Nutrição e saúde
A Organização Mundial de Saúde felicitou o Governo português pelos esforços na promoção da alimentação saudável, nomeadamente...

Numa carta enviada ao secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, a diretora da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Europa, Zsuzsanna Jakab, refere-se concretamente à Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS), publicada em Diário da República a 29 de dezembro e que quer reduzir o consumo de sal, restringir determinadas vendas e incentivar outras mais saudáveis.

“Dietas pouco saudáveis são responsáveis por uma parcela importante de mortes e doenças cardiovasculares, diabetes e cancro. E também afetam negativamente a qualidade de vida nos últimos 10 anos de vida”, diz a responsável na carta, divulgada pelo Ministério da Saúde.

A propósito das restrições de venda de alimentos nas máquinas automáticas, prevista na EIPAS, Zsuzsanna Jakab diz na carta que os alimentos disponíveis em locais como creches, escolas, hospitais e instituições públicas “afetam fortemente os padrões de consumo”.

No documento, a responsável lembra iniciativas dos governos europeus para melhorar o “ambiente alimentar”, atuando na alimentação para crianças, rotulagem, incentivos à alimentação saudável e tributação de sal, açúcar e gorduras.

Nos últimos anos, nas palavras da diretora da OMS, houve grandes progressos na Europa em áreas como a alimentação escolar, mudanças nos produtos alimentares, abordagens fiscais e vigilância da obesidade infantil.

“Portugal é um país líder em algumas dessas áreas”, diz-se na carta, na qual se elogiam medidas como a de controlar do marketing da alimentação para crianças ou de tributar os refrigerantes açucarados e incentivar a atividade física.

“Além das conquistas recentes Portugal está, no nosso ponto de vista, bem posicionado para assumir um papel de liderança em muitas das frentes mencionadas, e as propostas políticas no novo Programa de Nutrição estão fortemente alinhadas com as orientações e recomendações da OMS, incluindo a nova iniciativa para restringir alimentos não saudáveis em instituições pertencentes ao Ministério da Saúde”, diz-se na carta.

A EIPAS prevê restrições nas vendas de alimentos em máquinas automáticas, a redução de sal na alimentação, o incentivo da produção biológica, a redução na distribuição de açúcar (pacotes), ou limitações a publicidade de alimentos para menores com excesso de sal, açúcar e gorduras.

Administração Regional de Saúde
A Administração Regional de Saúde do Algarve anunciou hoje um reforço do atendimento nos três Agrupamentos de Centros de Saúde...

No âmbito do Plano de Contingência Sazonal de Inverno, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve adiantou que procedeu ao “reforço de recursos humanos e ao alargamento do horário de atendimento nos centros de saúde da região, nas consultas de recurso dos centros de saúde de Lagoa, de Monchique, de Portimão, de Silves, de Faro, de Olhão, de São Brás de Alportel, de Tavira e de Alcoutim”.

O objetivo, justificou a ARS, é “garantir desta forma a prestação de cuidados de saúde à população nos casos de doença aguda como gripe e infeções respiratórias”, nestas unidades dos três ACES que estão sob sua tutela (Barlavento, Central e Sotavento).

“Todas as unidades de saúde da região, quer as urgências hospitalares do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), quer os Centros de Saúde, estão preparadas para, em caso de necessidade, responder de forma articulada a um eventual aumento da afluência de utentes aos seus serviços”, assegurou a ARS no comunicado em que anunciou o reforço.

A Administração Regional de Saúde algarvia destacou que, ao nível hospitalar, o CHUA “procedeu ao reforço de profissionais nas urgências” e, “em caso de necessidade”, 20 das 40 camas acionadas no âmbito do plano de contingência da gripe “já estão a ser utilizadas para receber doentes”.

Os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) estão a “monitorizar diariamente” a afluência de utentes aos cuidados de saúde primários, permitindo que “os horários dos centros de saúde, nomeadamente da consulta aberta (consulta do recurso do dia), sejam adaptados a um eventual aumento de número de utentes”, referiu ainda a ARS.

A entidade tutelada pelo Ministério da Saúde pede, no entanto, aos utentes que comecem a sentir sintomas de gripe – tosse, dores de cabeça, febre, mal-estar e dores musculares – para contactarem primeiro a linha de atendimento telefónico Saúde 24.

Ao ligar para o número telefónico (808 24 24 24), os técnicos que fazem o atendimento vão encaminhar o utente para o “serviço de saúde mais adequado” para prestar os cuidados, acrescentou.

A ARS adiantou que no ACES Barlavento funcionam consultas de recurso do dia nos centros de saúde de Lagoa (14:00 às 20:00, todos os dias, com alargamento até às 22:00, quando e se necessário), Monchique (12.00 às 18.00h, de segunda a sexta-feira, e 08:30 às 14:30, aos fins de semana e feriados), Portimão (08:00 às 22:00, todos os dias) e Silves (08:00 às 20:00, todos os dias, com alargamento até às 22:00, quando e se necessário).

