação, a Cancerfonden, publicou uma carta aberta dirigida ao Facebook para denunciar a supressão desse vídeo e indicou à agência de notícias AFP não ter conseguido chegar à fala com um representante da empresa para mostrar o seu ponto de vista.

“Achamos incompreensível e estranho que tenham percecionado uma campanha de informação médica como ofensiva”, afirmou a porta-voz da Cancerfonden, Lena Biörnstad.

O vídeo mostrava imagens animadas de mulheres a palparem, com movimentos circulares, os seios, para explicar como devem verificar nódulos suspeitos, uma medida recomendada na prevenção do cancro da mama.

“Trata-se de informações que salvam vidas, o que, na nossa opinião, é essencial”, frisou a mesma responsável.

“Lamentamos muito. A nossa equipa trata de milhões de imagens publicitárias semanalmente e em certos casos interditamos publicidades incorretamente”, reagiu um porta-voz da rede social, numa resposta por e-mail à AFP.

“Pedimos desculpa pelo erro e vamos informar o anunciante que nós aprovaremos as suas publicidades”, disse.

Oficialmente, o Facebook, que conta com 1,7 mil milhões de utilizadores, bane a nudez sem exceção.

No mês passado, a rede social causou alvoroço ao censurar, incluindo da página da primeira-ministra norueguesa, a célebre imagem de uma jovem vietnamita nua queimada por napalm.

O episódio, revelado pela própria primeira-ministra Erna Solberg, foi o culminar de uma polémica que durou dias, depois de o Facebook ter decidido bloquear temporariamente a conta do escritor norueguês Tom Egeland por difundir a mesma imagem.

Na foto, que valeu ao repórter Nick Ut um Pulitzer, aparece uma jovem vietnamita de nove anos a correr nua enquanto foge de um bombardeamento de napalm da aviação norte-americana em 1972, durante a guerra naquele país do sudeste asiático.

O Facebook reverteu depois a sua decisão, na sequência da onda de indignação, permitindo a divulgação da histórica fotografia da guerra do Vietname.

Até final de 2017
O ministro da Saúde disse que em novembro serão colocados mais 100 médicos de família em todo o país e que Portugal ficará “à...

Adalberto Campos Fernandes falava na cerimónia que assinalou a reabertura do internamento de Medicina Interna na unidade de Tomar do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), serviço cujo encerramento, no âmbito da reorganização realizada em 2012, motivou o protesto de populações e autarcas da região, num momento de “tensões e incompreensões” que o ministro recordou.

Referindo-se à resposta dos cuidados de saúde primários na região – “apenas a 16 médicos de família de ter uma cobertura plena” -, o ministro disse esperar que o objetivo de ter toda a população do país com médico de família possa ser alcançado até ao final de 2017.

Adalberto Campos Fernandes afirmou que aos mais cerca de 100 médicos de família que serão colocados em novembro se juntarão em 2017 os 400 jovens médicos que concluirão a especialidade.

“O número de médicos que vão completar especialidade no próximo ano é muito significativo, suplanta largamente o número de aposentados, e a expectativa é que, no final do ano [2017], se não estivermos a 100 por cento estaremos a 90 e muitos por cento”, declarou.

Por outro lado, adiantou, está a ser desenvolvido o projeto para a formalização da figura do enfermeiro de família.

Para o ministro, a seguir à quantidade a aposta é na qualidade, pelo que referiu a “prática política” do atual Governo de promover a gestão partilhada de recursos, a afiliação, a cooperação e a entreajuda entre hospitais, em particular com os “grandes porta-aviões”, como são os de Coimbra e Lisboa para esta região.

Questionado sobre a partilha das três unidades do CHMT (Tomar, Abrantes e Torres Novas) com o Hospital de Santarém (que tem já um acordo para internamentos de medicina interna em Torres Novas), Adalberto Fernandes disse que está “a correr muito bem”.

O ministro realçou o facto de nunca antes ter sido confrontado com uma “manifestação formal de reivindicação” para que um Conselho de Administração continuasse a exercer funções, como aconteceu esta semana por parte da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo, que pediu a renovação do mandato da atual administração, que termina a 31 de dezembro.

“Isto é um sinal ou um sintoma de que o mundo está a mudar ou estamos a entrar num domínio em que as cumplicidades importam mais que as diferenças políticas, ideológicas, profissionais, e esta região do país, que foi durante tanto tempo martirizada por divisões, tensões, incompreensões, que tanta vez pôs este Centro Hospitalar nas notícias pelas piores razões, tem hoje motivos para celebrar um momento de viragem”, afirmou.

Para o ministro, a atração de médicos para o interior faz-se “trabalhando o prestígio, a reputação e a qualidade do ambiente interno, a relação entre as pessoas e também alguma inovação em equipamentos e em processos”.

No caso do CHMT, referiu ainda a importância da relação com as Forças Armadas, pela existência na região de várias infraestruturas da Defesa (nomeadamente em Tancos e em Santa Margarida), e saudou os contributos do presidente do Conselho Consultivo, Luís Valença Pinto.

“A saúde é também criação de valor no território”, disse, apontando o plano aprovado em Conselho de Ministros para a revalorização do interior.

Especialistas do sono
A alteração dos ponteiros do relógio para a hora de inverno traz “mais riscos que benefícios” devido à “súbita exigência de...

Na madrugada de 28 para 29 de outubro, os relógios vão atrasar uma hora, dando início ao horário de inverno, uma mudança que, segundo Miguel Meira Cruz, tem impactos negativos na saúde.

“Apesar do impacto ser claramente maior no recuo que exigimos ao tempo em meados de março, qualquer das direções em que se proceda uma mudança súbita num relógio de adaptação lenta como o que temos no cérebro, tem prejuízos significativos e potencialmente graves”, adverte Miguel Meira Cruz.

O especialista afirma que uma hora a mais de sono pode, em teoria, promover o bem-estar de quem se encontra privado desta necessidade, sendo o impacto deste benefício maior nas pessoas que se deitam mais tarde e tendencialmente se levantam mais tarde ou naqueles que atrasam a sua hora de deitar, como acontece com adolescentes.

