Balanço do programa da Hepatite C
Este programa resulta numa alteração sem precedentes na esperança de vida dos doentes com Hepatite C em Portugal e numa avultada diminuição da despesa pública, de acordo com as conclusões preliminares de um estudo sobre o seu impacto.
Cenário 1: cerca de 5 000 doentes (até 30 de junho de 2015)
• Evitadas 2 184 mortes prematuras por razões hepáticas;
• Aumento médio de 7,9 anos de esperança de vida;
• Ganhos 39 740 anos de vida;
• Evitados 217 transplantes hepáticos, 1 200 carcinomas hepatocelulares, 3 204 casos de cirrose;
• Poupança de 166,2 milhões de euros em custos de tratamento das consequências da evolução da Hepatite C.
Cenário 2: cerca de 13 000 doentes (até dezembro de 2016)
• Evitadas 5 170 mortes prematuras por razões hepáticas;
• Ganhos 89 242 anos de vida;
• Evitados 482 transplantes hepáticos, 2 920 carcinomas hepatocelulares,
8 499 casos de cirrose;
• Poupança de 412,6 milhões de euros em custos de tratamento das consequências da evolução da Hepatite C.
Principais conclusões do estudo realizado a partir da consulta ao Portal da Hepatite C, entre a data da sua criação (10 de novembro de 2014) e 30 de junho de 2015:
· 5 042 autorizações de tratamento para a infeção por VHC em Portugal; (NOTA: entre janeiro de 2014, quando começaram a ser concedidas Autorizações de Utilização Excecional, e 30 de junho de 2015, este número ascende a 5 870)
· Os homens constituem a maioria dos tratamentos autorizados até à data (73,7%);
· Nos indivíduos em tratamento, 44% têm idades abaixo dos 50 anos;
· A média de idades dos indivíduos em tratamento é de 52 anos; Média de idades dos indivíduos em tratamento é diferente: homens – 50 anos e mulheres – 56 anos;
· A maior parte dos indivíduos está em tratamento em unidades de saúde nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo (50%) e Norte (31%). A Região Centro tem cerca de 12,3%. Todas as Regiões, incluindo Madeira e Açores, têm indivíduos em tratamento;
· É de 65 a percentagem de indivíduos em tratamento que se encontram num estadio de fibrose avançada (F4 e F3).
· A distribuição por genótipo indica que 70% pertencem ao genótipo 1 e cerca de 17% ao genótipo 3.
· Os indivíduos com genótipo 3 têm maior prevalência de formas mais graves de fibrose (53%).
· A coinfecção pelo VIH está presente em 27% dos indivíduos com autorizações para tratamento.