6 de Maio, Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca
João Didelet e José Peseiro juntam-se ao Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Portuguesa de Cardiologia pela...

A Campanha “Ouve o teu coração!” conta com a participação destas duas figuras públicas com o objetivo de sensibilizar a população, os profissionais de saúde, a classe política e a comunicação social para uma doença que afeta cerca de 400 mil portugueses e que todos os anos mata mais pessoas que alguns tipos de cancro.

O ator João Didelet e o treinador de futebol José Peseiro são os protagonistas de um Spot de Televisão de 20 segundos sobre os principais sintomas da Insuficiência Cardíaca e a necessidade de se estar atento aos sinais para um diagnóstico precoce. Durante o mês de Maio será veiculado nos principais canais generalistas e nos Cinemas NOS, de norte a sul do país.

Em Portugal, a insuficiência cardíaca afeta mais de 4% da população, ou seja, cerca de 400 mil pessoas e representa uma despesa que varia entre os 140 milhões e os 210 milhões de euros anuais em saúde. Prevê-se que a sua prevalência possa aumentar entre 50% a 70% até 2030, sendo, dessa forma, crucial prestar atenção a esta doença que, na Europa, é já a principal causa de internamento hospitalar após os 65 anos de idade.

A Campanha “Ouve o teu coração!” é uma iniciativa do Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca em parceria com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia e conta com o apoio da Merck, Novartis e Servier. 

Sociedade Portuguesa de Pneumologia adverte
Só nos hospitais portugueses são internadas, todos os dias, 81 pessoas com pneumonia. Morre uma delas a cada 90 minutos. Na...

O envelhecimento enfraquece o sistema imunitário, tornando o ser humano mais vulnerável a bactérias como o pneumococo, um dos grandes responsáveis pelas pneumonias. 

“A imunização no adulto, em particular contra a doença pneumocócica, é uma das nossas grandes preocupações enquanto sociedade científica”, começa Venceslau Hespanhol, Presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. “Crianças e adultos com mais de 50 anos estão mais susceptíveis a contrair a doença pneumocócica. No entanto, se no caso dos mais novos há uma natural aposta na imunização, com a chegada à idade adulta, preocupamo-nos menos e acabamos por descurar a prevenção. Por isso, na Semana Europeia da Vacinação relembramos que a vacinação antipneumocócica não deve ser um exclusivo das crianças. Os adultos também devem ter essa preocupação”, continua.

Pessoas nos extremos das idades, bem como adultos com mais de 50 anos que tenham co-morbilidades como Diabetes, Asma, DPOC e Doença Cardíaca ou pessoas cuja imunidade está comprometida também devem vacinar-se.

Para a Sociedade Portuguesa da Pneumologia, a prevenção é fundamental. “Existe, desde 2014, uma recomendação da SPP para que os principais grupos de risco sejam imunizados com a vacina antipneumocócica. Em junho do ano passado, esta recomendação foi reforçada por uma norma da Direção-Geral da Saúde (DGS), que recomenda a vacinação a todos os adultos (pessoas com mais de 18 anos) pertencentes aos grupos de risco, nomeadamente diabéticos, pessoas com asma, DPOC ou doença cardíaca crónica. É tempo de agir. Todos os dias são internadas 81 pessoas com Pneumonia. Uma pessoa morre a cada hora e meia. Só em custos diretos com internamentos, gastamos anualmente 80 Milhões de euros, o equivalente a 218 mil euros por dia. Custos que não contemplam despesas indiretas incalculáveis como sequelas graves ou mortes, a maioria potencialmente prevenível”, conclui o presidente da SPP.

Em Maio
A Fundação Portuguesa de Cardiologia « em parceria com a Fundação INATEL, promove durante o mês de maio uma caminhada semanal -...

O projeto “Caminhar pelo Coração” tem como principal objetivo incentivar a população para a prática de atividade física, fundamental para a promoção da saúde e bem-estar.

A atividade física regular não significa apenas atividades desportivas, de lazer ou competitivas, mas engloba também formas diversas de atividades diárias menos intensas, como caminhar. Este projeto, visa essencialmente contribuir para a concretização de uma prática agradável e, ao mesmo tempo, saudável. A caminhada em passo acelerado é um excelente programa de atividade física. A prática da atividade física diminui o risco cardiovascular e ajuda a aumentar a qualidade e esperança de vida, combate a obesidade, baixa a pressão arterial sobe o colesterol protetor e melhora a circulação arterial.

O projeto “Caminhar pelo Coração” destina-se a todos os “Amigos da FPC”, sócios INATEL, e a todos aqueles que se queiram juntar a esta iniciativa. A participação é gratuita, podendo inscrever-se através do email [email protected].

Para além de deixar o desafio para esta caminhada semanal, a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), neste mês do coração, relembra um conjunto de medidas simples de como é possível, no dia-a-dia, aplicarmos um pouco de exercício físico para manter o corpo a funcionar de forma saudável:

1) Introduza algum movimento nas suas atividades diárias: prefira escadas em vez de elevadores; ande mais a pé (na utilização dos transportes públicos, desça uma paragem antes, deixe o automóvel mais longe); ande de bicicleta, salte à corda;

2) Escolha uma atividade física que lhe agrade e que possa praticar: as mais prolongadas e moderadas são as ideais, como por exemplo a natação, corrida, ciclismo, caminhadas, dança de salão. Tente praticar, pelo menos, três vezes por semana. Se conseguir companhia, ainda melhor;

3) Com o tempo, aumente a intensidade do exercício: o seu corpo vai tendo mais capacidade para o esforço e revigora-se cada vez melhor ao longo do tempo;

4) A atividade física deve ser adequada à sua condição de saúde e à sua idade: em idades mais jovens, o exercício pode ter um carácter competitivo, já em pessoas com mais de 35 anos a atividade física deve assumir uma forma de lazer;

5) É desejável que a atividade física se inicie na infância: no crescimento das crianças o corpo e a saúde beneficiam muito do exercício. Ajuda à concentração, aumenta o apetite e motiva a sociabilidade;

6) Antes de dar inicio a algum programa de exercício deve realizar um exame médico prévio.

