Conselho da Europa
O caso da mulher vítima de negligência médica a quem a justiça portuguesa reduziu uma indemnização, após uma cirurgia...

O documento propõe uma série de recomendações sobre saúde sexual e reprodutiva das mulheres e os direitos na Europa, tendo como foco a necessidade de serem alcançados progressos nesta matéria.

O objetivo é também combater aquilo que são considerados estereótipos de género, como o exemplo que se aponta para Portugal.

O caso português inscrito neste relatório resultou na condenação de Portugal pelo Tribunal Europeu dos Diretos do Homem, por discriminação sexual, após o Supremo Tribunal Administrativo (STA) baixar o valor da indemnização.

A Maternidade Alfredo da Costa recorreu para o Supremo, em dezembro de 2013, da condenação a pagar 172.000 euros, num caso de negligência ocorrido durante uma cirurgia realizada em 1995.

A paciente ficou com lesões irreversíveis e uma incapacidade permanente de 73%, tendo o STA decidido reduzir o valor da indemnização em cerca de 60.000 euros, alegando que a sexualidade não é tão importante para uma mulher de 50 anos e com dois filhos como para alguém mais jovem.

O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem considerou que a fundamentação do acórdão do coletivo de juízes do STA, proferido em 2015, demonstra “os preconceitos” que prevalecem no sistema judiciário português e condenou Portugal a pagar 3.250 euros à vítima por danos não patrimoniais, por violar a Convenção Europeia dos Direitos do Homem, e ao pagamento de 2.460 euros devidos com o processo.

"A saúde e os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres são direitos humanos. Lamentavelmente, no entanto, as mulheres na Europa ainda têm esses direitos negados ou restringidos, devido a leis, políticas e práticas que, em última análise, refletem estereótipos de género e desigualdades”, lê-se na declaração do comissário para os Direitos Humanos do Conselho da Europa, Nils Muižnieks, para o lançamento do relatório, datada de Estrasburgo.

O documento contém um conjunto de recomendações, destinadas a ajudar os estados europeus a melhorarem a situação, entre elas a renovação do compromisso político com os direitos das mulheres e a proteção contra “medidas retrógradas que prejudicam a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos”.

A garantia de uma educação sexual abrangente, o acesso a contraceção e a cuidados de aborto legal e seguro são outras recomendações.

É igualmente recomendado que as recusas de cuidados pelos profissionais da saúde por razões de consciência ou religião não ponham em risco “o acesso oportuno das mulheres aos cuidados de saúde sexual e reprodutiva”.

O comissário insiste na necessidade de respeitar e proteger os direitos humanos das mulheres no parto e de garantir a todas o acesso a cuidados de saúde materna de qualidade.

No documento, propõe-se a eliminação da “discriminação em leis, políticas e práticas” e defende-se a igualdade para todos no gozo da saúde sexual e reprodutiva e dos direitos.

“Os direitos sexuais e reprodutivos protegem alguns dos aspetos mais significativos e íntimos das nossas vidas”, declara o comissário, acrescentando: “Assegurar estes direitos às mulheres é um aspeto vital dos esforços para garantir os direitos das mulheres e a igualdade de género”.

O caso da mulher portuguesa está incluindo na abordagem que se faz no relatório a estereótipos de género em relação à sexualidade.

Cuidados com a alimentação
Caracterizada por uma alteração na deglutição, a disfagia pode ocorrer em qualquer faixa etária, sen

A disfagia, que se caracteriza por uma dificuldade em engolir, implica quase sempre um maior esforço para mover os alimentos sólidos ou líquidos desde a boca até ao estômago. De acordo com Marta Pinto, terapeuta da fala na Associação Portuguesa de Esclerose Amiotrófica, esta condição pode afetar “qualquer pessoa numa situação de lesão adquirida”.

Apesar de nem sempre se conseguir identificar as causas desta perturbação, sabe-se que pode resultar em consequência de traumas, doenças neuroprogressivas, cardíacas ou neoplasias. Por outro lado, o envelhecimento surge aqui como um importante fator de risco.

“Dentro de cada etiologia a sua incidência varia, sendo que na pessoa com ELA cerca de 85% das pessoas em algum momento da doença apresentam uma Disfagia”, esclarece Marta Pinto acrescentando que esta perturbação pode manifestar-se de diversas formas, consoante a fase em que ocorre: fase oral, faríngea ou esofágica.

“Alguns sinais de alerta são: resíduos alimentares na boca, queda do alimento ou saliva da boca, tosse em algum momento da refeição, sensação de alimento preso na garganta, necessidade de engolir várias vezes, entre outros”, assinala.

O diagnóstico pode envolver vários profissionais de saúde que, numa primeira análise, podem identificar os sinais de alerta. No entanto, deverá ser o Terapeuta da Fala a proceder à avaliação clínica e instrumental da perturbação.

“Dependendo da causa de Disfagia, esta poderá ser reabilitada ou monitorizada, através de exercícios específicos, estratégias facilitadoras e de compensação, como por exemplo, as modificações das consistências dos alimentos ou líquidos que ingere”, refere a especialista quanto ao seu tratamento adiantando que este deverá ser levado a cabo por uma equipa multidisciplinar onde se inclui, para além do Terapeuta, um nutricionista, um enfermeiro e um médico especialista. É ainda importante que doente, familia e/ou cuidador sejam envolvidos neste processo.

Desidratação e desnutrição são as principais complicações associadas à Disfagia. Por outro lado, “em situações específicas, e através da avaliação instrumental, poderá ser observada uma situação de aspiração de alimento/líquido que poderá, com o tempo e a sua repetição, promover uma pneumonia por aspiração”.

Com base nas complicações associadas, a Terapêutica Nutricional é muitas vezes um aspeto importante do seu tratamento, promovendo algumas alterações no tipo de alimentação “que permita assegurar, perante as dificuldades, o aporta nutricional e hídrico necessário a cada situação”.

“Dependendo do quadro de disfagia, poderá ser necessário alterar a consistência dos alimentos para consistências mais moles ou pastosas (como a maçã assada, carne picada ou purés), ingerir menos quantidades, beber golo a golo ou modificar a textura da água”, exemplifica Marta Pinto.

De acordo com esta especialista, alimentos fibrosos como a alface, com texturas mistas (laranja), pulverizáveis (bolachas de água e sal)  ou leguminosas com casca, de que são exemplos o grão e as ervilhas, podem ser mais díficeis de deglutir, aconselhando-se a sua substituição.

Em casos mais avançados, “poderá ser necessário assegurar a alimentação por meios alternativos como Sonda Nasogástrica ou Gastrostomia Endoscópica Percutânea (PEG)”.

Para promover a informação sobre a Disfagia, a APELA  realiza amanhã um jantar solidário -  Sabores em ConTaCto - que contará com uma ementa totalmente adaptada para pessoas que sofrem desta perturbação.

