Programa nacional para o vih/Sida
Recomendação vai ser publicada em setembro. Medida é passo fundamental para eliminar a transmissão da doença mas vai ser...

Todos os doentes que forem diagnosticados com vih devem começar de imediato a receber tratamento, escreve o Diário de Notícias. A recomendação feita pelo programa nacional para o vih/Sida será publicada em setembro e colocará Portugal no grupo de países que mais cedo vão implementar a medida. O momento é histórico pois está provado cientificamente que esta medida traz benefícios para o doentes e reduz drasticamente o risco de infeção. O que a torna como o passo a seguir para a eliminação da cadeia de transmissão da infeção, objetivo estabelecido para Organização Mundial de Saúde e ONU Sida. Mas vai trazer um grande desafio: renegociar preços com a indústria farmacêutica. Em 2014 o tratamento para o vih custou aos hospitais do SNS 204 milhões de euros. Há 30 mil doentes registados nos hospitais.

"Quem receber o diagnóstico de infeção por vih deve começar logo a ser tratado. Estamos num ponto de viragem que só é comparável com a introdução terapêutica combinada. Estamos a ver o tratamento como uma forma de prevenção. A recomendação sairá em setembro e coloca-nos na linha dos países que mais cedo vão implementar a medida", diz ao DN António Diniz, diretor do programa nacional para a infeção vih/Sida. Atualmente a medicação é iniciada apenas quando a contagem de CD4 - células importantes para o nosso organismo se defender das doenças - está nos 500 ou a carga viral é muito grande.

A mudança, afirma o responsável, "é boa para os doentes e para os outros porque há uma diminuição das complicações associadas à infeção e outros que nada têm a ver com a doença e combate a infeção". E está na linha com os resultados dos estudos apresentados há duas semanas em Vancouver (Canadá), que resultaram numa declaração assinada por algumas das mais importantes associações internacionais. Portugal participou num deles, o Start, com 67 doentes seguindo em quatro hospitais nacionais. Olhar para a medicação como forma de prevenção passa também pela atribuição de tratamento pré-exposição ao vírus, em que se dá medicação a não infetados, ou de pós-exposição em que a pessoa toma medicação durante 28 dias.

Nos Estados Unidos da América
A serotonina está relacionada com a depressão e com outras doenças mentais, e estes neurónios artificiais vão permitir estudá...

Pela primeira vez, um grupo de cientistas da Universidade de Buffalo, no estado de Nova Iorque, conseguiu fabricar em laboratório neurónios de serotonina, as células do cérebro que libertam e absorvem o neurotransmissor responsável por regular o humor e os estados mentais humanos. A produção e absorção de serotonina, escreve o Diário de Notícias, está relacionada com o desenvolvimento de doenças mentais como a depressão.

"O nosso trabalho demonstra que os preciosos neurónios de serotonina escondidos nas profundezas do cérebro humano agora podem ser criados numa placa de Petri", disse Jian Feng, principal autor do estudo, citado num comunicado da Universidade de Buffalo.

Os investigadores usaram fibroblastos - as células humanas que geram tecidos conectores no corpo - que conseguiram converter nos neurónios de serotonina, que são muito difíceis de obter. A investigação provou que é possível converter um tipo de célula noutra de menor disponibilidade para os cientistas, e o investigador Jian Feng espera que a técnica que criaram possa ser utilizada para desenvolver outras células no futuro.

Até hoje, os cientistas que estudam a serotonina e a sua produção e absorção pelos neurónios tinham que desenvolver o seu trabalho usando células de animais, mas agora poderão produzir neurónios deste tipo no laboratório, para compreender melhor esse funcionamento.

Os autores deste estudo, publicado na revista Molecular Psychiatry na semana passada, esperam ainda que seja possível fazer crescer neurónios de serotonina a partir de células de pessoas com doenças associadas a esse neurotransmissor, para poder perceber melhor essas doenças e desenvolver tratamentos apropriados.

Na Europa
Investigadores europeus criaram uma substância que bloqueia a infeção em roedores por agentes da encefalopatia espongiforme...

A macromolécula agora desenvolvida, chamada politiofeno, previne a aglutinação tóxica de agentes infecciosos (príons) no cérebro, explicam os cientistas no artigo publicado na revista Science Translational Medicine.

Quando as proteínas que formam os príons sofrem mutação, podem infetar o cérebro e causar uma doença neurodegenerativa rara, muitas vezes fatal, como a encefalopatia espongiforme bovina (BSE, na sigla em inglês) em vacas, ou a doença de Creutzfeldt-Jakob (nvMCJ) nos seres humanos, escreve o Sapo.

Estes agentes infecciosos multiplicam-se desencadeando nas proteínas saudáveis uma reação de aglutinação, que provoca a formação de longas cadeias de fibras tóxicas para os neurónios.

Os investigadores testaram uma ampla gama de politiofenos em ratos infetados com príons para determinar quais os mais eficientes em matéria de neutralização, e conseguiram criar novos politiofenos com capacidades aumentadas de bloqueio, minimizando os danos no cérebro.

O politiofeno mais promissor, que prolongou a vida dos infetados em mais de 80%, foi testado contra duas matrizes de príons e parece ter agido logo nas primeiras fases do fenómeno de aglutinação, relatam os investigadores do Instituto de Neurologia da Universidade de Zurique (Suíça) e do Instituto de Biologia e Química de Proteínas da Universidade de Lyon (França).

De acordo com os autores do estudo, esta descoberta pode permitir a criação de uma nova classe de medicamentos.

O primeiro diagnóstico de BSE foi feito no Reino Unido em 1986, durante uma epidemia que durou vários anos e que se espalhou para outros países da Europa e mundo.

Suspeita de ser a causa da doença de Creutzfeldt-Jakob em humanos, a doença das vacas loucas provocou uma grave crise no setor das carnes. Centenas de milhares de ruminantes foram abatidos e a população deixou de confiar como antes na carne deste animal.

Para toda a família
Agosto é o mês de férias da maioria das famílias portuguesas. Por esse motivo, as Termas de Portugal apresentam um leque de...

Para além dos programas termais terapêuticos e de propostas de bem-estar e promoção de saúde adaptados para todas as idades, as férias nas Termas incluem atividades de animação, desportivas e culturais, privilegiando sempre o contacto com a natureza.

