Estudo
O consumo de ácidos gordos ómega 3, presentes em peixes como salmão, sardinha e anchova, diminui em 10% o risco de morrer por...

Os investigadores analisaram os níveis de ómega 3 no sangue e nos tecidos de participantes de 19 estudos realizados em 16 países, segundo o artigo publicado na revista médica JAMA Internal Medicine, escreve o Sapo.

Os cientistas descobriram que o ómega 3 "está associado a um risco 10% menor de ataque cardíaco fatal", ainda que essa correlação não tenha sido observada em enfartes não mortais. Isso sugere "um mecanismo mais específico para os benefícios do ómega 3 relacionados com a morte", dizem os investigadores citados pela agência de notícia France Presse.

Os novos resultados "oferecem o quadro mais completo obtido até hoje sobre os efeitos preventivos do ómega 3 contra as doenças cardíacas", comenta a coautora do estudo Liana Del Gobbo, da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, na Califórnia.

Onde podemos encontrar ómega 3?
O ómega 3 está presente tanto em vegetais como em frutos do mar e em alguns peixes, que também são ricos em proteínas específicas, vitamina D, selénio e outros minerais e elementos, dizem os cientistas responsáveis pelo referido estudo.

Nos vegetais, o ómega 3 está presente em nozes, óleo de linhaça, óleo de canola e em algumas outras sementes.

O novo estudo oferece "uma oportunidade sem precedentes para compreender como biomarcadores sanguíneos de diferentes gorduras e ácidos gordos se relacionam com diferentes estados de saúde", afirmou o autor sénior Dariush Mozaffarian, da Escola de Nutrição da Universidade de Tufts.

Os investigadores estudaram mais de 45.630 pacientes. Desses, 7.973 sofreram ataques cardíacos pela primeira vez, com 2.781 óbitos.

"Os resultados de diversos estudos foram similares independentemente de idade, sexo, raça, presença ou ausência de diabetes, uso de aspirina ou de medicamentos para baixar o colesterol", esclarece ainda Del Gobbo.

Nos últimos 30 anos
A qualidade do ar na área metropolitana de Lisboa melhorou nos últimos 30 anos, mas a Avenida da Liberdade continua a ser a...

Investigadores do cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais e do Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC), em colaboração com cientistas da Faculdade de Ciências e do Instituto Superior Técnico, da Universidade de Lisboa, chegaram a estas conclusões através da utilização de líquenes e briófitos, muito sensíveis aos poluentes existentes no ar.

Os líquenes, segundo o Sapo, consistem na associação entre fungos e algas, enquanto os briófitos englobam três grandes grupos de organismos, sendo os musgos os mais conhecidos.

O estudo foi publicado na revista científica Ecological Indicators e comparou dados recolhidos entre 1980-1981 e entre 2010-2011.

Segundo Cecília Sérgio, coordenadora do estudo e investigadora no cE3c, o estudo permitiu concluir que “os principais poluentes se alteraram na cidade, que são diferentes e que os mais gravosos, como o dióxido de enxofre (SO2), apresentam níveis muito menos elevados e quase não é necessário contabilizá-los, porque atingem raramente valores superiores aos regulamentados”.

“Há 30 anos eram valores altíssimos, no entanto, agora são bastante mais baixos”, afirma a cientista, atribuindo esta descida às restrições e regulamentações ambientais que “modificaram a qualidade do ar para melhor”.

Margem Sul com melhorias significativas
Um dos locais onde esta melhoria se verificou foi na Margem Sul, que suportava “diversas indústrias no Barreiro e Seixal, com bastante peso nos níveis de poluentes que emitiam”, acrescentou.

Para Palmira Carvalho, investigadora especialista em líquenes, o estudo permite concluir também que a “qualidade do ar melhorou em Lisboa devido às regras ambientais e à preocupação ambiental que foi aumentando nestes últimos 30 anos, que Monsanto é realmente o ‘pulmão’ da cidade e é o local onde há maior diversidade florística”.

Já a Avenida da Liberdade é “um dos locais mais poluídos e que apresenta o menor número de espécies”.

A investigadora defendeu que este estudo deve ser repetido “com a mesma metodologia num futuro próximo para avaliar possíveis alterações e certificar se as novas políticas ambientais, sobretudo de tráfego, foram ou não eficazes”.

Despesas de saúde
Embora exista Serviço Nacional de Saúde em Portugal e um em cada cinco portugueses já possua um segu

A saúde não tem preço, é um facto, mas pode não ser tão acessível à totalidade da população como deveria ser. A resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) muitas vezes não é tão célere como são as necessidades dos pacientes e por isso mesmo é que as alternativas privadas ganham terreno para financiar despesas (ainda mais quando são inesperadas) com cuidados médicos.

Os dados confirmam esta tendência: a 27 de junho, a Conta Satélite da Saúde do Instituto Nacional de Estatística acusa que, em 2015, a despesa corrente em saúde aumentou 2% face ao ano anterior e, dentro desta, a despesa privada aumentou 2,6%. Este valor foi superior ao da despesa pública, que se fixou em 1,6%. As famílias portuguesas estão a gastar mais nos hospitais e clínicas privados.

A saúde é uma área crucial da vida humana. Existem situações que não podem ser deixadas ao abandono pelas repercussões gravosas que podem gerar: o aparecimento de uma doença grave e os respetivos tratamentos, a necessidade urgente de uma cirurgia ou de uma consulta de especialidade fazem com que proliferem, neste mercado, as soluções dos seguros de saúde, dos planos de saúde e outros métodos de financiar despesas médicas mais elevadas.

Um seguro de saúde consiste no pagamento (anual, semestral, trimestral ou mensal) de uma prestação de cuidados médicos que estão cobertos conforme o valor do prémio. Em troca, as despesas de saúde que estiverem incluídas no contrato são comparticipadas para o segurado. Em termos de benefícios deste sistema, apontam-se geralmente as poupanças de tempo em filas de espera nos hospitais públicos e de dinheiro no caso de utentes com maior propensão a adoecer, bem como a possibilidade de escolher os médicos e as clínicas desejadas. Os gastos são ainda dedutíveis no IRS. Para famílias numerosas, nas quais há gastos para todos os membros, trata-se de um sistema que em muito pode compensar.