ELA afeta cerca de 800 pessoas em Portugal

A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença neurodegenerativa, progressiva e ainda sem cura, que se caracteriza pela fraqueza e atrofia muscular. Na ELA, os neurónios motores que conduzem a informação do cérebro aos músculos do nosso corpo, passando pela medula espinhal, morrem precocemente. Como resultado, esses músculos, que são os que nos fazem mexer (músculos estriados esqueléticos), ficam mais fracos.

A ELA é uma doença incapacitante e que aprisiona a pessoa no seu próprio corpo.

Na Europa, existe apenas um fármaco responsável por atrasar a progressão da doença em até dois meses. Paralelamente, existem tratamentos não farmacológicos que podem contribuir para o controlo sintomático da patologia e melhorar a qualidade de vida de doentes e cuidadores. Destacam-se a fisioterapia, a reabilitação respiratória, a terapia da fala e a psicologia.

Na ELA, a esperança média de vida oscila entre os 2 a 5  anos após os primeiros sintomas, embora cerca de 10% dos casos sobreviva mais de 10 e alguns 20 ou mais anos.

A idade média de início dos primeiros sintomas situa-se entre os 55 e os 60 anos, embora existam cada vez mais casos de pessoas diagnosticadas com 30 e 40 anos.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
ESEnfC
Projeto de educação por pares que visa a promoção de relações de intimidade saudáveis já sensibilizou cerca de 23 mil pessoas.

É com um simpósio sobre Violência no Namoro e a inauguração de uma exposição, iniciativas marcadas para o dia 6 de dezembro (próxima quarta-feira), que o projeto de educação por pares da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), (O)Usar & Ser Laço Branco, assinala uma década de intervenções a sensibilizar jovens para a promoção de relações de intimidade saudáveis.

O programa começa às 14h00 (no Auditório António Arnaut – Polo B da Escola, em São Martinho do Bispo), com o painel “Prevenção da Violência no Namoro: Desafios e inovações de intervenção em saúde”, no qual intervêm Vasco Prazeres (coordenador do Núcleo sobre Género e Equidade em Saúde da DGS), Sónia Caridade (investigadora na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Fernando Pessoa), Joana Cruz Peres (responsável da Sociedade de Estudos e Intervenção em Engenharia Social) e Maria da Conceição Alegre de Sá (professora na ESEnfC e coordenadora do projeto (O)Usar & Ser Laço Branco).

Pelas 16h00, é tempo de escutar Carminda Morais (professora na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Viana do Castelo), que irá proferir a conferência “Género, Amor e Saúde”.

“(O)Usar & Ser Laço Branco: 10 anos passados com futuro(s)” é o título de um filme a exibir de seguida (17h00), momento após o qual terá lugar a sessão de encerramento (17h30), com as intervenções de Maria da Conceição Alegre de Sá, Manuel Augusto Mariz (coordenador na ESEnfC da respetiva Unidade de Prestação de Serviços à Comunidade e Coordenação das Atividades de Extensão na Comunidade), Maria da Conceição Bento (Presidente da ESEnfC) e Manuel Albano (diretor de serviços da delegação do Norte da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género).

Finalmente, às18h00, é inaugurada a exposição "10 anos a (des)construir laço(s)".

Criado em 2007, na ESEnfC, o projeto (O)Usar & Ser Laço Branco, cujas estratégias de intervenção passam essencialmente pelo teatro do oprimido e pela educação por pares, já sensibilizou cerca de 23 mil pessoas, entre estudantes do ensino secundário e superior, encarregados de educação e professores.

Tem como missão prevenir a violência entre pares, a começar pelo namoro, promovendo o fortalecimento da liberdade, da igualdade de género, do humanismo, da cidadania ativa, da cooperação e o empoderamento.

Participam no projeto (O)Usar & Ser Laço Branco, professores, estudantes e colaboradores não docentes, assim como enfermeiros formados pela ESEnfC. 

Nairobi
Mais de 100 ministros do Ambiente de todo o mundo estão reunidos em Nairobi, no âmbito da terceira Assembleia das Nações Unidas...

O encontro, chamado UNEA3, que começou hoje de manhã na capital do Quénia, pretende encontrar soluções para o impacto que a contaminação do ambiente tem na vida humana já que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 12,6 milhões de pessoas morreram por causas ambientais, em 2012.

O órgão máximo da tomada de decisão sobre o ambiente assinala a poluição do ar como o maior risco ambiental para a saúde, já que é responsável por sete milhões de mortes por ano.

Os poluentes de curta duração, como o carbono, metano, ozono e as partículas produzidas pelas operações industriais e a queima de gasóleo, carvão ou biomassa, são responsáveis por cerca de um terço das mortes por acidentes vasculares cerebrais, doenças crónicas respiratórias e cancro de pulmão, e por um quarto das mortes por ataque cardíaco.

A UNEA3 transmite igualmente preocupação com a utilização de cerca de 100 mil diferentes tipos de químicos, incluindo o mercúrio, cádmio ou os contaminantes orgânicos persistentes, produtos que, se não forem usados corretamente, podem causar doenças como cancro ou problemas nos fetos.

Cerca de sete mil delegados de todo o mundo pretendem também encontrar soluções concretas para cerca de dois milhões de toneladas de resíduos despejados diariamente nos rios e que provocam, por exemplo, a morte de quatro mil crianças por dia por doenças causadas pela contaminação da água e por um saneamento incorreto.

O crescimento contínuo da quantidade de lixo produzido pelos humanos e a lentidão com que se degrada leva a que cerca de dois mil milhões de toneladas de plástico cheguem por ano aos oceanos, denunciou o organismo.

As Nações Unidas pretendem que a Assembleia, que decorre até quarta-feira, consiga o apoio necessário dos Estados membros, assim como compromissos voluntários dos governos, entidades do setor privado e organizações da sociedade civil, para limpar o planeta.

"Mundo a Sorrir"
A associação “Mundo a Sorrir” pretende realizar até julho de 2019 um total de 12.000 consultas dentárias e fazer a reabilitação...

A iniciativa é desenvolvida pelo Centro de Apoio à Saúde Oral (CASO), uma estrutura daquela organização não-governamental.

"Para além da saúde oral, esta iniciativa pretende apostar num acompanhamento psicossocial personalizado, realizado por técnicos especializados, que irá permitir uma monitorização das mudanças sociais ocorridas ao longo do plano de tratamento", explicou a coordenadora da iniciativa Ana Simões, citada em comunicado da “Mundo a Sorrir”.

E acrescentou: "para os beneficiários do CASO, pelas suas características de vulnerabilidade social e com necessidades várias ao nível dos tratamentos dentários, é fundamental que haja um reforço positivo constante".

O apoio psicossocial também será desenvolvido através da "realização de sessões de capacitação/formação em várias áreas como a Saúde e a Empregabilidade, por exemplo", lê-se ainda no comunicado.

