Reação
De um “tempo de espera superior ao caos vai uma grande diferença”, defende a directora-geral da Saúde na Renascença, reagindo...

Os serviços de saúde estão preparados para uma maior afluência de doentes durante a época gripal, garante a directora-geral da Saúde.

Em directo na Manhã da Renascença, Graça Freitas rejeita assim a perspectiva de caos das urgências que os bastonários dos médicos e enfermeiros anteciparam na terça-feira.

“Temos de estar preparados para uma altura do ano na qual se adoece de facto mais, se procuram mais cuidados de saúde e, provavelmente, o tempo de espera terá de ser superior a uma altura do ano mais amena, em que a pressão sobre os serviços é menor. Daí até ao caos vai uma grande diferença”, argumenta a responsável.

Graça Freitas garante ainda que os planos de contingência estão prontos a serem accionados, assim que se justifique.

Mas antes, destaca a directora-geral da Saúde, importa prevenir, de modo a evitar o recurso aos serviços.

Graça Freitas recorda, a esse propósito, as medidas recomendadas:

Primeiro, a vacinação; segundo, a vacinação; terceiro, a vacinação”;

Pessoas com doença crónica devem consultar, “antes do Inverno a sério”, os seus médicos assistentes – “se tiverem as suas doenças compensadas (a sua diabetes, a sua hipertensão, a sua doença respiratória) resistem melhor ao Inverno;

Cuidado com o frio. Proteja as extremidades: use um cachecol, um gorro, luvas, calçado quente. “Não perca calor pelas extremidades”;

Não espirre nem tussa em direcção aos outros – faça-o para o cotovelo ou para um lenço;

Quem está com uma virose, não socializar demasiado: ter algum recato em relação à sua família e à sua envolvente social.

Na terça-feira, a bastonária da Ordem dos Enfermeiros alertou para um eventual agudizar de situações de caos nas urgências face ao facto de não terem sido reforçados os serviços hospitalares para a época gripal.

Da parte dos médicos, o bastonário Miguel Guimarães reconhecia, na Renascença, que as urgências hospitalares estão sem capacidade para responder a uma grande afluência de doentes durante a mesma época gripal.

“A deficiência que existe de capital humano – estamos a falar de enfermeiros, médicos, assistentes operacionais e técnicos – a nível das unidades de saúde dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde é muito grande”, criticou.

Estudo
Cerca de um terço dos alunos portugueses do 4.º ano chegam à escola cansados ou com fome, segundo dados revelados pelo estudo...

Segundo avança o ‘Jornal de Notícias’, os dados mostram que 22% dos alunos portugueses reconhecem que chegam cansados à escola, ainda antes de as aulas começarem, e 14% assumem que vão para a escola sem antes terem tomado o pequeno-almoço. O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, reconhece que estamos diante de um problema generalizado no país, que se “tem vindo a agravar nos últimos anos”.

“Os miúdos não dormem o que deviam, ou porque ficam a ver televisão até mais tarde, a jogar ou nas redes sociais mesmo com os pais a dormir”, explica ao ‘JN’ Manuel Pereira. O mesmo acontece com a alimentação. Manuel Pereira sublinha, no entanto, que “os casos de carência económica estão sinalizados e tomam pequeno-almoço na escola”.

Manuel Pereira chegou mesmo a promover uma campanha para alertar os pais para o problema como o nome “longas noitadas, tristes jornadas”. Pior que os alunos portugueses estão os alemães, em que 50% reconhece que chegam à escola cansados, e os canadianos, em que 31% chega a casa com fome.

Diz relatório
A poluição atmosférica é perigosa para o desenvolvimento cerebral, um flagelo que afeta a Ásia em particular, afirma um...

O continente asiático totaliza 16 dos 17 milhões de crianças com menos de um ano expostas a níveis críticos de poluição, ou seja, seis vezes acima dos valores considerados saudáveis.

A Índia lidera a lista dos países com o maior número de bebés expostos à poluição, à frente da China, de acordo com o relatório "Perigo no Ar" publicado pelo Unicef. A contaminação "tem um impacto na aprendizagem das crianças, memória, capacidade linguística e motora", diz Nicholas Rees, autor do documento.

Os vínculos da poluição do ar com a asma, bronquite e outras doenças respiratórias são conhecidos há bastante tempo. "Mas um número crescente de pesquisas científicas destaca um novo risco potencial representado pela contaminação do ar para a vida e o futuro das crianças: o impacto no cérebro em desenvolvimento", afirma o documento do Unicef.

O relatório ressalta a relação entre a poluição e as funções cerebrais como a memória e o QI (quociente de inteligência) verbal e não verbal, os resultados dos testes e outros problemas neurológicos.

Como é que a poluição atinge o cérebro?

As partículas finas da contaminação urbana podem afetar a barreira hematoencefálica (BHE), a membrana que protege o cérebro de substâncias tóxicas, e acentuar os riscos de doenças como Parkinson e Alzheimer entre os idosos.

O Unicef faz um apelo aos governos para que aumentem a luta contra a poluição e reforcem a proteção das crianças, em particular com o uso de máscaras e sistemas de filtração de ar.

Solidariedade
Um grupo de estudantes da Universidade do Minho está a adaptar brinquedos doados às necessidades de crianças com paralisia...

Hoje, a Sociedade Martins Sarmento, em Guimarães, transformou-se numa oficina do Pai Natal em que os duendes são alunos de Engenharia Eletrónica e Computadores da Universidade do Minho que, com a magia aprendida no curso, e um "simples adaptador", estão a tornar brinquedos eletrónicos "normais" em brinquedos funcionais para crianças com necessidades especiais "mas sem custarem 200 euros".

Há guitarras cor-de-rosa, cãezinhos de peluche, um urso contador de histórias, carrinhos, uma retroescavadora, e uma boneca que diz ‘I Love You' quando lhe carregam na barriga. Um gesto básico para uns, mas impossível para algumas crianças.

"As crianças [com paralisia cerebral] não têm a sensibilidade para carregar nestes botões, muitas não conseguem mexer as mãos. Nós, por menos de um euro, conseguimos acionar um interruptor que pode ser acionado com o pé, com o pescoço, ou com o braço e que faz o brinquedo funcionar", explicou à Lusa o Pai Natal improvisado, coordenador da iniciativa e professor da academia minhota, Fernando Ribeiro.

"A adaptação fica barata, os brinquedos adaptados custam 200 euros porque tem que ser certificado, tem que ser isto, tem que ser aquilo", apontou.

Os primeiros brinquedos foram adaptados em 2006: "Nos primeiros anos tínhamos empresas que nos ofereciam os brinquedos, agora fazemos uma campanha de recolha de brinquedos usados. Costumávamos adaptar entre 60 a 70 brinquedos, mas agora são menos porque tem havido poucas doações", explicou, lamentando a falta de matéria-prima, Fernando Ribeiro.

Naquela oficina, os duendes trabalham de graça e por prazer. "Aplicamos o que damos no curso e ajudar estas crianças que não têm possibilidades para ter brinquedos é um fator de solidariedade e gratidão", justificou Inês Garcia, finalista do curso de Eletrónica e Computadores, enquanto está às voltas com um cãozinho enroscado que teima em não respirar quando lhe carregam no interruptor.

Ao lado, uma boneca de trapos repousa. O que faz essa boneca, é a pergunta a que Inês responde: "Quando se lhe carrega na barriga diz ‘I love you'. O que vou fazer é colocar-lhe um adaptador que pode ser acionado com o pé ou o pescoço em vez de se necessário carregar-lhe na barriga", explicou.

E o amor de uma simples boneca fica mais acessível. E o daquelas crianças também.

