Estudo
O que faz quando tem tempo livre? Aproveita para ler, inteirar-se das notícias ou ver o que os amigos estão a fazer nas redes...

O trabalho, publicado na revista médica Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention, e revelado pelo Diário Digital, descobriu que o hábito aumenta o risco de mieloma múltiplo (cancro na medula óssea), cancro da mama e dos ovários mesmo quando fatores como a obesidade e prática de atividade física são isolados.

Avanços tecnológicos têm feito muita gente deixar de fazer atividades ao ar livre quando não estão na escola ou no trabalho. E foi isso que incentivou os autores do estudo, da Sociedade Americana para o Cancro.

A equipa, liderada por Alpa Patel, avaliou dados de 146 mil homens e mulheres saudáveis. Desse total, 18.555 homens e 12.236 mulheres foram diagnosticados com cancro.

Passar o tempo de lazer sentado foi associado a um risco 10% maior para as mulheres. Já entre homens não foi encontrada ligação evidente. Os autores esperam que estudos futuros ajudem a entender melhor as diferenças de resultado encontradas entre os géneros.

Estudo
A primeira vacina em spray contra o ébola teve resultados promissores em macacos, e em breve será testada em seres humanos,...

O estudo, publicado no Journal of Clinical Investigation, foi conduzido por cientistas do Centro Médico da Universidade do Texas e os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos.

Caso possa ser aplicada em seres humanos, escreve o Diário Digital, os cientistas garantem que a vacina seria útil em situações de crise ou em zonas remotas, onde há dificuldade em encontrar equipas médicas para administrar as doses.

Para produzi-la, foi elaborada uma versão enfraquecida do vírus parainfluenza tipo chamado 3 (HPIV3) para expressar uma glicoproteína do vírus ébola, a fim de estimular uma resposta imunitária contra a doença.

O HPIV3 é uma causa comum de infeções do trato respiratório em crianças pequenas.

Os cientistas, com a ajuda de máscaras, administraram a vacina em spray a macacos Rhesus nos seus narizes e bocas.

Depois, quando os animais vacinados receberam o que normalmente seria uma dose letal de vírus ébola, sobreviveram.

“Este estudo demonstra pela primeira vez que uma vacina em spray foi bem-sucedida contra uma febre hemorrágica viral”, afirmou Alex Bukreyev, professor de virologia do Centro Médico da Universidade do Texas, na cidade de Galveston.

Mais de 11 mil pessoas morreram em decorrência do altamente infecioso vírus ébola nos últimos 18 meses, principalmente em países da África Ocidental, como Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conacri.

Desde finais do século XIX
A temperatura média à superfície do globo de junho de 2015 foi de 0,41 graus centígrados, acima da média registada entre os...

O passado mês de junho foi o mês mais quente em todo o planeta desde que se começaram a recolher dados, em finais do século XIX, segundo uma publicação da Agência Meteorológica do Japão (JMA) revelada pelo Diário de Notícias.

A temperatura média à superfície do globo de junho de 2015 foi de 0,41 graus centígrados, acima da média registada entre os anos 1981-2010 e superior em 0,76 graus à média de todo o século XX, o que o transforma no mês mais quente desde que se recolheram dados pela primeira vez, em 1891, segundo a JMA.

Este indicador resulta da média entre as temperaturas da superfície terrestre e da oceânica.

Junho de 2015 coincidiu com a chegada de uma onda de calor que afetou sobretudo a faixa ocidental europeia. Aliás, em Portugal foi o mês mais quente dos últimos dez anos e o quinto desde 1931, com uma temperatura média do ar de quase 22 graus Celsius, "muito superior" ao normal, segundo dados divulgados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Muitos organismos, incluindo a JMA, têm também apontando que a força exibida este ano pelo fenómeno El Niño no Oceano Pacífico terá efeitos nas temperaturas em todo o globo.

A Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, sigla em inglês), que revelou recentemente que maio passado foi o mês mais quente de sempre, deve publicar nos próximos dias o relatório referente às temperaturas médias globais de junho.

Especialistas esperam que possa haver pequenas divergências, mas consideram que o veredito será o mesmo, pelo que junho vingará como o mês mais quente no mundo da história recente.

Ameaça de pedido de intervenção ministerial
Dois sindicatos médicos ameaçam pedir a intervenção da Direção-Geral do Emprego, caso a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa...

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e o Sindicato dos Médicos da Zona Sul enviaram na terça-feira uma carta ao provedor da Santa Casa (SCML), Pedro Santana Lopes, manifestando incompreensão pela "recusa" em conversações formais ou informais, no âmbito do processo negocial para celebrar um acordo de empresa para os médicos que exercem funções na SCML.

Na carta, os médicos recordam que esteve agendada uma reunião para outubro de 2014, tendo a Santa Casa pedido o seu adiamento. Passados nove meses, "não foi agendada nova reunião, nem dada qualquer resposta".

Para os sindicatos, esta atitude é "incompreensível" e configura um "desinteresse" ou mesmo uma "fuga" ao diálogo social.

Na carta, os representantes dos sindicatos médicos recordam que os trabalhos de negociação para celebrar um acordo de empresa com os trabalhadores médicos da Santa Casa tiveram início em 2006.

