Administração Regional de Saúde do Norte
O presidente da Administração Regional de Saúde do Norte afirmou que, em 2016, os utentes do SNS do Norte terão acesso a 90 mil...

Os números foram revelados por Alvário Almeida, em Vila Verde, durante a cerimónia que assinalou a inauguração do hospital da Misericórdia local, e onde foram rubricados os oito acordos de parceira entre o setor público e aquelas instituições, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS), ao abrigo do decreto-Lei nº 138/2013, de 9 de outubro.

O responsável sublinhou que, no próximo ano, os utentes do SNS terão acesso, em oito hospitais da região, a 91 mil consultas de várias especialidades, cerca de 13.200 cirurgias, bem como meios complementares de diagnóstico e terapêutica num investimento de 25 milhões de euros.

"São oito hospitais que passam a ser do SNS e em que os utentes apenas têm que pagar a taxa moderadora", afirmou, adiantando que com estes acordos serão prestados "melhores cuidados de saúde, ajustados às necessidades das pessoas".

Vila Verde, Fão, Felgueiras, Riba d'Ave, Póvoa de Lanhoso, Marco de Canaveses, Lousada e Esposende são as Misericórdias que assinaram novos acordos.

Presente na cerimónia, o presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel de Lemos disse que com estas parceiras "o Estado e o Governo não estão a fazer um favor às Misericórdias".

"O que Estado e o Governo estão a fazer é a aproveitar a enorme capacidade das Misericórdias para melhorar a prestação de cuidados de saúde, regularizar modelos de financiamento, controlar custos e fugir ao défice, com evidente satisfação das comunidades". Quem não percebe isso está preso a pressupostos ideológicos serôdios, ou vive longe da realidade em termos de modernidade de políticas sociais em matérias de saúde", sustentou.

O responsável apelou ainda ao ministro da Saúde, que presidiu à cerimónia, para "dar instruções às restantes Administração Regional de Saúde (ARS) para que o novo modelo de acordo seja replicado, com as devidas adaptações, aos restantes hospitais das Misericórdias".

O ministro Paulo Macedo afirmou que "contrariamente ao que tantos disseram, mesmo em fase de enorme adversidade, os últimos quatro anos foram totalmente excecionais e anormais, não tiveram nada de vulgaridade, nem nada de comparabilidade com os outros anos mais recentes".

Segundo Paulo Macedo, o governo "tem razões para estar contente" porque, "num cenário de extrema adversidade" conseguiu "evitar o caminho da disrupção do SNS, do sistema de saúde".

"Conseguimos pelo contrário fortalecê-lo. Aumentamos o rigor, o seu equilíbrio e a sustentabilidade do SNS, e eu diria do setor privado e social, em simultâneo", frisou.

Adiantou que, nos últimos quatro anos, "aumentaram em termos concretos, mensuráveis, os ganhos em saúde e em eficiência, e disso, é testemunha a esperança média de vida ou a mortalidade infantil e neonatal que continuam a colocar Portugal como exemplo dos melhores países da Europa, e do Mundo".

Em Vila Verde o ministro da Saúde visitou ainda a reabilitação efetuada no hospital da Misericórdia que permitiu dotar a unidade de novas valências, entre elas uma maternidade, blocos cirúrgicos e 100 novas camas, 50 das quais para os cuidados continuados.

A unidade passou de 3.800 metros quadrados para 12.600, atendendo por dia cerca de 700 doentes. Por ano, de acordo com os números do provedor, Bento Morais, "paga 2,7 milhões de euros de impostos e recebe do Estado para a área da saúde cerca de 2, 3 milhões de euros".

O hospital é um dos principais empregadores da região, com 680 trabalhadores e, segundo dados avançados pelo presidente da União das Misericórdias Portuguesas "é a quinta maior empresa do distrito de Braga, em termos de contribuições á Segurança Social".

Prescrição eletrónica
Apenas metade dos médicos têm Cartão do Cidadão ou da sua Ordem, o que deverá dificultar a implantação da receita médica sem...

A situação levou os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) – responsável pelo projeto de desmaterialização da receita médica – e a Ordem dos Médicos a assinarem um protocolo para promover a adesão dos clínicos ao mundo digital.

Numa sessão de esclarecimento com a comunicação social, o presidente dos SPMS considerou que “um médico do Serviço Nacional de Saúde [SNS] sem Cartão do Cidadão é uma vergonha”.

“Um médico moderno tem Cartão do Cidadão e usa a internet”, acrescentou Henrique Martins.

O processo de prescrição, dispensa, faturação e conferência de medicamentos, começa precisamente nos médicos, os quais precisam de ter a sua assinatura digital ativada no Cartão do Cidadão ou da Ordem dos Médicos.

Para tal, o principal 'software' das unidades do SNS foi “adaptado”, cabendo agora aos privados adquirirem o 'software' indicado.

Foram adquiridos 42 mil leitores do Cartão do Cidadão para as unidades de saúde poderem proceder à receita sem papel e, nos últimos seis meses, foi a vez de as farmácias também se adaptarem digitalmente.

A dispensa sem papel arrancará na segunda quinzena de setembro, mas apenas no “núcleo duro”, ou seja, num conjunto de instituições do norte (dez) e sul (sete) do país que envolvem hospitais e centros de saúde.

Segundo Henrique Martins, o Hospital de Barcelos manifestou a intenção de ser a primeira destas unidades a não ter papel no percurso de prescrição de fármacos.

Em 2016, será a vez dos restantes hospitais e cuidados de saúde primários e, em 2017, já não deverá existir emissão de receitas em papel, em todo o sistema de saúde.

Esta desmaterialização terá exceções, até porque existem dois milhões de portugueses sem Cartão do Cidadão.