Porém, na prática, verifica-se que “as atitudes não acompanham as intenções e este ganho tem provavelmente uma influência menor”, sublinha.

Além disso, acrescenta, “os matutinos privados de sono, podem sofrer mais nos dias subsequentes à mudança para a hora de inverno”, dado que para “além da menor flexibilidade na resposta a mudanças, as condicionantes impostas pelo novo horário afetam o humor”.

Meira da Cruz aponta alguns sintomas causados pela alteração da hora, como prevalência de alguns tipos de dores de cabeça, nomeadamente a cefaleia hípnica (surge durante o sono) e a cefaleia em salvas (dor muito forte só num lado da cabeça).

Segundo o especialista em medicina de sono, “estas condições são frequentemente desencadeadas por alterações nos ritmos circadiários estabelecidos naturalmente”.

Uma vez que a “capacidade de alerta” da pessoa oscila com o “caráter circadiário” e com o aumento do tempo na escuridão, o risco de acidentes é também aumentado, alerta.

Para o especialista, a mudança da hora “é mais um exemplo do predomínio de interesses económico-financeiros, que vigora no mundo, em detrimento daqueles dirigidos à promoção da saúde”.

“Efetivamente a alteração proposta originalmente por Benjamim Franklin, perspetivava a rentabilização de energia luminosa poupando gastos”, mas “em rigor, não só não se confirmaram os ganhos teorizados, como se tem vindo a descobrir perdas importantes associadas à alteração brusca da hora”, sustenta.

Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos
As Unidades de Cuidados Paliativos vão funcionar apenas em hospitais a partir de 2018 e as localizadas na rede de cuidados...

De acordo com o Plano Estratégico para ao desenvolvimento dos Cuidados Paliativos no biénio 2017-2018, que esteve em discussão pública até sábado passado, as Unidades de Cuidados Paliativos (UCP) são serviços específicos de cuidados paliativos, em unidades hospitalares.

Estas unidades dispõem de espaço físico independente e recursos próprios, nomeadamente médicos e enfermeiros a tempo inteiro e destinam-se ao acompanhamento dos doentes com necessidades paliativas mais complexas, em situação de descompensação clínica ou emergência social, como seja a exaustão grave do cuidador.

No documento lê-se que as UCP da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) localizadas fora dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) devem, no prazo de três anos, ser convertidas noutra tipologia da RNCCI.

A Comissão Nacional de Cuidados Paliativos (CNCP) desaconselha a abertura de novas UCP no âmbito da RNCCI e propõe “a conversão das UCP instaladas em hospitais do SNS (11 das 22 UCP da RNCCI, ou seja, 183 das atuais 362 camas de UCP) em UCP hospitalares, passando a ser financiadas e geridas de forma semelhante aos outros serviços de internamento do hospital, o que permitirá agilizar as admissões e altas, tornando estes recursos mais eficientes”.

Para o presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP), Manuel Luís Capelas, a medida representa um “retrocesso em relação ao acesso aos cuidados especializados”, uma vez que “vão ser retirados do mapa as unidades (privadas e sociais)”.

“Só ficam as unidades que estão nos hospitais do SNS, o que vai diminuir a proximidade”, adiantou.

O presidente da APCP recordou que as UCP nas unidades do SNS são incrivelmente mais caras do que as contratualizadas externamente.

“Os doentes que deviam estar no SNS deviam ser os agudos e de elevada complexibilidade”, defendeu.

Manuel Luís Capelas critica ainda o facto de os contributos da associação que dirige “não terem sido levados em conta” e que foram “rasgados na sua essência”.

Contactada pela Lusa, a presidente da Comissão Nacional dos Cuidados Paliativos, Edna Gonçalves, defendeu o documento, recordando que o mesmo entrou agora numa fase de “análise atenta e ponderada de todos os comentários e sugestões recebidos e a integração do que for considerado pertinente no documento a aprovar pela tutela”.

O documento, adiantou, “teve até agora não duas mas muitas versões, que circularam entre os peritos que contribuíram para a sua elaboração, até chegarem a um consenso que foi enviado” à tutela.

Edna Gonçalves refuta algumas das críticas da APCP, nomeadamente a “falta de descentralização das unidades de excelência, especializadas e estruturadas”.

Para a associação, “a prestação de cuidados a doentes de baixo ou média complexidade e suas famílias por profissionais isolados irá limitar o acesso destes a cuidados estruturados e adequados”.

Segundo Edna Gonçalves, “será incentivada a abertura de UCP em todos os hospitais do SNS, o que vai ser desde já incluído no contrato programa dos hospitais”.

Outra crítica apontada pela APCP é a “falta de aposta e apoio na formação dos profissionais de saúde, principalmente ao nível estratégico, com ausência de medidas concretas e realistas”.

O plano, responde Edna Gonçalves, “prevê e foram já dados alguns passos para que a formação em cuidados paliativos passe a ser dada em todas as escolas de medicina e enfermagem do país”.

Também a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) criticou alguns aspetos do plano, nomeadamente a abertura ou manutenção de unidades de internamento de cuidados paliativos apenas em hospitais de agudos, bem como o fecho ou alteração de tipologia de unidades existentes da RNCCI.

“É nosso entendimento que existe uma faixa importante de doentes paliativos que, a necessitar de internamento, não se enquadram em qualquer das tipologias de cuidados existentes, pelo que consideramos ser importante existir internamento de cuidados paliativos fora dos hospitais de agudos”, lê-se num comunicado da associação.

Em Lisboa
O primeiro Congresso Nacional do Bebé reúne no sábado em Lisboa médicos, enfermeiros, psicólogos, terapeutas e também pais e...

Além dos temas centrados no bebé, o Congresso vai discutir igualmente assuntos mais ligados aos pais, como a depressão na gravidez ou no pós parto.

Segundo a psiquiatra Carina Mendonça, cerca de um quinto das mulheres apresenta depressão no período da gravidez e no puerpério, fases que muitas vezes são associadas a alegrias e realizações, o que nem sempre se traduz na realidade.

