Cientistas australianos
Cientistas australianos descobriram um novo fármaco que abre a porta ao tratamento de um tipo de leucemia muito agressivo que...

Este medicamento, batizado de 'PR-104', foi eficaz contra a leucemia linfoblástica aguda T, ou T-LLA, nos testes realizados em laboratório, segundo um comunicado da Universidade de Nova Gales do Sul.

A leucemia linfoblástica aguda é o cancro mais comum em crianças, sendo que 15% dos casos são do subtipo mais agressivo, conhecido como T-LLA, aquele que menos responde aos tratamentos e tende a causar recaídas.

Richard Lock e Donya Moradi Manesh, investigadores do Instituto do Cancro Infantil, da Universidade de Nova Gales do Sul, têm liderado os testes com o 'PR-104', depois de já terem sido testados cerca de 70 fármacos nos últimos dez anos.

“Acreditamos que o 'PR-104' pode ser eficaz para os pacientes que inicialmente beneficiaram de tratamentos convencionais contra a T-LLA e que posteriormente sofreram recaídas”, comentou Lock.

Estudo
O cientista Miguel Santos Pais Vieira é o primeiro autor do estudo publicado na revista Scientific Reports, que mostra como os...

Em dois estudos separados assinados com os seus colegas da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, Pais Vieira explora o conceito de 'brainet', ou Internet cerebral, numa tradução livre para o português.

Nestes estudos, grupos de dois a quatro animais foram capazes de combinar parte da atividade dos seus cérebros para controlar os movimentos de um braço virtual ou para realizar operações computacionais, como reconhecimento de padrões, recuperação de memórias tácteis e uma forma simplificada de previsão do tempo.

Esta investigação abre espaço para desenvolver redes de cérebros de animais, verdadeiros computadores orgânicos que utilizam tecnologia analógica e digital.

"A nossa expectativa foi atingida de forma surpreendente, o que sugere que, no futuro, os seres humanos vão ter menos dificuldades para combinar, de forma não invasiva, a atividade elétrica de um ou mais cérebros para uma tarefa motora, por exemplo", explicou o diretor da equipa, o brasileiro Miguel Nicolelis, com quem trabalha Pais Vieira.

Num dos estudos publicados, dois macacos em ambientes diferentes tinham que movimentar apenas com o pensamento um braço virtual, apresentado na tela do computador.

Cada macaco tinha que realizar um movimento para receber uma recompensa; os movimentos eram diferentes um do outro, mas no seu conjunto faziam o braço virtual mexer.

Num segundo estudo, que mostrou a conexão feita entre cérebros de ratos, foi possível combinar a atividade elétrica de três ou quatro roedores para a realização de tarefas computacionais lógicas.

Uma das possibilidades que estes estudos abre é o trabalho com pessoas que tenham sofrido acidentes.

Em teoria, quem perdeu os seus movimentos poderá ser auxiliada por uma ou mais pessoas a sentir novamente os seus membros, o que facilitaria o seu processo de reabilitação.

Essa teoria deve começar a ser testada com seres humanos, no Brasil e nos Estados Unidos, ainda este ano, estando os primeiros resultados previstos para 2016.

Estes estudos foram realizados nos últimos quatro anos, enquanto Nicolelis e a sua equipa trabalham no projeto Walk Again (Andar de Novo), que tem como objetivo utilizar as atividades neurais para controlar de maneira direta um equipamento externo ao corpo humano.

O trabalho ficou conhecido pelo desenvolvimento de um exoesqueleto que possibilitou um paraplégico brasileiro dar um pontapé durante a cerimónia de abertura do Campeonato do Mundo de Futebol, em São Paulo, em junho do ano passado.

Miguel Pais Vieira, de 35 anos, fez o seu doutoramento em neurociência na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e chegou aos Estados Unidos em 2009 para trabalhar com o professor Miguel Nicolelis, líder desta área de investigação.

Investigador diz
Um grupo de investigadores médicos norte-americanos acreditam que "dentro de cinco anos haja um medicamento que cure a...

“Não existe ainda um medicamento” para a inflamação do fígado ou esteatose-hepática não alcoólica (EHNA) e, por vezes, “um novo fígado é a única opção para muitas pessoas”, disse o investigador Joel Levine.

O investigador, que dirige as especialidades de gastroenterologia, hepatologia e nutrição do Centro Médico do Hospital Pediátrico Morgan Stanley, em Nova Iorque, considerou que atualmente “os médicos têm pouco a oferecer aos pacientes com EHNA”, além da recomendação para comerem menos e melhor e fazerem mais exercício”.

Contudo, por ser um potencial com enorme procura, dado tratar-se de uma doença crónica – um mercado anual avaliado em 31,5 milhões de euros -, e também devido a um maior conhecimento sobre as formas pelas quais esta patologia melhora ou piora, muitas farmacêuticas estão já a testar algumas drogas, sublinhou.

Das várias possibilidades testadas sobressaiu “o ácido ‘obeticholic’, que tem vindo a impressionar os pesquisadores por reduzir a quantidade de cicatrizes no fígado”, consequência da doença em estado grave.

Daí o especialista afiançar que se está num momento "crucial" na história do combate a esta doença hepática e que, “dentro de cinco anos, poderemos ter pelo menos um medicamento aprovado”.