"No início, não éramos nós que entregávamos os brinquedos, depois pediram-nos para sermos nós porque as crianças perguntavam quem era o Pai Natal. Agora vamos nós, entregamos o brinquedo, ficamos lá a brincar e a experiência é única, não para eles, mas para nós", disse o professor.

Finalmente, e perante o olhar de alívio de Inês, o cãozinho respirou.

Além da componente solidária, Fernando Ribeiro atribuiu à campanha de adaptação de brinquedos alguma pedagogia: "Os alunos apercebem-se que o mundo real não é aquele a que estão habituados", salientou.

A recolha de brinquedos ainda não acabou, decorre até 15 de dezembro, tendo como pontos de entrega os Complexos Desportivos Universitários de Gualtar (Braga) e Azurém (Guimarães) e a Sociedade Martins Sarmento (situada no centro de Guimarães).

"Oferece e faz uma criança feliz", chama-se a campanha.

Governo
O Ministério da Saúde autorizou o investimento de 1,7 milhões de euros na construção de uma nova farmácia hospitalar que vai...

O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) refere em nota de imprensa que "o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, aprovou o pedido de autorização prévia para a realização dos investimentos das obras de construção do edifício destinado à instalação dos serviços farmacêuticos", prevista para a unidade de Caldas da Rainha do Centro Hospitalar do Oeste.

As obras, para as quais falta lançar concurso público, estão orçadas em 1,7 milhões de euros.

Numa visita realizada em julho ao CHO, o ministro da Saúde admitiu como prioritárias as obras de reformulação da farmácia hospitalar e do bloco operatório, na unidade de Caldas da Rainha, e da urgência de Torres Vedras.

A presidente do Conselho de Administração do CHO, Ana Paula Harfouche, explicou na ocasião que a requalificação da farmácia "irá permitir retomar a preparação dos tratamentos de quimioterapia", que foi suspensa por falta de condições tanto em Caldas da Rainha, como em Torres Vedras.

A preparação da medicação passou a ser feita no Hospital de Santa Maria, obrigando à deslocação diária de profissionais do CHO a Lisboa, para ser depois administrada no Hospital de Dia de Oncologia de Torres Vedras e no de Caldas da Rainha.

A preparação dos tratamentos de quimioterapia está suspensa pelo Infarmed desde abril de 2016 nas Caldas da Rainha e desde maio de 2017 em Torres Vedras, na sequência de inspeções realizadas pela Autoridade Nacional do Medicamento.

O "facto de a câmara de fluxos laminares não estar no sítio adequado" e não estarem "garantidos os requisitos técnicos", situação que poderia, inclusive, acarretar "riscos para os profissionais" levou o Infarmed a recomendar a suspensão da preparação da medicação em Torres Vedras.

O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) serve uma população de cerca de 300 mil habitantes dos concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estevão das Galés e Venda do Pinheiro).

Let’s End HepC
Atualmente estima-se que existem em Portugal 89.200 de doentes com hepatite C. De acordo com os parâmetros da Organização...

Este cálculo matemático é possível através da consulta da ferramenta inovadora Let’s End HepC (LEHC), desenvolvida pela Universidade Católica Portuguesa e que avalia o impacto das políticas de saúde pública na eliminação da Hepatite C (VHC).

A duas semanas do Governo ter mudado o modelo de financiamento e cortado a verba do orçamento para as hepatites virais, Ricardo Baptista Leite, médico e coordenador científico de saúde pública do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa refere que “O Governo tem neste momento todas as ferramentas ao seu dispor para tornar possível a eliminação antes de 2030, basta que a vontade política acompanhe a evidência científica. Enquanto Academia, estamos inteiramente à disposição das entidades públicas para trabalharmos juntos de forma a que a eliminação da hepatite C seja uma realidade”.

A ferramenta, que contou com o apoio financeiro da Gilead Sciences, revela qual a probabilidade da eliminação da doença recorrendo a um algoritmo matemático que permite o processamento de dados epidemiológicos da doença a nível local conjugando-os com a análise atual de 24 políticas:

1.       Estratégia nacional que inclui VHC (avaliação clínica)

2.       Estratégia nacional, que inclui VHC (avaliação de recursos disponíveis)

3.       Diretrizes clínicas nacionais para o diagnóstico e tratamento do VHC

4.       Envolvimento da sociedade civil na defesa dos interesses e direitos dos doentes com VHC

5.       Eventos ou campanhas de conscientização para o VHC

6.       Registro Nacional de Doenças do VHC

7.       Quadro jurídico, particularmente em termos de discriminação de doentes com VHC

8.       Envolvimento dos cuidados de saúde primários

9.       Política nacional para combate e prevenção da infecção pelo VHC

10.   Análises para VHC em doações de sangue

11.   Análises para VHC em doações de tecidos e órgãos

12.   "Saúde segura" - triagem e tratamento de instrumentos, equipamentos e suprimentos cirúrgicos

13.   Serviços de redução de risco disponíveis para a população de utilizadores de drogas injetáveis

14.   Serviços de redução de risco na prisão

15.   Rastreio de VHC fora do ambiente hospitalar

16.   Triagem na população em geral

17.   Rotina de rastreio de VHC na gravidez

18.   Testes de VHC grátis e anônimos para grupos com alta prevalência

19.   Acesso a consultas especiais para doentes com diagnóstico de VHC

20.   Acesso à monitorização do VHC

21.   Disponibilidade de apoio social para doentes com VHC

22.   Acesso a tratamento para VHC

23.   Tipos de medicamentos disponíveis para doentes com diagnóstico de VHC (AAD versus não AAD)

24.   Avaliação dos resultados do tratamento

Especialistas
Regular o ar condicionado e fazer pausas a cada 20 minutos, olhando para longe, são algumas recomendações dos especialistas...

“Uma das medidas é seguir a regra dos 20-20-20, ou seja, parar a cada 20 minutos durante 20 segundos e olhar para uma distância de 20 pés, que é cerca de seis metros”, explicou Fernando Vaz, responsável pelo grupo de ergoftalmologia da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO).

O especialista reconhece que “cada vez mais as pessoas usam computadores, tablets ou smartphones e, por isso, estão cada vez mais expostas a um esforço de visão para perto, que exige mais atenção, com o olho mais aberto e que pestaneja menos, ficando por isso mais seco”.

Fernando Vaz, que falava a propósito do Congresso Português de Oftalmologia, que se realiza entre quinta-feira e sábado, em Vilamoura, sublinha que o uso dos computadores ou tablets “não traz lesões irreversíveis”, mas apenas “lesões pontuais”, que dão queixas e podem ser compensadas com medidas preventivas.

O responsável coordenou um estudo numa empresa de teleperformance, que analisou cerca de 80 funcionários.

Segundo explicou, a investigação concluiu que os trabalhadores que tomavam medidas preventivas como as pausas a cada 20 minutos, o lubrificar do olho com lágrima extra, o cuidado com o regular do ar condicionado, tentando manter alguma humidade, conseguiam facilmente recuperar das lesões provocadas pela longa exposição ao ecrã (mais de duas horas).

O estudo concluiu que “é preciso que se esteja muito tempo ao computador, mais de duas horas, para ter repercussão e que, se cumprimos algumas regras, atenuamos as queixas e podemos usar o computador com uma melhor performance”, explicou Fernando Vaz, sublinhando: “as alterações provocadas são reversíveis, não ficam connosco sempre, mas assim que voltamos às mesmas condições voltam a aparecer as mesmas queixas”.

“Não há baixa de visão, nem lesões permanentes. Há apenas lesões pontuais enquanto estamos a usar computador por longos períodos, mas que se conseguem controlar com algumas medidas preventivas”, acrescentou.

