Estudo revela:
Uma dieta vegetariana acompanhada por um rigoroso programa de exercício físico, ioga e meditação travou o envelhecimento...

O impacto de uma profunda mudança de estilo de vida no combate ao envelhecimento foi comprovado por um estudo da Universidade da Califórnia, hoje divulgado na publicação científica Lancet Oncology.

Os resultados são significativos pois mostram mesmo uma inversão do processo, embora tenham por base uma reduzida amostragem, e os especialistas advirtam que são necessários mais dados para conclusões mais firmes.

O estudo teve por base na observação de 35 homens, 10 dos quais efectuaram a profunda alteração de estilo de vida, que consistiu na adopção de uma dieta vegetariana e de um rigoroso programa de exercício físico, complementado por técnicas de relaxação como ioga e meditação, revela a edição online do Expresso.

Ao fim de cinco anos, os cientistas constataram significativas diferenças entre os dois grupos quanto ao envelhecimento celular em termos genéticos.

A informação genética protegida pelos telómeros

As mudanças foram detectadas nas cápsulas protectoras situadas na ponta dos cromossomas chamadas telómeros - estruturas constituídas por fileiras repetitivas de proteínas e ADN não codificante que formam as extremidades dos cromossomas.

Os telómeros protegem a perda de informação genética durante a divisão celular, mas à medida que se envelhece e as células se dividem os telómeros vão ficando mais pequenos, enfraquecendo a integridade da estrutura e levando a que as células parem de dividir-se e morram.

No grupo dos que adoptaram o novo estilo de vida, os telómeros aumentaram em média 10%, enquanto nos restantes foi registado uma diminuição média de 3%.

Entre os problemas relacionadas com o envelhecimento e a diminuição dos telómeros surgem doenças cardíacas e diversos tipos de cancro.

Investigação da Universidade de Coimbra:
Investigadores de Coimbra estão a desenvolver um estudo sobre o impacto da exposição a nanopartículas de prata, muito...

A investigação, que está a ser feita no Mitolab, "laboratório de referência internacional no estudo da mitocôndria”, pretende avaliar "se a exposição continuada a nanopartículas de prata, muito utilizadas em equipamentos militares, é prejudicial à saúde humana”, afirma a Universidade de Coimbra (UC).

Para analisarem a evolução do nível de toxicidade no interior das células, os investigadores recorreram a "um conjunto de modelos animais (ratinhos)”, que foram expostos a "diferentes concentrações de nanopartículas de prata, durante dez semanas”, adianta a UC.

O contacto permanente dos animais com nanopartículas de prata "permite apurar se há bioacumulação e quais os seus efeitos junto das células de órgãos vitais do organismo como rins, coração, fígado e pulmões”, refere Carlos Palmeira, líder da investigação, sublinhando que a investigação visa "perceber quais as células afectadas (se há algum tipo de especificidade), e em que medida, de forma a estudar medidas profiláticas”.

Esta pesquisa surge na sequência de um estudo realizado em 2008 e 2009 "em linhas celulares, após um exigente processo de verificação das condições técnicas e de segurança do Mitolab”, por parte de cientistas daquele departamento da Força Aérea norte-americana, e que concluiu que "o contacto continuado com nanocompostos de prata afecta a capacidade da mitocôndria de exercer a sua função de produção de energia, necessária para a manutenção das funções vitais celulares”.

Face aos resultados estão obtidos, foi diligenciada esta nova investigação, agora em modelos animais, no sentido de "decifrar em que medida a função da mitocôndria fica comprometida e quais os danos gerados nos principais órgãos do organismo”.

Com essa informação, será possível "acautelar os cuidados necessários ao uso deste tipo de material na construção de equipamentos”, sublinha Carlos Palmeira.

Envolvendo uma equipa de sete investigadores da UC, liderada pelo catedrático Carlos Palmeira, o trabalho para o Departamento de Investigação Científica da Força Aérea Americana (US Air Force Office of Scientific Research) é financiado pelo European Office of Aerospace Research and Development (EOARD), "elo de ligação entre a comunidade científica e a Força Aérea, a nível mundial”.

Estudo
Um estudo elaborado a pedido da Ordem dos Médicos revela que em 2025 vão ser necessários menos 400 médicos especialistas, o que...

O Estudo de Evolução Prospectiva de Médicos no Sistema Nacional de Saúde (SNS), elaborado pela Universidade de Coimbra para a Ordem dos Médicos, aponta para uma "ligeira redução do número de médicos necessários para suprir as necessidades de funcionamento do sistema de saúde em 2025".

Os autores apuraram a necessidade, em 2025, de "menos cerca de 400 médicos especialistas (menos 1,6 por cento do efectivo profissional em idade activa existente em 2011)".

Cientistas identificam:
Uma equipa de pesquisadores norte-americanos identificou uma ligação genética para o risco de desenvolvimento de leucemia...

Um grupo de investigadores, formado por membros do Centro Oncológico Memorial Sloan-Kettering, da Universidade de Washington, do Hospital de Pesquisa Infantil St. Jude e de outras instituições norte-americanas identificou uma ligação genética para o risco de desenvolvimento de leucemia linfoblástica aguda, um tipo de tumor que afecta o sangue e que é frequente em idade pediátrica. As conclusões foram publicadas na revista Nature Genetics.

O artigo onde é descrito o estudo indica que os profissionais de saúde descobriram uma ligação genética depois de terem identificado uma mutação em duas famílias não relacionadas entre si, tratadas em diferentes hospitais.

A mutação herdada surge associada a um gene conhecido como PAX5, sobre o qual já tinham recaído suspeitas de ligação a alguns tipos de cancro que afectam as células B, tais como a leucemia linfoblástica aguda. A pesquisa mostra que a mutação interfere com a forma como o gene actua normalmente. Ao estudar os indivíduos com a mutação, a equipa descobriu que uma das duas cópias do PAX5 não estava presente; em vez disso, cada participante tinha apenas a versão que sofreu a mutação.

Kenneth Offit, um dos autores do estudo, do Memorial Sloan-Kettering, disse que a descoberta pode ajudar as famílias afectadas a impedirem o desenvolvimento da leucemia nas gerações futuras.

Embora os resultados do estudo tenham identificado uma base genética para este tipo de leucemia na infância, os investigadores sublinham a necessidade de descobrir agora a percentagem de doentes que têm uma mutação PAX5.

Começa a ser testada em humanos
Investigadores da Universidade Harvard anunciaram o início dos testes em seres humanos de uma nova vacina desenvolvida para...

Vai começar a ser testada em humanos uma nova vacina desenvolvida para tratar o melanoma, o tumor de pele mais mortal. A vacina usa uma técnica inovadora de implante que pode levar ao desenvolvimento de diversos tratamentos contra outros tumores. A maioria das vacinas terapêuticas contra cancro que estão sendo desenvolvidas hoje em dia envolve a retirada de células do sistema imunológico dos voluntários. Em laboratório, os médicos modificam essas células para serem capazes de identificar e atacar os tumores e as reintroduzem no sangue do paciente. A vacina desenvolvida na Universidade Harvard, no entanto, pretende fazer essa alteração nas células imunológicas sem retirá-las do corpo, revela o RCM pharma.

Os investigadores desenvolveram uma pequena esponja em forma de disco que pode ser implantada sob a pele do doente. Ali, ela é capaz de recrutar e reprogramar as células do sistema imunológico — sem a necessidade de levá-las até um laboratório.

A nova abordagem já foi testada em camundongos em 2009, em um estudo publicado na revista Science Translational Medicine. Após a aplicação de duas doses da vacina, houve regressão dos tumores em 50% dos camundongos.

Os investigadores afirmam que só foi possível chegar tão rápido aos testes clínicos em seres humanos graças à equipa multidisciplinar que trabalha na tecnologia, que inclui cientistas, engenheiros e médicos. "É raro vermos uma nova tecnologia testada em laboratório chegar tão rapidamente à fase de ensaios clínicos humanos. Estamos muito animados com essa velocidade e com o potencial da vacina”, disse Glenn Dranoff, investigador da Universidade Harvard.

O recrutamento de participantes para a primeira fase dos ensaios clínicos já começou e deve durar até 2015. Não deverá envolver um grande número de voluntários e vai servir para avaliar a segurança da vacina em seres humanos. Depois disso, ainda deve passar por mais estudos, para que possa chegar aos consultórios médicos.

