Ministério da Saúde
São as duas especialidades com o maior número de vagas disponíveis: Medicina interna, com 129, e anestesiologia, com 57. No...

"Sendo inquestionável que o Serviço Nacional de Saúde é a grande conquista do Estado Social no nosso País, o XXI Governo, como decorre do seu programa, considera que há, no entanto, um conjunto de medidas que urge adotar, no sentido de se minimizarem as desigualdades entre cidadãos no acesso à saúde que ainda se verificam, em particular, no âmbito de serviços e estabelecimento de saúde situados em regiões mais de interior", refere o documento assinado pelo secretário de Estado da Saúde, Fernando Araújo.

Entre as várias especialidades consideradas carenciadas, com maior número de vagas disponibilizadas, contam-se ainda psiquiatria (46 vagas), pediatria (41), ginecologia/obstetrícia (36), cirurgia geral (30), oncologia e ortopedia, ambas com 28 vagas cada. Quanto a hospitais, escreve o Diário de Notícias, a lista é variada para as 41 especialidades com lugares disponíveis. Por exemplo, centro Hospitalar de Setúbal, Baixo Vouga, Algarve, Oeste, Barreiro/Montijo, Amadora-Sintra, Lisboa Norte, Unidade Local de Saúde da Guarda.

O despacho explica que esta publicação "deve ocorrer duas vezes por ano, no mês de janeiro e no mês de julho, aquando da realização das épocas de avaliação final, respetivamente, normal e especial, do internato médico".

No final de abril, o Ministério da Saúde abriu 218 vagas de especialidades carenciadas para os médicos que concluíram a especialidade médica na segunda época de 2015.

Estudo
As crianças que chucham no dedo ou que roem as unhas são menos propensas a desenvolver alergias ao longo da vida.

Se as crianças combinam os dois “maus hábitos” serão provavelmente menos sensíveis aos ácaros, ao feno e ao pólen, e aos pelos de gato, cães e outros animais, segundo o estudo, que foi publicado na última edição da revista médica norte-americana Pedriatrics.

“Os resultados suportam a teoria sobre a higiene segundo a qual ser exposto quando jovem a sujidade e aos germes reduz o risco de desenvolver alergias”, disse o professor Malcolm Sears, da Faculdade de Medicina da Universidade McMaster, do Canadá, o principal autor do trabalho.

E acrescentou: “Não recomendamos que essas atitudes sejam encorajadas junto das crianças mas este estudo parece mostrar um lado positivo”.

Para o estudo os investigadores trabalharam na Nova Zelândia com um grupo de mil crianças nascidas a partir de 1972. E constaram que dessas 31 por cento chuchavam no dedo ou roíam as unhas.

Entre os participantes, testados entre os 13 e os 32 anos, 45 por cento mostrou predisposição para alergias. Mas dos que costumavam chuchar no dedo ou roer as unhas só 40 por cento tiveram alergias. No grupo dos que chuchavam no dedo e que também roíam as unhas a percentagem diminuiu para 31 por cento.

Healthcare Leadership Team
A gestora responsável pelo setor da Saúde na GS1 Portugal, Beatriz Jorge, é a nova e primeira representante portuguesa neste...

A GS1 Portugal, na pessoa da sua gestora para a Saúde, Beatriz Jorge, vai passar a ter assento no Healthcare Leadership Team da GS1 global, órgão consultivo que desenvolve atividades de apoio à implementação de standards globais no setor, congregando todos os players da Saúde a nível mundial – de reguladores a indústrias de medicamentos e dispositivos médicos ou prestadores de cuidados de Saúde.

O Leadership Team de Saúde da GS1 global tem por missão promover a adoção de standards globais num setor que lida com vidas humanas e num contexto de segurança do paciente e de eficiência na respetiva cadeia de valor. Por esse motivo, sublinha o Diretor Executivo da GS1 Portugal, “a eleição de Beatriz Jorge, enquanto representante da nossa organização neste grupo estratégico internacional de Saúde, cujas iniciativas envolvem todos os reguladores de referência mundial, do FDA (Food and Drug Administration) à Comissão Europeia, NETA, etc., e passando pelos principais atores de toda a indústria do medicamentos e dispositivos médicos, representando, inclusivamente, um novo passo na afirmação da nossa estratégia para o setor da Saúde em Portugal e no mundo”.

“Num momento em que assistimos a um novo paradigma na codificação de todos os produtos de Saúde (de medicamentos a dispositivos médicos), em que existem evidências claras de que a adoção de standards globais – pelo seu potencial de uniformização, identificação única, transparência e interoperabilidade global de toda a informação relevante – conduz a ganhos substanciais e inequívocos para todos os atores ao longo da cadeia de abastecimento, do laboratório ao hospital, esta eleição é também uma prova da importância da nossa proposta de valor para o setor do medicamento em Portugal. Evidencia, finalmente, as inúmeras virtudes desta linguagem única e global enquanto arma eficaz de combate à contrafação e de garantia de segurança e do cumprimento dos 5 direitos do paciente: (i) o medicamento certo,
(ii) na dose adequada, (iii) pela via
de administração correta, (iv) à hora certa e (v) ao paciente correto”, afirma o Diretor Executivo da GS1 Portugal, João de Castro Guimarães.

Sem dúvida, prossegue João de Castro Guimarães, “a publicação dos Atos Delegados da Diretiva dos Medicamentos Falsificados (2011/62/UE), a 9 de Fevereiro passado, trouxe uma nova dinâmica e atualidade a este grande e estratégico projeto, na medida em que, até 9 de Fevereiro de 2019, laboratórios e produtores de medicamentos têm de (i) adotar um identificador único em medicamentos e (ii) garantir que o produto
 está inviolado”. Nesse sentido, conclui o responsável da GS1 Portugal, “Portugal não se pode autoexcluir de um processo que está em marcha acelerada em toda a Europa, devendo, com a maior brevidade possível (no limite, até 9 de Fevereiro de 2019), migrar a identificação e codificação dos seus medicamentos para o Sistema de Normas GS1, o único sistema capaz de responder eficazmente à contrafação de medicamentos, um fenómeno global, ilícito e de grande perigo para a Saúde Pública, que rende aos seus autores mais de 45 mil milhões de Euros anuais (dados de 2011).”

A GS1 é a maior organização de desenvolvimento de Standards à escala mundial, tendo por missão a criação de uma linguagem universal entre parceiros de negócio. Amplamente reconhecida pela implementação do código de barras no setor do Retalho há mais de 40 anos, tem replicado esta experiência de rastreabilidade numa diversidade de setores em todo o mundo. Por outro lado, enquanto Trusted Advisor dos seus associados e dos demais stakeholders sectoriais, mas igualmente pelo seu reconhecido papel de neutralidade, tem conseguido juntar à mesma mesa reguladores, indústria, prestadores de serviços e utilizadores, para debater e desenvolver formas de implementar uma linguagem universal nos Negócios, capaz de servir todos os intervenientes ao longo das cadeias de abastecimento dos mais diversos setores de atividade, promovendo a sua eficiência, transparência e segurança.