O CASO conta com o apoio financeiro do programa Portugal Inovação Social e dos municípios de Braga, Porto e a Santa Casa da Misericórdia do Porto, sendo que a primeira das autarquias, para além de investidor social, "também procede ao encaminhamento de processos, avaliados pelo seu Gabinete de Ação Social".

No distrito do Porto o apoio é prestado no Centro de Apoio à Saúde Oral, nas instalações do Hospital Conde Ferreira, que vai ter, "no primeiro trimestre de 2018, obras de reabilitação e de expansão e onde será instalada uma nova cadeira médico dentária".

Em Braga, o atendimento é nas antigas urgências do Hospital São Marcos.

O CASO foi criado em 2009, em parceria com a Santa Casa Misericórdia do Porto e, desde então "realizou cerca de 25.000 tratamentos médico dentários e doou 458 próteses", acrescenta o comunicado, referindo que em 2015, em parceria com o Município de Braga, a “Mundo A Sorrir” abriu o segundo centro do país, onde já fez "mais de 14.800 tratamentos".

Legionella
O surto de ‘legionella’ no Hospital São Francisco Xavier, Lisboa, provocou mais um morto, elevando para seis o número de...

Numa nota datada de dia 3 de dezembro, a diretora-geral da Saúde lamenta a morte de um homem de 87 anos que estava internado no hospital Egas Moniz e que é a sexta vítima mortal do surto de ‘legionella’ no Hospital São Francisco Xavier.

Segundo o comunicado da Direção-Geral da Saúde (DGS), o doente tinha várias doenças associadas e estava internado desde o dia 7 de novembro, “estando em curso as diligências necessárias no sentido de esclarecer a causa do óbito”.

No âmbito do surto de ‘legionella’ no São Francisco Xavier foram confirmados 56 casos de infeção, sendo que seis doentes acabaram por morrer. Há ainda outros cinco casos de infeção ainda em investigação epidemiológica e laboratorial.

Segundo a DGS, permanecem internados três doentes em enfermaria e dois em cuidados intensivos.

O surto de ‘legionella’ foi dado como terminado no dia 27 de novembro. O surto foi detetado no dia 3 de novembro.

A bactéria ‘legionella’ é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

Sociedade Portuguesa de Cardiologia
Pela redução da mortalidade por doenças do aparelho circulatório, pela prevenção e reconhecimento da Insuficiência Cardíaca,...

Assim, dia 13 de dezembro, na Fundação Calouste Gulbenkian reúnem-se líderes de opinião para, em conjunto, debaterem o futuro da Saúde Cardiovascular dos Portugueses. O cardiologista e presidente da SPC, um economista, um jornalista e diretor de um jornal de referência nacional, um ex-ministro da saúde e uma epidemiologista, João Morais, Pedro Pita Barros, Paulo Baldaia, Correia de Campos e Ana Azevedo, respetivamente, compõem o quadro de preletores que se propõe a analisar as decisões e estratégias que permitam elevar a saúde cardiovascular no nosso país.

Pela primeira vez, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, assume publicamente a vontade de promover uma ação que, não sendo exclusivamente científica, pretende criar redes de trabalho e de apoio à decisão, junto de quem decide, para que os portugueses possam ter acesso a uma melhor saúde cardiovascular. Ao realizar a Conferência SPC, “Repensar o Futuro da Saúde Cardiovascular em Portugal”, a SPC reivindica para si o impulso de intervir na definição de uma estratégia a curto e médio prazo que vise a contínua melhoria da saúde cardiovascular dos portugueses. Com esta assunção, definimos e reforçamos o papel desta sociedade científica, que é o de contribuir ativamente para a redução da mortalidade por doenças do aparelho circulatório no nosso país.

Os números são alarmantes: cerca de 26 milhões de pessoas no mundo inteiro sofrem de insuficiência cardíaca e, em 2030, estima-se que este número tenha subido 25%. Portugal não é exceção e conta já com quase meio milhão de casos por todo o território. No futuro, é expectável que uma em cada cinco pessoas venha a desenvolver insuficiência cardíaca em algum momento da vida e a tendência é para que o número aumente. É por isso imperativo assumir que o tratamento desta doença é uma prioridade nacional. A insuficiência cardíaca, hoje quase omissa dos grandes planos de saúde, deve passar a constituir uma prioridade nacional, à qual os decisores deverão prestar particular atenção. A identificação adequada destes doentes e a sua orientação para centros com capacidade para os tratar, deve passar a constituir um desígnio nacional.

De igual modo, a prevenção da morte súbita é uma área de intervenção fulcral e cuja prevenção e tratamento adequado irá permitir importantes ganhos em saúde. A correta identificação de vítimas em paragem cardiorrespiratória e o acesso precoce à desfibrilhação é um desafio para todo o mundo civilizado, a que Portugal não é alheio. Trata-se de um direito de cidadania que importa desenvolver.

É imperativo que sejam implementadas políticas na área da saúde e que seja delineada uma estratégia que possa garantir o direito do cidadão a cuidados de saúde de qualidade, com o objetivo de continuar a reduzir a mortalidade por doença cardiovascular em Portugal!

Associação Portuguesa de Urologia
A equipa do Serviço de Urologia do CHCB associou-se à campanha “novembro – mês de alerta para a saúde do homem” promovida pela...

Nesse sentido, os colaboradores do Serviço de Urologia do CHCB aderiram em massa ao repto que lhes foi lançado, no caso dos homens deixando crescer o bigode ao longo de todo o mês de novembro e deixando-se fotografar com e sem bigode. As mulheres foram desafiadas a participar de igual forma, porém atendendo às especificidades do género feminino, associaram-se à iniciativa deixando-se fotografar com os lábios pintados de azul.

As fotografias do “antes” e do “depois” fazem parte de uma caderneta que será lançada pela Associação Portuguesa de Urologia (APU) em Dezembro, e encartada no jornal informativo “Urologia Actual”.

Esta campanha da Associação Portuguesa de Urologia elenca num movimento mais vasto universalmente conhecido por “MOVEMBER”, um movimento que surgiu em 2003 na Austrália, e que desafia os homens a deixar crescer o bigode durante o mês de novembro em prol da consciencialização para as doenças masculinas, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do cancro da próstata. A designação movember resulta da junção da palavra moustache (ou mo, bigode em inglês) com november (novembro em inglês), sendo assim o bigode o símbolo máximo do movimento.

Em Portugal, o cancro da próstata é o mais frequente entre os homens, sendo diagnosticados por ano cerca de 4000 novos casos.

Para Bruno Jorge Pereira, urologista do CHCB e dinamizador da iniciativa nesta unidade de saúde, “a deteção precoce quer do cancro da próstata quer do cancro do testículo, frequentemente assintomáticos nas fases iniciais, permite a aplicação de tratamentos menos invasivos ou menos agressivos, com menores efeitos secundários e taxas mais elevadas de sobrevivência à doença. Durante o mês de novembro, o mês da saúde do homem, chamamos a atenção da população masculina, tradicionalmente menos proactiva no que concerne aos seus cuidados de saúde, para estas doenças próprias do género e que têm resolução quando diagnosticadas atempadamente”.

