Medalha de Mérito da Cidade do Porto
A Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, vai ser distinguida pela Câmara do Porto com a Medalha Municipal de...

A Medalha Municipal de Mérito destina-se a galardoar quem tenha praticado atos de que advenham assinaláveis benefícios para a Cidade do Porto, melhoria das condições de vida da sua população, desenvolvimento ou difusão da sua arte, divulgação ou aprofundamento da sua história, ou outros atos de notável importância justificativos deste reconhecimento no campo artístico, científico, cultural ou profissional, como é definido pelo respetivo regulamento da Câmara Municipal do Porto.

Alexandra Bento é a primeira Bastonária da Ordem dos Nutricionistas da história e foi uma das principais impulsionadoras do processo de criação daquela ordem profissional, cuja sede nacional acabaria por ficar instalada na cidade do Porto.

Residente na Invicta desde que realizou a sua licenciatura na Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, é também no Porto que Alexandra Bento desenvolve a sua atividade profissional de nutricionista na ARS Norte, de consultora da indústria agroalimentar e de docente universitária.

Para Alexandra Bento, “é uma honra acrescida receber esta distinção, uma vez que o Porto é a cidade berço da profissão de Nutricionista. A Universidade do Porto simboliza no nosso país, para além do nascimento do ensino da nutrição, a criação de uma verdadeira escola de pensamento na área e foi devido a este percurso que no Porto se concentrou um verdadeiro cluster do ensino da nutrição de Portugal, com a única faculdade pública do País e duas universidades privadas a ministrarem a licenciatura em ciências da nutrição. É por isso uma honra acrescida receber esta distinção da Câmara Municipal do Porto.”

Pesquisas revelam
Uma proteína que se acumula no sangue estaria ligada às perdas de memória e dificuldades de aprendizagem nas pessoas mais...

A molécula, chamada B2M (acrónimo de beta2-microglobulina) foi identificada pelos investigadores da Universidade da Califórnia em São Francisco como um elemento do sangue que “influencia negativamente as funções cognitivas e as suas regenerações” no adulto, segundo um artigo publicado na revista Nature, e revelado pelo Diário Digital.

As concentrações de B2M são mais “elevadas” no sangue das pessoas idosas. O mesmo foi observado nos ratos utilizados na pesquisa, submetidos a diversas experiências.

Num destes testes, a injeção de doses de B2M no sangue ou diretamente no cérebro dos ratos ainda jovens causou danos às funções de aprendizagem e memória e reduziu o processo de renovação dos neurónios.

A ação desta molécula não parece durar já que após 30 dias das injeções, o défice de aprendizagem e de memória induzidos não estavam mais aparentes.

Isso “sugere que os efeitos da proteína no declínio cognitivo são potencialmente reversíveis”, segundo a Nature.

“Estamos entusiasmados com os resultados, já que mostram meios potenciais de reverter os problemas cognitivos ligados ao envelhecimento”, explicou um dos principais autores do artigo, Saul Villeda da universidade californiana.

O envelhecimento é associado a uma queda progressiva da função cognitiva e ao retardamento progressivo do processo de renovação dos neurónios no cérebro.

“O envelhecimento continua a ser o principal fator de risco para as doenças neurodegenerativas do tipo demência, como a doença de Alzheimer”, lembraram os pesquisadores no comunicado.

De acordo com a pesquisa, a B2M é uma proteína do corpo humano implicada no mecanismo de imunidade que foi encontrada em concentrações elevadas entre as pessoas que sofrem de demência senil, e seria o início de uma nova resposta.

Num outro teste, os mesmos cientistas conseguiram eliminar por meios genéticos a molécula B2M nos ratos de laboratório.

Constataram que os ratos mais velhos desprovidos da B2M não sofriam com a perda de memória, explicou Saul Villeda.

Uma próxima etapa consiste em desenvolver uma molécula para bloquear os efeitos da proteína B2M ou para eliminá-la do sangue das pessoas mais velhas.

Estudo
O envelhecimento é tipicamente estudado nos idosos, mas um estudo afirma que diferentes taxas de envelhecimento podem ser...

As descobertas publicadas nos Anais da Academia Nacional de Ciências de 6 de Julho foram baseadas num grupo de 954 pessoas nascidas na Nova Zelândia em 1972 ou 1973.

Os cientistas, segundo o Diário Digital, recolheram dados sobre a função do rim, fígado e pulmão, higiene bucal, vasos sanguíneos nos olhos, bem como sobre o metabolismo e função do sistema imunológico dos voluntários aos 26, 32 e 38 anos.

Também mediram o colesterol, níveis de condicionamento físico e o comprimento dos telómeros, que são as capas de proteção na extremidade dos cromossomos - que, segundo verificado, diminuem com a idade.

Usando um total de 18 medições biológicas, os investigadores determinaram uma “idade biológica” para cada participante aos 38 anos - com alguns a registar menos de 30 anos e outros que parecem ter quase 60.

Quando os cientistas observaram atentamente para os que tinham envelhecido mais rapidamente, encontraram que os sinais de deterioração eram evidentes aos 26 anos, idade em que o primeiro conjunto de medidas biológicas foram tiradas.

A maioria das pessoas no grupo estava a envelhecer à taxa esperada de um ano biológico por ano cronológico, ou até menos.

Outros foram envelhecendo numa proporção de três anos biológicos por ano cronológico.

Aqueles cujos corpos foram envelhecendo mais rápido também “obtiveram um resultado pior em testes normalmente dados a pessoas com mais de 60 anos, incluindo testes de equilíbrio e coordenação e resolução de problemas não familiares”, disse o estudo.