No ACES Central, referiu, as consultas de recurso do dia funcionam nos centros de saúde de Faro (09:00 às 18:00, todos os dias do ano, e 18:00-20:00 para todos os utentes com episódios de doença aguda, independentemente do local onde se encontram inscritos), Olhão (09:00 às 18:00, todos os dias do ano, e 18:00-20:00 para todos os utentes com episódios de doença aguda, independentemente do local onde se encontram inscritos) e São Brás de Alportel (09:00 às 15:00h, aos fins de semana e feriados).

Por último, no ACES Sotavento haverá serviço de atendimento complementar nos centros de saúde de Tavira (09:00 às 17:00) e de Alcoutim (09:00 às 16:00, aos sábados).

Administração Regional de Saúde
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo anunciou hoje o alargamento de horário de centros de saúde durante a...

Em horário alargado durante a semana vão funcionar 35 centros de saúde, ao sábado 47 e ao domingo 37, segundo o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo que, em declarações aos jornalistas, apresentou o “reforço dos centros de saúde”, tendo em conta o período de inverno e o esperado pico da gripe.

Segundo a lista divulgada pela ARS de Lisboa e Vale do Tejo, estarão abertos durante a semana entre as 20:00 e as 22:00 os centros de saúde de Lumiar, Sete Rios, Paço d’Arcos, Algés, Cascais, S. João do Estoril, Parede, Alcabideche, S. Domingos de Rana, Amadora, Póvoa de Stº Adrião, Moscavide, Póvoa de Santa Iria, Alverca, Almada, Seixal, Bombarral, Caldas da Rainha, Torres Vedras, Abrantes, Alcanena, Mação, Torres Novas, Ourém, Cartaxo e Santarém.

Ainda durante a semana estarão abertos das 20:00 às 24:00 os centros de Algueirão, Monte Abraão, Agualva Cacém e Nazaré.

A funcionar 24 horas estão os serviços permanentes de Benavente, Mafra e Coruche. Das 20:00 às 21:00 funciona o centro de saúde de Sesimbra e das 20:00 às 23:00 o de Rio Maior.

Nos sábados, estarão abertos os seguintes centros de saúde: Lumiar, Sete Rios, Lapa, Olivais, Paço d’Arcos, Algés, Cascais, Parede, Amadora, Brandoa, Buraca, Algueirão, Monte Abraão, Agualva Cacém, Rio de Mouro, Sintra, Póvoa de Stº Adrião, Moscavide, Alverca, Alenquer, Azambuja, Arruda, Benavente, Almada, Seixal, Alcochete, Alhos Vedros, Barreiro, Sesimbra, Palmela, S. Sebastião, Nazaré, Bombarral, Caldas da Rainha, Mafra, Torres Vedras, Lourinhã, Cadaval, Sobral de Monte Agraço, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Rio Maior e Santarém.

Os horários destes centros abertos ao sábado é diverso, mas a generalidade está aberta entre as 10:00 e as 18:00, havendo algumas unidades abertas até às 20:00 ou às 22:00.

Aos domingos vão estar abertos em Lisboa e Vale do Tejo os seguintes centros de saúde: Sete Rios, Lapa, Paço d’Arcos, Algés, Cascais, Parede, Amadora, Monte Abraão, Póvoa de Stº Adrião, Moscavide, Alverca, Azambuja, Benavente, Almada, Seixal, Alcochete, Moita, Barreiro, Sesimbra, Palmela, S. Sebastião, Nazaré, Bombarral, Caldas da Rainha, Mafra, Torres Vedras, Lourinhã, Cadaval, Sobral de Monte Agraço, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Rio Maior e Santarém.

Também aos domingos há ligeiras diferenças nos horários consoante as unidades, mas a maioria está aberta até às 18:00 ou até às 20:00.

Em 2016
O Serviço Nacional de Saúde gastou 2,2 mil milhões de euros com medicamentos em 2016, mais de um quarto do seu orçamento, e que...

Segundo as estatísticas do medicamento de 2016, hoje divulgadas, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) continua a ser o maior cliente, dominando 74,6% do mercado dos 16.421 medicamentos com autorização de venda, dos quais 9.639 são comparticipados, especialmente os que tratam doenças cardiovasculares e do sistema nervoso central.

No ambulatório (doentes que não são internados), foram gastos 1.189 milhões de euros, mais sete milhões que em 2015, e os encargos dos doentes diminuíram 1,8%, atingindo 697 milhões de euros.

Foram dispensadas 155,9 milhões de embalagens, um aumento de quase um milhão em relação ao ano anterior.

A venda de genéricos no SNS atingiu 64,5 milhões de embalagens, mais cerca de 500 mil do que em 2015, representando a maior fatia das 72,1 milhões de embalagens vendidas em Portugal no ano passado.