Agudos e transitórios
Ideias delirantes, alucinações, perturbações das percepções e desorganização do comportamento são al
Psicose

Uma psicose (ou transtornos psicóticos) é definida como a incapacidade de distinguir entre a experiência subjectiva e a realidade externa, ou seja, existe uma perda de contacto com a realidade. Assim, os transtornos psicóticos indicam uma perda de contacto com a realidade, o real. Existem vários subtipos de psicoses no entanto, de uma forma geral a pessoa que atravessa uma crise psicótica pode ter alucinações, delírios, mudanças comportamentais e pensamento confuso. O grau desta perda de contacto com a realidade depende da intensidade da psicose.

Os sintomas estão aliados a uma carência de visão crítica que leva o indivíduo a não reconhecer o carácter estranho de seu comportamento. Assim, ele tem sérias dificuldades nos relacionamentos sociais e em executar as tarefas quotidianas.

Contudo, quando não estão em crise, os doentes cuidam de si mesmos, preocupam-se com sua qualidade de vida, alimentam desejos sexuais, desempenham bem seus papéis sociais, interagindo com o outro sem problemas.

A psicose pode ter início quando a pessoa começa a relacionar-se com objectos irreais, modificando as suas atitudes, ideias e visões do mundo em função desse relacionamento. A partir daí a realidade vai perdendo significado e passa a cismar com situações absurdas ou com pessoas que não existem, embora continue a viver no mundo real.

Uma reacção psicótica pode ser provocada por uma grande quantidade de agressores do sistema nervoso. As pessoas podem passar por experiências transitórias de alucinações, por exemplo, sem que se caracterize uma psicose permanente, com consequências para a vida toda.

Segundo o DSM – Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, guia de diagnósticos utilizado amplamente nos EUA -, a psicose é considerada um sintoma de uma perturbação mental, mas não como uma doença em si mesma. De acordo com este mesmo manual, a psicose é dividida em dois tipos – funcional, como a esquizofrenia e as doenças afectivas, e orgânicas, como resultado de uma demência ou de intoxicações.

Vários tipos de transtornos psicóticos

Transtorno esquizofreniforme

Os doentes com transtorno esquizofreniforme apresentam um quadro clínico muito parecido com a esquizofrenia. A diferença deve-se ao tempo limitado em que os sintomas persistem. Ou seja, os sintomas devem estar presentes por mais de um mês, porém os doentes não devem ultrapassar seis meses com o quadro.

A remissão (melhora) deve ocorrer durante esse período, sendo que quanto mais curto for o episódio, melhor é o prognóstico. O prejuízo social ou ocupacional em função dos seus sintomas pode estar presente ou não. Os doentes que persistem com os sintomas psicóticos por um período superior a seis meses podem vir a ter o diagnóstico de esquizofrenia.

Mais ou menos metade destes doentes é mais tarde diagnosticada com esquizofrenia. Este transtorno ocorre mais comummente naquela pessoas que têm familiares com esquizofrenia ou transtorno afectivo bipolar (ou transtorno maníaco depressivo) e muitos, inclusive, depois de acometidos pelo transtorno esquizofreniforme, mantém o diagnóstico de bipolaridade.

A causa exacta desta doença é desconhecida e o tratamento é similar ao da esquizofrenia, geralmente necessitando de hospitalização para a realização de diagnóstico e tratamento mais adequados.

Transtorno esquizoafectivo

O transtorno esquizoafectivo é uma doença de grave comprometimento cerebral, onde o doente apresenta tanto a esquizofrenia como o distúrbio bipolar, ao mesmo tempo ou alternado. Ou seja, estes doentes apresentam sintomas de esquizofrenia, "misturados" com sintomas da doença bipolar (antigamente conhecida como psicose maníaco-depressiva) ou de depressão. Os sintomas podem surgir juntos ou alternadamente.

Ocorre na adolescência ou início da idade adulta e costuma ter uma evolução mais benigna que a esquizofrenia. O tratamento consiste em internamento hospitalar, medicação e intervenções psico-sociais. A terapêutica medicamentosa utilizada é a mesma que a usada no tratamento da depressão e da doença bipolar, assim como antipsicóticos.

Transtorno delirante

A característica essencial do transtorno delirante é a presença de um ou mais delírios não bizarros que persistem pelo menos por um mês. Normalmente o funcionamento social destes doentes não está prejudicado, apesar da existência do delírio, habitualmente interpretativos, egocêntricos, sistematizados e coerentes. Pode ser de prejuízo, de perseguição ou de grandeza, impregnado ou não de tonalidade erótica ou com ideias de invenção ou de reforma. Também é frequente o delírio de ciúme, mais frequente nas mulheres.

Estes doentes diferem dos esquizofrénicos por não serem tão gravemente comprometidos no seu comportamento e linguagem.

Antigamente este transtorno recebia o nome de paranóia, associando o nome da doença aos delírios persecutórios. Porém, hoje sabe-se que esses pacientes podem apresentar outros tipos de conteúdo delirante, dividindo o diagnóstico em diferentes subtipos:

Tipo erotomaníaco

Delírio cujo tema central é que uma pessoa está apaixonada pelo doente. Este delírio geralmente refere-se mais a um amor romântico idealizado ou uma união espiritual do que propriamente uma atracção sexual;

Tipo grandioso

Delírios de possuir um grande talento, conhecimento ou ter feito uma importante descoberta ainda que isso não seja reconhecido pelas demais pessoas. Pode tomar a forma também da convicção de ser amigo de um presidente ou ser portador de uma mensagem divina;

Tipo ciumento

Delírios de que está a ser traído pelo cônjuge;

Tipo persecutório

Delírios de que está ser alvo de algum prejuízo;

Tipo somático

Delírios de que possui alguma doença ou deficiência física;

Tipo misto

Delírios anteriormente citados misturados;

Tipo inespecífico

Delírios diferentes dos descritos.

O tratamento destes casos é feito com medicamentos antipsicóticos e psicoterapia. No entanto, pode haver necessidade, em algumas situações, de recorrer a internamento hospitalar, principalmente em situações em que há presença de riscos (agressão, suicídio, exposição moral).

Transtorno psicótico breve

O transtorno psicótico breve pode ter um quadro clínico muito parecido com a esquizofrenia ou com o transtorno esquizofreniforme, apresentando delírios, alucinações e linguagem ou comportamento desorganizado. Esta é uma perturbação cujos sintomas podem ir de apenas um dia até a um mês, melhorando completamente dentro desse período sem deixar sintomas residuais.

Esta perturbação pode ocorrer na adolescência ou no inicio da idade adulta, acontecendo em média ao final da década dos 20 ou início dos 30. Um diagnóstico deste tipo obriga à identificação completa de todos os sintomas e um retorno ao nível pré-mórbido de funcionamento no espaço de um mês após o início da perturbação.

O tratamento inclui medicamentos antipsicóticos e pode, eventualmente, ser necessário internamento hospitalar em casos mais graves. A evolução destes quadros costuma ser benigna com total remissão dos sintomas.

Transtorno psicótico compartilhado (Folie à Deux, co-dependência)

Trata-se de uma situação rara na qual uma pessoa começa a apresentar sintomas psicóticos (delírios), a partir da convivência próxima com um doente psicótico.

Geralmente ocorre dentro de uma mesma família, entre cônjuges, pais e filhos ou entre irmãos. O tratamento consiste em separar as duas pessoas. Se houver persistência dos sintomas, pode ser necessário usar medicamentos antipsicóticos. A psicoterapia e terapia familiar também ajudam no tratamento e prevenção.

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Um olhar sobre a Esquizofrenia

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Perguntas e respostas
Conheça a resposta às perguntas mais frequentes sobre Hepatite C.
Hepatite C

 

O que é a hepatite C?
A hepatite é uma inflamação do fígado acompanhada por lesão das suas células, causada pelo vírus da hepatite C, que é constituído por ácido ribonucleico (RNA), e possui pelo menos seis tipos ou genótipos.

 

 

Qual é a sua frequência?
Estima-se que existam cerca de 150 mil portugueses que sofrem de hepatite C crónica, no entanto, a maioria não sabe que tem a doença. Calcula-se que apenas 20 a 30 por cento dos doentes estejam identificados.

Como se transmite o vírus da hepatite C?
A transmissão do vírus da hepatite C ocorre principalmente através de sangue contaminado. Durante muito tempo a transfusão de sangue foi a responsável pela contaminação de muitos indivíduos, antes de se iniciar o rastreio do vírus da hepatite C, que começou a realizar-se de forma sistematizada em 1992.

