18 a 20 de outubro
A APSEI - Associação Portuguesa de Segurança vai organizar, de 18 a 20 de outubro, no Centro de Congressos do Estoril, a...

No auditório 3 do Centro de Congressos do Estoril vai ser debatida a Segurança e Saúde no Trabalho, um tema que contará com a presença do Inspetor-Geral da ACT, Pedro Pimenta Braz, que irá presidir a Sessão Solene no dia 18 de outubro às 10:00.

A manhã de dia 18 será dedicada a “Equipamentos de proteção individual: a última fronteira da proteção do trabalhador” onde serão debatidos temas como "Promover a correta utilização de equipamentos de proteção individual. A experiência espanhola”, “Perspetiva europeia sobre os EPI”, “Guias de apoio à seleção de EPI: projeto ACT – APSEI – IPQ” e “Gestão e sensibilização para uma cultura de segurança no trabalho: a contribuição da sinalização de segurança”. A tarde será destinada ao tema “Qualidade e competência na segurança e saúde no trabalho” e vai contar com temas como “Certificação dos sistemas de gestão de SST: principais alterações à ISSO 45001”, “Perspetiva europeia sobre a formação em SST”, “A intervenção da ENSHPO e a qualificação europeia de profissionais de SSO” e “Mind Safety – Safety Matters!”.

A manhã de dia 19 de outubro, segundo dia da conferência, sob o mote “Segurança no transporte e movimentação de mercadorias perigosas”, vai abordar temas como “Enquadramento internacional do transporte de mercadorias perigosas”, “Classificação e rotulagem de mercadorias perigosas – transporte vs utilização”, “Apresentação do projeto associativo da APSEI para as mercadorias perigosas”, “Multimodalidade no transporte de mercadorias perigosas”, “Fiscalização e atuação em incidentes NRBQ” e “Sistema de formação e certificação para transporte aéreo de mercadorias perigosas”. A tarde será subordinada ao tema “Respostas da segurança e saúde no trabalho às tendências sociais e económicas do trabalho” e serão abordados temas como “Regulamentação europeia sobre SST: desafios e contributos”, “A senioridade nos locais de trabalho”, “Tendências das doenças profissionais em Portugal” e “Gestão da sinistralidade – Evidências psicossociais”.

Na manhã do dia 20 de outubro, sob o tema “Substâncias psicoativas nos locais de trabalho”, vai abordar temas como “Substâncias psicoativas nos locais de trabalho: a perspetiva da saúde ocupacional”, “Estratégias de prevenção do consumo de substâncias psicoativas nos locais de trabalho – casos práticos”, “Comportamentos aditivos. Prevenção e intervenção em contexto laboral” e “Análise sobre o futuro do trabalho: fármacos que melhoram o desempenho laboral”. O painel da tarde, com o tema “Riscos profissionais na indústria”, irá contar com temas como “Evolução da sinistralidade na indústria portuguesa”, “Capacidade para o trabalho: apreciação de riscos profissionais na indústria, um estudo no setor metalúrgico e metalomecânico” e “Prevenção de acidentes relacionados com a utilização de equipamentos de trabalho”.

Para além do programa de conferências onde estarão presentes alguns dos principais especialistas nacionais e internacionais, a Conferência PROTEGER 2016 terá ainda uma zona de exposição de soluções de segurança onde os visitantes poderão conhecer as novidades do mercado e interagir com distribuidores, fabricantes e instaladores nas várias áreas da segurança.

Os profissionais que estejam interessados em participar deverão visitar o site oficial do evento em www.proteger.pt e conhecer as ações de formação disponíveis, o programa das conferências e fazer a sua inscrição.

Na última edição, em 2014, participaram 1.660 profissionais. Durante três dias, o Centro de Congressos do Estoril acolheu mais de 50 apresentações nas conferências e foram organizadas cinco ações de formação. Na área de exposição, com cerca de 1000 m2, estiveram presentes 25 empresas expositoras e muitas novidades tecnológicas. 

Hospital D. Estefânia
A nova unidade de internamento de psiquiatria da infância e adolescência do Hospital D. Estefânia, em Lisboa, é hoje inaugurada...

No total, a nova unidade terá 16 camas de internamento para crianças e adolescentes, o que representa mais seis camas do que as existentes na atual unidade psiquiátrica, segundo explicou Augusto Carreira, responsável da Unidade de Saúde Mental da Infância e Adolescência do Centro Hospitalar de Lisboa Central (que integra o Estefânia).

“Não é ainda suficiente, mas é uma grande ajuda”, declarou o médico, sublinhando que além do número de camas é de destacar a melhoria do ambiente terapêutico desta nova unidade, que entrará em pleno funcionamento durante este mês.

Será um serviço com caraterísticas mais modernas, que conta com ginásio e salas para atividades de artes plásticas pensadas de raiz para as necessidades dos utentes.

A acrescer a esta unidade, Augusto Carreira espera ter a funcionar na primeira metade do próximo ano uma segunda unidade, em parceria com o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, que terá mais dez camas. Esta segunda unidade ficará instalada no Parque de Saúde de Lisboa.

A falta de camas na área da pedopsiquiatria é uma realidade evidente e que está até mencionada no próprio Plano Nacional de Saúde Mental.

A inauguração da unidade do Hospital D. Estefânia coincide com as comemorações do Dia Mundial da Saúde Mental.

Sérgio Vasques
O fiscalista Sérgio Vasques considerou que criar um novo imposto sobre açúcares e gorduras “não vale a pena” para angariar...

“Uma coisa é certa: tributar bens como os refrigerantes, as gorduras, o café e os açúcares só vale a pena por razões de saúde pública. Não valerá seguramente a pena por razões de natureza fiscal”, defendeu Sérgio Vasques.

Numa entrevista a poucos dias da entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), o antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do segundo governo liderado por José Sócrates, duvidou a eventual criação de um ‘fat tax’, um imposto sobre os alimentos nocivos à saúde (sobretudo pela quantidade de sal e de açúcar).

“Não vejo que seja possível com impostos incidentes sobre bens deste tipo angariar uma receita maior do que 20 ou 30 milhões de euros. E, portanto, o esforço, o desgaste político, o custo administrativo não compensam a receita que isso traz”, afirmou o fiscalista.

Ainda assim, o agora professor da Universidade Católica afirma que a medida poderá ter algum impacto para incentivar uma alimentação mais saudável, mas admite que esse pode não ser o melhor instrumento.

“Se estamos a falar de gorduras, de café, de sal, o ‘fast food’, também há que pensar se o imposto é o instrumento mais adequado, mais eficaz do que a regulamentação administrativa. Será que faz assim tanta diferença cobrar um imposto sobre os hambúrgueres se se permitir que se vendam hambúrgueres dentro dos estabelecimentos de ensino secundário ou superior? Será que faz assim tanta diferença tributar as gorduras se permitir que haja máquinas automáticas com aperitivos salgados dentro dos hospitais?”, questionou.

Nesse sentido, Sérgio Vasques defendeu que “a regulação é muitas vezes mais eficaz, mais precisa e provoca menor dano do que a tributação”.

No entanto, o fiscalista afirmou que “a questão será diferente se se falar de bens como o vinho, onde aí o potencial de arrecadação é bastante maior”.

O Correio da Manhã noticiou na quarta-feira que o Governo está a estudar um aumento do imposto sobre o vinho, através de uma subida da taxa de Imposto sobre o Álcool e Bebidas Alcoólicas (IABA) a que está sujeito, que de momento é 0%, aproximando-a da aplicada à cerveja.

“Se faz sentido do ponto de vista da neutralidade concorrencial tributar o vinho como tributamos a cerveja? Sim, faz. Mas isto é do ponto de vista do princípio porque, na prática, há pelo menos duas diferenças importantes”, disse Sérgio Vasques.

Por um lado, o professor universitário destacou que “o setor do vinho cria mais emprego” e “tem uma importância económica e social que é claramente superior”.

Por outro, salientou que, “diferentemente do que acontece com a cerveja, o vinho está associado a milhares de pequenos produtores e de médios produtores e, portanto, o esforço que a administração fiscal tem de fazer para controlar estes operadores económicos e para garantir uma boa aplicação do imposto é muito maior do que quando lida com duas ou três cervejeiras”.

Por isso, o antigo secretário de Estado considera que existe “um grande dilema” no aumento da tributação sobre o vinho.

“Podemos com algum grau de confiança dizer que o vinho tem um potencial para gerar uma receita pelo menos idêntica [à da cerveja] e em cima desses 90 ou 100 milhões [de euros] temos, por sua vez, o IVA, que se sobrepõe ao imposto especial de consumo. Portanto, aqui há um potencial de receita mas é, de facto, uma decisão muito delicada, pela importância que o setor tem e por tudo o que ele representa socialmente”, admitiu.

Além disso, e porque o Governo acabou por desagravar recentemente o IVA na restauração, “isto acaba por ser, de certo modo, um recuo por outra via, por uma porta travessa”, concluiu.

Estudo
Um estudo desenvolvido por uma equipa do Centro de Investigação em Tecnologias e Sistemas de Saúde, conclui que um quinto dos...

Os investigadores do Centro de Investigação em Tecnologias e Sistemas de Saúde (CINTESIS), sediado na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), que avaliaram o impacto clínico e económico das queimaduras em Portugal, recomendam, por isso, uma Unidade Pediátrica de Queimados.

O estudo foi desenvolvido com base nos registos de admissões e altas hospitalares. Durante o período em análise (2000 a 2013), foram registadas mais de 26 mil hospitalizações por queimadura (como diagnóstico principal ou secundário), numa média de 1.889 registos de queimadura por ano.

A taxa de hospitalização registada foi de 18,9 por 100 mil habitantes por ano, sendo a incidência deste tipo de acidente maior entre os homens.

Segundo este estudo, em Portugal, a taxa de queimados tem vindo a descer nas últimas décadas, mas ainda assim os números nacionais estão acima de outros países europeus, pelo que os investigadores defendem “a tomada de medidas preventivas e curativas por parte dos decisores políticos”.

“Na década de 90, a taxa de hospitalização de queimaduras em Portugal era de 21,4 por 100.000 habitantes por ano. Esse número, em 2013, baixou para 15,4 por 100.000 habitantes, por ano. Esta diminuição é importante, sendo que houve uma aparente estabilização desde 2009”, explicou João Vasco Santos, médico e investigador do CINTESIS.

De acordo com o especialista, “foi sobretudo entre os mais jovens que os progressos foram mais evidentes”.

Ainda assim, a taxa de hospitalização por queimaduras entre as crianças com menos de cinco anos é de 75,5 internamentos por 100 mil habitantes por ano no período em estudo, o que “é cinco vezes maior do que para o resto da população”.

Neste contexto, a equipa de investigação avaliou as necessidades do Sistema Nacional de Saúde, tendo em conta o retrato da situação realizado a partir do estudo de todas as crianças com menos de 16 anos (1.155 no total) hospitalizadas com queimaduras entre 2009 e 2013.

