Estudo
Apresentado durante o Congresso Português de Cardiologia que teve lugar em Vilamoura, os resultados iniciais do registo...

Quando consideradas duas populações alvo de avaliação numa proporção idêntica entre homens e mulheres, constituída por cerca de 400 doentes com mais de 40 anos sob terapêutica hipolipemiante, as mulheres apresentam uma carga aterosclerótica mais baixa e valores de colesterol total e c-LDL mais elevados que os homens.

A análise por grupos de risco mostra que as mulheres apresentam valores de colesterol total e LDL mais elevados que os homens, diferenças significativas nos doentes diabéticos e nos doentes com doença coronária. Os valores encontrados estão muito longe dos alvos preconizados pelas recomendações.1

“O objetivo deste estudo prendeu-se com perceber se há diferença de género na abordagem aos lípidos para além da literatura e perceção a nível mundial. Havia indícios que a medicação usada para tratamento do colesterol – estatinas – é menos eficaz nas mulheres do que nos homens. Mas não tínhamos nenhuma informação que suportasse esta hipótese” afirma João Morais, coordenador do estudo DISGEN-LIPID, concebido pelo projeto “Challenges in Cardiology” desenvolvido no Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de Leiria (CHL).

#Os resultados iniciais deste estudo não são mera curiosidade médico-científica, mas tem um impacto público”, acrescenta o diretor do Serviço de Cardiologia do CHL.

Há diferenças de género na abordagem dos lípidos em Portugal? Foi a questão concreta de natureza científica a que o projeto científico DISGEN-LIPID procurou dar resposta, contribuindo para o conhecimento na área dos lípidos através da investigação das diferenças de género neste domínio.

O registo observacional promovido pelo “Challenges in Cardiology” e patrocinado pela Jaba Recordati tem como investigador principal João Morais que integra a comissão executiva e científica composta ainda por Pedro Marques Silva e Carlos Aguiar.

A empresa Jaba Recordati mantém o apoio a projetos que promovem o conhecimento na área da cardiologia tendo colaborado no apoio aos investigadores. O registo DISGEN LIPID nasce da colaboração com indústria farmacêutica que tem vindo a apoiar a investigação cientifica. Nelson Pires, diretor-geral da Jaba Recordati considera “prioritário promover o apoio interinstitucional ao desenvolvimento científico para Portugal”.

1Recomendações da European Society of Cardiology (ESC) e considerando risco individual determinado pelo SCORE

Casa das Artes, Porto, de 29 de abril a 24 de maio
A Fundação Portuguesa a “Comunidade Contra a Sida”, através do Centro de Aconselhamento e Orientação de Jovens do Porto,...

As verbas obtidas com a venda das obras solidárias serão aplicadas nos projetos desenvolvidos por esta Delegação - Centro de Aconselhamento e Orientação de Jovens do Porto (CAOJ), no âmbito dos seniores infetados/as pelo VIH/SIDA no apoio domiciliário e no âmbito das crianças e jovens em material de prevenção.

A Fundação Portuguesa a “Comunidade Contra a Sida” (FPCCSIDA) e o CAOJ-Porto desafiaram vários artistas de diferentes áreas (Pintura, escultura, cerâmica, desenho, ilustração, serigrafia, gravura e fotografia) sensibilizando-os a colaborar neste evento solidário, doando uma obra à Fundação e autorizando a posterior venda das mesmas com uma redução de 50% do valor real, fazendo referência aos dois. Assim, ao longo dos últimos 6 meses, foram contactados os artistas e recolhidas as respetivas obras solidárias. Torna-se assim uma boa oportunidade para quem valoriza arte, mas também para quem é sensível a causas e responsabilidades sociais.

Aderiram a este evento os artistas: Acácio de Carvalho, Agostinho Santos, Alvarenga Marques, Ana Aragão, Ana Del Rio, Ana Fernandes, Ana Neves, André Lemos Pinto, Balbina Mendes, Catarina Machado, Carminda Andrade, Carolina Celas, Centro Português de Serigrafia, Céu Costa, Cláudia Rocha, Cristina Camargo, Délia Carvalho, Domingos Leite de Castro, Duarte Barros, Emília Viana, Fátima Lopes, Florentina Resende, Graça Paz, Helena Dias, Henrique do Vale, Isabel Braga, Isabel Mourão Alves, Inês Almeida, Isabel de Andrade, Isabel Mafalda Sá, João Carquejeiro, José Rosinhas, Juan Sebastián Carnero, Lauren Maganete, Limbert Rojas, Manuel Meira, Manuel Orga, Maria Rosas, Maria Rafael, Maria Portugal, Maria Bouza, Marta de Aguiar, Miguel Neves Oliveira, Miguel Vasconcelos, Miriam Rodrigues, Nicholas Carvalho, Patrícia Alves, Paula Cardoso, Paula Fidalgo, Paz Amorim, Pedro Ricca, Projecto A2, Renata Carneiro, Rosa Maria Figueiredo, Sílvia Carreira, Sobral Centeno, Susana Bravo e Teresa Ricca.

A Fundação Portuguesa “A Comunidade Contra a SIDA”, através do Centro de Aconselhamento e Orientação de Jovens do Porto, tendo em conta os constrangimentos financeiros inerentes a uma ONG, criou este evento anual de angariação de fundos, com o intuito de apoiar e divulgar a Fundação, respetiva missão e projetos.

Relatório Anual de Segurança Interna
Perto de 600 farmácias aderiram, nos últimos cinco anos, ao sistema alerta que permite às forças de segurança terem...

Segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2015, aderiram a este programa de segurança, assinado há cinco anos pela Associação Nacional de Farmácias (ANF) e o Ministério da Administração Interna, um total de 598 farmácias, tendo sido realizadas 246 ações de sensibilização.

Dos 70 alarmes registados em 2015, 14 resultaram de "situações reais", indica o Relatório de 2015.

Apesar da promoção e incremento de medidas de segurança no âmbito das farmácias associadas à ANF, o número de roubos a farmácias subiu de 56 casos, em 2014, para 94, em 2015.

O aumento de 38 roubos a farmácias em 2015 representa um crescimento de 67,9 por cento face ao ano anterior, segundo dados do RASI.

Este crescimento contradiz a tendência verificada em 2014, altura em que houve 56 roubos a farmácias, menos 36,4 por cento do que em 2013.

Quando o protocolo foi assinado, o objetivo da ANF, então presidida por João Cordeiro, era a de que o sistema de alarme fosse alargado às 2.900 farmácias, onde diariamente entravam, em média, 300 mil pessoas.

Anualmente
As técnicas de Procriação Medicamente Assistida fizeram nascer 2.091 crianças em 2013, menos 43 do que no ano anterior, tendo...

De acordo com o último relatório da atividade em Procriação Medicamente Assistida (PMA), o maior número de crianças nascidas através destas técnicas resultaram da aplicação da Fertilização In Vitro (FIV) e Microinjeção Intracitoplasmática (ICSI) intraconjugal: 1.322.

Na nota introdutória do documento, o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) sublinha que, “comparando com 2012, o número de ciclos das principais técnicas de PMA efetuado (excluindo inseminação intrauterina) foi 3% menor, mas as taxas de gravidez e parto aumentaram ligeiramente”.