 

A GS1 Healthcare que, nesta organização, tutela o setor da Saúde à escala global, é liderada pelo Leadership Team. Com uma liderança tripartida, constituída por Scott Mooney, da McKesson, Steve Capel, Medtronic, e Feargal Mc Groarty, St. James’s Hospital, fazem parte do Healthcare Leadership Team 18 representantes dos utilizadores do Sistema de Normas GS1, da indústria farmacêutica e de dispositivos médicos a hospitais e ainda 8 representantes das 112 congéneres GS1 espalhadas pelo mundo, onde se inclui pela primeira vez Beatriz Jorge da GS1 Portugal. 

OMS alerta
O mundo tem de se preparar para os impactos potencialmente devastadores das mudanças climáticas na saúde humana. É esta a...

Algumas dessas consequências podem ser evitadas se a humanidade diminuir radicalmente o uso de combustíveis fósseis nas próximas décadas, mas muitas já estão a ser sentidas, garantem os participantes da conferência de dois dias organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em Paris.

"Saúde e clima são indissociáveis, porque a saúde humana depende diretamente da saúde do planeta", comentou a ministra francesa do Meio Ambiente, Ségolène Royal.

Royal, que também é presidente rotativa das conversações da ONU sobre a melhor forma de lidar com o aquecimento global, disse que os impactos da poluição na saúde devem desempenhar um papel mais central nas negociações futuras, escreve o Sapo.

"De agora em diante, vou fazer o meu melhor para garantir que o tema da saúde está integrado em todas as futuras conferências sobre o clima", começando com um fórum especial na próxima reunião climática da ONU em novembro, em Marraquexe, na qual participarão 196 nações, disse a ministra à agência de notícias France Presse.

No Acordo de Paris, assinado em dezembro do ano passado, os países comprometem-se a limitar o aquecimento global abaixo dos dois graus celsius, além de ajudar as nações pobres a lidarem com o seus impacto.

Doenças em expansão por causa do aquecimento global
Um número crescente de estudos científicos prevê um cenário alarmante de sofrimento humano causado por alterações nos padrões climáticos, elevação dos mares, secas e supertempestades.

Além disso, os casos de doenças tropicais como a malária, dengue e zika, entre outras, estão a aumentar com os vetores de transmissão (mosquitos) a disseminarem-se com o aquecimento global.

A OMS alerta ainda que ondas de calor extremas vão acontecer a cada década, em vez de século, e provocar mais vítimas, especialmente doentes e idosos. Em 2005, a OMS estimava que as ondas de calor causassem 150.000 mortes todos os anos, mas mais de 45.000 pessoas morreram só na Europa devido a uma onda de calor no verão de 2003.

Alimentação em xeque
Outra preocupação é a ameaça de rutura do abastecimento alimentar. "Como podemos alimentar tantas pessoas" - nove mil milhões de pessoas em 2050, segundo projeções da ONU - "quando o clima está a mudar de maneira tão adversa?", perguntou à plateia Letizia Ortiz, rainha de Espanha e embaixadora especial para a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.

Os peixes, que são a principal fonte de proteína para milhões de pessoas, estão a migrar devido ao aquecimento dos oceanos.

A OMS estima que sete milhões de pessoas morram todos os anos por causa da poluição do ar, que também contribui para o aquecimento global como gás com efeito de estufa.

A Segunda Conferência Global sobre Saúde e Clima terminou com uma proposta de "programa de ação" para os governos nacionais.

Psicóloga alerta
Os estudos são ainda escassos para definir a prevalência, em Portugal e no mundo, da alexitimia, uma perturbação psicológica...

"As pessoas que sofrem deste transtorno têm uma enorme dificuldade em falar sobre as suas emoções e normalmente são caracterizados pelos outros como excessivamente racionais ou pouco sentimentais. Raramente têm fantasias, reagem pouco diante de expressões artísticas, literárias ou musicais e ficam, normalmente, surpreendidos pelas reações emocionais das outras pessoas", explica Júlia Machado, psicóloga do Hospital Lusíadas Porto.

E acrescenta: "Esta perturbação leva a que as pessoas tomem, na maior parte das vezes, decisões de acordo com os dados sem ter em conta os sentimentos e a que tenham dificuldade em identificar sentimentos ou distingui-los das sensações corporais da emoção, sofrendo ocasionalmente de alterações fisiológicas como palpitações, dores de estômago e sensação de mal-estar, sem explicação aparente".

Relativamente ao diagnóstico, escreve o Sapo, a psicóloga diz que "ao longo dos anos foram feitas várias tentativas para criar medidas de avaliação da alexitimia, sendo a TAS-20, escala de avaliação de Toronto, a que tem tido melhores resultados junto da população portuguesa. Vários investigadores aconselham ainda combinação da avaliação desta escala com outras medidas ou tarefas que avaliem a capacidade de identificar e expressar emoções, como, por exemplo, auto relatos".

Eficácia do tratamento depende do grau de alexitimia
O tratamento da alexitimia baseia-se num conjunto de intervenções terapêuticas que promovem a consciência emocional e integram elementos simbólicos. No entanto, de acordo com a especialista, "a eficácia do tratamento desta perturbação vai depender do grau de alexitimia de cada paciente, sendo o tratamento difícil, uma vez que a pessoa afetada não é consciente do problema e só vai à consulta por insistência de amigos ou familiares".

A alexitimia caracteriza-se por uma incapacidade de expressar emoções por intermédio de palavras. Esta perturbação descreve pessoas com dificuldade em reconhecer, processar e regular emoções. Alguns autores definem a alexitimia como um distúrbio neuropsicológico que consiste na incapacidade de uma pessoa identificar as próprias emoções e a impossibilidade de expressá-los verbalmente.

Estudo
O exercício físico moderado, adaptado e supervisionado pode diminuir entre 20 a 40% a fadiga e a dor associadas ao tratamento...

Este é um dos resultados de um projeto desenvolvido pelo investigador da Faculdade de Deporto da Universidade do Porto (FADEUP) Eduardo Oliveira, cuja finalidade é verificar o contributo do exercício na melhoria da qualidade de vida das mulheres com esta patologia, nas diferentes fases do tratamento.

Ao todo, segundo o Diário Digital, foram avaliadas 80 mulheres ao longo de 12 semanas, fazendo 40 delas parte do grupo de intervenção, 25 do grupo de controle e 15 do grupo de mulheres saudáveis que faziam exercício, com idades compreendidas entre os 24 e os 78 anos.

Foram submetidas a duas sessões semanais gratuitas de 60 minutos de exercício moderado, compostas um treino cardiovascular (bicicletas), trabalho de força nos membros inferiores (utilizando o própria peso da doente) e exercícios de mobilidade para os membros superiores (com elásticos).

Durante o protocolo foram sendo monitorizadas de forma a verificar se estavam aptas a continuar os exercícios, excluindo-se aquelas que tinham uma anemia severa, febre ou o sistema imunitário debilitado, explicou o investigador.