De modo geral, um seguro de saúde com valores mais reduzidos de prémio pode incluir: assistência hospitalar e ambulatória; comparticipações variáveis para consultas dentro e fora da rede; cirurgias até um montante de 5.000€. Os preços vão aumentando conforme a abrangência de coberturas. No campo das desvantagens, é possível salientar o facto de não abrangerem doenças do foro psiquiátrico, neurologia e acidentes causados por prática de desporto.

Para além dos seguros, existem também os planos de saúde – uma moda da qual ainda pouco se ouve falar. Enquanto que num seguro de saúde, por norma, o utente paga as suas despesas e a companhia de seguros reembolsa-o posteriormente, tal nunca se verifica no caso do plano de saúde, com o qual é feita uma estimativa de custos para o consumidor, que pagará sempre um valor fixo. Embora também seja possível ter um seguro de saúde com este sistema, o mesmo não é obrigatório. Todavia, no plano de saúde, ao contrário do seguro, o segurado não tem oportunidade de escolher os médicos e hospitais que pretende.

E quem não tiver nenhum destes programas e tiver uma emergência médica, como é o caso de uma cirurgia que custa alguns milhares de euros? Vai ficar dois anos à espera através do SNS? E se essa demora for fatal para a condição do paciente? Neste caso, a solução poderá passar por solicitar um empréstimo destinado a financiar emergências médicas – existem instituições financeiras que até disponibilizam uma modalidade de crédito pessoal específica para estas situações e para quem não dispõe de rendimentos suficientes.

Ainda é possível falar da cobertura de cuidados médicos nas férias. Especialmente quando se vai para fora da União Europeia (desaparecendo assim a possibilidade de usar o Cartão Europeu de Seguro de Doença), é benéfico contratualizar um seguro de viagem para resolver imprevistos, uma vez que, usualmente, este cobre o transporte dos doentes, a sua hospitalização e o respetivo acompanhamento médico no estrangeiro. O utente deve tirar férias, mas a sua saúde não. Os próprios cartões de crédito podem ter seguros de saúde acoplados.

“A saúde é um direito universal e a proteção dos cidadãos é assegurada pela Constituição da República Portuguesa. No entanto, esta salvaguarda não é totalmente abrangente para todos e não são raras as vezes em que os utentes têm de financiar cuidados médicos a partir da sua própria carteira”, sublinha Sérgio Pereira, diretor geral do ComparaJá.pt.

Em 2014, 20% dos portugueses já beneficiava de um seguro de saúde, consoante a Associação Portuguesa de Seguradores. Os dados de 2015 do INE corroboram um aumento das despesas das famílias em prestadores de cuidados de saúde privados. Os números não mentem e atestam que os portugueses estão mais cautelosos com a sua saúde.

“Quem tem de fazer face a despesas médicas elevadas pode ter de abdicar de bens de primeira necessidade e o caso agrava-se quando se fala de famílias, daí a necessidade crescente de proteção, sendo que a melhor forma de financiar gastos avultados em saúde prende-se com a situação específica e as necessidades (consultas de especialidade, cirurgias ou exames médicos, entre outros) de cada utente em particular”, conclui o responsável da plataforma gratuita de comparação financeira.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Vírus Zika
O Instituto Butantan, do Brasil, e o Ministério da Saúde dos Estados Unidos fecharam uma parceria para o desenvolvimento de uma...

A instituição brasileira receberá 3 milhões de dólares (2,7 milhões de euros) de um órgão do Ministério da Saúde dos Estados Unidos para realizar pesquisas e desenvolver uma vacina com o vírus inativado.

A transferência será feita através do acordo entre a Biomedical Advanced Research and Development Authority (Barda), dos Estados Unidos, e a Organização Mundial da Saúde (OMS), firmado para a expansão da capacidade de pesquisa e produção de vacinas no Brasil.

A OMS também destinará doações de outros países e organizações para o expandir a produção do Instituto Butantan.

As autoridades brasileiras informam que os recursos serão investidos em equipamentos e elementos essenciais para a produção da vacina.

O acordo também prevê cooperação técnica entre os especialistas dos Estados Unidos e do Brasil.

O diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil, afirmou em nota que o órgão "já vem trabalhando no desenvolvimento de uma vacina de vírus inativado. Esse tipo de vacina tem desenvolvimento científico e tecnológico mais rápido e, por usar vírus não infetante, tem aprovação pelos órgãos reguladores".

A expectativa é que uma vacina contra o vírus Zika esteja pronta para testes em seres humanos no primeiro semestre de 2017.

No início deste ano a OMS declarou a proliferação do Zika como sendo uma emergência de saúde pública global após a doença ser associada à microcefalia, uma malformação congénita em recém-nascidos.

O órgão mundial da saúde indica que 61 países e territórios do mundo já registam transmissão continuada desta infeção e pelo menos outros 10 países registaram transmissão de Zika por via sexual.

O Brasil é o país onde o vírus está mais disseminado. O país teve 138.108 casos prováveis de Zika neste ano, segundo dados do Ministério da Saúde.

Também foram confirmados 1.616 casos confirmados de microcefalia associada ao Zika desde outubro do ano passado.

Healthcare Excellence
O Hospital de Vila Franca de Xira venceu o prémio Healthcare Excellence com o projeto “capacitar para melhor cuidar”, uma...

O projeto visa “melhorar a articulação entre o ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) e o hospital no sentido de identificar um familiar cuidador” ao qual é dada formação sobre os cuidados adequados ao doente após a alta hospitalar”, explicou a enfermeira especialista Edite Ferreira.

Desenvolvido desde agosto de 2015 na área da cirurgia ortopédica programada, o projeto tem por base uma consulta ativa em que os profissionais de saúde identificam as necessidades de formação do familiar para prestar apoio à pessoa intervencionada, dando-lhe indicações práticas sobre como “vestir e despir, transferências, marcha e utilização de dispositivos auxiliares, utilização do sanitário, entre outras”, explicou a mesma responsável.