“A inflamação do fígado ou esteatose-hepática não alcoólica, associada à obesidade, decorre do excesso de gordura no fígado e, como o nome indica, não resulta do abuso de álcool", como se julgava antes, frisou o cientista, acrescentando que esta patologia “origina muitos casos graves" da doença conhecida como "fígado gordo", que pode "destruir o órgão e levar à necessidade de um transplante ou até mesmo à morte”.

Apesar de haver propensões genéticas associadas a quem se torna obeso ou desenvolve a doença do "fígado gordo", e com ou sem lesão das células, “as mudanças na dieta e pouco exercício são as razões para este problema”, disse o especialista que é também professor e vice-presidente da especialidade de Pediatria da Universidade de Columbia, também em Nova Iorque.

O fígado funciona como um agente de trânsito para as gorduras resultantes das calorias que são consumidas, atualmente bastante acima das necessidades, referiu Joel Levine, apontando que por essa razão “o fígado começa também a armazená-las em excesso” e, nalguns casos, gera inflamação que pode levar à insuficiência hepática, ao cancro e à morte.

Trata-se de “uma 'epidemia' que está inclusivamente a surgir em lugares improváveis como a Índia rural. É um problema em todo o mundo", insistiu.

Esta doença brevemente será o principal motivo para o transplante de fígado, reforçou, dizendo que a EHNA é presentemente a causa número dois para transplantes deste órgão vital, mas que provavelmente passará para número um até ao final da década, devido à nova geração de drogas antivirais para a cura da hepatite C, atualmente a maior causa de insuficiência hepática.

Durante décadas, o problema da EHNA passou despercebido, principalmente porque os médicos a confundiam com a hepatite alcoólica, que também envolve o acumular de gordura no fígado, mas esta resulta de alcoolismo prolongado, referiu o investigador.

O crescente universo de pessoas não alcoólicas que apresentavam "fígados gordos", na década de 1980, levou à distinção pelos patologistas entre as duas inflamações: a esteatose-hepática alcoólica e a não alcoólica.

A distinção surgiu sobretudo após surgir um elevado número de crianças com o problema, algumas já com cirrose hepática, o que ajudou a dissipar quaisquer dúvidas de que a doença não estava relacionada com o consumo excessivo de álcool.

De norte a sul do país
Mais de 2 mil crianças e jovens, dos 6 aos 18 anos, participaram nas sessões de esclarecimento.

Está concluída a primeira fase do projeto que a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) tem vindo a desenvolver junto da comunidade escolar, no âmbito do Programa para a Inclusão e Vida Saudável (PIVS). No próximo ano letivo haverá mais sessões, com o apoio da Direção-Geral da Saúde (DGS), direcionadas a escolas com crianças e jovens com diabetes tipo 1.

Constituída por profissionais na área da saúde e da educação, a equipa de formadores da APDP desenvolveu desde o início deste ano várias sessões de esclarecimento sobre a diabetes e a promoção de hábitos de nutrição equilibrada.

Dirigidas a crianças, jovens, professores, pais e encarregados de educação de escolas públicas do ensino básico ao secundário, estas sessões aconteceram em cerca de 20 escolas de Silves, Porto, Évora e em diferentes cidades da Grande Lisboa, incluindo Amadora, Alcochete, Seixal, entre outras.

Esta iniciativa realizou-se no âmbito do PIVS, financiado pelo Fundo Social Europeu através do Programa Operacional do Potencial Humano.

Desenvolvido em parceria entre a APDP, o Instituto Luso-Ilírio para o Desenvolvimento Humano, a Associação Mundo a Sorrir, a União das Mutualidades, a União das Misericórdias Portuguesas e com o Plano Nacional de Ética no Desporto, o projeto integra atividades de natureza multidisciplinar que capacitam os beneficiários para a adoção de estilos de vida saudável.

“Este conjunto de ações educativas, com recurso a jogos e muita interação, pretende contribuir para uma consciencialização das crianças e dos jovens sobre a problemática da diabetes, mas também para a aquisição de conhecimentos fundamentais para uma vida saudável em pleno”, explica a formadora Alexandra Costa, uma das responsáveis pelo projeto da APDP.

A grande recetividade e o reconhecimento do trabalho desenvolvido por parte das escolas envolvidas levam à continuação das sessões de esclarecimento promovidas pela APDP no próximo ano letivo.

Esta nova fase, já fora do âmbito do Programa PIVS, contará com o apoio da DGS e será direcionada a escolas com crianças e jovens com diabetes tipo 1.

Desde o reinício do Programa de Troca de Seringas nas Farmácias
As farmácias trocaram mais de 25.500 seringas nos primeiros seis meses do programa troca de seringas que se reiniciou no início...

O Programa de Troca de Seringas nas Farmácias (PTS-F) estava suspenso desde 2012, quando cessou o contrato entre a Associação Nacional de Farmácias (ANF) e o Ministério da Saúde, tendo sido retomado no início de janeiro deste ano.

A retoma deste programa já tinha sido anunciada, mas até agora não fora concretizada, tendo a troca de seringas sido feita, desde então, apenas nos centros de saúde e em instituições de solidariedade social.

De acordo com a ANF, o reinício do PTS-F “ocorreu de forma faseada e cumprindo o calendário da Direção-Geral da Saúde”, tendo começado em janeiro pelo distrito de Setúbal, estendendo-se progressivamente a Lisboa (em fevereiro), ao Porto (em março) e aos restantes distritos do país a partir de 15 de março.