O especialista explica que “o olho está preparado para ver ao longe” e recomenda aos pais que regrem o uso dos equipamentos eletrónicos aos filhos, insistindo nas pausas a cada 20 minutos, “para olhar para longe e dessa forma relaxar os músculos usados na visão de perto e estimular ou outros”.

“Fazer pausas não é para sair do sítio. Basta desviar o olhar, olhando para longe, pois vamos relaxar o olho e, ao pestanejar mais, também lubrificamos mais”, acrescenta o especialista, para quem o número de horas máximo de uso para os mais novos não deveria exceder as duas horas/dia.

Além destas pausas, e dos conselhos para afastar os ecrãs o mais possível, Fernando Vaz frisa a importância de usar a opção ‘nightshift’ (redução de luminosidade) nos equipamentos, sobretudo a partir de determinada hora (final do dia).

“Esta opção diminui a quantidade de luz azul emitida. É que um certo comprimento de onda de luz azul pode chegar à retina e causar potenciais alterações na retina e um aumento da prevalência de uma doença de degenerescência relacionada normalmente com a idade”, explica.

Além disso, esta luz “dá uma mensagem errada à glândula que regula o estado dia/noite no organismo e diz-lhe que é de dia, logo, o cérebro liberta certas substâncias e mantém-nos acordados”, dificultando o adormecer e fazendo com que se tenha um sono mais irrequieto.

Por isso, Fernando Vaz defende que se devem evitar estes estímulos entre meia a uma hora antes de deitar.

Mas se a exposição excessiva aos ecrãs não provoca lesões permanentes, o mesmo não acontece com o glaucoma, uma doença que se estima afete 150.000 pessoas em Portugal, mas que ainda assim está subdiagnosticada.

O presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, Monteiro Grillo, insiste na importância da prevenção, uma vez que o glaucoma é um inimigo silencioso da visão, pois na maior parte dos casos não dá sintomas.

“A pessoa deve ir ao oftalmologista. Antigamente é que havia menos acesso, sobretudo nas pessoas do interior do país. Hoje é importante lembrar que uma ida ao oftalmologista pode prevenir o aparecimento de lesões irreversíveis”, defende.

“A prevalência do glaucoma é maior a partir dos 40 anos e é fundamental a pessoa prevenir, (…) sobretudo se na família existe glaucoma”, avisa.

Monteiro Grillo sublinha que “não se sabe quantos casos de glaucoma estão ignorados” e lembra que, sem prevenção, “muitas dessas pessoas poderão ter problemas complicados de resolver no futuro”.

Vacinómetro
Mais de 1,1 milhões de portugueses com 65 ou mais anos já se vacinou contra a gripe, de acordo com os novos dados do...

Segundo estes indicadores, desde 01 de outubro vacinaram-se contra a gripe sazonal 58,3% das pessoas com 65 ou mais anos, 48,1% dos portadores de doença crónica e 49,1% dos profissionais de saúde com contacto direto com doentes.

Foram igualmente vacinados 31% dos portugueses com idades entre os 60 e os 64 anos.

Relativamente ao mesmo período da época gripal anterior, regista-se uma taxa de vacinação "ligeiramente inferior" superior, com exceção para os profissionais de saúde "que apresenta uma subida bastante relevante, na ordem dos 15%".

Sobre os motivos que levaram à vacinação, a percentagem maior foi por recomendação do médico (53,5%), seguindo-se a iniciativa própria (24,1%), no contexto de uma iniciativa laboral (11,5%) e porque sabem que fazem parte de um grupo de risco para a gripe (8,8%). Por recomendação do farmacêutico foram vacinados 0,9% das pessoas.

A vacinação contra a gripe é fortemente recomendada para os grupos alvo prioritários, entre os quais as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, os doentes crónicos e imunodeprimidos com seis ou mais meses de idade, as grávidas, os profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados, como por exemplo os lares de idosos.

O Vacinómetro, lançado em 2009, permite monitorizar em tempo real a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários recomendados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Marta Temido
A presidente da Administração Central do Sistema de Saúde, Marta Temido, confirmou ontem que vai sair do cargo que exercia há...

Marta Temido explicou que o conselho diretivo que dirigia terminou o seu mandato em setembro e não vai continuar.

Questionada se saiu a seu pedido, optou por não comentar.

Contactado, o Ministério da Saúde não confirmou nem comentou a notícia desta saída, que foi avançada pela edição ‘online’ do jornal Público.

A ACSS assegura a gestão dos recursos financeiros e humanos do Ministério da Saúde e do Serviço Nacional de Saúde e suas instalações e equipamentos.

Marta Temido foi indicada para presidente do conselho diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) em janeiro de 2016, depois de ter sido presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares.

Doutorada em Saúde Internacional, assistente convidada da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, Marta Temido substituiu Rui Santos Ivo, que esteve no cargo desde setembro de 2014.

Estudo
Controlar a asma dos portugueses permitiria uma poupança de cerca de 184 milhões de euros por ano em Portugal, mostram os...

Segundo um dos estudos, intitulado "Cost of asthma in children: a nationwide, population-based, cost-ofillness study", Portugal poderia poupar até 30 milhões de euros por ano, recorrendo somente ao controlo da asma nas crianças até aos 17 anos de idade.

Publicado na edição de novembro do jornal Pediatric Allergy Immunology, e liderado pelo investigador João Fonseca, do CINTESIS, o trabalho indica que esta poupança representaria uma redução de 20% na despesa global com a doença.

De acordo com os resultados do segundo estudo, designado "Cost of asthma in Portuguese adults: A population-based, cost-of-illness study", e publicado na Revista Portuguesa de Pneumologia, o controlo da asma nos adultos, por sua vez, possibilitaria uma poupança superior a 154 milhões de euros por ano.

Este trabalho, da autoria de João Fonseca, em conjunto com os investigadores Luís Azevedo, Ana Sá Sousa, José Pedro Barbosa e Manuel Ferreira-Magalhães, do CINTESIS, é o primeiro estudo a calcular o impacto económico da asma no adulto em Portugal.

Os resultados obtidos pelos investigadores mostram que a asma custa 547 milhões de euros por ano ao governo, o que representa 3% da despesa total em saúde.

Relativamente aos adultos com asma, estes custam cerca de 386 milhões de euros, gastando cada doente em média 708,16 euros por ano, dos quais 93% são custos diretos em saúde, como consultas, idas à urgência, internamentos, testes de diagnóstico e medicação de alívio.

"Os doentes não controlados gastam mais do dobro do que os doentes controlados", indicou o investigador João Fonseca, acrescentando que "um melhor controlo da asma permitiria diminuir as despesas de saúde de forma significativa". 

Já a asma infantil custa mais de 161 milhões de euros por ano, representando cerca de 1% das despesas em saúde.

As conclusões mostram que cada criança com asma representa, em média, 929,35 euros por ano, dos quais 75% são custos diretos.

Uma criança com asma controlada gasta, em média, 747,63 euros por ano, enquanto uma com a doença não controlada gasta 1.758,44 euros, ou seja, mais mil euros por ano.

"As crianças com asma mal controlada têm um número significativamente maior de consultas não programadas e de internamentos. Como a asma mal controlada é um fator determinante para o aumento dos custos, deveriam ser implementadas políticas para melhorar o controlo da asma e reduzir os cuidados médicos relacionados com as crises", indicou.

João Fonseca considera que as pessoas com asma persistente devem fazer a medicação adequada de forma regular e continuada, e não apenas quando aparecem os sintomas, mensagem que se estende também aos profissionais de saúde.

"É insuficiente não piorarmos as coisas, temos que eliminar os internamentos e a necessidade de idas à urgência e o sistema de saúde está longe de ser preocupar com isso e com a asma grave, que é o grande motor dos custos", frisou.