Além deste projeto foram distinguidos com menções honrosas o projeto ARPAT – Aplicação de Registo de Pedidos de Altas e Transferências, desenvolvido pelo Centro Hospitalar Lisboa Central e o projeto Healthcare Insinght – Gestão por Objetivos, desenvolvido pelo Hospital Distrital da Figueira da Foz.

No primeiro caso trata-se de uma ferramenta informática implementada em janeiro de 2014 para gerir os pedidos de transferências, altas, óbitos e emissão de etiquetas, entre as Unidades de Internamento e a Urgência Geral Polivalente. O projeto foi depois alargado às admissões urgentes e programadas, ao pré-registo da cirurgia e à gestão de camas.

Já a segunda menção honrosa atribuída ao Hospital da Figueira da Foz distinguiu um projeto-piloto em que através da gestão por objetivos aquela unidade revelo “impactos positivos ao nível da produtividade, eficiência, efetividade e qualidade dos cuidados prestados”, através de processos de contratualização interna envolvendo os profissionais nos objetivos definidos pela gestão.

Os três vencedores foram distinguidos de entre 10 projetos finalistas escolhidos entre 15 de hospitais que concorreram à terceira edição do prémio promovido pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) em parceria com a biofarmacêutica AbbVie.

O prémio monetário de cinco mil euros para o primeiro classificado e a distinção para as duas menções honrosas pretende “incentivar a reconhecer projetos de qualidade e orientados para a melhoria do serviço aos utentes”, sublinhou o presidente da APAH, Alexandre Lourenço, durante a apresentação dos dez trabalhos finalistas, realizada em Óbidos.

Entre os finalistas estiveram projetos do Centro Hospitalar Barreiro Montijo, do Centro Hospitalar Lisboa Central, do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, do Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, do Hospital Distrital da Figueira da Foz, do Hospital Garcia de Orta, do Hospital Senhora da Oliveira de Guimarães e do Hospital de Vila Franca de Xira, o único com dois projetos selecionados.

Nos próximos 3 anos
Estão estabelecidos os termos de uma parceria que vai ser desenvolvida nos próximos três anos e que prevê a partilha de...

A Universidade da Beira Interior (UBI) vai desenvolver nos próximos três anos uma cooperação ativa com 18 entidades ligadas ao desporto. Os protocolos assinados na tarde de segunda-feira, dia 27 de junho, abrangem federações desportivas nacionais e distritais, clubes da região e outros organismos. A colaboração prevê a cedência de espaços, organização de atividades, apoio médico e a promoção e divulgação das instituições e das suas atividades.

A UBI cede instalações desportivas para atividades de treinos, jogos, estágios ou ações de formação, facilita o acesso às unidades de alimentação e residências e possibilita ainda a realização de exames médicos dos desportistas/estudantes. Os restantes parceiros deste acordo vão igualmente disponibilizar instalações e equipamentos desportivos, colaborar na organização de competições nacionais ou internacionais, sejam elas de âmbito universitário ou de interesse mútuo. Deverão também acolher alunos da UBI em estágio e distribuir material de promoção e divulgação da Universidade nos seus jogos e suportes de comunicação, como páginas web.

Tratou-se da primeira vez que a instituição de Ensino Superior sediada na Covilhã promoveu uma cerimónia neste âmbito, pretendendo desta forma juntar-se àquele “espírito associativo, que é uma marca distintiva da Covilhã e da região”, destaca António Fidalgo, reitor da UBI.

“Na nossa maneira de estar e trabalhar, partilhamos muito daquilo que é o esprito associativismo”, considera ainda o reitor, lembrando que a parceria resulta de uma demonstração de confiança de todas as entidades envolvidas: “É uma prova de que, da vossa parte, há um reconhecimento do papel da Universidade e, da nossa, a compreensão do quanto nos ajudam no dia-a-dia nas áreas cultural e desportiva, entre outras”.

Entidades envolvidas

1. Academia de Patinagem da Covilhã Associação APC/AAUBI
2. Associação Desportiva da Estação
3. C.C.D. Amigos do Basquete da Covilhã
4. Associação de Basquetebol de Castelo Branco
5. Associação de Futebol de Castelo Branco
6. Associação Desportiva do Fundão
7. B&B - Empreendimentos Turísticos e Desportivos, Lda.
8. Casa do Sport Lisboa e Benfica na Covilhã
9. C.C.D. Leões da Floresta
10. Escola da Quinta das Palmeiras - Covilhã
11. Federação de Desportos de Inverno de Portugal
12. Federação Portuguesa de Basquetebol
13. Grupo Desportivo da Mata
14. N.B.C. - Núcleo de Basket da Covilhã
15. Sporting Clube da Covilhã
16. TKSports & Events, Unipessoal, Lda
17. Unidos Futebol Clube do Tortosendo
18. Casa de Pessoal da UBI - Núcleo de Basquetebol

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde enalteceu a cooperação entre os três institutos de oncologia nacionais (IPO), localizados em Lisboa, Porto...

"Eu creio que se há área onde a cooperação é útil, na área da oncologia ela é verdadeiramente exemplar", disse Adalberto Campos Fernandes aos jornalistas, no final de uma visita ao IPO de Coimbra, onde inaugurou uma nova tecnologia de tratamento do cancro, investimento de 4,5 milhões de euros.

O titular da pasta da Saúde considerou a relação entre os três IPO como "virtuosa", não só na gestão clínica e estratégia de tratamento dos doentes, como na criação, "a breve prazo" do Registo Nacional do Doente Oncológico, atualmente existente em registos regionais, e também em aspetos como a compra de medicamentos, a negociação e a aprovação de novas tecnologias.

O novo equipamento de tomoterapia do IPO de Coimbra é uma tecnologia única no país para o tratamento de cancro, nomeadamente tumores tratados por radiação externa como os cerebrais e permite um tratamento "mais eficiente e com melhores resultados para o doente", disse  o presidente do Conselho de Administração Manuel António Silva.

Presente na visita, o presidente do IPO do Porto, Laranja Pontes, entregou ao ministro da Saúde um documento sobre a complexidade e custos dos três institutos de oncologia nacionais, considerando-os "o modelo mais eficiente e mais barato de tratar doentes em Portugal".