"Caso não seja agendada nova reunião de mesa negocial do acordo de empresa, no prazo de 10 dias, e estando, nessa hipótese, irremediavelmente posto em causa o princípio da boa fé na negociação, os sindicatos signatários irão requerer a intervenção da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, com vista à resolução do referido conflito", lê-se na carta.

Os sindicatos ameaçam desta forma pedir a intervenção de uma entidade externa para conciliação neste conflito coletivo de trabalho.

Universidade do Algarve
A descoberta de semelhanças nos mecanismos que regulam a reprodução, no mosquito da malária e no homem, pode abrir novas...

“Descobrimos pela primeira vez que, na verdade, o sistema das alatostatinas [AST-A] dos mosquitos e do sistema Kisspeptina [KISS] dos humanos tiveram uma origem comum”, o que pode permitir, no futuro, o controlo da reprodução e alimentação de insetos que dependem do sangue para se alimentarem e reproduzirem, contou o investigador João Cardoso à agência Lusa, que partilha com Deborah Power a responsabilidade deste estudo.

Desde 2009, oito investigadores do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve (UALg) trabalham em colaboração com o Instituto de Medicina Tropical, neste estudo financiado pela Fundação Para a Ciência e Tecnologia (FCT).

A malária é uma doença para a qual não há cura e que é transmitida através da picada do mosquito fêmea do género ‘Anopheles’.

O controlo das populações de mosquitos que transmitem a malária é difícil e os mosquitos e insetos são cada vez mais resistentes aos inseticidas, que também têm efeitos nocivos para o ambiente, explicou o João Cardoso que espera que a investigação possa ajudar a encontrar alternativas.

“Vamos dar continuidade, porque agora aquilo que queremos fazer é produzir mosquitos mutantes e ver realmente se isto tem efeito na fisiologia do animal”, explicou João Cardoso, que espera conseguir impossibilitar os mosquitos de produzirem gerações viáveis.

Este próximo passo vai ser prosseguido em colaboração com o Instituto de Medicina Tropical, através de uma nova candidatura a financiamento do FCT.

Comissão de Coordenação
A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Ana Abrunhosa defendeu que esta região se deve...

Em declarações a propósito da presença de Portugal e do Centro na Conferência sobre Economia da Saúde, que se realiza em Rostock, na Alemanha, na quarta e na quinta-feira, Ana Abrunhosa enalteceu os vários hospitais da região, com destaque para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), as três universidades (Coimbra, Beira Interior - Covilhã e Aveiro), as diversas empresas dedicadas à saúde e à biotecnologia e ainda os parques tecnológicos, como o Biocant ou o Instituto Pedro Nunes.

A comitiva portuguesa - CentroPT Health Alliance (estrutura suportada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, que engloba hospitais, universidades, parques tecnológicos, Administração Regional de Saúde, Turismo do Centro, Ageing @Coimbra e várias empresas) - que estará em Rostock e que inclui o ministro da Saúde português, Paulo Macedo, e o embaixador em Berlim, Luís de Almeida Sampaio, celebra naqueles dias uma parceria de cooperação com a rede de saúde alemã Biocon Valley, entidade com mais de 160 parceiros e que está precisamente localizada naquela cidade e ainda em Greifswald.

Além de Ana Abrunhosa, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), a comitiva integra também o presidente do CHUC, Martins Nunes, representantes das três universidades ali localizadas, os responsáveis máximos do Turismo do Centro e da Administração Regional de Saúde do Centro, Pedro Machado e José Tereso, respetivamente, e ainda várias empresas representativas do setor.

Miguel Castelo-Branco, presidente do Centro Hospitalar Cova da Beira, responsáveis pelo hospital Rovisco Pais e pelo Biocant (parque tecnológico em Cantanhede) e Instituto Pedro Nunes (em Coimbra) também participam na conferência.

Em declarações á agência Lusa, Ana Abrunhosa salientou que o trabalho em rede, desde as empresas, à investigação, inovação, ensino e prestação dos cuidados de saúde, "deixou uma imagem de excelência" junto dos alemães, que visitaram a região no início do mês de junho.

Admitiu que a existência de semelhanças entre aquela região alemã - era uma das menos desenvolvidas e dedicou-se intensivamente com o apoio do governo à saúde e à biotecnologia - e a região Centro acabou também por propiciar uma relação mais próxima entre as partes, sendo já certo que se voltará a visitar aquele estado germânico para reforçar as relações de cooperação.

"No último quadro de apoio, foram distribuídos no Centro 300 milhões de euros para a ciência e tecnologia. Sabemos, contudo, que o retorno do investimento neste tipo de setor demora muito tempo", admitiu a responsável.

A presidente da CCDRC sublinhou ainda a importância desta parceria - "a competitividade hoje mede-se no mercado mundial" -, frisou que o Turismo de Saúde deve igualmente ser um eixo fundamental na estratégia desta aliança e olhou para a China, com quem já há relações, como um mercado fundamental para este esforço de internacionalização da região.

"A Europa e a China são os mercados que mais desafiam a região Centro. Todo este papel catalisador da CCDR envolve sempre as universidades, os hospitais, o turismo, os parques tecnológicos e as empresas", reforçou Ana Abrunhosa, recordando que a Comissão Europeia reconhece a notoriedade da região no setor da saúde e da biotecnologia.