Através das virtudes excecionais das águas minerais naturais, as férias nas Termas significam a reposição do equilíbrio orgânico, funcional e mental através das técnicas termais como: duches, banhos, massagens, relaxamento, anti-stress e outras pensadas no bem-estar dos clientes.

Uma estada em qualquer uma das unidades hoteleiras das Termas de Portugal permite explorar a beleza da região circundante - maravilhas naturais de enorme valor, monumentos históricos, museus, uma rica e vasta gastronomia local, etc. - bem como outras atividades a decorrerem durante a época estival.

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Nestas férias ligue o GPS e rume às Termas para reencontrar o equilíbrio depois de um ano de trabalho.

Lista de Estâncias Termais com propostas para o Verão 2015

Por unanimidade
O Programa Nacional para a Diabetes congratula-se com a decisão da Assembleia da República, em aprovar, por unanimidade, um...

Preconizando uma gestão integrada da diabetes, a Resolução assume objetivos como diminuir a incidência da diabetes, atrasar o início das complicações major da diabetes e reduzir a morbilidade e mortalidade por diabetes, em completa consonância com as orientações do Programa Nacional para a Diabetes (PND). Consciente deste grave problema de saúde pública, a Assembleia da República (AR) aprovou uma série de recomendações ao Governo que vão ao encontro destes objetivos.

As estratégias fundamentais do PND assentam, como no próprio programa se refere, “na prevenção primária da diabetes, através da redução dos fatores de risco conhecidos, incidindo nos fatores de risco modificáveis da etiologia da doença, na prevenção secundária, através do diagnóstico precoce e do seu tratamento adequado de acordo com o princípio da equidade, na prevenção terciária, através da reabilitação e reinserção social dos doentes e na qualidade da prestação dos cuidados à pessoa com diabetes.”

Apesar da luta contra a diabetes ser uma responsabilidade de todos e de cada um, em que cada pessoa deve começar por ajudar-se a si própria a ter estilos de vida mais saudáveis, todos os apoios que possam ser prestados são indispensáveis. Neste sentido, acaba de ser aprovado por unanimidade, em plenário da Assembleia da República, um Projeto de Resolução que reforça as medidas de prevenção, controlo e tratamento da Diabetes. São, assim, recomendações a todo o Governo:

1. A divulgação, à população, de informação sobre a diabetes, seus fatores de risco, bem como a implementação de programas de promoção de estilos de vida saudáveis, através da colaboração entre as autarquias e as unidades de saúde, a nível local;

2. A celebração de protocolos com a administração local visando a promoção, nos municípios, de alimentação saudável e de atividade física por parte das populações neles residentes, nomeadamente através da Associação Nacional de Municípios Portugueses, APDP, e na colaboração com o desafio da Fundação Calouste Gulbenkian do “Não à Diabetes”;

3. O reforço do rastreio da diabetes entre os grupos populacionais que apresentem risco acrescido de desenvolvimento dessa doença, junto dos cuidados primários ou de outras instituições de proximidade para um tratamento precoce e atempado;

4. A promoção de modelos organizativos que fomentem uma gestão integrada da diabetes no Serviço Nacional de Saúde, designadamente no âmbito dos cuidados de saúde primários e dos cuidados hospitalares, cometendo às Unidades Coordenadoras Funcionais da Diabetes a responsabilidade de apresentarem Planos de Ação locais anuais, responsabilizando pela sua aplicação as ARS e ACES/ULS competentes;

5. O reforço das consultas multidisciplinares de diabetes no âmbito dos serviços de cuidados de saúde primários integrados no Serviço Nacional de Saúde, com o anúncio público dos seus tempos de espera;

6. O desenvolvimento, nos estabelecimentos hospitalares do Serviço Nacional de Saúde, da “Via Verde do Pé Diabético”, por forma a reduzir significativamente a ocorrência de amputação de membros inferiores das pessoas com diabetes;

7. A garantia do acesso ao rastreio sistemático, ao nível dos cuidados primários de saúde, das complicações da diabetes, nomeadamente da retinopatia diabética, por responsabilização das ARS, ULS e ACES;

8. O desenvolvimento de ações de informação e formação sobre diabetes junto dos profissionais de saúde do Serviço Nacional de Saúde, celebrando, para o efeito, sempre que justificado, parcerias com entidades do setor social ou associações de fins altruístas com atuação e competência na área da diabetes;

9. O aumento da taxa de comparticipação do Estado no preço das estatinas com genéricos para o escalão A, relativamente às pessoas com diabetes ou que apresentem um quadro de pré-diabetes, co-responsabilizando o INFARMED na execução desta medida;

10. O reforço, nos estabelecimentos de ensino, de:

a) Programas de educação para a saúde que incluam a prevenção e a informação sobre os fatores de risco da diabetes;

b) Ações de informação e promoção de alimentação saudável, que incluam aulas de culinária;

c) Ações de promoção de atividade física e do desenvolvimento de ações do desporto escolar, incluindo a realização de campeonatos regionais e inter-escolas;

11. A aprovação de legislação que desincentive o consumo de refeições, lanches, alimentos e bebidas pobres em nutrientes e com elevado teor de açúcar, de gorduras saturadas ou de sódio, e que sejam principalmente destinados a menores de idade.

O crescimento do número de novos casos de diabetes em Portugal constitui uma realidade que merece, cada vez mais, a atenção e a ação dos decisores políticos, o envolvimento da sociedade civil e a consciencialização da população, sob pena de a respetiva taxa de incidência se continuar a agravar a um ponto tal em que os Serviços de Saúde não terão capacidade para atender e acompanhar um número tão elevado de doentes.

A dimensão do problema é bem evidenciada pelo facto de, só em 2013, terem sido detetados no País 160 novos casos de diabetes por dia, de acordo com dados do último Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes, “Diabetes Factos e Números Portugal 2014”. Já o relatório de saúde da OCDE de 2014 aponta Portugal como o país da Europa com a mais alta taxa de prevalência da diabetes.