No fim do estudo, foi também possível verificar que um protocolo de exercício individualizado e ajustado para cada uma das doentes permite melhorar a aptidão cardiorespiratória e a funcionalidade do dia-a-dia, comparativamente às mulheres que não fazem exercícios.

Em consequência disso, constatou-se uma melhoria no estado emocional e social das mulheres submetidas a este programa, devido à interação entre as doentes e os profissionais e à partilha de experiências, "extravasando a componente física" do projeto.

Outro resultado significativo é que as doentes que seguiam o programa, contrariamente às mulheres que só faziam parte do grupo de controlo, não "adiavam nem deixavam de ir aos tratamentos", conseguindo cumprir o plano de tratamento "com maior eficácia".

"Quando uma pessoa sente-se cansada a tendência é que a sua atividade física diminua", referiu Eduardo Oliveira, acrescentando que esse comportamento leva a "círculo vicioso".

A fadiga derivada dos tratamentos é "intensa e permanente", diferente da fadiga associada ao exercício físico, que proporciona uma "sensação de bem-estar", acrescentou.

Segundo Eduardo Oliveira, parar totalmente a atividade não é o mais aconselhável visto que a este comportamento está associada a perda de força, a atrofia muscular e a perda de massa magra, para além da diminuição da aptidão cardiorespiratória.

A parte interventiva da investigação decorreu no centro de apoio Mama Help, no Porto, que se carateriza por fornecer recursos de tratamento não médico durante o processo de tratamento das mulheres com cancro da mama, para atenuar alguns sintomas associados ao mesmo.

Este projeto foi orientado por Maria João Cardoso, cirurgiã chefe da unidade da mama da Fundação Champalimaud e diretora do Mama Help, e José Soares, docente da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.

Programa “Norte 2020”
A Universidade de Vila Real vai dispor de 12 milhões de euros para desenvolver cinco projetos nos próximos três anos,...

Os projetos, que contam com financiamento do programa “Norte 2020”, foram submetidos em parcerias da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) com instituições públicas e privadas.

“Trata-se de um conjunto de projetos estruturantes que, pela sua dimensão, irão mobilizar um conjunto vasto de recursos humanos internos e contratados, sendo por isso uma grande oportunidade para alavancar a investigação da UTAD e para a sua afirmação no âmbito regional, nacional e internacional”, afirmou, em comunicado, o reitor Fontainhas Fernandes.

O projeto “Interact” vai debruçar-se sobre as oportunidades e o potencial produtivo com base na economia local e regional, assentes na produção de carne e leite, vegetais, frutas, azeitonas, nozes, vinho, floresta e flora nativa e plantas medicinais.

Trata-se de uma “abordagem integrada” que visa implementar práticas de gestão que promovam o uso sustentável dos recursos existentes e aumentar a produção e a qualidade de produtos das principais culturas na região Norte, acrescentando-lhes valor.

A iniciativa envolve 70 investigadores da UTAD e vai proporcionar 40 ofertas de emprego científico.

O projeto “Deus ex Machina” propõe-se criar uma relação simbiótica dos seres humanos com a tecnologia para obter ganhos de eficiência em diversas áreas e alvos específicos, é coordenado pela Associação Fraunhofer Portugal Research e tem como parceiros a UTAD e as universidades do Porto e Minho.

Na UTAD, estão envolvidos investigadores do Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD), que vão monitorizar a atividade física em bombeiros e a atividade física e desportiva em crianças e jovens.

Enquanto os especialistas do Centro Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB) vão desenvolver aplicações tecnológicas para agricultura que permitam também a disponibilização adequada da informação.

O Projeto “NanoSTIMA” é coordenado pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), com participação do Instituto de Telecomunicações, da UTAD, através do CIDESD, e da Universidade do Porto.

Tem como objetivo explorar o desenvolvimento e a utilização de micro e nanotecnologias no processo de monitorização de parâmetros de saúde e bem-estar da população e envolve investigadores em ciências do desporto e em engenharias.

Os especialistas propõem-se desenvolver um programa inovador para enquadramento do processo de monitorização da atividade física e de programas de exercício físico em diferentes contextos.

Por sua vez, o projeto “Dourotur” pretende aumentar o conhecimento sobre a oferta e procura de produtos e serviços turísticos do Douro, avaliar as estratégias de comunicação e definir prioridades para o marketing digital.

O projeto tem como proponente o Centro de Estudos Transdisciplinares para o Desenvolvimento da UTAD, implicará um conjunto de cerca de 20 investigadores integrados e irá contratar nove bolseiros.

Por fim, a Plataforma de Inovação da Vinha e do Vinho é um projeto multidisciplinar que envolve investigadores de diferentes especialidades (climatologia, solos, ecologia, viticultura, fisiologia, microbiologia, enologia, engenharia e economia) e vai estudar as questões do solo e clima, viticultura, enologia e competitividade.

A investigação será articulada com as necessidades do setor vitivinícola, estando prevista uma comissão de acompanhamento exterior à universidade.

Este projeto irá permitir a contratação de 36 investigadores, reforçando as competências da UTAD na área da vinha e do vinho e visa projetá-las a “nível internacional”.

Em Portugal
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra vai encetar o processo de pedido para a criação do centro de referenciação...

Nesta avaliação, no ponto 3.1.6, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) refere que o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) tem abrangência nacional para esta unidade de disforia de género e que “não há restrições no acesso”.

A IGAS, do ponto de vista clínico, não faz qualquer advertência ao CHUC, recorda ainda aquela avaliação hoje divulgada parcialmente.

Contactado pela agência Lusa, o presidente do Conselho de Administração do CHUC, José Martins Nunes, diz apenas não concordar com a necessidade de instalação de um sistema informático específico para esta unidade, já que esse deverá estar englobado no sistema dos hospitais de Coimbra.

“Concordámos na totalidade, com essa exceção, com as recomendações da IGAS, que são apenas nas áreas administrativas, organizacionais e informáticas. Consideramos uma avaliação globalmente positiva e estamos a implementar as alterações necessárias mediante aquelas recomendações. Vamos encetar desde já, de acordo com a proposta da IGAS, para que seja reconhecida a URGUS - Unidade Reconstrutiva Génito-Urinária e Sexual - como centro de referência nacional para esta patologia”.

No relatório é ainda possível perceber que o CHUC entendeu a avaliação como positiva e como forma de motivar os profissionais envolvidos na unidade.

"O contributo dos hospitais de Coimbra para o reforço do Serviço Nacional de Saúde global e universal tem sido sempre uma preocupação dos profissionais e desta unidade", disse ainda Martins Nunes.

A IGAS recomendou ao CHUC, única unidade pública que faz cirurgias de mudança de sexo, que será útil criar um lista de espera específica para os utentes e que tem de reforçar o tempo dedicado pela equipa cirúrgica.

Sobre esta nota, o CHUC respondeu estar de acordo e que já encetou todo um processo para adequar o corpo clínico às necessidades da unidade.

Em 2014, a URGUS, de acordo com dados disponibilizados em 2015, realizou 10 cirurgias em mudança de sexo.

Inspeção-Geral das Atividades em Saúde
A única unidade pública que faz cirurgias de mudança de sexo, em Coimbra, precisa de criar um lista de espera específica para...