“Muitas mulheres experienciam tristeza ou ansiedade nesta fase das suas vidas, de forma tão intensa e disfuncional, que torna a vivência da maternidade um verdadeiro sofrimento”, refere em entrevista à agência Lusa a psiquiatra que participará no Congresso Nacional do Bebé.

Vários são os fatores que podem contribuir para uma patologia depressiva ou ansiosa na gestação, como dificuldades financeiras, falta de apoio familiar, relacionamento conjugal e, com grande influência, existência prévia de gravidez ou ansiedade.

No pós-parto, aliam-se as mudanças bruscas a nível hormonal a uma necessidade de reorganização da vida da mulher e do casal.

Carina Mendonça sublinha que quadros patológicos depressivos ou ansiosos acabam por ser muitas vezes ignorados ou desvalorizados na gravidez e pós-parto, “perpetuando um grande sofrimento para a mulher e com consequências nefastas no desenvolvimento da própria gravidez, do parto ou do bebé”.

“Infelizmente ainda existem muitos profissionais de saúde que contraindicam a consulta de especialidade e os respetivos tratamentos. Outras vezes, quando a referenciação à consulta de saúde mental é sugerida, são as mulheres que recusam pelo estigma ou pelo medo relacionado com os tratamentos”, lamenta a psiquiatra.

A especialista lembra que sintomas depressão durante a gestão constituem um fator de risco para depressão pós-parto; por sua vez, casos de mulheres com depressão pós-parto não adequadamente tratadas podem conduzir a prejuízos no desenvolvimento cognitivo e da linguagem do bebé.

“O acompanhamento psiquiátrico nestas fases é primordial (…). A intervenção deverá ser integrada através da associação entre a psicoterapia e a psicofarmacologia”, refere Carina Mendonça, salvaguardando que uma cuidadosa avaliação permite compatibilizar o tratamento medicamentoso com a própria amamentação.

Ainda no capítulo sobre “cuidar dos pais”, o Congresso do Bebé contará com a perspetiva da pediatra Joana Appelton Figueira sobre “os medos dos pais”.

“Mais do que chamar medrosos aos pais ou tentar classificar esta geração de pais, interessa-me conhecer os medos que trazem para lhes mostrar tudo o que são capazes de fazer”, referiu à Lusa a pediatra, em resposta a perguntas sobre a sua intervenção no congresso.

Joana Figueira reconhece que atualmente os pais têm muitas expetativas em relação aos seus filhos, muitas delas infundadas: imaginam um bebé perfeito, sempre feliz, que dorme e come bem e aprende depressa.

Além disso, os pais esperam recuperar depressa o estilo de vida prévio ao nascimento do bebé e há uma multiplicidade de exigências difícil de corresponder, sobretudo em relação às mulheres: “Das mães espera-se que sejam lindas, magras e bem arranjadas logo a seguir ao parto, que voltem ao trabalho, mas amamentem em exclusivo e vão a todas as festas das amigas…”

“O primeiro passo para promover a confiança dos pais é ajudá-los a pensar nas suas expetativas e nos seus valores”, defende a pediatra, considerando que os profissionais de saúde devem demonstrar as competências dos pais e dos bebés em cada interação com as famílias, forma de promover a autonomia e evitar o abuso do recurso aos profissionais.

Constança Ferreira, organizadora do Congresso Nacional do Bebé, explica que muitos outros temas serão abordados no encontro: o sono, o choro, a construção do cérebro nos primeiros anos e os equívocos da comunicação entre o adulto e o bebé.

“Vai ser um dia muito informático para os pais e cuidadores que queiram participar, já que o congresso não é um evento fechado aos profissionais. E os bebés são naturalmente bem-vindos”, referiu à Lusa a terapeuta de bebés .

Aliás, o encontro é todo ele um “espaço amigo da amamentação”, havendo também locais para trocar a fralda ou poder colocar o bebé a brincar.

Eurostat
Portugal tinha, em 2014, 16,6% de adultos obesos, um valor acima da média da União Europeia (UE 15,9%) e a tendência para o...

Em Portugal, a maior taxa de obesidade era as pessoas entre os 65 e os 74 anos (22,1%), seguindo-se o grupo entre os 45 e os 64 anos (21,9%) e o das pessoas com mais de 75 anos (16,7%).

Entre os 18 e os 24 anos a taxa de obesidade era, em 2014, de 5,7% e a das pessoas entre os 25 e os 34 anos de 9,4%.

Na média da UE, a taxa de obesidade mais alta é também registada entre as pessoas na faixa etária 65-74 anos (22,1%), seguindo-se a do grupo 45-64 (19,6%), a das pessoas a partir dos 75 anos (17,3%), a do grupo entre os 35 e os 44 (14,2%) e as faixas etárias 29-34 (9,9%)e 18-24 (5,7%).

Analisando por nível de escolaridade, a taxa mais alta, em Portugal, era de 20,9% para as pessoas com mais baixa educação, seguindo-se as de média educação (10.7%) e as que têm um nível alto de educação (8,6%).

A média da UE é, respetivamente, de 19,9%, 16,0% e 11,5%.

Analisando por género, há mais obesidade entre as mulheres (17,8%) do que nos homens (15,3%), valores que contrariam a média europeia (16,1% de homens obesos e 15,7% de mulheres).

Considera-se obesa a pessoa cujo índice de massa corporal é superior a 30.

11ª Reunião Nacional do Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus
A diabetes afeta perto de um milhão de portugueses e a pré-diabetes atinge cerca de três milhões, um aumento significativo que...

Os dados são do Observatório Nacional da Diabetes e vão ser refletidos durante a 11ª Reunião Nacional do Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.

Segundo o organizador do evento, Carlos Godinho, a crise económica vivida em Portugal, nos últimos anos, “trouxe um acréscimo da diabetes” porque as pessoas ao terem menos poder de compra optam por alimentos de fraco valor nutricional que favorecem a obesidade.

“A crise ajudou os portugueses a alargarem o cinto. Não a apertar mas sim a alargar o cinto porque engordaram devido a uma má alimentação e esse é um dos fatores associados ao aumento da diabetes”, disse à Lusa aquele responsável.