“No Natal descobre a magia de reciclar”
A magia do Natal está nos pequenos gestos que fazem a diferença e, por isso, a Sociedade Ponto Verde quer mostrar aos...

É esta a magia da nova campanha de Natal que a Sociedade Ponto Verde irá lançar no dia 1 de dezembro, e que pretende sensibilizar os portugueses para a importância de continuarem a separar as embalagens, também nesta época festiva – na noite de natal, na passagem de ano (em casa ou na rua), nas trocas de prendas, nas festas do escritório ou nos jantares com amigos, o foco é (re)descobrir a magia de reciclar. É mais uma época do ano onde a “Reciclagem, Sempre!” deve estar presente no quotidiano dos portugueses, já que, com todo o consumo e eventos que fazem parte da época natalícia, a separação dos resíduos não deve ficar de lado em momento algum.

Segundo o Diretor-Geral da SPV, Luís Veiga Martins: “A nova campanha de sensibilização da SPV tem por objetivo despertar os portugueses para a magia da reciclagem, neste Natal e em todos os dias do ano, quer seja fora ou dentro de casa, levando-os a mudar as suas atitudes e comportamentos, no que diz respeito à separação de embalagens. À semelhança de outras campanhas emblemáticas da história da SPV, como é o caso do Gervásio - o chimpanzé que reciclava em cerca de um minuto -, ou das crianças que convidavam os adultos a reciclar, a nova campanha de sensibilização reúne todos os ingredientes para que seja um sucesso junto dos consumidores, inspirando-os a separarem mais e melhor.”

Intitulada de “No Natal descobre a magia de reciclar”, a campanha vem ajudar os portugueses a separar, ao facultar sacos de reciclagem com as cores de cada ecoponto – verde, azul e amarelo – disponíveis no site da campanha, em ações locais, em empresas e mupis, para que possam ter à disposição os recursos certos de acordo com cada resíduo. A vertente social está associada à ação da Sociedade Ponto Verde: por cada dez posts no Instagram em que seja partilhada uma foto a dar uso aos sacos de reciclagem com a hashtag #aMagiaDeReciclar, a SPV vai oferecer presentes a crianças de várias instituições.

Com criatividade, design e desenvolvimento assegurados pela Fullsix e planeamento de media desenvolvido pela Universal McCann (UM), a campanha chega aos portugueses através da televisão, rádios, na internet e dos cinemas, a partir de dia 1 de dezembro e decorrerá até ao dia 6 de janeiro. No site amagiadereciclar.pt é possível obter mais informações sobre todas as ações.

Centro Hospitalar Cova da Beira
O dinamizador do procedimento médico, que irá originar no Centro Hospitalar Cova da Beira a criação de uma Unidade de Terapia...

A necessidade de se criar uma unidade desta natureza no CHCB, resulta do facto de uma proporção significativa de pessoas com perturbação mental manter sintomas graves e incapacitantes apesar de lhes ministrado o melhor tratamento farmacológico existente, o que torna a disponibilização de estratégias terapêuticas alternativas, que possam ser eficazes nestes casos, absolutamente necessárias. Para o psiquiatra Nuno R. Silva, “a Terapia Electroconvulsiva (TEC) é um tratamento único e altamente eficaz em determinadas situações, podendo representar uma verdadeira mudança na vida da pessoa doente e dos que lhe prestam apoio. Além disso, não há qualquer tipo de sofrimento associado ao tratamento e a eficácia terapêutica é absolutamente indiscutível.”

A TEC é um procedimento em que se estimula o tecido cerebral do doente através de um estímulo elétrico controlado, que não provoca dor de qualquer tipo, realizando-se sob anestesia geral. De acordo com o médico “é utilizada sobretudo no tratamento de perturbações do humor, como perturbação depressiva major e nas várias fases da perturbação bipolar. Pode também ser útil noutras situações clínicas como esquizofrenia, catatonia, síndrome maligno dos neurolépticos, status epilepticus, estado confusional refratário, etc.”.

Para o utente ser proposto para a realização de TEC tem haver uma indicação clínica clara, efetuar vários exames e consentir o procedimento. Segundo Nuno R. Silva, “os principais benefícios desta terapia consistem numa eficácia elevada, com taxas de remissão entre os 60 e os 85%. Em alguns quadros clínicos a eficácia aproxima-se dos 100%. Com a TEC, a maioria dos doentes melhora e, mais do que isso, observa-se muitas vezes uma remissão completa, ou seja, uma melhoria total. Além disso, em situações de risco eminente, em que a própria vida da pessoa pode estar ameaçada, a TEC associa-se habitualmente a uma resposta mais rápida do que com outras modalidades terapêuticas.”

Em Portugal não há muitas unidades de saúde onde esta terapia seja disponibilizada, por exemplo “na região interior centro e norte do país, pelo conhecimento que tenho, este procedimento realiza-se apenas em Vila Real. No litoral centro apenas é disponibilizado nos Hospitais da Universidade de Coimbra. O panorama nacional é de que a maioria dos hospitais não disponibiliza este procedimento aos seus utentes, tendo de referenciar a outros hospitais, por vezes localizados a distância considerável, o que acarreta muitas vezes uma franca dificuldade na acessibilidade a este tratamento”, menciona.

Com a criação desta unidade, o CHCB pretende disponibilizar este tratamento a todos os utentes da sua área de influência e estabelecer uma estreita colaboração com outros hospitais do interior do país por forma a receber doentes encaminhados pelos respetivos serviços de psiquiatria. A par disto, oferecer uma resposta de elevada qualidade, de forma a poder estabelecer a Unidade de TEC do CHCBeira como uma referência a nível nacional e contribuir também na produção de trabalhos de investigação para a comunidade científica internacional.

4 de dezembro - Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla
No Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla, que se assinala a 4 dezembro, seis pessoas aceitaram o desafio de partilharam...

#TheWorldvsMS é uma iniciativa global da Sanofi Genzyme que tem como visão ajudar os portadores a terem um papel mais ativo na gestão da sua vida com Esclerose Múltipla (EM), através de uma campanha de educação, incentivando-os a perceber o que podem fazer para obter um maior controlo da doença e uma melhor qualidade de vida. Esta iniciativa dedicada ao tema “#ExijaMais da vida com EM”, conta com o apoio da ANEM (Associação Nacional de Esclerose Múltipla), da SPEM (Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla), da TEM (Associação Todos com Esclerose Múltipla) e do GEEM (Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla).