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) realizou uma auditoria à Unidade Reconstrutiva Génito-Urinária e Sexual (URGUS), do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), a única pública em Portugal.

Num excerto do seu relatório, a IGAS aponta como insuficiências ou dificuldade da unidade a “inexistência de consulta específica no âmbito de cada especialidade para os utentes com disforia de género (transexualidade)”.

Estes doentes encontram-se, segundo a IGAS, dispersos nos ficheiros clínicos da consulta externa de cada especialidade, “misturados com os restantes doentes”.

A IGAS detetou igualmente falta de lista de espera específica da URGUS, que permite ter dados em tempo real, bem como ausência de lista de espera cirúrgica específica (informática) dos utentes da unidade.

A lista de espera cirúrgica, cuja criação a IGAS recomenda, pode evitar que os utentes da URGUS se encontrem integrados nas listas de espera das várias especialidades cirúrgicas.

A IGAS considera ainda insuficiente o tempo afeto à equipa multidisciplinar de cirurgia, “tendo em conta que os cirurgiões de ginecologia, urologia e cirurgia plástica desempenham as suas funções normais nos respetivos serviços a que pertencem, tendo muitas outras tarefas a seu cargo”.

Assim, a inspeção recomenda um reforço da equipa de cirurgia através do aumento do tempo afeto à unidade. É ainda aconselhado que seja dado mais tempo à equipa multidisciplinar da URGUS para discutir e avaliar os casos clínicos.

No excerto de relatório, a inspeção concluiu haver dificuldades de reunir todos os elementos da equipa da unidade para discutir e avaliar casos, o que só tem sido possível depois do horário normal de trabalho (uma vez por mês, das 21:30 às 24:00, de forma não remunerada).

Por outro lado, a equipa da unidade é unânime em que não existem constrangimento de bloco operatório nem dificuldades com compra e fornecimento de material clínico específico para cada tipo de cirurgia.

A IGAS recomenda também que seja alterado um ponto do regulamento da URGUS para clarificar que a unidade “recebe utentes referenciados” por serviços e entidades de todo o país (e não exclusivamente de origem interna, como está plasmado)”.

Em fevereiro deste ano, o jornal público noticiou que a IGAS estava a realizar uma auditoria à única unidade pública que realiza cirurgias de mudança de sexo, depois de algumas queixas terem sido apresentadas à Ordem dos Médicos por pessoas com disforia de género.

Serviço Nacional de Saúde
O Serviço Nacional de Saúde soma 58 médicos dentistas, centenas de milhares de utentes em lista de espera, em todo o país, e os...

“Estamos a procurar criar um consenso relativamente ao tipo de utentes a que se deve dar prioridade, porque, com os recursos que existem, não há condições para atender todos”, disse José Farias Bulhosa, da organização do 1.º Encontro Nacional de Medicina Dentária no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

No Baixo Vouga, há 380 mil utentes em lista de espera, em Lisboa, há médicos que têm, só à sua conta, 200 mil potenciais utentes à espera de vez.

“A dimensão da solicitação da patologia oral não é um tipo de consulta em que é feita a consulta, e se dá alta ao doente. Às vezes há necessidade de várias consultas para tratar o doente, e o tratamento tem de ser agendado, mas não podemos dizer-lhe para vir passados cinco anos, porque a lista é bastante grande”, explica José Bulhosa.

Muitos dos utentes que esperam vez no SNS são pessoas com fragilidade económica para aceder aos cuidados privados e, enquanto isso, há equipamentos parados ou subutilizados porque não abrem vagas.

No SNS, apenas existem 58 médicos dentistas - 18 no continente, 11 na Madeira e 29 nos Açores -, e sem carreira clínica, uma vez que o Estado os considera técnicos superiores administrativos.

Os médicos dentistas reconhecem existir uma nova sensibilidade por parte do atual governo, mas querem que sejam evitados os defeitos já sinalizados, nos projetos-piloto anunciados para o Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo.

“Chegou a oportunidade de reunir os poucos colegas que exercem nos cuidados de saúde primários e tentar avaliar qual é a função, o que oferecemos aos nossos utentes e como estamos organizados, porque temos realidades distintas. Quase cada serviço tem o seu tipo de doentes, o seu encaminhamento e sinalização: uns pelo médico de família, outros é via saúde pública e outros ainda é quase por bater à porta a dizer que pretende uma consulta, e isso não pode ser”, descreve José Bulhosa.

Os profissionais pretendem por isso que seja estabelecida uma coordenação nacional e regional, exercida “por pessoas que tenham sensibilidade para a Medicina Dentária e preferencialmente formados nessa área”.

Na semana passada, o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, apelou à abertura de mais lugares dentro do serviço público: “Num país que tem tantas carências no acesso à saúde oral, era de particular bom senso" aproveitar os médicos dentistas no subemprego, "e colocá-los a servir a população mais necessitada, no âmbito do SNS”.

Monteiro da Silva falava a propósito do documento “Números da Ordem 2016”, que comprovavam um aumento de 4,6% no número de profissionais inscritos na Ordem, passando para quase nove mil, crescimento considerou muito acima das necessidades do país.

“O número de profissionais de medicina dentária é excessivo face às necessidades da população portuguesa. Já estamos muito acima da recomendação da Organização Mundial da Saúde de um médico dentista por cada dois mil habitantes”, afirmou o bastonário Orlando Monteiro da Silva.

I Congresso da Europacolon Portugal em Oncologia Digestiva
No âmbito do I Congresso da Europacolon Portugal em Oncologia Digestiva, a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia deu enfoque...

“A atitude preventiva no combate ao cancro digestivo deve ser encarada como um desígnio nacional da política de saúde, a par de uma clara inversão das políticas de redução e exaustão dos recursos hospitalares que inviabilizam a prossecução das Normas de Orientação Clínica (NOC) da Direção Geral de Saúde, nomeadamente do rastreio do cancro do cólon e reto.” Estes são alguns dos alertas que a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) deixou no I Congresso da Europacolon Portugal, cujo primeiro dia teve lugar hoje na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, na cidade do Porto.

De acordo com José Cotter, Presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, “o cancro digestivo é um problema de saúde pública que engloba um grupo de cinco tumores malignos com uma elevada taxa de mortalidade. Em Portugal morre uma pessoa por hora, vítima de cancro digestivo, responsável ainda por 10% do total de mortalidade no nosso país.”

Para o Presidente da SPG, a tónica deve estar na prevenção, através de consultas médicas regulares e na realização dos exames adequados e no momento oportuno. Nesse sentido, defende o especialista, “é fundamental que a tutela adote medidas coerentes e não apenas baseadas em questões de índole estritamente económica”. José Cotter referiu-se concretamente à necessidade de o Estado respeitar para com os prestadores os compromissos recentemente assumidos, que permitem a realização de colonoscopias no sentido de desagravar as dificuldades de acesso a estes exames de diagnostico. Estes revelam-se fundamentais para o rastreio e prevenção do cancro do cólon e reto, que constitui a primeira causa de morte por cancro em Portugal. Só este tipo de cancro é responsável por quatro mil mortes por ano em Portugal, 11 portugueses por dia, vitimando cinco vezes mais que os acidentes de viação.