Ainda segundo os dados oficiais, 40% da população com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos tem diabetes ou hiperglicemia intermédia (pré-diabetes), o que corresponde a 3,1 milhões de indivíduos, sendo que a prevalência da diabetes, no referido universo populacional, subiu de 11,7%, em 2009, para 13%, em 2013.

Naturalmente, a tendência referida encontra também impacto no número de óbitos por diabetes registados em Portugal. Com efeito, se em 2000 morreram por diabetes 3.133 pessoas, cerca de 3% do total de óbitos verificados naquele ano, o referido número subiu para 4.867, em 2012, ou seja, 4,5% do total de óbitos, o que representa um aumento de 55,4% apenas na última década.

Se nada for feito, calcula-se que o número de casos de diabetes no país duplique para 120 mil nos próximos 10 anos.

Desde a década de 70 do século passado que o hoje assim designado “Programa Nacional para a Diabetes” tem trabalhado em medidas de prevenção, controlo e tratamento da Diabetes. Exemplos disso são o aumento verificado nas consultas de diabetes nos cuidados primários, de 6%, em 2011, para 8%, em 2013, ou o facto de cerca de dois terços das pessoas seguidas nos serviços de cuidados de saúde primários terem assegurado um bom controlo da diabetes.

Parlamento
Assembleia da República quer que Serviço Nacional de Saúde estude comparticipação da vacina contra a meningite B e de uma outra...

A Assembleia da República quer que o Governo estude a possibilidade de juntar mais duas vacinas às que já são atualmente dadas no Serviço Nacional de Saúde, diz o jornal Público. Em causa está uma vacina contra a meningite B e uma para as gastroenterites pediátricas causadas pelo rotavírus, adianta uma resolução publicada nesta quarta-feira em Diário da República.

No caso da primeira vacina, cada dose custa quase 100 euros aos pais e podem ser necessárias entre duas a quatro. A segunda varia entre os 50 e os 70 euros consoante a marca, sendo que a mais barata exige três doses e a segunda apenas duas. Neste segundo caso pede-se também um estudo da eficácia da vacina.

Ambas as vacinas costumam ser recomendadas pelos pediatras, mas não fazem parte do Programa Nacional de Vacinação (PNV), pelo que não têm qualquer comparticipação. No caso da vacina para a infeção por rotavírus, os dados da Sociedade Portuguesa de Pediatria, relativos ao período de Outubro de 2008 a Setembro de 2009, indicam que, nesse período, mais de um quarto das crianças atendidas nos serviços de urgência de dez hospitais portugueses com sintomas de gastroenterite tinham uma infeção relacionada com este vírus.

Em relação à meningite B, a Sociedade Portuguesa de Pediatria também já defendeu publicamente a segurança e eficácia da vacina, reforçando que esta é uma doença rara mas grave. Em 2011 a incidência foi de apenas 0,58 casos por cada 100 mil habitantes, mas em 5% das situações pode ser fatal ou ainda deixar outras sequelas neurológicas e cognitivas. Os principais afetados são as crianças até um ano de idade.

A resolução propõe, ainda, que o Governo inclua no PNV a vacina antipneumocócica. Mas, entretanto, a tutela já desde o dia 1 de Julho que está a dispensar gratuitamente para todas as crianças que nasceram em 2015 a imunização com a Prevenar 13, contra doenças causadas pela bactéria pneumococo, como a pneumonia, a meningite, otite ou a septicémia e que era aconselhada pela própria Organização Mundial de Saúde. A vacina será também comparticipada para todos os que a queiram tomar, ao abrigo do último escalão (15 %), desde que seja comprada na farmácia com receita médica.

Até agora os pais gastavam cerca de 180 euros pelas três doses da vacina. O valor passou a ser totalmente suportado pelo Serviço Nacional de Saúde e a vacina destina-se também a pessoas com doenças crónicas e algumas doenças consideradas de risco, como o VIH e algumas patologias pulmonares. O PNV prevê que a primeira dose seja dada aos dois meses, a segunda aos quatro meses e a terceira entre os 12 e os 15 meses.

Calcula-se que atualmente cerca de 60% das crianças já estejam imunizadas com esta vacina. Administrada em Portugal desde 2001, os especialistas calculam que pode evitar 650 mortes e mais de três mil internamentos por ano. Com 50 anos de existência, além da Prevenar, o PNV proporciona mais 12 vacinas para doenças como a tuberculose, difteria, tétano, tosse convulsa, doença invasiva por Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite, sarampo, papeira, rubéola, hepatite B, doença meningocócica C e infeção pelo vírus do papiloma humano.

Estudo
Estudo exploratório feito na área da Delegação Sul do Instituto Nacional de Medicina Legal encontrou cinco casos em dez anos.

Mataram os filhos com menos de 24 horas de vida. Uma decapitou-o. Meteu-lhe a cabeça dentro de um saco de plástico e escondeu-a num lagar. Outra asfixiou-o, meteu-o num saco de plástico e escondeu-o num armário. A irmã encontrou-o volvido um mês. Outra infligiu-lhe lesões crânio-vasculo-encefálicas graves. E outra afogou-o. Primeiro, escondeu o cadáver num armário e depois atirou-o ao lixo.

Pouco se sabe sobre neonaticídios em Portugal, escreve o jornal Público. Um artigo publicado na última edição da revista Psiquiatria, Psicologia & Justiça – assinado por Catarina Klut Câmara (do Hospital Amadora-Sintra) Olindina Graça, Tiago Costa (ambos do Instituto Nacional de Medicina Legal) e Jorge Costa Santos (da Universidade de Lisboa) – sublinha a importância de se fazer diagnóstico precoce de gravidez, identificar sinais de stress, e garantir acompanhamento adequado.

Analisaram todos os processos tidos pela Unidade Funcional de Patologia Forense da Delegação Sul do Instituto Nacional de Medicina Legal entre 1 de Janeiro de 2001 e 31 de Dezembro de 2010. Os cinco casos de neonaticídio destetados correspondem a 1,13% de todos os homicídios autopsiados naquele período, 20% dos homicídios infantis, 2,96 por 100 mil nados-vivos.