Segundo o investigador, apesar de as patologias serem semelhantes em todo o mundo, os subtipos da doença variam entre países e regiões, sendo os estudos deste género importantes para que se saibam os dados nacionais.

"Esta é a única maneira de poder estimar o que conseguimos fazer com um novo medicamento ou diagnóstico e qual o impacto que essas melhorias ou decisões podem ter na saúde", acrescentou, defendendo a realização de outros estudos, mais detalhados e abrangentes, que diferenciem melhor os subtipos da asma.

Apesar de elevados, os investigadores admitem que os números obtidos nestes estudos estejam subestimados, sobretudo devido à falta de dados relativos aos custos indiretos, que incluem os transportes, o absentismo laboral e a perda de produtividade.

Ministério da Educação
O Ministério da Educação criou novas equipas para fiscalizar as refeições escolares, que já estão no terreno com o objetivo de ...

O ministério da Educação celebrou no verão novos contratos com empresas privadas que, nos próximos três anos letivos, têm a obrigação de fornecer refeições a milhares de alunos. Mas nem tudo correu bem. Pouco depois de começarem as aulas, começaram também as denúncias de má qualidade e pouca quantidade de alimentos.

“De facto tem havido alguns problemas”, reconheceu a secretária de estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão.

Para tentar combater este problema, foram criadas novas equipas de fiscalização um pouco por todo o país e ainda hoje deverá ser publicado o despacho assinado por Alexandra Leitão que cria o “Plano Integrado de Controlo da Qualidade e Quantidade das Refeições Servidas nos Estabelecimentos de Educação e Ensinos Públicos”.

Com este plano, passa a haver um “controlo e fiscalização apertada ao nível da escola, que conta com a participação da direção da escola e com as equipas regionais da DGestE, que foram criadas de propósito para andar pelas escolas a ver e a fiscalizar”, explicou a secretária de estado.

Estas equipas contam também com a participação dos pais: “Não é qualquer pai que entra a qualquer momento, mas as direções das associações de pais de cada escola podem também entrar nos refeitórios para ver o que está a ser feito”.

Com as novas equipas de fiscalização no terreno e com poder para aparecer de surpresa em qualquer cantina, o ministério da educação pretende que no segundo período os problemas alimentares sejam “reduzidos drasticamente”.

Segundo números avançados por Alexandra Leitão, em média são servidos cerca de 500 mil almoços e, até agora, os casos mais problemáticos concentravam-se nas zonas de Lisboa e do Porto.

“Há zonas do país onde não houve queixas e outras zonas onde as coisas correm pior”, disse a secretária de Estado, acrescentando que os principais focos de preocupação estão “no norte, na região do Porto, e na região de Lisboa e Vale do Tejo”.

Alexandra Leitão recusa que o valor por refeição (1,46 euros no máximo) seja insuficiente para garantir a qualidade, defendendo sempre que o importante neste momento é controlar que as empresas cumpram com o que prometeram.

“Os padrões de qualidade não estão a concurso”, sublinhou, acrescentando que agora é preciso “fazer uma fiscalização apertada para garantir que aquilo que elas (empresas) garantiram que faziam, estão a fazer”.

No plano de controlo das refeições é sublinhado que o caderno de encargos celebrado com as empresas teve a preocupação de definir “exigentes parâmetros nutricionais e de quantidades” assim como associar “um conjunto de penalidades” a cada uma das obrigações.

“Em cada escola existirá obrigatoriamente um Registo Diário do Funcionamento do Refeitório”, no qual o representante da escola registará a apreciação quantitativa e qualitativa da execução do serviço diário.

O plano prevê ainda que, pelo menos cinco vezes por ano, sejam feitas recolhas de amostras para análise microbiológica. Essa análise deve incidir nas refeições servidas, mas também nos equipamentos e pessoal que trabalha na cozinha. Por exemplo, é analisado o prato que está a ser servido aos alunos, a salada exposta, assim como os pratos, copos e tabuleiros.

Analisar as “mãos de um funcionário a servir os utentes ou a manusear os alimentos já preparados ou confecionados” também está contemplado no documento.

Sobre a possibilidade de as refeições escolares voltarem a ser confecionadas pelas escolas, tal como defendido pelo Partido Comunista e pelo Bloco de Esquerda, Alexandra Leitão considera que este é um processo “difícil, uma vez que foram agora celebrados contratos” para os próximos três anos letivos.

“Não excluímos à partida, mas há dificuldades nesse processo de reversão. Não é fácil, mas é algo que podemos de forma concentrada, pensar. É preciso fazer contas e pensar nos prós e nos contras”, defendeu, acrescentando que esta opção traria também muito mais trabalho para os diretores escolares.

As equipas de fiscalização vão atuar mais nas escolas onde existem contratos com empresas privadas, mas a secretária de estado garante que os refeitórios de administração direta também serão alvo de controlo.

As equipas de fiscalização, que existem em todas as delegações regionais da DGestE, podem ir às escolas verificar se as regras estão a ser cumpridas e se as refeições têm qualidade, segundo o despacho a que a Lusa teve acesso e que deverá ser publicado em breve em Diário da República.

European Commission
TESARO, Inc. (NASDAQ: TSRO), an oncology focused biopharmaceutical company, announced today that the European Commission (EC)...

“We want to express our gratitude to all of the women who selflessly participated in the NIRAPARIB clinical development program. I would also like to thank our partners at ENGOT for their diligence in conducting the ENGOT-OV16/NOVA trial, which was carried out with the highest level of scientific rigor. The unique design of this trial, which included women both with and without germline BRCA mutations, allowed us to independently determine that NIRAPARIB provides significant progression-free survival improvement in a very broad patient population,” said Mary Lynne Hedley, Ph.D., President and Chief Operating Officer of TESARO. “The EC approval of NIRAPARIB marks TESARO’s second product approval in Europe this year. We are committed to working with healthcare providers, payers and patient groups to enable access to this paradigm-changing treatment as quickly as possible.”

NIRAPARIB was approved by the U.S. Food and Drug Administration on March 27, 2017 and is marketed by TESARO in the United States, where it is currently the most frequently prescribed PARP inhibitor for patients with ovarian cancer. TESARO plans to launch NIRAPARIB in Germany and the UK this December, with launches in additional European countries to follow beginning in 2018, based on local reimbursement and availability timelines. Germany and the UK are two of the 17 countries where TESARO currently has a direct presence in Europe.

“Today’s approval of NIRAPARIB is an exciting step forward for the ovarian cancer community in Europe. While platinum-based chemotherapy has proven to be effective, its efficacy unfortunately diminishes over time, and progression-free survival becomes shorter after each successive platinum treatment,” said Mansoor Raza Mirza, M.D., ENGOT-OV16/NOVA Study Chair and Chief Oncologist at Rigshospitalet, Copenhagen. “NIRAPARIB now provides an opportunity to increase progression-free survival after platinum therapy, and will have a profound impact for women and their families.”

The EC approval of NIRAPARIB was based on data from the clinically rigorous ENGOT-OV16/NOVA trial, a double-blind, placebo-controlled, international Phase 3 study of NIRAPARIB that enrolled 553 patients with recurrent ovarian cancer who had achieved either a PR or CR to their most recent platinum-based chemotherapy. The primary endpoint of the trial was progression free survival (PFS). Approximately two-thirds of study participants did not have germline BRCA mutations. Progression in the NOVA study was determined by a robust, unbiased, blinded central review to be the earlier of radiographic or clinical progression. NIRAPARIB significantly increased PFS in patients with or without germline BRCA mutations as compared to the control arm. Treatment with ZEJULA reduced the risk of disease progression or death by 73% in patients with germline BRCA mutations (hazard ration (HR) 0.27) and by 55% in patients without germline BRCA mutations (HR 0.45). The magnitude of benefit was similar for patients entering the trial with a PR or a CR.