A maior parte destes genéricos custa menos de 10 euros.

De 2015 para 2016, o número de locais de venda de medicamentos sem receita aumentou de 1.134 para 1.221, segundo as estatísticas do medicamento, mas só se juntou uma farmácia nova ao total de farmácias, que chegou a 2.774.

Nos números encontra-se uma diminuição do número de habitantes por farmácia, que passou de 3.548 em 2015 para 3.536 em 2016.

No capítulo da fiscalização, entre 2012 e 2016 foram analisados 1.930 medicamentos químicos, dos quais 1.211 genéricos, e foram levantados 536 processos por suspeita de falsificação.

Publicado em Diário da República
Os reclusos vão passar a estar abrangidos por uma rede de referenciação de prestação de cuidados de saúde hospitalares em casos...

O despacho conjunto dos ministérios da Justiça e da Saúde, que entra em vigor a 04 de fevereiro, estabelece um modelo que permite a deslocação dos profissionais de saúde dos hospitais aos estabelecimentos prisionais e aos centros educativos para prestarem cuidados de saúde à população reclusa.

Esta rede de referenciação surge como modelo de prevenção, diagnóstico e tratamento dos reclusos enquanto utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS), em matéria de doenças infecciosas, como a infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) e pelos vírus da hepatite.

O despacho determina também a celebração, no prazo de 45 dias a contar da sua entrada em vigor, de um protocolo entre os estabelecimentos hospitalares e prisionais para permitir que os reclusos passem a realizar testes de rastreio de VIH e hepatites virais.

Nesse sentido, os reclusos vão passar a realizar testes de rastreio de VIH e hepatites virais “à entrada do estabelecimento prisional no momento da avaliação clínica inicial, assim como anualmente, ao longo da execução da pena ou medida privativa da liberdade, e ainda no momento anterior à sua libertação”.

A realização destes testes de rastreio é da responsabilidade das respetivas prisões e a sua atividade deve ser registada nos sistemas de informação do SNS.

Administração Regional de Saúde
Trinta e cinco centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo vão ter horário alargado durante a semana até finais de janeiro e...

O anúncio foi feito hoje pelo presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo que, em declarações aos jornalistas, apresentou o “reforço dos centros de saúde”, tendo em conta o período de inverno e o esperado pico da gripe.

Além dos 35 centros de saúde, que estarão abertos até às 22:00 durante a semana, estarão 47 unidades a funcionar ao sábado e 37 abertas ao domingo.

A ARS de Lisboa e Vale do Tejo estima que este alargamento de horários vigore até 28 de janeiro e indica que irá publicar a listagem dos centos de saúde com horário alargado no seu site da internet.

Raríssimas
A nova presidente da Associação Raríssimas disse hoje que a sua prioridade é esclarecer a situação financeira da instituição,...

Margarida Laygue falava hoje na Casa dos Marcos, na Moita, durante a cerimónia de tomada de posse do cargo para o qual foi eleita na quarta-feira, durante uma Assembleia-Geral Extraordinária da Raríssimas - Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras.

A nova direção foi eleita a partir de uma lista apresentada por pais e funcionários da instituição.

“As nossas prioridades são esclarecer a situação financeira, manter o financiamento e apoios previstos nos próximos meses, fazer o diagnóstico de toda a situação, traçar um plano de ação claro, focado e com metas e transparência”, disse a nova presidente da associação.

“As nossas prioridades são esclarecer a situação financeira, manter o financiamento e apoios previstos nos próximos meses, fazer o diagnóstico de toda a situação, traçar um plano de ação claro, focado e com metas e transparência”, disse a nova presidente da associação, explicando que assumiu o compromisso “pelas continuidade da Raríssimas e por ser mãe de uma menina com uma doença rara”.

Na sua curta intervenção, Margarida Laygue reforçou também que é prioridade da nova direção “retomar a confiança de todos os parceiros” referindo-se em concreto a utentes, famílias, associados, colaboradores, Estado, mecenas e “todos os portugueses”.

Para concretizar estes desígnios “com concentração e serenidade”, a nova presidente da Raríssimas, adiantou que agora é o momento de a instituição ter o seu espaço “para agir e conseguir inverter a situação”.

“A palavra de ordem para a nossa direção será a transparência para que consigamos todos avançar. Teremos todo o gosto de prestar declarações a todos os órgãos de comunicação social mas numa fase mais tarde. Pedimos a compreensão no sentido de nos deixarem reunir toda a informação e traçar todos os planos para que consigamos avançar”, adiantou.

A direção que hoje tomou posse tem ainda como vice-presidente Mafalda Costa e Rui Pedro Ramos como tesoureiro.

A Assembleia-Geral elegeu ainda por voto secreto a nova presidente do Conselho Fiscal, Ana Paula Soares, que é diretora de recursos humanos e mãe de um menino com doença rara.