De acordo com o Prof. Dr. João Cerqueira, presidente do GEEM, “os doentes devem estar no centro dos cuidados de saúde e a EM não é exceção. Esta premissa exige não só a inclusão dos doentes em todos os processos de tomada de decisão que a eles dizem respeito, mas também a capacitação de todos os doentes, através da sensibilização e da educação, para a necessidade de tomarem “as rédeas” da sua vida e não se deixarem levar pela doença”.

Neste vídeo os protagonistas foram desafiados a partilharem um momento “limite” em que se aperceberam que precisavam de lidar com a doença de outra forma e “#ExigirMais” da sua vida e como mudaram a sua atitude perante a EM.

Ana García Cebrián, diretora geral da Sanofi Genzyme, afirma que “a qualidade de vida dos doentes é parte integrante do nosso propósito enquanto companhia. Sabemos que apesar de os tratamentos terem um papel fundamental, a forma como cada um olha para a patologia também é determinante, especialmente no caso de uma doença crónica. Esta iniciativa pretende levar as pessoas com EM a terem um papel ativo, a “Exigir Mais, no seu dia a dia e a saberem mais sobre esta patologia”.

Este vídeo integra-se nas ações desenvolvidas no âmbito do projeto internacional “The WorldVs.Ms” e pretende inspirar e incentivar as pessoas com EM a partilharem casos reais da sua vida. Todos os momentos contam desde que representem um ponto de viragem que os levou a terem um papel mais ativo e a melhorarem a sua qualidade de vida. Para mais informação visite www.theworldvsms.com.

Estima-se que em todo o mundo existam cerca de 2,5 milhões de pessoas com EM (dados da Organização Mundial da Saúde) e em Portugal entre as 5.600 e as 8.000 pessoas (João de Sá, 2012; Gisela Kobelt, 2009).

Tempo frio
A Direção-Geral da Saúde recomendou que as pessoas tomem a vacina contra a gripe e que mantenham o corpo quente e hidratado, já...

Numa nota emitida, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recorda que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê tempo frio e seco para os próximos dias, esperando-se temperaturas mínimas negativas em alguns dos distritos do país.

Por isso, a entidade de saúde recomenda à população que se vacine contra a gripe e que se proteja do frio, mantendo o corpo quente, através do uso de luvas, cachecol, gorro/chapéu, calçado e roupa quente e utilizando várias camadas de roupa.

Também é recomendada a ingestão de líquidos e sopas para manter o corpo hidratado e, no exterior, é recomendado cuidado com situações de queda.

Nas casas, a recomendação é que estas se mantenham quentes, alertando a DGS para a necessidade de verificar "se os equipamentos de aquecimento estão em condições de ser usados e o estado de limpeza da chaminé da lareira".

Nos casos de lareiras, braseiras, salamandras ou equipamentos de aquecimento a gás, é preciso "ventilar as divisões da casa", uma vez que "a acumulação de gases pode causar intoxicação ou morte".

Para as pessoas que tenham algum problema de saúde, a DGS recomenda a toma dos medicamentos "conforme a indicação" do médico e recomenda que não se tomem antibióticos "sem indicação médica" e que não se vá de "imediato para a Urgência Hospitalar", devendo antes recorrer à Linha Saúde 24 (808 24 24 24), ao 112 ou ao médico assistente.

No sábado, o IPMA lançou um aviso amarelo (o segundo numa escala de quatro) para os distritos de Bragança, Vila Real, Guarda e Aveiro até às 09:59 de segunda-feira, devido à "persistência de valores baixos de temperatura mínima".

Nos restantes distritos de Portugal continental, a temperatura mínima à noite será de um grau celsius em Beja, dois em Viana do Castelo, Porto e Castelo Branco e três em Aveiro e Portalegre.

Governo
Os estados-membros da União Europeia, incluindo Portugal, e a Comissão Europeia estão "todos empenhados" na luta...

Luís Medeiros Vieira, que participou, em Paris, numa reunião de alto nível sobre a 'xylella fastidiosa', explicou que os estados-membros, a Comissão Europeia, os institutos nacionais de investigação e os próprios agricultores devem "colaborar para debelar esta praga".

Trata-se de uma bactéria que afeta o xilema, tecido das plantas onde circula a seiva, e é disseminada por insetos (mais de 300 espécies), que afeta as culturas agrícolas e espécies florestais de grande importância económica, como árvores de fruto ou videiras.

"Estamos todos empenhados, quer os estados-membros quer a Comissão, no sentido de podermos criar condições para evitar que a praga se propague cada vez mais na União Europeia, portanto, que haja uma contenção. Ao mesmo tempo, também temos que envolver todos os interessados: os nossos institutos de investigação, os nossos agricultores", afirmou o governante.

A reunião juntou representantes de dez estados-membros, incluindo o ministro francês da Agricultura e da Alimentação, Stéphane Travert, e o comissário europeu da Saúde e da Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, e, por sugestão de Portugal, as conclusões vão ser apresentadas ao conselho de ministros europeus da Agricultura, em janeiro, e vai ser criado um grupo de trabalho para elaborar um código de boas práticas para deteção e controlo da 'xylella'.

Luís Medeiros Vieira explicou que "foi dado um passo importante que foi sensibilizar a União Europeia para poder também compensar os agricultores" em termos financeiros se forem afetados pela destruição das suas árvores.

"A Comissão está empenhada no reforço em termos de verbas financeiras que permitam, no caso de se verificarem situações que levem à destruição das árvores atingidas, poder também haver uma comparticipação unitária para os agricultores atingidos", declarou.

O secretário de Estado da Agricultura e Alimentação destacou, ainda, que "existe uma verba na ordem dos 10 milhões de euros que a União Europeia disponibiliza para efeitos de apoio à investigação e à prospeção", que vai desde "o apoio ao pagamento das análises, ações de sensibilização" e ações de investigação "com vista a encontrar soluções para debelar esta doença".

O governante sublinhou, também, que "o objetivo último é a erradicação" da 'xylella fastidiosa' mas como "neste momento ainda não existem formas de a erradicar", os estados-membros devem tomar um conjunto de medidas de prevenção.

"É necessário tomar um conjunto de medidas em todos os estados-membros que vão desde a vigilância, desde a deteção precoce da própria praga e, ao mesmo tempo, também cuidados acrescidos nas relações comerciais entre os vários países, nomeadamente, na importação de plantas que provêm de países que possam ter casos detetados desta praga", continuou.

Luís Medeiros Vieira vincou que "até ao momento não foram detetados quaisquer casos" em Portugal e que há um controlo ao nível das fronteiras que permite detetar que o material vegetal importado não tem qualquer problema", assim como planos de vigilância em execução e um plano de contingência nacional.

O governante acrescentou que a reunião de Paris pretendeu "encontrar uma posição solidária de todos os estados-membros da União Europeia" para "o maior problema, até ao momento registado na União Europeia, de caráter fitossanitário" e que "Portugal também é um país de risco".

"Sim, estamos preocupados. Portugal também é um país de risco. É um país mediterrânico, tem condições em termos climatéricos e, ao mesmo tempo, também a sua exposição em termos atlânticos. São [condições] propícias para a propagação deste doença", concluiu.