"O Biocant, por exemplo, concentra mais de 30% das empresas de biotecnologia do país", concluiu a dirigente.

ONU
As novas infeções pelo VIH desceram mais de um terço desde 2000, mas serão precisos 29 mil milhões de euros por ano até 2020...

Em 2000, as Nações Unidas fixaram oito grandes Objetivos do Milénio para 2015, incluindo combater o VIH/SIDA (Vírus da Imunodeficiência Humana/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).

A luta feroz da comunidade internacional contra a SIDA - graças a milhares de milhões de euros investidos, dos quais metade pelos Estados Unidos - foi um êxito, de acordo com o relatório da ONUSIDA, apresentado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na conferência internacional sobre o financiamento do desenvolvimento, em Addis Abebe (Etiópia).

Entre 2000 e o ano passado, as novas infeções diminuíram 35,5% para dois milhões de casos. Ainda melhor, as novas infeções em crianças registaram uma descida de 58% no mesmo período.

As mortes relacionadas com a SIDA desceram 41%, para 1,2 milhões, desde o pico de 2004.

"O mundo atingiu o sexto objetivo do milénio para o desenvolvimento. A epidemia foi erradicada e invertida", afirmou Ban Ki-moon.

Em 2014, 83 países travaram a progressão da epidemia, incluindo algumas das nações mais afetadas como a Índia, Quénia, Moçambique, África do Sul e Zimbabué.

O relatório indica também que os esforços realizados permitiram atingiram o alvo, fixado em 2011, de colocar 15 milhões de pessoas a receber tratamentos antiretrovirais (TARV) neste ano, contra apenas um milhão em 2001.

O número de pessoas que vive com o VIH/SIDA continua a aumentar - 36,9 milhões no ano passado, ou mais 700 mil que no ano anterior - por ser possível envelhecer com a doença, devido ao êxito das terapias antiretrovíricas, cada vez mais eficazes e acessíveis.

"Acabar com a epidemia da SIDA (...) até 2030 é ambicioso, mas realista", considerou Ban.

Para isso "são necessários esforços urgentes, de maior escala, nos próximos cinco anos", preveniu a ONU, que pede o investimento de cerca de 29 mil milhões de euros todos os anos até 2020. Este ano foram investidos 19,7 mil milhões.

Na eliminação da epidemia, a ONU fixou objetivos intermédios para 2020, com a fórmula "90-90-90": 90% das pessoas infetadas com o VIH devem saber (atualmente só perto de metade sabe), 90% pessoas que conhecem a sua situação devem seguir um tratamento, 90% dos tratados devem ver a carga viral desaparecer (tornar-se indetetável).

Graças aos fundos, a ONU espera facilitar o acesso aos tratamentos em todo o mundo.

A organização pediu também uma descida dos preços das matérias primas usadas no fabrico dos antiretrovirais e lamentou que apenas duas empresas partilhem 71% do mercado destes medicamentos.

O mercado das meios de diagnóstico é também dominado em 90% por duas empresas, apesar de um aumento da procura.

O tratamento é uma ferramenta essencial para acabar com a epidemia da SIDA, mas não é a única, sublinham os peritos, que pedem mais esforços para desenvolver estratégias de prevenção, incluindo a distribuição de preservativos, a eliminação da transmissão mãe-filho (só conseguida, até agora, em Cuba), a multiplicação dos serviços de redução dos riscos para os toxicodependentes ou ainda na luta contra a violência contra as mulheres.

O relatório lamenta também que em 2014 76 países continuem a criminalizar as relações homossexuais e 116 países a criminalizar os trabalhadores do sexo.

O diretor executivo da ONUSIDA, Michel Sidibé, explicou que as Nações Unidas contam com a chegada de uma vacina na próxima década.

A África subsaariana continua a ser a região mais atingida, representando 70% dos casos. Três países apresentaram mais de metade das novas infeções na região em 2014: Nigéria, África do Sul e Uganda.

Mas a região da Ásia-Pacífico, menos afetada com apenas cinco milhões de pessoas seropositivas no ano passado, preocupa a ONU devido a um aumento dos casos. As novas infeções aumentaram 3% entre 2010 e 2014.

A China, a Índia e a Indonésia registaram 78% das novas infeções na região no ano passado.

Entre os dias 13 e 16 de Julho
O Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Professor Doutor Carlos Maurício Barbosa, desloca-se à Região Autónoma da Madeira,...

No âmbito desta visita à Madeira, o bastonário será recebido, em audiências, pelo Presidente do Governo Regional, Dr. Miguel Albuquerque, e pelo Secretário Regional da Saúde, Dr. Manuel Veloso Brito, e efetuará ainda uma visita ao Hospital Nélio Mendonça.

A campanha “Uso do Medicamento – Somos Todos Responsáveis”, lançada pela Ordem dos Farmacêuticos (OF) em Setembro de 2014, visa alertar a população para o uso responsável dos medicamentos, promover as boas práticas de prescrição, dispensa e utilização dos medi­camentos e debater o tema com todos os agentes envolvidos nesta problemática – farmacêuticos, indústria farmacêutica, médicos, enfermeiros, decisores políticos e cidadãos. A iniciativa recebeu os apoios institucionais da Federação Internacional Farmacêutica (FIP) e do Infarmed.