Atualmente, são mais de 1.450 as farmácias aderentes ao programa, assegurando uma cobertura nacional que ultrapassa a existente quando o programa cessou (cerca de 1.200 farmácias participantes em 2012).

Quanto ao número de seringas distribuídas, as farmácias registaram a troca de mais de 25.500 seringas até junho (correspondendo a dados preliminares de 12.767 kits do Programa registados).

A ANF destaca que a evolução gradual do PTS-F, bem como a necessidade de divulgação aos potenciais beneficiários (população frequentemente marginalizada e pouco informada), têm correspondido às expectativas.

Infarmed
A Autoridade do Medicamento e Produtos de Saúde decretou a suspensão imediata da venda do produto cosmético Água de Rosas da...

“Verificou-se que o produto cosmético Água de Rosas Elective, da marca Elective, não cumpria os requisitos legais estabelecidos (…) pelo que o Infarmed ordena a suspensão imediata da comercialização e retirada do mercado de todos os lotes do produto”, indica um alerta divulgado no site da Autoridade do Medicamento.

O Infarmed determina que as entidades que tenham o produto não o podem vender e que os consumidores que o têm já comprado não o devem usar, “por não ser possível garantir a sua qualidade e segurança”.

Ministério da Saúde
A Administração Central do Sistema de Saúde anunciou a conclusão do processo de avaliação de 51 novos médicos de família, que...

“A entrada em funções destes médicos de família permitirá reforçar a cobertura em médicos de família, com mais 1.900 utentes por médico que venha a ser contratado pelas administrações regionais de saúde (ARS)”, refere uma nota da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

As listas de utentes por cada médico de família são de um máximo de 1.900 utentes para os clínicos que fazem as 40 horas de trabalho semanais.

Dos 51 médicos de família selecionados, sete são de nacionalidade estrangeira (seis dos quais espanhóis).

A ACSS diz que os candidatos vão iniciar funções “muito proximamente”, mas sem adiantar uma data concreta, até porque cabe às ARS celebrar ainda os respetivos contratos de trabalho.

Segundo estimativas recentes do Ministério da Saúde, faltarão cerca de 650 médicos de família para cerca de 700 mil portugueses, necessidade que o Governo acredita que pode ser suprida dentro de dois anos.

Comité consultivo da FDA
A Sanofi e a Regeneron Pharmaceuticals, Inc. acabam de anunciar que o Comité consultivo de medicamentos metabólicos e...

A votação do Comité foi de 13 contra 3 (sem abstenções) em como a Sanofi e a Regeneron conseguiram estabelecer de forma suficiente que o benefício de redução do colesterol de lipoproteínas de baixa densidade (LDL-C ou “mau” colesterol) do Praluent é superior aos seus riscos para apoiar a aprovação em uma ou mais populações de doentes.

“Estamos satisfeitos com a recomendação do Comité para a aprovação do Praluent®. O nosso programa de desenvolvimento clínico centrou-se em doentes com uma grande necessidade não satisfeita, onde o Praluent® proporcionou reduções significativas do LDL-C, superando as terapêuticas com estatinas e outros hipolipemiantes”, afirmou Dr. Elias Zerhouni, Presidente, I&D global, Sanofi. “O nosso programa de desenvolvimento do Praluent® de fase III investigou as dosagens de 75mg e 150mg, oferecendo regimes de dosagem flexíveis que podem ser adaptados às necessidades de redução do colesterol de cada doente.”

A recomendação do Comité baseou-se no perfil benefício-risco do Praluent®, na sequência da revisão dos dados de eficácia e segurança de mais de 5000 doentes incluídos em 10 ensaios clínicos de fase III, em dupla ocultação, com duração entre seis meses a dois anos. Os dados clínicos do programa de fase III ODYSSEY mostram resultados consistentes e positivos na redução do LDL-C. Os acontecimentos adversos comuns, mais frequentemente reportados  pelos doentes tratados com Praluent® do que nos outros grupos de controlo incluíam reação no local da injeção e prurido (comichão).

“A descoberta do forte papel regulador do PCSK9 nos níveis de colesterol e em doenças cardíacas foi um dos avanços em genética humana mais importantes da última década”, afirmou Dr. George D. Yancopoulos, M.D., Ph.D., Chief Scientific Officer da Regeneron e Presidente, Regeneron Laboratories. “Os resultados de hoje aproximam-nos da tradução desta descoberta baseada na genética num tratamento que pode ajudar os inúmeros doentes que necessitam de reduzir ainda mais os níveis de colesterol.”

A recomendação do Comité Consultivo será considerada pela FDA na sua revisão do pedido de licença de produto biológico (Biologics License Application, BLA) do Praluent®. A FDA não está vinculada à recomendação do Comité, mas tem-na em consideração ao rever os medicamentos experimentais. O BLA do Praluent® foi aceite para revisão prioritária pela FDA com uma data de decisão prevista para 24 de julho de 2015.

Se aprovado pela FDA, espera-se que o Praluent® seja o primeiro anticorpo monoclonal totalmente humano que tem como alvo a PCSK9 (pró-proteína convertase subtilisina/quexina tipo 9) nos EUA. O Pedido de Autorização de Introdução no Mercado do Praluent® na União Europeia está atualmente a ser revisto pela Agência Europeia de Medicamentos (European Medicines Agency, EMA). A segurança e a eficácia do Praluent® não foram inteiramente avaliadas por qualquer autoridade reguladora.