“Os resultados mostram que, idealmente, Portugal deveria dispor de 13 camas para crianças vítimas de queimaduras. No entanto, como um grande número de pacientes queimados acaba por não ser transferido para as unidades especializadas bastaria, no cenário atual, a disponibilização de cinco a sete camas para se garantir que as crianças receberiam cuidados mais apropriados, prestados por equipas diferenciadas e em espaços específicos, devidamente preparados”, defendem os autores do estudo.

Os investigadores avaliaram ainda a distribuição de pacientes pediátricos queimados, tendo concluído que é na zona Norte que se concentra a maioria dos casos.

Alberto Freitas, professor universitário e especialista em análise de dados do CINTESIS, referiu que “se dividirmos Portugal em três áreas, usando como linhas de cortes os locais onde existem Hospitais com Unidade de Queimados (Porto, Coimbra e Lisboa) e Unidades de Cuidados Intensivos Pediátricas, verificamos que no Porto e a Norte se concentraram quase metade (554) dos casos identificados (1.155, no total)”,

“Se dividirmos Portugal em três áreas, usando como linhas de cortes os locais onde existem hospitais com Unidade de Queimados (Porto, Coimbra e Lisboa) e Unidades de Cuidados Intensivos Pediátricas, verificamos que no Porto e a Norte se concentraram quase metade (554) dos casos identificados (1.155, no total). Se dividirmos o país em dois, usando como referência Coimbra, concluímos que 677 das crianças afetadas estavam a Norte e as restantes 470 a Sul”, acrescentou.

Por esse motivo, os investigadores apontam o Porto como o local ideal para a criação de uma Unidade Pediátrica de Queimados em Portugal. Entretanto, o Centro Hospitalar de São João do Porto anunciou hoje que a partir de dezembro a região contará com uma unidade pediátrica de queimados, com um total de cinco camas.

Os investigadores concluíram ainda que mais de metade dos casos de queimadura em todos os grupos etários (53%) foi provocada por líquidos ou objetos quentes. Seguiu-se o fogo/chamas (40%), queimaduras elétricas (7%) e queimaduras químicas (0,1%).

A equipa de investigação avaliou também os custos económicos relativos a estes pacientes, tendo concluído que, só em 2013, foram gastos mais de 12 milhões de euros, numa média de 8.032 euros por paciente.

Neuropsicólogo diz
A maioria dos pais dedica muito esforço à formação académica dos filhos, convencidos de que uma “mente brilhante abrirá todas...

O especialista espanhol, autor do livro “O cérebro da criança explicado aos pais” lançado este mês em Portugal, parte da ideia de que o cérebro se divide em três partes – uma mais instintiva, outra mais intelectual e outra mais emocional.

Ora, os primeiros anos da criança são os mais importantes para o desenvolvimento da parte emocional; é aqui que se progride na autoestima, na confiança em si mesmo e no vínculo aos outros, em primeiro lugar, aos pais.

Álvaro Bilbao pega no exemplo da aprendizagem de línguas, começando por admitir que é mais fácil aprender chinês ou inglês nos primeiros anos. Contudo, as línguas estrangeiras podem ser aprendidas mais tarde, enquanto o desenvolvimento da autoestima, a imaginação, o afeto e bons vínculos ocorrem nesses primeiros anos e, depois, pode ser tarde demais.

“Os primeiros anos de uma criança são para o cérebro emocional, não para o cérebro racional ou intelectual", resume o neuropsicólogo.

O perito reconhece que atualmente se fala muito em inteligência emocional, mas julga que se age pouco de acordo com o que já é conhecido: “Quando numa escola há uma criança sem amigos ou que sofre perseguição de colegas, a escola segue em frente, continua dando matéria e testes, mas não se detém a solucionar esse problema emocional".

Modelo semelhante é visível nos pais, que depositam interesse nas notas que um filho atinge mas não se preocupam tanto em saber se é bom com os seus pares ou se tem algum colega que esteja sempre sozinho ou isolado.

No livro, o autor advoga que a maioria dos pais dedica muito esforço à formação académica por estarem convencidos de que “uma mente brilhante abrirá todas as portas que podem levar uma pessoa a ser feliz”.

“A ideia de que um maior desenvolvimento intelectual proporciona uma maior felicidade está totalmente errada”, afirma.

A chave para compreender melhor a afirmação do neuropsicólogo pode estar na ausência de correlação entre a capacidade intelectual e a capacidade emocional. E para o autor, a prova disso é que há muitas pessoas com excelentes carreiras de sucesso e cheias de capacidades intelectuais mas que não têm empatia, sofrem de stress crónico e não conseguem encontrar felicidade.

O especialista vinca que a inteligência emocional e a racional estão localizadas em áreas bem diferentes do cérebro, que são independentes.

Mas a ciência da inteligência emocional é recente, era desconhecida da geração que desempenha agora o papel de avós ou bisavós e foi pouco transmitida aos atuais pais, que desconhecem ainda muito do vocabulário emocional.

Álvaro Bilbao defende a importância de deixar que a criança expresse as suas emoções, as entenda e as saiba nomear: “Se tem vontade de chorar, pois que chore. Não lhe digamos, pára de chorar. Devemos tentar que perceba qual a razão que a faz chorar, que a identifique e a compreenda”.

Neuropsicólogo defende
O neuropsicólogo espanhol Álvaro Bilbao defende que os ecrãs deviam estar vedados às crianças até aos três anos. Os estímulos...

No seu livro “O cérebro da criança explicado aos pais”, lançado este mês em Portugal, Álvaro Bilbao deixou em branco o capítulo 25, destinado a elencar as melhores aplicações tecnológicas para crianças até aos seis anos.

“Lamento dizer que não encontrei nenhuma que seja útil para o desenvolvimento intelectual e emocional das crianças destas idades”, diz o autor, doutorado em Psicologia da Saúde e formado em Neuropsicologia pelo Hospital Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

Em entrevista na sua passagem em Portugal para apresentar o seu livro, o especialista em plasticidade cerebral lembra os vários estudos que já demonstraram que as crianças que se expõem muito cedo a novas tecnologias têm maior probabilidade de desenvolver défice de atenção, problemas de comportamento e fracasso escolar.

Mas os ecrãs não são todos iguais. Para Álvaro Bilbao, a televisão “causa menos danos” porque permite maior passividade.

Pode parecer um contrassenso para os pais que uma ferramenta “mais passiva” seja menos nociva, mas é a rapidez do ritmo de interação e a quantidade de estímulos das novas tecnologias que mais preocupam o especialista.

“As crianças recebem muitos estímulos visualmente atrativos e têm muitas recompensas rápidas. Passam o dedo no ecrã e têm um prémio. Na vida real não é assim; na vida real a professora não é tao visualmente colorida, não se move tão depressa e não está constantemente a reforçar a criança”.

Além disso, a rapidez e quantidade de estímulos recebidos pelas novas tecnologias não permitem treinar a atenção, nem a paciência.

As televisões sempre são mais passivas e ativam ondas cerebrais que ajudam a relaxar. Ainda assim, também a televisão deve ser doseada, diz Bilbao, permitindo períodos curtos e retardando o mais possível na idade.

“Muita estimulação mata a curiosidade, uma criança que recebe muita informação satura-se e deixa de gostar de explorar e de aprender. Já uma criança curiosa é a que gosta de aprender. Não matemos a curiosidade”, pede o neuropsicólogo.

Álvaro Bilbao incita os adultos a uma reflexão sobre o seu próprio uso das novas tecnologias; “Usamos ‘smartphones há alguns anos. Quantos de nós se notam mais inteligentes por isso? E, agora, quantos de nós se sentem menos pacientes?”.

Secretário de Estado
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, afirmou no Porto que Portugal registou uma taxa de crescimento de...

“Este ano temos resultados muito favoráveis. Portugal dispõe de um dos programas mais avançados de transplantação a nível internacional e tem das taxas mais elevadas de dadores por milhão de habitantes”, sublinhou Fernando Araújo.

O secretário de Estado falava na cerimónia de apresentação pública do protocolo entre o Centro Hospitalar de São João (CHSJ), o Instituto Português do sangue e da Transplantação (IPST) e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que vida a otimização das colheitas de órgãos de dadores em paragem cardiocirculatória.

Este projeto piloto que já foi testado com sucesso no Centro Hospitalar de São João envolve também os hospitais de Vila Nova de Gaia, Matosinhos e Centro Hospitalar do Porto/Santo António que disponibilizam as respetivas viaturas médicas de emergência de reanimação (VMER) para deslocar os doentes para o São João.

Perante casos de reanimação cardíaca irreversíveis, o São João testou o uso de uma máquina que bombeia e oxigena o sangue fora do corpo (ECMO) para preservar os órgãos abdominais da vítima, nomeadamente os rins e o fígado.

Com o protocolo agora assinado, a assistência a um doente em paragem cardiocirculatória é alargada ao ambiente extra-hospitalar, como seja na rua ou em casa. A vítima é transportada ao hospital ventilada e sujeita a massagens ritmadas por um compressor cardíaco mecânico.

“O doente é transportado para o São João, onde já é possível utilizar uma tecnologia que faz passar o sangue por um circuito e por uma membrana que aumenta a probabilidade de recuperar a função do coração e, se isso for impossível, preserva os órgãos de forma que sejam capazes de serem transplantados”, explicou aos jornalistas o diretor clínico do São João, José Artur Paiva.

Neste hospital já foi possível colher órgãos de seis dadores de paragem cardíaca, em colaboração com as equipas da viatura médica de emergência de reanimação (VMER) do hospital.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde disse ainda aos jornalistas que “é expectável que este ano seja dos melhores anos de transplantes a nível nacional”.

 

“Apesar disso queremos dinamizar e fazer crescer esta área” e por isso, “a ideia é alargar este projeto para Lisboa e depois para Coimbra. Queremos aproveitar esta experiência para também tirarmos ilações, fazermos alguma reflexão, para depois implantarmos nas outras regiões do país”, disse Fernando Araújo.

A partir de 01 de janeiro
As farmácias vão receber, a partir do próximo ano, 0,35 euros por cada embalagem vendida de alguns medicamentos genéricos,...

Uma portaria assinala pelos ministros das Finanças e da Saúde “prevê a atribuição de uma remuneração específica às farmácias pela dispensa de embalagens de medicamentos comparticipados”.

Os fármacos em questão terão de estar inseridos em grupos homogéneos e ter um preço igual ou inferior ao quarto preço mais baixo.

A legislação entra em vigor no sábado, embora só produza efeitos a 01 de janeiro do próximo ano.

 

Os dois ministérios ressalvam que este regime “pode vir a ser objeto de revisão em 2018, em função da avaliação da sua implementação em 2017”.

A partir de 2018
Os cuidadores informais de doentes vão ser, a partir de 2018, compensados com apoios que ainda não estão definidos, mas que...

Manuel Delgado falava no final da sessão de abertura da conferência que assinala o 60º aniversário da Unidade de Cuidados Domiciliários (UCD) do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa.

Segundo Manuel Delgado, este governo está a trabalhar para criar “condições de apoio extraordinário” a estes cuidadores informais que recompense a opção que tomaram de abdicar da sua vida profissional pela compaixão pelos seus.

“Numa sociedade em que a maior parte das pessoas trabalha, como podemos resolver o problema dos que querem acompanhar os seus, mas não o conseguem fazer sem prejudicar a sua vida profissional e até económica?”, questionou.