O aumento da diabetes tipo 2 nas crianças e nos jovens até aos 20 anos é fator de preocupação que integra os tópicos desta reunião assim como a diabetes gestacional e a educação terapêutica.

O conceito de educação terapêutica consiste em dotar o doente de conhecimentos suficientes para que o próprio possa gerir a sua doença.

Carlos Godinho explicou que a educação terapêutica pode ser aplicada aos diabéticos e pode influenciar na história natural da doença e até ajudar a prevenir o aparecimento de complicações.

Os profissionais de saúde pretendem que a prevenção da diabetes possa envolver toda a sociedade portuguesa.

“A diabetes é um problema de todos. Da classe médica e dos profissionais de saúde em geral, mas também da população e das autoridades de uma forma geral”, observou dando como exemplo as autarquias que podem apostar na criação de espaços ao ar livre onde a população possa praticar exercício físico.

Combater os hábitos sedentários e incentivar bons hábitos alimentares são vitais para a prevenção da diabetes e também na sua gestão após diagnóstico.

A 11ª Reunião Nacional do Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna decorre em Olhão, distrito de Faro, até 22 de outubro.

Infarmed
A Agência Europeia do Medicamento (EMA) terminou a revisão da informação relativa a todos os medicamentos contendo metformina...

Informação para os profissionais de saúde
- Os medicamentos contendo metformina podem ser utilizados em doentes com função renal moderadamente reduzida (GFR = 30-59 ml/min). O uso em doentes com GFR < 30 ml/min continua contraindicado;
- O GFR deve ser avaliado antes do início do tratamento com metformina e anualmente durante o tratamento;
- Em doentes com função renal moderadamente reduzida deve ser considerada a utilização de doses reduzidas de metformina;
- Os fatores de risco para acidose láctica devem ser revistos antes e durante o tratamento;
- Para os medicamentos de dose fixa contendo metformina em associação com outra substância, deve ser considerado o uso das diferentes substâncias ativas em separado face às restrições, eficácia e viabilidade de ajustamento da dosagem da outra substância.
- A informação do RCM dos medicamentos contendo metformina será harmonizada relativamente à utilização destes medicamentos em doentes com função renal moderadamente reduzida e às precauções relativas ao risco de acidose láctica.

Informação para os doentes
- Os medicamentos contendo metformina são utilizados para o tratamento da diabetes tipo 2, isoladamente ou em associação com outros antidiabéticos orais ou com insulina;
- Os doentes com função renal moderadamente reduzida (GFR = 30-59 ml/min) podem agora utilizar metformina, desde que a dose deste medicamento seja adaptada à função renal do doente. Estes medicamentos continuam contraindicados em doentes com redução grave da função renal (GFR inferior a 30 ml/mim);
- Os doentes com função renal reduzida podem ter um risco maior de desenvolverem acidose láctica, uma complicação rara, mas grave, que se deve a uma acumulação de ácido láctico. No entanto, este risco pode ser minimizado monitorizando a dose administrada;
- A desidratação aumenta o risco de acidose láctica. Se tiver vómitos, diarreia, febre, se está exposto ao calor ou beber menos líquidos do que o normal poderá ficar desidratado. Nestes casos pare de tomar metformina e consulte de imediato o seu médico.
- Caso tenha dúvidas sobre o seu tratamento para a diabetes ou sobre a sua função renal, deve consultar o seu médico ou farmacêutico.

O Infarmed continuará a acompanhar esta questão e implementará a decisão final, legalmente vinculativa, a ser emitida pela Comissão Europeia.

Administração Central do Sistema de Saúde
Mais de 66 mil utentes optaram por consultas em hospitais fora da sua rede habitual, nos primeiros quatro meses de...

De acordo com dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), 66.217 utentes foram referenciados para uma primeira consulta fora da rede hospitalar habitual, entre 01 de junho a 30 de setembro.

Desde 01 de junho que “o cidadão que aguarde pela primeira consulta de especialidade hospitalar pode, em articulação com o médico de família responsável pela referenciação”, pode “optar por qualquer uma das unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS) onde exista a especialidade em causa”.

Os hospitais mais escolhidos pelos utentes foram o Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto, os centros hospitalares de Lisboa Norte (CHLN), de Lisboa Central, do Porto e de São João (Porto).

 

As unidades com mais utentes que solicitaram consultas fora da sua rede hospitalar habitual foram os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) Ave III (Famalicão), Tâmega III (Vale do Sousa Norte), Lezíria (Santarém), Amadora e Sintra.

No Porto
Os alunos da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto voltam este ano a trocar os livros por ações de voluntariado em...

“A unidade de Formação Social e Humana é uma resposta a uma ânsia da sociedade (…) e à preocupação com a formação social e humana do médico. Procura-se fomentar a proximidade entre o futuro médico e o seu doente”, disse Manuel Nuno Alçada, docente da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e responsável pela disciplina.

Dois anos depois de inaugurar esta unidade de formação, a FMUP assina hoje um novo protocolo de cooperação com 32 instituições de solidariedade social que acolherão 230 estudantes durante este ano letivo.

A Unidade Curricular de “Formação Social e Humana” desafia os jovens a integrarem no seu plano curricular 50 horas de voluntariado em instituições onde contactam com diversas realidades, desde “pessoas desfavorecidas, crianças com deficiências, idosos” o que os “ajuda a crescer”.

Esta disciplina opcional do segundo ao quinto ano quer, assim, fazer com que os futuros médicos “não percam de vista que não estão só a lidar com doentes mas sim com pessoas”.

A adesão dos alunos à disciplina “tem sido elevada” e desde que foi criada tem atraído cerca de 200 estudantes por ano.

Para este ano letivo estão já inscritos 130 alunos para o primeiro semestre da disciplina com ações de voluntariado de onde os alunos “dizem que saem cansados mas felizes”.

A sessão está marcada para as 15:00 na Aula Magna da FMUP estando previstas intervenções do pró-reitor da Universidade do Porto, Manuel José Fontes de Carvalho, do bispo auxiliar do Porto, D. António Augusto, da diretora da FMUP, Maria Amélia Ferreira, do professor Manuel Nuno Alçada e do presidente da associação de estudantes Francisco Vieira.