Outro meio fortemente contagioso do vírus é a toxicodependência, devido à partilha do material habitualmente usado no consumo intravenoso de drogas: agulhas, seringas, algodão ou a própria colher onde é preparada. Aqueles que “snifam” através do mesmo tubo podem contrair esta forma de hepatite, se houver contacto com lesões das mucosas nasais.

De um modo geral, todo o material partilhado não devidamente esterilizado, pode ser um veículo de transmissão do vírus, nomeadamente: lâmina de barba, escova de dentes, piercing, tatuagem, acupunctura, depilação ou material médico. A hepatite C não se dissemina pela saliva nem através dos alimentos. A via sexual é um meio possível mas raro (cerca de 2 a 5 por cento). A transmissão vertical, isto é, de Mãe para filho, é rara durante a gravidez e acontece provavelmente no parto. Este risco está aumentado se a Mãe estiver infectada pelo vírus HIV. Não há evidência que o aleitamento materno seja um modo de contaminação do vírus.

Quem deve fazer o rastreio do vírus da hepatite C?

Têm indicação prioritária para serem rastreados em relação ao vírus da hepatite C:

- Todos aqueles que tenham a suspeita clínica de uma hepatite;

- Todas as pessoas que tenham realizado um transfusão de sangue antes de 1992;

- Aos toxicodependentes e aos ex-consumidores (de drogas endovenosas);

- A todos aqueles que lidam com doentes infectados com o vírus da hepatite C (companheiro, parceiro sexual e filhos);

- Pessoas que apresentem persistentemente transaminases (TGO e TGP) isto é enzimas do fígado elevadas, sem causa conhecida;

- Reclusos ou ex-reclusos.

Também devem ser submetidos ao rastreio:

- Indivíduos seropositivos para o HIV;

- Aqueles que foram submetidos algum procedimento médico ou outro com a suspeita de utilização de material reutilizável não devidamente esterilizado, nomeadamente piercing, tatuagens, acupunctura, etc;

- Profissionais de saúde com história de acidente de picada com objectos cortantes.

O que significa a carga viral (RNA-HCV quantitativo)?
A carga viral corresponde à quantidade de partículas víricas em circulação. Os seus níveis no sangue são habitualmente estáveis durante a evolução da infecção, permitindo saber quais os doentes que recidivaram após o tratamento, com os níveis de RNA-HCV a voltarem aos valores anteriores depois de uma negativação transitória. Cerca de 20 por cento dos pacientes que se submetem ao tratamento não têm êxito. Aqueles que têm menor carga vírica têm maior probabilidade de sucesso terapêutico.

Quando se considera que a hepatite C é crónica?
Define-se infecção crónica por vírus da hepatite C, quando o RNA-HCV se mantém positivo em duas determinações consecutivas com um intervalo mínimo de seis meses. Se o RNA-HCV for negativo, não se pode diagnosticar uma hepatite crónica, apesar de o anticorpo (anti-HCV) ser positivo.

Quais os factores que agravam a evolução da hepatite C crónica?
O álcool e a idade em que se contrai a doença são os principais factores agravantes da evolução da hepatite C. O álcool favorece a replicação do vírus e diminui as defesas imunitárias. Quanto mais idoso for o doente no momento do contacto com o vírus mais rapidamente progride a doença.

Qual é a diferença entre hepatite crónica ligeira e hepatite crónica activa?
Mais de metade dos pacientes que apresentam a cronicidade da hepatite C, não desenvolvem a actividade da doença, isto é, sofrem de hepatite crónica ligeira. Apenas em 35 por cento dos pacientes a hepatite progride (hepatite crónica activa), verificando-se nestes casos um aumento das transaminases e queixas de cansaço. Destes indivíduos, 20 por cento evolui para cirrose. Contudo a hepatite crónica ligeira pode tornar-se activa, sendo o contrário menos frequente.

A hepatite C pode curar-se espontaneamente?
Calcula-se que 15 a 45 por cento dos doentes que contraírem hepatite C aguda curam espontaneamente, o que acontece muito raramente nos casos de hepatite C crónica. Os doentes que erradicaram o vírus naturalmente (sem tratamento) mantém o anticorpo (anti HCV) no sangue, distinguindo-se do portador do vírus pela negativação repetida da carga viral (RNA-HCV quantificada).

Existe vacina contra a hepatite C?
Não existe actualmente vacina disponível contra o vírus da hepatite C. A variabilidade do vírus dificulta a descoberta de uma vacina eficaz contra o vírus da hepatite C.

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Saiba quais são os factores de risco
Uma doença profissional é aquela que resulta directamente das condições de trabalho.
Doenças profissionais

 

 

 

 

 

 

Doenças por agentes químicos

Tóxicos inorgânicos:

  • Chumbo e seus compostos e ligas;
  • Mercúrio e seus compostos e amálgamas;
  • Arsénio e seus compostos tóxicos;
  • Manganés e seus compostos;
  • Cádmio e seus compostos e ligas;
  • Flúor e seus compostos;
  • Fósforo e seus compostos;
  • Hidrogénio arseniado;
  • Sulfureto de carbono;
  • Óxido de carbono;
  • Ácido sulfídrico;
  • Ácido cianídrico e seus derivados tóxicos.

Tóxicos orgânicos:

  • Benzeno, tolueno, xileno e outros homólogos do benzeno;
  • Derivados nitratos e cloronitratos dos hidrocarbonetos benzénicos;
  • Derivados nitratos do tuluol e do fenol;
  • Pentaclorofenol e pentaclorofenolato de sódio;
  • Aminas aromáticas (anilinas e seus homólogos, benzidina e homólogos, fenilenadiaminas e homólogos, ami-nofenóis e seus ésteres, naftilaminas e homólogos, assim como os derivados hidroxilados, halogenados, clorados, nitrosos, nítricos e sulfonados daqueles produtos);
  • Fenilidrazina;
  • Derivados halogenados tóxicos de hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos (cloreto de metileno, tricloroetano ou metilclorofórmio, dicloroetileno, tricloroetileno, tetracloroetileno, dicloro-1-2-propano, cloronaftalenos, clorobenzenos, clorobifenis e seus derivados dibenzo p-dioxinas cloradas);
  • Brometo de metilo;
  • Cloreto de metilo;
  • Hexano;
  • Tetracloreto de carbono;
  • Tetracloreto de etano;
  • Isocianatos orgânicos;
  • Cloreto de vinilo;
  • Fosfatos, pirofosfatos e tiofosfatos alquílicos, arílicos, alquiralílicos e fosfoamidas;
  • Nitroglicerina e outros ésteres do ácido nítrico;
  • Álcoois;
  • Glicóis;
  • Acetonas.

Doenças do aparelho respiratório

  • Sílica;
  • Amianto;
  • Carvão, grafite, sulfato de bário, óxido de estanho, óxido de ferro, talco, outros silicatos e sais de metais duros;
  • Cortiça, madeira, berílio e seus compostos tóxicos, sulfato de cobre, algodão, cimento, pesticidas, cereais, farinha;
  • Poeiras e aerossóis com acção imunoalérgica e ou irritante.

Doenças cutâneas

Por produtos industriais:

  • Cimentos;
  • Cloronaftalenos;
  • Crómio e seus compostos tóxicos;
  • Alcatrão de hulha, breu de hulha e óleos antracénicos;
  • Sesquissulfureto de fósforo;
  • Lubrificantes e fluidos de arrefecimento;
  • Óxidos e sais de níquel;
  • Aldeído fórmico e seus polímeros;
  • Aminas alifáticas e alicíclicas;
  • Fluoreto duplo de berílio e sódio;
  • Enzimas proteolíticas;
  • Resinas epoxi e seus constituintes;
  • Madeiras exóticas.

Por medicamentos:

  • Cloropromazina;
  • Estreptomicina e seus sais;
  • Penicilina e seus sais;

Por produtos químicos e biológicos não referidos nos números anteriores:

  • Agentes físicos, químicos e biológicos, alérgenos ou irritantes cutâneos não incluídos nos outros quadros.

Por fungos:

  • Dermatóficos;
  • Candida albicans e outras espécies do mesmo género potencialmente patogénicas;
  • Sporotricum schenckii;
  • Madurella micetomi, Monosporium apiospermum e Nocardia asteroides e outras espécies.