O secretário de Estado da Saúde adiantou que no Orçamento do Estado para 2018 já deverá estar contemplado esse apoio aos cuidadores informais, o qual está ainda a ser desenhado.

“A compensação ainda não está definida. Pode ser remuneratória ou na forma de regalias sociais e fiscais ou no emprego”, adiantou.

Manuel Delgado sublinhou que este tipo de cuidados, além de permitir a continuidade do apoio destes doentes por quem está mais próximo, aliva as instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O governante defendeu ainda que as mudanças na sociedade portuguesa obrigam a uma reelaboração do sistema de saúde, no qual os cuidados domiciliários deverão ter um papel cada vez maior e em áreas como situações agudas, que assim são tratadas sem internamento.

“Temos de ter os doentes sinalizados nos seus domicílios e estes serem o local de trabalho das equipas”, adiantou.

40 semanas
A gravidez está dividida em três etapas. O primeiro, segundo e terceiro trimestres.
Feto em desenvolvimento  na barriga da mãe com o cordão umbilical

1ª Semana de Gravidez

Com 1 semana de gravidez, é o início do desenvolvimento de um novo ser. Nesta altura ainda não está grávida, mas o seu corpo está a preparar-se para a ovulação. É nestes dias que o óvulo é fertilizado pelo espermatozóide e depois já com o ovo fecundado a deslocar-se através das trompas de Falópio até atingir o útero. Contudo, nesta fase ainda é muito cedo para existirem os primeiros sintomas de gravidez.

 

2ª Semana de Gravidez

Com 2 semanas de gravidez, o ovo passará de uma bolinha sólida de células para uma camada de células cheia de fluído chamada blastocisto. Começa-se a desenvolver o embrião, que é basicamente constituído pela formação da cabeça, um tronco e um rabo enrolado.

As primeiras semanas são de extrema importância, sendo esta a fase de desenvolvimento das bases que darão origem ao corpo, às características e ao sistema nervoso.

3ª Semana de Gravidez

No final das 3 semanas de gravidez será produzida a hormona responsável pela maior parte dos sintomas de gravidez (HCG) e pelo sinal positivo no teste de gravidez .

A implantação começa assim que o conjunto de células chega à parede do útero, o que por vezes pode levar a pequenas perdas de sangue.

Inicia-se o processo de formação da futura placenta, fonte de nutrientes para o seu bebé. Começa a formação dos vasos sanguíneos, rede que levará oxigénio à placenta e ao próprio embrião e o embrião já tem a coluna e o sistema nervoso em formação.

4ª Semana de Gravidez

Com 4 semanas de gravidez há um rápido desenvolvimento, e o seu corpo agora percebeu que está grávida. Normalmente é ao dia 27 que começam os enjoos matinais. Agora que sabes que estás grávida, deves procurar um médico obstetra para acompanhar-te durante este período.

É uma fase transitória entre a formação do embrião e a formação dos órgãos do bebé. Aproxima-se a altura dos primeiros batimentos cardíacos que se podem manifestar por volta do 23º dia. O embrião nesta altura encontra-se na cavidade amniótica, parecendo-se com uma vagem, onde os esboços dos órgãos começam a ganhar forma.

Com a chegada do fim do primeiro mês da gravidez, o embrião rondará os 3 mm.

5ª Semana de Gravidez

Com 5 semanas de gravidez começa a sentir-se mais mamã, com alguns sinais, entre a ausência do período menstrual, enjoos e sensibilidades corporais, mais concretamente mamárias. São mais visíveis as diferenças no teu corpo.

Entretanto o teu bebé tem crescido, apesar de ser do tamanho de um grão de arroz, o seu coração já começou a bater, a placenta já funciona e o seu sistema nervoso central, músculos e ossos estão em formação

6ª Semana de Gravidez

Com 6 semanas de gravidez o cansaço e alguns sintomas algo desconfortáveis como enjoos fazem-se sentir com maior regularidade, levando a um esgotamento tanto físico como psicológico, sendo esta uma etapa da gravidez em que se recomenda o máximo descanso possível.

O bebé começa ganhar forma, e tudo pode influenciar o seu desenvolvimento, o coração aumenta e dá-se os primeiros passos no desenvolvimento do estômago, intestino, pâncreas e aparelho urinário.

É no início desta semana que o coração do bebé começa a bater. A artéria aorta começa a formar-se por volta do dia 40. A meio da semana serão muitos os órgãos que se começam a formar: olhos, braços, fígado, bexiga, estômago e intestinos, pulmões e pâncreas.

7ª Semana de Gravidez

Com 7 semanas de gravidez as alterações no seu corpo continuam a acentuar-se, nomeadamente, o escurecimento dos mamilos, sinal do início de produção de leite. É também a altura indicada para fazer uma visita ao seu dentista. Cuidando de si, está a cuidar do seu bebé.

Altura em que os vários segmentos dos membros se individualizam, e os traços do rosto começam a parecer mais nítidos - duas pequenas saliências para os olhos, duas covinhas para as orelhas e uma abertura para o nariz e boca. Os olhos já têm a retina. O bebé já se mexe e tem o seu próprio tipo de sangue, distinto do da mãe. Já se vêem os braços e as mãos, e o seu coração já tem a cavidade direita e esquerda.

8ª Semana de Gravidez

Com 8 semanas de gravidez sentirá a sua cintura a aumentar, sendo que o útero deverá ter o tamanho aproximado de uma maça. Será normal se sentir um desconforto na zona inferior do abdómen. As náuseas podem tornar-se intoleráveis. Se for o caso aconselhe-se com o seu médico para que lhe indique algo específico para as aliviar.

Mais um passo dado, o embrião já é um feto. Dá-se o aparecimento dos primeiros sinais dos pés e mãos, nesta fase o feto deverá ter cerca de 2 a 3 cm.

O cerebelo começa a formar-se esta semana. É a parte do cérebro responsável pelo movimento dos músculos. O coração começa a formar as quatros cavidades. Os dentes estão-se a formar dentro das gengivas.

9ª Semana de Gravidez

Com 9 semanas de gravidez é provável o aparecimento de borbulhas, notar a pele oleosa, nada de alarmante, com o decorrer da gravidez ou após o parto tudo desaparecerá.

Com o avançar das semanas o feto vai ficando com a estrutura mais definida. Começa a chegar a fase da pergunta: É menina ou menino? Com a formação dos órgãos genitais ainda muito no inicio, não é possível definir o sexo devido à semelhança existente entre ambos.

Ele mede por esta altura 2.3cm e pesa cerca de 2 gramas e começa a ser mais activo.

10ª Semana de Gravidez

Com 10 semanas de gravidez existem alterações hormonais e como tal é a altura das emoções, ora feliz ora triste, estado natural na gravidez. No entanto, se se sentir muito deprimida será recomendável uma visita ao seu médico, pois pode surgir uma depressão pré-natal. Uma boa notícia será o desaparecimento dos enjoos ou pelo menos a diminuição dos mesmos.

Por esta altura o coração do teu bebé é já muito parecido com o de um recém-nascido.

O seu embrião já tem aspecto de um bebé, mas tudo em pequena escala. O lábio de cima está completamente formado. O desenvolvimento do coração agora é lento, uma vez que já passou a fase mais crítica. A meio desta semana os lóbulos das orelhas estão formados. Os dedos dos pés começam a formar-se. Assim que os ossos do palato se fundam, a língua começa desenvolver papilas gustativas. Os seus dentinhos estão a formar-se nas gengivas. Tem já as impressões digitais que o identificarão toda a vida. Até ao fim da semana todos os órgãos e sistemas do teu bebé estarão formados e a partir de agora só precisam de se desenvolver e crescer.

11ª Semana de Gravidez

Nas 11 semanas de gravidez, à  medida que os enjoos matinais desaparecem, poderá sentir o seu apetite a aumentar. O crescimento da sua barriga começa a acentuar-se, produzindo alterações na sua estrutura óssea.

O corpo do seu bebé começa a endireitar-se. Os aparelhos genitais do bebé estão a desenvolver-se e brevemente poderás ver se tens um menino ou uma menina. É nesta altura que o bebé começa a mostrar alguma individualidade, uma vez que a estrutura muscular varia de bebé para bebé. Os primeiros movimentos do bebé começam a dar-se, no entanto, pode a mãe ainda não os sentir.

Para além do desenvolvimento dos órgãos do bebé, começam a formar-se as unhas.

12ª Semana de Gravidez

Nas 12 semanas de gravidez, o cansaço, ligeiras tonturas e dores de cabeça são muito comuns. Mais do que os sintomas descritos, deverá procurar o seu médico. A pressão que o bebé exercia sobre o seu útero vai diminuir, logo irá menos vezes à casa de banho, e com a diminuição da pressão o útero vai ganhar elasticidade para o crescimento do bebé.

Agora sim, já é possível ouvir os batimentos do coração do seu bebé. Os órgãos genitais já se diferenciam e o órgão sexual externo masculino torna-se claro. Também se começam a formar os primeiros ossos do feto.

O bebé nesta fase já é capaz de engolir, mas ainda não consegue respirar por si só, fazendo-o através do sangue que circula entre o bebé e a placenta. Os rins também já se desenvolveram e o teu bebé já faz xixi.

O bebé já abre e fecha a boca, já pode chuchar o dedo, os seus olhos têm pálpebras, mede já cerca de 5,4 cm e pesa 14 gramas.

13ª Semana de Gravidez

Nas 13 semanas de gravidez, está agora no 2º trimestre de gravidez! Com a estimulação das glândulas protectoras do leite os seus seios estarão provavelmente maiores, é natural sentir alguma dor na zona do abdómen, deve-se ao aumento do útero forçando os músculos a esticar. Deve ter atenção à alimentação para não engordar demasiado, pois pode ser prejudicial à sua saúde e à saúde do seu bebé.

Nesta altura, a cabeça do feto pode ser medida pelo ultra-som, e o seu crescimento já não se diferencia do resto do corpo. É durante esta semana que os intestinos do bebé irão para a cavidade abdominal e as cordas vocais formam-se na laringe.

14ª Semana de Gravidez

Nas 14 semanas de gravidez, chegadas ao 2.º trimestre, os desconfortos da gravidez vão desaparecendo com o facto do seu corpo já se ter habituado às alterações hormonais às quais tem estado a ser sujeito. Por esta altura poderá começar a sentir o seu bebé a mexer que se continua a desenvolver-se a bom ritmo. Nesta altura as orelhas já deverão estar posicionadas no seu lugar, e deve estar com cerca de 9 centímetros.

A sua pele neste momento não passará de finíssima como um papel de seda, estando coberta por um pêlo finíssimo e macio (lanugo), que desaparece antes do nascimento. Podem verificar-se já alguns movimentos mais controlados pelo bebé, como o agarrar. O seu pescoço está a crescer e poderá ver que o seu queixo já não se encosta ao peito.

15ª Semana de Gravidez

Nas 15 semanas de gravidez, algumas mulheres já aparentam ter uma "barriguinha com uma dimensão considerável. Poderá sentir receio em ter relações sexuais ou ter algum desconforto em adormecer. Recomenda-se que com ajuda de almofadas crie o seu ninho, sendo a posição mais recomendada deitar-se sobre o lado esquerdo. Não esquecer os cuidados com a alimentação.