A OF irá elaborar um documento, para o qual têm vindo a ser registados diversos contributos durante as sessões de discussão realizadas desde o ano passado, que apresentará, em primeira instância, ao Ministério da Saúde e à Comissão de Saúde da Assembleia da República, com recomendações concretas para a promoção do Uso Responsável do Medicamento em Portugal, de forma a maximizar o investimento nesta tecnologia de saúde e tendo em vista a obtenção de ganhos em saúde.

“InnovFin Doenças Infecciosas”
O programa de investigação da União Europeia “InnovFin Doenças Infecciosas” vai emprestar 10 milhões de euros a uma empresa...

Em comunicado, a representação da Comissão Europeia em Portugal refere que o empréstimo concedido à empresa sueca Cavidi AB pelo Banco Europeu de Investimento é concedido ao abrigo do Horizonte 2020, o programa de investigação e inovação da União Europeia (UE) da responsabilidade do comissário europeu Carlos Moedas.

Este é o primeiro empréstimo concedido pelo subprograma “InnovFin Doenças Infecciosas” desde o seu lançamento, em junho passado.

O “InnovFin Doenças Infecciosas” financia projetos de alto risco na área de doenças infecciosas para comercialização futura.

No comunicado é referido que a Cavidi AB, uma empresa de biotecnologia sueca, “desenvolveu um dispositivo de teste de HIV de baixo custo que funciona em laboratórios menos sofisticados”.

“O empréstimo permitirá agora que esta empresa desenvolva uma versão automatizada do dispositivo e lançá-la em janeiro de 2016”, é referido.

O comissário da UE para a investigação, Inovação e Ciência, Carlos Moedas, disse que “este primeiro empréstimo não só irá ajudar ao desenvolvimento de um dispositivo inovador, de baixo custo, para monitorizar o tratamento do HIV em benefício dos pacientes, mas também apoiar o crescimento de um negócio inovador”.

Carlos Moedas considerou que “este é um dos muitos exemplos de como o Horizonte 2020, o programa de financiamento da UE para investigação e inovação, aborda os principais desafios da sociedade, estimulando ao mesmo tempo a competitividade e o crescimento da Europa ".

O dispositivo permite uma deteção regular da carga viral em pacientes com HIV, mesmo em países de menor rendimento.

“A deteção correta de resistência aos medicamentos em pacientes com HIV pode ajudar a controlar a pandemia de HIV/ SIDA uma vez que a manutenção de uma carga viral baixa reduz as chances de transmissão do vírus”, pode ler-se no comunicado.

Campanha Peso da Saúde
Campanha em parceria com a Direção-Geral da Saúde vai andar pelas praias portuguesas até final de Agosto.

Sentir o que é o dia-a-dia quando se ganham dez quilos acima do peso recomendado ou tentar fazer algumas atividades depois de um acidente vascular cerebral que deixou lesões em termos de movimentos e de visão. Estes são dois dos desafios que vão andar pelas praias portuguesas até ao final de Agosto, no âmbito da campanha de sensibilização Peso da Saúde, que pretende alertar a população para os efeitos da obesidade.

O projeto, segundo o jornal Público, desenvolvido pela empresa Keypoint em parceria com a Direção-Geral da Saúde (DGS), arrancou nesta segunda-feira na praia da Torre, em Oeiras, e pretende alertar para o facto de que a obesidade é uma doença em si mesma. Até ao final de Agosto o programa vai percorrer 21 praias de todo o país, contando também com o apoio das autarquias.

O Peso da Saúde vai desenvolver-se em tendas montadas para o efeito. As pessoas interessadas podem participar nas três etapas desenhadas. Primeiro submetem-se a uma avaliação corporal com vários parâmetros medidos e em que os técnicos vão explicar o que é um índice de massa corporal e como se define a obesidade.

Depois, os participantes podem ficar a saber, com o índice de massa corporal que têm, quais os riscos em que incorrem em termos de obesidade, nomeadamente a predisposição para doenças como a diabetes e hipertensão. A informação será também dada na forma de um relatório que as pessoas podem guardar. A terceira fase vai socorrer-se de simuladores para que os participantes possam de forma rápida conhecer a sensação de ganhar 10 quilogramas, mas também os efeitos de uma das principais causas de morte em Portugal e que gera também muitos anos sem qualidade de vida: o acidente vascular cerebral (AVC).

O último relatório Portugal – Alimentação Saudável em números 2014, publicado em Dezembro pela DGS, estima que em Portugal existam um milhão de obesos e 3,5 milhões de pré-obesos e que cada português adulto tem disponíveis por dia, em média, 3963 calorias – quase o dobro do que é aconselhável (entre as 2000 e as 2500 calorias).

Mais recentemente, em Fevereiro, o estudo Tendências na saúde dos jovens e determinantes sociais alertava também que o número de jovens que sofrem de excesso de peso e obesidade não está a diminuir em Portugal. Em 2002, 19% dos rapazes adolescentes portugueses apresentavam excesso de peso ou obesidade. Em 2010, eram 21,34%. Nas raparigas, as taxas oscilaram entre os 13,54% e os 15,87% (respetivamente em 2002 e 2010).