E quando um grupo de estudantes universitários da Universidade de Duke foi convidado a olhar para fotos de pessoas no grupo, constantemente classificaram como mais velhos aqueles cujos corpos foram envelhecendo mais rapidamente do que o resto.

Os autores do estudo disseram que os seus resultados pavimentam o caminho para futuros testes que podem ser mais fáceis e mais baratos de implementar, de modo que as pessoas podem descobrir o quão rápido estão a envelhecer aos 20 anos - quando ainda podem fazer algo e possivelmente prevenir doenças relacionadas com a idade.

Pesquisas anteriores mostraram que os genes representam apenas cerca de 20% do envelhecimento, deixando o resto para hábitos de saúde e ao meio ambiente.

Pesquisa revela
Experiências realizadas pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo estabeleceram uma relação entre a...

“Nos animais, detetamos que a neuroinflamação em dado momento leva a esse desajuste da proteína klotho, que tem uma relação no sistema nervoso”, explicou o coordenador da pesquisa, Cristóforo Scavone.

A proteína klotho regula o fosfato e a vitamina D no organismo. A redução dessa substância, causada pela inflamação crónica, refere o Diário Digital, é apontada no estudo como responsável pelos problemas cognitivos.

Os testes foram conduzidos em 40 ratos que tinham a insuficiência renal induzida pela retirada de um dos órgãos. Em seguida, a capacidade cognitiva dos animais era medida por testes comportamentais. De acordo com Scavone, após um determinado período, todos os ratos passaram a apresentar algum grau de deficiência cognitiva.

“No paciente, a história é mais ou menos parecida", disse o professor. Ele pondera, no entanto, que existem algumas diferenças. A falta da proteína klotho tende a desregular a quantidade de fosfato, elemento que já é associado, noutros estudos, ao envelhecimento. "Na verdade, o que ela indica é que esse modelo de envelhecimento pela klotho está muito associada à concentração de fosfato”, enfatiza.

A pesquisa foi motivada pela observação da elevada percentagem de casos de demência em pacientes renais. O professor defende que durante o acompanhamento dessas pessoas seja dada atenção aos níveis de fosfato e klotho. Para Scavone, uma das formas de reduzir a ocorrência desses problemas mentais é a prática de exercícios. “O exercício físico desafia [e torna possível a reação do] organismo”, ressalta.

Oncologistas alertam
Há vinte anos os registos de cancro da boca e garganta eram quase que exclusivamente em pessoas acima dos 50 anos. Atualmente,...

“A média etária de pessoas com cancro nessas áreas tem caído. Hoje em dia, atinge cerca de 30 a 40% de pessoas que não são tabagistas nem consumidoras de álcool, e são mais jovens”, afirma o oncologista Luiz Paulo Kowalski, diretor do Núcleo de Cabeça e Pescoço do Hospital A. C. Camargo (Brasil).

De acordo com dados do Instituto Nacional do Cancro (Inca), refere o Diário Digital, os tumores da cavidade oral e orofaríngeo estão entre os dez tipos de maior incidência em homens brasileiros. E, mesmo que o tabaco e o álcool ainda sejam as suas principais causas, costumam exigir uma exposição prolongada para o desenvolvimento de um tumor - entre 15 e 30 anos de consumo. Por isso, um outro fator de risco tem sido considerado pelos pesquisadores: o vírus papiloma, popularmente conhecido como HPV, que tem a capacidade de desenvolver um cancro em menos tempo.

“Com a queda do consumo do tabaco, esperávamos diminuir a incidência e a mortalidade por cancro, mas houve uma mudança de perfil. Está a cair o número de cancros relacionados com o tabaco, devido às campanhas de controlo, mas estão a aumentar os casos relacionados com HPV.” Pesquisadores apontam que, até 2030, o número de casos relacionados com o vírus deve superar os casos ligados ao tabaco nos EUA.

Um estudo atual, feito com orientação da bióloga e geneticista do A.C. Camargo e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Sílvia Regina Rogatto, aponta que os casos de cancro de amígdala a incidência do HPV cresceu de 25%, registados há 20 anos, para 80%.

Numa outra pesquisa, liderada por Kowalski, os médicos detetaram que 32% dos casos de cancro da boca em jovens adultos eram de portadores do vírus. Em pacientes acima de 50 anos, a presença do vírus foi detetada em apenas 8%.

O estudo feito por Silvia e a sua equipa em pacientes do A. C. Camargo, na capital paulista, e no Hospital do Cancro de Barretos, no interior do Estado, descobriu que 80% dos pacientes da capital são positivos para a presença do vírus enquanto os voluntários de Barretos correspondem a 15%.

“A presença em grandes capitais é mais evidente, pois os hábitos costumam ser um pouco diferentes”, analisa Kowalski. Mas não se deve relacionar a transmissão exclusivamente à atividade sexual. “O vírus pode ser transmitido por saliva, com um beijo, por exemplo. Antigamente não era educado beber pelo copo de ninguém, hoje já é uma coisa normal.”

Estima-se que entre 25% e 50% das mulheres e 50% dos homens estejam infetados pelo HPV em todo mundo. Mas a maioria das infeções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imunitário. De acordo com pesquisas feitas entre homens norte-americanos, mexicanos e brasileiros, pelo menos 2% da população adulta tem o vírus HPV e não apresenta nenhum sintoma.

Existem papilomas que são como verrugas que podem aparecer na garganta ou na boca. Quem apresenta alguma ferida deve observar se esta demora a cicatrizar. Porém, mesmo quando o tumor maligno já se desenvolveu, pode não haver lesão visível. Noutros casos, pessoas que tiveram a infeção podem não ter anticorpos elevados também. “A infeção pode ser silenciosa”, conta o médico.