O bebé cresce contente da vida, os cabelinhos crescem e vão tapando a sua cabeça, a sensibilidade dos olhos à luz começa a ser uma realidade, mesmo que ainda não os abra, movimenta-se muito e ele já é capaz de sentir o gosto da comida que come. Já consegue virar a cabeça, abrir a boca, dar pontapés, juntar os lábios e virar os pés.

16ª Semana de Gravidez

Nas 16 semanas de gravidez, com o rápido crescimento do bebé o seu corpo também se vai ajustado, recomenda-se o uso de soutiens confortáveis. À medida que o útero se move para cima a sua barriga começa a notar-se mais.

Os sorrisos, caretas, e outras expressões começam a ser mais nítidas, as brincadeiras com o cordão umbilical iniciam-se. As suas orelhas já estão formadas e o sexo já se deve conseguir ver. O seu bebé já tem 11,6 cm, sobrancelhas e pestanas, já suga e engole e pode até ter soluços. Boceja, espreguiça-se e franze a testa. Os músculos tornam-se mais fortes e a cabeça e o pescoço começam a ficar mais direitos.

17ª Semana de Gravidez

Nas 17 semanas da gravidez,os seus peitos estão a aumentar de tamanho e deve ter aumentado o teu peso. O seu útero deverá estar posicionado 6 centímetros abaixo do umbigo, a sua barriga está cada vez mais arredondada, e os movimentos do bebé começam a fazer-se sentir. Procure arranjar exercícios de relaxamento e informa-se sobre as aulas de preparação para o parto.

Caso tenha indicação, é por esta altura que é feita a amniocentese para recolha de informações sobre o estado de saúde do bebé.

Esta semana o seu bebé começará a desenvolver o seu tecido adiposo. O seu bebé está a praticar mais reflexos esta semana - piscar os olhos, chuchar e engolir. Durante este mês o peso do seu bebé aumentará 6 vezes.

18ª Semana de Gravidez

Nas 18 semanas de gravidez, vai sentir o seu bebé mais agitado. Não se preocupe, é perfeitamente normal. Indigestões, gases, tonturas e sensação de fraqueza também são condições perfeitamente normais nesta fase. Poderá também sentir alterações no teu cabelo e pele, tudo isto é derivado às alterações hormonais por que está a passar.

Alimente-se bem durante esta semana, mas não exagere. Ingira hidratos de carbono, para dar-lhe mais energia, a si ao seu bebé, mas com moderação. Coma alimentos ricos em cálcio. Faça exercício físico é bom para a circulação sanguínea e relaxamento. Com o peso e a "barriguinha" deve preocupar-se em saber movimentar-se.

Nesta fase o bebé já é capaz de sentir e ouvir. A meio desta semana os olhos e orelhas do bebé estarão nos lugares certos. As impressões digitais começam a formar-se no fim da semana. A mielinização - processo de cobertura dos nervos com uma substância gorda chamada mielina que acelera a transmissão entre as células nervosas – começa esta semana. Por volta do segundo dia desta semana o bebé vai começar a produzir mecónio (fezes) nos seus intestinos.

19ª Semana de Gravidez

Nas 19 semanas de gravidez, é normal que tenha azia. Deve-se à incompatibilidade da retenção de líquidos com o crescimento do útero, pois o estômago é pressionado. É possível que você sinta alguma dor no baixo-ventre. Não é nada com que se deva preocupar - são os músculos e ligamentos que sustentam a barriga a esticar-se cada vez mais.

Esta é uma fase essencial para o desenvolvimento sensorial do seu bebé, que ocorre em áreas especializadas do cérebro. Forma-se uma substância cremosa que protege o corpo do bebé. Protege o bebé e as suas glândulas em desenvolvimento e células sensoriais. Se o bebé é uma menina os óvulos estão desenvolvidos nos ovários, aliás as meninas nascem já com todos os óvulos nos seus ovários. O bebé já vai ensaiando os movimentos respiratórios.

20ª Semana de Gravidez

Nas 20 semanas de gravidez, chegou a meio caminho! É importante que mantenha a sua pele bem cuidada, aplicando um creme nutritivo e hidratante, não a deixe ficar seca. Não use roupa muito justa. Outra coisa importante nesta fase é a ingestão de uma quantidade suficiente de ferro. O bebé precisa dele para produzir glóbulos vermelhos. Entre os alimentos ricos em ferro estão carnes vermelhas magras, frango e peixes. Relativamente a suplementos só os deve tomar se eles tiverem sido receitados pelo seu médico.

O bebé está agora coberto por uma substância oleosa chamada vérnix que cobre todo o seu corpo, para proteger a pele da prolongada submersão no líquido amniótico. Alguns bebés chegam a nascer ainda cobertos por ele.

Nesta fase sentirá o bebé particularmente à noite, uma vez que estará mais atenta aos seus movimentos. O bebé pesa agora 300 gramas e tem 25,6 cm, vai praticando os movimentos necessários à sua futura alimentação e tem já as unhas dos pés e das mãos. O seu bebé acorda e dorme, tal como um recém-nascido.

21ª Semana de Gravidez

Nas 21 semanas de gravidez, a sua "barriguinha" não pára de crescer, por vezes pode sentir comichão ou a pele a "esticar". Deve aplicar produtos oleosos e hidratantes para proteger a sua pele. É provável que possa começar a surgir alguns incómodos, tais como: veias dilatadas, inchaços e varizes. Algumas mulheres também revelaram suar mais nesta fase.

O feto apresenta neste momento um peso entre 300 e 400g e mede, em média, 18 cm.

As suas características faciais estão formadas, o seu cabelo está em crescimento. O coração está mais forte e conseguem-se ouvir os batimentos cardíacos pelo estetoscópio. Nesta fase a medula óssea está a criar células de sangue (os glóbulos brancos). Os seus intestinos estão a funcionar e ele absorve açúcar contido no líquido amniótico, que, segundo os especialistas, desenvolve o sistema digestivo e condiciona-o a funcionar correctamente após o nascimento do bebé. A partir desta altura, a mãe começa a distinguir perfeitamente os movimentos do feto, ou nos casos em que já sentia, estes intensificar-se-ão.

22ª Semana de Gravidez

Nas 22 semanas de gravidez, deve estar alerta a alguns sinais, nomeadamente, hemorragias, febre alta, vómitos persistentes, dor a urinar, se não sentir o teu bebé a mexer como antes, dores abdominais fortes, grande inchaço na cara e dedos ou dores de cabeça permanentes.

A grávida não pára de ganhar peso - a média é de 250 gramas por semana. O apetite aumenta e é perfeitamente normal sucumbir à vontade de comer uns doces de vez em quando, mas tente encontrar substitutos mais saudáveis no caso de essa vontade ser muito frequente.

Nesta fase o feto já se parece muito com aquilo que será aquando do nascimento, pese embora com um tamanho ainda pela metade. Se o bebé é um menino, os testículos começam a mover-se da área pélvica para o escroto. O cabelo e as sobrancelhas são visíveis, brancos e curtos.

Os lábios estão mais formados, e os olhos registaram um desenvolvimento significativo - embora a íris ainda não tenha pigmentação, as sobrancelhas e pálpebras estão no lugar certo. O paladar do feto sofre nesta altura, a par de outros sentidos, um grande desenvolvimento, pois nesta fase o bebé consegue detectar sabor no líquido amniótico. O cérebro inicia nesta altura um desenvolvimento mais acelerado.

23ª Semana de Gravidez

Nas 23 semanas de gravidez, com o aumento do peso, poderá ter edemas e inchaços nas pernas e pés com maior frequência. Procurar ter os pés levantados sempre que puder e não passar muito tempo de pé. Procure descansar durante o dia e não esqueça de ingerir bastantes líquidos, especialmente água.

A evolução do aparelho respiratório do feto prossegue e os seus órgãos sexuais, são agora, claramente visíveis. Embora o bebé esteja a ganhar peso a cada dia que passa, a sua pele ainda está bem enrugada.

O corpo dele está a ficar mais proporcional à medida que o tempo passa, mas a cabeça ainda é um pouco maior em relação ao resto do corpo, o que é perfeitamente normal.

Por esta semana o bebé já é capaz de ter movimentos oculares rápidos, que nos adultos são indicadores dos sonhos. Se for uma menina, tem já nos seus ovários milhares de óvulos e, se for rapaz tem o escroto bem desenvolvido.

Os ossos do ouvido médio começam a endurecer possibilitando a condução do som. O bebé começa a ganhar um peso considerável entre este e o próximo mês. O corpo do bebé começa a ficar mais.

24ª Semana de Gravidez

Nas 24 semanas de gravidez, está no sexto mês de gravidez. É uma boa altura para começar a pensar no quarto do bebé. Nesta altura o umbigo da mãe começa a "aparecer demais", mas não se preocupe, pois ele voltará ao seu estado pré-gravidez pouco após o parto. Podem começar a aparecer na sua barriga, coxas, rabo e seios algumas estrias avermelhadas. Pode sempre tentar fazer para evitar danos irreparáveis e manter estas zonas do corpo sempre hidratadas com cremes gordos. Por esta altura deve aumentar entre 250gr a 500gr por semana. Pode sentir alterações na sua respiração, isso deve-se ao aumento de progesterona que estimula a respiração, acelerando-a.

Nesta fase a audição do bebé está muito desenvolvida e os barulhos mais fortes podem assustá-lo. Fale com o seu bebé, pois assim ele habitua-se à sua voz. Os pontapés vão começar. Prepare-se.

Os órgãos de equilíbrio existentes no ouvido interno do teu bebé estão completamente desenvolvidos e no tamanho definitivo. Irá começar a abrir os olhos e leva uma vida muito activa. Move-se, saboreia, cheira, vê, ouve e, pensa-se que também sonha. Tem cerca de 30 cm e pesa aproximadamente 600 gramas.

25ª Semana de Gravidez

Nas 25 semanas de gravidez, é a altura ideal para pensar nas roupinhas e acessórios do seu bebé.

Poderá sentir como se o teu bebé andasse aos saltinhos na sua barriga, isso quer dizer que ele está com soluços, ele bebe o líquido amniótico que inclui glucose, frutose, sal, proteínas, ureia, ácido cítrico, ácido láctico, ácidos gordos e aminoácidos. Pode também sentir cãibras, mas é normal, embora as possa evitar. As cãibras são causadas por deficiência de cálcio, por isso certifique-se que consome cálcio suficiente.

A pele do bebé começa a tornar-se rosada à medida que os capilares se desenvolvem. As narinas começam agora a abrir. Os pulmões começam a desenvolver vasos sanguíneos, e as unhas já têm metade do tamanho normal. O seu crescimento continua rápido e começa a ter menos espaço dentro do útero da mãe.

26ª Semana de Gravidez

Nas 26 semanas de gravidez, desconfortos, como dores nas costas e pressão sobre a sua bexiga, começam a intensificar-se, bem como, dores de cabeça e nas pernas devido ao aumento de peso que você está a sofrer, pois o bebé continua a crescer. Corrimento vaginal maior que o normal, bem como incontinência urinária, é bastante comum durante a gravidez.

