Região Centro deve diferenciar-se na Saúde e na Biotecnologia
Em declarações a propósito da presença de Portugal e do Centro na Conferência sobre Economia da Saúde, que se realiza em Rostock, na Alemanha, na quarta e na quinta-feira, Ana Abrunhosa enalteceu os vários hospitais da região, com destaque para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), as três universidades (Coimbra, Beira Interior - Covilhã e Aveiro), as diversas empresas dedicadas à saúde e à biotecnologia e ainda os parques tecnológicos, como o Biocant ou o Instituto Pedro Nunes.
A comitiva portuguesa - CentroPT Health Alliance (estrutura suportada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, que engloba hospitais, universidades, parques tecnológicos, Administração Regional de Saúde, Turismo do Centro, Ageing @Coimbra e várias empresas) - que estará em Rostock e que inclui o ministro da Saúde português, Paulo Macedo, e o embaixador em Berlim, Luís de Almeida Sampaio, celebra naqueles dias uma parceria de cooperação com a rede de saúde alemã Biocon Valley, entidade com mais de 160 parceiros e que está precisamente localizada naquela cidade e ainda em Greifswald.
Além de Ana Abrunhosa, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), a comitiva integra também o presidente do CHUC, Martins Nunes, representantes das três universidades ali localizadas, os responsáveis máximos do Turismo do Centro e da Administração Regional de Saúde do Centro, Pedro Machado e José Tereso, respetivamente, e ainda várias empresas representativas do setor.
Miguel Castelo-Branco, presidente do Centro Hospitalar Cova da Beira, responsáveis pelo hospital Rovisco Pais e pelo Biocant (parque tecnológico em Cantanhede) e Instituto Pedro Nunes (em Coimbra) também participam na conferência.
Em declarações á agência Lusa, Ana Abrunhosa salientou que o trabalho em rede, desde as empresas, à investigação, inovação, ensino e prestação dos cuidados de saúde, "deixou uma imagem de excelência" junto dos alemães, que visitaram a região no início do mês de junho.
Admitiu que a existência de semelhanças entre aquela região alemã - era uma das menos desenvolvidas e dedicou-se intensivamente com o apoio do governo à saúde e à biotecnologia - e a região Centro acabou também por propiciar uma relação mais próxima entre as partes, sendo já certo que se voltará a visitar aquele estado germânico para reforçar as relações de cooperação.
"No último quadro de apoio, foram distribuídos no Centro 300 milhões de euros para a ciência e tecnologia. Sabemos, contudo, que o retorno do investimento neste tipo de setor demora muito tempo", admitiu a responsável.
A presidente da CCDRC sublinhou ainda a importância desta parceria - "a competitividade hoje mede-se no mercado mundial" -, frisou que o Turismo de Saúde deve igualmente ser um eixo fundamental na estratégia desta aliança e olhou para a China, com quem já há relações, como um mercado fundamental para este esforço de internacionalização da região.
"A Europa e a China são os mercados que mais desafiam a região Centro. Todo este papel catalisador da CCDR envolve sempre as universidades, os hospitais, o turismo, os parques tecnológicos e as empresas", reforçou Ana Abrunhosa, recordando que a Comissão Europeia reconhece a notoriedade da região no setor da saúde e da biotecnologia.
"O Biocant, por exemplo, concentra mais de 30% das empresas de biotecnologia do país", concluiu a dirigente.