Especialista esclarece
Um exame importante para fazer e muitas matérias para estudar, mas o dia tem apenas 24 horas. O café passa a ser o companheiro...

Segundo especialistas, a cafeína pode, sim, irritar o estômago causando dor e desconforto. E não é só esta substância. Pimenta, bebidas alcoólicas e até o tabaco também possuem essa característica. Essa irritação pode ser entendida como gastrite, que nada mais é do que um termo genérico para designar uma lesão superficial na mucosa do estômago. A gastrite pode ser gerada por diversos fatores.

O gastroenterologista Matheus Azevedo explica que o desenvolvimento de uma inflamação no estômago varia de pessoa para pessoa. “O nosso estômago tem um mecanismo de defesa próprio contra agentes externos, mas quando esses mecanismos não são suficientes para vencer os agentes, a gastrite pode acontecer e piorar. Isso vai depender de organismo para organismo”, explicou.

Apesar dos hábitos influenciarem o desenvolvimento da gastrite, grande parte dos casos está relacionada com a presença de uma bactéria específica: a Helicobacter pylori, ou H-pilori como é conhecida. “É uma bactéria frequente no meio ambiente e a sua contaminação tem a ver com a condição socioeconómica do paciente. Vivemos num mundo de contaminação fecal-oral”, disse Ramiro Mascarenhas, presidente da Sobed (Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva).

O H-pylori causa úlceras no estômago, que são feridas mais profundas, e podem levar até a um cancro gástrico. “É preciso ter cuidado porque essa dor, esse desconforto, porque pode indicar a presença de doenças mais graves. É preciso investigar as causas desse desconforto”, afirmou Mascarenhas. Essa investigação é feita através da endoscopia digestiva, que é um exame que filma a mucosa do esôfago, estômago e da parte superior do intestino delgado, e também através da biópsia, que retira um pouco do tecido inflamado do estômago para análise.

“Há casos que a endoscopia nem é necessária. Apenas um exame de sangue já consegue detetar o que a pessoa tem. Por isso, é muito importante procurar orientação médica, afirmou Mascarenhas, ao referir-se às parasitoses que tem sintomas semelhares à gastrite, como estrongiloidíase e a giárdia.

Matheus Azevedo explica que, no caso da infeção por H-pylori, o tratamento é feito com dois ou três antibióticos e um inibidor do ácido do estômago. “Nesse período, o paciente não pode comer alimentos que vão pesar no estômago, não pode ingerir álcool. Além disso, os antibióticos podem gerar desconforto estomacal”, conta.

Além dos microrganismos, dos hábitos descritos no começo desse texto, o que muita gente não sabe é que aquela aspirina tomada depois de um longo dia de trabalho e stress para aliviar a dor de cabeça, ou aquele remédio para desinflamar a garganta, também podem causar inflamações no estômago.

“Há medicamentos, em especial os anti-inflamatórios, que interagem com substâncias presentes na mucosa do estômago, diminuindo a sua presença, o que pode causar inflamação e até úlceras. Por isso, é imprescindível que esses medicamentos só sejam tomados com prescrição médica”, disse Rogério Alves, gastroenterologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Trabalhador na Guiné-Conacri
As primeiras análises ao ébola ao português que deu entrada, no domingo, no hospital de Cascais, com suspeitas da doença deram...

O homem de 35 anos foi entretanto transferido para o Curry Cabral, o hospital de referência para o ébola em Portugal, diz o Diário Digital.

O homem é português mas trabalha na Guiné-Conacri e vai continuar internado sob observação, até que todos os exames sejam conclusivos.

Em menos de dois anos, o vírus do ébola matou mais de 11.200 pessoas, a maioria na África Ocidental.

Ações de prevenção
No próximo dia 18 de julho, da parte da tarde, a Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros promove um conjunto de ações...

A Barragem do Azibo, em Macedo de Cavaleiros (Bragança), a Praia da Arda, em Afife (Viana do Castelo) e a Praia de Salgueiros, em Vila Nova de Gaia (Porto), vão assim acolher uma equipa composta por Enfermeiros, auxiliados pelos técnicos da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Numa iniciativa conjunta, refere o Sapo, estas entidades vão alertar a população, sobretudo os mais jovens, para os cuidados a ter com o sol. Apesar de indispensável para o fabrico da vitamina D e para o desenvolvimento ósseo, o sol em excesso pode significar problemas no futuro. Os cuidados devem ser redobrados sobretudo com as crianças, porque são mais sensíveis e porque têm a pele mais fina e menos bem irrigada. Mesmo nos adultos, a exposição solar deve ser lenta e progressiva.

O uso de chapéu, camisola, e protetor solar, a ingestão de água com frequência, e a sombra obrigatória para todos os bebés são apenas alguns dos conselhos básicos. De um modo geral a população conhece os riscos, mas o certo que continuamos a ver as crianças e adultos desprotegidos e expostos aos raios ultravioletas entre as 11h00 e as 17h00. Esquecem uma regra simples que diz que as horas seguras são aquelas em que a nossa sombra é maior que nós próprios.