O seu bebé respira cada vez melhor, os pulmões estão a desenvolver-se mais rápido nesta semana. O cérebro está a registar tudo relacionado com luz e som.

Com as narinas agora abertas, a respiração muscular vai começar. No fim da semana os pulmões segregam uma substância que impede o tecido dos pulmões de se colar. Com a formação de vasos sanguíneos nos pulmões, eles vão agora desenvolver sacos de ar.

27ª Semana de Gravidez

ENas 27 semanas de gravidez está a entrar no último trimestre da sua gravidez e a sua alimentação tem um papel muito importante no desenvolvimento do bebé nesta altura. Aliás, sempre teve, mas agora ele vai precisar de uma quantidade maior de nutrientes para a finalização do processo de desenvolvimento. A mãe deve aumentar a quantidade de legumes nas refeições e confirmar com o médico que a acompanha se não precisa de tomar algum suplemento de ferro e/ou vitaminas.

Agora que você se aproxima da fase final da gravidez - o terceiro trimestre -, o bebé começa a preencher todo o espaço disponível dentro do útero.

Nesta semana o seu bebé irá começar a praticar a sucção, o seu peso continua a aumentar devido, em grande parte, ao aumento do seu tecido adiposo. É devido ao tecido adiposo que o bebé irá conseguir regular a sua temperatura interna após o nascimento.

Os pontapés começam a ser mais fortes à medida que o seu bebé também se torna mais forte. Ele já abre e fecha os olhos, dorme e acorda em intervalos regulares.

28ª Semana de Gravidez

Nas 28 semanas de gravidez, está no último trimestre! Deve começar a preparar a mala para o parto.

O seu bebé tem agora 37,6 cm e pesa cerca de 1 kg. Está completamente formado. O seu cérebro está cada vez mais activo. Os cabelos da cabeça do bebé também estão a crescer mais e mais. As sobrancelhas e as pestanas começam também a marcar presença no rosto do bebé. As pálpebras descolam-se e abrem e fecham. A tonicidade muscular está a melhorar, e os pulmões são capazes de respirar ar.

29ª Semana de Gravidez

Nas 29 semanas de gravidez o apetite da mulher continua a aumentar, porque o bebé está num estirão de crescimento e precisa de energia, mas tente resistir à tentação de comer doces e alimentos com gordura. É importante ingerir bastante ferro, que ajudará o bebé a produzir glóbulos vermelhos - e impede que fique anémica. Os suplementos de ferro, como as multi-vitaminas receitadas para grávidas, podem causar prisão de ventre. Para combater este problema, é recomendável comer bastante fibra. Cada vez mais sentirá que os seus pés estão quase um número maior do que o de costume. Procure não prejudicar os seus pés, usando calçados leves e bem confortáveis.

O cérebro do bebé já exerce controlo sob a sua respiração e a temperatura. Ele já consegue tossir e engolir. A sua pele está menos enrugada, conforme ele ganha peso e continua a acumular gorduras. As unhas nesta altura deverão já também estar formadas. Ele tem cada vez mais energia, e por isso você deverá sentir muitos movimentos e pontapés.

30ª Semana de Gravidez

Nas 30 semanas de gravidez, é cada vez mais difícil para a mãe arranjar posição confortável para dormir. Auxilie-se das almofadas para ajudar a encontrar um melhor posicionamento para dormir. A necessidade nutricional do bebé no terceiro trimestre é altíssima. Não descure a sua alimentação e não desista nem se canse de comer alimentos saudáveis e ricos em proteínas, principalmente agora. Vitamina C, ácido fólico, ferro e cálcio (aprox. 200 mg é depositado no esqueleto do bebé a cada dia) formam a sua lista de prioridades. O bebé está agora a armazenar os nutrientes ingeridos por si.

Comece a preparar-se para o parto, aprenda técnicas de respiração e relaxamento.

Os pulmões e o sistema digestivo do bebé estão quase maduros. Neste período o crescimento e desenvolvimento cerebral são muito acelerados.

O bebé consegue distinguir a luz da escuridão. No entanto, ele vai manter os seus olhos fechados durante a maior parte do dia. A sua medula óssea tem a função de produzir glóbulos vermelhos. No fim desta semana o lanugo (penugem que cobre o corpo do bebé) já só se encontra apenas nos ombros e nas costas.

31ª Semana de Gravidez

Nas 31 semanas de gravidez pode começar a sentir umas pequenas contracções (contracções de Braxton-Hicks) de vez em quando, não se preocupe, mas tenha cuidado, não faça demasiados esforços. Apesar de o bebé estar completamente desenvolvido, os seus pulmões ainda não estão totalmente preparados. Ainda é cedo para o teu bebé nascer. Poderá ter alguma dificuldade em respirar, uma vez que o diafragma está a ser pressionado pelo útero, mas dentro em breve este problema vai desaparecer e você vai sentir-se muito melhor, pois o bebé começa a afastar-se para baixo, preparando-se para nascer.

Os 5 sentidos do bebé estão já completamente desenvolvidos e a única parte em desenvolvimento é a zona dos pulmões. Ainda precisam de mais tempo.

O seu crescimento diminuirá de ritmo agora, mas o seu peso vai continuar a aumentar bastante. A quantidade de líquido amniótico começa a diminuir conforme o seu bebé vai ocupando mais espaço dentro do útero.

Você vai começar a perceber uma mudança nos movimentos do bebé - nesta altura eles passam a ser menos bruscos, porque já não há tanto espaço no seu útero, portanto nada mais de cambalhotas.

Ao mesmo tempo que o crescimento começa a ser mais lento, os órgãos internos ainda estão a amadurecer, por isso garanta que está a tomar ácido fólico, ferro e cálcio suficientes.

32ª Semana de Gravidez

Nas 32 semanas de gravidez está quase no fim, só faltam 8 semanas!

Nesta fase o estômago leva mais tempo a fazer a digestão, pelo que deve tomar refeições ligeiras.

O bebé tem agora 42,4 cm e pesa pouco mais de 1,7Kg. Os membros do bebé estão a assumir formas mais macias e o seu corpo é proporcional ao tamanho de sua cabeça. Ele está cada vez mais parecido com um recém-nascido. Os órgãos do bebé continuam a aproximar-se da maturidade. Você irá sentir muitas cotoveladas e pontapés, e nos sítios mais improváveis.

33ª Semana de Gravidez

Nas 33 semanas de gravidez, talvez os seus pés, as suas mãos, o seu rosto e os seus tornozelos estejam mais inchados. A retenção de líquidos, também conhecida como edema, costuma ser pior quando está muito calor, e ao fim do dia. O surpreendente é que o que ajuda é beber mais líquidos, e não menos. Portanto não hesite em beber água.

Nesta altura, o seu bebé deve estar posicionado de cabeça para baixo - é o que acontece com a maioria dos bebés -, mas pode sempre mudar ainda de posição.

Os ossos do crânio ainda são maleáveis e não estão completamente fundidos, para facilitar a passagem pelo canal do parto.

Ele consegue detectar a luz muito mais facilmente, distinguindo o dia e a noite. O bebé dorme cerca de 90 a 95 por cento do dia e pensa-se que já sonha.

34ª Semana de Gravidez

Nas 34 semanas de gravidez, se a sua grande preocupação é o parto prematuro, pode ficar mais tranquila: a maioria dos bebés que nascem na 35.ª semana não tem grandes problemas de saúde. As insónias nesta fase são completamente naturais, não só pela ansiedade mas porque é possível que já não tenha posição para dormir.

Os pulmões do bebé estão plenamente desenvolvidos, portanto uma eventual dificuldade respiratória é tratável. Ele está a desenvolver o seu próprio sistema imunitário, o que significa que, em breve, não precisará mais dos anticorpos que recebe através da placenta.

Habitualmente, o bebé já está posicionado para o parto, sendo que a sua cabeça deve estar virada para baixo. Os ossos do crânio não estão totalmente ligados uns aos outros para facilitar a sua passagem pelo estreito canal que o trará ao mundo. Mas os restantes ossos do seu corpo estão a fortificar-se e a endurecer a cada dia.

35ª Semana de Gravidez

Nas 35 semanas de gravidez, os seus seios podem estar extremamente sensíveis e doridos, aproximando-se o final da gravidez. Eles estão-se a preparar para a produção de leite. Use sutiãs que sejam bem firmes para aliviar a dor e o desconforto. O seu lado emocional nestas últimas semanas pode estar extremamente sensibilizado e, as mudanças repentinas de humor são muito comuns. A ansiedade é um dos factores que colabora para esse facto.

O seu bebé pesa em média 2,5 kg e mede cerca de 50 cm e cada dia que passa vai ganhando peso e vai treinando os seus movimentos respiratórios com mais frequência.

Nos rapazes completa-se a descida dos testículos.

36ª Semana de Gravidez

Nas 36 semanas de gravidez chegou aos 8 meses de gravidez! É provável que se sintas pesada e ansiosa pelo nascimento do bebé. Sente cada vez mais pressão no baixo-ventre, e percebe claramente que sua barriga está mais baixa, ou seja, o bebé está encaixado. Os seus seios podem deixar sair algum colostro (a primeira variante do leite materno) rico em proteínas.

O bebé já está formado, embora continue a engordar, e pode nascer a qualquer momento, sem ser classificado como prematuro. Serão os depósitos de gordura que o vão ajudar a manter a temperatura corporal depois de nascer. Pesa agora cerca de 2,6Kg e tem aproximadamente 47,4cm.

37ª Semana de Gravidez

Nas 37 semanas de gravidez, ao deitar-se de barriga para cima poderá sentir-se mal disposta e com tonturas, isto deve-se ao peso exercido pelo útero sobre um vaso sanguíneo, dificultando o regresso do sangue ao coração. Deite-se de lado.

O seu bebé está pronto para vir ao mundo, mas enquanto não vem, ele continua a ganhar mais peso e a crescer mais um pouquinho. Cerca de 85 por cento dos nascimentos ocorre num intervalo de 2 semanas (antes ou depois) da data prevista do parto, por isso esteja atenta aos sinais de parto. O fim desta semana marca o fim do desenvolvimento, o crescimento agora começa a abrandar. O bebé vai produzir cortisona (uma hormona necessária ao amadurecimento dos seus pulmões, tornando-os capazes de respirar ar) e acumular cerca de 14 gramas de gordura por dia. O cordão umbilical tem já cerca de 50cm.

Esperar é a palavra-chave nas próximas semanas. Não há muito mais que você possa fazer. Tente aproveitar estes momentos antes da chegada do bebé - alimente-se bem e descanse bastante.

38ª Semana de Gravidez

Nas 38 semanas de gravidez prepare-se, pois é grande a possibilidade de ocorrência de contracções fortes. O seu bebé pode nascer a qualquer momento! Sente dificuldade a andar e a endireitar-se e sofre de dores lombares. Nesta fase existe mais líquido amniótico em torno do bebé que em qualquer outra fase da gravidez.