6 de Maio, Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca
O Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Portuguesa de Cardiologia lança campanha de sensibilização sob o mote ...

A Campanha “Ouve o teu coração!” tem como objetivo sensibilizar a população, os profissionais de saúde, a classe política e a comunicação social para uma doença que afeta cerca de 400 mil portugueses e que todos os anos mata mais pessoas que alguns tipos de cancro.

“A insuficiência cardíaca é um problema grave de saúde pública porque representa uma elevada mortalidade e morbilidade. A falta de conhecimento sobre a doença leva as pessoas a não valorizar os sintomas, confundindo esses sinais com o processo natural de envelhecimento. O cansaço, falta de ar e dificuldade em desempenhar as tarefas diárias são sintomas que não devem ser ignorados”, explica a Professora Cândida Fonseca, Coordenado do Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca.

Em Portugal, a insuficiência cardíaca afeta mais de 4% da população, ou seja, cerca de 400 mil pessoas e representa uma despesa que varia entre os 140 milhões e os 210 milhões de euros anuais em saúde. Prevê-se que a sua prevalência possa aumentar entre 50% a 70% até 2030, sendo, dessa forma, crucial prestar atenção a esta doença que, na Europa, é já a principal causa de internamento hospitalar após os 65 anos de idade.

Durante a Semana Europeia da Insuficiência Cardíaca, nomeadamente no dia 6 de Maio, serão promovidas várias iniciativas em Lisboa (Praça do Saldanha), Porto (Largo Amor de Perdição) e Évora (Praça do Giraldo), nomeadamente:

·         17h00: Largada de Balões

·         16h00: Aula de Aeróbica

A Campanha “Ouve o teu coração!” conta com a participação de duas figuras públicas, José Peseiro, atual treinador do FC Porto, e o ator João Didelet e com o apoio da Merck, Novartis, Servier e ainda das Câmaras Municipais de cada cidade. Durante o mês de Maio será veiculado nos principais canais generalistas e nos Cinemas NOS, um spot de 20’s alusivo à Campanha.

Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica
Os níveis de pólenes vão estar muito elevados em todo o Portugal Continental, a partir de sexta-feira e até ao final da próxima...

Entre os dias 29 de abril e 5 de maio, os pólenes vão estar em níveis muito elevados em Portugal Continental, com predominância dos pólenes das árvores - pinheiro, carvalhos, bétula e plátano -, e dos das ervas gramíneas e parietária, na região de Trás-Os-Montes e Alto Douro.

Na região de Entre Douro e Minho, predominam na atmosfera os pólenes dos carvalhos, pinheiros, bétulas e das ervas urtiga, parietária e tanchagem, enquanto, na Beira Interior, os pólenes predominantes são os das árvores carvalhos e pinheiros e das ervas gramíneas, azeda, urtiga e tanchagem.

Na Beira Litoral, os níveis de pólenes elevados devem-se principalmente a carvalhos, pinheiros e bétulas e às ervas gramíneas, urtiga e parietária, ao passo que, na região de Lisboa e Setúbal, predominam os pólenes de, oliveira, sobreiro e outros carvalhos e das ervas urtiga, parietária, urtiga e gramíneas.

O Alentejo vai estar mais afetado devido às azinheiras, sobreiros e pinheiros e às urtigas, gramíneas, azeda e tanchagem.

Quanto aos pólenes no Algarve, destacam-se os das oliveiras, sobreiros e outros carvalhos e e as ervas urtiga, gramíneas, tanchagem e quenopódio.

Para as ilhas, o boletim prevê níveis de pólenes baixos na Região Autónoma da Madeira e moderados nos Açores. No Funchal predominam os pólenes dos pinheiros e bétulas e das ervas urtiga, parietária, e gramíneas. Em Ponta Delgada, prevalecem os dos pinheiros, carvalhos e bétulas e das ervas urtiga e parietária.

Atualização no sistema informático
As farmácias vão estar impedidas de aviar receitas eletrónicas entre sábado e domingo devido a uma atualização no sistema...

Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) vão fazer uma intervenção de atualização necessária nos seus centros de dados, o que vai deixar as farmácias sem poderem aceder ao sistema entre as 13:00 de sábado e as 04:00 de domingo.

Por isso mesmo, as farmácias não vão poder dispensar medicamentos prescritos em receita sem papel, porque não conseguem aceder ao sistema para as ler.

Segundo fonte da SPMS, esta intervenção é necessária e está planeada há muito tempo, razão por que se escolheu este dia – em que já não há pico de entradas nos hospitais por causa da gripe – e este horário.

Os utentes devem evitar ir à farmácia naquele período e procurar aviar as suas receitas eletrónicas até às 13:00 de sábado, ou então a partir de domingo, estando impedidos de o fazer apenas naquele curto período, disse a mesma fonte.

A SPMS adianta ainda que, durante a preparação de todo este processo, trabalhou em articulação com a Associação Nacional de Farmácias (ANF) e contactou todos os hospitais e conselhos de administração no sentido de recomendar aos médicos que passem guias de tratamento em vez de receitas eletrónicas.

Todas as receitas em papel e guias de tratamento poderão ser aviadas neste período, apenas as receitas desmaterializadas, que representam já 45% do mercado, vão ser afetadas.

Segundo dados da SPMS, ao dia de quarta-feira, 5.442 médicos emitiram receitas sem papel, 59.135 utentes receberam receitas desmaterializadas, foram feitas 69.157 prescrições, o que corresponde a 384.950 embalagens prescritas aviadas em 2.700 farmácias.

Investigação
O investigador do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa Bruno Silva Santos disse hoje no Porto que o melanoma, o cancro do...

“O objetivo é perceber quais são os cancros que vão ser os bons alvos da imunoterapia, para já o melhor é o melanoma, a seguir temos o cancro do pulmão e do rim, com resultados muito esperançosos, e as leucemias também com resultados muito interessantes”, afirmou o investigador.