Esta nova direção visa substituir a que era liderada por Paula Brito da Costa, que se demitiu da presidência da Raríssimas após uma reportagem da TVI em que se levantavam suspeitas sobre a sua gestão..

Paula Brito da Costa foi constituída arguida no âmbito da operação Raríssimas desenvolvida pela Polícia Judiciária e Ministério Público.

A operação está a ser conduzida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

A investigação da TVI mostrou documentos que colocam em causa a gestão da instituição de solidariedade social, nomeadamente de Paula Brito da Costa, que alegadamente terá usado o dinheiro para diversos gastos pessoais.

O caso provocou a demissão do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que foi consultor da Raríssimas.

Entidade Reguladora da Saúde
A maioria dos 159 hospitais avaliados pela Entidade Reguladora da Saúde em 2017 obteve classificação de excelência clínica,...

O Sistema Nacional de Avaliação em Saúde da Entidade Reguladora (SINAS), cuja segunda avaliação de 2017 foi hoje divulgada, é um sistema que afere a qualidade global dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, neste caso das unidades hospitalares.

Na dimensão de excelência clínica, dos 159 estabelecimentos abrangidos 127 tiveram classificação. Destes, 112 (70%) conseguiram a atribuição da estrela correspondente ao primeiro nível de avaliação.

Das unidades avaliadas, 87 são públicas, 47 privadas e 26 pertencem ao setor social.

Nesta dimensão de excelência Clínica foram avaliadas as unidades com internamento em várias áreas, incluindo Angiologia e Cirurgia Vascular, Cardiologia (Enfarte Agudo do Miocárdio), Cirurgia de Ambulatório, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia do Cólon, Cuidados Intensivos, Cuidados Transversais, Ginecologia, Neurologia (AVC), Obstetrícia (partos e cuidados pré-natais), ortopedia e pediatria.

Segundo a avaliação da ERS, foi verificada uma melhoria dos valores de referência de alguns dos indicadores da pediatra, da neurologia relativa ao acidente vascular cerebral, da cardiologia referente ao enfarte agudo do miocárdio, também da área da obstetrícia, cirurgia de ambulatório, cuidados intensivos e avaliação da dor aguda.

Relativamente à dimensão da qualidade Segurança do Doente – Procedimentos de Segurança, a ERS destaca que dos 159 prestadores, 106 conseguiram a atribuição da estrela correspondente ao primeiro nível de avaliação.

No que se refere à dimensão Adequação e Conforto das Instalações, a percentagem de unidades que cumpriram todos os parâmetros de qualidade exigidos no primeiro nível de avaliação voltou a descer em 2017, o que já tinha acontecido em 2016, depois de ter atingido o máximo em 2015.

Das 159 unidades, 111 conseguiram obter o primeiro nível de avaliação em 2017, o que dá 70% do total, a percentagem mais baixa desde 2013.

Na dimensão da Satisfação do Utente, que apenas averigua se há uma cultura de avaliar a satisfação dos utilizadores, foram 86% os prestadores que afirmaram realizar inquéritos de satisfação.

Investigação
Cientistas sequenciaram o genoma de uma estirpe viral da hepatite B encontrada no corpo mumificado de uma criança que morreu no...

Anteriores análises aos restos da criança, enterrados na basílica de Santo Domenico Maggiore, em Nápoles, Itália, sugeriam que tivesse sido infetado com o vírus da varíola, com a cara apresentando marcas aparentemente deixadas pelas pústulas da doença.

No entanto investigadores da universidade McMaster, no Canadá, analisaram pequenas amostras de pele e de tecido ósseo e conseguiram identificar fragmentos de DNA viral.

A análise do genoma revelou que se tratava do vírus da hepatite B, que afeta o fígado e que pode também causar erupção cutânea, de acordo com a investigação publicada hoje na revista científica norte-americana PLOS Pathogens.

A descoberta vem confirmar que a hepatite B afeta a humanidade há muito tempo e que o vírus pouco se alterou nos últimos 450 anos, disse Hendrik Poinar, geneticista da universidade McMaster e principal autor.

Estes dados “mostram a importância da análise molecular para identificar a presença de agentes patogénicos do passado, o que nos permite determinar melhor há quanto tempo eles infetam os humanos” e como evoluíram ao longo do tempo, acrescentou.

“Quanto mais determinarmos como se desenvolveram as pandemias e os surtos infecciosos no passado, melhor compreendemos como é que esses vírus se propagam hoje, o que nos vai ajudar a controla-los melhor”, disse o investigador.

A hepatite B infeta cerca de 350 milhões de pessoas em todo o mundo e provoca quase um milhão de mortes todos os anos.

Ministério da Saúde
O Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO), formado por três unidades hospitalares, foi reforçado com 155 médicos internos...

Os médicos que entraram em funções, 101 internos do Ano Comum e 54 da Formação Específica, foram repartidos pelos hospitais de São Francisco Xavier, Egas Moniz e de Santa Cruz.