A maior parte das manchas pigmentadas não são graves mas pode acontecer que algumas aumentam e proliferam para se tornarem num melanoma ou qualquer outro cancro da pele. O aviso que a Secção Regional do Norte (SRN) faz é a consulta em casos de dúvida. Se acompanhados desde cedo os cancros de pele podem ser curados.

Para reforçar estes e outros conselhos a SRN e a Liga unem esforços e levam a mensagem aos locais de maior perigo como as praias e as piscinas. Nos três distritos vão ter um dermatoscópio disponível para o diagnóstico precoce das alterações da pigmentação da pele. Os profissionais de Enfermagem vão ensinar igualmente como se faz a boa aplicação do protetor solar por exemplo.

Sucesso entre as brasileiras
Já conhece o polémico método anti-concecional que já se tornou uma alternativa para quem quer combater os sintomas da...

Segundo o Sapo, é o assunto mais falado entre as fashionistas nos bastidores das semanas de moda e já ganhou a fama de querido entre as modelos quando se trata de combater as dores da menstruação, como a enxaqueca, o inchaço a também as cólicas, estamos a falar portanto do chip hormonal. O chip é um tubo de plástico com 3 cm de comprimento que pode contar com até seis combinações de hormonas (progesterona, estrogénio, gestrinona, estradiol, nomegestrol e elcometrina) que ajudam a perder peso, assim como, a definir o corpo e chegando a eliminar a celulite, a grande inimiga das mulheres.

Este método surgiu como uma alternativa ao uso da pílula, tanto para o combate das dores como pela sua forma milagrosa de proporcionar uma silhueta mais bonita e onde graças às hormonas que lá são colocadas, ajuda a diminuir a gordura e a aumentar a massa magra.

O implante coloca-se sob a pele do braço ou dos glúteos, expulsando de uma forma mais lenta e gradual o medicamento no sangue. As doses utilizadas em cada tubo são bem mais pequenas que as doses usadas nas pílulas, pois ao contrário destas, não é necessário passarem pelo fígado para entrarem no organismo.

Mas claro que como todos os medicamentos este também tem os seus contras, até porque existem muitas mulheres que não conseguem adaptar-se bem a este chip hormonal, além disso pode causar o aparecimento de borbulhas, queda de cabelo, mudança na voz, aumento no peso e também bastante inchaço. Por isso esta aplicação só deve ser realizada após diversos exames que tenham como objetivo descobrir a combinação certa de hormonas para cada tipo de paciente tendo em conta o índice de massa corporal, a idade, os hábitos, entre outros.

Contudo isto, se o que pretende é perder peso e ficar com o corpo definido recomendamos que siga uma vida saudável com uma alimentação variada juntamente com alguns exercícios físicos e procure um método contracetivo mais natural que seja ideal para si e que a faça sentir-se bem consigo mesma.

Responsáveis alemães
O presidente do Biocon Valley, entidade alemã com a qual a região Centro vai estabelecer uma parceria na área das...

Depois de ter visitado o Centro no início de junho, Horst Klinkmann disse ter ficado “muito impressionado” com a cooperação demonstrada entre as variadas estruturas visitadas, desde a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), os hospitais da região, as universidades, os parques tecnológicos e as empresas, numa rede que vai desde a formação académica, à investigação, inovação e, finalmente, prestação de cuidados de saúde.

“Ficámos muito impressionados com a estreita cooperação demonstrada. O nosso elogio enaltece os esforços de Portugal para superar os problemas económicos e para manter o seu futuro – a geração mais nova – em casa. Dentro da União Europeia, os esforços de Portugal são certamente um exemplo para os outros países”, disse aquele responsável.

Uma comitiva portuguesa – CentroPT Health Alliance – celebra em Rostock, na Alemanha, na quarta e na quinta-feira, uma parceria de cooperação com a rede de saúde alemã Biocon Valley, entidade com mais de 160 parceiros e que está precisamente localizada naquela cidade e ainda em Greifswald.

O ministro da Saúde português, Paulo Macedo, o embaixador em Berlim, Luís de Almeida Sampaio, a presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, o presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Martins Nunes, representantes das três universidades da região (Coimbra, Aveiro e Beira Interior – Covilhã), os responsáveis máximos do Turismo do Centro e da Administração Regional de Saúde do Centro, Pedro Machado e José Tereso, respetivamente, e ainda várias empresas representativas do setor, marcam também presença na Conferência de Rostock sobre a Economia da Saúde.

Miguel Castelo-Branco, presidente do Centro Hospitalar Cova da Beira, responsáveis pelo hospital Rovisco Pais e pelo Biocant (parque tecnológico em Cantanhede) e Instituto Pedro Nunes (em Coimbra) participam igualmente naquele evento.

Horst Klinkmann explicou que nos últimos anos a conferência tem “sido um marco para o desenvolvimento das ciências da vida não só dentro da Alemanha, mas também para os países que rodeiam o Mar Báltico” e que Portugal é o primeiro “país parceiro de outra região da União Europeia”.

“Estamos muito honrados por o ministro da Saúde e o embaixador português marcarem presença no evento e com uma delegação tão representativa”, disse Klinkmann.

O presidente do Biocon Valley aludiu ainda às semelhanças entre aquele estado alemão e a região Centro, naquilo que diz respeito ao setor da saúde e da biotecnologia, ponto de partida para o memorando.