Bruno Santos Silva, que recentemente foi distinguido pela Organização Europeia de Biologia Molecular (EMBO) e pelo European Research Council (ERC) pelo seu trabalho de investigação sobre as chamadas células T nas respostas imunitárias a infeções e tumores, falava aos jornalistas no congresso Internacional da Associação Portuguesa de Investigação em Cancro (ASPIC), a decorrer no IPO/Porto até sexta-feira.

“Achamos que a imunoterapia tem uma grande vantagem que é: as nossas células do sistema imunitário conseguem permanecer no nosso organismo durante muito tempo e, por isso, tem uma perspetiva de ter respostas muito duradouras, ao contrário das outras terapias, que têm de constantemente estar a administrar drogas para conter o desenvolvimento do tumor”, referiu.

Os investigadores estão apostados em “reprogramar o nosso sistema imunitário, as nossas defesas, para respostas duradouras contra o cancro como sabemos que temos contra infeções, por exemplo. Quando nos vacinamos contra o sarampo, por exemplo, sabemos que temos uma resposta protetora duradoura e é isso que estamos a tentar, e achamos que vamos conseguir”, disse.

“A grande diferença é que as vacinas para infeções são dadas preventivamente para evitar a infeção e, neste caso, só vamos entrar com a imunoterapia num doente que já tem cancro. É a chamada vacina curativa que é mais difícil do que a prevenção porque prevenir uma coisa que ainda não existe é mais fácil do que curar um cancro que já está estabelecido”, acrescentou.

Em seu entender, “a grande dificuldade que se coloca é que a imunoterapia é bastante cara, é um grande desafio para o Serviço Nacional da Saúde. É nisso que temos de trabalhar, temos de garantir a melhor hipótese de tratamento, que, em alguns casos, vai sem dúvida ser a imunoterapia, como já é para o melanoma avançado”.

“O que podemos dizer é que no caso do melanoma, em que há maior historial, doentes tratados há cerca de oito ou dez anos continuam sem recidiva e poderão estar curados, portanto não foi necessário um novo tratamento para esses doentes e o cancro ainda não voltou. Há essa perspetiva de cura”, sublinhou.

Contudo, Bruno Santos Silva considera que é cedo para “gritar” cura, por não existir tempo suficiente de follow-up, mas, “no caso do melanoma, oito a dez anos já é impressionante ainda não ter havido recidiva do tumor, portanto, esperemos que seja a cura”.

A presidente da ASPIC, Leonor David, sublinhou que a imunoterapia é “uma área nova, que se tem desenvolvido imenso e que tem levado ao aparecimento de novos medicamentos que têm a capacidade de alterar, modelar o nosso comportamento perante a neoplasia e, portanto, de nos fazer reagir e, eventualmente, recusar o cancro, ou pelo menos atrasar substancialmente o seu desenvolvimento”.

“Há muita aplicação neste momento, as farmacêuticas estão muito ativas no desenvolvimento de novos medicamentos e, esta sessão, além de trazer o que está no terreno de novo, traz também a investigação básica que está por trás, isto é, os mecanismos que estão subjacentes ao desenvolvimento desta potencial nova arma terapêutica”, acrescentou.

O presidente do Congresso e do IPO/Porto, Laranja Pontes, salientou a importância do encontro porque “aborda essencialmente novas terapêuticas, que estão a ser discutidas e que são alternativas as terapêuticas clássicas”.

“São novas terapêuticas e novas abordagens cujo princípio fundamental é pôr o organismo a atacar o cancro e não usar as drogas. Serão provavelmente muito menos tóxicas e provavelmente muito mais eficazes, porque será pôr o hospedeiro a tentar matar o tumor”, disse.

“Dás o máximo em tudo o que fazes? Faz restart.”
Guronsan®, uma das marcas com maior longevidade da farmacêutica Jaba Recordati, sempre se destacou no mercado e agora, através...

A campanha opta pela humanização da comunicação, tornando a marca numa aliada dos seus consumidores, que são pessoas com uma vida agitada, independentemente do seu contexto diário. Com o claim “Dás o Máximo em tudo o que fazes?” a marca encoraja à superação dos desafios do dia-a-dia ainda com mais energia e o impulso revitalizante que Guronsan®” proporciona.

Guronsan® dá aquele impulso para fazer o jantar depois de um dia extenuante, ajuda a correr aquele quilómetro extra e a assistir a mais uma longa e aborrecida reunião. Para mães a tempo inteiro, atletas que dão o litro e profissionais sem horário de saída, Guronsan® é um parceiro no dia-a-dia e ajuda-os a “dar o máximo” em qualquer circunstância.

Para concretizar este novo conceito, a marca dispara com a campanha durante o mês de abril nos pontos de venda, em eventos e redes sociais. Guronsan® reforça a sua presença junto do consumidor com ações de marketing em momentos estratégicos ao longo do ano, nomeadamente no Estoril Open, Rock in Rio, Circuito dos Parques, Wild Challenge e eventos TimeOut, entre outros, com a criatividade e a ativação assinadas pelo Float Group.

Guronsan® é um desintoxicante do organismo que promove um efeito revitalizador e estimulante na recuperação física, diminuição do cansaço mental e stress diário. Seja no contexto de trabalho, desporto ou na agitação das tarefas diárias, Guronsan® dá um impulso revitalizante àqueles que estão sujeitos a cansaço, pressão, e desafios físicos ou mentais. 1

A marca aconselha às pessoas que “dão o máximo” de si, a tomarem uma dose diária de Guronsan®, ao pequeno-almoço e almoço, dissolvido em água, para que os efeitos sejam sentidos logo pela manhã e ao longo do dia.

Galardão incentiva investigação em Portugal
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia e a Sanofi Portugal acabam de distinguir um trabalho sobre um tratamento cardíaco para a...

