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Mapa genético que pode explicar resistência às doenças

Cientistas europeus publicaram um estudo sobre a variação genética em populações humanas graças à sequência do ácido ribonucleico, um avanço que pode explicar as diferenças genéticas que tornam as pessoas mais ou menos susceptíveis a certas doenças.

O ácido ribonucleico é vulgarmente definido como sendo o material genético ou a molécula que dirige as fases da síntese de proteínas.

O estudo, inserido no projecto Genetic European Variation in Health and Disease, é coordenado por Xavier Estivil, do Centro de Regulação Genómica de Barcelona, e resultou de uma investigação das causas genéticas da diferenciação entre as pessoas na resistência a certo tipo de doenças, revela o JN Online.

A pesquisa, que foi publicada na revista Nature e Nature Biotechnology, oferece um maior conjunto de dados sobre o genoma humano (ADN) e a actividade funcional destes genes ao nível do ácido ribonucleico.

O estudo foi desenvolvido por 50 cientistas de nove centros de investigação europeia, entre eles espanhóis do Centro Nacional de Análises Genómicas (CNAG) de Barcelona e da Universidade de Santiago de Compostela.

Compreender como o genoma de cada um o torna, mais ou menos, susceptível de sofrer certas doenças é um dos grandes desafios científicos, pelo que os investigadores estudam os diferentes perfis genéticos e a influência que determinados genes têm no controlo de certas doenças.

Este estudo sequencial do ácido ribonucleico incidiu sobre as células de 462 pessoas, de forma a formar um inédito catálogo com 1000 genomas humanos. "A riqueza da variação genética que influi na regulação dos nossos genes surpreendeu-nos", afirmou Tuuli Lappainen, actual investigadora da Universidade de Stanford.

O conhecimento das variações genéticas responsáveis pela actividade dos genes humanos pode converter-se numa poderosa chave para o diagnóstico, prognóstico e intervenção em várias doenças, assinalou Emmanouil Dermitzakis, professor na Universidade de Genebra. Permite ainda, na opinião do investigador, compreender os mecanismos causadores das doenças e preparar tratamentos para o futuro.

Fonte: 
Jornal de Notícias Online
Nota: 
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