Mas o objetivo passa por o doente deixar o consultório médico com uma receita no seu Cartão do Cidadão. No caso de não possuir este meio de identificação, poderá apresentar na farmácia uma mensagem escrita (SMS) que o clínico envia para o seu telemóvel, ou uma mensagem de correio eletrónico, contendo a identificação da receita e o código de direito de opção.

Esta última, é a forma como o utente pode manifestar a sua oposição à venda de medicamentos genéricos, por exemplo.

Os utentes com Bilhete de Identidade vitalício também poderão usar as novas tecnologias para adquirir uma receita sem papel, mas apenas se tiverem telemóvel ou correio eletrónico para onde a receita é enviada, para posterior apresentação na farmácia.

Os utentes poderão, no entanto, solicitar a impressão do Guia de Tratamento, o que os SPMS desejam que seja cada vez em menor número, nomeadamente porque a receita sem papel é menos suscetível à fraude.

O objetivo do Governo é que, por altura do próximo Natal, dois por cento das receitas sejam passadas sem papel. A fasquia sobe depois para os 20%, em 2016, e os 40%, em 2017.

“O grande desafio é chegar à cabeça das pessoas, pois este é um projeto que toca todos os portugueses”, disse Henrique Martins.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde disse que os centros de referência para cancro, transplantes e doenças genéticas vão fazer parte de rede...

"É uma das maiores reformas estruturais que este Governo levou a cabo(...) Os centros de referências vão fazer parte de uma rede europeia. Pretende-se que sejam centros de excelência, em aéreas muito específicas", afirmou Paulo Macedo.

O governante, que falava em Vila Verde à margem da inauguração das obras de requalificação do hospital da Santa Casa da Misericórdia local, referia-se à abertura das candidaturas nas áreas das neoplasias malignas de adultos do testículo, reto, esófago e hepatobilio/pancreáticos, assim como de sarcomas de partes moles e ósseos de adultos.

"O que pretendemos é criar centros de excelência que se possam desenvolver e servir, em primeiro lugar, os cidadãos portugueses mas, ao mesmo tempo, posicionar-nos em termos europeus, porque este centros de referência vão ser reconhecidos também em termos europeus", sustentou o governante.

As unidades de saúde que pretendam ser admitidas como centros de referência para as áreas dos cancros raros, da transplantação de órgãos e de doenças genéticas têm agora 30 dias para se candidatarem a este reconhecimento.

"Vamos ter aqui uma transformação muito importante. Vamos fazer este processo faseadamente. Já estava há muito tempo anunciado que íamos abrir [candidaturas], já estava há muito tempo anunciado quais eram as áreas para as quais íamos abrir e, portanto haverá uma segunda, terceira e quarta fases", adiantou Paulo Macedo.

O ministro da Saúde afirmou "não ter dúvidas nenhumas que haverá melhoria", na qualidade dos serviços prestados aos utentes naquelas áreas, por considerar que "haverá um fator de disseminação destes centros de excelência".

Um centro de referência é um serviço, departamento ou unidade de saúde, reconhecido como o expoente mais elevado de competências na prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade.

O reconhecimento da unidade como centro de referência é dado pelo ministro da Saúde, tendo as candidaturas de seguir para a Direção-Geral da Saúde (DGS), a quem cabe analisar se os candidatos cumprem os critérios gerais de reconhecimento desta designação.

As neoplasias malignas de crianças e adolescentes, a transplantação de adultos para coração, fígado, rim, pulmão e pâncreas, a transplantação pediátrica para coração, fígado e rim, os tumores oculares, a epilepsia refratária de crianças, adolescentes e adultos e a paramiloidose familiar são as outras áreas abrangidas pelos concursos agora abertos.

Organização Mundial de Saúde
Uma vacina experimental contra o vírus Ébola revelou-se 100% eficaz após testada em mais de 4.000 pessoas contagiadas na Guiné...

“Uma vacina eficaz contra o vírus do Ébola encontra-se [agora] disponível a nível global”, lê-se no comunicado divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que indica “um avanço muito promissor”.

Os primeiros resultados publicados na revista científica do Reino Unido, The Lancet, revelam que a vacina VSV-ZEBOV demonstrou uma eficácia de 100% durante os dez dias seguidos em que foi aplicada numa pessoa não contagiada, mas a coabitar com pessoas infetadas, salienta o documento.

A vacina foi desenvolvida pela Agência de Saúde Pública canadiana (PHAC, na sigla inglesa) e a licença foi registada pelos laboratórios norte-americanos Merck e NewLink Genetics Corp.

O teste foi conseguido devido a uma grande cooperação internacional que envolveu a OMS e especialistas da Noruega, França, Suíça, Estados Unidos, Reino Unido e Guiné-Conacri.

“Se os resultados [continuarem] a confirmar-se esta nova vacina poderá ser a cura milagrosa contra o Ébola e contribuir para parar o surto atual e, futuramente, erradicar epidemias deste tipo”, salientou, por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros norueguês, Borge Brende.

A epidemia do Ébola na África Ocidental, a mais grave após a identificação do vírus na África Central em 1976, começou em dezembro de 2013 no sul da Guiné-Conacri, tendo causado 11.279 mortos em 27.748 casos, segundo os dados da OMS.

Mais de 99% das vítimas concentram-se na Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria, onde o surto da doença desorganizou os sistemas de saúde, devastando as economias e fazendo fugir os investidores.

A vacina VSV-ZEBOV fazia parte de uma das duas vacinas mais avançadas contra o vírus do Ébola, tendo a outra sido desenvolvida pelo laboratório inglês GSK (GlaxoSmithKline) em parceria com o Instituto Americano de Alergias e Doenças Infeciosas (NIAID na sigla inglesa), e testada na Libéria.