Peritos alertam
Um painel de peritos independentes alertou hoje que a Organização Mundial da Saúde está impreparada para lidar com surtos como...

Num relatório muito crítico, o painel de peritos independentes, nomeado pelas Nações Unidas, considera que a Organização Mundial da Saúde (OMS) tende a responder às emergências com “uma abordagem reativa, em vez de proactiva”.

Ao mesmo tempo, afirmam, a organização não tem respondido aos avisos feitos pelas equipas experientes que trabalham no terreno.

A OMS foi criticada pela lentidão na resposta ao mais recente surto de Ébola, que já vitimou mais de 11 mil pessoas, sobretudo em países da África Ocidental.

A organização declarou o estado de emergência de saúde pública mundial apenas a 8 de agosto, cinco meses depois do início do surto. E, mesmo depois disso, faltou a dirigentes e equipas da OMS uma “tomada de decisão independente e corajosa” para lidar com os governos dos países afetados.

A agência da ONU também não procurou contactar precocemente as comunidades locais nem comunicar o que devia ser feito para, por exemplo, reduzir o risco de infeção no enterro dos mortos contagiados.

“Até isso ser resolvido, é necessário manter elevados níveis de alerta”, alertam os especialistas.

O painel de peritos – liderado por Barbara Stocking, antiga presidente da organização Oxfam – acusou também os Estados-membros de não cumprirem com o seu dever de se prepararem para emergências globais e de terem ignorado os conselhos da OMS sobre encerramento de fronteiras e suspensão de voos, durante o surto de Ébola.

Porém, os especialistas rejeitaram as sugestões para que as emergências de saúde globais sejam assumidas por outra agência da ONU ou por um organismo novo a criar.

Ao contrário, apelaram a um maior investimento na OMS, pedindo, nomeadamente, 92 milhões de euros para o fundo de emergência e cinco por cento de aumento nas contribuições regulares dos Estados-membros.

O painel defende que “a OMS precisa de fazer mudanças substanciais, particularmente nos processos de liderança e tomada de decisões”, mas reconhece que a falta de fundos coloca a organização em “séria desvantagem”.

Resolver a questão exige “vontade política dos Estados-membros” para assumir as suas responsabilidades em “levar a cabo essa transformação urgente”, sustentam.

Os peritos recomendam a criação de um novo centro de emergências para responder e lidar com crises globais e apoiam o aumento de equipas de resposta rápida.

Mais de 99% das vítimas do Ébola concentram-se na Guiné-Conacri, na Serra Leoa e na Libéria, o país mais afetado, com cerca de cinco mil mortos, onde o vírus continua a ceifar vidas (no passado dia 1, mais dois doentes foram identificados, apesar de não se registarem casos há dois meses).

O vírus Ébola transmite-se por contacto direto com sangue, fluidos ou tecidos de pessoas ou animais infetados, provocando febres hemorrágicas que, na maioria dos casos, são fatais.

O contacto direto com outras pessoas ou cadáveres infetados tem sido o grande veículo de transmissão do vírus, para o qual não existe tratamento nem vacina.

Este cenário faz do Ébola um dos mais mortais e contagiosos vírus para os seres humanos, com uma taxa de mortalidade a rondar os 90%.

O Ébola tem fustigado o continente africano regularmente desde 1976, sendo o atual surto o mais grave desde então. Em 18 meses, o vírus infetou mais de 25 mil pessoas.

Em Portugal
As autoridades estão preocupadas com os casos de tosse convulsa em Portugal, que também tem atividade em outros países europeus...

À margem da apresentação do relatório “A Saúde dos Portugueses. Perspetiva 2015”, que traça o perfil da saúde dos cidadãos residentes no território nacional, entre 2004 e 2014, Francisco George considerou este “um problema”, que não é exclusivo de Portugal.

Segundo o relatório, em 2013 registaram-se 114 casos de tosse convulsa.

Francisco George garantiu que o problema está a ser alvo de análise por parte dos diretores-gerais da União Europeia.

Na origem deste aumento do número de casos de tosse convulsa esteve a mudança da vacina, que “permitiu a circulação da bactéria” que causa a doença, a Bordetella pertussis.

Para já, Francisco George recomenda que os adultos tenham especial cuidado com as crianças com quem contactam, principalmente se estas ainda não tiverem sido vacinadas.

A doença caracteriza-se por uma tosse que, normalmente, acaba numa inspiração prolongada, profunda e com um som agudo (convulsa).

DGS
O diretor-geral da Saúde, Francisco George, admitiu que os rendimentos da família influenciam a qualidade da sua vida, mas...

Francisco George falava aos jornalistas no final da apresentação do relatório “A Saúde dos Portugueses. Perspetiva 2015”, o qual traça o perfil da saúde dos portugueses.

O documento concluiu que os indicadores melhoraram na última década, mas não teve em conta os efeitos da crise social e económica, "que se agravou no contexto do programa de ajustamento".

Ainda assim, os autores referem que “os determinantes sociais constituem a principal abordagem de análise de saúde das populações”.

“Pesquisas demonstraram a existência de um gradiente social em função dos rendimentos familiares, isto é, relacionado com desigualdades e iniquidades, em particular com as diferenças ocorridas entre comunidades prósperas e pobres no que se refere, por exemplo, à esperança de vida e outros indicadores”.

De acordo com o documento, a autoapreciação do estado de saúde diminui à medida que o estado dos inquiridos avança: empregado (61,4%), desempregados (52,5%), inativos (49%) e reformados (12,8%).

Aos jornalistas, Francisco George disse que os rendimentos influenciam sobretudo nas idades mais jovens, adultos e em idade de trabalhar.