“O número de inseminações artificiais manteve-se estável e os resultados do uso desta técnica tiveram também ligeira melhoria”, prossegue o regulador desta área que visa responder a casos de infertilidade.

O CNPMA destaca a descida da taxa de partos múltiplos, “pela sua inequívoca importância, no que constitui o contínuo esforço tendente à eliminação da situação que corresponde ao maior risco dos tratamentos de infertilidade”.

Segundo o documento, registaram-se 33 casos de síndroma de hiperestimulação ovárica, a mais frequente complicação em ciclos de FIV/INCI intraconjugal, e quatro complicações da punção ovárica.

Em relação à doação de gâmetas ou embriões, em 2013 ocorreram 60 ciclos FIV e 67 ICSI com esperma de dador e iniciaram-se 345 ciclos para doação de ovócitos.

O documento demonstra como a idade das doentes influencia o sucesso dos tratamentos, o qual diminui de forma acentuada a partir dos 36 anos.

A taxa de gestação diminuiu dos 15,2% aos 40 anos para os 2,6% aos 45 anos.

O aumento da idade das mulheres que se submeteram aos tratamentos também influenciou a taxa de aborto, a qual subiu a partir dos 37 anos e acentuou-se a partir dos 41 anos, atingindo quase 70% nas doentes com 42 ou mais anos.

Segundo o CNPMA, em 2013 existiam em Portugal 27 centros de PMA que executavam tratamentos de infertilidade através de técnicas de PMA e um que executava apenas Inseminação Artificial.

Em 2016
A diretora do Centro de Procriação Medicamente Assistida do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra disse que este ano não...

Em declarações a propósito dos cinco anos de atividade do centro, Teresa Almeida Santos explicou que a falta de recursos humanos e a alteração legislativa à lei da procriação medicamente assistida, que deverá entrar em vigor antes do final do primeiro semestre, vão condicionar a atividade do centro.

"Em 2016 não vai ser possível manter, pela primeira vez desde a criação do centro [28 de abril de 2011], o aumento de atividade que se registava de ano para ano", disse a médica responsável, considerando que o objetivo é tentar evitar que "haja consequências" resultantes daqueles condicionalismos.

A redução do número de horas de trabalho e a nova lei, que vai permitir alargar o âmbito das técnicas de procriação medicamente assistida, são responsáveis pelos novos desafios que se vão colocar ao Centro de Procriação Medicamente Assistida do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

A nova legislação, já aprovada na Assembleia da República, vai permitir o recurso a técnicas de fertilização por parte de mulheres sozinhas ou casadas com outras mulheres, quando atualmente só era permitida o acesso aos casais heterossexuais.

"Esta situação implica desafios não só para nós", adverte Teresa Almeida Santos, referindo, por exemplo, que o único banco público de gâmetas (células sexuais), sediado na Maternidade Júlio Dinis, no Centro Hospitalar do Porto, já não dá resposta às necessidades atuais, sendo necessário recorrer à importação.

"A falta de recursos e de grupos de dadores de gâmetas são desafios difíceis que criam condicionalismos e que nos levam a interrogar como se vai gerir as listas de espera", sublinhou a médica, referindo que, em Coimbra, "se vai tentar manter a lista de espera curta, mas sem possibilidade de poder realizar todas as técnicas que se gostaria".

Segundo Teresa Almeida Santos, o Centro de Procriação Medicamente Assistida do CHUC tem dado resposta aos casais da região centro, com uma lista de espera de três meses, uma "realidade muito diferente do sul, que ultrapassa um ano", e resultados "ao melhor nível da média do país".

Hospital das Caldas da Rainha
Os tratamentos de quimioterapia no Hospital das Caldas da Rainha foram suspensos na sequência de uma inspeção do Infarmed, mas...

A inspeção do instituto Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de saúde incidiu sobre os serviços farmacêuticos, tendo “identificado não conformidades” no seu funcionamento e “impondo a suspensão imediata da administração de citotóxicos, conhecidos em termos gerais como quimioterapia”, disse a presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), Ana Paula Harfouche.

Em causa está, segundo a responsável, “o facto de a câmara de fluxos laminares não estar no sítio adequado” e de não estarem “garantidos os requisitos técnicos”, situação que poderia, inclusive, acarretar “riscos para os profissionais” que preparam e manuseiam a medicação.

O relatório da inspeção foi comunicado a 15 de abril (sexta-feira) à administração do CHO, que “suspendeu de imediato a preparação e administração de citotóxicos” no Hospital de Dia de Oncologia da Unidade das Caldas da Rainha e “reorganizou o circuito terapêutico para garantir a continuidade dos tratamentos” dos doentes afetados.

Seis doentes estão, desde o dia 18 (segunda-feira), a ser encaminhados para o Hospital de Dia de Oncologia da Unidade de Torres Vedras, outra unidade do CHO, que assegura o transporte.

“Estamos a tentar que a solução seja resolvida nas nossas unidades, numa solução de proximidade, mas se o número de doentes aumentar e esgotar a capacidade do Hospital de Torres Vedras teremos que articular com outros hospitais”, admitiu Ana Paula Harfouche.

Com exceção dos tratamentos com citotóxicos, o seguimento dos doentes oncológicos continua a ser feito na unidade das Caldas da Rainha.

O centro hospitalar “está a estudar soluções”, recusando, no entanto, avançar com uma data previsível para retomar a administração daqueles medicamentos, dado “os custos elevados” associados à resolução do problema.

A suspensão dos tratamentos originou uma moção aprovada na última Assembleia Municipal (reunida a 19 de abril), com todos os eleitos a pedirem uma reunião urgente à administração do CHO.

No documento, os eleitos afirmam ter recebido “com perplexidade” a notícia da “possibilidade de o serviço vir a encerrar”.

Ao invés, exigem “respostas prontas” à administração, para que “de imediato se iniciem as obras necessárias”.

A presidente do conselho de administração disse não ter recebido ainda qualquer pedido de reunião, mas adiantou que a delegação da Assembleia Municipal será recebida e a situação clarificada, apesar de “não se colocar a hipótese de encerramento do serviço”.

Estudo
Um novo composto denominado 'fluorosamina', cujo uso ainda não foi aprovado em seres humanos, poderá vir a ser...

A esclerose múltipla (EM) é uma doença que se carateriza pelo aparecimento de lesões neurodegenerativas e crónicas do sistema nervoso central.

O estudo revelou que a ‘fluorosamina’ é capaz de reduzir a produção de moléculas, designadas CSPG, associadas às lesões neurológicas e à interrupção dos impulsos nervosos e de contribuir para o crescimento de outras moléculas, designadas OPC, que favorecem a produção de mielina, o revestimento das células nervosas saudáveis.

O especialista Wee Yong, da universidade de Calgary, no Canadá, e um grupo de colegas experimentaram 245 medicamentos para encontrar os que permitissem o crescimento de OPC na presença de CSPG.

Os especialistas consideram, não obstante, ser necessário realizar novas análises para avaliar a segurança e eficácia do tratamento antes de poder ser utilizado em seres humanos.