Infarmed
Em Fevereiro de 2015, o Ministério da Saúde decidiu comparticipar a 100% os medicamentos Sovaldi (sofosbuvir) e Harvoni ...

Este programa resulta numa alteração sem precedentes na esperança de vida dos doentes com Hepatite C em Portugal e numa avultada diminuição da despesa pública, de acordo com as conclusões preliminares de um estudo sobre o seu impacto.

Cenário 1: cerca de 5 000 doentes (até 30 de junho de 2015)
• Evitadas 2 184 mortes prematuras por razões hepáticas;
• Aumento médio de 7,9 anos de esperança de vida;
• Ganhos 39 740 anos de vida;
• Evitados 217 transplantes hepáticos, 1 200 carcinomas hepatocelulares, 3 204 casos de cirrose;
• Poupança de 166,2 milhões de euros em custos de tratamento das consequências da evolução da Hepatite C.

Cenário 2: cerca de 13 000 doentes (até dezembro de 2016)
• Evitadas 5 170 mortes prematuras por razões hepáticas;
• Ganhos 89 242 anos de vida;
• Evitados 482 transplantes hepáticos, 2 920 carcinomas hepatocelulares, 
8 499 casos de cirrose;
• Poupança de 412,6 milhões de euros em custos de tratamento das consequências da evolução da Hepatite C.

Principais conclusões do estudo realizado a partir da consulta ao Portal da Hepatite C, entre a data da sua criação (10 de novembro de 2014) e 30 de junho de 2015:

·         5 042 autorizações de tratamento para a infeção por VHC em Portugal; (NOTA: entre janeiro de 2014, quando começaram a ser concedidas Autorizações de Utilização Excecional, e 30 de junho de 2015, este número ascende a 5 870)

·         Os homens constituem a maioria dos tratamentos autorizados até à data (73,7%);

·         Nos indivíduos em tratamento, 44% têm idades abaixo dos 50 anos;

·         A média de idades dos indivíduos em tratamento é de 52 anos; Média de idades dos indivíduos em tratamento é diferente: homens – 50 anos e mulheres – 56 anos;

·         A maior parte dos indivíduos está em tratamento em unidades de saúde nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo (50%) e Norte (31%). A Região Centro tem cerca de 12,3%. Todas as Regiões, incluindo Madeira e Açores, têm indivíduos em tratamento;

·         É de 65 a percentagem de indivíduos em tratamento que se encontram num estadio de fibrose avançada (F4 e F3).

·         A distribuição por genótipo indica que 70% pertencem ao genótipo 1 e cerca de 17% ao genótipo 3.

·         Os indivíduos com genótipo 3 têm maior prevalência de formas mais graves de fibrose (53%).

·         A coinfecção pelo VIH está presente em 27% dos indivíduos com autorizações para tratamento.

Estudo
Depilar as axilas regularmente é altamente eficaz na redução do mau odor corporal.

Durante os meses de verão ocorre um aumento da transpiração que se intensifica com as altas temperaturas, dificultando a realização das atividades diárias. Embora se pense que apenas tomar um duche ou aplicar desodorizante ajude a suavizar os seus efeitos, há evidências clínicas que demonstram as vantagens da eliminação do pelo na redução de odor corporal.

 

Num estudo clínico, apresentado no último mês de junho no Congresso Mundial de Dermatologia em Vancouver, demonstra-se que depilar as axilas reduz o odor corporal e mantém a sensação de frescura durante mais tempo.

O estudo, realizado por “narizes” de investigadores com experiência reconhecida, inclui a análise do odor de 30 homens:

·         Antes de se depilar e lavar as axilas com sabonete;

·         5 minutos depois de lavá-las com sabonete;

·         5 minutos depois de as depilar1 e lavar com sabonete.

Os resultados mostram que a depilação é 2,5 vezes mais eficaz do que apenas lavar com sabonete. Na verdade, depilar e lavar com sabonete reduz o odor em 57%, ao passo que somente lavar com sabonete diminui em 23%.

Os benefícios de depilar duram pelo menos 24 horas, uma vez que as lâminas, ao deslizarem sobre a pele, eliminam mais eficazmente a oleosidade seca, os restos de sujidade e as partículas acumuladas responsáveis pelos odores desagradáveis que são impossíveis de anular apenas com sabonete.

Tal como afirma o Dr. Daniel Candelas, dermatologista da Clínica González Cavada, em Espanha: “À superfície da pele e do pelo desenvolvem-se bactérias. Concretamente nas axilas encontram-se as glândulas apócrinas que produzem compostos que funcionam como alimento para as bactérias. Quanto mais envelhecido e mais comprido for, maior será a superfície disponível para que as bactérias cresçam e se possam reproduzir. Elas são as responsáveis pelo mau odor quando decompõem a oleosidade e as substâncias existentes na composição do suor”.

Direção-Geral da Saúde
As unidades de saúde que pretendam ser admitidas como centros de referência para as áreas dos cancros raros, da transplantação...

Um centro de referência é um serviço, departamento ou unidade de saúde, reconhecido como o expoente mais elevado de competências na prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade.

O reconhecimento da unidade como centro de referência é dado pelo ministro da Saúde, tendo as candidaturas de seguir para a Direção-Geral da Saúde (DGS), a quem cabe analisar se os candidatos cumprem os critérios gerais de reconhecimento desta designação.

Hoje foi publicada a abertura das candidaturas nas áreas das neoplasias malignas de adultos do testículo, reto, esófago e hepatobilio/pancreáticos, bem como sarcomas de partes moles e ósseos de adultos.