José Cotter acrescenta que “esta patologia, se detetada a tempo em fase precoce ou pré-maligna apresenta uma taxa de cura em 90% dos casos.”

“É preciso melhorar os números catastróficos e desoladores da incidência de novos casos de cancro digestivo”, reforça o Presidente da SPG. Para isso, defende ser “fundamental a persecução de políticas que criem condições de sustentabilidade seguras para os rastreios, sendo ainda crucial que se implementem auditorias à execução da NOC sobre o rastreio do cancro do cólon e do reto, indicado na população sem risco acrescido acima dos 50 anos, idade a partir da qual o aparecimento da doença aumenta significativamente.” Defendeu também a implementação organizada do rastreio do cancro do estômago e do fígado em indivíduos de risco.

Estes foram alguns dos temas em debate no âmbito da Oncologia Digestiva, no palco do primeiro Congresso organizado pela Europacolon Portugal, que assinala ainda o 10º Aniversário, neste ano corrente.

1º Congresso da Europacolon Portugal em Oncologia Digestiva
É apresentado hoje, dia 8 de julho, o primeiro manual informativo destinado aos doentes com cancro do pâncreas e seus...

O manual tem como objetivo de ser um meio simples de apoio à informação sobre aquele que é um dos cancros mais mortais do tubo digestivo e um dos menos conhecidos.

“O cancro do pâncreas é a neoplasia do sistema digestivo com a taxa de sobrevivência mais baixa de todos os tipos de cancro, pelo que é crucial promovermos a discussão sobre o tema. Para motivarmos o conhecimento da doença é imperativo potenciarmos a informação junto dos cidadãos, dos pacientes e dos cuidadores” avança Vítor Neves, presidente da Europacolon Portugal.

O Congresso, pioneiro na presença da sociedade civil, conta com profissionais de saúde, investigadores, associações e público em geral interessado nas temáticas do foro digestivo e pretende ser um espaço de partilha, reflexão e discussão sobre a área oncológica em Portugal, especialmente no que toca à oncologia digestiva.

Este manual informativo, que conta com o envolvimento da Europacolon Portugal, membro fundador da WorldPancreaticCancerCoalition, com o prefácio de Manuel Sobrinho Simões, médico, investigador e director do IPATIMUP e com o contributo do Presidente do Grupo de Investigação do Cancro Digestivo, Hélder Mansinho, pretende ser um manual de apoio para o conhecimento da doença, da melhor forma de a prevenir, das opções terapêuticas existentes bem como os apoios disponíveis por parte da Europacolon Portugal nesta patologia, perfeitamente esquecida da opinião geral.

Sobre o cancro do pâncreas:
O cancro do pâncreas manifesta alguns sintomas já numa fase mais avançada, pelo que o diagnóstico é geralmente também tardio. Apesar de se desconhecerem as causas exactas do cancro do pâncreas, as investigações têm revelado que as pessoas com determinados comportamentos ou factores de risco estão mais predispostas a desenvolver este cancro:

1.       Tabagismo

2.       Alimentação rica em gorduras

3.       Pancreatite (hereditária ou não)

4.       Diabetes

5.       Consumo excessivo de álcool

6.       Peso

7.       História Familiar

De todos os cancros, o cancro do pâncreas é o que tem a taxa de sobrevivência mais baixa e, sem melhorias no diagnóstico, prevê-se que venha a tornar-se a segunda principal causa de morte por cancro em 2030. O carcinoma pancreático é o único cancro cuja mortalidade tem aumentado em ambos os sexos. Em Portugal, estima-se que surjam cerca de 1300 novos casos por ano, dos quais a maioria em estadio IV no momento do diagnóstico.

Nos EUA
O número de casos de cancro associados ao vírus do papiloma humano está em ascensão nos Estados Unidos, atingindo cerca de 39...

A estimativa, feita pelos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), abrangeu o período de 2008 a 2012 e mostrou um aumento em relação aos pouco mais de 33.000 casos anuais observados entre 2004 e 2008.

Os casos de cancro relacionados com vírus do papiloma humano (HPV) costumam aparecer nas regiões genitais de homens e mulheres, assim como na cabeça, pescoço e garganta.

De acordo com o documento, escreve o Sapo, foram descritos 11.700 casos de cancro do colo de útero em mulheres e mais de 12.600 casos de cancro da boca em homens.

Nos Estados Unidos, as vacinas para prevenir o HPV, que é uma infeção transmitida sexualmente, estão disponíveis para meninos e meninas a partir dos 11 anos. No entanto, muitos adolescentes não recebem a vacina, que deve ser tomada em três doses segundo as recomendações atuais da agência reguladora daquele país.

Em Portugal, a vacina já é disponibilizada pelo Plano Nacional de Vacinação a crianças do sexo feminino. Recentemente, o Governo decidiu antecipar a administração dessa vacina para os 10 anos de idade.

Em 2014, entre as adolescentes de 13 a 17 anos, 60% tinham recebido uma dose e 40% tinham tomado as três doses, segundo o relatório.

Entre os meninos, a taxa de vacinação foi ainda mais baixa: 42% recebeu uma dose; 22% as três doses.

"Os cientistas do CDC ressaltam que 28.500 casos de cancro causados pelo HPV poderiam ser evitados com a vacina contra o vírus", informou a agência federal norte-americana.

O relatório ressalta, ainda, a importância do exame preventivo do cancro do colo do útero (teste de Papanicolau) para detetar lesões pré-tumorais.

Segundo investigadores
Se acumular dezenas de quilos e ficar deitado na cama durante meses, vai desenvolver uma série de doenças: diabetes,...

Os cientistas têm estado a estudar com afinco há décadas os ajustes evolucionários que permitiram que ursos e outros animais hibernantes se deitem tranquilos durante o Inverno, sem precisar de água nem comida, e reapareçam com a saúde intacta quando chega a Primavera.

Os investigadores acreditavam que se pudessem entender melhor como os animais faziam isso, escreve o Diário Digital, poderiam aplicar a descoberta aos humanos, desenvolvendo novas drogas ou tratamentos médicos, por exemplo, ou métodos para os astronautas sobreviverem a longos voos espaciais num estado parecido com o de hibernação.

Só que o progresso tem sido lento, a toca do urso não revela os seus segredos facilmente. E, em Dezembro, a área sofreu um revés, quando um estudo sobre hibernação muito divulgado foi cancelado depois de se ter descoberto que um dos autores manipulou os dados. Mas o aparecimento de tecnologias como a sequenciação genética e técnicas sofisticadas de captação de imagem nas últimas décadas deram esperança aos investigadores de que, um dia, serão capazes de controlar alguns aspetos da excecional fisiologia do urso para uso humano.

No mês passado, numa sessão sobre hibernação e saúde humana na 24ª Conferência Internacional para Pesquisa e Gestão de Ursos, no Alasca, cientistas apresentaram mais uma dúzia de estudos, incluindo pesquisas sobre o sistema cardiovascular dos animais, química muscular, funcionamento renal, armazenamento de gordura e metabolismo.