Saúde infantil
Uma das maiores preocupações dos pais após o nascimento de um filho e com a qual somos frequentement

O choro é a linguagem universal do recém-nascido (RN) e a forma mais precoce de comunicar. É através dele que exprime as suas necessidades, sentimentos e sensações, sobretudo nos primeiros meses de vida. Período durante o qual são totalmente dependentes para as suprimir, tornando assim o choro algo de intervenção imediata por parte da mãe que, biologicamente está “programada” para responder a essas solicitações, garantindo assim a sua sobrevivência e desenvolvimento. Sabe-se que quanto mais rápida e eficaz for essa resposta, mais o RN “confiará” nela, se sentirá seguro e tranquilo e, por conseguinte, melhor será a sua auto-estima e a relação de vínculo com a mãe. Descodificar o choro torna-se assim um grande desafio para a mãe e requer desta, intuição, conhecimento, percepção e aprendizagem que, numa fase inicial é feita através do sistema “tentativa/erro”. Processo que vai aperfeiçoando até conseguir associar a cada tipo de choro um “pedido” específico.

As causas que provocam o choro no RN são múltiplas, podendo ser resumidas em causas físicas (fome, cansaço, fralda suja, desconforto e frio/calor excessivo), emocionais (falta de atenção e insegurança) e patológicas (dor, síndrome de privação e cólicas)1.

Relativamente aos choros mais frequentemente observáveis no RN seguem-se alguns processos de reconhecimento e estratégias para responder ao mesmo.

Fome – antes de começar a chorar o RN emana sinais que os pais facilmente identificam como tendo fome. Começa a ficar agitado, a chupar no dedo, a abrir e a fechar as mãos, a fazer ruídos e a procurar a mama quando a mãe o agarra ao colo. Geralmente é alimentado antes de começar a chorar. Se tal não acontecer o choro torna-se intenso, persistente e prolongado.

Fralda suja – muitos RN assim que têm a fralda suja manifestam desconforto. Chegam mesmo a contorcer-se com dores se existir uma dermatite. Outros não se “incomodam” por terem a fralda suja, pois é “quentinha“, não dando qualquer sinal de desconforto. A solução passa pela simples muda de fralda. 

Falta de atenção – quando o RN “choraminga” e se acalma quando é agarrado ao colo é porque necessita de se sentir protegido e seguro. Facto conseguido pelo contacto físico, do som da voz, do sentir do coração e mesmo do cheiro, nomeadamente da mãe que reconhece facilmente. Apesar de muitos pais se preocuparem por correrem o risco de “mimarem” de mais os filhos, tal preocupação não deve existir, nomeadamente nos primeiros três meses de vida.

Excesso de estímulos – um dia cheio de visitas e de muitas actividades, ambientes com muito barulho e muita luz, pode deixar o RN excitado, irritado e incapaz de processar tantos estímulos, não conseguindo estabelecer o autocontrolo, inibindo-o da capacidade de se “desligar” para se acalmar e eventualmente adormecer. Nestes momentos chora mais que o habitual e sem motivo aparente, sobretudo ao fim do dia. O choro começa por gemidos, em forma de rabugice e de reclamação, como que a pedir que o deixem em paz. A solução passa por reduzir o nível de estímulos.

Desconforto – se o RN apresentar um choro intenso, seguido de movimentos corporais é por estar desconfortável ou por ter frio/calor. Tal facto pode acontecer por estar numa posição inadequada, fralda ou roupa apertada, etiquetas da roupa em contacto com o corpo que provocam prurido ou por um simples cabelo em torno de um dedo. Relativamente ao frio é facilmente comprovado pela observação/palpação do abdómen e/ou extremidades, enquanto o excesso de calor, é observável pela exsudação, pele pegajosa e ruborizada, sobretudo no pescoço e a raiz do cabelo fica húmida. Aliviar o que está a perturbar, vestir/despir ou colocar mais/menos roupa na cama do RN elimina o problema.

Cólicas – são frequentes nos três primeiros meses de vida do RN. A sua etiologia é multifactorial (aerofagia, imaturidade gastrointestinal, intolerância às proteínas do leite de vaca, refluxo gastro esofágico, tensão emocional, alterações do mecanismo de auto-regulação) e caracteriza-se por um choro agudo, prolongado, de tipo inconsolável. Ficam agitados, cerram os punhos, arqueam as costas, enrugam a testa e ficam com o abdómen distendido. A solução passa por massagens, colocar calor no abdómen (bolsa de água) e/ou dar algo a chupar (seio/dedo/chupeta). A sucção acalma e alivia a dor, por estabilizar os batimentos cardíacos, diminuindo a ansiedade. Contudo o uso da chupeta, segundo a OMS é contra-indicado até a lactação estar bem estabelecida (cerca de duas semanas)2.

Recentemente surgiu o método dos “5s” ou dos cinco passos3, que comprovadamente funciona e baseia-se em proporcionar ao RN o ambiente que ele bem conhece e tinha antes de nascer (no útero).

A sequência dos passos é aleatória e não obrigatória, pois frequentemente o RN acalma logo no primeiro passo. Seguem-se os passos. Swaddling – embrulhar/”enrolar” o RN numa manta, bem apertadinho (ver fig.), incluindo e limitando os braços, para evitar que ele se assuste com os seus próprios movimentos e se sinta aconchegado. Side ou stomach position – colocar o RN de lado ou de barriga para baixo e em posição fetal, são as posições preferidas do RN, onde o abdómen não fica descoberto e desprotegido (enquanto estiver acordado). Shushing – fazer “sheeee” ao ouvido do RN, num volume de voz igual ao choro e ir baixando (emita o ruido que ouvia no útero). Swinging – embalar a criança, com movimentos rápidos e curtos, nunca sacudir (risco do “síndrome da criança sacudida”), arma poderosa de o acalmar, fazendo lembrar os movimentos constantes e contínuos da mãe quando ainda estava no útero (sentar, levantar, caminhar e virar o corpo). Sucking – dar ao RN algo a chupar (ver referência anterior) e massaje.

Apesar de todos os esforços, se o RN continuar a chorar, pelo seu temperamento, torna-se uma fonte de stress para os pais que podem-se sentir inseguros e incompetentes sobre as suas capacidades de cuidar do filho. Nesta situação os pais não devem exigir muito de si mesmas, devem ser tranquilizadas e informados que nenhum RN corre o risco de vida por chorar e, se necessário, pedir apoio de familiares para terem um tempo para si e/ou proporcionar apoio psicológico.

Referências:
1BRAZELTON, T & SPARROW, J (2004). O método brazelton: a criança e o choro. Lisboa: Editorial Presença.
2LEVY, L & BÉRTOLO, H (2012). Manual de aleitamento materno. Edição Comité Português para a INICEF/Comissão Iniciativa Hospitais Amigos dos bebés.
3KARP, H (2014). O bebe mais feliz do mundo. Editora: Livros d’ Hoje. 

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Eutanásia:
Na Bélgica, país onde a eutanásia é legal há mais de uma década, há um debate em curso, mas em torno da possibilidade de o ...