Com a admissão dos médicos internos, o Ministério da Saúde adianta, em comunicado, que se confirma a “vocação (do CHLO) como um dos grandes centros para o ensino pré e pós-graduado e um exemplo da boa prática clínica”.

Os internos da Formação Específica foram colocados em várias especialidades, entre as quais anestesiologia, cardiologia, cirurgia geral e plástica, doenças infeciosas, oncologia médica, patologia clínica, psiquiatria e pneumologia.

O reforço do quadro de profissionais de saúde com os 155 médicos internos tem sido uma prática de anos anteriores.

Na última semana do ano
O serviço de urgência do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho registou um acréscimo de 25% no afluxo de utentes na...

Numa nota, o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) aponta que "de todos os doentes, mais de 60% estão a ser atendidos dentro dos tempos-alvo preconizados, com grande esforço dos profissionais" e refere que as infeções respiratórias graves são o principal fator de afluxo.

Em causa estão as infeções de origem bacteriana ou vírica (gripe tipo B), o que leva a que "70% dos casos tratados nas urgências sejam considerados graves ou muito graves".

Neste centro hospitalar, na última semana do ano, o fluxo de doentes muito graves tem conduzido a cerca de 40 internamentos diários, especifica a nota.

Quanto a tempos de espera, de acordo com a prioridade clínica dada a cada utente, este varia ente os 20 minutos e as quatro horas.

"O serviço de urgências do CHVNGE tem ativos, por hora, mais de 200 episódios de urgência", refere o hospital, enumerando que os tempos médios de resposta são 20 minutos para prioridade clínica ‘laranja', 01:54 minutos para prioridade clínica ‘amarela' e 04:13 para prioridade clínica ‘verde'.

"O aumento da oferta em internamento, determinado no plano de contingência, está a ser devidamente acompanhada pela tutela", garante, por fim, o CHVNG/E.

Ontem, em conferência de imprensa, as autoridades de saúde admitiram que tem havido uma maior pressão sobre as urgências nos últimos dias e que até há hospitais a suspender a atividade cirúrgica programada, mas consideram que são ajustamentos pontuais e rejeitam disfunção nos serviços.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, reconheceu que os últimos dias têm sido "uma época de pressão nos serviços", mas salientou que é necessário diferenciar entre "haver pressão e haver disfunção".

Também Ricardo Mestre, responsável da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), apontou para o "aumento da procura dos serviços de urgência", mas considera que os hospitais têm estado a responder de forma adequada.

Aumento de internamentos
O Centro Hospitalar Lisboa Norte acionou o Plano de Contingência e abriu 40 camas para internamento, após um aumento médio de...

A procura do serviço de urgência acentuou-se nas últimas três semanas e cerca de 60% dos utentes atendidos na urgência central são de fora da área de influência direta daquele centro hospitalar.

“Nas últimas 24 horas, registaram-se cerca de 900 episódios de urgência, nos três serviços de urgência do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), uma pressão que tem exigido bastante dos nossos profissionais que têm correspondido em pleno”, afirma em comunicado o centro, adiantando que foi acionado o Plano de Contingência Interno, que criou uma área específica para dar resposta ao aumento de internamentos.

“Nos últimos dois dias a taxa de internamento passou de 10,6% para 12,2%, em linha com o crescimento da complexidade dos doentes e das comorbilidades próprias da sua elevada faixa etária”, lê-se no documento.

Os serviços confirmaram 68 casos de gripe, dos quais 44 ficaram internados: “À data de hoje temos 27”.

O CHLN contratualizou também cerca de 60 camas externas para continuar a assegurar cuidados a doentes, que embora estejam em condições de ter alta hospitalar, aguardam vaga na Rede de Cuidados Continuados Integrados ou constituem casos sociais.

Atualmente, o CHLN tem 120 camas ocupadas por cidadãos nesta situação.

“Além do esforço de gestão de altas e da procura de resposta em tempo útil para os casos sociais e/ou de cuidados continuados, poderá o Conselho de Administração do CHLN acionar a última fase do Plano de Contingência Interno, ou seja, podemos começar a ocupar camas cirúrgicas e a reprogramar cirurgias”, revelou a estrutura de saúde.

DGS
Portugal está já em epidemia de gripe, mas a atividade gripal é leve a moderada e o vírus dominante a circular dá geralmente...

Em conferência de imprensa, Graça Freitas disse que a região norte está com atividade gripal moderada enquanto nas restantes regiões de Portugal Continental a atividade ainda é leve.

Os dados das autoridades de saúde revelam que nesta época gripal foram internados em cuidados intensivos 15 doentes, oito dos quais na última semana, o que indicia o aumento da atividade gripal.

O vírus dominante atualmente em circulação é do tipo B, o que Graça Freitas considera “uma boa noticia”, porque geralmente a intensidade é menor do que nos vírus de tipo A.