“Acho que muita coisa está a acontecer atualmente”, diz Peter Godsk Jorgensen, cardiologista do Hospital Gentofte, em Copenhaga, Dinamarca, que, na sua palestra, discutiu estudos que usaram ultrassom e rastreamento de pontos – método para a quantificação do movimento do músculo cardíaco – para examinar a função cardíaca nos ursos durante a hibernação no Inverno e a atividade no Verão.

Confirmando o trabalho efetuado por outros pesquisadores, Godsk Jorgensen e colegas constataram que a frequência cardíaca dos ursos se reduzia abruptamente durante a hibernação, passando de 75 batimentos por minutos para menos de dez, com pausas que podiam durar 19 segundos ou mais.

“Tive um paciente cuja pausa era de 13 segundos. Quando isso acontece, o mais provável é desmaiar e bater com a cabeça”, conta Godsk Jorgensen.

Os investigadores também identificaram aglomerados de células sanguíneas no ultrassom do urso, que são vistos em humanos com insuficiência cardíaca severa ou fibrilação arterial, problema que eleva o risco de coágulos sanguíneos e AVC.

Ole Frobert, cardiologista do Hospital Universitário Orebro, na Suécia, que liderou a equipa de pesquisa do estudo com ultrassom, explica que trabalhar com a hibernação em ursos estava a atrair mais interesse, num momento em que cientistas estão cada vez mais frustrados com os estudos que envolvem camundongos.

“De certa forma, a pesquisa médica está em crise porque pesquisamos muito e publicamos muitos estudos, mas existem poucas descobertas revolucionárias”, afirma Frobert.

Em Tomar
O Convento de Cristo, em Tomar, mostra a partir de hoje e durante um ano a sua Botica (farmácia), abrindo a Ala Filipina do...

A exposição resulta de uma “parceria inédita” do Convento de Cristo com o Museu da Farmácia, Palácio Nacional de Mafra, Museu Nacional do Azulejo e Instituto Politécnico de Tomar, entre outras colaborações científicas e técnicas, contribuindo para o conhecimento da história da farmácia conventual em Portugal, disse a diretora do Convento de Cristo, Andreia Galvão.

A exposição, que vai ser inaugurada ao meio-dia de hoje com a presença do ministro da Cultura e estará patente até 03 de julho de 2017, mostra a coleção de vasos e potes da Botica do Convento de Cristo, com origem provável na Real Fábrica de Louça, ao Rato, em Lisboa, e na Fábrica de Faiança do Juncal.

Os visitantes terão acesso à Ala Filipina, sua grande Enfermaria e Botica Nova, resultantes da última intervenção de grande vulto no Convento (séculos XVII e XVIII) e que se encontram encerradas ao público, podendo observar “o magnífico teto” e a Sala dos Cavaleiros, exemplos do “glorioso passado” do edifício, que também foi residência real.

“A viagem alarga-se aos quotidianos religiosos da comunidade de frades que habitavam o Convento de Cristo, onde exercitavam saberes para curar irmãos e populações vizinhas, demonstrando o impacto que tiveram numa região que ainda hoje conserva a sua memória”, afirma a nota explicativa da exposição.

“A Botica do Real Convento de Thomar” mostra o “acervo fantástico” de 88 potes de faiança e outros objetos (como medidas) do vasto espólio de peças reunidas pela União dos Amigos dos Monumentos da Ordem de Cristo (UAMOC) nas primeiras décadas do século XX.

A botica e a enfermaria filipinas, “perfeitamente identificadas” num portal que tem inscrita a data da fundação (ao contrário da botica anterior, do tempo de D. João III e da autoria de João de Castilho, cujo local exato se desconhece), situam-se no que foi depois transformado em Hospital Militar.

“Queremos dar também às pessoas uma visão que não é só da obra de arte – da botica com os seus belos objetos. É que percebam o que é todo o processo, desde a matéria-prima, que pode ser orgânica ou mineral, ou as águas, até uma certa contemporaneidade”, e na ligação à paisagem cultural, “herança das comendas da Ordem de Cristo”, disse Andreia Galvão.

A exposição tem uma “forte componente pedagógica, para as pessoas entenderam o que era o fazer, o saber-fazer, e todo este mundo fantástico e abrangente da botânica e da cura e de todo o aspeto da vida conventual”, declarou.

A exposição segue-se à que, ao longo do último ano, mostrou a louça do acervo do Convento na zona do refeitório, com a preocupação de “olhar para o contexto” e ajudar as pessoas a entenderem melhor o quotidiano da altura, disse.

Técnica inovadora
Uma empresa portuguesa de biotecnologia descobriu uma técnica inovadora de multiplicação de células estaminais, que já estão a...

A StemCell2Max, criada há cerca de um ano, é também a primeira empresa portuguesa biotecnológica da área da saúde a receber um financiamento (50 mil euros) da Comissão Europeia, escolhida entre 1995 projetos, como explicou uma das responsáveis da empresa.

De acordo com Filipa Matos Baptista, diretora de 'marketing' e cofundadora da SremCell2Max, o projeto, “revolucionário”, permite já hoje que universidades tenham células estaminais suficientes para investigar doenças como o cancro ou a diabetes, a sida ou o ébola.

Mas a empresa, que nasceu do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa (IMM), quer ir mais longe e chegar ao mercado clínico, podendo ser uma alternativa para os transplantes de medula.

As estimativas indicam que 20 por cento dos doentes não encontram hoje um dador compatível de medula óssea, havendo também problemas posteriores de rejeição em 10 a 15 por cento dos casos de transplante.

Dentro de um período, que Filipa Matos Baptista calcula em não menos de cinco anos, a tecnologia da empresa poderá permitir a disponibilização do número de células do cordão umbilical suficientes para tratar esses doentes.

“Hoje já garantimos células suficientes para investigação. É um produto que já comercializamos para universidades europeias e norte-americanas. E isto, em apenas um ano de atividade”, segundo Maria Brandão de Vasconcelos, presidente e cofundadora da empresa.

Filipa Matos Batista considera importante o prémio mas o valor, 50 mil euros, é quase “simbólico”, porque o importante é o reconhecimento da importância do trabalho da StemCell2MAX e “demonstra a inovação qualidade e capacidade de entrada no mercado nacional e internacional”.

Maria Brandão de Vasconcelos considera também o prémio um “passo importante para o desenvolvimento da estratégia de entrada no mercado clínico”.

Essa entrada no mercado clínico pode, por exemplo, no futuro, ter uma alternativa à medula óssea e ajudar os 20 por cento dos doentes com cancro do sangue, que não encontram dador compatível. E essa é só uma das aplicações da multiplicação de células estaminais do sangue (presentes no cordão umbilical).

As células estaminais hematopoiéticas, explica o IMM na sua página na internet, dão origem às células do sangue e sistema linfático e podem ser obtidas de diferentes fontes, nomeadamente a medula óssea ou o cordão umbilical.