“Os rendimentos, tal como o nível de instrução, influenciam no sentido da qualidade e esperança de vida”, disse, concluindo: “Ninguém vai dizer que o pobre vive na mesma forma que uma família abastada”.

Sobre o documento, o ministro da Saúde sublinhou “a evolução claramente positiva” de vários indicadores.

Paulo Macedo elegeu como o mais importante indicador a diminuição da mortalidade prematura.

Segundo o relatório, “Portugal registou em 2004 a proporção de óbitos prematuros de 27% e, em 2014, esta relação desceu para 22%”.

“Assumiu-se o compromisso pela redução progressiva da mortalidade prematura, que deverá ficar em linha com a meta fixada para 2020, isto é, inferior a 20%”.

Segundo as estimativas obtidas para Portugal, no âmbito do estudo Global Burden of Diseases (GBD), citadas no relatório, “os fatores de risco que mais contribuem para o total de anos de vida saudável perdidos pela população portuguesa são: hábitos alimentares inadequados (19%), hipertensão arterial (17%), índice de massa corporal elevado (13%), para além do tabagismo (11%)”.

Em relação aos tumores, Paulo Macedo reconheceu que estes vão continuar a aumentar, mas que a prevenção e os tratamentos mais eficazes têm evitado números piores.

Este relatório contém uma ressalva: “Descreve a saúde das portuguesas e portugueses independentemente da influência conjuntural da crise social e económica que se agravou no contexto do Programa de Ajustamento que terminou em 2014, pelo que as questões associadas direta ou indiretamente ao sistema de saúde, incluindo recursos humanos e orçamentais, não serão alvo de análise”.

Contudo, os autores – especialistas dos vários organismos do Ministério da Saúde – admitem “a possibilidade dos efeitos de crises económicas e sociais prolongadas terem reflexos em indicadores apenas a médio e longo prazo”.

“Admite-se, igualmente, que a resiliência dos cidadãos, das famílias e das comunidades contribua para explicar os sucessivos ganhos em saúde”, lê-se no documento, mas Paulo Macedo acrescentou que estes resultados também se devem aos dirigentes do setor da saúde.

Dia do Transplante 2015 dedicado ao desporto
O retorno à atividade e particularmente à atividade física devem fazer parte da reabilitação do transplantado renal, defende a...

A prática desportiva após a realização de um transplante é recomendada mas com alguns cuidados, como realça Fernando Macário, presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT). “O exercício físico pode e deve ser praticado pelas pessoas transplantadas, mas nunca antes dos 3 meses após o transplante e preferencialmente 6 meses após a intervenção”.

As indicações dependem do tipo de transplante e do tipo de desporto praticado. “Os desportos violentos e que implicam contacto podem não ser aconselháveis e poderá haver cuidados especiais até ao retorno a um desporto de alta competição”, explica o presidente da SPT.

Quem doa órgãos também pode e deve praticar exercício físico. Segundo a SPT, os dadores podem praticar desporto sem restrições significativas após terem completado a sua recuperação.

No caso dos doentes com insuficiência renal crónica durante a fase de diálise que precede o transplante, a prática desportiva pode estar comprometida. “Habitualmente há mais dificuldades do ponto de vista físico. Estes doentes tendem a ter mais cansaço, embora haja exceções. Apesar de tudo, as técnicas de diálise evoluíram bastante nos últimos anos e as restrições são menores do que no passado”, refere Fernando Macário.

A prática clínica tem demonstrado que a qualidade de vida dos doentes transplantados pode melhorar com a prática regular de exercício físico, diminuindo o risco de doença cardiovascular e diabetes que é aumentado por alguns medicamentos imunossupressores.

A nível mundial existem os “World Transplant Games”, uma espécie de olimpíadas dos doentes transplantados, realizados de dois em dois anos, envolvendo 1500 atletas transplantados de 69 países. No nosso país o Grupo Desportivo de Transplantados de Portugal dedica-se a promover ações de divulgação para incentivo ao desporto e exercício físico entre transplantados e candidatos a transplante, organizar torneios e competições nacionais, selecionar e criar equipas que representem o grupo a nível nacional e internacional.

O Dia do Transplante 2015, assinalado a 20 de Julho, data em que se realizou o primeiro transplante em Portugal, em 1969, será este ano comemorado em Coimbra, no Pavilhão Centro de Portugal, a partir das 10h30, com a presença de pessoas transplantadas que praticam desporto habitualmente.

Segundo relatório
As despesas de saúde privada em Portugal e na Grécia tiveram o maior crescimento da área da OCDE desde 2009 a 2013,...

As “Estatísticas de Saúde 2015” da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) mostram que a despesa de saúde continuou a tendência decrescente em Portugal, Grécia e Itália no ano 2013.

“A maioria dos países membros da OCDE da União Europeia indicou gastos com a saúde per capita abaixo dos níveis de 2009. Fora da Europa, estas despesas aumentaram a uma taxa de 2,5% ao ano desde 2010”, refere a OCDE.

Três quartos dos gastos com a saúde continuam a ser financiados por fontes públicas nos países da OCDE, “mas as medidas de contenção de custos tomadas por alguns estados levaram a um aumento do consumo privado”, seja através de seguros de saúde ou de pagamentos diretos pela família.

“Na Grécia e em Portugal, a participação das despesas de saúde privada cresceu quatro pontos desde 2009, o que representa o maior aumento na área da OCDE, e significa que um terço da despesa total em saúde estava foi financiado por fontes privadas em 2013”, refere uma síntese da organização.

A OCDE destaca mesmo que “alguns dos países mais atingidos pela crise tiveram aumentos significativos” nos pagamentos diretos no momento de utilização dos cuidados de saúde (pagamentos ‘out-of-pocket’).