É um crime de prevalência difícil de determinar, notam os autores. “É de admitir que um número indeterminado não tenha sido descoberto ou chegado ao conhecimento das autoridades.” Todas esconderam a sua condição. Nenhuma compareceu a consultas pré-natais ou comprou enxoval para o bebé. Nos quatro casos em que a informação está disponível, o parto ocorreu em casa, sem assistência.

Uma mulher temia a reação do pai, o julgamento dos vizinhos. Outra temia a reação do companheiro. Outra andava aflita com problemas financeiros e a incapacidade de comunicar com o companheiro. A principal motivação, porém, foi gravidez indesejada. Embora reduzida, a amostra revela dificuldade na comunicação, logo, no recurso à rede de apoio primário para interromper a gravidez . Duas ainda tentaram fazê-lo com medicamentos. Uma denegou a gravidez até ao bebé nascer.

A raridade de casos desta natureza "limita a aquisição de competências no seu manejo", notam no artigo publicado na revista editada pela Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Psicologia da Justiça. Uma possibilidade de reduzir o problema, defendem, seria concentrá-los em estruturas especializadas.

Estudo conclui
Mulheres que se exercitaram durante a adolescência têm um risco menor de morrer de cancro ou qualquer outra doença por volta...

Os pesquisadores analisaram dados de uma grande pesquisa chinesa, com quase 75 mil mulheres de 40 a 70 anos. Todas elas, segundo o Diário Digital, foram entrevistadas e revelaram informações sobre a prática de exercícios ao longo da vida. Eles consideraram como “atividade física regular” aquela que ocorria pelo menos uma vez por semana por pelo menos três meses consecutivos.

E descobriram que, ainda que as mulheres tivessem interrompido a atividade física na vida adulta, o facto de terem praticado algum desporto na adolescência ajudou a diminuir o risco de morte por cancro e outras doenças de forma discreta, mas significativa.

Já aquelas que se exercitaram durante a adolescência e também depois tiveram uma redução de 20% no risco de morte por qualquer causa, de 17% por doença cardiovascular e de 13% por cancro.

O trabalho foi publicado na revista Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, da Associação Americana para a Pesquisa do Cancro.

A equipa diz que o próximo passo é estudar mais a fundo a influência da atividade física na juventude para a prevenção das doenças crónicas, até para entender melhor os mecanismos que fazem com que estas deflagram. De qualquer forma, fica a dica: se ainda não começou a fazer exercício regularmente, saiba que, quanto antes começar, maiores serão os benefícios a longo prazo.

Nutricionista alerta
Com a chegada do Verão, aumenta o consumo dos petiscos típicos desta estação, alguns deles com mais benefícios para a saúde do...

“O caracol é um molusco, semelhante à amêijoa e ao berbigão, contudo, em igual quantidade, é menos calórico, pelo que deve ser preferido. Além de poucas calorias, o caracol tem mais proteína na sua constituição e é, por isso, mais saudável. A amêijoa tem mais calorias do que o caracol mas menos que o berbigão, pois cerca de 60 gramas (um pires) equivalem a apenas 70 calorias”, explica, ao Diário Digital, Ana Rita Lopes, coordenadora da Unidade de Nutrição Clínica do Hospital Lusíadas Lisboa.

“Relativamente aos queijos, os brancos (fresco, requeijão, mozarela e ricota) devem ser a primeira opção, uma vez que têm menos calorias, menor teor de gordura e sódio e maior quantidade de água do que os queijos curados e amanteigados”, revela.

A nutricionista clínica alerta ainda que “todos os petiscos devem ser consumidos com moderação e que, no máximo, devem ser acompanhados por dois copos de vinho. O ideal será não juntar pão, tostas ou molhos aos petiscos, pois isso poderá triplicar a quantidade de calorias ingeridas”.

E acrescenta: “Entre os petiscos apreciados no verão, os mais saudáveis são os tremoços, uma vez que têm um teor calórico muito reduzido e uma quantidade elevada de água.”

Ana Rita Lopes salienta também a importância da ingestão de quantidades superiores de água durante as estações mais quentes. “Nesta época do ano, é muito importante ingerir cerca de dois litros de água por dia, uma vez que o nosso corpo necessita de mais água quando está mais calor.”

Estudo conclui
Já se sabia que o uso de contracetivos orais por parte da mulher pode ajudar a prevenir o cancro dos ovários, mas um novo...

Os investigadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, estimam que nas últimas cinco décadas, a pílula “salvou” do cancro umas 400.000 mulheres, que na sua juventude tomaram o medicamento, escreve o Diário Digital.

“O forte efeito de proteção dos contracetivos orais contra o cancro endometrial – que persiste durante décadas após a paragem da ingestão – significa que as mulheres que tomam nos seus vintes ou até mais novas, continuam a beneficiar [do efeito protetor] até aos seus cinquentas ou mais velhas, quando o cancro se torna mais comum”, sublinhou em comunicado à imprensa Valerie Beral, que lidera a autoria do estudo.

Uma quantidade impressionante de informação foi analisada neste âmbito, com cerca de 36 estudos dos quatro cantos do mundo, contendo dados de 27.276 mulheres com cancro do útero.

Nas conclusões, a equipa de Beral destaca que este “efeito protetor” acumula-se: por cada cinco anos de toma da pílula, a mulher vê reduzida em 25% a probabilidade de vir a contrair cancro do útero.

Na investigação, publicada no The Lancet, estima-se que 400.000 casos deste tipo de cancro foram prevenidos nos últimos 50 anos, com metade (200.000) evitados só na última década.

Os investigadores indicam que nos países de maiores rendimentos, tomar a pilula durante dez anos reduz - de dois terços (66,6%) para apenas um terço (33,3%) - o risco de contrair este tipo de cancro para as mulheres com idade inferior a 75 anos.

No geral, o estudo surpreende tendo em conta que, durante muito tempo, a pílula foi um assunto controverso.

“As pessoas temiam que a pílula causava cancro”, recordou Valerie Beral. “Mas no final de contas, a longo prazo, tomar a pílula reduz o risco de ter cancro”.