Potenciar ciências da vida e saúde
A região Centro e o Biocon Valley, um centro de ciências da vida e de economia da saúde no norte da Alemanha, estabelecem na...

Os principais objetivos desta parceria são, designadamente, estimular a cooperação nas áreas da ciência e dos cuidados de saúde entre o Centro de Portugal e o estado alemão de Mecklenburg-Vorpommern, facilitar a comunicação e fornecer informação fulcral sobre os cuidados de saúde e a economia da saúde.

Além disso, os subscritores comprometem-se a iniciar uma colaboração direta entre os principais agentes destas regiões naquilo que respeita à indústria, investigação e serviços de cuidados de saúde.

As partes devem ainda identificar campos de interesse mútuo nestes setores estratégicos para as duas regiões – a saúde e a biotecnologia -, assim como promover a troca de informação académica e resultados de investigações.

A parceria será estabelecida, nesta fase inicial, por um período de três anos.

O Biocon Valley é uma rede que envolve 160 parceiros e está situada nas cidades universitárias de Rostock e Greifswald.

A assinatura do protocolo decorre na quarta-feira, em Rostock, durante a conferência sobre Economia da Saúde, que se realiza até quinta-feira.

Portugal está representado pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, pelo embaixador português em Berlim, Luís de Almeida Sampaio, e pela presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Ana Abrunhosa.

A comitiva integra também o presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Martins Nunes, representantes das três universidades localizadas na região, nomeadamente a de Coimbra, de Aveiro e da Beira Interior (Covilhã), os responsáveis máximos do Turismo do Centro e da Administração Regional de Saúde do Centro, Pedro Machado e José Tereso, respetivamente, e ainda várias empresas representativas do setor.

O presidente do Centro Hospitalar Cova da Beira, Miguel Castelo-Branco, e responsáveis pelo hospital Rovisco Pais e pelo Biocant (parque tecnológico em Cantanhede) e Instituto Pedro Nunes (em Coimbra) também participam na conferência.

Campanha online termina a 27 de Julho de 2015
O Serviço de Ação Social da Europacolon Portugal – Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo, promove uma campanha...

“Este projeto tem como objetivo dar resposta às necessidades básicas dos pacientes ostomizados. Pretendemos aumentar a qualidade de vida e dignidade dos doentes oncológicos e seus cuidadores.

A Europacolon pretende acima de tudo apoiar os pacientes com insuficiência financeira, por forma a permitir-lhes adquirir gratuitamente as placas e os sacos coletores de fezes", afirma Vítor Neves, Presidente da Europacolon.

Segundo os últimos registos, o número de pacientes ostomizados em Portugal atinge cerca de 15 mil casos, dos quais 80 a 90% são pessoas que sofrem ou sofreram de doenças oncológicas. Em Portugal, um paciente ostomizado gasta em média 120 euros mensais em placas e sacos coletores de fezes.

A Campanha online de apoio ao paciente ostomizado tem como desafio angariar 3.600 euros para o apoio de mais cinco pacientes, durante seis meses. A Campanha termina a 27 de Julho e os donativos devem ser realizados através da plataforma:  https://novobancocrowdfunding.ppl.pt/pt/prj/apoio-social-pacientes-oncologicos

Infarmed
A Agência Europeia do Medicamento iniciou a publicação das conclusões adotadas na sequência da avaliação única de relatórios...

Esta iniciativa pretende facilitar a implementação harmonizada das medidas de segurança adotadas para todos os medicamentos com a mesma substância ativa em todos os Estados-membros da União Europeia.

Em European Medicines Agency - Outcomes of periodic safety update report single assessments, encontram-se disponíveis:
- A publicação das conclusões científicas e justificação para as alterações à informação do medicamento e o respetivo calendário de implementação em todas as línguas oficiais da União Europeia;
- A lista dos medicamentos envolvidos nos procedimentos.

Esta divulgação abrange as conclusões decorrentes da avaliação única dos relatórios periódicos de segurança (RPS) que apenas envolvam medicamentos autorizados por procedimento nacional, de reconhecimento mútuo ou descentralizado (não centralizados).

As conclusões da avaliação única de RPS de medicamentos autorizados por procedimento centralizado são publicadas no Relatório Público Europeu de Avaliação (EPAR) de cada medicamento. As conclusões da avaliação única de RPS de medicamentos autorizados por procedimento centralizado e não centralizado são publicadas no Community register of medicinal products | Public health, European Commission.

Os titulares de autorização de introdução no mercado (AIM) dos medicamentos envolvidos (incluindo medicamentos genéricos e de uso bem estabelecido) devem adotar as medidas previstas nas conclusões, incluindo a submissão de alterações aos termos da AIM.

Relembra-se que os titulares de AIM estão legalmente obrigados a assegurar que as informações dos seus medicamentos se mantêm atualizadas face aos conhecimentos científicos mais recentes e têm em conta as recomendações publicadas no site da Agência Europeia do Medicamento (EMA), que funciona como o portal europeu de medicamentos.