Orientações para uma dieta que ganha terreno
A Direção-Geral da Saúde lança um manual dedicado à alimentação vegetariana, com esclarecimentos, informações nutricionais,...

"Linhas de orientação para uma alimentação vegetariana saudável" é um manual que tem como objetivo promover a informação disponível nas instituições de saúde sobre os benefícios de consumir produtos de origem vegetal e simultaneamente contribuir para um maior conhecimento dos profissionais de saúde e da população em geral, evitando erros que possam colocar a saúde em risco.

“Sentimos por parte dos profissionais de saúde, nomeadamente na área da nutrição, um aumento de pedidos de informação sobre alimentação vegetariana e particularmente a estrita”, disse à Lusa Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da Saúde (DGS) e um dos autores do manual.

Os estudos internacionais apontam para um número crescente de vegetarianos a cada ano – influenciados em grande parte pelo aumento das preocupações com a proteção do ambiente e dos animais – sobretudo entre a população mais esclarecida e estudantes universitários.

Por outro lado, há cada vez mais informação online sobre vegetarianismo, muita dela sem qualidade ou a tentar vender produtos comerciais, o que origina má informação, acrescenta o responsável.

O manual contém uma breve história sobre os conceitos associados à alimentação vegetariana, os benefícios, os riscos, os principais alimentos e as suas classificações, poendo dividir-se em ovolactovegetariana (exclui carne e peixe, mas inclui ovos e lacticínios) ou vegetariana estrita ou vegana (que exclui todos os alimentos de origem animal).

Hoje em dia há cada vez mais livros, receitas e revistas, bem como menus alternativos nos restaurantes com opções vegetarianas, mas a DGS nunca tinha publicado orientações sobre a alimentação vegetariana, quando uma das conclusões do relatório 2015 sobre a saúde dos portugueses é que os motivos que mais influenciam a perda de anos de vida com qualidade saudável é a alimentação não saudável, principalmente pobre em fruta e hortícolas.

Neste sentido, Pedro Graça alerta para a necessidade de incorporar vegetais e hortícolas na alimentação, devido às suas funções protetoras das células.

“Estudos científicos demonstram que quando aumenta deste consumo há maior proteção da célula face a doenças como a oncológica e a cardiovascular”, disse, especificando que quando ultrapassa os 400 gramas por dia, se estima que tenha efeito protetor.

O responsável sublinha ainda que para se seguir esta dieta não é necessário adotar um padrão alimentar distinto, mas apenas “valorizar o que há”, uma vez que a tradição alimentar portuguesa é muito rica em vegetais.

Mas um padrão alimentar vegetariano mal acompanhado comporta riscos, que este manual visa precisamente suprir, como a carência das vitaminas B12 e D, dos minerais ferro, cálcio, zinco, proteína de qualidade e ácidos gordos essenciais.

Em particular, as grávidas e as crianças são os grupos de risco que mais preocupam os profissionais, uma vez que em cassos extremos pode levar à morte e em casso ligeiros á anemia e défice de crescimento.

“A questão proteica é a que nos preocupa mais. Na ovolactovegetariana essa carência está acautelada. Aliás, quem quer começar uma dieta vegetariana deve começar inicialmente pela ovolactovegetariana, particularmente as crianças”, frisou o nutricionista.

Estudo
Não é novidade que o tabaco traz vários malefícios para a saúde. Além de prejudicar a via respiratória, o ato de fumar também...

O problema, revela o Diário Digital, é que, segundo um novo estudo da FOP (Faculdade de Odontologia de Piracicaba), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), os danos do fumo podem ser irreversíveis para a saúde bucal. É que metais pesados, como chumbo, níquel, cádmio e arsénio, presentes no fumo dos cigarros, contaminam a estrutura dentária.

Segundo a autora do estudo, a cirurgiã-dentista Jéssica Dias Theobaldo, os riscos que esses metais pesados podem causar à estrutura dentária são desconhecidos. “No entanto, sabemos que são substâncias altamente tóxicas para o corpo humano como um todo”, afirma.

E uma vez incorporado à estrutura dental, os metais permanecem no local. “O dano para a dentina (uma das estruturas básicas do dente) é irreversível, mas o fumador pode minimizar isso ao interromper o vício e impedir a deposição dessas substâncias na boca”, afirma Maria Lucia Zarvos Varellis, cirurgiã-dentista e conselheira do CROSP (Conselho Regional de Odontologia).

Maria Lucia conta que visitas mais frequentes ao dentista também podem ajudar a minimizar os problemas com tratamentos preventivos e curativos. “Os tratamentos são recomendados de acordo com a necessidade de cada indivíduo. Não há uma regra, pois o paciente pode precisar de um tratamento preventivo ou de restauro. Tudo depende do dano provocado pelo fumo. Além disso, o cirurgião-dentista também pode fazer parte da equipa multidisciplinar na hora de combater o vício”, acrescenta.

Além da contaminação, o estudo demonstrou que as substâncias do fumo de cigarro prejudicaram outros aspetos do tratamento dentário, como a aderência da resina à dentina do dente.

De acordo com Maria Lúcia, os restauros adesivos são os mais procuradas para a população que precisa de reconstruir estruturas dentárias perdidas por cáries ou fraturas. “Esses restauros têm a mesma cor do dente e, portanto, são impercetíveis, melhorando a forma estética do procedimento, o que faz com que grande parte da população recorra a eles”, explica.