Doenças provocadas por agentes físicos

Por radiações:

  • Radiações ionizates;
  • Radiações infravermelhas;
  • Radiações ultravioletas;
  • Iluminação insuficiente e outros factores.

Por ruído:

  • Pressão superior à atmosférica;
  • Vibrações (transmitidas por máquinas-ferramentas ou por ferramentas, peças e objectos com elas associados);

Por agentes mecânicos:

  • Pressão sobre bolsas sinoviais devida à posição ou atitude de trabalho;
  • Sobrecarga sobre bainhas tendinosas, tecidos peritendinosos, inserções tendinosas ou musculares, devido ao ritmo dos movimentos e à posição ou atitude de trabalho;
  • Pressão sobre nervos ou plexos nervosos devida à posição ou atitude de trabalho;
  • Pressão sobre a cartilagem intra--articular do joelho devida à posição de trabalho (período mínimo de exposição: três anos).

Doenças infecciosas e parasitárias

Por bactérias e afins:

  • Bacilo tetânico;
  • Brucelas;
  • Bacilos da tuberculose e outras microbactérias;
  • Estreptococo suis;
  • Bacilo do carbúnculo;
  • Rickettsias;
  • Meningococo;
  • Estreptococos;
  • Estafilococos;
  • Shigelas;
  • Psudomonas aeruginosa;
  • Treponema pallidum;
  • Enterobacteriáceas;
  • Salmonelas;
  • Listeria monocytogenes;
  • Erysipelothrix rhusiopathiae;
  • Francisella tularensis;
  • Chlamydia trachomatis;
  • Chlamydia psittaci;
  • Borrelias;
  • Pasteurelas;
  • Leptospiras;

Por vírus:

  • Vírus da raiva;
  • Vírus da hepatite (todos os agentes): Vírus da hepatite A, Vírus da hepatite B, Vírus da hepatite C, Outros vírus;
  • Vírus da poliomielite;
  • Vírus varicela-zoster;
  • Vírus da rubéola;
  • Vírus do sarampo;
  • Vírus da parotidite;
  • Entamoeba histolítica;
  • Ancilostoma duodenal;
  • Echinococcus granulosus;
  • Trichinella spiralis.

Por parasitas:

  • Entamoeba histolítica;
  • Ancilostoma duodenal;
  • Echinococcus granulosus;
  • Trichinella spiralis.

Por fungos:

  • Cryptococcus neoformans;

Agentes biológicos causadores de doenças tropicais:

  • Plasmodium (todas as espécies);
  • Shistosomas (todas as espécies);
  • Oncocercos;
  • Tripanosomas;
  • Vibrio cholerae;
  • Vírus de Lassa, vírus de Ébola e de Marburg. Vírus do Congo-Crimeia e Hantavírus.
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Após as férias
Embora nem todas as pessoas sejam afectadas do mesmo modo pela mudança de horários, o cérebro precisa de um a cinco dias para...

O cérebro precisa de um a cinco dias para se readaptar aos horários depois das férias, porque pausas prolongadas acentuam os distúrbios do sono e do humor, afectando sobretudo as crianças até aos cinco anos e os idosos. A análise é da doutorada em psicologia clínica e professora da Universidade Internacional de La Rioja (UNIR) Blanca Tejero.

O regresso às aulas e ao trabalho permite a recuperação da rotina, com horários que põem ordem nas vidas das crianças e dos adultos, mas há pessoas que sofrem de forma extrema quando voltam ao trabalho, às aulas ou às actividades quotidianos após um período de descanso, assinala Blanca Tejero.

"A mudança de horários e o final das férias acentuam alterações no sono e no humor”, sublinha, sustentando que o cérebro precisa de entre um a cinco dias para se reajustar e que durante esse período se pode registar cansaço, distúrbios no sono e no estado de ânimo.

Segundo a especialista, "o desajuste ocorre devido a mudanças nos níveis de hormonas no hipotálamo, um relógio biológico interno”, que dá indicações sobre, por exemplo, a fome, a sede, o tempo de relaxação e a sensação de plenitude. Também regula a secreção das hormonas melatonina, que regula o processo de sono e de vigília, e serotonina, relacionada com o estado de ânimo.

Blanca Tejero diz que nem todas as pessoas são afectadas do mesmo modo pela mudança de horários, considerando que a readaptação é mais difícil no caso dos mais velhos e dos menores de cinco anos.

Criado teste genético
O nível de actividade de três genes vinculados ao envelhecimento permitiria prever se um cancro da próstata se desenvolverá...

Três biomarcadores genéticos usados de forma conjunta, em combinação com os testes existentes, podem ajudar os médicos a determinar melhor a evolução de um cancro da próstata de forma precoce para recomendar uma "vigilância activa" e evitar uma biópsia ou a ablação da glândula, revelam os resultados de um estudo norte-americano.

"A maior parte dos 200 mil cancros da próstata diagnosticados todos os anos nos EUA tem uma evolução lenta e permanecerá assim", afirma o doutor Cory Abate Shen, professor de urologia e oncologista da Faculdade de Medicina de Columbia, em Nova Iorque, e principal autor dos trabalhos publicados na revista americana Science Transnational Medicine."Estes marcadores genéticos poderiam permitir eliminar a incerteza actual quanto à natureza do cancro da próstata no diagnóstico e assegurar aos pacientes um tratamento adequado", acrescentou.

"O problema trazido pelos testes de detecção actuais são a sua incapacidade para identificar o fraco percentual de tumores de próstata que se tornarão agressivos e se espalharão a outros órgãos", revelou o doutor Mitchell Benson, presidente da cátedra de Urologia da Faculdade de Medicina de Columbia e co-autor do estudo.

Os três genes identificados – FGFR1, PMP22 e CDKN1A – são particularmente afectados por senescência (envelhecimento) celular, um processo conhecido por ter um papel importante na supressão do tumor e vinculado a tumores benignos de próstata em humanos e roedores. Quando estes três genes estão presentes, o risco de tumor de próstata é menor, afirmaram os investigadores.

Os cancros da próstata que dão negativo com os três genes novamente identificados são, portanto, de natureza agressiva.

Os cientistas provaram a exactidão do teste com amostras procedentes de biópsias realizadas anteriormente em tumores de próstata de 43 doentes que foram acompanhados durante pelo menos 10 anos. Todos tinham sido inicialmente diagnosticados com cancro da próstata de baixo risco. Destes 43 doentes, 14 acabaram por desenvolver um tumor avançado e todos foram identificados por este teste genético.

"Este teste preliminar conseguiu prever sem erro quais os doentes diagnosticados com um tumor canceroso da próstata de baixo risco que acabariam por desenvolver um cancro avançado", afirmou o doutor Abate-Shen.

Publicado:
Cientistas europeus publicaram um estudo sobre a variação genética em populações humanas graças à sequência do ácido...

O ácido ribonucleico é vulgarmente definido como sendo o material genético ou a molécula que dirige as fases da síntese de proteínas.

O estudo, inserido no projecto Genetic European Variation in Health and Disease, é coordenado por Xavier Estivil, do Centro de Regulação Genómica de Barcelona, e resultou de uma investigação das causas genéticas da diferenciação entre as pessoas na resistência a certo tipo de doenças, revela o JN Online.

A pesquisa, que foi publicada na revista Nature e Nature Biotechnology, oferece um maior conjunto de dados sobre o genoma humano (ADN) e a actividade funcional destes genes ao nível do ácido ribonucleico.

O estudo foi desenvolvido por 50 cientistas de nove centros de investigação europeia, entre eles espanhóis do Centro Nacional de Análises Genómicas (CNAG) de Barcelona e da Universidade de Santiago de Compostela.

Compreender como o genoma de cada um o torna, mais ou menos, susceptível de sofrer certas doenças é um dos grandes desafios científicos, pelo que os investigadores estudam os diferentes perfis genéticos e a influência que determinados genes têm no controlo de certas doenças.

Este estudo sequencial do ácido ribonucleico incidiu sobre as células de 462 pessoas, de forma a formar um inédito catálogo com 1000 genomas humanos. "A riqueza da variação genética que influi na regulação dos nossos genes surpreendeu-nos", afirmou Tuuli Lappainen, actual investigadora da Universidade de Stanford.