Nesta fase, os bebés continuam a acumular gordura sob a pele para ajudar a controlar a temperatura do corpo quando se encontrarem do lado de fora da barriga. A maioria dos recém-nascidos vem ao mundo com cerca de 2,7 e 4,3 quilos, e os meninos tendem a ser ligeiramente mais gordinhos que as meninas.

Todos os órgãos do bebé estão desenvolvidos, embora os pulmões sejam os últimos a amadurecer totalmente.

39ª Semana de Gravidez

Nas 39 semanas de gravidez, são os últimos dias da gravidez e parecem mais compridos que a gestação inteira. Concentre-se nos preparativos finais para se distrair. O grande dia está a chegar... em breve estará com o seu bebé nos braços.

Atenção aos sinais de parto: dores fortes (provocadas pelas contracções) de forma ritmada e constante e rebentamento das "águas". Caso não se sinta bem, não hesite e vá de imediato à maternidade.

O bebé está pronto para nascer tem cerca de 50,7 cm e pesa entre os 2,5kg e os 5 kg. Sabias que o ritmo cardíaco do bebé é cerca do dobro do teu? Tem 120-150 pulsações por minuto.

Aquela camada de pêlo que protegia a pele do seu bebé (lanugo) já desapareceu na sua maioria, mas ainda existem alguns restos nos ombros, testa e pescoço. Depois do nascimento, desaparecerá completamente.

40ª Semana de Gravidez

Nas 40 semanas de gravidez está na última semana, a do nascimento - isto se o seu bebé ainda não nasceu. O seu corpo dará ao bebé anticorpos para protegê-lo de várias doenças. O bebé colocar-se-á na posição para nascer.

Caso o seu médico ache necessário, poderá induzir o parto, ou seja, provocar artificialmente o parto.

Parabéns e as Boas Vindas ao seu bebé recém-nascido!

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Depressão Perinatal ou Pós-parto: sabe o que é?

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Gratuita a partir de 01 de janeiro
A distribuição da vacina da tosse convulsa nas farmácias portuguesas, que esteve esgotada, vai ser regularizada na terça-feira,...

O Correio da Manhã indica, na sua edição de hoje, que a vacina para a tosse convulsa está esgotada em Portugal devido a “um problema do laboratório”.

Em declarações, a subdiretora-geral da Saúde confirmou que a vacina esteve “descontinuada por uns dias nas farmácias”, mas adiantou que a situação vai ser regularizada.

“Houve uma boa adesão à recomendação para a vacina ser administrada a grávidas de forma a prevenir a tosse convulsa nas crianças nos primeiros dois meses de vida. Isto é uma questão de importação, ou seja, quem produz a vacina não conseguiu abastecer continuamente o mercado”, explicou.

Contudo, explicou Graça Freitas, “começaram já a ser importadas milhares de doses para Portugal e o Infarmed [Autoridade Nacional do Medicamento] já autorizou a sua distribuição.

“Está tudo conforme desde ontem [quinta-feira]. O mercado vai ser regularizado. Foi autorizada a sua distribuição mesmo com rotulagem numa outra língua, que depois será acompanhada por um folheto traduzido em português para informação das pessoas”, salientou.

A responsável explicou que “não há risco para a saúde pública” uma vez que esta vacina afeta sobretudo crianças muito pequenas, que ainda não tiveram tempo de apanhar a vacina (só aos dois meses de idade).

“Para evitar estes casos, aconselhamos a vacinação das mães para que passem anticorpos aos filhos. Quando as crianças nascem já têm alguma proteção. Por outro lado, esta é uma doença que não vai para casos zero, de vez em quando há pequenos surtos”, disse.

Segundo Graça Freitas, a taxa de vacinação em Portugal é de 97/98%, tendo sido registados 260 casos em 205 e este ano pouco mais de 400.

A subdiretora-geral da Saúde lembrou ainda que este ano a vacina da tosse convulsa é comprada e nas farmácias, mas a partir de 01 de janeiro será gratuita e fará parte do Plano Nacional de Vacinação.

Contactado, o Infarmed esclareceu que “na sequência da decisão das autoridades de saúde internacionais em estender a vacinação às gestantes, houve um aumento da procura superior à capacidade de produção da vacina, o que provocou constrangimento ao seu normal acesso.”.

“O Infarmed tem vindo a monitorizar a rutura em causa e concedeu uma Autorização de Utilização Especial (AUE) da vacina que abastecerá o mercado já a partir da próxima terça-feira”, é referido.

Dia Mundial dos Cuidados Paliativos
Dia 8 de Outubro assinala-se o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos.

A população portuguesa tem sofrido alterações demográficas importantes, inversão da pirâmide etária, com todas as consequências que daí advêm. Estes dados revelam um envelhecimento populacional importante, com aumento da dependência, doenças crónicas e consequentes alterações sociais, económicas e necessidades em saúde relevantes. Os números de doentes em cuidados paliativos que necessitam de cuidados acompanham naturalmente estes números. Segundo dados mais recentes do INE, referentes a 2014, existirão em Portugal entre 72 299 a 85 923 doentes com necessidades paliativas.

Todos os dados referidos requerem uma mudança das políticas de segurança social e de saúde, até porque as pessoas, na sua generalidade, não pretendem a institucionalização, preferindo manterem-se no espaço que sentem como seu, que lhes é familiar e no qual se sentem confortáveis. Perante os factos identificados, de acordo com a OMS, considera-se que neste contexto, o apoio domiciliário surge como uma atitude eficaz.

O apoio/cuidado domiciliário pode ser entendido como cuidados fornecidos por profissionais de saúde no domicilio das pessoas de forma a dar resposta às suas necessidades.

Estas necessidades podem ser desde reabilitação, apoio de Enfermagem em procedimentos técnicos ou acompanhamento, apoio nos serviços domésticos e necessidades básicas, como os cuidados oferecidos pelos cuidadores informais. Têm por finalidade promover, manter ou recuperar a saúde, maximizando o nível de independência ou minimizando os efeitos da deficiência / doença, bem como fornecer apoio social ao indivíduo e sua família.

A OMS define cuidados paliativos como cuidados que visam melhorar a qualidade de vida dos doentes e suas famílias, que enfrentem problemas decorrentes de uma doença incurável e/ou grave e com prognóstico de vida limitado, através da prevenção e alívio do sofrimento, com recurso à identificação precoce e tratamento rigoroso dos problemas não só físicos, mas também psicológicos, sociais e espirituais. O enfoque desloca-se da cura para a qualidade de vida, da doença para o doente.

A população-alvo que poderá beneficiar dos cuidados paliativos apresenta um conjunto de situações clínicas muito vastas e diferenciadas. Não existe descriminação decorrente da idade, pelo que dado a estas variantes considera-se a população-alvo a seguinte:

- Crianças e adultos com malformações congénitas ou outras situações que dependam de terapêutica de suporte de vida e/ou apoio de longa duração para as atividades de vida diária;

- Pessoas com quaisquer doenças agudas, graves e ameaçadoras da vida onde a cura ou reversibilidade é um objetivo realista, mas a situação em si própria ou o seu tratamento tem efeitos negativos significativos dando origem a uma qualidade de vida fraca e/ou sofrimento;

- Pessoas com doenças crónicas progressivas independentemente do tratamento com intencionalidade curativa em curso;

- Pessoas com doenças ameaçadoras da vida, que escolheram não fazer tratamento orientado para a doença ou de suporte/prolongamento da vida e que requeiram este tipo de cuidados;

- Pessoas com lesões crónicas e limitativas, resultantes de acidente ou outras formas de trauma;

- Pessoas seriamente doentes ou em fase terminal que não têm possibilidade de recuperação ou estabilização e, para os quais, os cuidados paliativos são o objetivo predominante dos cuidados no tempo de vida remanescente

Durante décadas, os custos relacionados com a saúde por toda a Europa têm vindo a crescer exponencialmente. De forma a evitar uma quebra no sector e com consequente diminuição da qualidade dos cuidados prestados, várias hipóteses de contenção de custos estão a ser analisadas pelos diversos governos europeus. Muitas considerações económicas ao longo da Europa têm convergido na necessidade de retirar os doentes o mais cedo possível do hospital e como consequência mais pessoas são tratadas no domicilio e com condições patológicas cada vez mais complexas, das quais os cuidados paliativos.

Estudos comprovam que as equipas de cuidados paliativos reduzem em 22-32% os custos dos cuidados ao doente oncológico. No mesmo seguimento, outro estudo revela que o acompanhamento em ambulatório de doentes paliativos nos últimos 3 meses de vida, nos EUA, revelou uma redução de custos que pode chegar aos 5 000 US$ por doente.

Tendo em conta o custo-eficácia dos cuidados, muitas das intervenções em saúde podem efetivamente ser realizadas na comunidade ou em casa.

O feedback recebido pelos doentes e familiares/cuidadores que recebem cuidados paliativos, nomeadamente, a otimização dos sintomas, e aumento da satisfação com os cuidados, sugerem a importância do mesmo.

A integração precoce dos cuidados paliativos na trajetória da doença, sugere um ganho acrescido, designadamente, na melhoria do controlo dos sintomas, da qualidade de vida, da sobrevida dos doentes, bem como da efetividade das intervenções dirigidas aos cuidadores.

Porém, apesar de nas últimas décadas ter sido dado um ênfase maior aos cuidados no final de vida, vários estudos comprovam, existirem ainda várias dificuldades nesta fase de vida, nomeadamente na acessibilidade a serviços específicos, falta de recursos extra-hospitalares, inadequada satisfação das necessidades dos doentes e família, sobrecarga de cuidadores e cuidados dessincronizados das preferências do doente e família.

Segundo um estudo efectuado pela Entidade Reguladora da Saúde, Portugal tem a maior taxa de cuidados continuados e paliativos, prestados por pessoas sem preparação nem qualificação para tal, e uma das mais baixas taxas de cobertura de cuidados prestados por profissionais, em toda a Europa. Este é um dos desafios existentes no que se refere aos Cuidados Paliativos.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Alimentar os bebés prematuros exclusivamente com leite materno traria uma poupança de mil euros por criança ao longo do seu...

Segundo um estudo britânico do consórcio York Health Economics, da Universidade de York, a poupança de cerca de mil euros por cada criança foi estimada tendo em conta o período que o bebé prematuro permanece nos cuidados intensivos e também a redução de doenças a longo prazo e complicações após a alta hospitalar.

Os investigadores desenvolveram um modelo para calcular o valor económico resultante da redução da incidência, severidade e risco de ter determinadas doenças e complicações em recém-nascidos prematuros alimentados exclusivamente com leite materno, face aos que são alimentados com leite de fórmula.

De toda a poupança estimada, quase 65% (670 euros) aplica-se ao período de internamento em cuidados intensivos nenonatais e os restantes 35% estão ligados à redução de doenças a longo prazo.

O estudo, que foi promovido em conjunto com uma empresa de produtos e investigação em aleitamento materno, teve o sistema de saúde britânico como modelo, mas supôs que as poupanças seriam similares em economias comparáveis, como a portuguesa.

Vários estudos internacionais têm demonstrado que o leite materno em exclusivo aos bebés pré-termo (antes das 37 semanas de gravidez) reduz o risco de desenvolverem várias doenças.