O Prémio Sanofi de Cardiologia, entregue no âmbito do Congresso Português de Cardiologia, foi criado em 1968 para galardoar os trabalhos de investigação na área clínica no domínio desta especialidade, tendo como objetivo incentivar o espírito de investigação nos cardiologistas portugueses.

O projeto de investigação premiado avalia a progressão da desnervação simpática cardíaca avaliada por cintigrafia com MIBG-I123 na polineuropatia amiloidótica familiar e o impacto da transplantação hepática. Os autores são Conceição Azevedo Coutinho, Nuno Cortez-Dias, Guilhermina Cantinho, Isabel Conceição, Tatiana Guimarães, Gustavo Lima da Silva, Miguel Nobre Menezes, Ana Rita Francisco, Rui Plácido e Fausto J. Pinto.

As instituições envolvidas neste trabalho premiado são o serviço de Cardiologia do Hospital Universitário de Santa Maria, CCUL, CAML, o Programa de Formação Médica Avançada (Fundação Calouste Gulbenkian, Ministério da Saúde e Fundação para a Ciência e Tecnologia); a Unidade Translacional de Fisiologia Clínica, o Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e o Departamento de Neurociências do Hospital de Santa Maria.

A Direção da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) afirma que “é com grande satisfação que atribuímos pelo 47.º ano o Prémio Sanofi de Cardiologia, o nosso prémio mais antigo e que continua a ter um papel muito relevante no apoio dos projetos de investigação dos cardiologistas portugueses.”

Fernando Sampaio, diretor-geral da Sanofi Portugal, sublinha que “este é o Prémio de investigação mais antigo da Sociedade Portuguesa de Cardiologia e da Sanofi. Todos os anos são submetidos trabalhos de grande qualidade que reflectem o valor da investigação feita em Portugal e dos nossos investigadores. A Sanofi gostaria de felicitar os vencedores deste ano em particular e de um modo geral todos os profissionais que se dedicam à área da investigação em Portugal contribuindo para importantes avanços médicos que se refletem em melhores cuidados aos doentes do nosso país”.

De acordo com o relatório “A Saúde dos Portugueses. Perspetiva 2015”, publicado pela DGS em julho de 2015, e que traça o perfil da Saúde dos cidadãos residentes no território nacional, as doenças do aparelho circulatório foram responsáveis por 30% das mortes em 2013, pelo que incentivar a investigação nesta área continua a ser um compromisso de futuro.

Acordo assegura complementaridade entre standards para a Saúde de ambas as organizações
A GS1 e a Organização Internacional para o Desenvolvimento de Standards de Terminologia de Saúde (no original, International...

Os Global Trade Item Number (GTIN) da GS1 são standards globais para identificação automática de produto (através de códigos de barras), utilizados para a segurança do paciente e a rastreabilidade. O IHTSDO SNOMED CT é um standard global que assegura uma terminologia clínica exata em termos semânticos, para um uso consistente ao longo dos sistemas e serviços de saúde. Garantir que ambos os standards funcionam em conjunto e facilitar a ligação entre a informação do paciente na ficha clínica e o produto efetivamente administrado no ponto de assistência, através do scan ao código de barras, são os objetivos de fundo deste acordo.

“Estamos muito entusiasmados por poder transformar os esforços colaborativos do passado com a GS1 neste novo projeto”, afirmou o CEO da IHTSDO, Don Sweete. “Este novo acordo, focado em projetos concretos de ligação entre os GTINs e os SNOMED CT, vai permitir um maior suporte nos cuidados prestados ao paciente e, já no início do próximo ano, evidenciar os seus benefícios”.

Existem, neste novo acordo global, que decorre até Junho de 2017, quatro áreas específicas dedicadas à colaboração:

1.       Desenvolver normas/princípios  de ligação entre os standards SNOMED CT e GTINs, para poderem ser aplicados a nível nacional/local

2.       Explorar a um nível internacional alternativas, capacidade de concretização e benefícios para uma solução/modelo técnico, para apoiar a ligação nacional/local entre os standards SNOMED CT e os GTINs

3.       Conduzir comunicações sobre o funcionamento conjunto dos IHTSDO e GS1

4.       Explorar as opções de formação/educação em produtos, serviços e atividades colaborativas da GS1 e da IHTSDO dirigidas às comunidades de saúde, assentes nos testemunhos e feedback dos especialistas

Miguel Lopera, CEO e Presidente da GS1, comentou “o uso dos standards globais GS1 para a identificação de produto e a partilha de dados é, hoje, um fator crítico nas questões relacionadas com os sistemas de saúde e este projeto vai contribuir ainda mais para a segurança do paciente, ao ligar de forma apropriada a sua informação clínica com a informação de produto exata dos Registos de Saúde Eletrónicos”.

Olhe pela sua visão durante a gravidez
Por ocasião do Dia da Mãe, que se assinala a 1 de Maio, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia lembra que todas as futuras mães...

A Dra. Catarina Paiva, coordenadora do grupo português de Oftalmologia Pediátrica, explica que “durante os nove meses de gravidez, sintomas como a sensação de olho seco (diminuição da sensibilidade e aumento da espessura da córnea por edema e diminuição da pressão intraocular), alterações do campo visual e alterações transitórias na focagem, são comuns e felizmente a maioria destas alterações são transitórias e no fim da gravidez ou do período de amamentação tudo regressa ao normal”.

Estar atenta a alguns destes sintomas e manter uma vigilância mais ativa durante o período de gestação é importante. A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) relembra algumas das alterações visuais que podem ocorrer na gravidez:

1) Olho seco (devido as alterações hormonais): sensação de um corpo estranho e olho vermelho. Sintoma que se agravada em ambientes secos e após uma exposição ao computador, televisão ou tablet. Em pessoas portadoras de lentes de contacto, os sintomas podem estar mais exacerbados, sendo necessária a utilização regular de lágrimas artificiais.

2) Visão desfocada: devido ao aumento da espessura da córnea (edema) pela retenção de líquidos que ocorre durante a gestação, bem como alterações transitórias na focagem.