O conhecimento das variações genéticas responsáveis pela actividade dos genes humanos pode converter-se numa poderosa chave para o diagnóstico, prognóstico e intervenção em várias doenças, assinalou Emmanouil Dermitzakis, professor na Universidade de Genebra. Permite ainda, na opinião do investigador, compreender os mecanismos causadores das doenças e preparar tratamentos para o futuro.

Resultados de estudo:
Estudo revela que teste ao hálito pode ser uma forma rápida e não invasiva de detectar o cancro do pulmão.

O hálito pode dizer muito sobre uma pessoa. Pode ser indicador de problemas bucais ou outros, pode denunciar o consumo de um ou outro alimento e, de acordo com um grupo de investigadores da Universidade da Letónia, pode ainda ser usado como teste de diagnóstico para um dos tumores que mais mata em todo o mundo: o do pulmão.

Dizem os especialistas, que a recolha de amostras do hálito de pessoas em risco de sofrer da doença pode ser uma forma rápida e não invasiva de diagnosticar o problema. Investigações anteriores já tinham confirmado que há animais capazes de detectar a presença de doenças através do hálito.

O que os cientistas têm tentado fazer é replicar esta capacidade, traduzindo-a numa espécie de ‘nariz electrónico, com a capacidade de detectar a presença de compostos voláteis orgânicos presentes no bafo. Embora ainda não tenha sido possível identificar quais destes compostos estão ligados especificamente a uma doença, o que este estudo comprova é que é possível diferenciar entre o cancro do pulmão e outras doenças respiratórias.

Quando a resposta sexual não é satisfatória
A maioria das pessoas sente, em alguma fase da sua vida, dificuldades nas relações sexuais.
Mulher sentada na cama com o homem a dormir ao lado

As disfunções sexuais designam os vários problemas no desenvolvimento da resposta sexual humana, que se evidenciam de maneira persistente ou repetida, impedindo o desfrutar de uma vida sexual satisfatória. Quando estas dificuldades associadas ao funcionamento sexual são ocasionais, habitualmente são normais e não são de grande preocupação. No entanto, quando são persistentes e se mantêm durante muito tempo costumam causar bastante frustração e mal-estar à pessoa que tem essas dificuldades e/ou ao casal que é afectado por elas. Estas dificuldades ou problemas podem incluir, por exemplo, uma falta de interesse pelas actividades sexuais em geral, uma dificuldade de ficar excitado ou de atingir um orgasmo.

Tipo de dificuldades

Embora as alterações que possam ser consideradas como disfunções sexuais sejam várias e de difícil definição, convém classificá-las. Assim, de acordo com as classificações que normalmente regem a sexologia moderna, as disfunções são classificadas consoante o ciclo normal da resposta sexual humana e, dadas as diferenças que esta adopta em ambos os sexos, conforme se trate de problemas específicos da mulher ou do homem.

Ciclo de resposta sexual

A resposta sexual pode ser dividida em várias fases. As dificuldades e os problemas associados às relações sexuais podem ocorrer ao nível de qualquer uma destas fases ou, então, podem estar associados a sensações dolorosas durante a relação sexual.

Fases do ciclo de resposta sexual Descrição
Desejo Consiste em fantasias acerca da actividade sexual e no desejo de actividade sexual.
Excitação Consiste numa sensação subjectiva de prazer sexual acompanhada por modificações fisiológicas correspondentes.
Orgasmo Consiste num pico de prazer sexual, acompanhado da libertação da tensão sexual e da contracção rítmica de músculos e dos órgãos reprodutores.
Resolução Consiste numa sensação generalizada de relaxamento muscular e bem-estar. Durante esta fase os homens não podem ter uma nova erecção e orgasmo durante um período de tempo variável. Ao contrário, a mulher pode ser capaz de responder a uma estimulação adicional, quase imediata.

Disfunções sexuais nas várias fases

Fase do ciclo de resposta afectada Disfunções femininas Disfunções masculinas
Desejo

Perturbação do desejo sexual hipoactivo

Aversão sexual

Perturbação do desejo sexual hipoactivo

Aversão sexual

Excitação Perturbação da excitação sexual na mulher Disfunção eréctil no homem (impotência)
Orgasmo Perturbação do orgasmo na mulher

Perturbação do orgasmo no homem

Ejaculação precoce

Dor

Dispareunia

Vaginismo

Dispareunia

Perturbações do desejo sexual

Perturbação do desejo sexual hipoactivo

Falta ou ausência de fantasias sexuais e desejo de actividade sexual. Normalmente, nota-se que a pessoa tem pensamentos, desejos e impulsos sexuais de forma menos frequente e que não (ou raramente) aproveita as oportunidades de ter actividade sexual. Normalmente, causa acentuado mal-estar ou dificuldade interpessoal.

Aversão Sexual

Caracteriza-se por uma resposta muito negativa à actividade sexual. Na maioria das vezes envolve reacções de ansiedade, medo ou nojo/repulsa em relação à actividade sexual. Como consequência, a pessoa com este tipo de reacção evita a actividade sexual. A aversão pode ocorrer em relação a qualquer tipo de actividade sexual (pode ser generalizada a todos os estímulos sexuais, incluindo beijar e tocar). É mais frequente nas mulheres.

Perturbações da excitação sexual

Disfunção eréctil no homem (impotência)

Incapacidade persistente ou recorrente de ter ou manter uma erecção adequada até completar a actividade sexual. Existem vários padrões: sujeitos que relatam uma incapacidade de obter qualquer erecção desde a primeira experiência sexual; sujeitos que têm uma erecção adequada e perdem-na quando tentam a penetração; sujeitos que têm uma erecção suficientemente firme para a penetração, mas que a perdem antes ou depois de iniciar os movimentos sexuais; alguns homens relatam que são capazes de ter uma erecção com a masturbação ou ao acordar.

Perturbação da excitação sexual na mulher

Incapacidade persistente ou recorrente para atingir ou manter o estado de excitação (a nível fisiológico) até completar a actividade sexual. Mulheres com esta perturbação experienciam pouca ou nenhuma activação subjectiva.

Perturbações do orgasmo

Perturbação do orgasmo na mulher

Atraso persistente ou recorrente, ou ausência de orgasmo a seguir a uma fase de excitação sexual normal.

Perturbação do orgasmo no homem

Atraso persistente ou recorrente, ou ausência de orgasmo a seguir a uma fase de excitação sexual normal.

Ejaculação precoce

Início persistente e recorrente do orgasmo e ejaculação com estimulação sexual mínima, antes, durante ou imediatamente após a penetração e antes que a pessoa o deseje.

Perturbações de dor sexual

Dispareunia

Dor genital que se associa à actividade sexual. É mais habitual que ocorra durante a penetração, no entanto também pode ocorrer antes ou depois da actividade sexual.

Vaginismo

Contracção involuntária, recorrente ou persistente do terço externo da vagina quando se tenta a penetração vaginal com o pénis, dedo, tampão ou espéculo.

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Os vários tipos
A vacinação assume-se como um dos maiores sucessos da saúde pública, constituindo o meio mais eficaz
Vacinas

As vacinas contêm antigénios, ou seja, substâncias derivadas ou quimicamente semelhantes a vírus ou bactérias que provocam doença, que quando administrada num indivíduo induz uma resposta imunitária protectora específica de um ou mais agentes infecciosos.

Ou seja, quando presentes no nosso organismo, não desencadeiam doença mas induzem o sistema imunitário a produzir proteínas de protecção (anticorpos) específicas para essas doenças. Assim, desenvolve-se protecção sem manifestação de doença. Isto é, deve desencadear uma reacção imunitária e não provocar a doença.

O antigénio da vacina é normalmente composto por microrganismos (vírus ou bactérias) completos, mortos ou atenuados, ou de um fragmento desses microrganismos, por exemplo, uma parte da parede celular de uma bactéria, uma toxina inactiva, etc. e que é apresentado em pequenas quantidades na dose da vacina, numa forma purificada, diluído num líquido estéril e, por vezes, combinado com adjuvantes, que amplificam a reacção imunitária.

Portanto, a vacina é uma medida de protecção que induz no indivíduo uma resposta imunitária como se tivesse sido realmente infectado pelo microrganismo. As vacinas são consideradas medicamentos, mas apresentam várias diferenças assinaláveis relativamente aos medicamentos clássicos. A vacinação assume-se como um dos maiores sucessos da saúde pública, constituindo o meio mais eficaz e seguro de protecção contra certas doenças. Além da protecção individual, a vacinação acarreta benefícios para toda a comunidade, pois quando a maior parte da população está vacinada interrompe-se a transmissão da doença.