A bactéria 'xylella fastidiosa' foi detetada pela primeira vez na Europa em 2013, em oliveiras adultas, na região de Apúlia, em Itália, onde devastou uma extensa área de olival.

Em 2015, foram detetados focos em plantas ornamentais na Córsega e no sul de França e, em 2016, em plantas de aloendro na Alemanha e em plantas de cerejeiras num viveiro nas Ilhas Baleares, em Espanha.

O mais recente caso de presença da bactéria na Europa foi confirmado no passado mês de junho num pomar de amendoeiras em Alicante, na região de Valência, em Espanha, tratando-se do primeiro caso na Península Ibérica.

Estudo
Cerca de oito em cada 10 portugueses com VIH terão mais de 50 anos daqui a duas décadas, uma situação que acompanha a evolução...

A proporção de doentes com VIH “com 50 e mais anos de idade aumentará dramaticamente ao longo dos próximos anos, de 39% em 2015, para cerca de 80% em 2037”, avançou António Vaz Carneiro, coordenador e um dos autores do estudo “O Impacto do Envelhecimento nas Pessoas com VIH – Perspetivas Presentes e Desafios Futuros”.

O estudo foi apresentado pelo Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e o Centro de Estudos Avançados da Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica Portuguesa, no âmbito das comemorações do Dia Mundial de Luta Contra a Sida, que se assinalou na sexta-feira.

Uma das consequências diretas deste aumento da idade dos doentes com VIH é, segundo o coordenador, o aumento das doenças próprias da idade, com uma taxa de incidência muito superior à da população geral.

“Ao contrário do que acontecia nos primeiros anos da pandemia, a população mais jovem registará, dentro de 20 anos, uma prevalência reduzida, com o grupo de indivíduos até 29 anos a representar apenas 2% do número total e o dos da faixa etária entre os 30 e os 49 anos de idade, 18%”, afirmou.

Segundo o coordenador, “em todo o mundo, mais de 4,2 mil milhões de pessoas infetadas pelo VIH têm mais de 50 anos de idade, e 26% do total terá mais de 70 anos”.

Para os autores do estudo, o sistema de Saúde não está preparado para fazer face aos desafios que se apresentam face ao envelhecimento da população com VIH e defendem ser “necessário que se opere uma transformação no sistema”.

O estudo defende ainda a necessidade de organizar os serviços de saúde a prestar aos doentes com VIH “atenção e especialização em múltiplos domínios do sistema de saúde e seus responsáveis”

“O local natural para tratar de doenças crónicas, riscos de saúde, e aumento de incidência de doença são os Cuidados de Saúde Primários e não os hospitais como hoje acontece relativamente às pessoas com infeção por VIH/Sida”, refere Vaz Carneiro.

“A somar a tudo isto, verificar-se-á, nestes doentes, uma menor qualidade de vida e o isolamento social por estigma, o que condiciona o seu apoio regular. Sem suportes sociais funcionais a partir dos quais se possam obter cuidados e assistência, esta população buscará apoios mais formais num período de reduzidos recursos económicos”, acrescentou.

“Estes doentes serão relegados em idades precoces para serviços de cuidados de saúde domiciliários onerosos, assim como para cuidados continuados comunitários”, concluiu.

Unicef
A cada hora que passa 18 crianças são infetadas com o Vírus da Imunodeficiência Humana, responsável pela morte de 120 mil...

As projeções da Atualização Estatística da Agência das Nações Unidas para a Infância (Unicef) sobre Crianças e o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) referem que, “se as tendências atuais persistirem, haverá, até 2030, 3,5 milhões de novas infeções pelo VIH em adolescentes”.

Para o responsável pelo setor da SIDA da Unicef, Chewe Luo, “é inaceitável que continuemos a ver tantas crianças a morrer devido ao VIH e tão pouco progresso para evitar novas infeções por VIH nos adolescentes".

“A epidemia do VIH não acabou, continua a ser uma ameaça para a vida das crianças e dos jovens, e mais pode e deve ser feito para evitar isto", acrescentou.

A Unicef adianta que os objetivos estabelecidos para acabar com a Sida entre crianças no documento interagências das Nações Unidas, 2020 Super-Fast-Track, publicado em 2016, não serão alcançados.

O documento refere alguns progressos, nomeadamente na prevenção da transmissão do vírus de mãe para filho, uma vez que cerca de dois milhões de novas infeções entre crianças foram evitadas desde 2000.

A organização adverte, contudo, que “este progresso não deve levar à inércia, pois a Atualização Estatística destaca que as crianças até aos quatro anos de idade que vivem com VIH enfrentam o maior risco de morte pelo vírus, em comparação com outras faixas etárias”.

Os autores denunciam ainda atrasos nos testes e no tratamento pediátrico do VIH. “Apenas 43% dos bebés expostos ao VIH são testados nos primeiros dois meses de vida e só a mesma percentagem de crianças que vivem com VIH recebe tratamento antirretroviral”, lê-se no documento.

Outra crítica da Unicef vai para o progresso na prevenção de novas infeções por VIH entre adolescentes e a melhoria dos testes e tratamento nesta população que “tem sido inaceitavelmente lento”.

Só em 2016, prossegue o documento, “55.000 adolescentes (10-19 anos) morreram por causas relacionadas com a Sida, dos quais 91% deles eram originários da África subsaariana”.

Segundo os dados, “para cada cinco adolescentes rapazes com VIH, existem sete raparigas infetadas”.

Entre as soluções apontadas pela Unicef consta o investimento e a utilização em soluções inovadoras, como o auto-teste de VIH, tratamento profilático pré-exposição e novos medicamentos pediátricos

“Ampliar a resposta para as crianças, incluindo a expansão dos programas de tratamento e o investimento em novas tecnologias para diagnóstico em pontos de atendimento” e “fortalecer a capacidade dos governos para a recolha de dados completos e desagregados relativamente a dados sobre testes e tratamento, especialmente em adolescentes” são outras das medidas propostas.

A Unicef defende que as intervenções para adolescentes na África subsaariana sejam prioritárias.

Liga Portuguesa Contra a Sida
A presidente da Liga Portuguesa Contra a Sida considerou a profilaxia pré-exposição(Prep) e o autoteste de VIH estratégias...

Estas novas estratégias são “uma realidade que está para breve” e podem vir a ser “mais eficazes para combater os números” da infeção e para “melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com o VIH, nomeadamente das populações mais vulneráveis”, disse Eugénia Saraiva, que falava a propósito do Dia Mundial Contra a Sida, que se assinalou na sexta-feira.

No entanto, a liga defende que a distribuição da Prep deve ser associada “ao uso consistente do preservativo”, defendeu.

A profilaxia pré-exposição consiste na toma de um medicamento que é um antirretroviral usado para tratar pessoas com VIH e que tem demonstrado resultados como método de prevenção.