“With the introduction of NIRAPARIB, treatment of women with recurrent ovarian cancer will improve markedly,” said Professor Dr. Andreas Du Bois, Center Director of Gynecology & Gynecologic Oncology, Kliniken Essen-Mitte (Germany) and Co-Founder and Past Chair of the European Network of Gynecological Oncological Trial Groups (ENGOT). “Patients and their physicians are now empowered with an additional option to utilize after a response to chemotherapy, regardless of BRCA mutation status, where the previous alternative for most was a period of watching and waiting instead of actively controlling their disease.”

The approved starting dose of NIRAPARIBis 300 milligrams once per day. According to the European summary of product characteristics (SmPC), in patients below 58 kilograms, a starting dose of 200 milligrams once per day may be considered. The most commonly administered dose of NIRAPARIB over the course of the Phase 3 NOVA clinical trial was 200 milligrams once per day, following dose modification. Further exploratory analyses of the NOVA study indicated that individual dose modification maintained efficacy and reduced the rate of new adverse events1.

The most common grade 3/4 adverse reactions to NIRAPARIB included thrombocytopenia (34%), anemia (25%), neutropenia (20%), and hypertension (8%). Following dose adjustment based on individual tolerability, the incidence of grade 3/4 thrombocytopenia was low, approximately 1% after month three. The majority of hematologic adverse events were successfully managed via dose modification, and discontinuation of therapy due to thrombocytopenia, neutropenia and anemia occurred in 3%, 2% and 1% of patients, respectively.

“We welcome the decision by the EC to approve NIRAPARIB for women with recurrent ovarian cancer,” said Elisabeth Baugh, Chair of the World Ovarian Cancer Coalition. “This decision will have a real and meaningful impact on women's lives, providing them a new treatment option and greater choice. Globally, we are lacking effective treatments for ovarian cancer, so this is a much-needed addition.”

About the NIRAPARIB ENGOT-OV16/NOVA Clinical Trial
ENGOT-OV16/NOVA was a double-blind, placebo-controlled, international Phase 3 trial of niraparib that enrolled 553 patients with recurrent ovarian cancer who were in a response to their most recent platinum-based chemotherapy. Patients were enrolled into one of two independent cohorts based on germline BRCA mutation status. One cohort enrolled patients who were germline BRCA mutation carriers (gBRCAmut), and the second cohort enrolled patients who were not germline BRCA mutation carriers (non-gBRCAmut) and included patients with HRD-positive and HRD-negative tumors. Within each cohort, patients were randomized 2:1 to receive niraparib or placebo and were treated continuously with placebo or 300 milligrams of niraparib, dosed as three 100 milligram tablets once per day, until progression. The primary endpoint of this study was progression-free survival (PFS). Secondary endpoints included patient-reported outcomes, chemotherapy-free interval length, PFS 2, overall survival, and other measures of safety and tolerability.  More information about this trial is available at http://clinicaltrials.gov/show/NCT01847274.

Among patients who were germline BRCA mutation carriers, the niraparib arm successfully achieved statistical significance over the control arm for the primary endpoint of PFS, with a HR of 0.26 (95% CI, 0.173-0.410). The median PFS for patients treated with niraparib was 21.0 months, compared to 5.5 months for control (p<0.0001). Niraparib also showed statistical significance for patients in the non-germline BRCA mutation cohort. The niraparib arm successfully achieved statistical significance over the control arm for the primary endpoint of PFS, with a HR of 0.45 (95% CI, 0.338-0.607). The median PFS for patients treated with niraparib was 9.3 months, compared to 3.9 months for control (p<0.0001). Secondary endpoint analyses, including chemotherapy-free interval, time to first subsequent treatment, and PFS 2 were all statistically significant and favored niraparib over control for patients in both the gBRCAmut and non-gBRCAmut cohorts. Patient-reported outcome results from validated survey tools indicated that niraparib-treated patients reported no difference from control in measures associated with quality of life.

The full results of the ENGOT-OV16/NOVA trial were presented in detail at the European Society for Medical Oncology (ESMO) 2016 Congress in Copenhagen on October 8, 2016 by Dr. Mansoor Raza Mirza, M.D., Medical Director of the Nordic Society of Gynecologic Oncology (NSGO) and Principal Investigator. These data were simultaneously published in the New England Journal of Medicine.

Select Important Safety Information
Myelodysplastic Syndrome/Acute Myeloid Leukemia (MDS/AML) was reported in patients treated with NIRAPARIB. Discontinue NIRAPARIB if MDS/AML is confirmed.

Hematologic adverse reactions (thrombocytopenia, anemia and neutropenia) have been reported in patients treated with NIRAPARIB. Monitor complete blood counts (CBCs) weekly for the first month of treatment and modify the dose as needed. After the first month, it is recommended to monitor CBCs for the next 10 months of treatment, and periodically after this time. Based on individual laboratory values, weekly monitoring for the second month may be warranted.

Hypertension and hypertensive crisis have been reported in patients treated with NIRAPARIB. Pre-existing hypertension should be adequately controlled before starting NIRAPARIB. Monitor blood pressure monthly for the first year and periodically thereafter during treatment with NIRAPARIB. NIRAPARIB should be discontinued in case of hypertensive crisis or if medically significant hypertension cannot be adequately controlled with antihypertensive therapy.

Based on its mechanism of action, NIRAPARIB can cause fetal harm. Advise females of reproductive potential of the possible risk to a fetus and to use effective contraception during treatment and for six months after receiving the final dose. Because of the potential for serious adverse reactions in breastfed infants from NIRAPARIB, advise a lactating woman not to breastfeed during treatment with NIRAPARIB and for one month after receiving the final dose.

In clinical studies, the most common adverse reactions included: thrombocytopenia, anemia, neutropenia, nausea, constipation, vomiting, abdominal pain, diarrhea, dyspepsia, urinary tract infection, fatigue/asthenia, decreased appetite, headache, dizziness, dysgeusia, palpitations, insomnia, nasopharyngitis, dyspnea, cough, and hypertension.

Additional Clinical Trials of Niraparib
TESARO is building a robust niraparib franchise by assessing activity across multiple tumor types and by evaluating several potential combinations of niraparib with other therapeutics. The ongoing development program for niraparib includes a Phase 3 trial in patients who have received first-line treatment for ovarian cancer (the PRIMA trial) and a registrational Phase 2 trial in patients who have received multiple lines of treatment for ovarian cancer (the QUADRA trial). Several combination studies are also underway, including trials of niraparib plus pembrolizumab (the TOPACIO trial) and  niraparib plus bevacizumab (the AVANOVA trial).

Additional trials of niraparib in ovarian, breast and lung cancers are planned. The studies will assess the effect of niraparib alone and in combination with other therapies in a variety of treatment settings.

Janssen Biotech has licensed rights to develop and commercialize niraparib specifically for patients with prostate cancer worldwide, except in Japan.

About Ovarian Cancer in Europe
Europe has one of the highest incidences of ovarian cancer in the world with approximately 45,000 women diagnosed each year2,3. Ovarian cancer affects approximately 1.3 in 10,000 people in the European Union, where it is the sixth-most common cancer and the fifth-most frequent cause of cancer death among women2,4. Despite high initial response rates to platinum-based chemotherapy, approximately 85% of women with advanced ovarian cancer will experience a recurrence of the disease after first-line treatment5. The efficacy of chemotherapy also diminishes over time.

About NIRAPARIB
NIRAPARIB is a once-daily, oral poly (ADP-ribose) polymerase (PARP) 1/2 inhibitor that is indicated in the European Union as a monotherapy for the maintenance treatment of adult patients with platinum-sensitive relapsed high grade serous epithelial ovarian, fallopian tube, or primary peritoneal cancer who are in a complete or partial response to platinum-based chemotherapy. In preclinical studies, NIRAPARIB concentrates in the tumor relative to plasma, delivering greater than 90% durable inhibition of PARP 1/2 and a persistent antitumor effect.