"Nós só tratamos doentes com cancro e os custos por doente tratado, nos três IPO, são mais baixos do que nos outros hospitais todos, mas não são [só] os doentes com cancro, são os doentes em geral", disse à Lusa Laranja Pontes.

A entrega do documento ao ministro da Saúde pretendeu "evidenciar que o modelo de prestação de cuidados dos IPO é o mais eficiente", reafirmou, defendendo uma "discriminação positiva" dos institutos portugueses de oncologia no acesso ao financiamento.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes, garantiu, em Coimbra, que o Governo não vai privatizar a ADSE "em nenhuma...

"Há uma coisa que lhe posso garantir, em nenhuma circunstância o atual Governo promoverá a privatização da ADSE", disse Adalberto Campos Fernandes aos jornalistas, questionado sobre a eventual mutualização do modelo de assistência na doença aos servidores do Estado.

Em declarações à margem de uma visita ao Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, o ministro da Saúde lembrou ainda que a comissão de reforma da ADSE conclui os seus trabalhos na quinta-feira.

Em declarações anteriores no Parlamento, a 23 de junho, o ministro admitiu que a ADSE venha a ter autonomia e que até à sua eventual mutualização tenha uma fase transitória com duas tutelas.

"O Governo prevê dar autonomia à ADSE e tem de o fazer com segurança", afirmou na altura o ministro Adalberto Campos Fernandes, questionado pela oposição sobre notícias que dão conta de que o plano de atividades do subsistema dos funcionários públicos pode voltar a ser financiado pelo Estado.

Para o ministro da Saúde, até à eventual mutualização, a ADSE poderá ter uma fase transitória em que o subsistema passe a ter duas tutelas (Finanças e Saúde).

IPO Coimbra
O Instituto Português de Oncologia de Coimbra investiu 4,5 milhões de euros de capitais próprios numa tecnologia única no país...

A nova unidade de tomoterapia permite, de acordo com o presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, Manuel António Silva, um tratamento "mais eficiente e com melhores resultados para o doente", e a sua criação "mereceu a concordância" dos profissionais de radioterapia da instituição, afirmou.

Segundo uma nota de imprensa do IPO, a tecnologia inovadora possibilita que a dose de radiação seja direcionada ao tumor alvo, "poupando expressivamente cada um dos órgãos de risco que possam estar na sua vizinhança imediata e a administração consistente, eficiente e fiável dessa mesma distribuição de dose".

"A duração de cada sessão de tratamento encurta significativamente, com ganhos não só de eficiência, como de comodidade e bem-estar para o doente, que deixa de necessitar de longos tempos de imobilização e rigidez postural", lê-se na mesma informação.

"Esta nova unidade vem fortalecer a capacidade instalada em radioterapia no SNS [Serviço Nacional de Saúde], quer pela inovação que comporta, quer pela possibilidade de se constituir como referência sempre que se considere o tratamento por radiações ionizantes", adianta.

Manuel António Silva afirmou, por outro lado, que a tecnologia inovadora "fica disponível para todos em Portugal" e não só para os doentes do IPO de Coimbra.

"Já o fazemos noutras áreas, estamos abertos a essa colaboração. No Serviço Nacional de Saúde a comunicação entre instituições é muito positiva", asseverou.

A nova unidade de tratamento integra o plano de investimento em curso no IPO de Coimbra, instituição que integra a plataforma "mais diferenciada" da Rede de Referenciação Hospitalar de Oncologia, "o que lhe atribui a responsabilidade do diagnóstico e tratamento de tumores, independentemente da sua incidência, em particular dos que exigem técnicas e tecnologia mais complexas e menos vulgarizadas", sustenta a nota de imprensa.

Conferência APEGSaúde
A APEGSaúde – Associação Portuguesa de Engenharia e Gestão da Saúde, em colaboração com a Secção Regional do Norte da Ordem dos...

Partindo da análise do Relatório da Comissão de Reforma do Modelo de Assistência na Doença aos Servidores do Estado (ADSE), que está em discussão pública, Miguel Guimarães destaca a importância de debater este tema e recolher o maior número de informações e opiniões sobre um tema que é importante para quem trabalha na Função Pública, o que acontece com um número significativo de médicos.

Em debate estarão algumas das questões apontadas no referido relatório, como a participação do Estado no campo da organização e governação do sistema de proteção, excluindo-o contudo do aspeto do financiamento.

Ao Estado, defende a Comissão de Reforma, cabe o papel de acompanhar e fiscalizar a actividade da nova entidade e assegurar a sua coordenação com os organismos do Estado ou dele dependentes, sem assumpção de responsabilidade financeira, devendo o equilíbrio entre receitas e despesas ser alcançado pela adequada e necessária definição de contribuições e/ou benefícios.

Dada a importância do tema para os trabalhadores da Função Pública, e dos médicos em particular, o presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos admite que "este é um debate essencial em que os médicos devem participar, contribuindo para uma reforma positiva da ADSE".

"Mais do que tomar uma posição sobre esta matéria, ao acolher este debate promovido pela APEGSaúde, a Secção Regional do Norte pretende chamar os médicos ao debate, dar-lhes uma oportunidade de esclarecerem dúvidas e construírem a sua própria posição, que pode ser determinante para a sua continuidade ou não na ADSE", salienta Miguel Guimarães.

O debate, agendado para as 21 horas de dia 28 de Junho, irá realizar-se no Salão Nobre do Centro de Cultura e Congressos da SRNOM e será moderado por Miguel Guimarães e Carlos Tomás.

O programa da sessão pode ser consultado em https://tinyurl.com/DebateADSE.

Protocolos assinados
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra assinou 15 protocolos com entidades hospitalares da região Centro, do Algarve e...

O presidente do conselho de administração dos Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Martins Nunes, congratulou-se por ter sido "possível juntar, pela primeira vez, todos os hospitais da Região Centro numa mesma missão, com o mesmo objetivo e num mesmo protocolo de colaboração para o bem dos doentes".