Estas células são escassas e têm um custo elevado, mas são essenciais para o desenvolvimento de tratamentos para doenças como a sida ou a esclerose múltipla, e para o tratamento de doenças como a leucemia ou o mieloma múltiplo.

O projeto apoiado pela Comissão Europeia pode receber, no futuro, outros financiamentos, visto que os resultados agora divulgados dizem apenas respeito à primeira de três fases.

Na página da Comissão Europeia sobre as candidaturas ao “SME Instruments”, pode ver-se que, além da StemCell2Max, foram financiadas mais duas empresas portuguesas (entre 189 pequenas e médias empresas de 26 países), estas com trabalho na área da agricultura.

Em Portugal
O consumo de medicamentos para as alergias continua a aumentar em Portugal, tendo registado um crescimento superior a 16% em...

Os dados da consultora IMS Health, divulgados hoje, Dia Mundial das Alergias, mostram que entre 2011 e 2015 a venda de anti-histamínicos aumentou 16,35% em termos de unidades, com o maior crescimento a registar-se entre 2014 e 2015.

Apesar deste aumento de consumo e de unidades vendidas, a despesa com anti-histamínicos diminuiu 10,8% no mesmo período.

No ano passado, a despesa total com anti-histamínicos foi superior a 18,7 milhões de euros, tendo-se vendido mais de 5,2 milhões de unidades.

Só ate maio deste ano foram já vendidas 2,4 milhões de unidades, a que correspondeu uma despesa de quase nove milhões de euros.

Centro Hospitalar de Gaia/Espinho
A completar 25 anos, a Unidade de Cuidados Intensivos Cardíacos do Centro Hospitalar de Gaia/Espinho é hoje um “centro de...

“A cardiologia era um gabinete de consulta com três médicos e duas enfermeiras onde se faziam eletrocardiogramas. Hoje é um centro de referência nacional de tratamento de doenças cardiovasculares”, afirmou o diretor do serviço de cardiologia do centro hospitalar.

Vasco Gama estava a trabalhar na Holanda quando foi convidado para integrar o então Hospital Eduardo Santos Silva, agora unidade do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E).

“Havia uma necessidade de um segundo centro de cirurgia cardíaca no Norte. Achei que era um desafio interessante e aceitei vir para cá”, lembra o cirurgião cuja principal conquista no hospital de Gaia foi “o laboratório de hemodinâmica que faz para o ano 25 anos”.

Desde o gabinete de consulta até ao centro de referência de hoje “foi preciso muito trabalho, muito conhecimento e formação de equipas”, destaca o responsável da Unidade de Cuidados Intensivos Cardíacos para quem este foi um sucesso “arrancado a ferros”.

Para além do seu desenvolvimento técnico e científico e a sua relevância académica nacional e internacional, o serviço de cardiologia do CHVNG/E “sempre teve na componente assistencial o âmago da sua atividade”, lê-se no livro “Cardiologia de Gaia: Um percurso de Excelência” que será hoje apresentado.

O serviço de cardiologia serve atualmente cerca de 800 mil habitantes e, segundo dados do livro, em 2014 atingiu mais de 22 mil consultas externas, cinco mil das quais primeiras consultas.

Inaugurada em 03 de outubro de 1990, a Unidade de Cuidados Intensivos Cardíacos (UCIC) “constituiu um marco decisivo na afirmação do Serviço de Cardiologia como centro de referência”, tendo assumido, desde o início, uma “mudança de paradigma de tratamento do doente com patologia cardíaca aguda, com a introdução no âmbito nacional de procedimentos de monitorização e tratamento inovadores”

Ao nível da investigação, a atividade no Serviço de Cardiologia do CHVNG/E a este nível “tem-se traduzido na publicação de artigos em várias das principais revistas internacionais (…), na participação de vários ensaios clínicos internacionais, na atribuição de vários prémios de investigação clínica e na realização de centenas de apresentações. Nas principais reuniões científicas na área cardiovascular”.

Graças à sua capacidade inovadora, o centro hospitalar de Gaia foi “o primeiro hospital da Península Ibérica a tratar doentes com estenose aórtica via percutânea e o primeiro hospital a fazer uma ecografia tridimensional”, destaca o diretor do serviço de cardiologia que na próxima semana irá participar numa nova cirurgia para pacientes com insuficiências cardíacas considerados inoperáveis.

Numa ação de caráter comemorativo, o Serviço de Cardiologia de Gaia promoveu a edição em livro do seu percurso dos últimos 25 anos cuja cerimónia de lançamento está marcada para hoje, pelas 18:00, em Espinho, estando prevista a presença do secretário de Estado da Saúde.

Instituto de Sociologia da Universidade do Porto
Investigadores do Instituto de Sociologia da Universidade do Porto participam num estudo europeu que visa definir considerações...

Alexandra Lopes, investigadora do instituto e coordenadora do projeto SPRINT a nível nacional, disse que este surge da necessidade em perceber como os cuidados a idosos podem ser prestados para que se atinjam os objetivos de satisfação da procura, de qualidade e de sustentabilidade financeira e fiscal, numa lógica de investimento social.

A coordenadora indicou que esta iniciativa vai articular as aspirações do Pacote de Investimento Social da Comissão Europeia (conjunto de políticas para a proteção social), avaliando os custos e os benefícios sociais das diferentes modalidades de organização de prestação deste tipo de serviço.

Algumas abordagens que geram resultados positivos vão ser também apresentadas neste projeto, tanto para quem necessita desses cuidados como para aqueles que o fornecem e para a comunidade em geral.

Os investigadores pretendem ainda desenvolver uma ferramenta de análise de viabilidade, escalas de avaliação e um mapa de impacto, para facilitar a aplicação de investimentos nesta área, por parte das autoridades públicas, dos fundos de segurança social e dos investidores privados.

"Até à data, o retorno do investimento em cuidados a idosos não tem sido quantificado", indicou a coordenadora, acrescentando que, "de forma generalizada", este tem sido entendido como" uma fonte de custos e não como mecanismo para maximizar o capital social e a coesão social", definidos pela União Europeia.

O trabalho já desenvolvido permitiu determinar o panorama atual da organização e financiamento dos cuidados de longa duração nos países parceiros e sistematizar o papel dos diversos atores envolvidos na prestação e financiamento dos cuidados.

Foi também possível definir a forma como a análise de custos-benefícios sociais pode ser aplicada nesse campo e identificar e catalogar os investimentos sociais existentes em cuidados de longa duração.

O consórcio SPRINT é constituído por especialistas e organizações que atuam nas áreas da política e economia social e nos cuidados de longa duração, que combinam experiência em pesquisa sobre os retornos sociais e financeiros do investimento, análise do impacto e direito social e da demografia.

Para além de Portugal, fazem parte do consórcio o Reino Unido, a Alemanha, a Grécia, a Dinamarca, a Hungria, a Lituânia, a Itália, a Polónia, a Finlândia e a Bélgica.

Iniciado em junho de 2015, tem duração de 18 meses e foi financiado pela Comissão Europeia no âmbito do programa Horizonte 2020, em cerca de dois milhões de euros.