1 Wang J et al. The Exposure-Response Relationship of Niraparib in Patients with gBRCAmut and Non-gBRCAmut: Results from the ENGOT-OV16/NOVA Trial. ESMO; 2017 Sep 8-12; Madrid, Spain.
2 World Cancer Research Fund International. http://www.wcrf.org/int/cancer-facts-figures/data-specific-cancers/ovarian-cancer-statistics (Last accessed 18 November 2017)
3 EUCAN http://eco.iarc.fr/eucan/Country.aspx?ISOCountryCd=930  (Last accessed 18 November 2017)
4 ENGAGe, Ovarian Cancer Fact Sheet. https://engage.esgo.org/media/2017/08/ENGAGe_What_is_ovarian_cancer_en_V01.pdf (Last accessed 18 November 2017)
5 Lorusso, D., Mancini, M., Di Rocco, R., Fontanelli, R., & Raspagliesi, F. (2012). The role of secondary surgery in recurrent ovarian cancer. International Journal of Surgical Oncology

12º Congresso Português do AVC
Todos os anos, o congresso anual da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) – Congresso Português do AVC –...

Conforme explicam os coordenadores do Curso, Dr. Miguel Rodrigues e Dr.ª Carla Ferreira, “a fase aguda do AVC determina a capacidade de recuperação e reintegração na vida ativa”, pelo que “é fundamental continuar a formar os profissionais de acordo com a evidência mais atual e incentivar investigação permanente nesta área, para assim facilitar todo o trabalho de reabilitação e de prevenção secundária, que irá prolongar-se”, alertam os especialistas de Neurologia.

“Esta é uma área que desperta o interesse daqueles que lidam todos os dias com estes doentes na urgência”, afirma o Dr. Miguel Rodrigues, salientando as motivações para manter este curso.

Este ano, após a habitual introdução apresentada pelo presidente da SPAVC, Prof. Doutor José Castro Lopes, serão abordadas as temáticas da apresentação clínica e dados estatísticos, manejo do AVC agudo, itinerários do AVC agudo, uma vez que “tempo é cérebro”. Será também discutida a trombectomia no AVC isquémico e ainda o papel da investigação etiológica e impacto na fase aguda.

No final do curso pretende-se que os presentes tenham uma visão focada no AVC agudo que lhes permita, nos seus vários locais de trabalho, contribuir para o tratamento adequado e célere desta patologia, sublinham os especialistas. “Espera-se, assim, fomentar o desenvolvimento dos cuidados de fase aguda no AVC, uma das missões que a SPAVC muito releva”, explicam os coordenadores, que ressalvam o valor curricular do curso, uma vez que este conta com um momento de avaliação e com o patrocínio científico da Ordem dos Médicos.

As inscrições já estão disponíveis online, através do website da SPAVC, e estão abertas a todos os profissionais de saúde interessados em reforçar a sua formação nesta área.

Consulte AQUI o programa do Curso.

Inscrições através do website da SPAVC ou do e-mail [email protected]

Governo Regional
O Governo Regional dos Açores pretende implementar em 2018 um plano de combate ao tabagismo, tendo em conta que o tabaco é uma...

“Temos um consumo elevado de tabaco e, como tal, pretendemos apresentar um plano de ação que faça com que haja uma redução efetiva do consumo de tabaco”, adiantou o secretário regional da Saúde, Rui Luís.

O governante falava hoje, em Angra do Heroísmo, à margem de quarta reunião de 2018 do Conselho Consultivo de Combate à Doença Oncológica nos Açores, a quem pediu parecer sobre o plano de combate ao tabagismo.

Segundo Rui Luís, o plano prevê uma ação para evitar que as pessoas comecem a fumar, uma para apoio à cessação tabágica, um conjunto de ações para proteger os não fumadores do fumo passivo e a monitorização do consumo do tabaco na região.

De acordo com dados do Inquérito Regional de Saúde, em 2014, cerca de 27,6% dos açorianos entre os 20 e os 74 anos fumava diariamente e 45,6% admitia fumar na presença de outras pessoas, incluindo crianças.

A tutela implementou no início deste ano letivo um programa nas escolas para incentivar os alunos do 4.º ano do ensino básico a convencerem os pais a deixarem de fumar em casa e no carro.

Outro dos pontos na agenda da reunião do Conselho Consultivo de Combate à Doença Oncológica nos Açores foi a adaptação do registo oncológico regional à legislação recente que criou o registo oncológico nacional.

“Estamos a preparar-nos para publicar em 2018 um conjunto de informação do registo oncológico regional que vai do ano 2012 até ao ano de 2016, porque a última publicação é de 2015 e refere-se a dados de 2011. Há aqui a necessidade de atualizar estes dados”, adiantou o secretário regional da Saúde.

Entre 2007 e 2011 foram detetados, em média, 1.050 casos de cancro por ano nos Açores, segundo dados do registo oncológico regional, com predominância para os cancros da próstata, do pulmão e da mama.

Segundo Rui Luís, a prioridade em 2018 é a publicação do registo oncológico para que esses dados permitam estudar as causas do cancro na região.

“O registo oncológico é fundamental para nós percebermos o tipo de cancros que existem e em que zonas existem para depois se poder efetivamente estudar as causas deste mesmo aparecimento dos cancros”, frisou.

Eutanásia
O Presidente da República evitou hoje, mais uma vez, pronunciar-se acerca das leis sobre a eutanásia, insistiu num debate...

“A Constituição confere a todos os cidadãos o direito à participação. Já o disse e repito: Entendo que o Presidente da República não pode nem deve condicionar a discussão, antes apelando à mais ampla mobilização e participação dos cidadãos em geral”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na abertura do seminário de encerramento do ciclo de debates “Decidir sobre o final da vida”, na Fundação Champalimaud, em Lisboa.

O Presidente disse que “deve reservar a sua intervenção para o momento em que, se e quando a questão lhe for suscitada, tiver de se pronunciar sobre o processo de decisão ou sobre a substância da decisão, de uma perspetiva jurídica ou de uma perspetiva ética e comunitária”, dado que existem várias iniciativas ou já apresentadas, como a do PAN, ou em preparação, como a do Bloco de Esquerda.

Marcelo Rebelo de Sousa falou depois de Jorge Soares, presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV), que organizou o ciclo de 11 debates que hoje termina, e que defendeu o referendo numa entrevista, hoje, ao jornal Público, sem se pronunciar diretamente sobre a matéria.

“Decidir sobre o final da vida é uma matéria de profunda relevância para o presente e o futuro de cada um de nós, de uma sociedade mais humana e portanto mais solidária, sendo fundamental que todos convirjam nessa procura”, afirmou.

Até porque, insistiu, “a experiência própria alheia, olhando para os ordenamentos jurídicos mais diversos nos regimes democráticos” na qual a morte assistida foi legalmente adotada, “aconselha a perceção do sentir coletivo e a sua projeção em consensos amplamente partilhados”.

Marcelo Rebelo de Sousa insistiu que “todas as pessoas as pessoas têm o direito a viver com dignidade até à morte e a morrer com dignidade” e lembrou a convenção de Oviedo, para a Proteção dos Direitos do Homem e da Dignidade do Ser Humano face às aplicações da Biologia e da Medicina quanto a “uma ampla discussão pública” das questões médicas, sociais e éticas.

O Presidente da República agradeceu ainda o trabalho e os debates realizados nos últimos oito meses pelo conselho presidido por Jorge Soares.