A vacina que tem sido administrada em Portugal não contem uma das estirpes do vírus B que está a ser dominante, contudo a DGS garante que a vacina é efetiva e que, mesmo que não impeça a doença, reduz as suas complicações.

A mortalidade está dentro da linha do que é esperado para estes meses, apesar de a DGS não ter adiantado dados concretos nesta conferência de imprensa.

Administração Regional de Saúde
A região Norte vai aumentar a resposta da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados para 12.200 admissões anuais, devido...

Em comunicado, aquela entidade explica que este “alargamento da resposta” vai ser o resultado dos contratos a assinar na sexta-feira com a associação Kastelo, em Matosinhos, o Centro Paroquial de Promoção Social e Cultural de Darque, em Viana do Castelo, DELAPO (Acolhimento, Apoio e Assistência Social de Delães, Ldª), de Braga, bem como com as misericórdias de Bragança, Mirandela, São Miguel de Refojos (Cabeceiras de Basto) e Vale de Cambra.

No total, estas entidades vão ter mais 237 camas para cuidados continuados, devido a um “compromisso financeiro anual da RNCCI para a região de aproximadamente 47 milhões de euros”, descreve a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N).

“Com este investimento, a região Norte aumenta a sua capacidade de resposta para 12.200 admissões na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) por ano”, acrescenta a estrutura desconcentrada do Ministério da Saúde.

A mesma entidade esclarece que esta aposta é possível devido à “publicação do despacho nº 11482-A/2017, de 27 de dezembro”.

De acordo com a ARS-N, com “a formalização dos documentos”, as “entidades subscritoras e a população alvo passam a dispor de uma capacidade instalada mais alargada nas diferentes tipologias da Rede na região Norte”.

A ARS-N diz estarem em causa 32 camas no Centro Paroquial de Promoção Social e Cultural de Darque (Viana do Castelo), 27 camas na DELAPO (Acolhimento, Apoio e Assistência Social de Delães, Lda. (Braga) e 55 na Santa Casa da Misericórdia de Bragança.

A isto somam-se 42 camas na Santa Casa da Misericórdia de Mirandela, 31 na Santa Casa da Misericórdia de São Miguel de Refojos (Cabeceiras de Basto), 30 na Santa Casa da Misericórdia de Vale de Cambra e 20 no Kastelo.

Para dar luz verde a estes processos, o Ministério da Saúde/ARS-N e o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em cerimónia presidida pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, vão assinar novos contratos no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), na sexta-feira, pelas 11:00.

Desenvolvido no Porto
Um investigador do Instituto Superior de Engenharia do Porto desenvolveu um sistema móvel e de baixo custo, que monitoriza e...

"A medicação intravenosa é administrada com frequência pelos profissionais de saúde, sobretudo quando os fármacos não podem ser aplicados por via intramuscular ou subcutânea, ou quando a via oral não é possível", indicou o engenheiro Fábio Borges, recém-mestre em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP).

Contudo, continuou, apesar da utilização deste tipo de dispositivos ser constante, esta requer cuidados de monitorização permanentes dos fluxos administrados, dos valores registados e do estado do equipamento, o que implica uma alocação intensiva de profissionais de saúde aos pacientes.

A tecnologia desenvolvida por Fábio Borges funciona como um apoio e um complemento ao equipamento de administração intravenosa manual, visto que através da mesma é possível monitorizar o fluxo administrado ao paciente e comunicá-lo a um servidor, com recurso a um protocolo ‘wireless' (rede sem fios).

Nesse servidor, existe uma base de dados que regista e armazena as amostras retiradas ao longo do tempo, na qual estão também definidos e identificados os valores de fluxo que deve ser administrado a cada paciente e a margem de erro admissível para cada caso, explicou o investigador.

Ao nível do utilizador, existe uma interface gráfica que permite verificar remotamente a ocorrência de valores anómalos, assim como gerir cada dispositivo, adaptando os valores quando necessário, em tempo real, acrescentou.

Além do auxílio prestado aos cuidadores e profissionais de saúde, este produto possibilita a deteção de anomalias, como é o caso de obstruções e da administração de quantidades fora dos valores previstos.

Desta forma, é possível "reduzir a necessidade de uma vigilância intensiva e física por parte dos cuidadores, resultando assim numa melhoria da qualidade dos serviços de saúde prestados", contou o engenheiro.

De acordo com o investigador, a utilização de tecnologias de baixo custo permite atingir um maior número de pacientes que necessitem deste tipo de cuidados, sem comprometer a qualidade e eficiência do produto.

Fábio Borges acredita que este projeto pode dar origem a uma linha de produtos, visto que, para além da monitorização da medicação pela via intravenosa, pode ser adaptado para uma monitorização regular da temperatura corporal ou da oximetria (quantidade de oxigénio transportado na circulação sanguínea), por exemplo, bastando para isso alterar o sensor em causa.