Tipos de vacinas
Globalmente, consideram-se dois grandes tipos de vacinas:

Vacinas vivas atenuadas
O microrganismo (micróbio, normalmente bactéria ou vírus), obtido a partir de um indivíduo ou animal infectado, é atenuado por passagens sucessivas em meios de cultura ou culturas celulares. Esta atenuação diminui o seu poder infeccioso.

O microrganismo mantém a capacidade de se multiplicar no organismo do indivíduo vacinado (não causando doença) e induz uma resposta imunitária adequada. Normalmente, basta a administração de uma única dose para produzir imunidade para toda a vida (com excepção para as vacinas administradas por via oral).

As vacinas vivas atenuadas têm como desvantagem o risco de poder induzir sintomas (ainda que normalmente mais ligeiros) da doença que se pretende evitar e o risco de infecção do feto, no caso de vacinação de grávidas.

Exemplo de vacinas vivas atenuadas: BCG (vacina contra a tuberculose), vacina contra o rotavírus, vacina contra a varicela, VASPR (vacina contra o sarampo, papeira e rubéola) e vacina contra a febre-amarela.

Vacinas mortas ou inactivadas
Nas vacinas inactivadas os microrganismos são mortos por agentes químicos. A grande vantagem das vacinas inactivadas é a total ausência de poder infeccioso do agente (incapacidade de se multiplicar no organismo do vacinado), mantendo as suas características imunológicas. Ou seja, estas vacinas não provocam a doença, mas têm a capacidade de induzir protecção contra essa mesma doença.

Estas vacinas têm como desvantagem induzir uma resposta imunitária subóptima, o que por vezes requer a necessidade de associar adjuvantes ou proteínas transportadoras e a necessidade de administrar várias doses de reforço.

Tipos de vacinas inactivadas

1. Inteiras (de vírus ou bactéria intactos)

De que são exemplo a vacina contra a hepatite A, vacina contra a encefalite japonesa, vacina contra a cólera, vacina contra a raiva.

2. Fraccionadas (contêm pequenas fracções ou porções de vírus ou bactérias)

2.1. Sub-unitárias - Exemplos: vacina antigripal, vacina contra a cólera

2.2. Toxóide - Exemplos: vacina contra o tétano, vacina contra a difteria

2.3. Polissacarídicas - Exemplos: vacina antipneumocócica de 23 serotipos

2.4. Conjugadas - Exemplos: vacina meningocócica do serogrupo C, vacina antipneumocócica, vacina contra o Haemophilus influenzae tipo b

3. Novas vacinas - Existe ainda um grupo de novas vacinas que têm sido recentemente desenvolvidas por recombinação genética. Nestas vacinas, produzidas através de modernas técnicas de biologia molecular e engenharia genética, o antigénio é expresso (produzido) por outros microrganismos (por exemplo, leveduras). Exemplos destas vacinas incluem a vacina contra a hepatite B e a vacina contra o papilomavírus humano (HPV).

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Em doentes com cancro:
Estima-se que 30 a 90% dos doentes com cancro têm algum problema para dormir, inclusivamente após finalizar o tratamento. Este...

Intervenções como a realização de exercícios físicos são recomendados aos doentes com cancro e que têm algum problema para dormir, em conjunto com mudanças no estilo de vida, alimentação e medicamentos. A prática de yoga é apontada como potencial estratégia para melhorar a qualidade de vida neste grupo de doentes.

Um recente estudo publicado no Journal of Clinical Oncology avaliou 410 doentes (96% mulheres, 75% com cancro da mama) com desordens do sono após tratamento oncológico. Os participantes foram sorteados para um grupo de controlo, com medidas convencionais para resolução do problema para dormir ou para intervenção. Ou seja, além das medidas convencionais, realizavam 75 minutos semanais de yoga, envolvendo exercícios de respiração, postura e meditação. A qualidade do sono foi avaliada antes e após a intervenção, em ambos os grupos.

Todos os critérios avaliados com questionários padronizados, como qualidade no sono, tempo para adormecer e tempo total de sono, foram favoráveis para grupo que realizou a intervenção. A necessidade de uso de medicamentos para dormir reduziu 21% por semana no grupo que fez yoga contra aumento de 5% no grupo controle.

Os investigadores, da Universidade de Rochester nos EUA, concluíram que a prática de yoga é uma forma útil para controlo de distúrbios de sono na população avaliada.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 27 milhões de novos casos de cancro são esperados no mundo para o ano 2030 e 17 milhões de mortes ocorrerão como consequência desta doença e 75 milhões de pessoas vivas estarão já a conviver com o cancro.

Investigador acredita:
Um médico argentino revelou que acredita na cura da surdez daqui a 10 anos, com recurso a células estaminais.

O médico argentino Marcelo Rivolta, chefe de um grupo de investigação de problemas auditivos da Universidade de Sheffield, Reino Unido, calcula que a surdez ter cura dentro de uma década com recurso a células estaminais, noticia o ionline.

Rivolta, que participa num congresso mundial de doenças do ouvido em Alcalá de Henares, arredores de Madrid, disse que são precisos 10 anos de investigação com testes em animais de laboratório antes de avançar para humanos. O investigador revelou que um rato surdo começou a ouvir após o transplante de neurónios auditivos criados em laboratório.

Os progressos em relação ao projecto estão a ser desenvolvidos na Universidade de Sheffileld e serão comunicados hoje num congresso mundial que reúne mais de 180 especialista em questões de audição, em Alcalá de Henares.

"A minha exposição vai centrar-se nas explicações sobre a produção de células auditivas – cuja regeneração não é possível quando afectadas – a partir de células embrionárias para posterior transplante no ouvido, um processo que passa pela desconstrução para posterior construção em tubo de ensaio”, explicou.

Marcelo Rivolta vai também referir-se ao caminho que falta percorrer para que a terapia se aplique em casos de surdez provocada por envelhecimento, que afecta, na Europa, 40% da população com mais de 65 anos.

"Sobre a possível terapia, há coisas muito importantes que ainda não conhecemos: o que é que se pode passar, a longo prazo, com as células auditivas que criamos e transplantamos para o ouvido? Essas células mantêm-se? São totalmente seguras ou podem provocar tumores ou outros problemas” - questiona o investigador argentino.

As dúvidas sobre o tratamento devem dissipar-se com a realização de mais experiências durante os próximos 10 anos, com a partilha de informação e a ajuda de outros investigadores. "As descobertas científicas têm as suas dinâmicas próprias e isso é muito difícil de mudar”, afirmou referindo-se a outras áreas de interesse no campo da investigação médica. "A investigação sobre a audição compete com outras, em teoria, mais importantes, como a investigação sobre o cancro ou outras doenças terminais”, afirmou. Mesmo assim, a dimensão da população afectada pelos problemas auditivos é muito elevada e as complicações consideráveis no quotidiano, como a dificuldade das crianças na aprendizagem da língua ou casos de integração social no caso dos adultos, acrescentou o cientista.

Saiba tudo
A menopausa é o início de uma nova fase da vida da mulher onde continua a haver lugar para a sexuali
Casal de meia idade feliz

A menopausa é apenas o início de mais uma fase da vida da mulher em que se dá por terminada a sua capacidade reprodutiva. Isso não significa que a sexualidade da mulher tenha terminado com a chegada da menopausa.

Ter relações sexuais é um evento saudável e natural ao longo da vida da mulher. Apesar do número de vezes ou da capacidade na performance diminuir ligeiramente à medida que uma mulher envelhece, não significa que a intimidade e o sexo tenham que deixar de existir.

Certo é que a menopausa é um período crítico da sexualidade, uma vez que envolve múltiplos factores que actuam, simultaneamente, de forma positiva ou negativa, e favorecem mudanças profundas na saúde emocional e fisiológica da mulher. Para muitas a chegada da menopausa exige um processo de adaptação complexo.

A grande maioria das mulheres mais velhas sente uma diminuição na função sexual e no prazer. Por exemplo, a sua sexualidade pode ser afectada pela sua saúde, pela saúde do seu parceiro, pelas medicações que ambos tomam. Algumas mulheres podem mesmo não se interessar por sexo sequer.