Enquanto em Portugal se discutem eventuais alterações legais para permitir a eutanásia, tendo hoje sido entregue na Assembleia da República uma petição pela despenalização da morte assistida com mais de 8.300 assinaturas, o debate na sociedade belga em torno desta prática, legal desde 2002, encontra-se num patamar distinto, com os tribunais a serem chamados a pronunciar-se sobre o sofrimento existencial.

Do Grupo de Investigação sobre Cuidados em Final de Vida, que junta as universidades de Gent e a Universidade Livre de Bruxelas, Kasper Raus explicou que o sofrimento psicológico insuportável resultante de uma doença ou acidente pode ser alegado. Mas “as percentagens são baixas”, aponta à agência Lusa.

“A verdadeira questão é o sofrimento existencial sem uma condição diagnosticável, o que muitas vezes significa cansaço da vida” e são altas as hipóteses de envolverem os mais idosos, comenta o especialista em questões de ética à Lusa, para explicar as divergências na Bélgica: "alguns advogados admitem que as alegações de artrite incurável, redução da audição ou da visão enquadram-se na atual lei, outros discordam fortemente e garantem que esse não é o espírito da lei”.

“Muito recentemente, a Comissão Federal belga de Controlo e Avaliação da Eutanásia apresentou, pela primeira vez, um caso às autoridades judiciais. Este caso, que está agora a ser investigado, relaciona-se com cansaço da vida. O resultado vai clarificar a posição dos tribunais nestas questões, mas é impossível prever o que vai acontecer”, diz.

Em 2014, a prática de eutanásia na Bélgica foi alargada a menores, embora, segundo a comissão federal, nenhum caso tenha sido registado.

Nos últimos dados disponíveis, referentes a 2012-2013, a comissão recebeu 3.239 de pedidos de eutanásia, numa proporção média de 1,5% de todos os falecimentos no país.

Outro elemento do grupo de especialistas das universidades de Bruxelas e de Gent, Kenneth Chambaere, sublinha que na Bélgica “não é permitido tudo, uma vez que há inúmeros requerimentos necessários para elegibilidade, assim como requisitos processuais a serem cumpridos.

O aumento no número de pedidos submetidos à comissão federal é notada por Chambaere, sobretudo, a partir de 2007, por, provavelmente, ter sido necessário os “médicos acostumarem-se à possibilidade” e os pacientes “considerarem a opção”.

“Houve também uma extensão da prática além de pacientes com cancro terminal e a atenção dada pelos órgãos de comunicação social, provavelmente, também desempenhou um papel”, refere.

“Atualmente, cerca de 70% dos pedidos são atendidos”, informa Raus.

A lei belga, bem como a diferença de números das declarações apresentadas em neerlandês (2.610/80%) e em francês (629/20%), entre 2012 e 2013, podem ser explicados pela “cultura e secularização”, diz Chambaere, notando a que os “direitos dos pacientes de autonomia e autodeterminação são tidos em consideração” sobretudo na Flandres (região flamenga)”.

Kasper Raus não relaciona a religião com a aceitação da eutanásia na Bélgica, uma vez que “inquéritos mostram que o país é muito secularizado”.

“Talvez haja uma cultura de crença na autonomia dos pacientes”, admite.

Sem estudos realizados na Valónia (região francófona) para fazer análises, o especialista informa que uma investigação conduzida em Bruxelas sugeriu que os médicos francófonos “estavam menos dispostos a praticar eutanásia” e mais a realizar uma sedação paliativa, mas a explicação "apenas pode ser especulada”.

Cruz Vermelha Portuguesa lança apelo para
O terramoto que abalou o Equador no passado dia 16 de abril provocou mais de 525 vítimas mortais, milhares de feridos e...

Estima-se que 1.2 milhões de pessoas tenham sido afetadas por este terramoto devastador e que os custos dos danos rondem pelo menos os 3 mil milhões de dólares.

Coordenadora do serviço de Restabelecimento dos Laços Familiares da CVP já se encontra no Equador a prestar apoio através do Comité Internacional da Cruz Vermelha

A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) acaba de se juntar às operações humanitárias que estão a ser levadas a cabo pelo Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

Desta forma, a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) lança hoje um apelo de angariação de 19 milhões de dólares para apoiar a Cruz Vermelha Equatoriana a prestar assistência a cerca de 100 mil pessoas com necessidades urgentes.

Este apelo vai permitir à Cruz Vermelha continuar a dar resposta às necessidades vitais das pessoas afetadas durante os próximos 12 meses, visando prestar cuidados básicos de saúde, apoio psicossocial, bem como fornecer abrigos temporários, água potável, sistemas de saneamento e alimentação adequada.

Solidária com este apelo, a CVP vem pedir o apoio da comunidade na recolha de fundos para o Equador, ajudando este país a recuperar dos efeitos desta catástrofe destruidora.

No Equador já se encontra Diana Araújo, coordenadora do serviço de Restabelecimento dos Laços Familiares da CVP, que estará a trabalhar para o Comité Internacional da Cruz Vermelha nesta missão.

Os donativos poderão ser efetuados via multibanco/netbanking (pagamento de serviços, entidade 20999, referência 999 999 999) ou por transferência bancária com o IBAN PT50 001000003631911000174.

Também é possível fazer um donativo online no site www.cruzvermelha.pt/donativos/donativo-pontual.html ou facebook da CVP www.facebook.com/cruzvermelhaportuguesa.sede

Para mais informações ou esclarecimento de dúvidas que possam surgir, contactar a Área Internacional da Cruz Vermelha Portuguesa, Andreia Padre, [email protected]

Congresso Português de Hepatologia 2016 / 16ª Reunião Anual da APEF
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado organiza nos dias 28 e 29 de abril, no Sheraton Porto, o Congresso Português de...

No âmbito do Congresso serão partilhadas as experiências e debatida a temática da hepatite C. Porquê?

·         Porque persistem doentes para os quais urge maior e mais ampla acessibilidade terapêutica, nomeadamente os doentes com cirrose;

·         Porque se pensa que em Portugal apenas 30% dos indivíduos infetados pelo vírus da hepatite C estão identificados, são necessários esforços para aumentar as taxas de diagnóstico precoce;

·         Porque é imperativo reduzir a transmissão e a morbilidade e mortalidade causadas pela hepatite C e minimizar o seu impacto pessoal e social;

·         Porque na infeção crónica pelo vírus da hepatite C, podem passar-se décadas entre o momento em que os doentes adquirem a infeção e desenvolvem cirrose. Temos que intervir precocemente tratando a infeção e mudando comportamentos. Caso contrário, quando tratarmos eficazmente a infeção o doente já está num estadio avançado de doença do fígado, até mesmo de irreversibilidade.

De facto, em termos de saúde pública, o acesso ao tratamento para a hepatite C só pode ser considerado um bom investimento se se fomentar o diagnóstico, a prevenção, a vigilância dos grupos de risco e a acessibilidade ao tratamento com o objetivo de erradicar o vírus da hepatite C.  

O programa do Congresso inclui ainda duas conferências dedicadas a dois temas da maior importância nomeadamente as novidades da reunião europeia para o estudo do fígado que decorreu em Barcelona de 13 a 17 de abril, no campo da terapêutica da hepatite C; e os consensos na área da hipertensão portal, uma complicação da cirrose hepática que se traduz maioritariamente por hemorragia digestiva por varizes esofágicas e constitui uma emergência médica.