O estudo constatou que a exposição da estrutura dentária ao fumo do cigarro diminui a capacidade de colagem dos adesivos usados neste tratamento de restauração. “Acreditamos que os restauros em pacientes fumadores tenham uma durabilidade menor, portanto, isso exige que eles tenham um acompanhamento mais intenso com o cirurgião-dentista”, afirma a pesquisadora.

O estudo foi realizado in vitro e Jéssica expôs amostras de dentes bovinos ao fumo de um maço de cigarros durante cinco dias. “Posteriormente realizamos testes para identificar metais pesados e a resistência dos adesivos dentais à estrutura dentária”, conta.

Para fazer as experiências da pesquisa, a cirurgiã-dentista utilizou uma máquina de fumo desenvolvida pelo Departamento de Odontologia Reparadora da FOP. “A máquina simula a cavidade bucal de um fumador e permite a impregnação de pigmentos e substâncias contidas no cigarro nas amostras de dentes”, conta Jéssica.

O próximo passo da pesquisadora será obter mais dados sobre o efeito do fumo do tabaco na saúde bucal no seu projeto de doutoramento. “O estudo será in vivo, pois vamos buscar pacientes fumadores voluntários para confirmar esses dados. A ideia é consolidar o resultado obtido neste estudo”, afirma.

Estudo
A introdução de uma manteiga enriquecida com ácido linoleico conjugada (CLA) — um tipo de ácido gordo encontrado na gordura de...

Segundo o Diário Digital, entre os autores da pesquisa estão Wagner Gattaz, Leda Leme Talib, Emanuel Dias Neto e Fábio Mury, do Laboratório de Neurociências – LIM 27, do Instituto de Psiquiatria (IPq), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Também assinam o artigo Marcos Gama e Fernando Lopes, da Embrapa, e Nadia Rezende Raposo, da Universidade Federal de Juiz de Fora.

De acordo com Leda Leme Talib, chefe do Laboratório de Neurociências, estudos da literatura científica demonstram que pacientes com Alzheimer apresentam uma baixa atividade de uma enzima chamada fosfolipase A2 (PLA2) no cérebro – esta está ligada às estruturas cerebrais relacionadas com a memória.

“A fosfolipase A2 (PLA2) é uma enzima que age sobre os fosfolípides, gorduras constituintes das membranas celulares, e ácidos gordos, que funcionam como mediadores na formação da memória. Na pesquisa, observamos que a ingestão de alimentos ricos em ácido linoleico modulou a atividade dessa enzima, essa maior atividade da fosfolipase implicou uma melhoria da memória dos animais em estágio inicial da doença de Alzheimer”.

Leda explica que em pacientes sem Alzheimer, as membranas celulares são fluídas e renovadas normalmente, mas em pacientes com a doença, as membranas são rígidas e dificultam a libertação de ácidos gordos, como o ácido linoleico, que influencia nos mecanismos de formação da memória. Por isso o aumento da atividade da fosfolipase A2, que atua nas camadas das membranas celulares, pode ter contribuído para melhorar a memória dos animais.

Durante quatro semanas, os ratos receberam dietas com quantidade normal de ácido linoleico (grupo controlo), quantidade elevada (manteiga enriquecida) e abaixo do normal. Eles foram ensinados a desempenhar determinada tarefa para analisar a situação da memória.

A análise do tecido cerebral dos animais mostrou que os alimentados com maior quantidade de ácido linoleico apresentavam maior atividade das fosfolipases, correlacionada com a melhoria da memória dos animais

Apesar de os testes sugerirem que os produtos lácteos enriquecidos com ácido linoleico podem ser úteis no tratamento da doença, a pesquisadora alerta que precisam de ser feitos mais estudos. “Precisamos de analisar o que essa alimentação rica em gordura pode acarretar para a saúde dos animais, são necessárias mais intervenções até chegarmos às análises com humanos”, avisa Leda.

Estudo revela
Estar constantemente preso em filas de trânsito, sobretudo se for barulhento, pode aumentar o risco de morte por doença...

De acordo com um estudo publicado na revista European Heart Journal, que analisou 8 milhões de residentes na grande Londres entre 2003 e 2010, existe uma relação de causalidade entre trânsito barulhento e taxas elevadas de AVC, revela o Sapo.

Segundo os investigadores britânicos, as pessoas que vivem em locais onde os barulhos gerados pelo trânsito passam os 60 decibéis durante o dia sofrem um risco maior de morte na ordem dos 4% em relação àquelas que vivem em áreas mais calmas.

De acordo com o mesmo estudo, o barulho agrava também a hipertensão, os problemas de sono e de stress, todos fatores de risco conhecidos das doenças cardiovasculares.

Os adultos que moram perto de vias particularmente barulhentas durante o dia também têm um risco 5% maior de hospitalização por AVC, percentagem que sobe para 9% entre os idosos.

Segundo Jaan Halonen, da London School of Hygiene and Tropical Medicine, que coordenou os estudos, este é a primeira investigação a estabelecer uma relação entre barulho do trânsito e acidentes vasculares cerebrais no Reino Unido.

Em Londres, mais de 1,6 milhões de pessoas vivem em zonas onde o barulho ultrapassa os 55 decibéis durante o dia.