Relativamente ao autoteste do VIH, Eugénia Saraiva adiantou que está em análise no Infarmed, esperando que a autoridade nacional do medicamento receba os contributos das organizações da sociedade civil sobre esta medida.

“A medicação é prevenção e tratamento, [por isso], temos que estar felizes com estas estratégias”, que têm de monitorizadas pelo Ministério da Saúde, seguindo as normas de orientação.

Para assinalar o Dia Mundial Contra a Sida, a Liga realizou sexta-feira uma ação de sensibilização, que incluiu rastreios ao VIH, na Praça do Comércio, em Lisboa.

Como mensagem para este dia, Eugénia Saraiva apelou a “mais prevenção, mais literacia de saúde, mais diagnóstico precoce e igualdade e equidade no tratamento e acesso para todos”.

Também o presidente do GAT - Grupo de Ativistas em Tratamentos, Luís Mendão, defendeu um reforço do investimento na prevenção e na luta contra a discriminação.

Reconhecendo que tem havido nos últimos anos “uma atenção política” relativamente às respostas ao VIH/Sida, Luís Mendão disse que ainda persistem “duas lacunas muito importantes”, uma das quais a “implementação de decisões”.

“Continuamos a deparar-nos diariamente com dificuldades, barreiras, dados pouco credíveis, que tornam muito difícil monitorizarmos os progressos que eventualmente estejam a ser feitos”, adiantou.

Luis Mendão referiu ainda a necessidade de diminuir os custos com a medicação para o VIH, mantendo a qualidade do tratamento.

“Do ano passado para este ano, conseguiu-se criar um teto de despesa, que permite tratar todas as pessoas que o sistema encontre, de 173 milhões de euros”, menos 57 milhões face ao ano anterior.

Mas o dinheiro investido fora do tratamento é “demasiado curto”, lamentou.

“Temos tido problemas com a dispensa de preservativos e gel, com a remoção real de barreiras no acesso ao tratamento e hospitais” e “temos zero de investimento real para o combate à discriminação e ao estigma, que ainda têm níveis intoleráveis em Portugal, incluindo no sistema nacional de saúde.

Segundo o relatório do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças e da OMS para a Europa, Portugal registou até hoje 56.001 diagnósticos de infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, dos quais 1.030 em 2016.

Instituto Ricardo Jorge
Portugal mantém a tendência decrescente no número anual de novos diagnósticos de infeção por VIH e sida, registando, em 2016,...

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) publicou o Relatório Infeção VIH e SIDA – Situação em Portugal em 2016, elaborado pela Unidade de Referência e Vigilância Epidemiológica do seu Departamento de Doenças Infecciosas, em colaboração com o Programa Nacional da Infeção VIH, sida e Tuberculose da Direção-Geral da Saúde.

O relatório reúne informação epidemiológica que caracteriza a situação em Portugal a 31 de dezembro de 2016, obtida a partir das notificações de casos de infeção por VIH e sida que o INSA recebe, colige e analisa desde 1985.

“Os dados da vigilância epidemiológica referente à infeção por VIH e sida apresentados neste relatório revelam que Portugal mantém a tendência decrescente no número anual de novos diagnósticos de infeção por VIH e sida, observada desde o ano 2000, embora as taxas apuradas para os anos mais recentes continuem a ser das mais elevadas na União Europeia”, refere o relatório.

O documento salienta que se encontram registados cumulativamente, até 30 de junho de 2017, 56.001 casos de infeção por VIH, dos quais 21.614 são casos de sida, em que o diagnóstico aconteceu até final do ano passado.

“Segundo a informação epidemiológica obtida a partir das notificações de casos de infeção, em 2016 foram diagnosticados 1030 novos casos de infeção por VIH em Portugal”, acrescenta.

Helena Cortes Martins, responsável pela vigilância da infeção por VIH e sida no Departamento de Doenças Infecciosas do INSA, destaca o “predomínio de casos do sexo masculino, com idades inferiores às observadas nos casos em mulheres”.

“A taxa mais elevada de novos diagnósticos (26,1 por 100 mil habitantes) é observada no grupo etário 25-29 anos, apesar do maior número de novos casos se ter verificado no grupo 30-39 anos”, explicou.

A especialista destacou ainda que os novos casos referentes a homens que têm sexo com homens “foram, nos dois últimos anos, a maioria dos casos do sexo masculino, bem como dos novos diagnósticos em pessoas com menos de 30 anos”.

Helena Cortes Martins, autora do relatório, salienta também percentagem de diagnósticos tardios, particularmente em casos de transmissão heterossexual.

“Em mais de metade dos novos casos (55%) de 2016 o diagnóstico foi tardio, proporção que foi mais elevada (64%) nos casos em que a transmissão ocorreu por contacto heterossexual”, explica.

A especialista disse ainda que estão em curso importantes iniciativas a nível nacional no âmbito da prevenção da infeção por VIH, do acesso atempado ao diagnóstico da infeção e da melhoria da informação epidemiológica nacional

“A informação epidemiológica de qualidade e atempada é essencial para a monitorização dos objetivos 90-90-90 e, nesse sentido, está a decorrer um processo de recolha de informação em falta e de melhoria das aplicações informáticas de suporte, que se espera vir a ter impacto significativo na rapidez da obtenção da informação epidemiológica nacional, na completude dos dados e, naturalmente, na qualidade dos mesmos”, concluiu.

Prémios Santa Casa
Estudos sobre a memória em doentes com demência e novos tratamentos para a Alzheimer e as lesões na medula espinal foram...

Os prémios Mantero Belard e Melo e Castro 2017, no valor de 200 mil euros cada um, foram atribuídos respetivamente aos investigadores Maria José Diógenes (Instituto de Medicina Molecular de Lisboa) e António Salgado (Universidade do Minho).

No valor de 40 mil euros, o Prémio João Lobo Antunes, entregue pela primeira vez este ano, foi para o neurologista Bruno André Miranda. Os três vencedores foram divulgados pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que promove os prémios.

A equipa de Maria José Diógenes está a estudar num novo tratamento para a doença de Alzheimer e na identificação de um novo biomarcador (indicador do estado de uma patologia).

A doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência, não tem cura. Os medicamentos atualmente administrados aos pacientes "são escassos e não resolvem o problema", vincou a cientista.

Em estudos anteriores, o seu grupo de trabalho verificou que o funcionamento de uma determinada proteína do cérebro - fator neurotráfico derivado do cérebro - está desregulado nos doentes de Alzheimer, porque o recetor que a ativa "é cortado", formando-se "dois fragmentos" aparentemente tóxicos.

A proteína, que nestes doentes está alterada, "protege o sistema nervoso", ajudando os neurónios (células cerebrais) a manterem-se saudáveis.

A equipa de Maria José Diógenes 'desenhou' uma molécula, já testada em culturas de neurónios de ratos, que impede a alteração na funcionalidade da proteína.