As neoplasias malignas de crianças e adolescentes, a transplantação de adultos para coração, fígado, rim, pulmão e pâncreas, a transplantação pediátrica para coração, fígado e rim, os tumores oculares, a epilepsia refratária de crianças, adolescentes e adultos e a paramiloidose familiar são as outras áreas abrangidas pelos concursos agora abertos.

Estudo
Uma equipe de cientistas canadianos afirma que a ansiedade e a depressão podem ter relação com as bactérias que vivem no...

A pesquisa, feita em ratos, sugere que sintomas de ansiedade e depressão provocados pela exposição ao stress no início da vida aparecem somente com a presença de germes no intestino, escreve o Diário Digital.

Os resultados reforçam descobertas de pesquisas anteriores. Numa delas, os pesquisadores descobriram que camundongos sem a presença de bactérias no intestino eram menos propensos a apresentar comportamentos ansiosos.

O trabalho atual avaliou animais que tinham sido expostos a uma experiência stressante no início da vida – foram separados das suas mães precocemente. Ao crescer, apresentaram comportamentos semelhantes ao de pessoas ansiosas e deprimidas, além de disfunção intestinal e níveis anormais da hormona do stresse.

Já as cobaias livres de germes expostas ao mesmo tipo de stresse não apresentaram quaisquer sinais de ansiedade ou depressão mais tarde.

Os cientistas, depois, transferiram as bactérias dos ratos normais, também expostos à experiência traumatizante, para os animais livres de germes. Em pouco tempo, estes passaram a apresentar os comportamentos depressivos e ansiosos. Os resultados foram noticiados pelo jornal britânico Independent.

Segundo o principal autor, Premysl Bercik, da Universidade McMaster, ainda é preciso testar a hipótese em seres humanos. Mas ele acredita que terapias que têm como alvo a microbiota intestinal podem, no futuro, beneficiar pacientes com transtornos psiquiátricos.

No Reino Unido
Um comprimido para o exercício físico: parece o sonho de qualquer sedentário, mas pode tornar-se realidade. Cientistas da...

Os investigadores chamaram-lhe "composto 14", diz o Sapo. A molécula inibe a função de uma enzima celular chamada ATIC, envolvida no processo de metabolismo, a reação química de sintetização dos nutrientes e produção de energia nas células.

A inibicação da ATIC provoca uma acumulação de uma molécula chamada ZMP, dentro das células. O aumento da ZMP leva as células a pensar que estão sem energia, ativando o sensor de captação de energia, conhecido como AMPK.

Dessa forma, as células vêm-se obrigadas a procurar "combustível", promovendo assim a absorção da glicose no sangue para recarregar a "bateria" das células. Os cientistas dizem mesmo que esta nova molécula pode também ser um passo na luta contra a diabetes tipo 2 e a obesidade.

Em ratos obesos, os resultados foram promissores: redução nos níveis de glicose em jejum e perda de peso.

Mais uma investigação em ratos? Sim. Mas de acordo com Ali Tavassoli, coordenador do grupo de estudos que desenvolveu o composto, trata-se de um estudo promissor.

"A molécula alterou o metabolismo celular e pode ser considerada uma potencial terapêutica. Estudos anteriores mostram que a ativação do sensor central de energia da célula pode ajudar no tratamento de várias doenças, incluindo diabetes tipo 2 e obesidade, porque mimetiza o efeito do exercício físico, aumentando a absorção e utilização de glicose", relata o investigador no estudo.

Para a investigação, publicada na revista "Chemistry and Biology", do grupo Cell, dois grupos de ratos foram alimentados com dietas diferentes. O primeiro seguiu um regime equilibrado; o segundo, ingeriu elevados teores de gordura. Os animais que ingeriram a dieta mais gorda ficaram obesos e reduziram a tolerância à glicose.

Quando os ratos gordos tomaram o composto 14, os níveis de glicose reduziram e, depois de sete dias, tinham perdido 5% do peso corporal. Para os animais que seguiram a dieta equilibrada, o composto não surtiu efeito.

O próximo passo é examinar os resultados do tratamento a longo prazo e testar o modo de ação da molécula, que ainda continua por descodificar. Se for comprovada a segurança do composto, a "pílula do exercício" pode estar mais perto do que nunca.

Estudo revela
O efeito protetor da ingestão desta bebida está associado ao resveratrol, concluiu um estudo de investigadores do Reino Unido e...

O estudo agora publicado não é o primeiro a associar os benefícios do resveratrol no combate de vários tipos de cancro, mas é pioneiro em relação ao tumor do cólon e do reto, escreve o Sapo.

Os cientistas da Universidade de Leicester, em Inglaterra, decidiram avaliar os benefícios de uma pequena dose diária de vinho tinto, o equivalente a um copo de 250 ml.

Os investigadores administraram uma pequena dose de resveratrol a ratinhos propensos ao desenvolvimento de cancro colorretal, observando uma diminuição de 50% no tamanho dos tumores. Aqueles que receberam, por outro lado, uma grande quantidade do composto, apenas beneficiaram de uma redução de 25%.

A equipa esclarece em comunicado que "as doses baixas de resveratrol foram duas vezes mais eficazes do que doses elevadas".

"Pela primeira vez, vimos que, com o resveratrol, menos é mais", afirma Karen Brown, docente do Departamento de Estudos Oncológicos da Universidade de Leicester. "Este estudo prova que pequenas quantidades podem ser mais eficazes na prevenção dos tumores do que doses elevadas", frisa.

Karen Brown admite que este efeito pode ser comum "a outros químicos e vitaminas derivados de plantas que estão, também, a ser estudados" e alerta que estes são, para já, resultados preliminares.

Portanto, mais ensaios clínicos são necessários para provar a eficácia do resveratrol.