De entre as 32 instituições que fazem parte deste protocolo estão a Liga Portuguesa contra o Cancro, o Centro Social da Legião da Boa Vontade, a Casa Ronald McDonald do Porto e a Médicos do Mundo.

"Estado da População Mundial"
As Nações Unidas apelam hoje a um investimento nas meninas de 10 anos, argumentando que se este grupo de mais de 60 milhões...

No relatório sobre o "Estado da População Mundial", hoje divulgado, o Fundo das Nações Unidas para a População conclui que atualmente existem 125 milhões de crianças de 10 anos no mundo, das quais 60 milhões são meninas, que estão "sistematicamente em desvantagem" face os rapazes: têm menos probabilidade de acabar a escolaridade e mais probabilidade de serem forçadas a casar e a trabalhar e a serem sujeitas a outras práticas nefastas, como a mutilação genital feminina.

Mais de metade destes 60 milhões de meninas vive nos 48 países com piores indicadores na igualdade de género; nove em cada dez vivem em países em desenvolvimento e uma em cada cinco vive num dos países menos desenvolvidos.

Atualmente, 16 milhões entre os 6 e os 11 anos nunca chegam a começar a escola, o dobro da proporção de rapazes.

No entanto, o seu potencial é maior do que o dos rapazes: cada ano de ensino que uma rapariga tem reflete-se num aumento de 11,7% no seu salário futuro (nos rapazes o aumento é de 9,6%).

Se todas as raparigas de 10 anos atualmente fora do ensino nos países em desenvolvimento concluíssem o ensino secundário, teriam um dividendo anual de 21 mil milhões de dólares.

Pelo contrário, escrevem os autores do relatório, se as meninas de 10 anos de hoje forem impedidas de atingir o seu potencial e de contribuir para o progresso económico e social das suas comunidades, os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), definidos no ano passado pela ONU para 2030, não serão alcançados.

"Em muitos sentidos, a trajetória de vida das meninas de 10 anos será o verdadeiro teste sobre se a agenda 2030 será um sucesso ou um falhanço", escreve o diretor-executivo do UNFPA, Babatunde Osotimehin, no prefácio do relatório.

O também vice-secretário-geral da ONU sublinha ainda: "Sempre que o potencial de uma menina não se realiza, perdemos todos. Pelo contrário, quando uma menina consegue exercer os seus direitos, é saudável, completa o ensino e toma decisões sobre a sua própria vida, ela - e toda a gente à sua volta - ganha".

"Quando uma menina faz 10 anos, o seu mundo muda", escreve o diretor-geral.

Em algumas partes do mundo, a aproximação da adolescência é um abrir de possibilidades, mas noutras, uma rapariga na puberdade passa a ser vista como um bem, que pode ser vendido ou trocado. Pode ser forçada a casar, retirada da escola e obrigada a ter filhos e a começar uma vida de servidão.

O relatório reconhece que as perspetivas para uma menina de 10 anos são hoje melhores do que há uma geração, mas as melhorias têm sido desiguais, tanto entre países como dentro dos países. Com efeito, as diferenças dentro dos países podem até ser maiores do que entre países.

Atualmente, 10% das meninas dos 5 aos 14 anos fazem mais de 28 horas de trabalhos domésticos por semana, o dobro dos rapazes.

Três em cada quatro meninas que trabalham não são pagas.

Estima-se que todos os dias haja 47.700 raparigas em risco de casar antes dos 18.

Para contrariar estes números, a ONU propõe dez ações que passam por legislação para estipular a igualdade de género ou para banir práticas ilegais e proibir o casamento antes dos 18 anos, mas também pela promoção de uma educação de qualidade, serviço de saúde universal e educação sexual a partir da puberdade, entre outras.

Dia Mundial da Osteoporose
No dia em que se alerta mundialmente para a Osteoporose, António Vilar, Coordenador do serviço de re

Aproveitamos o dia 20 de outubro para falarmos um pouco mais da Osteoporose (OP).

Doença muito falada e aproveitada, por vezes, para fins comerciais muitas vezes duvidosos, quando não mesmo imorais.

Trata-se de um problema do metabolismo do osso que vai perdendo quantidade (densidade) acompanhado de deterioração da sua arquitetura, resultando num risco aumentado de fraturas na coluna, anca e ossos periféricos (punhos).

Com o aumento crescente da longevidade, e tendo em conta que se todos vivermos o suficiente TODOS teremos OP, facilmente se compreende que rapidamente se tornou um problema de saúde publica.

É que só em Portugal, nos últimos 20 anos, a esperança de vida à nascença aumentou mais de 10 anos!

Não sendo das doenças mais frequentes, ela é uma importante causa de morte nos países desenvolvidos devido sobretudo às fraturas do fémur.

Muitas vezes chamada de ameaça invisível por não dar sintomas até á primeira fratura ocorrer, a OP  tem consequências visíveis e devastadoras com as  fraturas da anca pois:

24% dos doentes  morrem no 1º ano;

50% das vítimas de fractura da anca perdem a sua autonomia e 33% ficam totalmente dependentes.

Sabia que morrem, em Portugal, mais doentes por fratura do fémur do que mulheres com cancro de mama?

Neste contexto facilmente se compreende o impacto, que é também económico, da OP.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS)  estimam, só em fracturas da anca a nível mundial, um aumento desde 1990, de mais de um milhão e seiscentos mil casos que atingirá o valor astronómico de mais de seis milhões de fraturas em 2050 se, entretanto, não  se  encontrarem estratégias preventivas adequadas.

Em Portugal  1 em cada 3 mulheres vai ter uma fratura por osteoporose ao longo da vida, sendo que metade são do fémur. E, naquelas com mais de 50 anos, metade irá sofrer uma fratura por osteoporose.

Os principais fatores de risco para a OP são a idade , o sexo e os fatores hormonais (como a baixa dos estrogénios na menopausa ou o deficit de testosterona nos homens), a hereditariedade, (que condiciona o pico de massa óssea que atingimos no final da adolescência), a alimentação (leite e derivados), alguns medicamentos como os corticoesteroides e a heparina, a atividade física e alguns hábitos nocivos como o álcool e o tabaco.