Esta análise da Universidade de York centra-se na enterocolite necrosante, a doença digestiva mais frequente e grave no período neonatal, na sepsis, na síndrome de morte súbita do bebé, na leucemia infantil e noutras doenças crónicas e infecciosas.

Portugal assinala na primeira semana de outubro a Semana Mundial do Aleitamento Materno.

Instituto de Investigação do Medicamento
Um consórcio com investigadores de várias unidades organizou uma plataforma para descoberta e desenvolvimento de novas...

Coordenada pelo Instituto de Investigação do Medicamento (iMed.ULisboa), a plataforma tem "a participação de outros centros de investigação com o objetivo de criar a possibilidade de descobrir e desenvolver novas tecnologias, produtos e soluções na área de oncologia", disse a responsável pelo projeto.

Dedica-se "primeiramente a terapêuticas, mas também é aplicável a prevenção e controlo de doenças e não tem somente a ver com o cancro, [embora seja esse o nosso primeiro alvo]", acrescentou Cecília Rodrigues, que também é coordenadora do iMed.ULisboa, líder do projeto, e investigadora da Faculdade de Farmácia.

O trabalho, que será desenvolvido em três anos, tem 2,5 milhões de euros de financiamento do programa Portugal 2020, e "várias fases e em cada uma tem objetivos muito específicos e concretos", avançou a responsável.

A primeira fase, explicou Cecília Rodrigues, tem a ver com "uma triagem de alto débito de coleções de produtos naturais derivados do mar ou de plantas e sintéticos", sendo esperados os primeiros resultados "três a seis meses depois do início".

Apesar de centrar-se na oncologia, principalmente no cancro do cólon, a plataforma "é suficientemente moldável e extrapolável para outras aplicações", como infeções, doenças neurológicas, neurodegenerativas, ou doenças do metabolismo - "doenças que, de algum modo, estão relacionadas com o envelhecimento, e também muito [com os] estilos de vida", especificou a especialista, referindo os exemplos do tabagismo, das dietas desequilibradas ou da inatividade física.

São 50 a 60 os investigadores diretamente relacionados com o projeto, oriundos de várias áreas, desde farmacêuticos a engenheiros químicos, biofísicos, bioquímicos, biólogos ou médicos veterinários, além de envolver médicos de dois hospitais que colaboram na iniciativa - Hospital da Luz, em Lisboa, e Hospital Beatriz Angelo, em Loures -, e associações de doentes.

A coordenadora da plataforma referiu que vários outros profissionais vão associar-se durante o desenvolvimento do projeto, "já que outro dos objetivos é formar especialistas e criar emprego qualificado".

Além do iMed.ULisboa, o consórcio chamado POINT4PAC (Precision Oncology by Innovative Therapies and Technologies), que vai receber o financiamento, tem a participação do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, do Centro de Química Estrutural, do Instituto de Nanociência e Nanotecnologia, do Centro de Investigação Interdisciplinar em Sanidade Animal e do Instituto Politécnico de Leiria.

Congresso desfaz mitos alimentares
A laranja à noite afinal ajuda a adormecer, os cereais são desnecessários numa alimentação saudável e os antioxidantes são...

O 3.º Congresso Europeu de Nutrição Funcional vai reunir os “maiores especialistas do mundo em nutrição funcional” para partilhar conhecimentos e alertar para cruciais questões de saúde.

A “nutrição funcional” - considerada a nutrição do século XXI – foca-se na deteção e correção dos desequilíbrios nutricionais de cada pessoa, vendo-a como única, mas tendo em conta que o seu organismo é um todo, consistindo numa abordagem preventiva e de tratamento de problemas crónicos de saúde através da deteção e correção de desequilíbrios bioquímicos que geram as próprias doenças, explicou o investigador português Pedro Bastos, responsável pela organização do congresso.

Em debate vão estar vários temas alimentares, destacando-se alguns que contrariam ideias enraizadas na sociedade, como é o caso do painel subordinado ao tema “afinal devemos comer laranja ao deitar, entre outros alimentos amigos do sono” que deita por terra o provérbio “laranja de manhã é ouro, à tarde é prata e à noite mata”.

Pedro Bastos explica que, resultando de observações casuais e de informações transmitidas de forma oral, os provérbios populares não foram sujeitos a análise rigorosa e científica, o que resulta por vezes em incorreções, como será o caso deste.

“No que diz respeito ao sono, um estudo publicado em 2013 no Journal of Pineal Research demonstrou que a ingestão de laranja aumenta as concentrações de Melatonina, a principal hormona responsável pelo sono”, acrescentou.

Ainda no que respeita a crenças alimentares, os cereais surgem na base da pirâmide alimentar e são tidos como fundamentais na alimentação, por serem o “combustível” do organismo, estando presentes em quase todas as refeições e em snacks nos intervalos.

Nada mais errado, na verdade, os cereais são absolutamente desnecessários, pois “do ponto de vista puramente nutricional, não existe nada nos cereais que os torne essenciais, pois todos os nutrientes existentes nos mesmos estão presentes em outros alimentos, incluindo fibra, vitaminas e minerais”, sendo que o seu teor em vitaminas e minerais é reduzido e a biodisponibilidade (quanto de facto absorvemos e aproveitamos) dos mesmos é baixa, esclareceu o especialista.

Em termos nutricionais, uma alimentação saudável deve recolher os hidratos de carbono das hortaliças (que simultaneamente têm oito vezes mais fibras do que os cereais), frutas (duas vezes mais fibras) e tubérculos.

As consequências de uma alimentação fortemente baseada em cereais, sobretudo os refinados, são risco acrescido de diabetes tipo II, de doença cardiovascular, de progressão de alguns tipos de cancro (mama, próstata e cólon) e de algumas doenças inflamatórias e metabólicas, afirmou Pedro Bastos.

Outra “surpresa” deste congresso é que os “suplementos antioxidantes diminuem a eficácia do exercício físico”, ou seja, a prática de exercício físico “induz adaptações que melhoram a nossa saúde e resistência a diversas patologias”.

“Uma dessas adaptações consiste na produção endógena de proteínas antioxidantes, que nos vão 'proteger' não apenas de futuras sessões de exercício, como de vários outras agressões às quais somos expostos (como tabaco e poluição)”, acrescenta o investigador.

O que acontece é que o recurso a suplementos antioxidantes vai diminuir a produção de antioxidantes endógenos e outras adaptações que melhoram a saúde e o rendimento desportivo, explicou, aconselhando antes a ingestão de “quantidades fisiológicas de vitamina C e E através de fruta, hortaliças e oleaginosas”, para garantir “um aporte adequado dos nutrientes necessários para a produção e ação dos antioxidantes que nós próprios produzimos”.

Além do sono, do exercício físico e da composição corporal, este ano o congresso vai também destacar a importância da nutrição funcional na gravidez e em complicações na infância, como a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção, dando enfoque aos “temas mais relevantes para a sociedade atual: inflamação, intestino e longevidade”.

Saúde pública
O novo Centro de Emergências em Saúde Pública, inaugurado ontem, vai permitir maior capacidade preventiva de resposta e de...

O diretor-geral da Saúde explicou, durante a apresentação pública do novo Centro, que passou a estar congregada no mesmo espaço físico funções e programas que estavam dispersos e que permitem uma monitorização em tempo real de situações de saúde pública.

É possível perceber, por exemplo, quais os hospitais com maior procura, se há resposta por parte dos serviços de urgência e até a quantos doentes foi atribuída determinada cor na triagem de Manchester feita nas unidades hospitalares.

Criado por despacho governamental no fim de setembro, o Centro de Emergências em Saúde Pública que terá como missão emitir alertas, antecipar e identificar riscos.

“[O país] ganhou confiança e capacidade preventiva de resposta e de análise. Vivemos numa sociedade que tem de antecipar os problemas. O mundo hoje é mais perigoso e arriscado e a única forma que temos de evitar os problemas é preveni-los”, declarou o ministro da Saúde aos jornalistas durante a inauguração do espaço do novo centro, na dependência e instalações da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O despacho que criou esta nova unidade, onde trabalham oito pessoas, referia que não podem ser ignoradas as “as recentes lições, decorrentes das situações geradas por epidemias, quer em Portugal, como aconteceu com o surto de Doença dos Legionários, quer as que constituem emergências de saúde pública de âmbito internacional (..) designadamente Ébola e Zika.

Importa assim “reforçar os sistemas de deteção precoce dessas ameaças, antecipando-as, incrementar a capacidade de monitorização de indicadores e sinais de alerta, promover a comunicação em matéria de resposta e intensificar a respetiva capacidade de coordenação”.

Fazem parte das atividades do Centro antecipar e identificar riscos em saúde pública, emitir alertas, gerir sistemas de vigilância e deteção precoce, bem como plataformas de comunicação face a alertas nacionais ou internacionais, incluindo a receção, análise e emissão de notificações em vários sistemas de alerta.

Cabe ainda ao centro de emergências elaborar planos multissetoriais de preparação e resposta a emergências de saúde pública, promover a realização de exercícios de simulação, colaborar na formação e treino de profissionais de saúde e outros em matéria de prevenção, deteção e resposta a ameaças de saúde pública.

O despacho sublinha que a criação do centro “não implica meios financeiros nem pagamento de quaisquer suplementos remuneratórios ou criação de cargos de dirigentes”.

O Centro é um projeto conjunto da DGS e dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

Universidade de Aveiro
Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro desenvolveu um novo tipo de cimento ósseo com características que...

De acordo com informação avançada pela Universidade de Aveiro (UA), os investigadores adicionaram, pela primeira vez, estrôncio, manganês e açúcar aos habituais ingredientes, o que resultou numa melhoria do desempenho biológico do cimento bem como das suas propriedades mecânicas.

Estes fatores tornam este cimento desenvolvido na UA "muito promissor para regeneração óssea e engenharia de tecidos e em particular na reparação de vértebras fraturadas" devido, por exemplo, à osteoporose ou a acidentes, referiu Paula Torres, investigadora do Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica (DEMaC).

A investigadora desenvolveu este material inovador no âmbito do seu doutoramento em Ciência e Engenharia de Materiais na UA, que começou há cinco anos.

O trabalho contou com a colaboração de investigadores de outros departamentos da UA e de outras instituições nacionais e da Robert Mathys Stiftung Foundation, na Suíça.

Segundo a nota da UA, os resultados obtidos ao longo das várias fases do estudo culminaram na obtenção de um cimento com propriedades gerais muito promissoras.

"Com base nestes resultados, pode concluir-se que os objetivos inicialmente estabelecidos foram alcançados com um grau de satisfação relativamente elevado", congratula-se Paula Torres, adiantando que a próxima fase é levar o cimento para testes 'in vivo', isto é em animais.

Estudo
A esperança média de vida aumentou mais de uma década desde 1980, mas as pessoas vivem mais tempo com doenças, revela um estudo...

Publicado pela revista The Lancet e resultado de uma parceria com o Instituto para a Métrica e a Avaliação da Saúde (IHME), o estudo sobre o Peso Global da Doença, Lesões e Fatores de Risco (GBD, na sigla em inglês) analisa 249 causas de morte, 315 doenças e lesões e 79 fatores de risco em 79 países e territórios entre 1990 e 2015.