Estudo
O simples facto de ficar em pé em vez de sentado pode contribuir para nos manter em boa saúde, segundo um estudo publicado na...

Estar de pé, segundo o Sapo, melhora os níveis sanguíneos de colesterol, gordura e açúcar, todos marcadores biológicos dos riscos cardiovasculares. Passar mais tempo de pé e caminhar também têm um efeito benéfico sobre a circunferência abdominal e o índice de massa corporal (IMC), lê-se no estudo.

"Inúmeras investigações mostraram que a atividade física reduz a mortalidade total, os acidentes cardiovasculares, o diabetes tipo 2 (o mais frequente), a obesidade e diversos tipos de cancro", relembra o professor Francisco Lopez-Jimenez da Mayo Clinic, no Minnesota, Estados Unidos, num comentário que acompanha o artigo.

Mas "a luta contra o sedentarismo não pode reduzir-se a conselhos para fazer exercício regularmente", escreve o médico, acrescentando que é igualmente importante promover comportamentos não sedentários na vida diária.

"Uma pessoa que caminha duas horas até o trabalho, que fica de pé durante quadro horas e que faz mais uma hora em tarefas de casa, queima mais calorias do que se estiver a correr durante uma hora", explicou, evocando especialmente o interesse de colocar à disposição dos trabalhadores esteiras e adaptar os escritórios para permitir trabalhar de pé ou sentado.

Investigadores australianos equiparam com marcadores de atividade 782 homens e mulheres, com idades entre os 36 e os 80 anos, para determinar precisamente quanto tempo cada um passava a dormir, andar ou a correr ou ficava sentado, deitado ou de pé.

Uma diminuição das gorduras sanguíneas (triglicerídeos) e um aumento do "bom" colesterol foram observados sobretudo quando relacionados com uma redução do tempo em que permaneciam sentado.

A redução do tamanho da circunferência abdominal e do IMC só se mostrou significativa quando combinada com a caminhada ou corrida, ressaltam os autores da análise.

Ao substituir todos os dias duas horas sentadas por uma caminhada, o tamanho da cintura diminuiu em média cerca de 7,5 cm e o IMC 11%.

"A nossa mensagem é: 'levantem-se, fiquem menos tempo sentados e mexam-se mais'", afirmou a médica Genevieve Healy da Universidade de Queensland, na Austrália, que dirigiu o estudo.

Na Europa, os adultos são muito sedentários: em média passam 3,2 a 6,8 horas por dia sentados, lê-se neste mesmo estudo.

Prescrição eletrónica
Cerca de 15% dos 7 milhões de receitas passadas por mês em Portugal não são levantadas nas farmácias. Receita sem papel avança...

Aviar receitas médicas sem papel vai passar a ser possível em breve nas farmácias apenas com o cartão de cidadão. Pode parecer ficção, mas este cenário vai começar a tornar-se realidade nalgumas unidades de saúde já a partir do final de Setembro, se tudo correr como previsto. A portaria que prevê esta possibilidade entra em vigor no sábado, mas dá 60 dias para adaptação. Com o novo sistema, os doentes podem comprar medicamentos da mesma receita em farmácias diferentes, escreve o jornal Público, ao contrário do que acontece atualmente.

Até ao final do ano, pretende-se ir mais longe e criar uma aplicação que permita aos doentes ter acesso a receitas sem necessidade de contacto físico com o médico. Com “a versão mobile” da prescrição eletrónica, os médicos poderão receitar através do telemóvel. “Assinam com a chave móvel digital e os doentes recebem um sms com os códigos que lhe permitem comprar os medicamentos na farmácia”, explica o presidente da Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Henrique Martins. Será muito simples, prevê. “Um médico pode estar no Porto a receitar medicamentos a um doente que está de férias no Algarve”.

É um mundo de novas possibilidades que se abre e as vantagens para os utentes e para os médicos parecem óbvias. Mas o objetivo é ir caminhando devagar. Pretende-se ter, no próximo Natal, "2% do total de receitas aviadas por dia (ou seja, 15 mil) levantadas nas farmácias sem necessidade de papel", antecipa o presidente da SPMS, notando que "há toda uma cultura que tem que mudar”. Henrique Martins quer que todas as unidades do Serviço Nacional de Saúde estejam preparadas para poder ter receitas sem papel já a partir de Janeiro de 2016, mas sabe que o processo vai levar anos até ficar concluído.

Nos países pioneiros, como a Finlândia e a Suécia, "foram precisos dez anos para se conseguir a desmaterialização total", recorda Henrique Martins, que esta sexta-feira vai fazer uma demonstração do funcionamento do sistema para a comunicação social.

Atualmente, por mês, são aviadas cerca de sete milhões de receitas médicas em Portugal, mas sabe-se que uma parte significativa, "15%", não são levantadas por várias razões, por exemplo, porque o cidadão não tem dinheiro ou porque não segue a posologia recomendada. Quando o novo sistema estiver completamente operacional, os médicos passam a poder perceber se os seus pacientes compraram ou não os medicamentos receitados, diz. “Uma das grandes vantagens para o médico é a de perceber se o doente comprou ou não os medicamentos", enfatiza. O novo sistema ajuda ainda a combater a fraude nesta área, porque uma receita que já tenha sido aviada numa farmácia é automaticamente invalidada.

Para que o sistema funcione (e as farmácias já estão quase todas equipadas), é preciso ainda distribuir leitores de cartões de cidadão pelos hospitais e pelos centros de saúde do país, de forma a que os médicos possam utilizar a assinatura eletrónica. Numa primeira fase, vão avançar 16 centros hospitalares e unidades locais de saúde, além dos consultórios dos médicos dentistas, adianta. Porquê? Porque nos hospitais é mais fácil fazer isto do que nos centros de saúde e porque os consultórios dos médicos dentistas já têm todos leitores de cartões de cidadão, explica. 