"Estamos muito esperançados neste novo tempo que hoje começa e temos a certeza de que o Governo nos irá ajudar a consolidar as nossas instituições, tornando-as mais robustas para enfrentar os desafios que se colocam, seja no acesso atempado, na inovação, na capacidade para nos tornarmos cada vez mais eficientes e mais próximos dos cidadãos", disse o responsável, numa cerimónia presidida pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

A Região Centro tem 85 centros de saúde e 10 hospitais, perfazendo um total de 4.712 camas hospitalares e mais de 2.000 camas de cuidados continuados.

"O conjunto de protocolos que hoje aqui assinamos reforça a coesão entre as instituições e dá um sinal muito positivo da nossa ambição em estar na linha da frente", sublinhou Martins Nunes, salientando que o CHUC, "hospital português com maior número de Centros de Referência, passa a ser uma mais-valia para os restantes hospitais da Região".

Além de envolver os 10 hospitais do Centro, os protocolos de cooperação assinados abrangem ainda projetos de investigação, um deles para estudar o impacto de células estaminais na recuperação de vítimas de AVC.

Este projeto envolve, além do CHUC, o Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNBC), o Hospital Rovisco Pais e a Crioestaminal.

A investigação consiste no desenvolvimento de um ensaio piloto para avaliar o efeito terapêutico de células estaminais em pacientes com AVC [acidente vascular cerebral] e testar também o efeito terapêutico de derivados de células em ensaios pré-clínicos [teste em modelos animais].

O CHUC vai também cooperar com o Serviço Regional de Saúde da Região Autónoma da Saúde, que esteve representado na cerimónia pelo secretário de Estado Regional, através de 16 médicos ortopedistas e oito anestesistas.

Os médicos vão deslocar-se à Madeira todos os fins de semana, em grupos de três: dois ortopedistas e um anestesista.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou em Coimbra que "tem que haver" uma melhor parceria entre...

O membro do executivo socialista recordou que tem feito "um esforço muito grande", juntamente com o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, para que "haja um grande entrosamento entre assistência, ensino e investigação".

A relação entre "universidades, laboratórios associados, a iniciativa da investigação dos diversos grupos que existem no país e as ‘startups’ são fundamentais para que a própria assistência seja qualificada", sublinhou Adalberto Campos Fernandes, que falava aos jornalistas à margem de uma visita a empresas tecnológicas da área da saúde em Coimbra.

Para o ministro da Saúde, é importante "integrar, cooperar e desenvolver, usando-se os meios que o país dispõe", que são "bastante positivos", quer ao nível da assistência, quer ao nível do conhecimento e da ciência.

Como exemplo dessa parceria, Adalberto Campos Fernandes apontou para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), com uma "afiliação funcional" com empresas da área da saúde, referindo que se passa o mesmo em outros pontos do país.

Segundo o ministro, é preciso "pôr os portugueses a trabalhar em conjunto e a pensar no país em conjunto", em vez de se criarem "barreiras administrativas e burocráticas que não são úteis".

Adalberto Campos Fernandes visitou em Coimbra várias empresas de base tecnológica que operam no setor da saúde, presentes na incubadora Instituto Pedro Nunes (IPN).

Instituto Nacional de Estatística
A despesa das famílias com a saúde aumentou 2,7% em 2014, devido principalmente ao aumento de gastos com privados, segundo...

Os dados da Conta Satélite da Saúde do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que “em 2014, a despesa corrente das famílias cresceu 2,7% devido, principalmente, ao aumento da despesa em hospitais privados (10,3%), em outras vendas de bens médicos (7,1%) e em prestadores privados de cuidados em ambulatório (2,1%)”.

“Em 2013 e 2014, em média, 89,6% da despesa corrente em saúde das famílias centrou-se no financiamento em prestadores privados de cuidados de saúde em ambulatório, em farmácias, em hospitais privados e em todas as outras vendas de bens médicos”, especifica o INE.

Em 2014, e face ao período de 2000 a 2003, destacou-se o aumento do peso relativo da despesa em hospitais privados (mais 7 pontos percentuais) e em prestadores privados de cuidados em ambulatório (mais 5,7 pontos percentuais).

Em sentido inverso, observou-se uma diminuição do peso da despesa das famílias em farmácias (menos 10,7 pontos percentuais).

No âmbito dos prestadores de cuidados de saúde, em 2013 e 2014, ao nível dos principais prestadores, registou-se a diminuição da importância relativa da despesa em hospitais públicos (32,0% em 2013 e 31,3% em 2014) e em farmácias (15,5% em 2013 e 15,3% em 2014).

Por outro lado, registou-se um aumento do peso da despesa em prestadores privados de cuidados de saúde em ambulatório (19,4% em 2013 e 19,5% em 2014), em hospitais privados (10,2% em 2013 e 10,7% em 2014), em prestadores privados de cuidados auxiliares (4,2% em 2013 e 4,3% em 2014) e em todas as outras vendas de bens médicos (4,1% em 2013 e 4,2% em 2014).

Os dados da Conta Satélite da Saúde do INE indicam ainda que globalmente a despesa corrente em saúde aumentou 2% em 2015, sendo que o peso deste crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) foi o mais baixo desde 2003, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.

Os dados da Conta Satélite da Saúde do INE mostram que a despesa corrente em saúde aumentou 2% no ano passado, ainda assim, uma taxa de crescimento inferior à do PIB (3,4%).

No entanto, o peso relativo da despesa corrente em saúde no PIB continua a diminuir, representando 8,9% em 2015, o valor mais baixo desde 2003.

O INE revela ainda que já em 2014 se tinha verificado um aumento da despesa corrente em saúde de 0,7%, invertendo a tendência de decréscimo que se registava desde 2011.

“Em 2013, a despesa corrente em saúde diminuiu 1,7%, atingindo 15.476,7 milhões de euros, correspondendo a 9,1% do PIB e a 1.479,99 euros per capita”, indica o INE.

A partir desse ano, a despesa corrente em saúde inverteu a tendência de decréscimo que se registava desde 2011, tendo aumentado 0,7% em 2014, fixando-se em 15.582,7 milhões de euros (9% do PIB e 1.498,18 euros por pessoa).