Citando um ensaio do neurocirurgião João Lobo Antunes, Marcelo terminou o seu discurso dizendo: “É nosso dever nunca esquecer que devemos aos outros o nosso empenho permanente pela dignidade no cuidar, (…) o nosso compromisso da salvaguarda da dignidade no ser-se pessoa”.

O Bloco de Esquerda tem um anteprojeto que está discutir em debates espalhados pelo país e promete apresentá-lo no primeiro trimestre de 2018.

O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), com um deputado, foi o primeiro a apresentar um projeto de lei sobre a morte assistida e o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) também anunciou uma iniciativa neste sentido.

Um grupo de deputados do PS tem o acordo da direção do partido para apresentar uma iniciativa ou apoiar uma das já existentes ou a apresentar.

À direita, o PSD já decidiu dar liberdade de voto, apesar de prometer uma posição oficial e admitir todos os cenários, incluindo o do referendo. O CDS-PP é contra.

Os bloquistas apresentaram em fevereiro o seu anteprojeto que permite as duas formas de morte assistida, a eutanásia e o suicídio assistido, e admitem a sua realização em estabelecimentos de saúde oficiais e em casa do doente.

No Porto
A Fundação do Gil anunciou hoje que vai alargar no distrito do Porto o seu projeto das UMAD/CPI – Unidades Móveis de Apoio...

As UMAD/CPI da Fundação do Gil permitem “reduzir 45% do reinternamento de crianças”, afirma a instituição em comunicado.

O projeto vai ser lançado no próximo dia 18, no Palácio do Freixo, no Porto, aproveitando a celebração dos 18 anos de existência da Fundação do Gil.

“Este momento celebra o arranque de uma nova unidade UMAD/CPI com o Centro Materno Infantil do Norte (CMIN) e o alargamento no âmbito de intervenção no Hospital de São João”, sustenta a fundação.

As UMAD existem desde 2006 e apoiam crianças com doença crónica e as suas famílias, permitindo o seu regresso a casa após o internamento hospitalar, assegurando o seu acompanhamento clínico e social.

Com o lançamento do UMAD/CPI assiste-se ao complemento do âmbito do projeto onde se integram os cuidados paliativos pediátricos. Passam por isso a designar-se – Cuidados Pediátricos Integrados (CPI).

De acordo com a Fundação do Gil, “este é um projeto de referência no âmbito do apoio ao domicílio, reconhecido nacional e internacionalmente que, em muito tem contribuído para melhorar a qualidade de vida da criança doente crónica e que tem, até à data, parceria com o Hospital de Santa Maria, Hospital D. Estefânia e Hospital Amadora/Sintra, no distrito de Lisboa, e o Hospital de São João, no distrito do Porto”.

O projeto UMAD tem “um enorme impacto” na vida das crianças e das suas famílias, sendo que um estudo realizado com base na ferramenta “Social Return on Investment” provou haver “uma redução de 45% nos internamentos, 62% de melhoria de bem-estar geral da criança e 46% de reforço da capacitação e autonomização da família”.

“Temos a convicção de que este é o momento certo para alargar o nosso âmbito de intervenção e, por isso, a Fundação do Gil passará a incluir o apoio também em Cuidados Paliativos Pediátricos reiterando aquelas que são as recomendações da OMS, que considera urgente a criação dessa rede”, refere a presidente da Fundação do Gil, Patrícia Boura.

“É com grande felicidade que a equipa da Fundação do Gil envolve desde há mais de uma década gradualmente e com consistência, um maior número de parceiros e mais de 5.000 crianças apoiadas levando o hospital a casa, dando formação e trabalhando a autonomização da família. Proporciona assim a reintegração no mundo exterior e, sempre que possível, na vida escolar”, acrescenta Patrícia Boura.

A missão da Fundação do Gil consiste em promover o bem-estar clínico, social e emocional das crianças em risco social e/ou clínico perspetivando a sua reintegração social na família com autonomia.

Atualmente, a Casa do Gil, regista o apoio a mais de 250 crianças entre os zero e os 12 anos e ainda, através do projeto UMAD - Unidades Móveis de Apoio ao Domicílio, apoia mais de 5.000 crianças com doença crónica e respetivas famílias.

Estudo sugere
A criação de animais para consumo humano significa menos saúde e pior ambiente, alertam investigadores num estudo internacional...

"Pela saúde humana e pelo ambiente, os padrões de consumo alimentar terão que mudar", aponta-se no documento elaborado por um conselho que reúne as academias de ciências dos países da União Europeia, Noruega e Suíça.

A redução do consumo de proteína animal seria um dos passos a dar, argumentam os investigadores, que defendem que se deve investigar até que ponto os consumidores estariam disponíveis para aceitar alternativas inovadoras.

Oportunidades não faltam nos oceanos mas é preciso dominar mais as técnicas de criação de recursos para consumo humano, enquanto a cultura de carne 'in vitro' "pode ter um impacto ambiental mais baixo do que a criação de gado e isto também tem que ser investigado".

"As alternativas às formas tradicionais de proteína animal que a Europa poderia admitir incluem alimentos dos oceanos, carne criada em laboratório e insetos", refere-se.

Os investigadores apelam aos decisores para que se acabe com "os perversos incentivos no preço das dietas calóricas e se introduzam incentivos à alimentação nutritiva a preço razoável".

Os países da União Europeia devem saber mais sobre o desperdício nos ciclos alimentares para o poder reduzir e cumprir os objetivos da economia circular.

Pela via da genética, os investigadores salientam que "a Europa não deve abrandar nas oportunidades oferecidas pela engenharia genética e agricultura de precisão".

Aos decisores políticos, recomenda-se que tenham em conta as descobertas nesses campos para ganhar em "saúde animal e produtividade e para a agricultura".

"As alterações climáticas vão ter impactos negativos na alimentação, exigindo-se a prática de agricultura adequada ao clima e adoção de inovações na criação de plantas para enfrentar as secas", salienta-se no documento.

Os investigadores destacam ainda que todos os países têm problemas de nutrição para resolver, seja a subnutrição e falta de micronutrientes ou o excesso de peso e obesidade.

João de Deus
O médico João de Deus, membro do Conselho Nacional da Ordem dos Médicos e presidente da Associação Europeia dos Médicos...

João de Deus recebeu em Düsseldorf, na Alemanha, o galardão de Personalidade Mais Influente do setor da Saúde, a nível mundial, na categoria ‘Associações e Federações’. Especialista em oftalmologia e presidente da Associação Europeia dos Médicos Hospitalares, João de Deus foi membro da direção da Ordem dos Médicos entre 1999 e 2010 e integra, desde o início do ano, o Conselho Nacional. Além da reconhecida carreira hospitalar, é professor na Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Lisboa e fez parte do Comité Permanente dos Médicos Europeus (CPME) e do Secretariado Nacional do Sindicato Independente dos Médicos (SIM). Em 2018, será responsável pela coordenação de um projeto pioneiro na Europa, em parceria com UEMS (European Union of Medical Specialists): uma academia de liderança clínica.

Esta primeira edição mundial do ‘Prémio 100 Mais Influentes da Saúde’ foi organizada pelo grupo editorial brasileiro Grupo Mídia, que detém várias publicações especializadas na área da saúde, e decorreu no maior encontro do setor, a Médica 2017, em novembro. A distinção visa homenagear os profissionais que mais se destacaram no último ano, em todo o mundo, no setor da Saúde.

“Foi uma honra e uma surpresa receber este prémio. É o reconhecimento, não só do meu contributo, mas também de todo o trabalho da equipa que me acompanha quer na Associação, quer na Ordem dos Médicos”, admitiu João de Deus.