Os cientistas reconhecem, contudo, que além do barulho, vários outros fatores como a obesidade, o sedentarismo, a hipertensão e a diabetes desempenham um papel importante para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Hoje na Assembleia da Republica
Da autoria do Deputado Ricardo Baptista Leite, Clara de Sousa Pontes e José Francisco Pavão, a obra analisa o papel da...

Outras questões de relevo como a literacia, a educação e a cidadania em saúde são ainda abordadas neste livro, que tem como objetivo lançar o debate em Portugal e iniciar uma reflexão sobre o papel do cidadão na promoção da saúde.

A publicação, apresentada hoje pelas 18h na Assembleia da República, é uma edição conjunta do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa e da ONGD Mundo a Sorrir e é apresentada pelos autores, pelo Diretor do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa, Alexandre Castro Caldas, pela Consultora para os Assuntos da Política de Saúde da Casa Civil do Presidente da República, Clara Carneiro, e pelo Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreira.

Especialistas europeus
Um estudo que está a ser feito a nível europeu pode apresentar, até final do ano, resultados que levem a uma vacina contra a...

Investigador auxiliar do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), José Marcelino é um dos organizadores de uma conferência (Global Health and Tropical Medicine: HIV Challenges) que, na sexta-feira, junta em Lisboa os maiores especialistas europeus sobre VIH/Sida.

Em declarações, o responsável salientou que se tudo “funcionar bem” no trabalho que está a ser feito, em menos de uma década poderá ter-se chegado a uma vacina, que proteja a progressão da infeção e evite novas infeções. “Se tudo ocorrer da maneira que estamos a pensar, ficamos um passo mais perto da vacina”, frisou.

O estudo que está a ser feito, há já vários anos, junta doentes de Portugal (cerca de mil), França e Alemanha, num total que oscila entre os quatro e os cinco mil. É da responsabilidade do consórcio europeu que está a estudar uma vacina e que funciona no âmbito da rede europeia ERA-Net HIVERA, dedicada à investigação em VIH/Sida.

Com um extenso e complexo nome, o estudo está a ser dirigido por Patrice Debré (coordenador do consórcio), da Universidade Pierre e Marie Curie (França), que, em declarações, diz que, apesar de todos os avanços, ainda não se conhecem “os determinantes da resposta imune que iria controlar o vírus”.

Salientando a importância dos estudos em pessoas que conseguem naturalmente controlar a doença, o especialista frisou que o vírus “apresenta uma grande variabilidade, o que lhe permite escapar de formas diferentes às respostas imunitárias”.

“Não sabemos induzir respostas imunitárias celulares ou por anticorpos específicos que sejam suficientemente protetoras do homem”, afirmou.

De acordo com Patrice Debré, os investigadores trabalham na busca de respostas através das células e de anticorpos, procuram novas metas, mas “é impossível fazer previsões”, porque se trata de um trabalho demorado e por etapas.

“Penso que estamos no caminho correto para uma solução, porque a pandemia não se controla com antirretrovirais”, referiu José Marcelino.

Já quanto ao investimento europeu na investigação, José Marcelino é menos otimista, diz que há menos apoios hoje e fala mesmo em “desinvestimento”, ao mesmo tempo que lamenta que, em Portugal, ao contrário de outros países, não haja apoios privados à investigação.

A especialista Perpétua Gomes, do Hospital Egas Moniz e que também vai participar na conferência, diz que os avanços no tratamento da doença levaram a essa noção de que a Sida já não é o problema que era há umas décadas e, por isso, alguns grupos começaram a despreocupar-se.

Mas está errado, porque Portugal continua a ter um número de infetados muito elevado, 42 mil, e, se os jovens estão mais esclarecidos, há uma faixa etária entre os 30 e os 40 anos que parece estar a “facilitar”, assinala Perpétua Gomes.

“Quem está no meio sabe, continuam a existir novas infeções, a Sida continua a matar, não mata é tão cedo”. A especialista considera também que uma vacina, no conceito que se tem de vacina, não está para breve, admitindo mais rapidez numa cura, ainda que essa rapidez não deva ser a menos de dez anos.

Como José Marcelino, Perpétua Gomes salienta a importância da prevenção. E diz sobre isso Patrice Debré: “Mesmo que haja num certo número de países uma diminuição da epidemia ela está longe de estar controlada. É preciso não abrandar as medidas de prevenção e continuar a apoiar a investigação”.

A dar razão às cautelas dos investigadores estão os 30 milhões de infetados, só na África Subsaariana. Deles, dos avanços na busca de uma vacina, das estratégias mais recentes, ou da terapêutica antirretroviral se falará na sexta-feira, no Instituto de Higiene e Medicina Tropical.

#makeachildcry
Cerca de 4 milhões de crianças morrem todos os anos em virtude de doenças que poderiam ser evitadas. Milhões de outras crianças...

Há mais de 35 anos, a Médicos do Mundo luta para melhorar o acesso aos cuidados de saúde das populações mais vulneráveis, à frente das quais se encontram as crianças. Devido a guerras, catástrofes naturais e crises que atingem vários países, muitas crianças sofrem de malnutrição, adoecem por falta de vacinação e carecem de cuidados de saúde que poderiam salvá-las.

Concebida pela agência DDB Paris, a campanha #makeachildcry visa sensibilizar o público para a questão do acesso das crianças aos cuidados de saúde. Com uma mensagem forte, baseada no medo infantil do médico, a campanha apela à ação de forma original. O medo que as crianças têm de injeções, instrumentos médicos e medicamentos é universal. Mas este mal necessário para a saúde e o bem-estar infantil é muitas vezes negligenciado. Apoiar aqueles que prestam cuidados por vezes desagradáveis mas necessários permite salvar vidas todos os dias e em toda a parte do mundo.