O aumento de 2% da despesa corrente em saúde verificado em 2015, traduz-se num total de 15.887,7 milhões de euros (8,9% do PIB e 1.533,85 euros por pessoa).

“Em 2014 e 2015, a importância relativa da despesa corrente pública face à despesa privada voltou a baixar (66,2% em 2014 e 66% em 2015)”, acrescenta o INE.

Portal do Serviço Nacional de Saúde
Esta cirurgia é a que mais ultrapassa o que está na lei. Évora tem o pior tempo: 833 dias. Em urologia espera-se 300 dias.

Um doente com obesidade e que está na lista de espera para uma cirurgia pode ter de esperar mais de dois anos para receber tratamento. Segundo os dados disponíveis no Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), relativos a abril, o Hospital de Évora é o que apresenta o pior tempo de espera para os doentes de prioridade normal: 833 dias, quando o tempo máximo de resposta garantido (TMRG) é de 270 dias. Também na urologia há quem espere mais de 300 dias por uma operação, escreve o Diário de Notícias.

Os TMRG definem que os doentes considerados muito prioritários têm de ser operados em 15 dias, os prioritários em 60 dias e os restantes em 270 dias. São, porém, mais apertados para os doentes oncológicos. No caso dos muito prioritários são igualmente 15 dias, mas nos prioritários a resposta tem de ser dada em 45 dias e nos outros em 60 dias.

No caso da obesidade, outros hospitais do SNS apresentam tempos acima do aceitável, muito superiores a um ano de espera, o que torna esta especialidade uma das que tem pior resposta. Exemplos negativos são o Centro Hospitalar (CH) de Vila Nova de Gaia/Espinho com 566 dias, Faro com 412 dias, CH Douro e Vouga com 353 dias. Já o CH do Porto tem 312 dias na prioridade normal e 167 dias para os doentes prioritários.

É Évora que sobressai pela longa espera. "A origem do problema está no facto de haver apenas uma equipa multidisciplinar - a única em todo o Alentejo - que não consegue dar resposta a todas as situações. São casos complexos, operações que demoram muito tempo. Estamos a tentar que o cirurgião comece a formar alguns colegas para criar mais equipas, mas formar demora tempo. Tentamos responder às situações mais complexas", explicou ao DN José Robalo, presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo.

Carlos Oliveira, presidente da Associação dos doentes obesos ADEXO, lembra o fim do programa de combate à lista de espera que operou 6 mil doentes em dois anos. "Já se percebeu que operações dentro do programa normal dos hospitais não funciona. Compete ao ministério [da Saúde] alterar a situação para que as cirurgias tenham alguma prioridade. Estes doentes estão a gastar mais dinheiro ao SNS, não sendo operados, a tratar problemas cardíacos e respiratórios. Estimamos que este ano se gastem mais de 600 milhões euros no tratamento de doenças associadas à obesidade."

Também na urologia há hospitais que excedem em muito o TMRG na prioridade normal, como o CH Algarve com 552 dias, CH Baixo Vouga com 331 dias e hospital de Évora com 319 dias de espera. Os doentes oncológicos com prioridade normal também estão a esperar muito nos CH de Tondela-Viseu (163 dias) e de Setúbal (235 dias). No CH Lisboa Central os doentes prioritários esperam 30 dias.

"Genericamente temos urologistas e serviços mais que suficientes, dentro dos padrões da média europeia. Às vezes há má organização dos serviços e dos hospitais e temos de perguntar se os tempos operatórios são suficientes. O problema de lista de espera é, em boa parte, um problema de gestão interna e da rede hospitalar. Os doentes têm a opção da escolha e há doentes que não querem usar o vale cirurgia porque têm confiança no seu médico", aponta Avelino Fraga, presidente do colégio de urologia da Ordem dos Médicos, referindo que o caso dos doentes oncológicos é diferente.

Peritos alertam
Dormir sem roupa interior pode causar desconforto na perspetiva de algumas mulheres, mas a ausência de cuecas vai ajudar a...

Lavar os dentes, tirar a maquilhagem e pôr-se à vontade em roupa confortável, eis a rotina de muitas mulheres na hora de deitar.

Nancy Herta, especialista de ginecologia e obstetrícia da Michigan State University, sublinhou ao Glamour que “mesmo que dormir sem roupa não faça o seu estilo”, não deve usar cuecas se tiver propensão para problemas vaginais, escreve o Diário Digital.

“Entre corrimentos e suor, as coisas tendem a ficar um pouco húmidas ‘lá em baixo’, e a roupa interior pode encurralar essa humidade, criando um terreno fértil para a propagação de bactérias nocivas”, explicou, citada pela AP.

“Permitir que essa zona [do corpo] apanhe algum ar ajuda a manter [a vagina] seca e limpa”, acrescentou.

Portanto, em vez de cuecas ou pijamas muito justos, elas devem optar por ou não usar nada (idealmente), ou escolher roupa larga e de preferência feita de algodão em vez de, por exemplo, seda.

Estudo
E se beber água com uma bactéria típica da flora intestinal fosse capaz de curar os principais sintomas do autismo? À primeira...

Uma descrição detalhada das experiências, coordenados pelo pesquisador uruguaio Mauro Costa-Mattioli, do Baylor College of Medicine (EUA), acaba de sair na Cell, uma das mais importantes revistas científicas do mundo, escreve o Diário Digital.

“Temos de ter muito cuidado, ainda há muitos estudos pela frente. A mensagem definitivamente não é que os pais de crianças com autismo deveriam sair por aí a encher os seus filhos de probióticos na esperança de que eles fiquem curados. Mesmo assim, estou extremamente empolgado com as perspetivas”, disse Costa-Mattioli.

Estudos como o do uruguaio, revelando correlações entre os micro-organismos que habitam o nosso corpo e os aspetos mais insuspeitos da saúde humana, ganharam massa crítica nos últimos anos, conta a zoóloga britânica Alanna Collen no seu livro “10% Humano”.

Para ela, manipular a microbiota – ou seja, a coleção de milhares de espécies microbianas que fizeram do organismo humano o seu lar – poderia ter impactos positivos na epidemia global de obesidade, em doenças autoimunes tão diferentes quanto a esclerose múltipla e a diabetes e numa lista de problemas mentais que, além do autismo, inclui a depressão e o transtorno bipolar.