Por outro lado, a saúde sexual nesta fase depende de factores orgânicos, tais como a saúde ginecológica, desde o controlo do pH da vagina, da existência de processos inflamatórios ou infecciosos, do perfil hormonal e a fase do ciclo funcional, bem como do contexto social e cultural, e da história sexual e conjugal da mulher e do casal. Em alguns casos os problemas conjugais estão na causa das dificuldades sexuais.

Contudo, a dificuldade sexual mais comum é a perturbação da excitação, o que corresponde à dificuldade em lubrificar, originando baixa no desejo sexual, aumento das relações sexuais dolorosas e dificuldade em atingir o orgasmo. No entanto, a maioria dos problemas que diminuem a sexualidade podem ser tratados. Por exemplo, os lubrificantes e a terapia hormonal em forma de creme ou loção podem ajudar as mulheres com o problema da secura vaginal. A medicação também pode ajudar os homens com impotência sexual. No entanto, aconselha-se que seja um especialista a indicar qual o medicamento indicado para o seu caso.

À mulher é aconselhado que faça uma consulta periódica com o ginecologista, pois é importante determinar os valores hormonais nesta fase e efectuar as respectivas correcções, seja com estrogénios e /ou testosterona, ou através da reposição hormonal (caso o mesmo indique), tratar os aspectos psicológicos em terapia, em caso de incontinência urinária, fazer fisioterapia para reabilitação do pavimento pélvico e tentar manter uma vida sexual activa.

Nesta nova fase da sua vida, para uma sexualidade saudável poderá sempre tirar partido de serem mais experientes e saber como agradar um ao outro. Podem ter mais privacidade e tempo do que quando tinham de trabalhar e criar os filhos. Por outro lado, podem mesmo desfrutar do sexo nesta altura da sua vida porque não há o risco de engravidar. Porém, tenha em mente que a necessidade de sexo seguro existe em qualquer fase da vida e continua a necessitar de se proteger de doenças sexualmente transmissíveis utilizando preservativo.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Saiba quais são
São vários os estados de pensamento ou comportamento que podem originar emergências psiquiátricas.
Mulher com ar angústiado

Consideram-se emergências psiquiátricas quaisquer alterações nos pensamentos, sentimentos ou comportamentos e que representam risco significativo para o doente ou outras pessoas em redor. Nesse sentido, o doente encontrar-se-á em crise devido alguma doença física - por exemplo, hemorragia cerebral -, secundária a substâncias com o álcool ou substâncias ilícitas, ou decorrente de doença mental, como mania ou esquizofrenia.

As emergências psiquiátricas incidem igualmente em homens e mulheres, pessoas solteiras ou casadas e cerca de 20 por cento dos doentes que procuram o hospital por condição psiquiátrica de emergência são suicidas e 10 por cento são violentos.

Os diagnósticos mais comuns envolvem depressão e mania, esquizofrenia, dependência de álcool e de substâncias ilícitas. Cerca de 40 por cento dos indivíduos atendidos em emergências psiquiátricas necessitam de internamento.

Ansiedade aguda e ataque de pânico

Os doentes apresentam sintomas intensos de angústia acompanhados de sintomas físicos como sudação excessiva, batimento cardíaco acelerado, sentir falta de ar, formigueiro nas mãos ou boca, tonturas, mal-estar geral com a sensação que vai morrer.

Habitualmente estes doentes procuram os serviços de emergências clínicas com receio de estarem a sofrer um enfarte. Nessa altura e após o diagnóstico correcto o doente é encaminhado para o atendimento psiquiátrico.

Delirium ou estado de confusão mental

Nestes casos a pessoa pode apresentar-se mais sonolenta ou mais agitada, tem dificuldade em prestar atenção ao que se passa ao seu redor e frequentemente tem alucinações (ver coisas que não existem).

Os sintomas desenvolvem-se rapidamente, porém a pessoa alterna períodos de melhoria e piora. Decorre de problemas clínicos diversos onde se inclui: desidratação, situação pós-cirúrgica, uso de determinada medicação, grandes traumas, traumatismo craniano, etc.. O mais importante nestes casos é tratar a causa clínica básica, ou seja, o que está a desencadear os sintomas. À medida que o quadro clínico melhora, os sintomas psiquiátricos também melhoram.

Psicoses agudas

Esta emergência psiquiátrica ocorre quando existe uma disfunção da capacidade de pensamento e processamento de informações. A pessoa fica fora da realidade, desorientada, muitas vezes não sabe quem é ou onde está, vê e ouve coisas que ninguém mais vê ou ouve (alucinações), acredita que alguém a persegue ou quer prejudicá-la ou acredita em coisas que não correspondem à realidade.

Há uma incapacidade de ser coerente em perceber, reter, processar, relembrar ou agir sobre informações de uma maneira consensualmente validada. Há uma diminuição da habilidade de mobilizar, deslocar, manter ou dirigir a atenção de acordo com a própria vontade. Uma das características principais do estado psicótico é a falha em quantificar e classificar a prioridade dos estímulos. A capacidade de agir sobre a realidade é imprevisível e diminuída, porque o paciente é incapaz de distinguir os estímulos externos os internos.

Perante tais quadros clínicos possíveis o doente tende a ficar agitado e agressivo, e que leva à necessidade de procurar um serviço de emergência.

Causas de emergência psiquiátrica

Muitas são as causas que podem levar a pessoa a apresentar um dos quadros acima descritos, entre elas:

  • Abuso de álcool e/ou drogas;
  • Abstinência de álcool e/ou drogas;
  • Doenças psiquiátricas como mania e esquizofrenia;
  • Transtornos neurológicos (problemas em certas áreas do cérebro);
  • Efeitos colaterais de alguma medicação;
  • Problemas clínicos - infecções, falta de oxigenação do sangue, tumores, derrame, problemas nos rins e no fígado, deficiência de vitaminas, traumatismos (lesões decorrentes de acidentes em geral), convulsões ou efeitos cerebrais pós-cirurgias.

Outras emergências psiquiátricas

  • Tentativas suicídios;
  • Alcoolismo;
  • Transtorno bipolar do humor;
  • Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos;
  • Fobia específica;
  • Transtornos de personalidade
  • Transtornos psiquiátricos relacionado com o uso de substâncias psicoactivas.

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Ataques de pânico

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Esteatose hepática
Conhecida popularmente como fígado gordo, a esteatose hepática caracteriza-se pelo excessivo acumula
figado gordo

O nosso fígado possui, normalmente, pequenas quantidades de gordura, que correspondem a cerca de 10% do seu peso. Quando a acumulação de gordura excede este valor, estamos perante um fígado que está a acumular gordura no interior do seu tecido. A esta condição dá-se o nome de esteatose hepática. Chama-se esteatose hepática porque o termo hepático é de origem grega e significa fígado. Esteato é o termo que indica relação com gordura. Portanto, esteatose hepática significa literalmente fígado gordo ou gordura no fígado.

Até 1980, acreditava-se que a esteatose hepática, também conhecida como fígado gordo ou gordura no fígado, era originada pelo consumo abusivo de álcool. Esta condição, tal como o próprio nome refere, ocorre por acumulação de gordura no fígado e, embora possa ser causada pelo consumo excessivo de álcool, também pode surgir em várias outras situações, como em pessoas com colesterol alto, com excesso de peso, em diabéticos, etc.

Alguns anos atrás acreditava-se que a acumulação de gordura no fígado era apenas causada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas e que a presença da esteatose era necessariamente danosa à saúde. Actualmente sabe-se que a esteatose hepática é uma situação muito comum e que pode ser causada por vários e diversos outros factores, que não apenas a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas.

Uma esteatose hepática ligeira - esteatose hepática grau 1 ou 2 - normalmente não causa sintomas ou complicações. A acumulação de gordura no fígado é ligeira e não origina a sua inflamação.

No entanto, quando a acumulação de gordura no fígado é maior e mais prolongada, os riscos de lesão hepática são maiores, uma vez que as células do fígado podem ficar inflamadas originando danos. A este quadro dá-se o nome de esteato-hepatite (ou hepatite gorda) e trata-se de uma condição bem mais preocupante, uma vez que cerca de 20% dos doentes evoluem para uma condição de cirrose hepática.

Assim, a esteatose hepática trata-se de um estadio anterior ao desenvolvimento da esteato-hepatite e que, tal como o seu próprio indica, é uma hepatite provocada por excesso de gordura no fígado.

De referir que nem todos os doentes com esteatose hepática evoluem para uma situação de esteato-hepatite. Em boa verdade, a maioria não o faz.