Como exemplos surgem Portugal e a Grécia, que entre 2009 e 2013 viram as despesas de saúde privada aumentarem, respetivamente, para 28% e 31% do total.

Sobre os gastos gerais com saúde per capita, Grécia, Itália e Portugal são os países apontados como tendo quedas consecutivas nos últimos anos.

Na Grécia, a queda de 2,5% em termos reais em 2013 significou a quarta baixa consecutiva nas despesas de saúde, deixando os níveis ‘per capita’ a cerca de 75% dos de 2009.

Já em Portugal e em Itália, os gastos com saúde decresceram por três anos consecutivos.

Em Portugal a despesa com saúde diminui 4,8% em 2010/2011, reduziu 5,8% em 2011/2012 e voltou a decrescer 3,7% em 2012/2013.

No global, dos 34 países que integram a OCDE, os gastos com saúde tiveram um aumento real de 1% em 2013, acima dos 0,7% que tinham sido registados em 2012. Contudo, a organização salienta que as taxas de crescimento em 2013 se mantiveram bem abaixo dos níveis pré-crise: entre 2000 e 2009 o crescimento médio das despesas de saúde tinha atingido os 3,8%.

Ordem dos Farmacêuticos
A Ordem dos Farmacêuticos lançou a versão 2.0 da sua Bolsa de Oportunidades da Ordem dos Farmacêuticos, uma plataforma virtual,...

Pouco mais de um ano após o seu lançamento, a Bolsa de Oportunidades da Ordem dos Farmacêuticos (BOOF) conta já com mais de 3.000 utilizadores registados, tendo sido divulgadas durante este período mais de 120 oportunidades de emprego, estágios, bolsas e prémios dirigidas a estes profissionais de saúde, bem como aos membros estudantes da Ordem dos Farmacêuticos (OF).

A nova versão da BOOF permite o acesso a novas funcionalidades (definições de perfil, privacidade, personalizações, informação estatística, entre outas melhorias), a maioria das quais sugeridas pelos utilizadores, com base nas suas experiências de acesso à plataforma.

Com este projeto, a OF pretende dar resposta a uma preocupação crescente com a empregabilidade no sector. De acordo com um inquérito do Observatório da Empregabilidade no Sector Farmacêutico (OESF) da OF aos diplomados do Mestrado Integrado de Ciências Farmacêuticas, realizado no final de 2013, 80% dos formados no ano de 2011/2012 tiveram dificuldade em encontrar trabalho regular depois de terminado o curso. Dos que tinham encontrado trabalho, 75,6% tinham contrato de trabalho – e destes 49,7% tinham contrato a termo certo.

Com um formato dinâmico e de acesso gratuito, a BOOF é um ponto de partida para as relações profissionais entre empresas e outras entidades e os farmacêuticos desempregados ou à procura de novas oportunidades no sector.

Entre 2004 e 2014
Um relatório que traça o perfil da saúde dos portugueses concluiu que os indicadores melhoraram na última década, mas não teve...

“A Saúde dos Portugueses. Perspetiva 2015” traça o perfil da saúde dos cidadãos residentes no território nacional entre 2004 e 2014 e será hoje apresentada em Lisboa, na presença do ministro da Saúde.

O documento contém uma ressalva: “Descreve a saúde das portuguesas e portugueses independentemente da influência conjuntural da crise social e económica que se agravou no contexto do Programa de Ajustamento que terminou em 2014, pelo que as questões associadas direta ou indiretamente ao sistema de saúde, incluindo recursos humanos e orçamentais, não serão alvo de análise”.

Contudo, os autores – especialistas dos vários organismos do Ministério da Saúde – admitem “a possibilidade dos efeitos de crises económicas e sociais prolongadas terem reflexos em indicadores apenas a médio e longo prazo”.

“Admite-se, igualmente, que a resiliência dos cidadãos, das famílias e das comunidades contribua para explicar os sucessivos ganhos em saúde”, lê-se no documento.

Em relação à década em análise, o relatório conclui: “mantém-se, genericamente, a tendência positiva dos principais indicadores de saúde em todas as fases da vida”.

“É notório o peso relativo que as doenças crónicas não transmissíveis passaram a representar. O grande desafio é saber, em termos prospetivos, qual o futuro a médio e longo prazo para a evolução das doenças oncológicas, das doenças cérebro e cardiovasculares e da diabetes. Impõem-se medidas que visem desacelerar as curvas epidémicas crescentes e, em alguns casos, descontroladas”, indica o relatório.

Os autores sublinham “a evolução positiva na generalidade dos indicadores de saúde, aliás, demonstrada pelas tendências progressivas de cada vez maior esperança de viver à nascença, aos 45, aos 65 e aos 75 anos, acompanhadas por um aumento do número de anos de vida saudável”.

“Na verdade, em 10 anos, a esperança de vida ao nascer registou um acréscimo de dois anos, tendo diminuído a diferença entre os sexos feminino e masculino”.

No mesmo sentido, prossegue o documento, “há uma clara melhoria no que se refere à evitabilidade da morte antes dos 70 anos de idade, com consequente redução dos anos de vida potencialmente perdidos”.

“No que se refere aos fatores de risco que mais contribuem para o total de anos de vida saudável perdidos pela população portuguesa, são relevantes os hábitos alimentares inadequados (19%), a hipertensão arterial (17%), o índice de massa corporal elevado (13%) e o tabagismo (11%)”.

Este documento recorda dados de 2013, segundo os quais mais de 70% das mortes, em Portugal, são devidas a doenças do aparelho circulatório (30%), tumores malignos (24%), doenças do aparelho respiratório (12%), doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (5%).