Aqui, é crucial frisar o verbo "poderia" porque, como enfatiza Costa-Mattioli, trata-se de uma área de pesquisa extremamente nova, com conhecimento novo a ser gerado o tempo todo num ritmo muito rápido (e, às vezes, contraditório).

O ponto de partida está resumido no título do livro de Collen: só 10% das células no corpo de uma pessoa são realmente dela. Os outros 90% pertencem a bactérias e outros microrganismos que exploram diferentes partes do corpo (como a pele gordurosa do nariz ou as regiões quentes e húmidas das virilhas).

Nesse processo evolutivo de longo prazo, os micróbios não só aprenderam a aproveitar-se das condições do organismo humano para se reproduzir como também aprenderam, em muitos casos, a oferecer diferentes vantagens aos seus hospedeiros – é, afinal, um jogo de "ganha-ganha", no qual a saúde da pessoa permite que a comunidade microbiana fique mais próspera, e vice-versa.

É por isso que uma flora intestinal vigorosa e diversificada é benéfica, como os médicos já sabem há bastante tempo. Os micróbios do intestino ajudam os seres humanos (e muitos outros animais) a digerir alimentos difíceis, produzem nutrientes que o nosso organismo não é capaz de fabricar e competem com outros seres unicelulares que, se estivessem sozinhos, causariam doenças.

Há indícios de que o tipo de microbiota pode influenciar diretamente a propensão a engordar. Alguns testes em animais de laboratório e pessoas sugerem que essa abordagem seria um caminho para enfrentar muitos casos de excesso de peso, que não teriam relação direta com o quanto a pessoa come e se exercita, mas sim com a variedade de espécies de bactéria no seu organismo.

Vitamina D
A vitamina D, também conhecida como a vitamina do sol, é uma vitamina lipossolúvel (que se dissolve

Ao contrário das outras vitaminas, a vitamina D pode ser produzida pela pele, através da exposição aos raios ultravioletas. A vitamina D pode ser encontrada, essencialmente, de duas formas moleculares distintas e com origens diferentes: a vitamina D2 – ergocalciferol - de origem vegetal e a vitamina D3 – colecalciferol - de origem animal.

Outra particularidade da Vitamina D deve-se ao seu complexo metabolismo, mais precisamente ao facto das vitaminas D2 e D3 serem biologicamente inativas.

Ou seja, para o organismo poder utilizar a vitamina D primeiro as vitaminas D2 e D3 têm que ser ativadas, ou seja, têm que ser transformadas.

A primeira transformação ocorre no fígado, onde se forma a 25-hidroxivitamina D, e depois no rim, onde se obtém a 1.25-dihidroxivitamina D.

Vitamina D e Saúde

Uma das principais funções da vitamina D, e talvez a mais conhecida, é ser responsável por regular o metabolismo ósseo. Esta vitamina é essencial para o desenvolvimento saudável e para a manutenção dos ossos e dentes. Por um lado, promove e otimiza a absorção do cálcio, por outro lado, evita a eliminação renal do cálcio.

Mas o papel da vitamina D na nossa saúde não fica por aqui. As diversas funções que desempenha em distintos tecidos e órgãos fazem da vitamina D essencial para a saúde do nosso organismo.

Desempenha um papel importante ao nível muscular, ao nível do sistema imunológico e ao nível do sistema nervoso, uma vez que previne o declínio cognitivo.

 Relativamente ao sistema cardiovascular, a vitamina D desempenha um papel protetor, uma vez que parece reduzir o risco de enfarte, de doença coronária e de insuficiência cardíaca.

Ainda, a Vitamina D revela um efeito preventivo da obesidade e da diabetes mellitus, pois tem a capacidade de melhorar a sensibilidade à insulina.

Durante a gravidez, a Vitamina D diminui o risco de eclampsia.

Fontes de Vitamina D

A principal fonte de vitamina D é o sol! Para o organismo, mais precisamente a pele,  conseguir produzir uma dose adequada (cerca de 80%) de vitamina D é necessária a exposição solar, sem protetor solar, durante cerca de 15 minutos, pelo menos 3 vezes por semana.

Contudo, para além da exposição solar, é essencial um correto aporte desta vitamina através da alimentação, nomeadamente através da ingestão adequada de alimentos naturalmente ricos em Vitamina D.

Alimentos naturalmente ricos em Vitamina D

  • Leite e derivados (iogurte e queijo)
  • Creme vegetal para barrar
  • Gema de ovo
  • Peixe, nomeadamente os peixes gordos, como a cavala, salmão, atum, sardinha
  • Ostras
  • Óleo de fígado de bacalhau

NOTA: Alguns medicamentos e as bebidas alcoólicas podem reduzir a absorção da vitamina D e, consequentemente, a sua disponibilidade no organismo.

Carência de Vitamina D

Parece que a prevalência de falta de Vitamina D está a aumentar. Este facto pode ser explicado, pelo aumento dos cuidados aquando da exposição solar (menos exposição ao sol e uso de protetores solares), pela diminuição da ingestão de alimentos ricos em vitamina D, como por exemplo a diminuição do consumo de peixe e a utilização de medicamentos que diminuem a disponibilidade da vitamina D.

A deficiência em vitamina D pode originar fraqueza muscular, raquitismo (nas crianças), osteomalácia ou osteoporose.

O risco de carência de Vitamina D é maior nos indivíduos pouco expostos ao sol e que passam poucas horas ao ar livre, nas crianças, nos idosos, durante a gravidez (uma vez que as necessidades de vitamina D estão aumentadas) e durante a menopausa (fase em que um correto aporte de vitamina D e cálcio é vital, uma vez que a descalcificação óssea aumenta, como consequência da diminuição da produção de estrogénio).

Saiba mais em: https://amesacomcatarinaoliveira.wordpress.com/

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Liga Portuguesa Contra o Cancro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro lançou a campanha “Há quanto tempo não vê as suas costas”, que visa alertar para a...