A principal causa de esteato-hepatite é o consumo de bebidas alcoólicas. Por isso, os especialistas distinguem os casos entre esteato-hepatite alcoólica e esteato-hepatite não alcoólica.

Causas do fígado gordo

Não são conhecidas com exactidão, as razões que levam alguns indivíduos a desenvolver esteatose hepática. Todavia existem algumas doenças que estão claramente ligadas a este facto. De referir:

  • A obesidade - Mais de 70% dos doentes com esteatose hepática são obesos. Quanto maior o excesso de peso, maior o risco.
  • A diabetes mellitus - Da mesma forma que a obesidade, a diabetes tipo 2 e a resistência à insulina estão também relacionados intimamente com a acumulação de gordura no fígado.
  • O colesterol elevado e níveis elevados de triglicéridos.
  • Os medicamentos - São vários os remédios que podem favorecer a esteatose, como os corticóides ou os anti-retrovirais, entre outros. Também o contacto com alguns tipos de pesticidas está relacionado com o desenvolvimento de esteatose hepática.
  • Uma desnutrição ou rápida perda de grande quantidade de peso.
  • As cirurgias abdominais, em especial o "bypass gástrico”, a remoção da vesícula ou a remoção de partes do intestino.
  • A gravidez.

De salientar que não é necessário padecer de alguma das condições acima citadas para sofrer de esteatose hepática. Mesmo pessoas magras, saudáveis e com baixa ingestão de álcool também podem tê-la, apesar de nestas situações ser menos comum.

Sabe-se que a esteatose hepática é mais comum no sexo feminino, provavelmente por acção do estrogénio.

Sintomas do fígado gordo

Habitualmente, a esteatose hepática não apresenta sintomas. Por isso, muitas vezes o diagnóstico é feito acidentalmente através de exames de imagem, como as ecografias ou as TAC (tomografia axial computadorizada) solicitadas por outros motivos.

Alguns doentes com esteatose hepática queixam-se de fadiga e sensação de peso no quadrante superior direito do abdómen. Todavia, não há evidências, que esses sintomas estejam relacionados com a acumulação de gordura no fígado. Há, inclusive, doentes com elevado grau de esteatose que não apresentam qualquer sintoma.

Esteatose hepática vs esteato hepatite

O que diferencia a acumulação de gordura benigna da esteatose hepática da acumulação de gordura prejudicial da esteato hepatite é a presença de inflamação no fígado. Ambos os quadros não costumam causar sintomas e clinicamente é impossível distingui-los.

Diagnóstico do fígado gordo

Conforme já foi referido, muitas vezes o diagnóstico é feito acidentalmente através de exames de imagem. Por isso, a história clínica, um exame físico e análises laboratoriais são imprescindíveis para a avaliação do doente. Para além disso, uma boa avaliação médica pode identificar a causa da lesão hepática.

As análises laboratoriais servem para avaliar o grau de lesão do fígado através das chamadas enzimas hepáticas (TGO e TGP ou AST e ALT) e de outros marcadores de doença do fígado, como a gama GT. Na esteatose hepática, as enzimas do fígado estão normais, enquanto na esteato-hepatite há aumento das mesmas.

Nem sempre, através dos exames de imagem, é possível diferenciar casos de esteatose da esteato-hepatite, principalmente em fase avançada. Por exemplo, através da ecografia consegue-se ver bem a gordura, mas esta não possui sensibilidade suficiente para se descartar ou confirmar a presença de inflamação no fígado.

Graus de esteatose hepática

Geralmente, é possível quantificar a quantidade de gordura acumulada no fígado através da ecografia.

Assim:

Esteatose hepática grau 1 (leve) - quando há uma pequena acumulação de gordura;

Esteatose hepática grau 2 - quando há acumulação moderada;

Esteatose hepática grau 3 - quando há grande acumulação de gordura no fígado.

Estes estadios não têm muito peso, uma vez que o mais importante é a presença ou não de inflamação no fígado. O doente pode ter esteatose grau 3 e não apresentar inflamação hepática, mesmo após 20 anos de acumulação de gordura, o que o coloca sob baixo risco de evolução para cirrose.

Biópsia hepática

O único modo de se diagnosticar uma esteato-hepatite, com certeza, é através da biopsia hepática. Este procedimento costuma ser indicado apenas nos doentes com sinais clínicos, radiológicos e/ou laboratoriais de lesão do fígado.

Os indivíduos com um esteatose leve não precisam ser biopsiados. Portanto, se num determinado doente, a ecografia sugere esteatose hepática, mas não apresenta sintomas e não tem sinais de lesão hepática, é necessário apenas o acompanhamento anual para avaliar a progressão da doença. Por outro lado, não há necessidade de repetir exames de imagem, uma vez que estes não são bons para avaliar a progressão da esteatose.

Se houver sinais de esteato-hepatite, com sintomas ou alterações nos exames laboratoriais, deve-se pensar na hipótese da biopsia e o doente deve ser reavaliado a cada seis meses.

Tratamento do fígado gordo

Não existe tratamento específico para esteatose, por isso o alvo devem ser os factores de risco acima referidos. Quer isto dizer que devem ser tomadas medidas para alteração dos hábitos de vida e eliminar as causas que lhe estão a provocar a esteatose.

A perda de peso é, talvez, a mais importante medida. Todavia, deve-se limitar a perda de peso ao máximo de 1,5 kg por semana, com o propósito de evitar um agravamento do quadro. A prática regular de actividade física também ajuda muito, na medida em que diminui o colesterol e aumenta o efeito da insulina.

Em doentes com obesidade mórbida, a cirurgia bariátrica pode ser uma opção.

O colesterol, a diabetes devem ser controlados e, se possível, substituir medicamentos que possam estar a contribuir para a esteatose.

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Estudo conclui
Um estudo recente sobre alterações climáticas conclui que o aquecimento dos oceanos está a diminuir a quantidade de...

O estudo indica que vai haver menos fitoplâncton (alga microscópica) nos oceanos, devido à menor quantidade de azoto, uma proteína que alimenta aquelas microalgas responsáveis pela remoção do CO2 da atmosfera, explicou Ester Serrão, investigadora da Universidade do Algarve e do Centro de Ciência do Mar, entidades que colaboraram no estudo científico conhecido agora.

A descoberta, publicada esta semana na revista Nature Climate Change, revela que a temperatura da água tem um impacto directo no fitoplâncton, responsável pela remoção de metade do CO2 no planeta Terra, o principal gás responsável pelo efeito de estufa.

O fitoplâncton, que armazena o CO2 no fundo do mar e o isola da atmosfera durante séculos, vai ter o seu desenvolvimento controlado pela disponibilidade de azoto e esta limitação vai reduzir a sua capacidade de remover o dióxido de carbono da atmosfera.

"O estudo mostrou que usando técnicas de biologia molecular, modelos e experiências, o fitoplâncton a temperaturas mais elevadas desenvolve-se com uma proporção diferente", e vai precisar "de mais azoto", um nutriente fundamental para as proteínas do fitoplâncton, acrescentou a investigadora.

O estudo europeu denominado Arctic Tipping Points(ATP) e que contou com a participação de Gareth Pearson, investigador do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, vem demonstrar que o aquecimento dos oceanos irá afectar a utilização de recursos pelo fitoplâncton e que terá consequências nos ciclos biogeoquímicos do planeta, levando a um ciclo vicioso nas alterações climáticas.

A investigação foi realizada por uma equipa multidisciplinar, que integra cientistas da Escola de Ciências Ambientais e da Escola de Ciências da Computação da University of East Anglia que focaram a sua investigação no fitoplâncton, organismos microscópicos semelhantes a plantas que dependem da fotossíntese para se reproduzir e crescer.

Segundo Thomas Mock, investigador que conduziu esta pesquisa, o fitoplâncton é vital para o controlo do clima, cria oxigénio suficiente para a nossa respiração e forma a base da cadeia alimentar para a pesca e, por isso,é "extremamente importante para a segurança alimentar".

A conclusão a que os cientistas chegaram foi possível, em parte, graças ao desenvolvimento de um modelo computacional que criou um ecossistema global que tem em conta as temperaturas globais do oceano, 1,5 milhões de sequências de DNA de plâncton e outros dados bioquímicos.

A investigação foi financiada pelo projeto europeu ATP, do 7.º Programa quadro da União Europeia.

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