3) Alterações visuais associadas à Pré eclampsia: A pré- eclampsia caracteriza se por um aumento substancial da tensão arterial, situação que pode provocar lesões em inúmeros órgãos do organismo. A nível ocular pode manifestar-se desde visão desfocada, halos brilhantes, intolerância à luz, até à perda súbita de visão. Estas situações, tendo em consideração os riscos maternos e fetais associados, devem ser sempre avaliadas por um médico.

4) Gravidez e Diabetes: Durante a gravidez de uma doente diabética, pode surgir uma retinopatia diabética de novo ou haver agravamento da retinopatia pré-existente. Em alguns casos, esse agravamento é substancial, e se não for tratado convenientemente, poderá provocar danos visuais graves. Nestes casos, a Dra. Catarina Paiva recomenda, “a primeira observação deverá ser feita durante o primeiro trimestre e o intervalo de vigilância será ditado pelo médico assistente. Perante um bom controlo metabólico e na ausência de retinopatia, dever-se-á proceder a uma nova avaliação no terceiro trimestre, para deteção de lesões de novo. No entanto é importante identificar e tratar qualquer retinopatia pré-existente, pelo que se aconselha uma visita ao Oftalmologista mesmo antes de engravidar bem como uma otimização do controle glicémico pré- concecional.”

A maternidade é um período em que a mulher não pode ignorar a sua própria saúde, na qual se inclui a sua visão. Os cuidados e a prevenção devem começar antes do início da gravidez.

A SPO recomenda a todas as mulheres efetuar um “check-up ”completo antes de engravidar e a visita regular ao oftalmologista sobretudo a partir dos 40 anos, com uma periodicidade de dois em dois anos, para a prevenção e tratamento atempado da patologia ocular na mulher.

Garantir o direito de acesso a cuidados de saúde da população idosa mais carenciada
É lançado em Portugal o Banco do Medicamento, uma plataforma solidária que visa ajudar os idosos com graves carências...

As estatísticas são claras quanto à gravidade desta realidade. De acordo com o Estudo Nacional sobre a Adesão à Terapêutica, um terço dos doentes crónicos admite que não compra os medicamentos por falta de dinheiro e dados divulgados em 2015 indicam que 20 a 25% das prescrições médicas não são adquiridas. 

“Através do Banco do Medicamento, a Associação Cuidar Solidário pretende garantir condições necessárias para que os reformados e pensionistas acima dos 65 anos e em grave carência económica, possam aceder em condições de igualdade aos medicamentos que necessitam”, explica Luis Duarte, Presidente da Associação Cuidar Solidário.

A Associação Cuidar Solidário está a constituir parcerias com Câmaras Municipais, indústria farmacêutica, empresas privadas e outras instituições. O projeto piloto iniciar-se-á em Vila Nova de Foz Côa e Alvito, estando a decorrer contactos com outros municípios.

XVII Jornadas do Núcleo da Doença VIH
As repercussões das migrações sobre o atual panorama da infeção por VIH na Europa serão um dos temas em destaque na XVII...

A implementação, de um modo organizado e eficiente, de um programa de testes rápidos de VIH é uma das medidas preventivas sugeridas pelo Núcleo da Doença VIH (NEDVIH) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI).

Telo Faria, coordenador do NEDVIH, explica que “os dados epidemiológicos da infeção por VIH dos países de origem dos migrantes que hoje chegam à Europa são escassos, refletindo a debilidade dos respetivos sistemas de saúde. Daí a questão legítima que se deverá colocar: haverá zonas do globo, nomeadamente, a Europa, sujeitas a curto e médio prazo, a aumento de incidência e prevalência da infeção VIH, pelas atuais migrações destes povos, nomeadamente do Médio Oriente, mas também do Leste Europeu?”.

Há ainda outras questões que preocupam o especialista: “de que modo poderá acontecer este aumento de prevalência? Diretamente, pela própria imigração de seropositivos ou de modo indireto, por aumento de comportamentos de risco das novas populações? E as atuais estruturas dos sistemas de saúde europeus, terão capacidade de dar respostas adequadas e eficientes?”.

Para Telo Faria a solução pode passar por “canalizar recursos de saúde pública, em colaboração com as ONGs no sentido de atuarem no terreno, essencialmente em duas vertentes, primeiro, para um conhecimento o mais rigoroso possível da epidemiologia da população imigrante, através de implementação de um modo organizado e eficiente, de um programa de testes rápidos. Depois, dinamizar ações de informação, esclarecimento, formação e implementação de um programa preventivo sobre as referidas populações e, simultaneamente, providenciar no sentido de um acesso rápido e consequente aos serviços de saúde. Tudo isto teria que ser feito com a inteligência e sensibilidade por parte dos serviços de saúde de forma a respeitar os hábitos e cultura desses povos”.

A doença VIH e comorbilidades, as hepatites e o VIH e a terapêutica antiretrovírica – estado da arte serão outros dos temas em debate nestas jornadas, durante as quais o NEDVIH atribuirá um prémio no valor de mil euros ao melhor caso clínico.

Mês do Coração
O Mês do Coração, que decorre em maio, vai ser este ano assinalado com um alerta da Fundação Portuguesa de Cardiologia para o...

Com o mote “Cuide da sua máquina”, a campanha pretende chamar a atenção da população portuguesa para sintomas que habitualmente não são associados a problemas do coração.

Entre estes sintomas, que são os primeiros sinais de alerta para a insuficiência cardíaca, consta a dificuldade em respirar (dispneia), o inchaço dos membros inferiores devido à acumulação de líquidos, uma fadiga intensa, tosse ou pieira, náuseas e aumento de peso.

Segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), uma em cada cinco pessoas vai desenvolver insuficiência cardíaca ao longo da sua vida, uma situação clínica debilitante, em que o coração não consegue bombear sangue suficiente para todo o corpo.