Em declarações, o presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), Vítor Veloso, explicou que esta campanha “visa dar continuidade às campanhas anteriores” sobre o cancro da pele, mas desta vez com enfoque na necessidade de se observar as costas, já que uma percentagem significativa destes tumores começa por manifestar-se nesta zona do corpo.

“As costas são uma região que pouca gente vê, esporadicamente pode ver pelo espelho, mas não vê com nitidez” e, por isso, "queremos que os portugueses comecem a estar mais atentos aos sinais nesta zona do corpo", disse o oncologista.

 Além desta região do corpo, os portugueses também devem observar outras zonas em que aparecem muitos sinais, como o couro cabeludo, pescoço, orelhas, nádegas e plantas dos pés.

O presidente da liga adiantou que esta campanha também é para relembrar que a exposição solar, sem as devidas precauções, aumenta comprovadamente o risco de desenvolver este tipo de cancro.

Segundo o oncologista, “é necessário explicar que, além da proteção solar, [os portugueses] devem também ficar atentos aos novos sinais que aparecem na pele e que podem ser indício de cancro de pele”, salientou.

“O cancro da pele é o cancro mais comum do mundo, o que aparece em maior número, felizmente na grande maioria é curável, desde que seja tratado convenientemente, mas aqui interessa-nos sobretudo um deles, que sob o ponto de vista oncológico merece muito respeito, que é o melanoma”, frisou Vítor Veloso.

A fadista Cuca Roseta, as atrizes Liliana Santos e Sara Matos, Sónia Morais Santos e os irmãos Sérgio e Nélson Rosado são os nomes que dão “as costas” por esta campanha e se associaram à LPCC num vídeo que apela à importância de estar atento aos sinais que aparecem nas costas.

Neste vídeo, que será partilhado nas redes sociais, os embaixadores convidam os portugueses a tirar uma fotografia às suas costas, a partilhá-la na sua página de Facebook, Instagram e/ou Twitter e a convidarem os seus amigos a juntarem-se ao movimento “Eu vigio as minhas costas”.

O cancro de pele é geralmente causado pela exposição excessiva aos raios ultravioleta e "é mais comum em pessoas com mais de 50 anos, mas pode afetar qualquer pessoa”, alerta a Liga.

“Embora seja também um dos tipos de cancro mais tratáveis e com maior taxa de recuperação, o conhecimento público sobre os sintomas do cancro de pele é reduzido, o que torna a deteção precoce vital”, acrescenta.

A incidência dos vários tipos de cancros da pele tem vindo a aumentar em todo o mundo, estimando-se que em Portugal, em 2016, serão diagnosticados mais de 12.000 novos casos e cerca de 1.000 serão novos casos de melanoma.

Em Lisboa
A primeira campanha nacional de sensibilização para a escoliose pediátrica, que é hoje lançada em Lisboa, pretende alertar e...

Segundo os responsáveis pela campanha, a escoliose é uma doença que se carateriza por um desvio tridimensional da coluna que surge quando ocorre um desalinhamento das vértebras.

Patrocinada cientificamente pela Sociedade de Ortopedia e Traumatologia e pela Sociedade Portuguesa de Pediatria, a campanha tem ainda o objetivo de ajudar as crianças e jovens a “compreender e ultrapassar o impacto que a deformidade possa ter na sua qualidade de vida e autoestima”.

Na página do Facebook da campanha explica-se que a grande maioria das escolioses (80-90%) não tem uma causa conhecida e surge em crianças e adolescentes sem outras doenças.

Além disso, é ainda esclarecido que a “escoliose estruturada não está ligada a más posturas ou diferenças no comprimento dos membros, nem tem nada a ver com traumatismos ou sobrecarga (como o transporte de mochilas pesadas)”.

Os responsáveis pela campanha sublinham que “há curvaturas naturais”, enquanto outras não o são e dão uma ajuda para identificar uma curvatura na coluna: “se a criança estiver muito direita e se um dos seus ombros ou um dos lados da anca estiver mais alto que o outro deve ter uma curvatura na coluna”.

A campanha será hoje apresentada no Jardim Zoológico de Lisboa e terá como “embaixadora” uma girafa chamada Josephine.

No Algarve
O recurso à telemedicina para a dermatologia no Algarve permitiu a redução em 20 dias do tempo de espera para uma consulta...

A informação foi avançada pelo presidente do conselho de administração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Henrique Martins, a propósito da Semana de eHealth, que começa hoje em Lisboa e decorre até sexta-feira.

O encontro, que reunirá especialistas nacionais e internacionais visa promover, à escala mundial, o debate e a partilha de conhecimentos sobre o recurso às novas tecnologias para a saúde.

Um dos temas em debate será a telemedicina, uma aposta deste governo e que, de acordo com Henrique Martins, já proporcionou a redução de 190 para 170 no número de dias de espera para uma consulta de dermatologia no Algarve.

Nesta zona do país, mais de metade dos doentes de dermatologia são referenciados pelos médicos de família, primeiro para teledermatologia (rastreio dermatológico) e depois, caso o dermatologista entenda, para uma consulta presencial, disse.

Nas situações sem necessidade de consulta, o caso é despistado e o médico de família informado da indicação do dermatologista.

“Esta tecnologia é algo que está a começar a resolver a lista de espera para as consultas de dermatologia convencionais”, disse.

Antes deste recurso, a lista de espera era ainda maior, uma vez que nesta região apenas existia um dermatologista.

“Só havia um dermatologista e continua a haver só um, mas agora, com esta possibilidade, ele consegue ver primeiro as fotografias, faz um primeiro rastreio, e depois já só gasta tempo de consulta com o doente frente a ele, com certos doentes", disse.

O mesmo aconteceu em Bragança. Nas regiões onde há mais dificuldade de acesso, “a telemedicina pode ser e já está a ser útil”.

Segundo Henrique Martins, existem em Portugal outras áreas em que a telemedicina funciona bem, como teleimagiologia e a telepatologia.

Há ainda outras experiências em curso, como o uso da telemedicina na Via Verde do AVC (acidente vascular cerebral), em fase de experimentação na zona Centro, ou o recurso a este instrumento na saúde dos reclusos porque poupa muito na deslocação e permite melhores cuidados de saúde dos reclusos.

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