As doenças do fígado podem progredir de uma fibrose leve para cirrose e cancro do fígado e a cirrose compensada pode evoluir ao longo do tempo para cirrose descompensada colocando os doentes em risco de vida. O cancro do fígado ocorre a uma taxa de 2-4% por ano nos doentes com cirrose hepática. O tumor maligno do fígado encontra-se no ranking das dez causas de morte mais frequentes em Portugal, ocupando a 8ª e a 9ª posições nas faixas etárias dos 45-64 anos e dos 65-74 anos respetivamente.

O doente crítico hepático e o carcinoma hepatocelular serão privilegiados em duas mesas redondas. Dado o potencial crescente de intervenção diagnóstica e terapêutica na área do doente hepático será ainda dedicada uma mesa à discussão das técnicas em hepatologia: como exemplo, o FibroScan® que é uma técnica não invasiva, indolor, que usa um sistema de ultrasons, utilizada para quantificar a fibrose do fígado e que representa um grande progresso na avaliação dos doentes hepáticos, especialmente naqueles com hepatite C.

Estudo
Um em cada dez portugueses com mais de 65 anos sofre de arritmia cardíaca, potencialmente causadora de AVC, sendo que mais de...

Trata-se do Estudo SAFIRA (System of AF evaluation In Real world Ambulatory patients), que traça o mais recente retrato da prevalência e padrões de tratamento de Fibrilhação Auricular (FA) e Risco Cardiovascular na população portuguesa com mais de 65 anos, cujos resultados preliminares vão ser apresentados hoje pela primeira vez no Congresso Português de Cardiologia.

Os resultados apontam para um grande subdiagnóstico, já que de entre os 9% dos casos em que se detetou FA (arritmia que pode provocar a oclusão do sangue na aurícula e consequente formação de coágulo, que se solta provocando AVC ou embolismo), 35,9% desconheciam ter a doença.

Por outro lado, 18,6% dos doentes não diagnosticados apresentavam um tipo de FA não detetável no eletrocardiograma, sendo identificada apenas por outros exames, “o que sublinha a importância de uma investigação mais prolongada dos sintomas, nomeadamente na população mais idosa”, revelam as conclusões, a que a Lusa teve acesso.

A par do subdiagnóstico, existe também um subtratamento, pois mais de metade dos doentes (56,3%) não estavam anticoagulados e, dos que estavam, 74,2% estavam mal medicados.

O estudo identificou ainda um problema de polimedicação, já que o número mediano de fármacos prescritos a estes doentes é de 4,8, o que corresponde à toma de 6,7 comprimidos por dia.

Para Pedro Monteiro, coordenador do Estudo SAFIRA, “estes resultados mostram os enormes desafios ainda existentes na identificação e gestão da FA e risco cardiovascular e constituem um importante alerta para a otimização das estratégias de controlo da doença e promoção da saúde neste setor da população”.

O investigador considera da “maior importância” ter um conhecimento real dos padrões de prevalência da FA em Portugal, para se poderem criar e desenvolver “estratégias de diagnóstico, tratamento e controlo de risco realistas e eficazes”.

No que respeita à adesão terapêutica, quase metade dos doentes (45,1%) considera que o fator mais importante é a segurança, ao passo que 35,6% apontam a eficácia, 12,8% o custo e apenas 6,7% valorizam a comodidade posológica. Apenas 4,8% dos doentes medicados com novos anticoagulantes orais admitiram ter descontinuado o tratamento devido ao preço.

O estudo foi desenvolvido entre 2014 e 2015 e envolveu 7.500 portugueses com 65 ou mais anos.

Eutanásia
Mais de 8.300 pessoas assinaram a petição pública pela despenalização da morte assistida, que vai ser entregue hoje ao...

Apresentada em fevereiro pelo movimento cívico “Direito a morrer com dignidade”, a petição ultrapassou logo nos primeiros dois dias o mínimo de 4.000 assinaturas que obrigam o documento a ser discutido em plenário no parlamento.

O texto da petição, dirigido à Assembleia da República e disponível na Internet, o mesmo do manifesto assinado por mais de 100 personalidades da sociedade portuguesa que defendem a despenalização da eutanásia.

O movimento assume-se como um conjunto de cidadãos “unidos na valorização privilegiada do direito à liberdade” e tem como proponentes da petição o médico e antigo coordenador do Bloco de Esquerda, João Semedo, o cineasta António Pedro Vasconcelos, a pediatra Isabel Ruivo, entre outros.

Defendem a “despenalização e regulamentação da morte assistida como uma expressão concreta dos direitos individuais à autonomia, à liberdade religiosa e à liberdade de convicção e consciência, direitos inscritos na Constituição”.

A petição indica que a morte assistida consiste em antecipar ou abreviar a morte de doentes em grande sofrimento e sem esperança de cura, desde que seja em resposta a um pedido do próprio, feito de forma informada, consciente e reiterada.

O tema da eutanásia tem gerado debate e controvérsia na sociedade portuguesa, nomeadamente entre os médicos, com a Ordem a admitir que necessitará de realizar um referendo interno para uma eventual alteração ao Código Deontológico dos profissionais.

Mas tem havido também personalidades a defenderem a realização de um referendo nacional sobre a matéria.

O médico e ex-coordenador do Bloco de Esquerda, João Semedo, tem advogado que a tese do referendo sobre a eutanásia pretende evitar a discussão e adiar a solução da despenalização da morte assistida.

“Um referendo sobre direitos individuais é virar a democracia de pernas para o ar, é virar a democracia contra ela própria”, escreveu João Semedo numa entrevista, considerando que referendar direitos individuais “não é democrático”, embora o pareça.

É antes, disse, “admitir que um direito que é de todos possa ser retirado por alguns”: “Alguém admitiria ou acharia democrático fazer um referendo em que o direito de todos à saúde ou ao trabalho, por exemplo, fosse retirado da lei por decisão de alguns?”

“A defesa do referendo pretende evitar a discussão. Evitar a discussão para, em vez de discutirmos a problemática do fim da vida, a forma e as condições em que morremos, passarmos o tempo a discutir se deve ou não haver referendo”, argumenta o antigo deputado.

Direitos das Pessoas com Deficiência
O Comité da ONU dos Direitos das Pessoas com Deficiência está preocupado por o Código de Processo Penal português declarar...

Esta e outras recomendações do Comité das Nações Unidas dos Direitos das Pessoas com Deficiência figuram de um documento com 11 páginas, redigido na sequência da avaliação de Portugal sobre a aplicação e cumprimento das normas estabelecidas pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

Uma comitiva, liderada pela secretária de Estado para a Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, foi ouvida em março, tendo sido essa a primeira vez que Portugal foi submetido ao processo de monitorização desde que ratificou a convenção, em 2009.

Agora, o Comité das Nações Unidas manifesta preocupação pela forma como as pessoas com deficiência são tratadas em Portugal, em matérias que vão desde a justiça, saúde, educação, transportes ou acesso a uma vida independente, além de preocupação com a forma como a crise afetou a vida destas pessoas.