Os resultados deste projeto, desenvolvido no centro de prestação de serviços do ISEP-TID (Tecnologia, Investigação e Desenvolvimento), estão a ser validados junto de unidades de saúde, estando o responsável a desenvolver uma aplicação móvel para consulta dos registos.

Transexuais
A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género apresentou uma queixa no Departamento de Investigação e Ação Penal contra o...

Em causa está um artigo de opinião de José António Saraiva, publicado no dia 01 de janeiro no Sol, com o título “E se um homem se sentir galinha”, em que defende que as cirurgias para mudança de sexo deviam de ser proibidas.

Num comunicado publicado no seu site, a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), organismo tutelado pelo gabinete da Secretária de Estado da Igualdade, manifesta o seu “repúdio pela gravidade das declarações proferidas pelo jornalista José António Saraiva”.

O texto “é profundamente atentatório da dignidade das pessoas transexuais e a sua mensagem é suscetível de favorecer a prática de atos de violência homofóbica e transfóbica”, afirma a CIG, que tem por missão garantir a execução das políticas públicas no âmbito da cidadania e da promoção e defesa da igualdade de género, incluindo em matéria de orientação sexual e identidade de género.

Para a CIG, esta situação é “agravada pela amplificação que decorre da sua divulgação num meio de comunicação de âmbito nacional, podendo o mesmo configurar a prática de crimes de discriminação sexual e de instigação à prática de crimes, designadamente contra a liberdade e a autodeterminação sexual”.

“São crimes públicos e, portanto, de denúncia obrigatória”, sublinha o organismo no comunicado.

Neste contexto, “e sem prejuízo de considerar que a liberdade de expressão é um dos direitos, liberdades e garantias consagrados” na Constituição, a CIG decidiu apresentar queixa no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) contra o Sol, para que “o Ministério Público proceda às diligências que considere necessárias para o apuramento de eventual responsabilidade criminal no que diz respeito à discriminação e incitamento ao ódio e à violência contra pessoas transexuais.

A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género adianta ainda que vai participar os factos à Entidade Reguladora para a Comunicação Social, à Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas e ao Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, para que “atuem em conformidade”.

Associação Inspirar o Futuro
A Associação Inspirar o Futuro inicia no próximo dia 8 de janeiro o roadshow Yorn Inspiring Future, que passará por escolas...

Chegados ao final do ensino secundário, os jovens têm uma decisão a tomar: continuar os estudos ou ingressar no mercado de trabalho. O Projeto Yorn Inspiring Future, pelas mãos da Associação Inspirar o Futuro, surge como resposta social à lacuna identificada: a dificuldade dos jovens em definir, com consciência, o próximo passo.

Esta associação, sem fins lucrativos, foca-se sobretudo numa atuação preventiva e no terreno, trabalhando lado a lado com a comunidade escolar, através de eventos de orientação profissional de apoio direto aos alunos. O Yorn Inspiring Future promove, desta forma, o autoconhecimento dos alunos e a continuidade dos seus estudos para o ensino superior, procurando ser voz ativa contra o desemprego jovem.

A inauguração deste roadshow será no dia 8 de Janeiro de 2018, na Escola Secundária Sá da Bandeira, em Santarém, e contará com a presença de Maria Fernanda Rollo, Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

No total, serão abrangidas 250 escolas secundárias que nos distritos de Leiria, Lisboa, Santarém e Setúbal irão abranger mais de 19 mil jovens; já nos distritos de Aveiro, Braga, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu abrangerão mais de 17 mil jovens. Estas atividades surgem na continuação da presença do Yorn Inspiring Future, durante Outubro e Novembro, nos restantes distritos do país. Neste ano lectivo, o Yorn Inspiring Future terá impacto na vida de mais de 42 mil jovens.

Este projeto, direcionado para os alunos do ensino secundário – mais concretamente 12º ano –, tem revelado a sua eficácia no impacto social gerado através da medição da capacidade de proatividade, motivo pelo qual um grande número de escolas secundárias a nível nacional já adotou a iniciativa.

Dados os resultados alcançados, o Yorn Inspiring Future conseguiu obter um financiamento de 720 mil euros de investidores privados que acreditam no impacto positivo que este projeto tem para a sociedade, e do Portugal 2020, através do instrumento de financiamento Parcerias para o Impacto do Portugal Inovação Social.

Violência sexual
Cinquenta e oito crianças foram violadas entre 20 de dezembro e 02 de janeiro em Moçambique, indica o Ministério da Saúde.

"Na presente quadra festiva destacaram-se as faixas etárias no intervalo de 0-14 anos como sendo as mais acometidas, com um total de 58 casos, correspondente a 50% de todos os casos de violência sexual", refere o documento.

Durante este período, as autoridades moçambicanas registaram 115 casos de violência sexual, contra 154 do mesmo período do ano passado.

Não houve registo de mortes como resultado dos casos de violência sexual.