Em Coimbra
Oftalmologistas especialistas em cirurgia reúnem-se amanhã na Clínica IdealMed em Coimbra para analisar os mais recentes...

Em Portugal, estima-se que cerca de 170.000 pessoas sofram de catarata, sendo que 6 em cada 10 pessoas com mais de 60 anos apresentam sinais desta patologia1. Anualmente realizam-se quase 22 milhões de cirurgias de catarata em todo o mundo4,5 e cerca de 100 mil em Portugal3. O encontro Ibérico “FemtoPhaco Summit” realiza-se pela primeira vez em Portugal e analisa os avanços na tecnologia da cirurgia de catarata, do bisturi ao laser.

A catarata é uma patologia causada pelo aparecimento de opacidades no cristalino, que impedem de uma forma parcial ou total a correta visão do doente. Em Portugal, estima-se que cerca de 170.000 pessoas sofram de catarata, sendo que 6 em cada 10 pessoas com mais de 60 anos apresentam sinais desta doença1. Na maioria das vezes, os casos de catarata são acompanhados por outras doenças refrativas como a miopia ou hipermetropia2.

As cataratas são a principal causa de cegueira evitável em todo o mundo3, provocando 48% das cegueiras - mais de 18 milhões de pessoas - e uma visão deficitária em muitos mais milhões4. Atualmente a única opção terapêutica para as cataratas é a cirurgia.

Anualmente realizam-se quase 22 milhões de cirurgias de catarata em todo o mundo6 e cerca de 100 mil em Portugal3, convertendo-se numa das intervenções cirúrgicas mais comuns. O número de intervenções da catarata está a crescer rapidamente devido às alterações demográficas, às exigências cada vez maiores por parte dos doentes e ao acesso crescente aos cuidados médicos em todo o mundo. A Organização Mundial de Saúde calcula que até 2020 vão realizar-se mais de 32 milhões de operações de cataratas por ano6 em todo o mundo.

Mais sobre a Catarata
Entre as abordagens cirúrgicas mais habituais para o tratamento das cataratas encontram-se a facoemulsificação. Durante a facoemulsificação, o oftalmologista realiza uma incisão na córnea para introduzir uma microssonda com ultrassons para desagregar a parte interna do cristalino. Depois, o cristalino é aspirado para ser substituído por uma lente intraocular.

Recentemente começou a ser utilizada a tecnologia laser para as cirurgias de catarata. A intervenção utiliza um laser rápido denominado laser de femtosegundo combinado com a aspiração posterior do cristalino. Esta técnica é conhecida com o nome de “femtophaco” e também através das siglas em inglês FLACS (Femto Laser Assisted Cataract Surgery).

Sobre o Femtophaco, o Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e Diretor de Serviço de Oftalmologia, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Professor Joaquim Murta, afirma que “esta técnica permite um controle muito mais preciso de toda a cirurgia, uma maior segurança para o doente, a utilização de menor quantidade de ultrassons que podem afetar a córnea, bem como um acesso bastante mais seguro em caso de cirurgias complexas de catarata”.

As principais diferenças entre a cirurgia denominada como “clássica” e a cirurgia com laser de femtosegundo prendem-se, sobretudo, com a maior precisão que a utilização do laser permite face ao bisturi. As incisões anteriormente realizadas à mão através de um bisturi atualmente são realizadas pelo laser, assegurando uma maior precisão quanto às dimensões do corte, à profundidade e à posição dessas incisões. A capsurolexis (corte circular realizado na face anterior do cristalino) é realizada de forma precisa pelo laser, facilitando a posterior colocação e posicionamento centrado da lente intraocular.

“Assim, a cirurgia de catarata deixou de ser unicamente um meio de substituir uma estrutura que estava opaca por uma transparente (lente intraocular), para fundamentalmente ser uma cirurgia que, através de tecnologia muito precisa, permite aos doentes ficarem muito menos dependentes de óculos na grande maioria das suas atividades diárias”, conclui o Professor Joaquim Murta.

Da mesma forma, o laser de femtosegundo permite fragmentar a parte central do cristalino, onde se encontra a catarata, através de pulsos curtos do laser que evitam os danos nos tecidos próximos à catarata e facilitam a sua posterior aspiração. Segundo o Dr. Rui Martinho, Especialista de Oftalmologia do Hospital Lusíadas no Porto “Esta fragmentação prévia da catarata faz com que não seja necessária a utilização de tanta quantidade de ultrassons, o que indica esta técnica para situações em que a córnea do doente esteja mais vulnerável. Há ainda outras situações de cataratas mais complicadas em que este laser de femtosegundo nos pode facilitar a cirurgia nomeadamente, algumas cataratas traumáticas e olhos com a parte anterior muito baixa (ângulos estreitos). Em conclusão, os doentes que pretendem para além da extração da catarata, uma correção refractiva, isto é, corrigir o astigmatismo ou a presbiopia, terão mais indicação para ser operados por esta técnica com laser; há casos de cataratas especiais, mais complicadas, que também no momento atual têm indicação para esta cirurgia.”

Sobre a Alcon
Alcon, a empresa líder a nível mundial em cuidados de saúde visual, disponibiliza produtos inovadores que melhoram a qualidade de vida ao ajudar as pessoas a ver melhor. As três áreas de negócio da Alcon, Cirurgia, Farmacêutica e Vision Care, oferecem o mais amplo espetro de produtos para cuidados oculares do mundo. A Alcon é uma empresa do Grupo Novartis, com vendas pró-forma de 9,8 mil milhões de dólares em 2015. Sediada em Fort Worth, no Texas, EUA, a Alcon tem mais de 25.000 colaboradores em todo o mundo, operações em 75 países e produtos disponíveis em 180 mercados. Para mais informações, visite www.alcon.com.

Referências:
1Programa Nacional para a Saúde da Visão, Direção Geral da Saúde, 2008
2Dr. José Alfonso, Chefe da Unidade de Cirurgia da Córnea e Cristalino no Instituto Oftalmológico Fernández-Vega: http://www.diagnosticsnews.com/component/content/article/2-noticias-2/22941-las-lio-multifocales-para-corregir-defectos-refractivos-mediante-cirugia-una-de-las-novedades-del-congreso-personalizacion-y-robotizacion-son-las-lineas-de-futuro-para-la-oftalmologia
3Dr. Tiago Monteiro, médico oftalmologista no Hospital CUF do Porto e Hospital de Braga e especialista do Departamento de Cirurgia de Córnea e Refrativa http://www.oftalpro.pt/pagina/seccao/2/noticia/779
4Helen Keller International. Cataract treatment. http://www.hki.org/preventing-blindness/cataract-treatment/.
5MarketScope, 2013 Comprehensive Report on the Global Cataract Surgical Equipment Market.
6Organização Mundial de Saúde, Prevention of Blindness and Visual Impairment (Prevenção da Cegueira e da Deterioração Visual), http://www.who.int/blindness/causes/priority/en/index1.html  (Atualizado em 2011) (Lido a 5 de Janeiro de 2012)

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