O desafio atual está na identificação correta dos doentes em risco por um lado e na falta de tratamento médico que ocorre nos doentes que já tiveram uma fratura osteoporótica…

Entre nós apenas 10 a 15% daqueles doentes estão a tratar a sua OP!

Embora se possa medir a densidade óssea em vários locais (coluna, fémur, antebraço e pé) e classificar como normal, baixa ou muito baixa a massa óssea e com ela ter uma noção do risco aumentado de fraturas, novos instrumentos que os reumatologistas e outros especialistas interessados no tratamento da OP conhecem bem permitem calcular o risco de fratura a 10 anos.

Nele são questionados além da idade, sexo, peso e altura, hábitos como fumar, beber mais de 3 cervejas, whiskies ou 0,5 litro de vinho por dia. A toma prolongada de corticóides ou a presença de algumas doenças endócrinas ou uma menopausa antes dos 45 anos.

A artrite reumatóide é por si só também um fator de risco, assim como a ocorrência de uma fratura prévia de baixo impacto ou a fratura da anca nos pais.

Junta-se por fim a densidade do colo do fémur gerando-se a estimativa de fratura a 10 anos e assim apoiar a decisão de tratar a OP naquele utente.

Não irei falar hoje dos medicamentos usados no tratamento da OP, mas farei uma menção à necessidade de ingerir cálcio e suplemento de vitamina D, esta última muito falada pelos benefícios que acrescenta, para além da absorção do cálcio,  reduzindo o risco das quedas nos idosos e diminuindo também o risco de várias outras doenças, parecendo estar associada a uma maior longevidade.

Das medidas não medicamentosas lembrava a importância do exercício. Mesmo sem ir ao ginásio ou correr, ANDE! Caminhar entre 30 a 45 minutos por dia faz muito pelo seu osso: melhora a massa muscular e a coordenação dos movimentos.

Mas tem que o fazer regularmente… pode deixar o carro mais longe, apear-se do transporte público na paragem anterior, passear o cão ou estreitar afetos  com a família pondo a conversa em dia!

Outros cuidados não medicamentosos são evitar as QUEDAS.

Mesmo em casa, onde um terço das fracturas ocorrem (metade das quais na cozinha ou casa de banho), procure:

Não caminhar em pisos escorregadios;

Retirar os tapetes;

Ter muito cuidado com animais domésticos em casa;

Ter iluminação adequada;

Colocar corrimãos nos corredores e escadas;

Evitar altura excessida da cama;

Não ter fios elétricos espalhados;

Usas bases para duche; 

Ter suportes e apoios (bancos) no duche; 

Não usar chinelos; 

Apoiar-se em bengala ou canadiana, se tiver desequilíbrio 

Algumas intervenções  possíveis para evitar quedas são:

Não receitar sedativos;

Evitar polimedicação;

Avaliar visão periodicamente;

Evitar o alcóol

Cuidado com alguns remédios para a hipertensão;

Acender a luz ao levantar-se de noite; 

Nunca subir a bancos ou cadeiras;

Usar, eventualmente, protetores da anca. 

 

Fale com o seu médico sobre as suas dúvidas e procure os seus conselhos nesta área.

Na dúvida ouça o especialista.

E se quiser mais informações pode contactar as duas associações existentes em Portugal:

A APOROS e a APO (Associação Portuguesa de Osteoporose).

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Uma equipa de investigadores, incluindo o português Delfim Duarte, concluiu que células de leucemia, o cancro do sangue, &quot...

A descoberta, cujos resultados foram publicados esta semana na revista Nature, abre portas para novos tratamentos, que, segundo a equipa, devem ser concebidos para travar o movimento destas células.

Cientistas do Imperial College de Londres estudaram, numa experiência com ratinhos, um tipo agressivo de leucemia aguda, a leucemia linfoblástica aguda de células T, um cancro de uma espécie de glóbulos brancos, que se caracteriza pelo aumento descontrolado destas células, responsáveis pela defesa do organismo contra agentes invasores.

Uma das teorias avançadas para explicar a resistência desta leucemia agressiva ao tratamento inicial, a quimioterapia, e a sua reincidência é a capacidade de os tumores se protegerem em locais específicos da medula óssea.

"[Contudo,] surpreendentemente, verificámos que, ao contrário do que tinha sido proposto anteriormente, as células de leucemia são extremamente rápidas e não têm localização preferencial na medula óssea. Ou seja, de forma simplificada, a leucemia 'foge' e resiste à quimioterapia", sustentou à Lusa o investigador Delfim Duarte, a realizar o doutoramento em leucemia e microambiente da medula óssea, no Imperial College de Londres.

A equipa usou uma "técnica inovadora" de observação ao microscópio, 'in vivo', em ratinhos com leucemia linfoblástica aguda de células T.

A técnica, explicou Delfim Duarte, hematologista no Instituto Português de Oncologia do Porto, "permitiu seguir, pela primeira vez, e em tempo real, as células de leucemia dentro da medula óssea", possibilitando "estudar o seu comportamento (movimento e estruturas com que interagem) e a sua localização".

Para o estudo, foi analisado o comportamento das células de ratinhos "doentes", com leucemia, e de células humanas de leucemia transplantadas em ratinhos imunodeficientes.

Os investigadores concluíram que quanto mais agressiva era quimioterapia administrada, mais rapidamente se movimentavam as células tumorais, resistindo ao tratamento.

O grupo observou também que a leucemia linfoblástica aguda de células T, predominante em crianças, destrói os osteoblastos, células do osso "essenciais à produção normal de sangue".

As conclusões a que chegaram os cientistas foram verificadas a partir de biópsias de medula óssea de doentes humanos, na Austrália.

A equipa da qual faz parte Delfim Duarte, um dos primeiros coautores do artigo publicado na Nature, está a averiguar qual a proteína envolvida no movimento das células da leucemia estudada, que possa servir como alvo terapêutico.