No que diz respeito à Justiça, o Comité diz-se preocupado com o facto de o Código de Processo Penal declarar inimputáveis as pessoas com deficiência psicossocial e que “não se respeitem as suas garantias processuais no curso dos procedimentos penais”.

Por isso, pede que Portugal “retire da legislação penal o critério de perigosidade e as medidas preventivas e de segurança relacionadas com isso, nos casos em que uma pessoa com deficiência psicossocial seja acusada de ter cometido um crime”.

Pede também que seja revista a legislação penal para garantir que “todas as pessoas com deficiência tenham as garantias do devido processo, incluindo a presunção de inocência”.

Outro aspeto que preocupa o Comité tem a ver com as pessoas com deficiência declaradas legalmente incapacitadas e que são alvo, “contra a sua vontade, de processos de interrupção de gravidez, esterilização, investigação científica, terapia eletroconvulsiva ou intervenções psicocirúrgicas”.

A forma como as pessoas com deficiência são vistas pela lei portuguesa traz “profunda preocupação” ao Comité, que questiona como é que ainda existe um “grande número de pessoas com deficiência submetidas ao regime de tutela total ou parcial” e que, por causa disso, estão “privadas do exercício de certos direitos, como o direito ao voto, a casar, a formar família ou a gerir bens e propriedades”.

Pede, por isso, que o Código Civil seja revisto e harmonizado de modo a garantir que as pessoas com deficiência possam casar, adotar ou ter a custódia dos filhos.

Sobre a crise e as medidas de austeridade, o Comité sublinha “os esforços” feitos por Portugal para mitigar o impacto das medidas nas pessoas com deficiência, mas diz-se preocupado com o facto de não haver qualquer tipo de apoio para pessoas que “se veem obrigadas a viver em situação de indigência ou pobreza extrema”, por não terem rede familiar ou acompanhamento.

Nesse sentido, pede a Portugal que “reveja com urgência” as medidas de austeridade, ofereça serviços de apoio à vida independente, intensifique os esforços para melhorar o direito a um nível de vida adequado e à proteção social.

Quer também que Portugal recorra aos Fundos Estruturais Europeus ou outros para minimizar o impacto das medidas de austeridade nas crianças com deficiência, melhorando o apoio dado às famílias.

Por outro lado, o Comité afirma-se preocupado com o facto de não haver uma política nacional para a vida independente e pede a Portugal que adote uma estratégia nacional, onde seja incentivada a vida em comunidade em vez das instituições.

Malária:
A potencial vacina para a malária em desenvolvimento no Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, poderá começar a ser...

Em entrevista telefónica a propósito do Dia Mundial da Malária, que se assinalou na segunda-feira, Miguel Prudêncio explicou que o projeto, a decorrer desde 2010 e apoiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, está também a ser apoiado pela Malaria Vaccine Initiative (MVI), entidade que a nível mundial coordena o desenvolvimento de vacinas contra a malária.

"O nosso projeto entrou na esfera da MVI e agora temos estado a trabalhar com eles para preencher as lacunas que faltam para se poder ter os ensaios em humanos aprovados", disse Miguel Prudêncio, afirmando que o que está planeado é que as autorizações sejam concedidas no último trimestre deste ano.

Se isso acontecer, acrescentou, os ensaios clínicos em seres humanos podem arrancar no início de 2017.

"Todo o trabalho laboratorial está feito. Neste momento, estamos a fazer ensaios de segurança, para garantir que podemos avançar para seres humanos sem risco para os voluntários que vão participar no ensaio e, uma vez concluídos estes estudos, pensamos que vamos conseguir as autorizações para os ensaios no final deste ano", reiterou.

Em laboratório, explicou o investigador, a equipa demonstrou que a ideia na origem da criação desta vacina contra a malária pode de facto funcionar.

Embora cauteloso e sem se querer comprometer com uma taxa de sucesso, Miguel Prudêncio adiantou que os resultados laboratoriais apontam para uma proteção na ordem dos 90%.

"Se isto se vai verificar onde realmente interessa, que é nos seres humanos, ainda não podemos garantir", sublinhou.

A vacina consiste na modificação genética de parasitas que provocam malária em roedores, mas não em humanos, de forma a desencadear uma resposta do sistema imunitário humano.

A malária é uma doença que pode ser fatal, provocada por um parasita do género Plasmodium, transmitido pela picada de uma fêmea do mosquito Anopheles.

No entanto, existem vários tipos de Plasmodium, alguns dos quais não têm como hospedeiro os humanos, mas outros mamíferos, nomeadamente roedores.

O que a equipa de Miguel Prudêncio fez foi usar um destes parasitas e alterá-lo geneticamente de forma a inserir-lhe proteínas do parasita que infeta humanos.

"É como se estivéssemos a mascarar o parasita de roedores de parasita humano", explicou o cientista.

O objetivo é que este parasita de roedores mascarado, que é seguro para os humanos, provoque o sistema imunitário para responder contra a máscara, desencadeando assim uma resposta imunitária contra o parasita humano.

Atualmente não há qualquer vacina comercialmente disponível para a malária.

Existem mais de 20 potenciais vacinas em ensaios clínicos e a mais avançada candidata a vacina, da GlaxoSmithKline, contra o parasita mais perigoso para os humanos, o Plasmodium falciparum, já recebeu uma primeira aprovação da Organização Mundial de Saúde para iniciar estudos piloto.

"É um primeiro passo, mas não preenche os requisitos de uma vacina realmente eficaz contra a malária", sublinhou Miguel Prudêncio, recordando que a vacina em causa tem uma eficácia que ronda os 30%.

"O que é consensual é que é necessária uma vacina que proteja perto dos 100% e essa vacina ainda não existe", acrescentou o cientista.

Embora haja laboratórios em todo o mundo a desenvolver esforços no sentido de se desenvolver uma vacina mais eficaz, a complexidade do parasita tem sido um entrave.

"Não existe nenhuma vacina contra nenhuma doença parasitária e existem várias vacinas para doenças virais e bacterianas. O parasita é um organismo muito mais complexo, que tem muito mais mecanismos de iludir o sistema imunitário do hospedeiro", explicou o cientista.

No Japão
Os ministros da Agricultura dos países do G7 acordaram criar um sistema de troca rápida de informação relacionada com doenças...

O acordo consta de uma declaração conjunta dos ministros da Agricultura do Japão, Canadá, Alemanha, Itália, Estados Unidos da América e França, que estiveram reunidos no Japão, e prevê a criação de um "enquadramento internacional de troca de informação" sobre doenças animais para evitar a propagação de epidemias de vírus como o da gripe aviária ou da febre aftosa.

O sistema também permitirá estreitar a cooperação perante o aumento de bactérias resistentes a antibióticos.

No encontro, centrado na segurança alimentar, os ministros sublinharam a necessidade de atrair mão-de-obra para o setor e paliar os efeitos das alterações climáticas na produção agrícola.

Assim, decidiram voltar a reunir-se em Tóquio no outono por causa do problema do envelhecimento da mão-de-obra na agricultura. Nesse encontro deverão participar também representantes de países em desenvolvimento.