Uma consideração dos peritos do National Cancer Institute dos EUA acerca deste estudo destaca que a descoberta, com base em estatísticas, deverá ser levada em conta na descrição geral do que sabemos sobre os riscos e os benefícios de tomar a pílula:

“Ainda que os mecanismos biológicos permaneçam por decifrar, e ainda que faltem as provas necessárias para que justifique receitar [a toma da pílula como prevenção do cancro], as mulheres devem estar cientes dos benefícios não intencionais e dos riscos dos contracetivos orais, para que possam tomar decisões bem informadas”, lê-se no comentário de Nicolas Wentzensen e Amy Berrington de Gonzalez.

No Japão
O Japão vai concretizar um projeto com mais de 30 anos: um laboratório para estudar os vírus mais perigosos do mundo, como o...

O laboratório abriu as portas em 1981 para investigar e desenvolver vacinas contra os vírus que provocam doenças extremamente infecciosas, escreve o Sapo, mas a população local conseguiu impedir que o estabelecimento trabalhasse com os vírus mais perigosos.

Com as dúvidas da população, o laboratório trabalhou apenas com germes de menor perigosidade, como o coronavírus MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) ou as bactérias responsáveis pela tuberculose.

O Japão passa assim a ter o primeiro laboratório P4 (de alta segurança biológica), assim como os outros países do G7.

Atualmente existem quase 40 estruturas deste tipo no mundo, sobretudo nos Estados Unidos e na Europa.

"O Japão acaba assim com o atraso relativo a outras nações desenvolvidas", afirmou Jiro Yasuda, professor da Universidade de Nagasaki, citado pela agência France Presse.

Por ano
O diretor do Programa Nacional para a Diabetes defendeu que as cerca de 1.600 amputações por ano provocadas pelo pé diabético...

Em declarações, José Manuel Boavida destacou o impacto destas amputações na qualidade de vida dos diabéticos.

“Amputadas cerca de 700 pessoas acima do tornozelo e cerca de 860 a nível dos pés é claramente um impacto enorme na vida das pessoas”, disse.

Segundo José Manuel Boavida, “a questão das amputações tem sido afirmada como prioridade pelos Ministérios da Saúde dos últimos anos, mas não passou de apelos”.

Para este médico, “a única medida eficaz é criar equipas nos hospitais, obrigatoriamente e não por decisão das direções”.

“Hoje sabe-se que se houver equipas especializadas as amputações reduzem-se em mais de metade”, disse.

O objetivo é que, quando uma pessoa aparece a precisar de assistência por causa de um problema no pé, "seja encaminhada para a urgência e aí seja chamada a equipa especializada”.

Nos hospitais, “sempre que existe esta preocupação de evitar que qualquer serviço de urgência possa submeter de imediato uma pessoa a uma amputação, isso permite reduzir em mais de 50% as amputações”.

Sobre o número de amputações em Portugal, José Manuel Boavida considerou-o “um desafio a que não se pode dizer que não, num país que não tem minas e onde a maior parte das amputações pode ser evitada”.

Em 2013 aumentaram os internamentos associados ao pé diabético e o aumento das amputações dos membros inferiores, segundo o relatório “Diabetes: Factos e Números”, do Observatório Nacional de Diabetes.

De acordo com este documento, a prevalência estimada da doença na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos (7,8 milhões de indivíduos) foi de 13%, ou seja, mais de um milhão de portugueses.

Alguns acabam cegos
Cerca de 80% dos diabéticos não têm acesso ao rastreio anual à visão, acabando muitos deles com retinopatia que, em alguns...

José Manuel Boavida falava a propósito de um conjunto de recomendações da Assembleia da República com vista ao reforço das medidas de prevenção, controlo e tratamento da diabetes.

Uma das recomendações é “o reforço do rastreio sistemático da diabetes e, em especial, da retinopatia diabética, entre os grupos populacionais que apresentem risco acrescido de desenvolvimento dessa doença, junto dos cuidados primários ou de outras instituições de proximidade”.

Segundo José Manuel Boavida, apesar da importância dos rastreios para controlo da retinopatia diabética junto desta população doente, apenas 20% das pessoas com diabetes têm garantido o seu rastreio anual, segundo os últimos dados, que são de 2013.

O especialista lamenta esta fraca cobertura, justificando que “um rastreio é muito mais barato do que a observação médica”.

Este rastreio é feito com recurso a aparelhos colocados para o efeito nos centros de saúde e onde os utentes podem ir avaliando anualmente o estado da sua visão e eventuais complicações associadas à diabetes.

Para o diretor do Programa Nacional para a Diabetes (PND), “há claramente aqui uma responsabilidade direta das Administrações Regionais de Saúde (ARS)”, que acusa de “inoperância”.

José Manuel Boavida garante que os ganhos são imensos, até porque dos 150 mil diabéticos rastreados só cerca de 10% precisa de ir a uma consulta de oftalmologia.

“Isto quer dizer que 90% dos doentes ficaram descansados, pois o seu olho não precisava de consulta. E assim evitámos que a situação progredisse”, adiantou.

Para José Manuel Boavida, a recomendação do Parlamento é “um puxão de orelhas ao Ministério da Saúde, no sentido em que há um conjunto de medidas absolutamente básicas e necessárias”.

O médico recordou que “a retinopatia diabética só dá queixas quando a situação se torna praticamente irreversível. Se as situações forem detetadas precocemente nunca chegarão a existir. Deixará de haver cegueira por causa da diabetes e a diabetes é a principal causa de cegueira na população adulta”.

Para o presidente do PND, por causa da “inércia” de quem decide, “muitas pessoas têm perdido a visão”.

Além da cegueira, outra das consequências da retinopatia diabética é a subvisão, a qual impede que os doentes consigam “fazer a sua vida com autonomia”.

Devido à “falta de rastreio, não só os diabéticos perdem a visão, como têm de fazer mais tratamentos muito mais caros, injeções no olho, operações. Enfim, custos muito maiores do que o próprio rastreio. É tapar o sol com a peneira”.

Como nos maços de tabaco
O diretor do Programa Nacional para a Diabetes defende que as bebidas com elevado teor de açúcar tenham uma referência aos...

“No mínimo, estas bebidas deviam ter uma referência para o mal que fazem”, disse José Manuel Boavida, reclamando ainda o fim da publicidade aos alimentos cuja composição é comprovadamente prejudicial à saúde.