Como é que este sistema vai funcionar? “O médico preenche a receita no software, que passa a ter uma janela no final com as perguntas: Quer entregar a receita sem papel? Sim ou não? Ele assina com o cartão [assinatura digital do cartão do cidadão ou o da Ordem dos Médicos] e depois pode enviar a receita por sms ou por email ou pode imprimir o guia de tratamento”, explica Henrique Martins. O cenário ideal é que as pessoas nunca imprimam o guia de tratamento, frisa.

Ao contrário da ideia que tem sido veiculada, esclarece o presidente da SPMS, a receita médica eletrónica sem papel pode funcionar sem cartão de cidadão, mas para isso é preciso que o doente saiba o número da receita e os códigos necessários para a aviar e que traga o bilhete de identidade. As receitas, diz ainda, não ficam dentro do cartão do cidadão, como muitas pessoas pensam, mas sim nos servidores centrais, a base de dados do ministério à qual as farmácias vão poder aceder.

O projeto arrancou no ano passado e, a partir de Fevereiro deste ano, a SPMS começou a trabalhar com as associações de farmácias para que os farmacêuticos passassem a fazer a dispensa desmaterializada, usando ainda o papel, do qual extraem os números. Desta forma, já têm sido dispensadas milhares de receitas. Na terça-feira, por exemplo, foram 157 mil, exemplificou.

Entretanto, está já a ser estudada outra alternativa, um sistema que permita aceder aos códigos das receitas através do multibanco, mas isso terá que ser pago, adianta.

As primeiras unidades a avançar com a receita sem papel são os centros hospitalares de Setúbal, Lisboa Ocidental e Lisboa Central, o do Porto, o S. João, o de Leiria- Pombal, o de Coimbra, e o de Trás-os-Montes e Alto Douro e unidades locais de saúde de Matosinhos, Alto Minho, Nordeste Transmontano e Castelo Branco.

No primeiro semestre
O lucro da Luz Saúde, grupo detido pela chinesa Fosun, aumentou 21,5% para 10,6 milhões de euros no primeiro semestre deste ano...

Em comunicado à Comissão do Mercado Mobiliário (CMVM), a empresa liderada por Isabel Vaz adiantou que o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, apreciações e amortizações) atingiu os 31,1 milhões de euros, um acréscimo de 9,8% em relação ao homólogo.

No mesmo período, os rendimentos operacionais aumentarem 5,8% entre janeiro e junho, para 212,8 milhões de euros, com o segmento privado a crescer 6,55 e o público (parceria público-privada) 2,9%.

No primeiro semestre de 2015, o investimento consolidado da Luz Saúde, antiga Espírito Santo Saúde, foi de 6,5 milhões de euros, dos quais 3,5 milhões na expansão de capacidade, no Hospital da Luz – com a finalização das obras de expansão do parque de estacionamento e projetos de arquitetura para a expansão do hospital - e na Clínica de Oeiras – com o segundo pagamento relativo à aquisição do terreno para construção de área de expansão.

Os restantes três milhões de euros corresponderam a investimentos de reposição e atualização tecnológica, distribuídos pelas várias unidades do grupo, representando 1,4% dos rendimentos operacionais consolidados.

Em junho, a dívida líquida consolidada da Luz Saúde totalizava 187 milhões de euros, representando uma redução de 19 milhões face ao valor de final de ano de 2014, devida principalmente à geração de fluxos de caixa operacionais das diversas unidades do Grupo, combinada com uma melhoria dos níveis de fundo de maneio.

Assim, o rácio dívida líquida/EBITDA atingiu 3,0 vezes, face a 3,6 no final de 2014.

No comunicado ao mercado, o grupo adianta que “continua a diligenciar pela obtenção de uma decisão do Estado relativamente ao reconhecimento do direito do Hospital Beatriz Ângelo ao financiamento das prestações de saúde adicionais realizadas em regime de ambulatório aos doentes VIH/SIDA”.

14,883 milhões de euros
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Ministério da Defesa Nacional formalizaram a transferência do antigo Hospital...

No interior das instalações, cujo complexo inclui a denominada cerca do Convento da Estrela e a Casa de Saúde da Família Militar, o ministro da tutela, Aguiar-Branco, e o provedor da instituição de solidariedade social, o antigo chefe de Governo Santana Lopes, trocaram cumprimentos e louvaram a operação.

"Esperamos ter em funcionamento algumas das valências até final do ano ou início de 2016, progressivamente, nomeadamente em termos de apoio domiciliário, cuidados continuados e paliativos", desejou Santana Lopes, adiantando ainda planos para incluir serviços de medicina de reabilitação e consultas externas, além de "algumas cirurgias de pequena ou média dimensão".

O responsável pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa esclareceu que o acordo prevê a manutenção do uso previsto daquelas instalações "durante 30 anos", escusando-se a avaliar os custos da reabilitação e da compra de materiais diversos para o seu funcionamento (equipamentos de diagnóstico, por exemplo), bem como comentar a atualidade política do país, especificamente o programa eleitoral da maioria PSD/CDS-PP, apresentado na véspera, ou as futuras eleições presidenciais.

"Essas vozes - agoirentas e maledicentes - têm hoje a resposta. Nada teve a ver com especulação imobiliária, mas sim com a racionalização e a adequação da utilização do património e erário públicos a cada um dos tempos. Tratou-se de rentabilizar em defesa do interesse público", congratulou-se Aguiar-Branco, referindo-se a uma "reforma estruturante", como a fusão dos hospitais de cada um dos ramos das Forças Armadas.