Para facilitar a implementação das conclusões decorrentes da avaliação de todos os procedimentos que envolvam pelo menos uma AIM não centralizada (nacional, de reconhecimento mútuo ou descentralizada), o Infarmed:
- Publica, de forma regular, os resumos dos relatórios de avaliação em Relatórios Periódicos de Segurança – conclusões da avaliação única;
- Notifica os Titulares de AIM (dos medicamentos autorizados por procedimento nacional e por reconhecimento mútuo ou descentralizado em que Portugal seja o Estado-membro de referência) sempre que as conclusões científicas implicarem alterações aos termos da AIM.

Reunião Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica 2015
A Astellas Pharma anunciou novos dados do ensaio clínico de fase II que avalia a utilização da enzalutamida enquanto agente...

O estudo alcançou o seu objetivo primário e o respetivo resumo foi selecionado para ser destacado nas próximas reuniões “Best of ASCO”.

O ensaio clínico de fase II com braço único, aberto e multicêntrico envolveu 118 mulheres com TNBC avançado em duas etapas. O objetivo primário do ensaio era atingir uma taxa de sucesso clínico às 16 semanas (CBR16), definida como a proporção de mulheres com uma resposta completa (CR), resposta parcial (PR) ou doença estabilizada nas últimas 16 semanas. Dois tipos de população foram avaliados neste ensaio clínico: a população de doentes avaliáveis tinham pelo menos 10% das células na amostra de tumor primário com resultado positivo para o AR e tiveram pelo menos uma avaliação de follow-up do tumor, enquanto que a população com intenção de tratamento (ITT) recebeu pelo menos uma dose de enzalutamida e o cancro da mama não apresentava coloração no ensaio imunohistoquímico para o AR. 75 doentes preencheram os critérios para inclusão na população de doentes avaliáveis e um total de 118 doentes foram incluídos na população com ITT. Não havia nenhum limite para o número de tratamentos anteriormente recebidos.

·         Nos 75 doentes avaliáveis, a CBR16 foi alcançada em 35% dos doentes (95%, intervalo de confiança (CI) entre 24 a 46) incluindo seis CR/PR. A taxa de benefício clínico após 24 semanas, ou mais, (CBR24) foi atingida em 29% (95%, CI: 20 - 41). A sobrevivência livre de progressão (PFS) mediana foi de 14,7 semanas (95%, IC: 8,1 - 19,3).

·         Na população com ITT, a CBR16 foi alcançada em 25% (95% CI: 17-33) incluindo sete CR/PR (6%). A CBR24 foi alcançada em 20% (95% CI: 14-29). A PFS mediana foi de 12,6 semanas (95% CI: 8,1-15,7).

Os dados recolhidos neste estudo permitirão o desenvolvimento de um novo ensaio genómico. O ensaio diagnóstico, que também foi introduzido durante uma sessão da ASCO, foi avaliado pela sua capacidade de identificação de doentes que possam vir a beneficiar com enzalutamida. Aproximadamente 50% da população ITT teve diagnóstico positivo e os dados de acordo com esta metodologia foram os seguintes:

·         Na população ITT, 39% (95% CI: 27-53) dos doentes com diagnóstico TNBC AR positivo obtiveram CBR16 e 36% alcançou CBR24 (95% CI: 24-49), enquanto que 11% (95% CI: 5-21) dos doentes com diagnóstico negativo AR TNBC alcançaram CBR16 e apenas 6% (95% CI: 2-16) alcançou CBR24. A PFS mediana foi de 16,1 semanas (95% CI: 13,3; 27,4) em comparação com 8,1 semanas (95% CI: 7,4; 12,6), respetivamente.

·         Doentes com diagnóstico TNBC AR positivo tratados em primeira ou segunda linha com enzalutamida na população ITT demostraram uma PFS mediana de 40,4 semanas (95% CI: 16,1- ainda não alcançada) em comparação com 8,9 semanas (95% CI: 7,3; 15,7) em doentes com diagnóstico negativo de doença AR TNBC.

Os efeitos adversos mais comuns (notificados em ≥10%) na população ITT foram a fadiga (34%), náuseas (25%), redução do apetite (13%), diarreia e afrontamentos (10% cada).

Campanha de consciencialização da Ordem dos Farmacêuticos
A campanha Uso Responsável do Medicamento desenvolvida pela Ordem dos Farmacêuticos, com o slogan “Uso do Medicamento – Somos...

“A distinção da campanha da Ordem dos Farmacêuticos ‘Uso do Medicamento – Somos Todos Responsáveis’ com o Prémio Almofariz relativo ao Projeto do Ano tem um significado muito especial para todos nós, já que constitui um importante reconhecimento do mérito da nossa iniciativa e da relevância do assunto, o que obviamente muito nos apraz registar” afirma Carlos Maurício Barbosa, Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos.

A campanha “Uso do Medicamento – Somos Todos Responsáveis”, foi lançada em setembro do ano passado e visa alertar a população para o uso responsável dos medicamentos, promover boas práticas de prescrição, dispensa e utilização e debater o assunto com todos os agentes envolvidos nesta problemática – farmacêuticos, indústria farmacêutica, médicos, enfermeiros, decisores políticos e cidadãos.

Os Prémios Almofariz, promovidos pela revista Farmácia Distribuição, distinguem, anualmente desde 1995, a inovação da Indústria Farmacêutica, as farmácias, os farmacêuticos e os seus projetos mais relevantes. 

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