A posição de José Manuel Boavida vai ao encontro das recomendações que a Assembleia da República aprovou recentemente com vista à adoção de medidas de prevenção, controlo e tratamento da diabetes.

Uma destas recomendações é “a aprovação de legislação que desincentive o consumo de refeições, lanches, alimentos e bebidas pobres em nutrientes e com elevado teor de açúcar, de gorduras saturadas ou de sódio, e sejam principalmente destinados a menores de idade”.

“Não é possível continuarmos a ter refrigerantes com dois litros e com quantidades adicionadas de açúcar”, disse o especialista, que critica ainda a disponibilização de bebidas para crianças, com imagens extremamente coloridas e de super-heróis, bem como a compra fácil de açúcar e açucarados junto às caixas dos supermercados ou nas prateleiras mais visíveis.

Para José Manuel Boavida, “as leis que existem no tabaco e na regulação do tabaco vão ter de se aplicar a alimentos nocivos”.

O diretor do Programa Nacional para a Diabetes (PND) sublinha que “o que é importante é realçar que a má alimentação é tão má para a saúde como o álcool, o tabaco ou o sedentarismo”.

José Manuel Boavida não acredita que a resposta esteja na indústria, até porque - sublinha - "esperar que os industriais da alimentação se autorregulem é claramente deixar nas mãos deles uma inércia que se tem vindo a registar nos últimos anos”.

A recomendação da Assembleia da República preconiza a aprovação de legislação que desincentive o consumo de refeições, lanches, alimentos e bebidas pobres em nutrientes e com elevado teor de açúcar, de gorduras saturadas ou de sódio, e sejam principalmente destinados a menores de idade.

Para tal, deve ser proibida a comercialização destes produtos com a oferta de brindes ou brinquedos, bem como a utilização de personagens e celebridades infantis na sua publicidade.

Deve igualmente ser proibida a publicidade destes produtos nas rádios e televisões, entre as 07:00 as 22:00, e a sua venda ou disponibilização em meio escolar.

José Manuel Boavida sublinha a importância desta recomendação da Assembleia da República, recordando que é a segunda que o Parlamento faz, tendo a primeira abrangido a Sida.

Em 2012 morreram 4.867 pessoas em Portugal devido à diabetes. Em 2000 tinham sido 3.133.

Publicada em Diário da República
A lei que autonomiza o crime de mutilação genital feminina e cria os crimes de perseguição e casamento forçado foi publicada...

Trata-se da Lei n.º 83/2015 que altera os crimes de violação, coação sexual e importunação sexual, dando cumprimento ao disposto na Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência Contra as Mulheres e a Violência Doméstica, conhecida como Convenção de Istambul, assinada a 11 de maio de 2011.

De acordo com a Lei, quem mutilar genitalmente, total ou parcialmente, uma mulher - através da clitoridectomia (extirpação do clitóris), infibulação (oclusão dos grandes lábios vaginais por meio de um anel ou sutura), ou excisão (golpe profundo ou corte que se dá para amputar ou separar o clitóris) – por razões não médicas é punido com penas de prisão de 2 a 10 anos.

Os atos preparatórios daqueles crimes têm penas de prisão até três anos.

No início de junho, um estudo europeu apresentado em Lisboa referia que mais de mil das quase seis mil meninas residentes em Portugal que integram comunidades que praticam a Mutilação Genital Feminina (MGF) podiam estar em risco de serem sujeitas à prática.

Juntamente com Irlanda e Suécia, Portugal foi um dos países-piloto do estudo “Estimativa das meninas em risco de mutilação genital feminina na União Europeia”, realizado pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE).

Segundo a pesquisa, a taxa de risco das meninas até 18 anos residentes em Portugal (tendo ou não nascido no país) e pertencentes a comunidades que mantêm uma prática com efeitos físicos e psicológicos permanentes é de 5 a 23% – correspondentes a 292 e 1.342 meninas.

A 06 de fevereiro último, Dia da Tolerância Zero para a Mutilação Genital Feminina, a Plataforma de Dados da Saúde contabilizava 43 mulheres - dados relativos a finais do mês anterior - vítimas MGF a viverem em Portugal, disse na altura à Lusa a secretária de Estado.

Teresa Morais explicou que 74% daquelas 43 mulheres são oriundas da Guiné-Bissau e da Guiné-Conacri, têm uma idade média de 29 anos e foram sujeitas à MGF por volta dos seis anos.

A Lei cria ainda o crime de perseguição, estipulando que quem assedie outra pessoa, por qualquer meio, direta ou indiretamente, de forma adequada a provocar-lhe medo ou inquietação ou a prejudicar a sua liberdade de determinação é punido com três anos de cadeia ou pena de multa, “se pena mais grave não lhe couber por força de outra disposição legal”.

A Lei consigna ainda o crime de casamento forçado, definindo que quem constranger outra pessoa a contrair casamento ou união equiparável à do casamento é punido com prisão até cinco anos.

Estipula ainda uma pena de prisão até um ano ou uma pena de multa até 120 dias para quem execute atos preparatórios relativos ao casamento forçado, como o de atrair a vítima para território diferente do da sua residência com o intuito de a coagir a contrair casamento ou união equiparável.

Nos crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual de menores, bem como no crime de mutilação genital feminina sendo a vítima menor, o procedimento criminal não se extingue, por efeito da prescrição, antes de o ofendido perfazer 23 anos.

Ordem dos Psicólogos
A Ordem dos Psicólogos Portugueses defendeu que o reforço da saúde psicológica nas escolas origina “retornos económicos...

Os números da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) baseiam-se em estudos internacionais que acompanham os estudantes ao longo do seu percurso até chegar à vida ativa, segundo os quais por cada 7,83 euros investidos por aluno o retorno é de 180 euros.

Os estudos apontam ainda que se o investimento for superior, cerca de 25,68 euros por aluno, o benefício pode atingir os 660,51 euros e traduzir-se num retorno que poderá atingir os 812 milhões de euros.

A Ordem dos Psicólogos explicou que chegou a estes números com base no universo de alunos portugueses que frequentam o ensino básico e secundário nas escolas públicas.

Tendo em conta que existem em Portugal cerca de 1.280.000 alunos no ensino básico e secundário nas escolas públicas, "concluímos que podiam ser obtidos ganhos elevados com a implementação de programas de prevenção e promoção da saúde psicológica nas escolas”.