Um spot televisivo e 4 cartazes mostram crianças que foram consultadas e apelam à generosidade do público. O site makeachildcry.com propõe-se informar o público acerca das crianças tratadas pela Médicos do Mundo. Michaela, de 5 anos, é vítima da cólera no Haiti, Sonia espera ser vacinada para matricular-se numa escola na Alemanha, e Moissa, de 4 anos, recusa alimentar-se após ter vivido o horror na Síria.

A Médicos do Mundo da Alemanha, Argentina, Canadá, Espanha, França, Grécia, Países Baixos, Portuga e Suíça divulgarão esta campanha a nível internacional.

Estudo
Um estudo com quase 1.000 adolescentes descobriu que as jovens obesas, sexualmente ativas, são significativamente menos...

Mesmo as adolescentes obesas que usam contraceção, não o fazem de forma consistente, de acordo com o estudo do Sistema de Saúde da Universidade de Michigan (U-M), publicado no The Journal of Pediatrics.

Semanalmente, os investigadores analisaram 26.545 questionários respondidos por 900 mulheres com idades entre 18 e 19 anos, medindo as práticas sexuais e uso contracetivo. Foi examinado a associação entre peso e comportamentos sexuais.

"A taxa de gravidez na adolescência dos EUA é uma das mais altas em países desenvolvidos do mundo," diz a autora e médica Tammy Chang, professora assistente de Medicina Familiar da Escola de Medicina da U-M.

"Reduzir a gravidez na adolescência é uma prioridade da saúde pública e é preciso entender que os adolescentes estão em maior risco de gravidez. Os nossos resultados sugerem que a obesidade pode ser um fator importante associado com o comportamento sexual adolescente feminino."

Uma em cada quatro mulheres dos EUA engravidam pelo menos uma vez antes dos 20 anos de idade. O estudo da U-M incidiu em mulheres entre 18-19 anos, idades que estão relacionadas às maiores taxas de gravidez indesejada. Um estudo anterior, liderado por Chang, constatou que as mulheres que dão à luz ainda adolescentes correm um risco maior de obesidade mais tarde na vida.

As mulheres obesas que engravidam também têm um maior risco de desenvolver diabetes gestacional, distúrbios hipertensivos, coágulos sanguíneos e lesões relacionadas com o parto. Os seus recém-nascidos são mais propensos a serem admitidos à unidade de cuidados intensivos neonatal. Um quinto dos adolescentes americanos são obesos.

"Noções básicas sobre comportamentos sexuais à partir do peso dos adolescentes é fundamental devido ao risco que a obesidade provoca para as mães e os bebés," diz Chang.

Embora as diferenças no uso de contraceção sejam significativas entre as meninas obesas em comparação com aquelas com peso normal, os investigadores não encontraram nenhuma diferença em outros comportamentos sexuais, incluindo o número de parceiros, a frequência do sexo ou a duração das relações.

Os investigadores observam que os adolescentes obesos têm-se mostrado diferentes de várias maneiras, daqueles com peso normal, inclusive com menor autoestima – o que pode prejudicar as relações sexuais, os pedidos de contracetivos aos médicos e a obtenção de contraceção nas farmácias. Baixos níveis do uso de contracetivo também podem ser conectados a barreiras socioeconómicas e à alfabetização, fatores de risco para a obesidade.

"Ao compreender as barreiras que colocam determinados grupos de adolescentes em risco mais elevado de gravidez não intencional, os investigadores podem adaptar intervenções para capacitar os adolescentes a fazerem escolhas sexuais mais saudáveis," diz Chang.

Segurança alimentar
O projeto de Bancos Alimentares foi distinguido em Milão, Itália, como o melhor exemplo de boas práticas no domínio da...

No âmbito da Exposição de Milão (“Alimentar o planeta, energia para a vida”) o projeto foi ainda apontado como referência mundial na área do desenvolvimento social sustentável, segundo informação do Banco Alimentar de Portugal.

O prémio que distinguiu as melhores práticas de desenvolvimento sustentável foi recebido pela portuguesa Isabel Jonet, em nome da Federação Europeia de Bancos Alimentares, da qual é presidente.

Na Europa existem 240 bancos alimentares.

Medalha de Mérito da Cidade do Porto
A Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, vai ser distinguida pela Câmara do Porto com a Medalha Municipal de...

A Medalha Municipal de Mérito destina-se a galardoar quem tenha praticado atos de que advenham assinaláveis benefícios para a Cidade do Porto, melhoria das condições de vida da sua população, desenvolvimento ou difusão da sua arte, divulgação ou aprofundamento da sua história, ou outros atos de notável importância justificativos deste reconhecimento no campo artístico, científico, cultural ou profissional, como é definido pelo respetivo regulamento da Câmara Municipal do Porto.

Alexandra Bento é a primeira Bastonária da Ordem dos Nutricionistas da história e foi uma das principais impulsionadoras do processo de criação daquela ordem profissional, cuja sede nacional acabaria por ficar instalada na cidade do Porto.

Residente na Invicta desde que realizou a sua licenciatura na Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, é também no Porto que Alexandra Bento desenvolve a sua atividade profissional de nutricionista na ARS Norte, de consultora da indústria agroalimentar e de docente universitária.