Nuno Lousada, cardiologista e administrador da FPC, recorda que “cinco anos é o tempo médio de vida para metade dos doentes com insuficiência cardíaca, após o seu diagnóstico”.

“É urgente aumentar o reconhecimento e conhecimento público dos sintomas da insuficiência cardíaca. Apesar da melhoria de cuidados verificada nos últimos 20 anos, a mortalidade por insuficiência cardíaca permanece inaceitavelmente elevada”, disse.

O risco de desenvolver insuficiência cardíaca aumenta com a idade e, em geral, tem tendência a ser mais frequente nos homens do que nas mulheres.

Um quinto das pessoas irá desenvolver insuficiência cardíaca em alguma altura das suas vidas.

Estudo deteta
Uma injeção de anticorpos produzidos em laboratório protegeu alguns macacos de uma espécie de HIV por quase seis meses, abrindo...

Expostos ao HIV semian (SHIV) uma vez por semana, os macacos não tratados contraiam o vírus passadas três semanas, em média, enquanto os macacos do estudo permaneceram livres do vírus por 23 semanas, disseram os investigadores.

“Em populações humanas com alto risco de contrair o vírus causador de SIDA, tal proteção, ainda que temporária, poderá ter um impacto profundo sobre a transmissão do vírus", afirmou a equipa de investigação alemã sediada nos Estados Unidos, ao jornal Nature.

Injeções de anticorpos foram usadas para proteger viajantes contra a hepatite A, até à disponibilização da vacina na década de 1990, e alguns esperam que a técnica permita evitar milhões de infeções pelo HIV até à criação de uma vacina.

Uma única injeção "foi suficiente para proteger os macacos contra a infeção SHIV durante vários meses", escreveu a equipa.

O estudo serviu como "prova de conceito" de que injeções periódicas de anticorpos podem ser úteis como uma alternativa à vacinação, embora seja preciso continuar as pesquisas para perceber a efetividade da replicação em humanos, acrescentaram os investigadores.

Desde que o surto da SIDA começou no início de 1980, cerca de 71 milhões de pessoas foram infetadas pelo HIV e cerca de 34 milhões de pessoas morreram, de acordo com estimativas da ONU.

Não há cura, e a única maneira de lidar com o HIV é a toma de medicamentos antirretrovirais, ao longo da vida para travar a replicação do vírus.

A busca por uma vacina contra o HIV tem sido longa e frustrante, apesar de centenas de milhões de dólares de financiamento.

Sistema imunitário
Ansiedade e stress crónico afetam, e muito, a nossa saúde.

Problemas de garganta, tensão muscular, inflamações e infeções são algumas das consequências do excesso de stress ou ansiedade.

Não são raras as vezes, aliás, que adoecemos após um período de maior stress e que, a longo prazo, pode trazer complicações mais graves para a saúde como o aparecimento de doenças cardiovasculares ou o comprometimento da função de outros órgãos. 

O stress e a ansiedade podem ser definidos como um desgaste geral do organismo, causado pelas alterações psicofisiológicas que ocorrem quando somos “obrigados” a estar perante situações que nos irritam, excitam, amedrontam ou, até, nos fazem muito felizes.

Vários estudos demonstram que a ansiedade e o stress têm uma relação complexa com o sistema imunitário enfraquecendo-o. Aliás, foi na década de 80 que se passou a entender a imunidade como fazendo parte de todo um sistema complexo, que está diretamente ligado às nossas emoções.

De acordo com os especialistas, o sistema endócrino e nervoso, por exemplo, influenciam as nossas defesas através da produção hormonal que responde aos mais diversos estímulos.

A verdade é que, quando nos sentimos bem o nosso organismo funciona de uma forma equilibrada.

Quando somos expostos a uma forte carga emocional, o nosso organismo produz hormonas de uma forma descontrolada, afetando não só as nossas células de defesa como todas as funções orgânicas que ele desempenha.

Uma das hormonas produzidas para combater o stress é o cortisol. Quando o organismo está exposto, por um longo período de tempo, ao stress ou ansiedade, o cortisol atua com a função de o eliminar.

Para tal, a sua ação, que ajuda a reduzir a inflamação natural do corpo, faz com que este se torne resistente ao próprio cortisol, o que leva a que se gere um estado de inflamação crónico que compromete a função do sistema imunitário, tornando-o menos capaz de combater os agentes externos como os vírus ou bactérias.

Fadiga intensa, gripes e constipações são algumas das consequências diretas desta ação.

Em alguns casos, no entanto, o stress pode ter o efeito oposto tornando o sistema imunitário super ativo, dando origem ao aparecimento de doenças auto-imunes, nas quais próprio sistema ataca as suas próprias células.

Deste modo, para evitar que a ansiedade leve a melhor sobre a saúde há que adotar algumas medidas como a prática de exercício físico, por exemplo.

Quando praticado regularmente, o exercício promove a libertação de substâncias que melhoram o humor, ajudando a combater estados de stress ou ansiedade.

Por outro lado, os especialistas defendem que deve dormir bem, de modo a aumentar a suas defesas.

Embora não exista um padrão de horas de descanso, aconselha-se que durma entre 7 a 8 horas por noite.

Uma dieta saudável também o pode ajudar. Frutas, vegetais, farinhas e cereais integrais, frutas secas e legumes não podem faltar à mesa.

Caso queira reforçar a ação do seu sistema imunitário, aposte em frutas ricas em vitamina C - um antioxidante que aumenta a resistência do organismo - como a laranja ou kiwi.

Brócolos, couve, espinafre ou feijão são alguns alimentos ricos em ácido fólico, um nutriente que auxilia na formação de glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo.

As leguminosas e os cereais integrais são ótimas fontes de zinco, contribuindo para o combate a doenças como gripes ou constipações.

Rico em vitamina C e B6, e tendo uma ação bactericida, o gengibre é um excelente aliado do sistema imunitário, aumentando as defesas do organismo.

Para combater a ansiedade, aposte nos hidratos de carbono que nos dão energia e promovem a boa disposição, e coma bananas.