O responsável ministerial lembrou ainda que foi há 11 anos que recebeu o "desafio" para a estreia em cargos públicos, precisamente pela voz de Santana Lopes, então líder do executivo.

No evento estiveram ainda presentes, entre outros, a secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional, Berta Cabral, a secretária de Estado do Tesouro, Isabel Castelo Branco, bem como diversos deputados da maioria, além do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas e dos chefes dos três ramos.

Aprovado em Conselho de Ministros
Os clínicos gerais com seis anos de exercício efetivo de prestação de cuidados de saúde e com funções próprias da medicina...

Em comunicado, o Governo revelou que aprovou hoje o diploma que “regula os termos e condições relativas à obtenção do grau de especialista em medicina geral e familiar, a título excecional, dos clínicos gerais”.

Esta aquisição “está condicionada à aprovação no âmbito de formação específica extraordinária em exercício, nos termos a definir por portaria do membro do Governo responsável pela área da saúde”, lê-se no comunicado.

No Conselho de Ministros desta quinta-feira foram ainda aprovados “os termos e condições aplicáveis à avaliação de desempenho dos trabalhadores médicos nos anos de 2011 e 2012, adotando solução idêntica à formulada para os anos de 2004 a 2010”.

O Governo criou também “as condições necessárias para garantir o suprimento de avaliação relativa aos médicos que não foram objeto de avaliação no biénio 2013/2014, dado a mesma não se ter efetuado de forma transversal em todos os serviços e estabelecimentos de saúde”.

“Reforça-se, assim, um instrumento de enorme relevância na política de desenvolvimento de recursos humanos, quer no âmbito do desenvolvimento do percurso profissional dos trabalhadores, quer para que se atinjam níveis de desempenho mais elevados”, prossegue o comunicado.

Diploma aprovado
Os dadores vivos de órgãos vão estar cobertos por um seguro que lhes garante uma compensação, se surgirem complicações...

Com este decreto-lei passará a ser obrigatória a celebração por parte dos hospitais de um contrato de seguro de vida a favor do dador vivo de órgão, segundo informou o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST).

Segundo o IPST, “o seguro obrigatório do dador vivo de órgãos para transplantação há mais de 20 anos que aguarda pela oportunidade de se tornar uma realidade”.

O Conselho de Ministros deu hoje conta da aprovação do regime de proteção do dador de órgãos, de invalidez definitiva, independentemente do grau, ou internamento decorrente de complicações do processo de dádiva e colheita.

Apesar de ressalvar que “a dádiva e a colheita de órgãos em vida para fins de transplante é um procedimento comum”, o Conselho de Ministros recorda que “existem, no entanto, riscos associados à dádiva e colheita de órgãos em vida, os quais justificam um regime de proteção do dador que permita, aos dadores vivos e às unidades de colheita e transplantação, dispor da garantia de que eventuais danos relacionados com a dádiva e colheita de um órgão são compensados”.

Para o governo, “a forma mais adequada de assegurar a proteção do dador vivo é garantir-lhe um conjunto de prestações ou de internamento hospitalar decorrente de complicações do processo de dádiva e colheita, sem prejuízo das demais prestações a que tenha direito nos termos da legislação aplicável”.

É, assim, criado o seguro de vida obrigatório do dador vivo de órgãos, seguro que os estabelecimentos hospitalares responsáveis pelas referidas prestações devem celebrar para garantia das mesmas.

“Os dadores vivos terão, assim, uma garantia de que serão compensados por eventuais danos relacionados com o processo de dádiva e colheita, muito embora o risco associado à doação em vida seja baixíssimo, conforme demonstram as estatísticas internacionais”, lê-se no comunicado.

A coordenadora nacional na área da transplantação do IPST, Ana França, sublinhou a importância da aprovação desta lei, apesar do número de complicações ser “muito diminuto”.

“Mas pode acontecer, sobretudo se as pessoas ficarem retidas no hospital com uma infeção hospitalar”, disse.

Os dadores são “pessoas saudáveis e ativas”, pelo que têm famílias que podem depender de si e que, no caso de complicações associadas à doação, ficam desta forma mais protegidas com uma compensação prevista no seguro”, afirmou.

“O seguro também prevê a atribuição de um valor indemnizatório, em caso de invalidez, cujo grau será avaliado por uma junta médica, e para os dependentes, no caso de morte do dador”, adiantou Ana França.

O capital mínimo do seguro, no caso de morte do dador, é de 200 mil euros.

Protocolo assinado
A Universidade de Coimbra e o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais assinaram um protocolo de colaboração tendo em vista a...

O acordo agora formalizado prevê a colaboração entre as duas entidades em projetos de investigação nas áreas de saúde e ambiente e a possibilidade de estágios de estudantes da Universidade de Coimbra (UC) no Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), associação sem fins lucrativos que presta serviços aos hospitais nas áreas de engenharia, ambiente e alimentação.

"Quando falamos em saúde pensamos em médicos e enfermeiros, mas há outras infraestruturas, onde está presente a gestão ou a engenharia, que são cada vez mais relevantes", sublinhou o reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, considerando que há "muito espaço para inovação" na área dos serviços não-clínicos.

Segundo o reitor, este setor é "decisivo" e "cada vez mais complexo", referindo que o SUCH é também "um parceiro interessante" na internacionalização, recordando que a "logística dos serviços hospitalares" é uma área onde os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) "ainda têm um caminho a percorrer".

O presidente do SUCH, Paulo Sousa, presente na cerimónia que decorreu na Sala do Senado da UC, sublinhou também a necessidade de "internacionalização, principalmente para os PALOP" - o SUCH é desde 24 de julho Observador Consultivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Para Paulo Sousa, o protocolo permite "partilhar o conhecimento gerado na UC".