Segundo a agência das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a produção agrícola tem de crescer 60% até 2050 para responder às necessidades da população mundial, que nesse ano deverá alcançar 9.200 milhões de pessoas.

"Reconhecemos o papel crucial que o setor agrícola desempenha na segurança alimentar global e, em particular, numa era de urbanização acelerada", lê-se no texto assinado pelos ministros dos sete países mais industrializados do mundo.

Os ministros pedem, por isso, uma resposta conjunta "aos desafios emergentes no setor agrícola", sublinhando que também beneficiarão disso outros países com "desafios similares".

Esta foi a primeira vez que os ministros da agricultura do G7 se reuniram desde 2009, ainda antes de a Rússia ter sido excluída do grupo.

Em 2009, o motivo da reunião tinha sido o aumento dos preços dos produtos agrícolas.

Na Europa
Os bebés de Lúcia (nome fictício) têm o seu material genético e o do marido e cresceram numa barriga de aluguer, à qual este...

O recurso a uma barriga de aluguer - ilegal em Portugal e motivo de um projeto do Bloco de Esquerda, que pretende legalizar esta prática, mas sem fins comerciais e apenas por motivos clínicos – foi equacionada pelo casal quando Lúcia perdeu o útero no seguimento de uma cirurgia, aos 33 anos.

Três meses depois o casal optou por aquela que, na altura, se apresentou como “a única forma” de terem um filho biológico: o recurso a uma barriga de aluguer, técnica sobre a qual não conheciam absolutamente nada.

Consultada a informação disponível, cedo se aperceberam que a prática é ilegal em Portugal e que nem em todos os países onde é legal o procedimento é fácil.

Na Índia, por exemplo, é necessário um visto médico, coisa que o casal não tinha. Nos Estados Unidos, os preços eram impeditivos, podendo facilmente atingir os 100 mil euros e no Reino Unido o casal precisava de permanecer um ano no país.

A solução foi um país europeu onde a prática é permitida, tendo o casal concordado com as condições e decidido avançar com o procedimento, promovido por uma empresa que se dedica a este negócio.

Para tal, e após escolhida a mulher que iria suportar a gravidez, que Lúcia e o marido quiseram que tivesse o mesmo tipo de profissão e características, começaram os preparativos clínicos, em Portugal.

Todo o processo médico – exames e estimulação ovárica - foi feito em Portugal, com o médico a ter conhecimento dos fins a que se destinava.

O casal viajou depois para esse país europeu – que optou por não divulgar – onde foi feita a colheita dos ovócitos de Lúcia e dos espermatozoides do marido.

Os gâmetas foram depois inseminados e implantados no útero da mãe de substituição, tendo a notícia da gravidez sido enviada para Portugal, por email, para júbilo do casal.

Os nove meses da gravidez “correram bem” e o casal foi tendo notícias dos filhos através das ecografias e relatórios médicos que receberam por correio eletrónico.

“Na ecografia vi logo que eram parecidos com o pai”, contou Lúcia. No final da gravidez, a mãe de aluguer foi internada até o parto, ao qual Lúcia assistiu.

“Estive sempre ao lado dela [mãe de aluguer] e ela estava sempre preocupada comigo, queria saber se eu estava bem”, disse.

Assim que as crianças nasceram, Lúcia, agora com 37 anos, recebeu-as nos braços e desde então não viu mais a mulher que alugou o seu útero. Desta, recorda-a como alguém muito cordial e simpática e não tem dúvidas de que, além da questão financeira, tinha uma verdadeira vontade de ajudar a sua família.

O passo seguinte foi mais difícil, pois foi preciso registar as crianças de forma a obterem passaporte e poderem regressar a Portugal.

O casal optou por registar as crianças na Embaixada de Portugal, onde explicou que estas resultaram do recurso a barriga de aluguer.

A solução encontrada pela embaixada foi registar as crianças no nome do pai e com mãe incógnita. Caberá agora a Lúcia, em Portugal, adotar os seus filhos para os mesmos deixarem de ter no seu registo uma mãe desconhecida.

O casal não escondeu da família e amigos esta opção. Quem os conhece sabe o que lutaram por uma criança e nunca os fizeram sentir-se mal pela sua escolha.

Lúcia lamenta que a gestação de substituição não seja legal em Portugal. Teria poupado 50 mil euros e muitas viagens, rumo ao desconhecido.

Tem conhecimento de vários casais portugueses que estão a fazer o mesmo e receia que nem todos tenham a mesma sorte e o mesmo fim: um filho nos braços.

Estudo
Quase metade dos doentes com cancro da mama encaminhados para quimioterapia podia ser poupada a esse tratamento invasivo, caso...

Um estudo europeu, que seguiu 6.600 doentes com cancro da mama em nove países europeus durante mais de cinco anos, concluiu que o teste ‘MammaPrint’ permite poupar a quimioterapia a 46% dos casos de doentes com cancro da mama precoce que, pelos critérios tradicionais, a fariam.

Segundo a médica Fátima Cardoso, que é a investigadora principal do estudo, a comunidade científica tem consciência que uma grande percentagem de doentes com cancro da mama precoce é sobretratada.

Isto deve-se ao facto de o cancro da mama só ser curável em fase precoce, uma vez que quando aparecem metástases (doença à distância ou recidiva) a doença torna-se incurável. Por essa razão, em caso de dúvida sobre o risco de recidiva, os médicos preferem fazer quimioterapia.

Uma questão crucial é como identificar os tumores precoces com um risco de recidiva tão baixo que permita prescindir de quimioterapia.

“Na prática clínica, decide-se se a quimioterapia será necessária ou não baseada em caraterísticas patológicas do tumor e características do doente. Mas há casos de tumores com as mesmas caraterísticas, que recebem o mesmo tratamento mas cujo comportamento é completamente diferente. Ou seja, existem outras características que são fundamentais para o risco de recidiva”, explicou em entrevista a investigadora da Fundação Champalimaud Fátima Cardoso.

Usou-se uma nova tecnologia para analisar o genoma do tumor, traçar uma espécie de bilhete de identidade, olhando para os seus 44 mil genes e tentando encontrar caraterísticas que diferenciem entre baixo e alto risco de recidiva.

Foi assim descoberta uma assinatura de 70 genes (MammaPrint) que permite fazer essa distinção. O estudo avaliou este novo teste em associação aos critérios patológicos e clínicos tradicionais.

Avaliou-se o risco de recidiva das 6.600 doentes do estudo pela forma tradicional e também com o novo teste genómico MammaPrint.

Quando os dois métodos indicavam que o tumor era de alto risco, encaminhava-se o doente para quimioterapia. Quando a indiciação de ambos era de risco baixo, não se aplicava quimioterapia.

Em caso de discordância na resposta dada pelos dois métodos – o que acontece em cerca de um terço dos casos – os investigadores propuseram-se perceber qual devia ser o método seguido.

Dividiram os doentes e metade seguiu o método de avaliação de risco tradicional do tumor e outra metade o risco apontado pelo MammaPrint.