De acordo com um estudo realizado por investigadores do Instituto de Pesquisa de Alimentos e Nutrição das Filipinas, esta fruta ajuda a combater a depressão e alivia sintomas de ansiedade. Rica em triptofano auxilia na produção de serotonina.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Presidente garante:
O transporte de doentes entre hospitais pelo INEM é um problema que tem mais de quatro anos, mas que já está resolvido,...

O presidente do conselho de administração do Instituto Nacional de Emergência Médica, Luís Meira, foi hoje ouvido na Comissão Parlamentar de Saúde a pedido do CDS-PP, que pretendia obter esclarecimentos sobre o transporte de doentes entre hospitais.

Em causa estão declarações recentes do bastonário da Ordem dos Médicos, segundo as quais os meios do INEM estavam a ser usados em transportes de doentes entre hospitais, o que deveria ser feito pelas equipas daquelas unidades, comprometendo a proteção das vítimas de situações súbitas graves e de acidentes.

“Esta atividade das VMER [Viatura Médica de Emergência e Reanimação], de transporte inter-hospitalar não é de ontem. A partir de final de 2011, início de 2012, têm sido utilizadas para este transporte, desde que foram integradas [nos hospitais], explicou o presidente do INEM em resposta aos deputados.

Luis Meira esclareceu ainda que desde essa altura que se tenta enquadrar a atividade das VMER, o que terá ficado resolvido este ano com a publicação de um despacho, a 14 de abril, que proíbe o transporte de doentes entre hospitais em viaturas de emergência do INEM.

“Este despacho veio dar resposta a este problema. O INEM não se quer pôr de fora do problema, quer fazer parte da solução”, afirmou, lembrando que, entre hospitais, também há doentes que correm risco e vida e precisam de meios avançados para sobreviver.

O responsável sublinhou ainda que muitas vezes o INEM ajudou porque os hospitais não puderam resolver.

Com este novo enquadramento legal, o que o presidente da instituição espera é que as VMER não sejam “pura e simplesmente afastadas da situação, mas que os hospitais sejam parte importantíssima”.

“Tem que haver normas claríssimas para que o uso das VMER seja excecional e não comprometa a sua atividade”, afirmou, concretizando: perante situações concretas de doentes que precisem de determinados tempos de resposta, casos críticos ou de tal gravidade que não possam ser transportados em transporte normal.

Assim para 2016/2017, o INEM pretende garantir a existência de transporte inter-hospitalar, que não deve ser exclusivo do INEM, mas deve envolver os hospitais, o Governo, as Administrações.

“A própria Ordem dos Médicos veio reconhecer que as VMER podem ser usadas, não devem ser afastadas, mas permanecer com muitas limitações”, salientou.

Fazendo um balanço dos meios operacionais do INEM e do atendimento das chamadas de emergência, a pedido da deputada Isabel Galriça Neto, do CDS-PP, Luís Meira afirmou serem positivos e estarem em crescimento.

O INEM tem 57 ambulâncias de emergência em funcionamento, 300 postos de emergência, 40 viaturas de Suporte Imediato de Vida (SIV) e 44 viaturas médicas de emergência e reanimação (incluindo os helicópteros de emergência medica), duas delas adquiridas recentemente.

Quanto às chamadas atendidas no CODU, situam-se acima de um milhão por ano, tendo a média diária vindo a subir nos últimos anos: em 2014 era de 3.458, em 2015 de 3.571 e em 2016 a média já é de 3.700 por dia.

O tempo de espera para atendimento das chamadas diminuiu, fixando-se atualmente nos sete segundos e tem havido um decréscimo de acionamento das VMER a um ritmo de 5% por ano.

Quanto à nova carreira dos técnicos do INEM, publicada recentemente em Diário da República, o presidente da instituição afirmou que está em avaliação.

“Em grande articulação com representantes dos trabalhadores, vamos conseguir aplicar essa conquista importante”, garantiu.

Hepatite C
A presidente da Associação SOS Hepatites, Emília Rodrigues, disse hoje à Lusa que no espaço de um ano foram evitadas “cerca de...

“Até este mês de abril, temos cerca de 9.100 doentes em tratamento e temos cerca de 2.050 curados”, afirmou Emília Rodrigues.

Segundo explicou à Lusa, há doentes que estão a iniciar o tratamento e outros que eventualmente estão curados, mas “só seis meses após a conclusão do tratamento é que se pode ter essa certeza”. Em relação aos 2.050, já passaram os seis meses, pelo que se consideram curados.

O acordo entre o Estado e o laboratório que fornece os medicamentos inovadores para a hepatite C foi formalizado há um ano, tendo sido apresentado pelo então ministro da Saúde, Paulo Macedo, no dia 6 de fevereiro de 2015.

Este acordo foi alcançado depois de meses de luta dos doentes para conseguirem obter o tratamento, processo que ficou marcado pela intervenção, na Assembleia da República, de um portador de hepatite C, José Carlos Saldanha, que interrompeu a audição do então ministro da Saúde pedindo-lhe que não o deixasse morrer.

“Termos estes doentes em tratamento e estes doentes curados para nós é uma vitória porque são pessoas que não vão morrer precocemente, é também uma vitória porque deixou de ser a ‘doença dos divórcios’ para passar a ser a doença da alegria. Com 97% de cura é uma alegria”, sublinhou.

Segundo a responsável, há um ano existiam 13 mil doentes com hepatite C nas consultas do Serviço Nacional de Saúde, mas “o número de infetados não diagnosticados deverá ser muito superior”.

A experiência nacional da terapêutica da hepatite C e as complicações da doença hepática crónica vão estar em análise no Congresso Português de Hepatologia 2016, que começa na quinta-feira, no Porto, organizado pela Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF).

Em declarações à Lusa, a presidente da APEF, Isabel Pedroto, referiu que “a terapêutica na hepatite C tem evoluído muito, têm sido tratados milhares de pessoas, mas há um grupo de doentes para os quais urgem novas terapêuticas e com melhor resposta, nomeadamente os doentes com doença muito avançada do fígado e os doentes com um subtipo muito específico, que é o tipo 3 do vírus da hepatite C”.