No geral, de acordo com o documento, o Ministério da Saúde de Moçambique registou, entre 20 de dezembro e 02 de janeiro, 8.707 ocorrências, que resultaram em 46 óbitos.

As causas das mortes são principalmente acidentes de viação e agressões, segundo o documento, que destaca uma redução de 1% no número de casos registados pelas autoridades, quando comparado com o mesmo período do ano passado.

"Os acidentes de viação continuam a ser a maior e a principal causa de óbitos, ocupando 85% de todos casos de trauma em 2017/2018 e 64 2016/2017", refere o documento.

Dados do Instituto Nacional dos Transportes Terrestres indicam que de janeiro a setembro de 2017 foram registados 1.478 acidentes de viação, que mataram 1.057 pessoas em todo país.

Em 2016, por sua vez, o país registou 1.379 óbitos em 1.688 acidentes de viação.

Em média, ainda segundo os dados, cinco pessoas morrerem diariamente vítimas de acidentes de viação nas estradas moçambicanas.

Estudo
Uma equipa internacional de cientistas, incluindo a portuguesa Luísa Figueiredo, concluiu numa experiência com ratinhos que a...

Segundo o estudo, publicado na revista Nature Communications, a Tripanossomíase Humana Africana, vulgarmente conhecida como doença do sono, "resulta de um distúrbio do ritmo circadiano, causado pela aceleração dos relógios biológicos que controlam diversas funções vitais, além do sono", refere um comunicado do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, em Lisboa, instituição na qual Luísa Figueiredo é investigadora e coordenadora do laboratório de Biologia do Parasitismo.

A doença do sono, que "ameaça dezenas de milhões de pessoas nos países da África Subsariana", é transmitida pela picada da mosca tsé-tsé, infetada com o parasita "Trypanosoma brucei".

Para Luísa Figueiredo, citada no comunicado, a doença "não é especificamente um distúrbio do sono".

O trabalho de investigação, que resulta de uma colaboração entre o laboratório da cientista portuguesa e o do investigador Joseph Takahashi, da Universidade de Southwestern, nos Estados Unidos, revela que o relógio biológico dos ratinhos infetados "avança mais rapidamente, o que leva a uma inversão dos ciclos do sono e a uma anormalidade hormonal e na temperatura corporal, semelhante ao que se observa em doentes com a doença do sono".

Face aos resultados obtidos na experiência, será necessário saber em diante, de acordo com Luísa Figueiredo, o que altera o ritmo do relógio biológico na doença do sono.

"Será uma secreção do parasita ou uma molécula produzida pelo hospedeiro em resposta à infeção? Conhecer a fonte irá ajudar-nos a ter um melhor entendimento da doença e potencialmente bloquear os efeitos", afirmou, citada pelo Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes.

Para a equipa científica, a possível descoberta dos genes do relógio biológico afetados pela doença do sono poderá ajudar a desenvolver novos tratamentos, alternativos aos atuais, à base de um composto de arsénico, que são tóxicos e, por vezes, fatais para os doentes.

A investigação agora publicada segue um outro estudo, divulgado em março de 2017, em que a dupla Luísa Figueiredo e Joseph Takahashi mostrou que o parasita da doença do sono tem um relógio biológico, sendo mais vulnerável à medicação durante a tarde.

Após entrar no corpo, o parasita "Trypanosoma brucei" causa sintomas como ciclos de sono invertidos, febre, fraqueza muscular e comichão. O parasita pode atacar o sistema nervoso central e, dependendo dos seus subtipos, "matar o seu hospedeiro em poucos meses ou vários anos", refere a nota do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes.

No novo estudo, os cientistas concluíram que os sintomas da doença podem aparecer logo após a infeção, "mesmo antes de os parasitas se acumularem em grande número no cérebro".

Em 2018
O Centro Hospitalar Cova da Beira abriu as portas no dia 2 de janeiro para acolher os novos médicos internos que vão...

Para o ano de 2018, o CHCB recebe ao todo 45 novos médicos internos, sendo 36 de ano comum e 9 de formação específica, estes últimos para se especializarem nas áreas de Cirurgia Geral, Endocrinologia, Medicina Interna, Ortopedia, Patologia Clínica, Pediatria e Pneumologia.

Na sessão de boas vindas aos jovens médicos, esteve presente o Presidente do Conselho de Administração do CHCB, Dr. João Casteleiro, a Diretora do Internato Médico do CHCB, Dra. Arminda Jorge, o Adjunto do Diretor Clínico, Dr. Carlos Gomes, o Presidente da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI, Prof. Doutor Miguel Castelo Branco e a Diretora do Internato Médico do Aces Cova da Beira, Dra. Marli Loureiro.

A colocação destes médicos no Centro Hospitalar Cova da Beira é reveladora da capacidade formativa desta unidade de saúde e representa um contributo essencial para a melhoria da qualidade dos cuidados assistenciais prestados aos utentes.

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