Nesse ano, mais de 70% das mortes ocorridas em idades inferiores a 70 anos em Portugal foram devidas a tumores malignos (41%), doenças do aparelho circulatório (16%), causas externas de lesão e envenenamento (9%) e doenças do aparelho digestivo (6%).

“Apesar da acentuada queda da respetiva taxa de mortalidade, as doenças cerebrovasculares ainda constituem a causa específica mais destacada nestas idades, tendo provocado 160 óbitos por 100 mil habitantes. Seguem-se as doenças isquémicas cardíacas, também com evolução positiva, baixando para 115 por 100 mil habitantes no quinquénio mais recente”.

“O tumor maligno da laringe e traqueia e brônquios e pulmão ocupa a terceira posição, tendo aumentado ligeiramente (de 111 para 114 por 100 mil habitantes). A taxa de mortalidade por diabetes é também relevante neste grupo etário (80 por 100 mil habitantes)”.

Sobre as coberturas vacinais, o relatório indica que estas “continuam com níveis elevados e adequados para conferirem imunidade de grupo. Realça-se a consolidação da eliminação de doenças como sarampo, rubéola, poliomielite aguda e difteria, assim como ganhos nas múltiplas dimensões relacionadas com a saúde da mãe e da criança”.

Este documento surge no seguimento da divulgação em anos anteriores dos Relatórios dos Programas de Saúde Prioritários “Portugal em Números”.

OMS pede
A Organização Mundial de Saúde exigiu que os países elevem os impostos sobre o tabaco para reduzir o número de mortes causadas...

Segundo o último relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a Epidemia Global do Tabaco de 2015, apresentado em Manila, apenas 33 países no mundo fixaram impostos de 75% sobre o preço do maço de cigarros, uma medida recomendada pela organização.

“Subir os impostos sobre os produtos de tabaco é uma das formas mais eficientes e rentáveis de reduzir o consumo de produtos nocivos, enquanto se geram receitas públicas”, afirma no relatório a diretora geral da OMS, Margaret Chan.

O organismo da ONU indica que muitos países ainda fixam impostos demasiado baixos sobre o tabaco e produtos derivados, e que nalgumas nações continua a não haver qualquer regulação.

“Insto todos os governos a olharem para as provas, não para os argumentos da indústria [tabaqueira], e a adotarem uma das melhores medidas existentes para a saúde”, acrescentou Chan.

Na 3ª feira
A Direção-Geral da Saúde prevê que na terça-feira Portugal Continental seja influenciado por uma massa de ar com origem no...

“Este fenómeno natural poderá afetar a qualidade do ar ambiente, estimando-se que possa contribuir para um aumento das concentrações de partículas em suspensão nas regiões Centro e sul do país (Alentejo e Algarve)”, refere uma nota divulgada no site da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Durante a ocorrência destes episódios, a DGS recomenda que sejam evitados esforços prolongados, limitando a atividade física ao ar livre. Crianças, idosos e doentes com problemas respiratórios ou cardiovasculares devem ainda permanecer dentro dos edifícios com as janelas fechadas.

Já noutras ocasiões a DGS tem explicado que, em Portugal, durante os meses de primavera e de verão, há com maior frequência a presença de partículas na atmosfera provenientes das zonas áridas do Norte de África, nomeadamente dos desertos do Sahara e Sahel, sendo a maioria destas partículas de origem natural.

Desde muito cedo
O consumo excessivo de álcool é uma ameaça à saúde pública mundial, segundo a Organização Mundial de

Cada vez mais assiste-se ao início do consumo de álcool em idades muito precoces (13 anos), na generalização do consumo excessivo por parte das raparigas e na adopção muito frequente do consumo tipo binge drinking (mais conhecido por bebedeira). O consumo tipo binge drinking constitui um padrão de consumo com consequências muito graves, em que para além do risco de acidente de viação, existe também o risco de violência (homicídios, roubos, violência sexual), de queda, de sexo não seguro, e sabe-se que as células cerebrais podem ficar danificadas para sempre.

Álcool é a droga legal com maior dependência
As drogas ditas legais são, sem sombra de dúvida, as mais frequentes dependências, constituindo-se o álcool a principal e mais prevalente.

De acordo com a nova lei do álcool, que entrou em vigor a partir de 1 de maio de 2015, o consumo e a venda de bebidas alcoólicas deverão ser proibidas em postos de combustível e, depois da meia-noite, em qualquer estabelecimento que não seja de restauração e bebidas. Esta lei permite o consumo de álcool apenas a indivíduos a partir dos 18 anos da idade.

As restrições da venda álcool a menores de idade abrangem, porém, apenas as bebidas de elevado teor de álcool, as bebidas espirituosas. O consumo de vinho e cervejas continua a não ser proibido a jovens a partir dos 16 anos.

Nova lei proíbe venda em postos de combustível
A nova legislação alarga ainda a proibição de venda a postos de combustível e a "qualquer estabelecimento" entre as 00h00 e as 08h00, com excepção dos estabelecimentos de restauração e/ou bebidas e dos estabelecimentos de diversão noturna.

A nova lei passa também a prever a obrigatoriedade de venda de bebidas alcoólicas em recipiente de "material leve e não contundente" em salas de espectáculo, incluindo arraiais populares, concertos musicais ou festas académicas. Uma obrigatoriedade que não se aplica a recintos onde simultaneamente se desenvolvam actividades de restauração ou de bebidas, como casas de fado, café-teatro e casinos.

O decreto de lei publicado prevê ainda uma maior intervenção local da ASAE, PSP e GNR que poderão determinar "o encerramento imediato e provisório do estabelecimento". Estão ainda previstas sanções acessórias que passam pela "interdição, até um período de dois anos, do exercício da actividade directamente relacionada com a infracção praticada".