João de Deus destacou-se pelo trabalho desenvolvido em duas áreas: a liderança clínica e o ‘task shifting’ (transferência de tarefas médicas para outros profissionais de saúde). Ao nível da liderança, é coordenador da equipa que vai criar na Europa uma nova academia de liderança clínica, com o objetivo de certificar e formar os médicos nestas competências. O médico desenvolveu ainda vários estudos sobre ‘task shifting’, avaliando o impacto negativo da transferência de tarefas médicas para outros profissionais.

Para João de Deus, a criação de uma academia europeia “é essencial para reconhecer e valorizar as competências de liderança dos médicos em benefício dos doentes. Os médicos são os primeiros responsáveis pela prestação de cuidados de saúde eficientes e a qualidade da liderança é fundamental para o bom funcionamento de qualquer sistema de saúde”, salienta.

Já a transferência de competências médicas “comporta elevados riscos e tem como consequência comprovada a diminuição da qualidade dos cuidados prestados ao doente”, só podendo ser encarada como possibilidade em circunstâncias em que se verifique a ausência de médicos. “Não se pode pôr em causa a saúde e qualidade de cuidados prestados ao doente. Só mesmo se não existirem médicos num determinado país ou por delegação de competências, mas sempre sob supervisão médica”, explica o médico.

João de Deus é o único português no TOP 10 dos 100 Mais Influentes do setor da Saúde, premiados em 10 categorias: Associações e Federações, Negócios, Indústria, Inovação, Hospitais, Educação e Investigação, Referência, Gestão, Filantropia e Sustentabilidade. Entre os 100 Mais Influentes estão nomes como Melinda Gates, copresidente da Fundação Bill & Melinda Gates (na categoria Referência), ou Yoshinori Ohsumi, Nobel da Medicina de 2016 (categoria Educação e Investigação).

Os candidatos foram selecionados através de consulta à comunidade médica e a votação final foi conduzida pelo conselho editorial do Grupo Mídia, composto pelo CEO, diretores, editores e jornalistas das publicações especializadas do grupo. O Prémio dos 100 Mais Influentes do Brasil já existe há cinco anos e, este ano, estreou-se a nível mundial.

Robin Campillo
O realizador franco-marroquino Robin Campillo, que na quinta-feira estreia em Portugal o filme "120 batimentos por minuto...

Distinguido em fevereiro com o Grande Prémio, o Prémio da Crítica e o Prémio Queer no Festival de Cinema de Cannes, "120 batimentos por minuto" traça um retrato de uma associação ativista - a Act Up - e de uma geração que enfrentou os primeiros anos de epidemia da doença, em França, nos anos de 1990.

Robin Campillo contou, em Lisboa, que fez este filme a partir das memórias daquela época, porque foi militante da Act Up, e participou nas ações de esclarecimento e protesto junto de políticos, laboratórios farmacêuticos e da sociedade civil.

Em paralelo à atividade da Act Up, Campillo filmou ainda uma geração que lutou contra o desespero e medo de morrer, com um sentido de comunidade em torno de uma causa comum.

"Foi um momento poderoso. Claro que foi horrível, porque os nossos amigos estavam a morrer no pior momento da epidemia, mas, ao mesmo tempo, estávamos tão felizes por estarmos juntos, por querermos mudar a forma como a doença era entendida, querermos mudar a sociedade. Foi muito importante para mim poder partilhá-lo com os espectadores, foi um momento importante da minha vida, do ponto de vista emocional, político e ético", disse o realizador.

Com Nahuel Pérez Biscayart, Arnaud Valois e Adèle Haenel, nos principais papéis, "120 batimentos por minuto" foi eleito o melhor filme do Festival de San Sebastian, está nomeado para os Prémios Europeus de Cinema e pode estar a caminho dos Óscares, já que é o candidato de França a uma nomeação para melhor filme estrangeiro.

Nos Estados Unidos, foi já eleito o melhor filme estrangeiro de 2017, pelas associações de críticos de cinema de Nova Iorque e de Los Angeles.

"Não fiz o filme para dar uma aula para a geração mais nova. Eu fiz este filme de uma forma egoísta, porque queria entender o que se passou na época, e o cinema ajuda-nos a entender momentos particulares (...) O filme foi um grande sucesso em França. Não tentei agradar a toda a gente, tentei fazer um retrato honesto deste coletivo", disse.

Atualmente, Robin Campillo ainda mantém contacto com a Act Up, embora a associação tenha menor expressividade, porque a relação da comunidade francesa com a doença também mudou, e porque os tempos de ativismo são outros.

"As pessoas agora na Internet conseguem ser bastante radicais, mas estão muito sozinhas nesse extremismo. É muito fácil ser radical no Facebook ou no Twitter, mas há 25 anos, na Act Up, antes de nos confrontarmos com os políticos, com os laboratórios, confrontávamo-nos entre nós. Tínhamos de criar um cérebro comum, um discurso político comum contra a epidemia, para alertar a sociedade", recordou o realizador.

Robin Campillo lembrou que há novas estratégias para travar a transmissão da infeção, nomeadamente a denominada profilaxia pré-exposição (Prep), mas lamentou que não exista "uma vontade política para acabar com a epidemia".

"Espero que haja uma maior consciencialização da sociedade para que pressionem a acabar com esta epidemia", sublinhou.

Relatório
O número de mulheres e raparigas com acesso a métodos contracetivos em países do programa Planeamento Familiar 2020 (FP2020)...

Segundo as estimativas feitas pelos autores do estudo "FP2020: The Way Ahead", em julho deste ano de 309 milhões de mulheres e jovens dos 69 países que fazem parte do FP2020 usavam um método moderno de contraceção.

Isto equivale a 38,8 milhões a mais do que os cerca de 271 milhões de 2012 usados como referência, quando o FP2020 foi lançado, na sequência da Cimeira de Londres sobre Planeamento Familiar.

Na altura, foi determinada uma meta de proporcionar métodos contracetivos modernos a mais 120 milhões de jovens e mulheres nos países mais pobres até 2020, garantindo a proteção dos direitos humanos das mulheres e o acesso a cuidados de saúde e instrumentos de planeamento familiar.

De acordo com o relatório hoje publicado, o alargamento do acesso entre julho de 2016 e julho de 2017 a métodos contracetivos modernos, como a pílula, o contracetivo injetável, os preservativos e o dispositivo intrauterino permitiu evitar 84 milhões de gravidezes não planeadas, 26 milhões de abortos inseguros e a morte de 125,000 de mães durante os partos.

O estudo indica que África é o continente que mostra maior progresso nesta área, embora, em número, na Ásia o número de novos utilizadores é maior porque aquele continente inclui quatro dos cinco países mais populosos do FP2020: Índia, Indonésia, Paquistão e Bangladesh.

"O FP2020 é um movimento liderado pelos países para capacitar as mulheres e as jovens investindo no direito ao planeamento familiar. Acreditamos que todas as mulheres e as mulheres devem ter a possibilidade de moldar sua própria vida", afirmou a diretora executiva da FP2020, Beth Schlachter, num comunicado.

O planeamento familiar, vincou, "é um direito básico e um serviço de saúde capaz de transformar a vida com o potencial de acelerar o progresso em todos os nossos objetivos de desenvolvimento".

Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os países lusófonos que fazem parte deste programa e também do grupo que tem condições para acelerar o progresso.

Na Cimeira do Planeamento Familiar realizada em julho deste ano, também em Londres, Moçambique foi um dos 33 países do FP2020 que renovou os seus compromissos existentes, delineando novos objetivos, pretendo alocar mais fundos públicos e mais recursos para chegar a mais raparigas e mulheres.

Moçambique comprometeu-se a aumentar a taxa de prevalência de contracetivos modernos das jovens entre os 15 e os 19 anos de 14,1% para 19,3% até 2020 e dos adolescentes sexualmente ativos não casados de 26,7% (de 2011) para 50% até 2020.

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