Agora, pretende testar a substância, que poderá ser promissora no tratamento da Alzheimer, em roedores vivos com a doença.

Além disso, a investigadora quer perceber, através de amostras de cérebros de pessoas com Alzheimer que morreram, qual o padrão da alteração da proteína (fator neurotráfico derivado do cérebro).

Maria José Diógenes propõe-se ainda pesquisar se no líquido cefalorraquidiano, que é recolhido da medula espinal dos doentes através de uma punção lombar, é possível encontrar um novo biomarcador da Alzheimer e correlacioná-lo com a evolução da patologia.

O grupo liderado pelo investigador António Salgado, da Universidade do Minho, vai testar em ratos e em cães um novo tratamento combinado para lesões da medula espinal, na origem das paraplegias e tetraplegias, que se traduzem na impossibilidade de execução de movimentos como o levantar e o andar.

Um dos coordenadores do trabalho, Nuno Silva, explicou que a equipa vai usar um medicamento, o Riluzol, para "proteger o tecido neuronal" e "promover a regeneração do tecido nervoso com células estaminais" (células que se podem diferenciar noutras e se autorrenovarem) e com biomaterais, neste caso um novo hidrogel.

Com este hidrogel, as células estaminais "conseguem crescer e sobreviver mais tempo e regenerar o tecido", esclareceu o cientista do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da Universidade do Minho.

A terceira componente do tratamento consiste na estimulação epidural (estimulação elétrica de baixa intensidade da medula espinal).

Para Nuno Silva, especialista em medicina regenerativa, uma lesão "tão complexa" como a da medula espinal tem de ser abordada em "várias frentes".

Neurologista no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, Bruno André Miranda propõe-se testar de que modo a memória episódica (a associada a acontecimentos pessoais) e a generalizada (a que está ligada ao conhecimento culturalmente partilhado e baseado em conceitos) contribuem para o planeamento futuro do dia-a-dia, da tomada de uma decisão, e de que como esse planeamento é afetado na demência.

"A demência não é um problema da memória, mas é um problema do uso da memória para o planeamento futuro das tarefas do dia-a-dia", assinalou o médico e investigador, que vai trabalhar com dois tipos de demências, a doença de Alzheimer e a demência frontotemporal.

Bruno André Miranda irá estudar grupos de doentes com Alzheimer e demência frontotemporal sujeitando-os a testes neuropsicológicos, questionários de pensamento passado e futuro e tarefas de decisão. Os resultados obtidos serão correlacionados com as zonas do cérebro responsáveis pela memória episódica e generalizada.

O Prémio Mantero Belard distingue a investigação científica ou clínica em doenças neurodegenerativas ligadas ao envelhecimento, como Alzheimer e Parkinson, enquanto o Prémio Melo e Castro é para trabalhos que potenciem a recuperação e o tratamento de lesões vertebro-medulares.

O Prémio João Lobo Antunes, criado em 2016 em homenagem ao neurocirurgião com o mesmo nome falecido nesse ano, destina-se, na generalidade, à investigação clínica na área das neurociências.

Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde revelou que da lista de doentes com VIH notificados e ausentes do acompanhamento do Serviço Nacional de...

O Ministério adianta que dos 2.250 doentes identificados, de um universo de nove mil diagnosticados com VIH e que não estão a ser seguidos nos hospitais, desconhecendo-se o seu paradeiro, cerca de metade já morreram e que “apenas quatro por cento abandonaram a consulta”.

A explicação do Ministério para o desconhecimento do paradeiro dos doentes prende-se com o facto de, até setembro, não ter havido interoperabilidade entre o SIVIDA (sistema de acompanhamento dos doentes VIH) e o SICO (sistema de notificação de óbitos), pelo que, os doentes não foram excluídos das listas nacionais.

“Da totalidade dos doentes que não estão em seguimento analisados, apenas cerca de 4% constituem abandonos de consulta (e que estão a ser contactados e sensibilizados para a adesão às consultas do VIH)”, refere a resposta do Ministério, adiantado que há ainda “um valor considerável que corresponde a erros de notificação, duplicações de registos (nomeadamente inter-hospitais) e a transferências entre serviços”.

Num despacho de 25 setembro, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, determina a implementação, até 31 de dezembro, do sistema informático do VIH em todos os estabelecimentos hospitalares do Serviço Nacional de Saúde que seguem pessoas infetadas com o vírus da imunodeficiência humana.

“A Direção do Programa Prioritário VIH/SIDA da DGS tem, desde a publicação do despacho, acompanhado com regularidade semanal a evolução do processo de renotificação de cada um dos doentes listados (e que foram identificados nos últimos 20 anos) e que não se encontram em seguimento no SNS há um período superior a 12 meses”, acrescenta o Ministério.

Segundo o relatório do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças e da Organização Mundial da Saúde para a Europa, Portugal registou até hoje 56.001 diagnósticos de infeção VIH, 1.030 dos quais em 2016.

Sanofi
A farmacêutica francesa Sanofi anunciou que a sua vacina contra a febre dengue, a única do mercado, pode causar versões mais...

Os resultados recentes, obtidos a partir da avaliação de dados recolhidos durante seis anos, revelam que a vacina protege as pessoas contra novas infeções, caso estas já tenham estado expostas à dengue, não acontecendo o mesmo com aquelas que nunca tiveram contacto com a doença, informou a Sanofi em comunicado.

Nos casos em que os indivíduos não foram previamente infetados pelo vírus da dengue, os resultados desta análise demonstram que, a longo prazo, a vacina pode originar casos mais graves da doença, indicou a Sanofi.

Esta descoberta, notou a empresa, evidencia a natureza complexa da doença.

Segundo a farmacêutica francesa, as pessoas afetadas pela dengue mais de uma vez podem correr o risco de desenvolver uma versão hemorrágica da doença.

A dengue, que se assemelha a uma gripe, é transmitida por mosquitos e tem maior incidência em países com climas tropicais e subtropicais. Na maioria desses países a vacinação é recomendada para todas as pessoas com mais de nove anos.

A doença pode causar dor nas articulações, náuseas, vómitos e erupção cutânea e, em casos graves, originar problemas respiratórios, hemorragia e insuficiência orgânica.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de metade da população mundial está em risco de infeção com dengue e aproximadamente 96 milhões de pessoas são infetadas diariamente com a doença.

A Sanofi propõe que as autoridades atualizem as informações de prescrição da vacina, apelando igualmente para que os médicos avaliem a probabilidade de infeção prévia de dengue nos indivíduos, antes de decidir sobre a toma.

"Para indivíduos que não foram previamente infetados pelo vírus da dengue, a vacinação não deve ser recomendada", frisou a Sanofi.

Com base nos resultados divulgados, a farmacêutica espera uma perda de 100 milhões de euros.

Atualmente não existe tratamento específico para a dengue.

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