Mortes violentas relacionadas com consumo de álcool
Estudos dizem que as mortes violentas particularmente o suicídio e homicídio, estão mais fortemente correlacionadas com os consumos de álcool do que com as drogas ilícitas, contudo paradoxalmente existe mais medo social das drogas do que do álcool.

Quem já não ouviu dizer que o álcool é uma droga? Mas, ainda assim, muitos não encaram o acto de beber como um ato de “pôr droga no nosso organismo”. É importante que as pessoas compreendam que o abuso de álcool prejudica o sistema nervoso central e periférico, assim como a sua capacidade de julgamento. O alcoolismo pode ser apenas a “face visível” de um problema ainda mais sério e profundo. As pessoas podem recorrer-lhe para lidar com dificuldades pessoais ou preocupações. Deste modo, o álcool frequentemente não é o problema, mas o resultado da incapacidade do indivíduo para lidar eficazmente com as suas dificuldades (na escola, no trabalho, na casamento e nas finanças), ou uma combinação de vários problemas. O álcool é encarado como um meio de lidar com GAPsi-FCUL ou escapar a sentimentos de desesperança referentes à impossibilidade de solucionar os outros problemas.

Não existem soluções mágicas e rápidas, tal como cada indivíduo não ficou dependente/doente de álcool ou drogas em duas semanas, também não se recuperará em duas semanas. É um processo que vai demorar muito tempo.

Muitos são os caminhos para a recuperação. O modelo de auto ajuda é um caminho que tem anos de experiência, tradição e resultados. Esta situação deve merecer também a atenção das autoridades de Saúde, da Educação e dos pais.

Sites de interesse:
http://www.linhadagua.net
http://www.samtratamento.com/

 


Andreia Eunice Pinto Magina
Enfermeira Especialista Em Saúde Mental E Psiquiatria
UCC Aveiro Norte
ACeS Entre Douro E Vouga Ii - Aveiro Norte

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas
O Executivo Municipal da Câmara do Porto decidiu atribuir a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro ao bastonário da Ordem dos...

A cerimónia de entrega da Medalha de Ouro está marcada para esta quinta-feira, 9 de julho, às 18h30, na Casa do Roseiral, nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto.

A Medalha de Ouro da cidade do Porto distingue os cidadãos e instituições que se destacam pelos seus méritos pessoais ou feitos cívicos.

Orlando Monteiro da Silva confessa que “é com surpresa e também com uma grande honra que recebo a Medalha de Ouro da minha cidade, à qual também está muito ligada a medicina dentária porque a OMD tem sede no Porto, desde o tempo da Associação de Profissionais da Medicina Dentária, em 1991, e até antes, quando a profissão ainda não estava organizada. Vejo a atribuição da Medalha de Ouro como uma homenagem a todos os que trabalham em prol da saúde oral. É uma Medalha que recebo em nome de todos os meus colegas médicos dentistas e também de todos os que trabalham na Ordem dos Médicos Dentistas (OMD).”

Orlando Monteiro da Silva nasceu e vive no Porto e é licenciado em Medicina Dentária pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto.

Foi presidente da Federação Dentária Internacional - FDI World Dental Federation entre 2011 e 2013, e previamente tinha sido presidente do Conselho Europeu dos Médicos Dentistas, com sede em Bruxelas.

É membro honorário da ADA – American Dental Association e membro de honra do Consejo General de Dentistas de España.

Fluente em inglês, francês, espanhol e alemão, em 2004, quando foi eleito para o council da Federação Dentária Internacional promoveu ativamente a adesão à FDI de Timor-Leste, Angola e Guiné-Bissau, acopladas com a criação da Associação Dentária Lusófona, da qual é cofundador.

Em fevereiro de 2014, o bastonário da OMD foi reeleito para um segundo mandato como presidente do Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP), é conselheiro do CES - Conselho Económico e Social Português e Fellow do Colégio Internacional de Dentistas (International College of Dentists).

No ano passado, Orlando Monteiro da Silva recebeu o título de Doutor Honoris Causa, pela Universidade do Porto.

Estudo revela
As crianças portuguesas entre os sete e os nove anos estão cada vez mais sedentárias, o que constitui um elevado risco para a...

O estudo foi desenvolvido por uma equipa de investigadores do Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS) da Universidade de Coimbra, tendo as conclusões apontado para um maior sedentarismo nas crianças naquela faixa etária, resultados que a coordenadora da investigação, Cristina Padez, considera como "assustadores", devendo, por isso, os responsáveis políticos criar uma estratégia para combater este problema.

A pesquisa, financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), envolveu 9.032 crianças de escolas de todo o país e foi apresentada na conferência da International Society of Behavioral Nutrition and Physical Activity, em Edimburgo, na Escócia, no passado mês de junho, adianta um comunicado.

Os investigadores, que tiveram como referência o limite estipulado pela Academia Americana de Pediatria (em que as crianças não devem ultrapassar duas horas por dia a ver televisão), compararam os comportamentos sedentários das crianças portuguesas entre 2002 e 2009, por nível socioeconómico dos pais.

A investigadora adiantou que as conclusões do estudo apontam para o facto de o número de crianças que vê televisão mais de duas horas por dia ter aumentado 12% durante a semana, 15% ao sábado e 17% ao domingo entre 2002 e 2009.

“As crianças cujos pais têm baixo nível de instrução são as que passam mais tempo a ver televisão”, adiantou Cristina Padez, frisando que, no que diz respeito ao uso do computador, "a situação piora”.