Resulta do trabalho de 1870 especialistas independentes em 127 países e visa ser a fonte de estatísticas sobre saúde mais credível do mundo, para servir como ferramenta para os países, organizações não-governamentais e outros parceiros, na definição de políticas de saúde, como escrevem os autores no editorial da edição da revista.

Segundo os dados agora divulgados, a esperança média de vida aumentou de 61,7 anos, em 1980, para 71,8 anos em 2015 (69 nos homens e 74,8 nas mulheres), mas o conflito e a violência levaram à estagnação e até à redução daquele indicador em muitas regiões.

Na Síria, por exemplo, a esperança média de vida nos homens diminuiu 11,3 anos entre 2005 e 2015.

Já a região da África Subsaariana registou importantes ganhos na esperança média de vida entre 2005 e 2015, ao recuperar de uma era de grande mortalidade devido ao VIH/Sida.

Em termos globais, a taxa de mortalidade diminuiu 17 por cento entre 2005 e 2015, tendência que teve como principais responsáveis a queda das taxas de mortalidade associadas a doenças como a sida (menos 42,1%) e a malária (menos 43,1%) e a complicações associadas ao parto pré-termo (menos 29,8%).

A taxa de mortalidade associada às doenças não-transmissíveis, como doenças cardiovasculares, cancro ou Alzheimer, também caiu, mas não tão depressa (14,1%).

E houve algumas causas de morte que até aumentaram, como a doença de dengue e problemas associados ao consumo de drogas.

Como resultado, 70% das cerca de 56 milhões de mortes registadas em 2015 em todo o mundo deveram-se a doenças não transmissíveis e a problemas associados à droga.

Outra conclusão é que, embora a esperança média de vida tenha aumentado 10 anos, em média, a esperança de vida saudável apenas aumentou uma média de 6,1 anos, o que significa que as pessoas vivem mais anos com doenças e deficiências.

O peso da falta de saúde passou das doenças transmissíveis, doenças associadas à maternidade e à infância e problemas nutricionais para as doenças não transmissíveis, incluindo consumo de drogas, perdas de visão e audição e artrite, devido ao aumento e envelhecimento da população.

Atualmente, concluem os autores do estudo, oito doenças crónicas, incluindo dores de cabeça, cáries e perda de visão e audição afetam, cada uma, mais de uma em cada dez pessoas.

A nova edição do GBD compara, pela primeira vez, o desempenho dos países na saúde com um índice sociodemográfico, que cruza o rendimento médio, a taxa de fertilidade, e o nível de instrução.

A conclusão, diz o diretor do IHME, na Universidade de Washington em Seattle, é que "o desenvolvimento influencia, mas não determina a saúde.

"Temos países que melhoraram muito mais depressa do que seria expectável tendo em conta o rendimento, educação e fertilidade. E também continuamos a ter países, incluindo os EUA, que estão muito menos saudáveis do que deveriam, tendo em conta os seus recursos, explicou Christopher Murray, citado no comunicado da Lancet.

Entre as conclusões do estudo, um vasto trabalho que inclui seis artigos científicos num total de mais de 300 páginas, os cientistas destacam que embora tenha havido progressos na qualidade da água e do saneamento, aumentou a ameaça associada à dieta, à obesidade e ao consumo de drogas.

Mais de 275 mil mulheres morreram na gravidez ou no parto em 2015, a maioria por causas evitáveis, estima ainda o estudo, que alerta que, embora o número de mortes de menores de cinco anos tenha diminuído para metade desde 1990, o progresso nos recém-nascidos é menos impressionante.

APDP disponível
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal é a entidade que reúne mais experiência e conhecimento no rastreio e...

O diagnóstico precoce de uma das principais complicações da diabetes insere-se nas atividades de prevenção da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e pode ser realizado por rastreios populacionais. Com o objetivo de diminuir as consequências e prevenir danos na visão, a APDP quer chegar a todas as regiões do país, diminuindo as assimetrias no acesso aos rastreios.

“De acordo com o Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes (OND) – 2015, o número de pessoas com diabetes abrangidas pelos Programas de Rastreio da Retinopatia Diabética tem vindo a aumentar desde 2009 (223%)», recorda Luís Gardete Correia, presidente da APDP e do OND. «Para que os gráficos aumentem e os rastreios se propaguem, para não retirar qualidade de vida às pessoas com diabetes, é essencial que o Estado trabalhe na prevenção em conjunto com a APDP”, alerta.

Recentemente divulgado, o primeiro estudo epidemiológico realizado em Portugal sobre a retinopatia concluiu que 16,3% das mais de 52 mil pessoas com diabetes examinadas sofriam de retinopatia. A população avaliada por este estudo, realizado por especialistas da APDP, compreende a área geográfica de Lisboa e Vale do Tejo, onde a APDP já realiza rastreios. Os resultados agora apresentados permitem perceber a necessidade de generalizar de forma organizada e regular os rastreios a nível nacional.

“O problema é que temos em Portugal um milhão de pessoas com diabetes, destas andam cerca de 700 mil em tratamento e a noção que temos é que menos de 10 ou 15% destas pessoas terão acesso ao programa de rastreio da retinopatia diabética”, sublinha João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP.

A retinopatia diabética é uma manifestação oftalmológica da diabetes, e uma das principais causas de perda grave de visão a nível mundial. A sua frequência depende dos anos de duração da diabetes. Após 20 anos de evolução, mais de 90% das pessoas com diabetes tipo 1 e mais de 60% das de tipo 2 sofrem de retinopatia diabética. O mau controlo metabólico (glicémia e pressão arterial) constitui também um fator de risco para o aparecimento da retinopatia.

O diagnóstico é feito através da observação periódica do fundo do olho após dilatação (oftalmoscopia). Mas o melhor tratamento consiste em prevenir o desenvolvimento da retinopatia controlando os níveis de glicose, tensão arterial e lípidos sendo fundamental o exame oftalmológico periódico, que na diabetes do tipo 1 será efetuado após a puberdade se o aparecimento da diabetes foi antes desta, e 5 anos após o diagnóstico se o aparecimento foi posterior. Nas pessoas com diabetes tipo 2, logo após o diagnóstico; na gravidez a vigilância deve fazer-se trimestralmente (mais informação).

A equipa de rastreios da APDP vai estar nos seguintes locais e horários nos próximos dias:

ACES ALMADA SEIXAL

  • Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Rainha Dª Leonor (Av. Rainha Dª Leonor, nº 2, Almada) - 6 a 14 de outubro, das 9h00 às 16h00;
  • Unidade de Saúde Familiar CSI Seixal (Largo da Mundet, Bairro Novo) - 7 a 21 de outubro, das 9h00 às 16h00 (exceto dia 7, em que os rastreios têm início às 10h00). 

ACES OESTE SUL

  • Unidade de Saúde Familiar Dom Jordão (CS Lourinhã, Av. Dr. Catanho de Menezes) - até 6 de outubro, das 9h00 às 1600h (exceto dia 6, em que os rastreios decorrem apenas até às 14h00);
  • Torres Vedras (Pça 25 de Abril, 12) - até 11 de outubro, das 9h00 às 16h00 (exceto dia 11, e que os rastreios decorrem apenas até às 11h00. 
Doentes oncológicos
Têm menos efeitos secundários e em alguns casos aumentam a sobrevivência dos doentes. Investigação continua nesta área.

Os medicamentos biológicos são uma arma cada vez mais importante na luta contra o cancro. Não serão um substituto da quimioterapia, mas uma opção que pode ser conjugada com esta e com tratamentos hormonais para que se conseguiam melhores resultados, mais eficazes, mais duradouros e com menos efeitos secundários. O objetivo é encontrar cada vez mais medicamentos que atinjam alvos específicos nas células.

O que são estes medicamentos? Os biológicos são feitos em células vivas geneticamente modificadas. São proteínas que imitam os anticorpos do nosso organismo mas com algumas modificações que os tornam mais eficazes para travar uma determinada doença. Em muitos casos procuram alvos específicos para o fazerem, por isso não são uma solução para todos os tipos de cancro nem todos os doentes. Mas os resultados que têm mostrado explicam porque é continuam a ser alvo de muita investigação.

"Em alguns casos têm excelente resposta com ganhos no controlo da doença. No caso do cancro da mama existem vários biológicos que são de uso corrente e que têm eficácia no aumento da sobrevivência, com situações de regressão e desaparecimento da doença. Já começam a ser usados para consolidar a eficácia da cirurgia, evitando que a doença reapareça naquele local ou noutro", explicou ao Diário de Notícias Helena Gervásio, presidente do colégio de oncologia da Ordem dos Médicos, acrescentando que "o nosso objetivo é ter cada vez mais opções para controlar a doença de forma mais duradoura e com os menores efeitos possíveis". Os biológicos, diz, "não substituem a quimioterapia. Têm indicações completamente distintas. Muitas vezes complementam-se. Os biológicos também têm toxicidade".

O mesmo aponta o oncologista José Passos Coelho. "Em geral são menos tóxicos que a quimioterapia, mas há biológicos que têm níveis de toxicidade que não são desprezáveis. Como há fármacos de quimioterapia que são pouco tóxicos", frisou, para salientar a importância de ter várias armas à disposição: "Muitas vezes usamos mais do que uma classe de medicamentos para que se juntem os benefícios de uns aos outros. Procuramos adicionar tudo o que seja possível para aumentar a probabilidade de cura." O coordenador do departamento de oncologia do Hospital Beatriz Ângelo (Loures) afasta a ideia de que estes tratamentos podem substituir a quimio. "O nosso desejo é que surjam opções cada vez com mais eficácia e menos toxicidade que possam adiar ou evitar a quimioterapia".

Gabriela Sousa, presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia, explica que "a complexidade do tratamento do cancro é enorme" e que "a tendência para o futuro é que os tratamentos sejam mais eficazes e com terapêuticas mais dirigidas". "Mas estamos longe de dizer que os biológicos vão substituir a quimioterapia. Os tumores que não expressem os alvos precisam sempre de quimioterapia. Podemos dizer que os biológicos serão a tendência para evitar a quimio no futuro".

Soluções mais baratas
Nos próximos dois anos espera-se que fiquem disponíveis quatro genéricos de biológicos para o cancro, a preços mais baratos, e a tendência será optar por estes quando for possível. "Só queremos ter a segurança que são tão eficazes e não têm mais efeitos que os que lhes deram origem. Desde que estejam testados, aceitamos e avançaremos para a prática clínica", apontou Helena Gervásio. Gabriela Sousa refere que a questão coloca-se na forma como vão entrar nos hospitais: "Nos doentes que estão estáveis deve haver cautela em alterar para um biossimilar. E o desempenho deve ser rigorosamente monitorizado para garantir o máximo de segurança."

Hélder Mota Filipe, da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) explica que "a troca de medicamentos em doentes que já estão a ser tratados pode fazer-se, sempre com informação ao doente e com monitorização para garantir que nada aconteça. Existem estudos do Norte da Europa que demonstram que a mudança pode ser feita sem que haja qualquer problema de segurança ou falta de eficácia. Temos feito sessões para esclarecer e debater abertamente o que são os biossimilares".

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