Além disso, pretende "explorar tratamentos que protejam os osteoblastos e permitam diminuir algumas complicações da doença", como anemia, infeções ou hemorragias.

O estudo teve a colaboração de investigadores do Instituto Francis Crick, igualmente em Londres, no Reino Unido, e da Universidade de Melbourne, na Austrália.

Espetáculo comemorativo dos 90 anos da APDP
Carlos Guilherme, Celina Pereira, Filipa Pais, Jorge Batista Silva, José Fanha, Vitorino, Vitor de Sousa e Yolanda Soares são...

Para o presidente da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), Luis Gardete Correia, «é uma honra enorme poder contar com artistas tão conceituados num espetáculo que é simultaneamente comemorativo dos 90 anos da APDP e de angariação de fundos. Recordo que, enquanto IPSS, vivemos tanto do contributo dos sócios como dos apoios que recebemos. Por isso, deixo o convite a que todos juntem a sua voz à nossa e participem nesta Festa!».

O Espetáculo Musical que a APDP está a organizar insere-se numa série de iniciativas que a associação de pessoas com diabetes mais antiga do mundo preparou para a comemoração do seu 90.º aniversário e para o mês da diabetes.

Os bilhetes para o Espetáculo do próximo dia 4 de novembro podem ser adquiridos na receção da APDP, na Rua Rodrigo da Fonseca, n.º 1, ou no site da Ticketline. Mais informações em www.apdp.pt ou através do 213 816 101.

Novembro | Mês da Diabetes | Diversas iniciativas

Para o dia 26 de novembro, a APDP organiza também a “Festa da Diabetes”, que decorre no Complexo Desportivo Municipal do Casal Vistoso, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa.

Com início às 09h30, a festa vai prolongar-se até às 16h30 com um vasto programa de iniciativas que inclui “Palavras ditas e palavras cantadas”, com a participação de Carlos Aberto Moniz e de José Fanha, danças de salão, com o Estúdio 8, showcooking com o Chef Vítor Sobral, entre muitos outros convidados. Em paralelo, acontecem atividades como a Feira das Associações ou o Espaço Criança.

“A Festa continua e pretendemos juntar, nesta ocasião, muitos dos nossos parceiros de trabalho na área da diabetes e associados, mas também todos os que respondam ao apelo de aprender mais sobre como levar uma vida saudável, que passa obrigatoriamente, e convém lembrá-lo todos os dias, por uma alimentação saudável e por atividade física. Só assim conseguiremos combater os números desastrosos da diabetes em Portugal”, recorda Luis Gardete Correia. 

Ministro da Saúde
O Governo vai arrancar em 2017 com a criação de centros de responsabilidade integrada e vai criar incentivos para que os exames...

O anuncio foi feito hoje pelo ministro da Saúde durante a comissão parlamentar, onde foi chamado para prestar esclarecimentos sobre o despacho que obriga os hospitais a controlar a despesa.

Falando já sobre política geral de saúde, Adalberto Campos Fernandes revelou que “vai arrancar finalmente com a criação de centros de responsabilidade integrada” e que está a ser estudada a inclusão no SIGIC (programa de combate às listas de espera) da possibilidade de pagar incentivos para a realização de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT).

De acordo com Adalberto Campos Fernandes, a “única limitação para a internalização” são os direitos de acesso, que preveem tempos máximos de resposta garantidos para o acesso àqueles cuidados de saúde.

Com os centros de responsabilidade integrada será possível realizar mais exames diferenciados dentro do Serviço Nacional de Saúde (SNS), segundo o ministro, para quem o ideal é internalizar o mais possível os exames, sem ter de estar a pagar aos convencionados.

O ministro revelou ainda que até ao final do ano estarão aprovados mais de 60 medicamentos inovadores, o que constitui um “número recorde”.

Sobre as unidades hospitalares, ficou a saber-se que o Hospital do Oeste vai passar a Entidade Pública Empresarial, que no próximo ano serão iniciados os trabalhos de lançamento de concurso para construção do Hospital do Oriente (que não estará concluído antes de 4/5 anos) e que o Algarve “merece a equação de um hospital central de cariz universitário”.

O ministro anunciou ainda a construção de 34 centros de saúde no próximo ano, alguns já em execução, no âmbito de protocolos com autarquias.

Serão ainda construídos fora destes protocolos, apenas sob a responsabilidade da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, mais dois centros de saúde em 2017: um em Corroios (Seixal) e outro em Peniche.

Técnica inovadora microinvasiva
Os fibromiomas, leiomas ou miomas são tumores benignos que nascem nas paredes do útero e que afetam

Apesar de não existirem causas conhecidas, sabe-se que os antecedentes familiares são fatores de risco para o aparecimento de fibromiomas que afetam mulheres, maioritariamente, entre os 30 e os 45 anos.

Estima-se, aliás, que entre 20 a 40 por cento das mulheres em idade fértil sejam portadoras de fibromiomas, ascendendo a sua frequência aos 70 por cento em mulheres africanas.

Tratando-se de tumores benignos que nascem nas paredes do útero, e cujas dimensões podem ir de alguns milímetros a mais de 20 centímetros, eles interferem com  a capacidade reprodutiva, não só impossibilitando muitas mulheres de engravidar, como de levar a gravidez a termo.

“Os fibromiomas são geralmente diagnosticados durante um exame ginecológico”, começa por explicar Martins Pisco, sendo a sua presença confirmada por ecografia abdominal ou por ressonância magnética.

Dependendo da sua localização, os fibromiomas apresentam classificações distintas. Podem ser sub-serosos – desenvolvendo-se na porção externa da parede do útero e crescendo para fora; intra-murais, os mais frequentes e que se desenvolvem na parede uterina e sub-mucosos, desenvolvendo-se na superfície interna das paredes da cavidade uterina.

Períodos menstruais prolongados, por vezes com hemorragias que podem conduzir à anemia, dor pélvia e/ou na região lombar, sensação de peso e volume do abdómen, dificuldade em engravidar ou abortos de repetição são alguns dos principais sintomas. No entanto, nem sempre estes sinais são óbvios.