“Enquanto em 2002, as crianças pobres praticamente não utilizavam o computador, em 2009, cerca de 19% destes miúdos gastou mais de duas horas por dia no computador, refletindo o ‘efeito Magalhães’, em resultado da estratégia do Governo de atribuir estes dispositivos [computadores] aos alunos do ensino básico”, sublinhou a investigadora.

No que diz respeito à prática de desporto após o período escolar, a pesquisa revelou que “só metade das crianças é que tem atividade física fora da escola, sendo que, nos níveis socioeconómicos mais desfavorecidos, a percentagem de crianças que não pratica desporto disparou, passando de 36% (em 2002) para 80% (em 2009).

Na sequência das conclusões do estudo, a investigadora Cristina Valdez alertou para o facto de estes comportamentos virem a determinar os hábitos na vida adulta.

“Por isso, os responsáveis políticos devem criar uma estratégia para combater o sedentarismo infantil, caso contrário, iremos ter adultos com graves problemas de saúde, com custos socioeconómicos muito elevados”.

Doença de Fabry
Chama-se doença de Fabry. É rara, incurável e transmite-se de pais para filhos. Pode tirar 20 anos de vida aos homens e dez às...

Em 1650, a Europa lutava contra a varíola e um casal de uma plácida freguesia de Guimarães com 1500 habitantes, S. Clemente de Sande, estava longe de imaginar que era portador da doença de Fabry, cuja maioria dos casos ainda hoje pode estar por detetar, refere o Jornal de Notícias.

Como é que o casal contraiu a doença é uma incógnita, mas sabe-se que são a origem comum de 16 das 18 famílias que hoje têm Fabry. Não é contagiosa e está nas células, nomeadamente na deficiência da enzima "a-galactosidase". Só no Hospital de Guimarães existem quase 150 casos detetados, 20 dos quais nas últimas duas semanas.

Instituto de Medicina Molecular de Lisboa
O Laboratório de Biologia Química e Biotecnologia Farmacêutica do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa vai coordenar uma...

O projeto, segundo o Sapo, tem como finalidade a criação de uma nova classe de moléculas, impulsionando e conjugando a ação dos fármacos oncológicos e dos anticorpos, com o intuito de melhor direcionar os medicamentos no combate às células cancerígenas.

Gonçalo Bernardes, coordenador do projeto, refere que a pesquisa pretende encontrar uma solução para contornar os atuais obstáculos que impedem os medicamentos de “distinguir a célula saudável de uma célula cancerígena".

A nova terapia permitirá aumentar a concentração dos compostos tóxicos no tumor sem provocar danos às células saudáveis, aumentando também a eficácia do tratamento e o combate às células cancerígenas.

A equipa será constituída por dezenas de investigadores de diferentes instituições académicas e laboratórios.

“Cochrane”
A Ordem dos Enfermeiros deverá integrar a “Cochrane”, uma rede internacional com mais de 100 países que é uma referência...

A decisão foi comunicada sexta-feira em Coimbra ao Bastonário da Ordem dos Enfermeiros (OE), Enfº Germano Couto, pelo Prof. Doutor Vaz Carneiro, Diretor do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência da Faculdade de Medicina de Lisboa, que o responsável pelo Centro Colaborador Português da Rede Cochrane Iberoamericana.

O convite será formalizado em breve, no sentido de a OE criar um grupo de investigadores para integrar a organização, que está estruturada numa rede internacional com mais de 28 000 colaboradores em mais de 100 países.

O objetivo da organização é colaborar com profissionais de saúde, doentes, gestores/administradores e responsáveis políticos, na tomada de decisões em saúde através da elaboração, atualização e promoção de revisões sistemáticas da literatura (as chamadas Cochrane Reviews).

O Prof. Doutor Vaz Carneiro participou sexta-feira em Coimbra, com o Enfº Germano Couto, numa tertúlia intitulada “Futuro (d)(n)(a) evidência”, integrada no evento “Conversas na Ordem” da Secção Regional do Centro (SRC).

De acordo com aquele responsável, o trabalho a que se dedica a rede é a uma investigação secundária, em que seleciona os estudos de saúde, entre os milhares que diariamente são publicados, e que se baseiam na melhor evidência científica.

O Bastonário referiu que ao longo da sua existência a Ordem dos Enfermeiros procurou colaborar na edificação da enfermagem através da evidência científica.

“A Ordem dos Enfermeiros quer ser inovadora, mas acima de tudo quer estar ao lado do cidadão, para que receba os cuidados que realmente merece, e não seja apenas contabilizado estatisticamente pelo número de consultas, de cirurgias ou de internamentos”, observou o Enfº Germano Couto.

A avaliação deve ser feita em função dos ganhos em saúde, acrescentou, frisando que a Ordem dos Enfermeiros se orgulha de ter dado o primeiro passo para a mudança do modelo de financiamento das instituições segundo esses critérios, e que em breve será objeto de experiências piloto em alguns serviços.

O Bastonário da OE referiu que a investigação na prática clínica em enfermagem ainda é escassa, mas que tem de se tornar uma necessidade para o profissional de saúde.

“O enfermeiro cada vez mais necessita de evidência científica”, afirmou, realçando que a ciência se baseia na metodologia, sistematização e rigor dos dados que busca.

“Conversas na Ordem”, uma iniciativa da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros, tem como objetivo promover a reflexão informal sobre assuntos de interesse nacional e que tenham impacto na saúde e na vida dos cidadãos.

Nelas já participaram o então Bastonário da Ordem dos Advogados, Dr. Marinho e Pinto, o presidente da Entidade Reguladora da Saúde, Dr. Jorge Simões, o fundador do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Dr. António Arnaut, e o presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Dr. Manuel Machado.

Pode visualizar a gravação da tertúlia aqui:

 

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