A cerimónia de assinatura do protocolo contou ainda com a presença do presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, José Martins Nunes.

Mil pessoas por dia
A população idosa está a encher os hospitais do Algarve. As urgências têm atendido, em média, mil pessoas por dia, que chegam a...

Em Faro já foi mesmo necessário ativar dez camas suplementares para dar resposta ao aumento da procura do hospital. E se for necessário há mais 20 prontas a serem acionadas.

Pedro Nunes, presidente do Conselho de administração do Centro Hospitalar do Algarve, explicou à TSF, que a situação já atingiu um pico devido aos efeitos severos do calor.

"Tem-se registado um aumento de acessos de doentes aos serviços de urgência, que depois carecem de internamento. São pessoas idosas, na sua maioria, que têm de ser compensadas, por isso, o hospital [de Faro] está com um pico similar ao que se regista no inverno, na época de gripe. Em média temos tido perto de mil atendimentos diários em todos os centros de urgência do Algarve".

Pedro Nunes salienta que por parte dos hospitais, ainda não há costuras a rebentar. Apesar disso reconhece que o trabalho desenvolvido deve-se à dedicação dos profissionais.

"Em Faro, o hospital tem resistido. Tem respondido muito bem, mas à custa de um trabalho dos médicos e enfermeiros".

O presidente do Conselho de administração do Centro Hospitalar do Algarve diz, ainda, que os hospitais da região do Algarve estão sempre preparados para enfrentar um aumento da procura dos serviços de urgência apesar de haver falta de clínicos nos serviços de internamento. A contratação de médicos tarefeiros aplica-se ao atendimento nas urgências, deixando a descoberto as necessidades na fase posterior de internamento.

Estudo
Um estudo publicado na revista Science Translational Medicine identificou um tratamento para evitar recaídas em pacientes de...

No artigo, publicado na quarta-feira e intitulado “Um duplo golpe contra a leucemia mieloide crónica”, é explicado como um grupo de investigadores, liderados por Carsten Riether, da Universidade de Berna (Suíça), acredita ter encontrado forma de evitar que, após receberem tratamento, os pacientes tenham recaídas.

A leucemia mieloide crónica é habitualmente tratada com a substância ativa 'imatinib' e outros inibidores de tirosina cinases (enzima).

No entanto, de acordo com o artigo, estes tratamentos não erradicam as células-mãe da leucemia, o que faz com que alguns pacientes tenham recaídas.

A equipa liderada por Riether identificou “um mecanismo para a resistência ao tratamento” neste tipo de cancro, que se pode obter inibindo a atividade da molécula CD70, algo que, de acordo com o estudo, pode permitir criar aplicações clínicas.

Estudo
Estudo diz que acidentes domésticos ou em situações de lazer afetam mais os homens até aos 54 anos e as mulheres com mais de 55...

Entre 2010 e 2014, as urgências dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) deram resposta a perto de 25 mil casos de acidentes que aconteceram em casa ou em momentos de lazer, escreve o jornal Público. As quedas estiveram na origem da maior parte dos incidentes que precisaram de cuidados nos hospitais, com as contusões e os hematomas a surgirem no topo da lista das principais consequências, indica um estudo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa).

O trabalho, publicado na edição de Julho a Setembro do Boletim Epidemiológico Observações do Insa, agora divulgado, pretendeu apurar o número e tipo de acidentes caseiros e de lazer que decorreram em Portugal nestes cinco anos. O estudo contabiliza neste tipo de acidentes todos os casos cuja causa não seja doença, acidente de viação, acidente de trabalho ou violência. A amostra conta com dados de 1 de Janeiro de 2010 a 30 de Setembro de 2014 numa amostra de serviços de urgência do SNS considerados representativos.

As conclusões indicam que no período temporal em estudo, o número de acidentes domésticos e de lazer (ADL) registados ascendeu a 24.752. Regra geral os acidentes afetaram mais os indivíduos do sexo masculino entre os zero e os 54 anos e as mulheres com mais de 55 anos. “No total, a percentagem de ADL foi superior no sexo masculino (52,8%) em relação ao feminino (47,2%)”, lê-se no trabalho. Ainda no que diz respeito a diferenças entre sexo e grupo etário, “as crianças menores de um ano registaram valores mais elevados no sexo feminino em 2010 e 2013 e no sexo masculino nos restantes anos”.

Os autores avançam algumas explicações para as diferenças entre sexos, nomeadamente o “facto de os homens preferirem atividades com maior risco físico ou práticas desportivas mais radicais. Pelo contrário, nos grupos etários mais elevados são as mulheres que surgem com a maior proporção de ADL, o que poderá traduzir o facto de a população geral conter uma maior proporção de mulheres em idades mais avançadas”.

Na origem dos acidentes que levaram as vítimas às urgências estiveram quase sempre as chamadas “quedas ao mesmo nível”, seguidas por “quedas não especificadas”. Houve também muitos casos na sequência de objetos em movimento, cortes, incidentes com objetos parados e quedas relacionadas com escadas. Os acidentes podem dar origem a várias lesões, mas as frequentes as contusões e hematomas, que “constituíram mais de metade de todas as lesões registadas durante o período considerado, seguindo-se ferida aberta, sendo que este padrão se reflete em todos os grupos etários”.

Os autores ressalvam, contudo, que na análise das conclusões é preciso ter em consideração que a amostra dos hospitais não traduz a realidade completa do país e apela-se a alguma “cautela” já que “pois a informação é declarada pelo acidentado ou acompanhante, ou seja sem base no diagnóstico médico”.

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