“O estudo concluiu que quando os critérios tradicionais indicam alto risco mas o teste genómico diz baixo risco não precisamos de fazer quimioterapia. Na verdade, permite poupar quimioterapia a 46% de pessoas que normalmente fariam quimioterapia pelos critérios tradicionais”, indicou Fátima Cardoso.

Sinais à flor da pele
Diabetes, psoríase, hepatite, cancro ou alergias são algumas doenças que podem alterar o aspeto da s

A pele é o maior órgão do corpo humano. Considerada como uma barreira protetora contra agressões externas, para além de nos proteger contra bactérias e fungos ou manter a nossa temperatura corporal estável, ela pode revelar ainda o que de errado se passa com o nosso organismo.

A pele seca, por exemplo, pode significar uma deficiência de ómega-3. Os ácidos gordos trazem inúmeros benefícios para a saúde. Para além de terem uma propriedade anti-inflamatória, são amigos do coração, diminuindo o risco de doenças cardíacas e cancro.

Por outro lado, desempenham um papel vital para a pele, uma vez que além de fortalecerem as membranas celulares, contribuem para a renovação celular, o que lhe confere um ar hidratado e radiante.

A falta de ácidos gordos pode diminuir o ciclo de esfoliação natural, resultando num aspeto seco e sem brilho.

Uma dieta rica em ómega-3, que se pode encontrar no salmão, sardinha, nozes, soja ou linhaça, mantém a sua pele saudável.

O aparecimento de manchas acastanhadas na zona das virilhas, axilas ou pescoço pode indicar que sofre de diabetes.

Na realidade, este tipo de lesão dermatológica, que habitualmente surge em zonas do corpo onde existem dobras ou pregas, designa-se de acantose. Ela provoca o espessamento e a hiperpigmentação da pele e pode ser um sinal de alerta para a diabetes tipo 2.

O excesso de insulina no sangue, característica da doença, pode provocar o crescimento anormal de células da pele, contribuindo pelo aparecimento destas lesões.

Por outro lado, a pele amarelada pode indicar problemas de fígado, como hepatite ou cancro, e é uma consequência do excesso de bilirrubina no organismo.

Hepatite A, B e C são os tipos mais comuns da doença. No entanto, também a cirrose ou fibrose do fígado, provocadas pelo abuso de álcool, pode provocar o amarelecimento da pele e/ou dos olhos.

As olheiras e o inchaço sob os olhos podem ser sinónimo de alergias, uma vez que estas provocam a dilatação dos vasos sanguíneos e podem causar o vazamento dos mesmos, dando origem a um inchaço e a um tom azul-escuro ou arroxeado sob os olhos.

Já quem apresenta um excesso de borbulhas no nariz e na testa pode estar sob stress. É que, quando estamos stressados o nosso organismo produz, em excesso, várias hormonas, provocando um desequilíbrio que pode dar origem ao aparecimento de borbulhas na chamada zona T.

As manchas roxas, muitas vezes confundidas com hematomas, e que correspondem a um vazamento dos vasos sanguíneos sob a pele, podem ter várias causas possíveis como falta de vitamina C, por exemplo.

No entanto, quando acomete adultos com mais de 65 anos pode indicar que sofre de púrpura senil. Uma condição decorrente do envelhecimento da pele e que afecta, sobretudo, o dorso das mãos, punhos ou antebraços.

A ingestão excessiva de aspirina, anti-inflamatórios não esteróides, vitamina E ou ginkgo biloba, que os mais velhos muitas vezes tomam para melhorar a memória, podem piorar esta condição.

A mancha púrpura que se distingue de um hematoma clássico, por nunca desaparecer, pode cobrir uma grande área da pele ou surgir como pequenas manchas roxas chamadas petéquias.

Também a existência de bolhas que provocam ardor ou comichão persistente pode ser um sinal de que algo errado se passa no seu organismo. Na realidade, o aparecimento de bolhas nos antebraços, joelhos, nádegas, costas, rosto e couro cabeludo pode indicar que sofre de dermatite herpetiforme – um sinal de doença celíaca.

Habitualmente, estas bolhas surgem em ambos os lados do corpo e provocam uma sensação de ardor e comichão muito intensa.

A pele amarelada ou alaranjada nas palmas das mãos ou planta dos pés pode ser resultado do mau funcionamento da sua tiróide. Na realidade, esta cor resulta de um aumento do beta-caroteno no sangue. O beta-caroteno é um antioxidante que se pode encontrar em frutas e vegetais e é processado pela tiróide.

Se existir algum problema com esta glândula, as vitaminas não são metabolizadas com eficiência.

Por fim, uma pele pálida pode ser sinónimo de anemia. Na realidade, uma anemia grave pode provocar uma palidez fora do normal, sobretudo no rosto e na palma das mãos.

No entanto, boca, lábios e gengivas podem também mostrar sinais desta condição, tornando-se bastante mais claros.

A anemia pode ser causada por falta de ferro, úlceras ou doenças intestinais. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
A partir de hoje
O processo para eleger o próximo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) já está a decorrer e, a partir de hoje, os...

De acordo com um comunicado da OMS, este é o primeiro passo de um processo rigoroso que culminará numa votação final na assembleia mundial da Saúde, em maio de 2017, e o novo diretor-geral da entidade tomará posse a 01 de julho de 2017.

O diretor-geral da OMS é o responsável técnico e administrativo da entidade, supervisionando a política do trabalho internacional de saúde do órgão de saúde internacional.

Atualmente, a diretora-geral da OMS é Margaret Chan, eleita em 2006, que completa o seu segundo mandato a 30 de junho do próximo ano.

O processo de nomeação para o cargo de diretor-geral da OMS foi substancialmente revisto desde a última eleição, que ocorreu em 2012, referiu a nota.

Ainda segundo o comunicado, inovações como um código de conduta e fóruns para os candidatos interagirem com os Estados-membros farão parte do processo de eleição para promover a transparência e a equidade nos procedimentos de seleção.

O Código de Conduta é um documento em que se indicam as práticas e as funções apropriadas para os Estados-Membros, candidatos e secretariado da OMS durante o processo eleitoral.

Este código estabelece uma série de requisitos gerais, tais como abertura, dignidade, equidade e boa-fé, bem como requisitos específicos sobre questões como a divulgação de informações financeiras e outros dados para evitar conflitos de interesse.

Em 2017, a assembleia mundial da OMS vai nomear o novo diretor-geral entre três candidatos. Anteriormente, apenas uma candidatura era submetida pelo conselho executivo do órgão mundial da saúde à assembleia que, em seguida, fazia a nomeação final.

O processo leva mais de um ano. Os Estados membros têm até 22 de setembro para apresentar as propostas de candidaturas.

Os países membros e os candidatos terão a oportunidade de interagir, em outubro, num fórum na página da internet da OMS.

Durante um período de até três dias, em novembro, será realizado uma reunião presencial em que os candidatos apresentarão a sua visão para a OMS aos países e também responderão às perguntas sobre a sua candidatura.

Em janeiro de 2017, o conselho executivo da OMS usará um novo sistema de votação eletrónica para elaborar uma lista com até cinco candidatos.

Os membros do conselho executivo, em seguida, entrevistarão os candidatos e nomearão três deles para irem a votos na assembleia mundial da saúde, em maio de 2017.

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