Para Alexandra Bento, “é uma honra acrescida receber esta distinção, uma vez que o Porto é a cidade berço da profissão de Nutricionista. A Universidade do Porto simboliza no nosso país, para além do nascimento do ensino da nutrição, a criação de uma verdadeira escola de pensamento na área e foi devido a este percurso que no Porto se concentrou um verdadeiro cluster do ensino da nutrição de Portugal, com a única faculdade pública do País e duas universidades privadas a ministrarem a licenciatura em ciências da nutrição. É por isso uma honra acrescida receber esta distinção da Câmara Municipal do Porto.”

Pesquisas revelam
Uma proteína que se acumula no sangue estaria ligada às perdas de memória e dificuldades de aprendizagem nas pessoas mais...

A molécula, chamada B2M (acrónimo de beta2-microglobulina) foi identificada pelos investigadores da Universidade da Califórnia em São Francisco como um elemento do sangue que “influencia negativamente as funções cognitivas e as suas regenerações” no adulto, segundo um artigo publicado na revista Nature, e revelado pelo Diário Digital.

As concentrações de B2M são mais “elevadas” no sangue das pessoas idosas. O mesmo foi observado nos ratos utilizados na pesquisa, submetidos a diversas experiências.

Num destes testes, a injeção de doses de B2M no sangue ou diretamente no cérebro dos ratos ainda jovens causou danos às funções de aprendizagem e memória e reduziu o processo de renovação dos neurónios.

A ação desta molécula não parece durar já que após 30 dias das injeções, o défice de aprendizagem e de memória induzidos não estavam mais aparentes.

Isso “sugere que os efeitos da proteína no declínio cognitivo são potencialmente reversíveis”, segundo a Nature.

“Estamos entusiasmados com os resultados, já que mostram meios potenciais de reverter os problemas cognitivos ligados ao envelhecimento”, explicou um dos principais autores do artigo, Saul Villeda da universidade californiana.

O envelhecimento é associado a uma queda progressiva da função cognitiva e ao retardamento progressivo do processo de renovação dos neurónios no cérebro.

“O envelhecimento continua a ser o principal fator de risco para as doenças neurodegenerativas do tipo demência, como a doença de Alzheimer”, lembraram os pesquisadores no comunicado.

De acordo com a pesquisa, a B2M é uma proteína do corpo humano implicada no mecanismo de imunidade que foi encontrada em concentrações elevadas entre as pessoas que sofrem de demência senil, e seria o início de uma nova resposta.

Num outro teste, os mesmos cientistas conseguiram eliminar por meios genéticos a molécula B2M nos ratos de laboratório.

Constataram que os ratos mais velhos desprovidos da B2M não sofriam com a perda de memória, explicou Saul Villeda.

Uma próxima etapa consiste em desenvolver uma molécula para bloquear os efeitos da proteína B2M ou para eliminá-la do sangue das pessoas mais velhas.

Estudo
O envelhecimento é tipicamente estudado nos idosos, mas um estudo afirma que diferentes taxas de envelhecimento podem ser...

As descobertas publicadas nos Anais da Academia Nacional de Ciências de 6 de Julho foram baseadas num grupo de 954 pessoas nascidas na Nova Zelândia em 1972 ou 1973.

Os cientistas, segundo o Diário Digital, recolheram dados sobre a função do rim, fígado e pulmão, higiene bucal, vasos sanguíneos nos olhos, bem como sobre o metabolismo e função do sistema imunológico dos voluntários aos 26, 32 e 38 anos.

Também mediram o colesterol, níveis de condicionamento físico e o comprimento dos telómeros, que são as capas de proteção na extremidade dos cromossomos - que, segundo verificado, diminuem com a idade.

Usando um total de 18 medições biológicas, os investigadores determinaram uma “idade biológica” para cada participante aos 38 anos - com alguns a registar menos de 30 anos e outros que parecem ter quase 60.

Quando os cientistas observaram atentamente para os que tinham envelhecido mais rapidamente, encontraram que os sinais de deterioração eram evidentes aos 26 anos, idade em que o primeiro conjunto de medidas biológicas foram tiradas.

A maioria das pessoas no grupo estava a envelhecer à taxa esperada de um ano biológico por ano cronológico, ou até menos.

Outros foram envelhecendo numa proporção de três anos biológicos por ano cronológico.

Aqueles cujos corpos foram envelhecendo mais rápido também “obtiveram um resultado pior em testes normalmente dados a pessoas com mais de 60 anos, incluindo testes de equilíbrio e coordenação e resolução de problemas não familiares”, disse o estudo.

E quando um grupo de estudantes universitários da Universidade de Duke foi convidado a olhar para fotos de pessoas no grupo, constantemente classificaram como mais velhos aqueles cujos corpos foram envelhecendo mais rapidamente do que o resto.

Os autores do estudo disseram que os seus resultados pavimentam o caminho para futuros testes que podem ser mais fáceis e mais baratos de implementar, de modo que as pessoas podem descobrir o quão rápido estão a envelhecer aos 20 anos - quando ainda podem fazer algo e possivelmente prevenir doenças relacionadas com a idade.

Pesquisas anteriores mostraram que os genes representam apenas cerca de 20% do envelhecimento, deixando o resto para hábitos de saúde e ao meio ambiente.

Páginas