Apesar de não haver estudos em Portugal sobre esta matéria, há um conjunto de indicadores - taxa de reprovações, elevado abandono escolar, baixas qualificações dos trabalhadores e os níveis de salários que auferem - que corrobora “o imenso retorno que teria um investimento precoce nestas áreas em Portugal”, sublinhou a ordem.

“A reprovação de um aluno no ensino público (no básico e no secundário) custa cerca de 4.000 euros”, se reprovarem 120 a 130 mil estudantes, como aconteceu em 2014, são 500 milhões de euros anuais, só em custos diretos, exemplificou.

Para a OPP, o reforço da intervenção psicológica, como vários estudos indicam, é um “fator fundamental na prevenção” destes “fenómenos de absentismo, retenção e abandono escolar”, mas também de obtenção de ganhos económicos.

As boas práticas internacionais defendem um rácio de um psicólogo por 1.000 alunos, mas em Portugal esse rácio é de um psicólogo por 1.645 estudantes no ensino público e de um para 795 no ensino privado.

Para a ordem, estes números apontam para “um desequilíbrio claro entre aquilo que é a resposta da escola pública e da escola privada nesta matéria em Portugal”.

Além disso, frisou, há psicólogos a trabalharem em condições precárias, com contratações de 20 horas para um agrupamento de escolas, muitas vezes, com cerca de 1.500 alunos.

Muitas vezes, “o psicólogo chega à escola em meados de outubro, sem conhecer os professores, os alunos e a comunidade escolar e é bombardeado com um sem número de casos urgentes, nos quais a intervenção é iminentemente clínica e não configura aquilo que é a intervenção em psicologia da educação”, sublinhou a OPP.

No ano passado, as escolas contaram com a colaboração de cerca de 800 psicólogos, segundo dados do Ministério da Educação e Ciência.

Além destes, havia já 424 psicólogos dos quadros dos estabelecimentos de ensino e outros 140 que podiam ser contratados pelas escolas com contratos de autonomia ou integradas em Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP).

A OPP entregou a análise sobre os ganhos de investir na saúde psicológica nas escolas às direções-gerais do Ministério da Educação.

Hospital CUF Descobertas
Imagine que às 8h55 se sentia, em Lisboa, um sismo de magnitude 7, na Escala de Richter, com epicentro no Vale Inferior do Tejo...

Porque a segurança é uma prioridade para todos, o Hospital CUF Descobertas, em conjunto com a Câmara Municipal de Lisboa, o Serviço Municipal de Proteção Civil, o Regimento de Sapadores de Bombeiros, a Polícia Municipal, Polícia de Segurança Pública, a Junta de Freguesia do Parque das Nações e o Externato João XXIII, realizou no dia 04 de Agosto, um simulacro com o objetivo de testar a operacionalidade das equipas de intervenção e rotinar os procedimentos a adotar em situações de emergência.

O simulacro de sismo, que se realizou no âmbito dos 260 anos do Terramoto de 1755, que se assinalam este ano, estava associado a um cenário de danos que envolvia a cozinha do Hospital, local onde deflagrou um suposto incêndio subsequente a este evento. Como primeira intervenção, na receção central, foram montados postos de triagem especiais para receberem as 20 “vítimas do terramoto”, crianças provenientes do Externato João XXIII, caracterizadas de acordo com os ferimentos apresentados.

No final, quase duas horas depois de este simulacro ter início, 16 das “vítimas” tiveram alta hospitalar, tendo sido transferidas, as restantes quatro, ou para a Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente ou para o Bloco Operatório.

De acordo com o Vereador da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Manuel Castro, responsável pelos pelouros da Segurança e da Proteção Civil, “todas as entidades envolvidas estão de parabéns pelo trabalho desenvolvido”. Fazendo um balanço muito positivo da iniciativa, Carlos Manuel Castro, referiu que tem havido um “aumento significativo de simulacros na cidade de Lisboa”, e que este, no sector da saúde, é exemplo disso. Carlos Manuel Castro salientou ainda que “em momentos de catástrofe, todos somos essenciais, não há divisão entre privado e público”.

Luís Cuña, médico coordenador do Atendimento Permanente de Adultos do Hospital CUF Descobertas, e responsável pela organização do exercício, destacou ainda que este “foi mais um útil exercício que se enquadra nas medidas de segurança contínuas desenvolvidas pelo Hospital e que veio contribuir para ajustar procedimentos e melhorar os processos de articulação entre as várias entidades envolvidas”.

Como tudo aconteceu:

A partir das 8h55

·         Às 8h55 teve lugar um sismo com epicentro no Vale Inferior do Tejo de magnitude 7 (Escala de Richter) e intensidade grau VII (Escala de Mercalli Modificada) sentido na área de

·         implementação do Hospital CUF Descobertas e do Externato João XXIII

·         Após o evento sente-se um cheiro intenso a gás, na Cozinha do Hospital, no piso -1, seguido de incêndio

·         São seguidos todos os procedimentos internos de emergência e procede-se à evacuação da cozinha e das zonas contíguas.

·         Colaboradores dirigem-se ao ponto de encontro, no exterior do hospital, e conferem presenças, enquanto chegam meios de socorro externos que assumem o comando das operações.

·         Meios de socorro externos dão como terminada a emergência.

·         Hospital retorna à normalidade

Às 9h44

·         Na sequência do abalo sísmico sentido às 08:55 na área de implementação do Hospital CUF Descobertas, o mesmo é contactado pelo Serviço Municipal de Proteção Civil com o pedido para receber vítimas encaminhadas do Externato João XXIII.

·         O Hospital avalia o pedido e respetivas condições estruturais do edifício para acolher vítimas.

·         Após avaliação, comunica a sua capacidade de receber vítimas ao Serviço Municipal de Proteção Civil e faz a montagem dos postos de triagem na receção central

·         Médico da triagem primária dá autorização para começar a receber as vítimas

·         Às 10h05 - Vítimas começam a chegar – 20 vítimas, todas crianças – 17 feridos ligeiros, 2 feridos graves, 1 ferido em estado crítico (de acordo com a triagem de Manchester em Catástrofe, 17 “verdes”, 2 “amarelos” e 1 “vermelho”).