“Estes doentes ainda estão sem uma terapêutica tão eficaz quanto os restantes, mas tem havido um grande avanço nesta área. Algumas terapêuticas estão em fase de desenvolvimento, ainda não estão aprovadas, mas vêm de facto preencher essa lacuna”, sublinhou.

No congresso, segundo a especialista, pretende-se “refletir sobre o problema”, não medida em que “não chega só tratar os doentes que conhecemos, mais importante é identificar a percentagem de doentes que estão infetados, e são muitos, e que não sabem”.

“Não podendo tratar esses doentes, não investindo no diagnóstico e no rastreio, dificilmente vamos conseguir ganhos em saúde, mesmo com as melhores terapêuticas do mundo. Temos de saber a quem dar essas terapêuticas e saber onde é que esses doentes estão”, defendeu Isabel Pedroto.

“A situação de Portugal é excelente, tratamos milhares de doentes, mas também temos a consciência de que só conseguimos reduzir a transmissão da doença, se formos procurar aqueles que estão numa fase inicial”, disse.

Segundo dados da associação, em Portugal apenas 30% dos indivíduos infetados pelo vírus da hepatite C estão identificados.

“Em termos de saúde pública, a terapêutica para a hepatite C só pode ser considerada um bom investimento se se fomentar o diagnóstico, a prevenção, a vigilância dos grupos de risco e uma maior acessibilidade ao tratamento”, frisou.

O tumor maligno do fígado encontra-se no ranking das dez causas de morte mais frequentes em Portugal, ocupando a 8.ª e a 9.ª posições nas faixas etárias dos 45-64 anos e dos 65-74 anos respetivamente.

Estudo
Uma investigação desenvolvida por investigadores da Faculdade de Medicina de Coimbra concluiu que o impacto dos sintomas de...

Um estudo realizado por uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), através da Clínica Reumatológica de Coimbra e do Serviço de Psicologia Médica, mostra que “o impacto dos sintomas de fibromialgia no desenvolvimento de sintomatologia depressiva opera através do pensamento repetitivo negativo e do afeto negativo”, afirma a UC numa nota hoje divulgada.

Significa isto que “pessoas que apresentam mais sintomas de fibromialgia tendem a envolver-se em estratégias mal adaptativas como o pensamento repetitivo negativo (isto é preocupações e ruminações) numa tentativa de lidar com estes sintomas”, explicita a primeira autora do trabalho, Ana Margarida Pinto.

“Estes resultados são importantes na medida em que revelam o papel fundamental que certas variáveis psicológicas desempenham no contexto da dor crónica e sublinham a importância de incluir tais variáveis nas intervenções psicossociais na fibromialgia”, sublinha a investigadora, citada pela UC.

A fibromialgia é uma “doença crónica caracterizada por dor generalizada e difusa, normalmente acompanhada por outros sintomas, como perturbação de sono, rigidez muscular, hipersensibilidade a estímulos ambientais, ansiedade, depressão, défices cognitivos e fadiga extrema”, refere Ana Margarida Pinto.

Intitulado ‘Trajetórias para a depressão na fibromialgia: o papel do pensamento repetitivo negativo e do afeto negativo’, o estudo procurou, entre outras questões, saber por que motivo certas pessoas com fibromialgia – que é “uma doença crónica altamente debilitante” – entram em depressão.

O estudo, que foi recentemente distinguido em Madrid, no 24.º Congresso Europeu de Psiquiatria, envolveu uma amostra de 103 mulheres diagnosticadas com fibromialgia, com idades compreendidas entre 18 e 65 anos, recrutadas em várias unidades de saúde, adianta a UC.

Este trabalho faz parte de um estudo mais amplo, coordenado por António Macedo e José António Pereira da Silva, que tem como “objetivo principal investigar se a fibromialgia se diferencia de outras doenças crónicas, como a artrite reumatoide, bem como de controlos sem dor crónica, no que diz respeito a determinados traços de personalidade (como o perfeccionismo) e processos psicológicos (como os estilos cognitivos, ou seja, formas habituais de pensar, de interpretar as situações, etc.)”.

Presente em 02 a 05% da população, “a fibromialgia é uma doença debilitante que interfere muito na qualidade de vida das pessoas, tendo um grande impacto não só ao nível pessoal mas também ao nível familiar e social”.

O desconhecimento acerca da origem da doença e a existência de diferentes “configurações de sintomas que flutuam ao longo do tempo” tornam o seu tratamento difícil.

Em parceria com o IPST
Com uma missão que visa sensibilizar para a necessidade de colheitas regulares de sangue, uma prioridade para os bancos...

Além de abril, agosto e dezembro são os meses eleitos para novas campanhas de recolha, em função das quebras habituais nas reservas de sangue, devido às férias de verão e ao Natal, respetivamente. São períodos críticos que trazem associados um maior número de acidentes rodoviários, consequência do acréscimo de mobilidade e nos quais se regista uma tendência de diminuição nas doações de sangue nacionais. Também o facto das plaquetas de sangue, um dos componentes do sangue, terem uma duração média de cinco dias de vida, implica que seja cada vez mais indispensável haver este tipo de iniciativa.

“O ato voluntário de doar sangue constitui a principal fonte de reserva dos hospitais, absolutamente vital em caso de acidentes graves. A dádiva parte de cada um de nós e todos os dias é a altura ideal para doar sangue”, refere Ofélia Alves, responsável de programação e colheitas do Centro de Sangue e Transplantação do Porto, apelando ao espírito solidário e de mobilização por esta causa de cidadania, acrescentando que “uma dádiva pode ser sinónimo de uma oferta para a vida”.

Pelo quinto ano consecutivo, o MAR Shopping e o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) mantêm uma parceria, da qual já resultaram aproximadamente 400 inscritos para recolhas de sangue. 

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