Mariana Costa Sá tinha 25 anos quando descobriu, por acaso, num exame de rotina que tinha vários fibromiomas. “Eu sempre tive muitas dores, sempre tive um período abundante e irregular”, recorda.

“O médico, na altura, disse-me que eu tinha dois anos se quisesse ter filhos”, afirma acrescentando que, embora não fizesse parte dos seus planos imediatos engravidar, era um sonho acalentava como qualquer outra mulher.

“Eu tinha começado a namorar com o meu marido na altura, portanto essa hipótese nem se colocava. Acabei por procurar o conselho de outros médicos”, justifica. No entanto, admite que teve de se mentalizar. “Pensei, quando tiver de ser será!”, conta.

Seis anos depois, com a vida mais estabilizada, passa a ser acompanhada na tentativa de conseguir engravidar. “Quando regressei ao médico, em 2006, os miomas estavam maiores e tive de começar a fazer um tratamento hormonal que não resultou”, lamenta acrescentando que foi a pior coisa que fez. “O útero já não estava em condições para suportar uma gravidez”, revela.

“A confiança que perdi quando fiz o tratamento hormonal foi o pior. Eu senti-me completamente abandonada e foi por isso que, quando sugerem fazer uma miomectomia, eu não aceitei”, confessa admitindo que não estava disposta a correr riscos. Neste caso, o risco era a esterilização.

De acordo com Martins Pisco,  a miomectomia consiste na remoção de cada um dos miomas e não deve ser efetuada se  estes forem numerosos ou de grandes dimensões “devido aos maus resultados”. “A miomectomia pode complicar gravidezes subsequentes, pois provoca a cicatrização do músculo uterino. Nestas situações, a embolizalização é a única alternativa à histerectomia – que envolve a remoção da totalidade do útero”, justifica o especialista.

Decidida a escolher o tratamento correto, Mariana pesquisou sobre o tema e encontrou  informação sobre Martins Pisco e a técnica que introduziu em Portugal.

“Decidi procurar ajuda e tive a minha primeira consulta em Março de 2007”, revela.

Para ter a certeza de que estava no caminho certo quis saber tudo o que havia para saber sobre embolização e, aconselhada pelo especialista, falou com algumas mullheres que já tinham sido sujeitas a esta técnica inovadora. “As outras pacientes tranquilizaram-me. Não havia cortes, era minimamente invasivo e seguro”, recorda.

Na realidade, tal como explica Martins Pisco, “a embolização é uma técnica microinvasora, com menos riscos que as técnicas cirúrgicas” e que consiste em interromper a circulação sanguínea que irriga os fibromiomas, “resolvendo o problema de forma rápida e duradoura e preservando o útero”.

“Sem irrigação sanguínea o fibromioma atrofia-se e os sintomas desaparecem”, justifica.

O processo é bastante simples, não necessitando de internamento ou período de convalescença. “Sob anestesia local, e sem perda de sangue efetua-se um pequeno orifício de 1, 5 milímetros de diâmetro na virilha, através do qual se coloca um fino tubo plástico chamado cateter e, mediante monitorização por aparelho de raios X digital sofisticado, é dirigido para as artérias uterinas”, descreve o especialista do Hospital St. Louis.

“Partículas finas, como graus de areia, são então injetadas nas artérias uterinas. Como os fibromiomas têm muito sangue comportam-se como uma esponja, absorvendo aquelas partículas que vão entupir os ramos que os irrigam, poupando contudo a própria artéria uterina, para que a paciente possa engravidar mais tarde, embora a possibilidade de gravidez não possa ser garantida”, acrescenta.

No entanto, esta técnica tem tido uma elevada taxa de sucesso. Desde que se realiza no nosso país no Hospital St Louis (Junho de 2004) já foram tratadas mais de 1800 pacientes e há o registo de 160 bebés nascidos saudáveis após embolização.

Com este tratamento assiste-se a uma redução progressiva e significativa dos fibromiomas, a sintomatologia diminui ou desaparece e os fibromiomas deixam de crescer.

“Após embololização, os fibromiomas desaparecem só em 20 por cento dos casos, podendo ser expulsos ou desfazer-se em fragmentos explusos durante a menstruação”, revela Martins Pisco.

Habitualmente, a maioria persiste no útero necessitando, por isso, de acompanhamento regular. “Na maioria dos casos, a Ressonância Magnética revelará uma isquémia superior a 90 por cento, quer dizer sem sangue, pelo que não voltarão a crescer. Os fibromiomas reduzem as dimensões, ocorrendo a maior redução durante os primeiros seis meses, mas continuam a reduzir, pelo menos, até aos cinco anos”, acrescenta.

A técnica dura entre 30 a 60 minutos e a paciente pode ir no próprio dia para casa, existindo contato permanente com a equipa médica para avaliar queixas ou esclarecer quaisquer dúvidas.

Mariana Costa Sá recorda que apenas sentiu frio durante a intervenção.  “Como sou da região norte fiquei num hotel para passar a noite a seguir à intervenção. No dia seguinte regressei a casa e não tive quaisquer sintomas nos pós-operatório”, conta.

No entanto, de acordo com o especialista, algumas pacientes podem sentir náuseas, vómitos ou dor, que facilmente são controlados por medicação apropriada.

“Coloquei apenas gelo como indicado e tomei a medicação prescrita e retomei a minha vida normal nos dias seguintes”, afiança Mariana que, ao contrário do primeiro tratamento que fez, foi acompanhada de perto pelo especialista. “O professor estava sempre a telefonar para saber como estava a correr a recuperação e ao fim de três meses fiz uma ressonância magnética. Os miomas tinham diminuído”, revela, acrescentando ainda que em Novembro desse ano já estava grávida.

“A minha primeira filha nasceu em Agosto de 2008”, conta. “A gravidez aconteceu naturalmente. Antes o único problema era o bebé não ter espaço no útero para se desenvolver devido aos miomas. Eu costuma dizer que não era um problema dos ingredientes mas da panela”, diz com humor.

Em Fevereiro de 2010 teve o seu segundo filho e em Janeiro de 2015 o terceiro. “A segunda e terceira gravidez aconteceram sem contar”, revela feliz. 

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