·         De 15 em 15 minutos é feita uma retriagem. Na sequência desta retriagem, há um paciente que é transferido da zona verde para a zona amarela, por agravamento do seu estado.

·         A equipa de emergência interna clínica é chamada para fazer uma transferência intra-hospitalar. O paciente que se encontra em estado crítico é transferido para a Unidade de Cuidado Intensivos Polivalente.

·         As vítimas da zona amarela, três feridos graves, são transferidos para o Bloco Operatório (2) e para a Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente (1).

·         As restantes 16 vítimas têm alta

·         Serviço Municipal de Proteção Civil contacta o Hospital CUF Descobertas a informar o fim da emergência

·         11h00 - Hospital regressa à normalidade 

Universidade de Pequim
Um estudo realizado por cientistas da universidade de Pequim relaciona o consumo de comida picante com longevidade, indica a...

No estudo, que foi realizado numa amostra de mais de meio milhões de chineses, mostrou-se que os indivíduos que comiam alimentos picantes entre seis a sete vezes por semana viam reduzido em 14 por cento o risco de morte prematura, relativamente aqueles que só escolhiam este tipo de alimentos uma vez por semana.

A comida picante foi também associada a um menor risco de morte por doenças infecciosas nas mulheres e cancro e doenças respiratórias e cardíacas nos dois sexos, efeitos positivos que são potenciados em pessoas abstémias.

A investigação, liderada pelo centro de ciências da saúde da universidade de Pequim, segue a linha de estudos anteriores que evidenciaram os benefícios da comida picante para a saúde.

Os autores explicam que as propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e contra a obesidade da capsaicina, principal componentes ativo da malagueta, já foram amplamente documentadas anteriormente.

Os dados obtidos no estudo são "de observação", disseram os investigadores, sublinhando que os benefícios da ingestão de comida picantes podem estar associados a outros fatores, como hábitos dietéticos, estilo de vida e estatuto socioeconómico.

Portugal e Espanha com a mesma liderança
Daniel Guerreiro, diretor geral da Omega Pharma Portuguesa, foi recentemente nomeado diretor geral da Omega Pharma Espanha...

Formado em Business Management pela Universidade do Algarve, Daniel Guerreiro construiu o seu percurso profissional trabalhando sempre em multinacionais, em Portugal e Espanha, nos mais diversos setores de negócio como bens de consumo, eletrónica, farmácia, alimentação e telecomunicações.

Esta nomeação, da Omega Pharma Portuguesa, é para Daniel Guerreiro um reconhecimento único: “ foi com grande orgulho que recebi esta nomeação após 2 anos de Omega Pharma Portuguesa. Quando entrei no projeto Omega Pharma, em inícios de 2013, fi-lo com o objetivo de a transformar na melhor organização de consumer health em Portugal.  Estou certo de que os passos desde então transformaram de fato, e para melhor, a Omega Pharma Portuguesa, tornando-se a empresa do setor com maior crescimento, entre as top20. Esta nomeação para a direção geral da Omega Pharma Espanha, adicionalmente à direção de Portugal, acaba por ser uma extensão do desafio, com o mesmo objetivo, num mercado maior”.

A gestão dos dois países será um desafio aliciante, dado que cada mercado tem as suas especificidades ao nível regulamentar e regional. “O mercado farmacêutico em Portugal desenvolveu-se mais rapidamente nos últimos anos, fruto de uma maior liberalização do setor. Podemos ver hoje, por exemplo, medicamentos de venda livre à venda em parafarmácias, algo que não é permitido à data em Espanha. Por outro lado, as diferenças regionais em Espanha são bastante elevadas, quer no tipo de farmácias, quer nos produtos com maior potencial, algo que é mais homogéneo em Portugal”, afirma Daniel Guerreiro.

A Omega Pharma Portuguesa, no nosso país desde 2002 e filial do Grupo Multinacional Omega Pharma NV, está no grupo das 5 maiores empresas do mercado de Consumer Healthcare. Em Espanha, a Omega Pharma opera desde 2000 através da aquisição da Chefaro Española.

Estudo
Estudo da Universidade de Singapura conseguiu evidenciar uma ligação entre uma variante genética e as ideias políticas,...

Um estudo publicado na revista Royal Society britânica destaca uma ligação entre a genética e as preferências políticas.

Durante vários anos, a ideia de que fatores biológicos como os genes podem influenciar as nossas ideias políticas apaixonou e dividiu politólogos, psicólogos e o grande público.

De esquerda, direita, conservador ou liberal(...) e se tudo nos for passado pelos nossos pais? A maioria dos nossas características, tais como a cor da pela, tamanho, depende do nosso genoma. E se houvesse um gene do voto à esquerda ou à direita?, questiona o estudo, feito pela Universidade de Singapura.

Foi exatamente para tentar responder àquelas questões que Richard P. Ebstein, da Universidade de Singapura, e colegas estudaram o genoma de 1.771 alunos da sua universidade pertencentes ao grupo étnico Han, principal da China (para terem um grupo geneticamente similar).

Para já, o estudo conseguiu evidenciar uma ligação entre uma variante genética e ideias políticas.

Segundo os investigadores, o gene DRD4, que desempenha um papel na transmissão da dopamina, pode ser envolvido nas nossas escolhas políticas e, particularmente, nas mulheres.

A dopamina afeta as funções neurológicas, como a memória aprendizagem e criatividade.

As nossas afinidades políticas podem assim estar relacionadas com a variação daquele gene.

Dezenas de estudos anteriores tinham estabelecido uma forte ligação entre opinião política e alguns traços de personalidade.

Assim, os conservadores tendem a gostar de ordem e de uma vida estruturada e são mais coerentes na forma como tomam decisões. Os liberais mostram maior tolerância com a ambiguidade e complexidade e adaptam-se mais facilmente a circunstâncias inesperadas.

O estudo salienta, contudo, que as tendências políticas também dependem de fatores conjunturais e educacionais.

"Todos aqueles fatores devem ser tidos em conta para compreender sensibilidades políticas", afirmam os pesquisadores, sublinhando que a "biologia não deve ser ignorada".

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